Avaliação Neonatal e Escalas de Dor

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Júlia Barbosa-Medicina 3ª Etapa
Pediatria
Habilidades Clínicas III
(Puericultura)
♥ Boletim de Silverman-Andersen
Em neonatologia se emprega a tabela de Silverman e Andersen para valorar o
desconforto respiratório em recém-nascidos. Baseada em cinco critérios obtidos
através da observação, podemos definir valores de 0 a 2 para cada critério na tabela,
depois da valoração, com a somatória dos valores obtemos valores totais entre 0 e 10,
sendo 0 com melhor prognóstico e 10 pior prognóstico.
♥ Interpretação
1. Recém nascido com 0 pontos: Sem dificuldade respiratória.
2. Recém nascido com 1 a 3 pontos: Com dificuldade respiratória leve.
3. Recém nascido com 4 a 6 pontos: Com dificuldade respiratória moderada.
4. Recém nascido com 7 a 10 pontos: Com dificuldade respiratória severa.
♥ Avaliação do estado comportamental do Neonato por Brazelton
A Neonatal Behavioral Assessment Scale (NBAS) pode ser considerada como o exame
mais detalhado, disponível, centrado no comportamento neonatal e, actualmente, cada
vez mais usado em todo o mundo, tanto no domínio da investigação como em contexto
clínico.
Desenvolvida originalmente em 1973 pelo Prof. Berry Brazelton e seus colegas, a NBAS
foi concebida para documentar a contribuição do recém-nascido para o sistema
pais-criança (extremamente dinâmico do ponto de vista afectivo e comunicacional), isto
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é, compreender a linguagem do bebé. Apesar de os bebés não falarem durante o
primeiro ano de vida, é um facto que nascem prontos para comunicar através de um
vocabulário de movimentos corporais, choro e respostas visuais, constituintes de uma
linguagem complexa do comportamento do bebé.
Assim, esta escala - utilizada para a observação de recém-nascidos e bebés até aos dois
meses de vida - ao contemplar um amplo leque de comportamentos, traduz um "retrato"
comportamental da criança que - face a diferentes estímulos - ilustra as suas forças, as
suas respostas de adaptação e possíveis vulnerabilidades.
É uma descoberta partilhada com os pais, a fim de desenvolver estratégias de prestação
de cuidados e propiciar uma melhor inter-relação entre bebés e pais. Representa, por
isso, um guia prático de extrema importância, que ajuda pais, profissionais de
saúde/educação e investigadores a entenderem a linguagem do recém-nascido, isto é a
melhor compreenderem o bebé enquanto Pessoa.
Com 28 itens que concernem ao repertório comportamental e 18 itens reflexos
centrados no estado neurológico, a observação efectuada a partir desta escala não
providencia um resultado único, mas avalia as idiossincrasias do bebé através de
diferentes dimensões (estabilidade autonômica; organização motora; organização dos
estádios; e qualidade das capacidades ao nível da atenção/interacção), descrevendo
como este as integra na interacção com o novo ambiente.
O sistema NBO pode ser utilizado desde o nascimento até aos três meses de vida do
bebé em diversos contextos clínicos e consiste em 18 itens comportamentais que
permitem observar:
● 1) a capacidade de habituação do bebé face a estímulos sonoros e luminosos;
● 2) a qualidade do tônus motor e o nível de actividade;
● 3) a capacidade de auto-regulação;
● 4) a resposta ao stress;
● 5) as capacidades visuais, auditivas e interactivas do bebê.
♥ Escala visual analógica - EVA
A Escala Visual Analógica – EVA consiste em auxiliar na aferição da intensidade da dor
no paciente, é um instrumento importante para verificarmos a evolução do paciente
durante o tratamento e mesmo a cada atendimento, de maneira mais fidedigna. Também
é útil para podermos analisar se o tratamento está sendo efetivo, quais procedimentos
têm surtido melhores resultados, assim como se há alguma deficiência no tratamento,
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de acordo com o grau de melhora ou piora da dor. A EVA pode ser utilizada no início e no
final de cada atendimento, registrando o resultado sempre na evolução. Para utilizar a
EVA o atendente deve questionar o paciente quanto ao seu grau de dor sendo que 0
significa ausência total de dor e 10 o nível de dor máxima suportável pelo paciente.
♥ Dicas sobre como interrogar o paciente: Você tem dor? Como você classifica sua
dor? (deixe ele falar livremente, faça observações na pasta sobre o que ele falar)
Questione-o:
a) Se não tiver dor, a classificação é zero.
b) Se a dor for moderada, seu nível de referência é cinco.
c) Se for intensa, seu nível de referência é dez.
OBS.: Procure estabelecer variações de melhora e piora na escala acima tomando
cuidado para não sugestionar o paciente.
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♥ Escala FLACC-R
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