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Equidade e justiça social

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11/04/2022 20:47 Sumário Unidade1
https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/template/new_template/#/EADG560/unidade-1/aula5 1/10
Aula 05
Equidade e Justiça Social
Estudaremos aqui um importante conceito: a equidade. Esta noção é essencial para o estudioso(a) da área.
Boa aula!
A Teoria da Equidade
11/04/2022 20:47 Sumário Unidade1
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As noções de equidade baseiam-se em formulações ainda de Aristóteles. Contemporaneamente,
incluem os trabalhos de Homans (1961) e Adams (1965). A Teoria da Equidade é também chamada
de Teoria de Troca por alguns autores e, sob a in�uência das pesquisas citadas, foi derivada do
conceito de Justiça Distributiva, desenvolvido por Homans (1961), sendo também associada por
Adams (1963), a conceitos relacionados à Teoria de Dissonância Cognitiva. Dissonância é o con�ito
entre duas ideias, crenças ou opiniões (i.e., cognições) incompatíveis. Como esse con�ito
geralmente é desconfortável, os indivíduos procuram acrescentar elementos de consonância, como
mudar uma das crenças, ou as duas, para torná-las mais compatíveis (FESTINGER, 1957).
A Justiça Distributiva é de�nida por Tyler e Smith (1998) como sendo as comparações que
membros de um grupo fazem entre si, considerando a relação entre seus investimentos e suas
recompensas. Ela parte da percepção de justiça social dos indivíduos. A justiça, de acordo com
Taylor e Moghaddam (1994), pode ser vista como um padrão socialmente de�nido para a avaliação
de recursos distribuídos em relacionamentos humanos. Isso signi�ca que a percepção de justiça é o
que as pessoas esperam como justo em suas relações e o desconforto que sentem quando
percebem alguma injustiça.
Os modelos de justiça distributiva representam um grande avanço no campo de justiça social,
considerando que os modelos anteriores não conseguiam explicar como ocorre o julgamento das
pessoas quanto ao seu merecimento em relação a algo ou alguém (TYLER; SMITH, 1998).
Recentemente, a pesquisa em justiça social foi denominada como Teoria da Equidade, sendo uma
das teorias mais importantes que tratam de justiça em relacionamentos humanos (TAYLOR;
MOGHADDAM, 1994), com diversas aplicações nos variados campos das ciências sociais.
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Essencialmente, a teoria da equidade lida com duas questões (ALFINITO; CORRADI, 2011):
1. O que as pessoas pensam ser justo e equitativo?
2. Como elas respondem quando recebem mais ou menos que o justo ou merecido em suas
relações com os outros? Como reagem quando seus companheiros recebem benefícios que não
merecem ou quando recebem sofrimento prolongado, que também não merecem?
Assim, equidade pressupõe que satisfação e comportamento dependem da percepção do indivíduo
sobre os resultados obtidos em comparação aos resultados que ele julga que sejam justos. Ela é o
equilíbrio entre as contribuições que duas pessoas ou dois grupos fazem entre si e as recompensas
que eles recebem em troca.
Equidade, portanto, é uma avaliação psicológica, um julgamento, baseado nos esforços e
recompensas do avaliador em comparação aos outros. 
A percepção de inconsistência nesse julgamento gera sentimentos de desconforto, que podem ser
de culpa, quando as recompensas são maiores que as dos outros; ou de raiva, quando são menores.
Esse desconforto é criado pela inequidade relacional percebida e provoca reações
comportamentais que buscam restaurar o equilíbrio da relação, ou seja, restaurar a equidade.
Para Homans (1959), um sistema social está em equilíbrio e seu controle é efetivo quando o estado
dos elementos que entraram no sistema e a relação mútua entre eles é tal que qualquer mudança
pequena em um dos elementos será seguida por mudanças nos outros elementos, tendendo a
reduzir o montante daquela mudança. Não haverá equidade se houver desequilíbrio. Essa noção de
equilíbrio utilizada na teoria vem do conceito de E�ciência de Pareto (ALFINITO; CORRADI, 2011).
A E�ciência de Pareto leva esse nome por ter sido desenvolvida pelo político, sociólogo e
economista italiano Vilfredo Pareto. Em termos econômicos, por exemplo, Simon e Blume (1994)
conceituam a E�ciência de Pareto, também chamada de Ótimo de Pareto, como uma composição na
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qual ninguém pode ser melhorado sem que o outro elemento do sistema seja piorado. Seria como
visualizar uma balança de dois pratos. A tentativa de posicionar os dois pratos em um mesmo nível
é a busca do equilíbrio. Se isso não for possível, um dos pratos descerá e o outro se elevará,
mostrando que um dos lados está em vantagem (ganhando) e o outro em desvantagem (perdendo).
Haverá desequilíbrio no sistema ou inequidade. Adams (1963) salienta que estudar o que acontece
com os envolvidos nessa situação de inequidade é fundamental para se compreender con�itos
sociais. 
Formas de Equidade
Uma questão importante é que a teoria da equidade tem como aspecto fundamental o conceito de
que preferimos ser tratados de forma justa e dar o mesmo tratamento às outras pessoas. Pode-se
dizer que se trata da chamada Regra de Ouro (“Faça aos outros o quer que façam a você.”). Ou seja,
ocorrem contribuições dinâmicas, como uma via de mão dupla, que são intercambiadas entre os
indivíduos ou grupos. Qualquer coisa que recebemos pode ser avaliada pela equidade (i.e., dinheiro,
elogios). As contribuições envolvem o que somos ou o que fazemos (i.e., nossa beleza física, a
qualidade de um trabalho efetuado). A relação de equidade pode ser avaliada em vários níveis:
entre indivíduo – indivíduo; 
entre grupo – grupo;
entre indivíduo – grupo.
A equidade existe quando a pessoa percebe que a razão entre os resultados que recebe e as
contribuições que ela faz são iguais à razão do outro, ou dos outros. Portanto, existe equidade
quando se observa o seguinte:
Onde:
A = indivíduo ou grupo.
B = indivíduo ou grupo.
I = esforço ou contribuição (input).
O = recompensa ou resultado (output).
A primeira expressão denota que a teoria da equidade apresenta um modelo que trata o indivíduo
como um ser racional, que computa seus esforços e recompensas para si mesmo e para os outros.
Ou seja, o indivíduo compara o resultado da razão entre IA e OA, com o resultado da razão entre IB
e OB, para chegar a uma noção de justiça. Dessa forma, o que se julga como justo será sempre
IA÷OA = IB÷OB
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relativo. Estará sempre sujeito a uma comparação com outro indivíduo ou grupo, ou entre dois
grupos. É um modelo racional, que pode ser utilizado para tomada de decisão e passa por um
processamento cognitivo que se baseia em heurísticas.
Para corrigir a possibilidade de valores negativos como resultado da razão apresentada, Walster e
Walster (1975) reescrevem a expressão da seguinte forma:
Onde:
A = indivíduo ou grupo.
B = indivíduo ou grupo.
I = esforço ou contribuição (input).
O = recompensa ou resultado (output).
Vários termos podem representar input e output na literatura internacional. Cada um dependerá
da situação e do tipo de relação envolvida no sistema. De modo geral, os termos mais comuns para
expressar input e output são: esforços e recompensas, contribuições e resultados, contribuições e
recompensas, custos e benefícios, necessidades e benefícios, vantagens e desvantagens,
investimento e retorno, entre outros. Al�nito e Corradi (2011) de�nem os esforços (I) como
contribuições que pessoas ou grupos fazem na forma de atributos, habilidades ou estímulos; e as
recompensas (O) como premiaçõesou punições que podem ser tangíveis, tais como pagamentos ou
serviços, ou intangíveis, tais como status ou carinho.
Se as razões entre I e O não forem iguais, as partes envolvidas se sentirão descompensadas ou
prejudicadas e motivadas a restabelecerem a equidade. A equidade pode ser restabelecida de duas
formas:
1. pela mudança de O, de A ou de B, ou mesmo pela mudança de I;
2. pela reavaliação de O, de A ou de B. A primeira forma de restauração consiste em restabelecer
a equidade real ou objetiva; a segunda, em recuperar a equidade psicológica ou subjetiva;
sendo preferível a equidade real à psicológica. Cabe destacar que A não pode modi�car I de B, e
nem B modi�car I de A; A e B podem apenas reavaliar seu próprio esforço ou contribuição. O
contrário, a reavaliação de O, de A ou de B, pode acontecer apenas quando for difícil alcançar a
equidade real ou quando o alcance dela cause algum incômodo para A ou B.
Mesmo sendo um modelo aparentemente racional, a avaliação quanto à equidade ocorre, muitas
vezes, inconscientemente, em várias situações do dia-a-dia, sejam elas envolvendo o ambiente
empresarial (negócios), as relações interpessoais, as transações comerciais ou mesmo as relações
(OA − IA)÷|IA| = (OB − IB)÷|IB|
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de consumo. Lembrando que na equidade sempre estão envolvidos dois lados avaliativos; aquele
sob menor razão I/O se sentirá injustiçado e mais motivado a buscar formas para reduzir a
inequidade à qual foi submetido.
A teoria da equidade parte do pressuposto de que indivíduos vão se comparar aos outros em
termos de investimento para uma atividade/objeto e da percepção de retorno que eles têm dos
mesmos (TYLER; SMITH, 1998). A quebra dessa relação de equidade gera con�ito e necessidade de
restauração da equidade (ADAMS, 1963).
Isso signi�ca dizer que as pessoas avaliam seus esforços e recompensas, bem como os dos outros
envolvidos em uma interação ou relacionamento, e percebem que a relação é aceitável quando os
seus próprios ganhos na relação são iguais aos dos outros envolvidos.
A equidade pode se transformar em inequidade em três situações básicas (ALFINITO; CORRADI,
2011):
1. Quando um dos envolvidos obtém novas informações a respeito das características e conduta
pessoal do outro;
2. Quando, com o tempo, ocorrem mudanças em um ou em outro envolvido;
3. Quando ocorrem mudanças provenientes de acontecimentos ou fatores ambientais.
Supõe-se que aquele que sofre as consequências negativas de uma mudança de estado de equidade
para inequidade pode se tornar menos afetuoso, menos generoso ou se vestir de forma pior, na
tentativa de restabelecer a equidade real. Outra possibilidade é o rompimento da relação caso a
equidade não possa ser recobrada.
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O foco da teoria da equidade está nas relações entre pessoas, mais do que no indivíduo
isoladamente. No entanto, é uma teoria essencialmente individualista no que tange à sua tendência
em analisar indivíduos interagindo com outros indivíduos. Ela se baseia na premissa de que são as
virtudes dos indivíduos, tais como coragem, esforço e inteligência, que determinarão o progresso
desses indivíduos. Ou seja, ela entende a realidade do ponto de vista individualista, conforme
discutimos anteriormente. Pertencer a um grupo, seja ele feminino ou masculino, de negros ou
brancos, de pobres ou ricos, é julgado como fator secundário, exceto em situações especí�cas, como
de uma ação a�rmativa, por exemplo, na qual esse deve ser um fator primário. Sendo assim, está
fortemente arraigada em culturas individualistas. Isso não signi�ca que ela não seja aplicável a
culturas mais coletivistas, pelo contrário, na descrição da teoria, é frequentemente necessário
extrapolar para o nível de relação grupal.
Estudar a teoria da equidade tem sido um desa�o, pois a de�nição de esforços e recompensas,
como mostrado anteriormente, é subjetiva e até controversa. Outra questão problemática é a
percepção subjetiva de esforços e recompensas. Pode haver discordâncias sobre o volume de
contribuição que alguém faz e o nível de recompensa que essa pessoa merece. As pessoas tendem a
exagerar suas contribuições pessoais em relação a esforços coletivos, provocando con�itos. Esse é
o processo que ocorre quando você participa de um trabalho em grupo, por exemplo. Cada
componente do grupo tende a acreditar que fez mais do que os outros. Isso gera expectativas de
recompensa consistentes com essa percepção, como reconhecimento dos demais membros do
grupo ou mesmo do próprio professor.
Dessa forma, para analisar equidade, os pesquisadores limitam os tipos de esforços considerados,
apresentam regras claras e geralmente aceitas para as recompensas e utilizam esforços e
recompensas que sejam quanti�cáveis. Outra estratégia é dizer aos participantes da pesquisa que
as recompensas são justas ou injustas, controlando previamente os julgamentos deles (TYLER;
SMITH, 1998). 
Os Primeiros Estudos de Equidade e Percepção de
Justiça
O primeiro estudo desenvolvido com base na teoria da equidade foi conduzido por Adams, nos anos
de 1960 e 1961, nos Estados Unidos, no contexto de organizações de trabalho. Foram feitos dois
experimentos, que deram atenção à redução da dissonância cognitiva (que explicaremos abaixo),
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com a �nalidade de explicar reações dos trabalhadores quanto à percepção de seus salários,
comparando sujeitos que recebiam por hora trabalhada com sujeitos que recebiam por peça
produzida (ADAMS, 1962).
Como pressupostos para os experimentos, Adams delimitou algumas questões:
1. quando uma pessoa trabalha em troca de pagamento, pode-se assumir que ela tem cognições
sobre o que ela contribui e o que ela recebe pelo desempenho do trabalho (suas recompensas);
2. existe dissonância cognitiva para a Pessoa sempre que suas opiniões sobre suas contribuições
no trabalho e/ou suas recompensas estiverem psicologicamente em relação inversa às suas
cognições de contribuições e/ou recompensas do Outro (FESTINGER, 1957).
No Experimento 1, 22 estudantes universitários do sexo masculino foram contratados para
trabalho temporário, em período parcial, na área de recrutamento e seleção de uma instituição
estadunidense, recebendo $3,50 por hora trabalhada. De forma aleatória, eles foram divididos em
dois grupos, com o mesmo número de trabalhadores: (Ge) grupo experimental, em condição de
dissonância (N=11) e (Gc) grupo em condição de controle (N=11). No Ge, o empregador fazia com
que o sujeito percebesse, na entrevista, não ser bem quali�cado para a vaga, mas o contratava
mesmo assim, advertindo-o da importância de ele obedecer às instruções quanto à atividade a ser
desempenhada. Ao entrevistar os participantes de Gc, por sua vez, o empregador sobrevalorizava
as características do sujeito, se demonstrava feliz em poder contratá-lo e advertia que o valor pago
por hora era padronizado ($3,50), não podendo pagar mais do que isso.
Como resultados, Adams (1962) identi�cou, no Experimento 1, que trabalhadores que recebiam
por hora, sendo o valor dessa hora percebido por eles como superior ao que deveriam ganhar,
produziam signi�cativamente mais que aqueles que percebiam receber o valor justo por hora. Ou
seja, Ge produzia mais por hora que Gc. Os participantes do Ge tentavam reduzir a sua
dissonância cognitiva quanto ao valor inequitativo que recebiam por hora, trabalhando mais que
os participantes do Gc.
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NoExperimento 2, 36 estudantes universitários do sexo masculino também foram contratados
para trabalhar na área de recrutamento e seleção de uma instituição estadunidense. As mesmas
condições experimentais do Experimento 1 foram aplicadas. No entanto, em vez de dois grupos,
foram compostos quatro grupos de estudantes, com as seguintes características: 
(He) grupo experimental, em condição de dissonância, recebendo $3,50 por hora (N=9); 
(Hc) grupo em condição de controle, recebendo $3,50 por hora (N=9); 
(Pe) grupo experimental, em condição de dissonância, recebendo $0,30 por entrevista obtida
(N=9); 
(Pc) grupo em condição de controle, recebendo $0,30 por entrevista obtida (N=9). 
No Experimento 2, Adams identi�cou que trabalhadores que recebiam por entrevista obtida,
sendo o valor por entrevista obtida percebido por eles como superior ao que deveriam ganhar,
considerando suas quali�cações, produziam signi�cativamente menos que aqueles que percebiam
receber o valor justo por entrevista obtida. Ou seja, Pe produzia menos que Pc no período de duas
horas, de�nido para o experimento.
Destacamos que, seguindo o tipo de pesquisa desenvolvida por Adams (1962), os resultados de
outros estudos têm mostrado que trabalhadores pagos com justiça são mais satisfeitos do que os
trabalhadores super ou subpagos. Diante da percepção de pagamento injusto, os trabalhadores
ajustam seu nível de produtividade para restaurarem a equidade. Os dados mostram que esses
ajustes no comportamento ocorrem mesmo quando o trabalho é anônimo. Outra forma de
restaurar a equidade é mudando de empresa, mesmo que seja para ganhar menos. O princípio da
equidade mostra-se aplicável a outros contextos, como amizade, namoro e casamento (TYLER;
SMITH, 1998). 
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No Brasil, que possui uma cultura conhecidamente mais coletivista do que os EUA, a teoria da
equidade apresenta algumas limitações. Triandis (1994) destaca que, mesmo que a teoria da
equidade seja um conceito reconhecido em todas as culturas, a norma existente em cada uma delas
não possui a mesma relevância. Com isso, não se pode aplicar a teoria com os mesmos pressupostos
em qualquer cultura.
Outra questão identi�cada na cultura brasileira, por Rodrigues (1982), é o fato de que, nas relações
de trabalho, os trabalhadores acabam não comparando seus esforços e recompensas com os
demais trabalhadores. O comportamento de trabalhar em si é valorizado, e não a consequência do
mesmo. De qualquer forma, é interessante notar a in�uência das percepções dos indivíduos sobre
seu modo de julgar e se comportar no mundo.
Existe uma ampla gama de referências sobre a equidade disponíveis na internet e todas elas
também falam sobre a ideia de justiça, advinda da percepção de equidade. 
Limitações
SAIBA MAIS
Vejamos, por exemplo, as seguintes postagens:
• Signi�cado de Equidade
• Equidade
• Equidade social: uma ética para o século XXI
https://www.significados.com.br/equidade/
https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/EADG560/nova_novo/documents/texto2.pdf
https://iesb.blackboard.com/bbcswebdav/institution/Ead/_disciplinas/EADG560/nova_novo/documents/texto1-1.pdf

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