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Avaliação Pediátrica e Obstétrica

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DÉBORA RODRIGUES – MED XXX 
 PEDIATRIA 
 
SEMIOLOGIA 
 
ANAMNESE 
HISTÓRIA MATERNA E PERINATAL: 
Dados sociodemográficos familiares: nome do RN, nome da mãe, nome do pai, endereço, telefone de contato, idade materna, 
escolaridade materna e paterna, situação conjugal, ocupação materna e paterna. 
Condições clinicas e obstétricas maternas: 
 
Situações clinicas a serem identificadas: gestação espontânea, fertilização in vitro, DUM, USGO, IG, adesão ao pré-natal, 
estratificação de risco gestacional e para o parto (malformações, prematuridade), doenças previas, doenças desenvolvidas na 
gestação, antecedentes obstétricos, situação vacinal, uso de medicamentos, procedimentos, intervenções cirúrgicas, hábitos 
alimentares, estilo de vida. 
Avaliação dos exames laboratoriais: 
 Mae: grupo sanguíneo, fator Rh e pesquisa de anticorpos irregulares; sorologias: sífilis, toxoplasmose, hepatites B e C, rubéola, 
citomegalovírus, herpes e vírus da imunodeficiência humana (HIV) e, nos Estados que têm maior prevalência, arbovirose e vírus 
linfotrópico de células T humanas (HTLV); cultura vaginal e retal para pesquisa do estreptococo do grupo B; 
 Pai: grupo sanguíneo e sorologia para sífilis. 
 Parto: presença de febre materna, RMPO, características do líquido amniótico. 
 
 
EXAME FÍSICO 
 
 
 EXAME DO RECÉM-NASCIDO: 
O prematuro tem características peculiares em decorrência do grau de sua imaturidade, apresentando-se com: 
 Pele fina e lisa, recoberta por vérnix caseoso. 
 Tecido adiposo escasso. 
 Musculatura pouco desenvolvida. 
 Presença de edema nas primeiras horas de vida 
 Tônus muscular e reflexos diminuídos. 
 A cabeça é relativamente grande quando comparada ao tórax, com fontanelas amplas. 
 Glândula mamária bem diminuída ou não palpável. 
 Tórax depressível. 
 Abdome globoso. 
 Genitália feminina com lábios menores protrusos. 
 Genitália masculina com bolsa escrotal mais lisa, sem definição de rafe mediana. 
 Testículos geralmente não palpáveis. 
 Maior risco de evoluírem com hérnia inguinal, caracterizando um quadro agudo emergencial particularmente os do sexo 
masculino com IG ao nascer abaixo de 30 semanas. 
 A evolução e o monitoramento clínico e de exames laboratoriais e de crescimento variam com o grau de maturidade. 
 
 MANOBRAS: 
Ortolani: com o RN em decúbito dorsal, com os joelhos flexionados e o quadril formando um ângulo de 90o com o abdome, devem 
ser feitos movimentos de abdução das coxas, com leve pressão nos joelhos (manobra de Ortolani). Quando existe instabilidade 
coxofemoral, a cabeça do fêmur se encaixa no fundo do acetábulo, percebido nas mãos como um “click”. 
Barlow: é realizada aduzindo-se o quadril e avaliando-se o deslocamento da cabeça do fêmur sobre o acetábulo. A movimentação 
do ligamento sobre o acetábulo pode ser entendida como um “click”, que deve ser investigado, mas na maioria dos casos não tem 
repercussão clínica. 
Assimetria das pregas; 
Reflexos: sucção, preensão palmar e plantar, Moro, marcha reflexa, de busca, propulsão, cutaneoplantar em extensão e Magnus-De-
Kleijin. 
 
 
PREPARAÇÃO: 
 Observação de icterícia neonatal. 
 Cuidados rotineiros ao cordão umbilical e à pele. 
 Cuidados rotineiros após a circuncisão (quando indicado). 
 Colocação do recém-nascido em decúbito dorsal durante o sono. 
 Sinais sutis de enfermidade no recém-nascido, como febre, 
irritabilidade, letargia ou alimentação precária. 
 Adequação da ingestão, particularmente para os neonatos que recebem 
leite materno. Isso inclui um mínimo de 8 mamadas por dia; pelo 
menos uma fralda molhada no primeiro dia de vida, aumentando para 
pelo menos 6 a partir do sexto dia de vida; duas defecações por período 
de 24 horas. 
 Instalação e utilização apropriadas de assento infantil em automóveis. 
 Prevenção do tabagismo passivo. 
 
CONDIÇÕES DE ALTA: 
 AVALIAÇÃO DA FAMILIA: Quem serão os cuidadores do RN? 
Como é a estrutura familiar? Tem sistema de apoio? Precisa ser 
desenvolvido ou reforçado? Existem barreiras de linguagem ou 
aprendizagem? Pais tem alguma questão clínica ou psicológica que 
possa prejudicar suas habilidades como cuidador? Quais as crenças 
culturais? Preocupações financeiras? Avaliação do ambiente 
domiciliar. 
 PRONTIDÃO DO RN: 
o Consegue manter a temperatura corporal em um ambiente 
aberto. 
o Consegue fazer todas as refeições pela mamadeira ou 
amamentação sem comprometimento respiratório. 
o Apresenta ganho de peso constante, evidenciado por um 
aumento no peso do prematuro de 10 a 15 g/kg/dia, e de 20 a 
30 g/kg/dia no recém-nascido a termo. 
o Não apresenta apneia nem bradicardia durante 5 dias. 
o Consegue dormir com a cabeceira no mesmo nível do leito sem 
apresentar comprometimento da saúde e da segurança. (Se 
houver refluxo e este comprometer a saúde ou a segurança do 
recém-nascido, orientar em relação a medidas cabíveis, como 
almofada antirrefluxo). 
 TRIAGEM: 
o Triagem auditiva. 
o Exame oftalmológico. 
o Ultrassonografia de crânio. 
o Triagem para hemorragia intraventricular e leucomalacia 
periventricular para todos os recém nascidos que preencham os 
seguintes critérios: 
 Peso < 1.500 g ou idade gestacional < 32 semanas. 
 Realize ultrassonografias da cabeça no 1o e no 3o dias de 
vida; se os resultados alterarem o tratamento clínico, 
repetir ultrassonografia no 7o ao 10o dia de vida, e com 
1 mês de idade. 
 Imunizações. 
 Teste do assento do carro. Os recém-nascidos que não 
passam no teste do assento do carro precisam ser testados 
novamente em um leito de carro. O teste do assento do carro 
pode ser repetido 1 mês depois da alta. 
 ORIENTAÇÕES: 
o Realizar exame clinico diariamente. 
o Avaliar e documentar a presença de diurese e eliminação de 
mecônio. 
o Avaliar diariamente FC, FR e temperatura axilar (36,5 a 37,4 ºC). 
o Orientar os cuidados de higiene: cordão umbilical (álcool e 
sabão, manter o coto seco e uso de álcool etílico 70%), higiene 
das pregas e períneo, troca de fraldas; os banhos podem ser 
espaçados desde que os cuidados de higiene sejam observados. 
o Avaliar a família e identificar fatores de risco: abuso de drogas 
ilícitas, alcoolismo, fumo, antecedentes de negligencia com 
irmãos, violência doméstica, doença mental, ausência de 
residência fixa. Nessas situações, o serviço social e a psicologia 
desempenham papel importante para definir estratégias de apoio 
e integração a atenção primaria à saúde. 
 
PLANO DE ALTA: 
 Conferir os sinais vitais (FC, FR e temperatura axilar). 
 Presença de diurese e eliminação de mecônio. 
 Conferir a administração de vitamina K. 
 Prevenção da oftalmia neonatal. 
 Vacina anti-hepatite B e aplicação de BCG ID. 
 Conferir a realização das triagens neonatais e anotar na 
caderneta da criança. 
 Orientar os pais para evitar a exposição do RN às pessoas 
com infecções ativas do trato respiratório superior ou 
outras infecções virais. 
 Avaliar a perda de peso. O RN pode perder, nos primeiros 
dias de vida, até 7% do peso ao nascer. 
 Registrar na caderneta da criança peso, comprimento e 
perímetro cefálico medidos ao nascer e peso na ocasião 
de alta hospitalar. Registrar tipagem sanguínea, quando 
realizado. 
 Revisar o monitoramento clinico e laboratorial (quando 
recomendado), do RN com risco ao nascer para 
desenvolvimento de sepse neonatal precoce. 
 Revisar os riscos e condições para hiperbilirrubinemia, de 
acordo com a história perinatal, exames laboratoriais, 
gráficos de indicação de fototerapia e nomograma de 
Buthani para predição da evolução da icterícia. 
Especificar os sinais de alerta a serem monitorados no 
acompanhamento ambulatorial. 
 Orientar os pais para verificação da cor das fezes, nas 
primeiras semanas de vida, de acordo com a caderneta da 
criança. 
 Orientar a família sobre a importância da continuidade da 
vacinação. 
 Reforçaras orientações dadas anteriormente para a 
prevenção de síndrome da morte súbita do lactente. 
 Orientar aspectos de segurança infantil, como assento 
apropriado para o carro, conforme o padrão federal de 
segurança de veículo motorizado. 
 Agendar consulta laboratorial com pediatra em 48 a 72 
horas após a alta, para reavaliação das condições clinicas 
e de saúde do RN e da mãe, e dar continuidade ao plano 
de cuidados na consulta do 5º dia. A equipe assistencial 
da maternidade deve participar da transição do cuidado, 
durante o período neonatal, no modelo de atenção em 
rede. 
FASES EVOLUTIVAS DA INFANCIA 
 Recém-nascido: 0 a 28 dias; 
 Lactente: 29 dias a <2 anos; 
 Pré-escolar: 2 a <5 anos; 
 Escolar: 5 a 10 anos. 
CLASSIFICAÇÃO DO RECÉM NASCIDO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PESO: 
 Baixo peso: < 2500g. 
 Peso normal: 2500-3999g. 
 Alto peso: ≥ 4000g. 
 
RN PIG: fatores adversos, maternos, placentários ou fetais, 
podem resultar em RN com peso ao nascer abaixo do 
percentil 10. Quando esses fatores ocorrem desde o início da 
gestação, podem resultar em RN com comprometimento do 
peso, comprimento e perímetro craniano, chamados PIG 
simétricos. Quando se iniciam ou intensificam no final do 2o 
e/ou 3o trimestres da vida intrauterina, os RN apresentam-se 
emagrecidos ao nascimento, com perda de tecido subcutâneo, 
pregas dos membros verticalizadas, perímetro craniano 
desproporcionalmente maior em relação ao peso e à estatura, 
chamados PIG assimétricos. 
RN GIG: crianças classificadas acima do percentil 90, 
frequentemente em associação com diabete materno não 
controlado na gestação. Uma parcela de RN GIG é 
constitucionalmente grande, portanto, apresenta padrão normal 
de crescimento. 
 
PERDA PONDERAL: 
CAUSAS: perda de líquidos, ingestão inicial limitada (colostro 
 pobre em gordura), gasto energético (manter temperatura 
corporal). 
 RN a termo: 7-10%. O bebe deve retornar o peso de 
nascimento por volta do 10º dia de vida. 
 RN pré-termo: 10-15%. O bebe deve retornar o peso de 
nascimento por volta do 15º dia de vida. 
 
COMPRIMENTO: 
 Normal: entre 47-52 cm. 
 
PERIMETRO CEFALICO: 
 Microcefalia: PC < 33. 
APÓS ZIKA: 
o Meninos ≤ 31,9 cm. 
o Mulheres ≤ 31,5 cm. 
 Normal: 35 +/- 2 (33 a 37 cm). 
 Macrocrania: PC > 37 
Na maioria das vezes, as alterações do PC estão relacionadas a 
alguma situação patológica, como infecções congênitas e 
síndromes genéticas. No parto vaginal, os RN podem apresentar 
cavalgamento dos ossos do crânio que se resolve 
espontaneamente nos primeiros dias e pode falsear a medida do 
PC. 
Crescimento Normal do Perímetro Cefálico 
1o trimestre: 2 cm/mês → 6 cm de crescimento em 3 meses 
2o trimestre: 1 cm/mês → 9 cm de crescimento em 6 meses 
2o semestre: 0,5 cm/mês → 12 cm de crescimento em 1 ano 
2o ano: 0,25 cm/mês → 15 cm de crescimento em 2 anos 
 
PERIMETRO ABDMONIAL: 
 2-3 cm a menos que a cabeça. 
 
 
PERIMETRO TORACICO: 
 30-36 cm. 
 
 
 
 
 
 
 
IDADE GESTACIONAL: 
 USGO: padrão-ouro para estimar a IG quando realizada entre 9 e 13 semanas e 6 dias. 
 Método de New Ballard (NB): pode ser de grande valia, quando não se tem a informação da data da ultima menstruacao ou da 
ultrassonografia confiável. 
 
 Método de Capurro: serve para RN de 29 semanas ou mais. 
 
ESCORE DE APGAR: 
Avaliação da vitalidade imediata do recém-nascido. 
Sinais avaliados: coloração da pele, pulso, irritabilidade reflexa, esforço respiratório, tônus muscular. 
Prognóstico: este teste é uma avaliação do momento em que foi feito. Uma pontuação inicial baixa não significa que o bebé terá 
complicações de saúde depois de lhe ser prestada a assistência que se revele necessária. 
 
TESTES DE TRIAGEM NEONATAL: 
TESTE DO REFLEXO VERMELHO: 
Realizado nas primeiras 72 horas de vida ou antes da alta da 
maternidade. Também deve ser realizado nas visitas pediátricas 
regulares. 
Objetivo: triagem precoce de problemas oftalmológicos 
congênitos. 
Principais causas de TRV alterado: catarata congênita, 
glaucoma congênito, retinoblastoma, inflamações intraoculares 
da retina e vítreo, na presença de quaisquer opacidades dos meios 
oculares. O RN deverá ser encaminhado para o oftalmologista. 
 
TESTE DA OXIMETRIA: 
Realizado a partir de 24 horas de vida (fechamento de shunts). 
Objetivo: afastar cardiopatias críticas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
TESTE DA ORELHINHA: 
Realizar antes da alta hospitalar, no máximo no seu primeiro mês 
de vida. 
Objetivo: avaliar surdez congênita. 
Na maternidade, recomenda-se a realização dos procedimentos 
de emissões otoacústicas evocadas (EOA) em crianças sem 
indicadores de risco para a deficiência auditiva e do potencial 
evocado auditivo de tronco encefálico automático (PEATE-A) 
em crianças com indicadores de risco, em especial naquelas que 
permaneceram na UTI neonatal por mais de 5 dias. 
Em caso de alteração, antes da alta hospitalar, recomenda-se que 
seja realizado 
um reteste após 15 dias da alta hospitalar. Caso esta falha 
permaneça, deve-se realizar o encaminhamento para diagnóstico 
médico e audiológico, com o objetivo de confirmar a existência 
ou não da perda auditiva. 
TESTE DA LINGUINHA: 
Realizado entre 24h-48h de vida do RN, no máximo em até 30 
dias de vida. 
Objetivo: avalia o frênulo lingual e possibilita diagnosticar o 
tratamento precoce das limitações dos movimentos da língua 
causadas pela língua presa. Avaliado pelo fonoaudiólogo. 
 
Se alterado: frenotomia (corte do freio lingual para permitir 
maior mobilidade da língua). 
 
TESTE DO PEZINHO: 
Realizado entre o 3º e 5º dia de vida e repetido em situações especiais em RN internados em UTI neonatal. 
Doenças detectadas: fenilcetonúria, hipotireoidismo congênito, fibrose cística, anemia falciforme, hiperplasia adrenal congênita 
e deficiência de biotinidase. 
 
LEITURA: se um APGAR é 7/10, significa que 
no 1o minuto a pontuação foi 7, e no 5º minuto a 
pontuação foi 10. Se for 2/3/7: no 1o minuto foi 2, 
no 5o foi 3, e no 10o foi 10. 
ESCORE: 
o 7-10: boa vitalidade. 
o 4-6: asfixia moderada. 
o 0-3: asfixia grave. 
 
ORIENTAÇÕES BÁSICAS QUE DEVEM SER REPASSADAS 
AMAMENTAÇÃO: 
A amamentação deve ser iniciada tão logo quanto possível após o parto. A OMS e o MS recomendam contato pele a pele ininterrupto 
na 1ª hora de vida, sempre que as condições de saúde da mãe e do recém-nascido permitirem. A maioria dos bebês suga na 1ª hora 
de vida, se lhe for dada oportunidade. O início da amamentação na 1ª hora de vida reduz o risco de hemorragia pós-parto, ao liberar 
ocitocina, e de icterícia no recém-nascido, por aumentar a motilidade gastrintestinal. 
 FREQUÊNCIA: 
Habitualmente, o recém-nascido mama com frequência, sem regularidade quanto a horários. É comum a criança em AME sob livre 
demanda mamar de 8 a 12 vezes/dia. 
 DURAÇÃO: 
Independentemente do tempo necessário, é importante que a criança fique o tempo suficiente na mama para ter acesso ao leite 
posterior, por conter mais calorias e saciar a criança. 
 DESMAME: 
O desmame não deve ser encarado como uma ruptura. Na realidade, ele representa uma mudança de forma de comunicação entre 
mãe e criança, um avanço na relação. Considerando o desmame uma fase do desenvolvimento da criança, o ideal seria que ele 
ocorresse naturalmente (desmame natural), na medida em que a criança, sob a liderança da mãe, vai adquirindo competência para 
tal. 
Há vários indicativos de que a criança pode estar pronta para iniciar o desmame: idade maior que 1 ano, menos interesse nas 
mamadas, aceita bem outros alimentos, é segura na sua relação com a mãe, aceita outras formas de consolo, aceita não ser 
amamentada em certas ocasiões e locais, às vezes dorme sem mamar no peito, mostra pouca ansiedade quando encorajada a não 
mamar e, às vezes, prefere brincar ou fazer outra atividade com a mãe em vez de mamar. 
 
CHUPETA:O uso de chupeta tem sido desaconselhado por diversas razões, entre as quais a possibilidade de interferir com o AM. É possível que 
o uso da chupeta seja um sinalizador de que a mãe está tendo dificuldades na amamentação ou de que tem menor disponibilidade 
para amamentar. 
ICTERICIA 
 
Os níveis séricos de bilirrubinas em recém nascidos são crescentes logo após o nascimento. Na maioria das situações, o quadro de 
icterícia pode ser considerado benigno. 
No entanto, o aumento além dos níveis considerado normais da bilirrubinemia pode ocasionar a encefalopatia bilirrubinica aguda 
(EBA). 
Os primeiros sinais da EBA nos RN ≥ 35 semanas de IG são insidiosos e inespecíficos, com dificuldades na sucção e letargia. 
Quando ela não é identificada e tratada com urgência, o RN progride para quadro de irritabilidade, opistótono, choro agudo e 
convulsões, muitas vezes evoluindo para o óbito. As crianças sobreviventes geralmente desenvolvem sequelas neurológicas em 
longo prazo com disfunção neurológica denominada kernicterus. 
Kernicterus: refere-se à coloração amarelada do cérebro por bilirrubina juntamente com evidências de lesão neuronal. É uma 
complicação grave e potencialmente fatal resultante da deposição de bilirrubina indireta nos tecidos cerebrais, especialmente nas 
regiões basais do cérebro. 
Em correlação direta, quanto maior o nível de BT no RN, maior a chance de sequelas e/ou óbito. 
 
 
METABOLISMO DA BILIRRUBINA 
Cerca de 75% da produção diária da bilirrubina provém da 
destruição de hemácias no sistema reticuloendotelial. Os outros 25% 
são consequentes à eritropoiese ineficaz e à destruição de eritrócitos 
imaturos. 
Heme  convertido em biliverdina, produzindo CO e Fe2+  
catabolizado em bilirrubina  BI se liga à albumina  captada pelo 
hepatócito  BD  excretada pelo intestino. 
Uma molécula de CO é produzida para cada molécula de heme 
catabolizada em bilirrubina. Assim, quanto maior a hemólise, maior 
a produção de CO, marcador que pode ser utilizado para 
diagnóstico. 
 
 
 
ETIOLOGIA  Após o clampeamento do cordão, há hiperbilirrubinemia consequente dos efeitos de 
produção, conjugação e circulação êntero-hepática do RN. 
 Desconjugação da BD, devido à deficiência relativa de enzimas bacterianas no intestino do 
RN. 
 Maior volume de glóbulos vermelhos circulantes, menor tempo de sobrevida da hemoglobina 
fetal, captação deficiente da bilirrubina do plasma e diminuição da conjugação hepática. 
 
 
FATOR DE RISCO 
 
TRIAGEM 
 
 
 ACOMPANHAMENTO: 
 
Nos percentis acima de 75, há maior probabilidade de fototerapia, nesse caso, o RN deve ser 
avaliado e/ou tratado. 
TRATAMENTO A terapêutica padrão-ouro é a fototerapia, uma intervenção frequente e eficaz, sendo raramente 
necessário associá-la à exsanguineotransfusão (EST). 
Mecanismo de ação da fototerapia: atua nos capilares e nos espaços intersticiais superficiais da 
pele e do tecido subcutâneo, tornando a bilirrubina não conjugada hidrossolúvel. Dessa maneira, 
esse composto pode ser excretado na urina e na bile sem ser necessária a formação da bilirrubina 
conjugada pelo fígado. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO 
 
CADERNETA DA CRIANÇA 
O processo de triagem e vigilância consiste na busca dos casos de maior risco para atrasos em relação ao desenvolvimento. A triagem 
é feita por meio do uso de instrumentos padronizados e estruturados que aumentem a sensibilidade de detecção precoce de desvios 
do desenvolvimento. A vigilância, por sua vez, é um processo contínuo e permanente, que, além de usar instrumentos, deve fazer 
parte de todas as consultas de promoção da saúde. Por meio dela é possível detectar o perfil das crianças que precisarão de um 
acompanhamento mais específico. 
Para fins de instrumentalização das redes locais, o MS orienta a utilização da Caderneta de Saúde da Criança (CSC), como 
instrumento de maior alcance para a vigilância do pleno desenvolvimento na puericultura, que inclui, dentre as diferentes dimensões, 
os aspectos psíquicos. 
Dados que possuem: 
 Dados pessoais. 
 Registro de vacinas. 
 Registro de consultas médicas. 
 Registro odontológico. 
 Desenvolvimento físico e mental. 
 Histórico medico (doenças, alergias, medicamentos administrados, histórico de hospitalizações, cirurgias). 
 Nutrição. 
DESENVOLVIMENTO x CRESCIMENTO 
DESENVOLVIMENTO CRESCIMENTO 
O estudo do desenvolvimento compreende alguns domínios de 
função interligados, quais sejam: 
sensorial, motor (geralmente subdividido em habilidades 
motoras grosseiras e habilidades motoras finas), da 
linguagem, social, adaptativo, emocional e cognitivo. Esses 
domínios influenciam-se entre si e têm como eixo 
integrador a subjetividade e a função de dimensão psíquica que 
se particulariza e possibilita a singularidade de 
cada um dos seres humanos. 
AVALIAÇÃO: 
 Gesell 2. 
 Teste de triagem Denver II. 
o Pessoal-social: envolve aspectos da socialização da 
criança dentro e fora do ambiente familiar; 
o Motricidade fina: coordenação olho-mão, 
manipulação de pequenos objetos; 
o Linguagem: produção de som, capacidade de 
reconhecer, entender e usar a linguagem; 
o Motricidade ampla: sentar-se, caminhar, pular e os 
demais movimentos realizados pela musculatura 
ampla. 
 Escala de desenvolvimento infantil de Bayley. 
 Albert Infant Motor Scale. 
 Caderneta de saúde da criança. 
O crescimento é o aumento do tamanho físico (dados 
antropométricos). 
 
MARCOS DO DESENVOLVIMENTO 
MARCOS SALTOS 
Baseados em escalas e testes pré-definidos. São realizações 
específicas que a maioria das crianças atinge em uma 
determinada idade. Eles representam habilidades ou marcos 
importantes que indicam o progresso típico do 
desenvolvimento infantil. 
São usados para avaliar se uma criança está progredindo de 
maneira saudável e apropriada para sua idade. 
 
 
 
 
Definidos como a observação de mudanças comportamentais 
(sono, alimentação e irritabilidade) nos bebês frente à 
possibilidade da aquisição de uma nova habilidade. Referem-se 
a períodos de rápido progresso ou mudanças significativas em 
habilidades ou comportamentos em um curto espaço de tempo. 
 
 
CONDUTA: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINAIS DE ALERTA 
 
 
ATRASOS NO DESENVOLVIMENTO: 
A primeira abordagem, que deve ser a anamnese completa, investiga: 
 Como é a rotina? Tempo, horário e duração do sono, principal cuidador durante o dia e à noite, tempo e conteúdo de tela, 
alimentação, escola, atividades extras, lazer etc. 
 Como a criança brinca? 
 Como ela se comunica? Gestos, expressões faciais, linguagem receptiva, linguagem expressiva, intenção comunicativa, forma 
de pedir alimentos, água etc. 
 Como ela aprende? É capaz de imitar? Tem interesses diversos? 
 Como ela interage? Forma e tempo de olhar nos olhos, sorriso em resposta ou social, tentativas de chamar a atenção para ser 
notada, forma de abordagem e de brincar com outras crianças e adultos, necessidade de ficar sozinha ou acompanhada, formas 
de realizar parcerias de brincadeiras, forma de responder quando chamada etc. 
 Como ela se comporta? Como se comporta em diferentes ambientes (parecer de professores e outros familiares que convivem 
com a criança), possui rotinas e comportamentos fixos ou flexíveis, como reage às frustrações, apresenta movimentos 
repetitivos ou maneirismos, desiste do que deseja facilmente ou insiste em tentar até conseguir, chora com facilidade ou é 
tranquila etc. 
 Como ela se movimenta? Apresenta dificuldade ou facilidade no planejamento motor, na motricidade grossa e fina etc. 
A investigação deve ser ampla, de forma a detectar possíveis fatores relacionados ao atraso, por exemplo: 
Fatores de risco na história gestacional, como idade avançada dos pais, fertilização in vitro (FIV), uso de medicações (p. ex., ácido 
valpróico) e exposiçãoa altos níveis de substâncias tóxicas ao organismo da mãe. 
Fatores de risco neonatais, como prematuridade e internação em centro de terapia intensiva (CTI), baixo peso ao nascimento e/ou 
necessidade de oxigênio nos primeiros dias de vida. 
História familiar de atrasos no DNPM ou de TEA. 
Data de aquisição de marcos do DNPM. História de regressão nos marcos do DNPM. 
Alergias alimentares ou outras condições clínicas. Presença de risco para baixa audição. 
Estresse tóxico. 
Baixa estimulação de comunicação entre os familiares e a criança. 
Interação superficial entre os cuidadores e a criança. 
Isolamento social e convívio restrito da criança. 
Tempo de tela acima do recomendado pela SBP e pela Academia Americana de Pediatria (AAP) para cada faixa de idade. 
 
 
 
 
TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA 
 
Diante de um lactente com atraso nos marcos do desenvolvimento neuropsicomotor (DNPM) relacionados principalmente à 
comunicação, ao comportamento e à socialização, o profissional deve suspeitar de transtorno do espectro do autismo (TEA). 
RASTREIO: 
 BAIXO RISCO: Pontuação Total entre 0-2; se a 
criança tem menos de 24 meses, reavaliar após o 
segundo aniversário. Nenhuma outra avaliação será 
requerida a menos que a evolução clínica indique 
risco de TEA. 
 RISCO MÉDIO: Pontuação Total entre 3-7; aplicar 
a consulta de seguimento (segunda etapa do MCHAT-
R/F) para obter informações adicionais sobre as 
respostas de risco. Se o escore permanecer maior ou 
igual a 2, a triagem da criança foi positiva. Deve-se 
encaminhar a criança para avaliação diagnóstica e de 
intervenção precoce. Se o escore da consulta de 
seguimento for de 0-1, a triagem da criança foi 
negativa. Nenhuma outra avaliação será necessária, 
exceto se a evolução clínica indicar risco de TEA. A 
criança deve ser triada novamente em futuras visitas 
médicas. 
 RISCO ELEVADO: Pontuação Total entre 8-20; 
não é necessário fazer a consulta de seguimento, a 
criança deve ser encaminhada imediatamente para 
avaliação diagnóstica e intervenção precoce. 
 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
NÍVEL DE GRAVIDADE: 
 Interação/comunicação social: 
Nível 1 (necessita de suporte): prejuízo notado sem suporte; 
dificuldade em iniciar interações sociais, respostas atípicas ou não 
sucedidas para abertura social; interesse diminuído nas interações 
sociais; falência na conversação; tentativas de fazer amigos de forma 
estranha e malsucedida. 
Nível 2 (necessita de suporte substancial): déficits marcados na 
conversação; prejuízos aparentes mesmo com suporte; iniciação 
limitada nas interações sociais; resposta anormal/reduzida a aberturas 
sociais. 
Nível 3 (necessita de suporte muito substancial): prejuízos graves no 
funcionamento; iniciação de interações sociais muito limitada; resposta 
mínima a aberturas sociais. 
 Comportamento restritivo/repetitivo: 
Nível 1 (necessita de suporte): comportamento interfere de maneira 
significativa na função; dificuldade para trocar de atividades; 
independência limitada por problemas com organização e planejamento. 
Nível 2 (necessita de suporte substancial): comportamentos 
suficientemente frequentes e óbvios para observadores casuais; 
comportamento interfere na função em grande variedade de ambientes; 
aflição e/ou dificuldade para mudar o foco ou a ação. 
Nível 3 (necessita de suporte muito substancial): comportamento interfere marcadamente na função em todas as esferas; 
dificuldade extrema de lidar com mudanças; grande aflição/dificuldade de mudar o foco ou a ação. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
Déficits auditivos, deficiência intelectual, transtornos de linguagem, TDAH, TAG, TOC. 
CONDUTA: 
Não existem medicamentos específicos para o TEA. 
O encaminhamento interdisciplinar para fonoaudiologia, psicologia e terapia ocupacional deve ser precoce. 
Reforçar a necessidade de ambiente com rotina adequada (horários de sono e refeições), dieta balanceada, tempo de qualidade do 
uso de telas, brincadeiras, ócio criativo, escola, atividades ao ar livre, contato com a natureza, esportes, estudo. Harmonia no lar 
como fatores de alicerce para o desenvolvimento saudável. Acima de tudo, o profissional que acompanha a família deve valorizar e 
reforçar com frequência o poder do afeto, a conexão genuína dos pais com seus filhos e a felicidade dentro da nova forma de viver. 
 
GLOMERULONEFRITE PÓS-ESTREPTOCÓCICA 
 
CONCEITO EPIDEMIOLOGIA PATOGÊNESE SINAIS E SINTOMAS 
É a causa mais comum de 
síndrome nefrítica e se 
caracteriza por um processo 
inflamatório glomerular e difuso, 
usualmente relacionada a uma 
infecção pregressa pelo 
estreptococo (impetigo ou 
faringite), sendo considerada 
uma das complicações não 
supurativas por cepas 
nefritogênicas do Streptococcus 
pyogenes, representado 
principalmente pelo 
Streptococcus beta-hemolítico do 
grupo A. 
É de evolução favorável (bom 
prognostico). 
A GNDA-PE ocorre 
principalmente entre 5-
15 anos de idade, 
sendo rara antes dos 2 
anos. Em relação às 
infecções 
estreptocócicas de vias 
aéreas, observa-se 
predominância no sexo 
masculino (2:1), com 
equivalência entre os 
gêneros quando a 
infecção é de pele. 
Bactérias liberam os 
antígenos estreptocócicos 
nefrogênicos (NAPLr e 
SpeB)  deposito nos 
glomérulos  formação de 
anticorpos (Ac-NAPLr e Ac-
SpeB)  antígenos se ligam 
a plasmina  inflamação 
tecidual  NAPLr migram 
para o espaço subendotelial 
 comprometimento da 
MBG  formação de 
imunocomplexos, ativação 
do complemento pela via 
alternativa (C3) e migração 
de leucócitos  inflamação 
 glomerulonefrite. 
 Edema. 
 Hipertensão arterial. 
 Hematúria. 
 Proteinúria de grau variável. 
 Azotemia. 
 Pode estar associado febre, 
cefaleia, dor abdominal, 
astenia e ganho de peso. 
MANIFESTAÇÕES 
URINÁRIAS: 
 Oliguria. 
 Hematúria. 
 Dismorfismo eritrocitário. 
 Cilindros hemáticos. 
 Perda de função renal (⭡ 
creatinina, ⭣ TFG). 
 
O edema tende a regredir em 7-15 
dias, com crises de diurese e 
regressão da PA. A hematúria 
pode persistir por 1-2 anos. 
DIAGNÓSTICO EXAMES 
COMPLEMENTARES 
COMPLICAÇÃO TRATAMENTO 
 Clínica de infecção recente. 
 Exames de urina: 
eritrócitos, proteinúria, 
leucócitos, células renais). 
 Hipocomplementemia. 
 Exames séricos: PCR, 
VHS, creatinina sérica, 
clearance de creatina, urina 
sérica (azotemia), perfil 
eletrolítico (oliguria e IRA) 
 ASLO e antiDNAse B. 
 FAN, antiDNA e antENA: 
doenças autoimunes. 
 
 
 
 
 
 Exames de 
imagem: eco, 
RX/TC: avalia 
hipervolemia, 
complicações 
cardíacas). 
 BIOPSIA: 
o > 4 semanas de 
azotemia, 
HAS, 
hematúria 
macroscópica, 
proteinúria. 
o > 3 dias de 
oligo anuria. 
o > 8 semanas de 
⭣ C3. 
o GNRP. 
 IRA. 
 Crise hipertensiva 
(cefaleia, vômitos, 
dor abdominal, 
crises convulsivas, 
alterações visuais). 
 Edema agudo de 
pulmão. 
 Insuficiência 
cardíaca. 
1. Dieta hipossódica 1g/dia. 
2. Restrição hídrica 400 ml/dia. 
3. Penicilina benzatina 1,2 
milhões UI – 1 frasco. 
Diluir 1 frasco em 3 ml de diluente 
e aplica em quadrante superior, 
via intramuscular. 
4. Furosemida 40 mg – 2 
comprimidos. 
Oferecer 2 comprimidos e 
observar. 
5. Anlodipino 5 mg. 
6. Controle de diurese. 
7. Balanço hídrico. 
 
 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL CRITÉRIOS DE ALTA 
 Nefrite lúpica 
 Nefrite por IgA. 
 Glomerulonefrite do C3. 
 < P90. 
 Ausência de hematúria macroscópica. 
 Melhora da anasarca/edema. 
 
DISPLASIA BRONCOPULMONAR 
 
CONCEITO A displasia broncopulmonar (DBP) é uma doença respiratória crônica que afeta uma 
proporção significativa dos indivíduos que nasceram prematuramente, em particular 
dos prematuros extremos (idade gestacional < 28 semanas). 
FATOR DE RISCO É uma condição prevalente em pré-termos que nasceram com idade gestacional < 30 
semanas e/ou peso de nascimento < 1.200 g. 
DIAGNÓSTICO 
 
CLÍNICA Os sinais clínicos sãoos da insuficiência respiratória crônica, podendo apresentar-se 
com variada gravidade: taquipneia, sinais de esforço respiratório (como retração 
intercostal ou subcostal), episódios de cianose, hipoxemia e hipercapnia e ganho 
ponderal insuficiente. Sibilância, hiperexpansão pulmonar e insuficiência cardíaca não 
são frequentes, mas podem ocorrer. 
TRATAMENTO O oxigênio permanece a principal terapia para crianças com DBP, para visar a 
manutenção de saturações alvo entre 92-95%. Saturações < 92% aumentam a 
mortalidade, enquanto saturações > 95% pioram a lesão pulmonar pelo aumento do 
estresse oxidativo. 
Diuréticos nos casos de edema pulmonar. Furosemida 1-2 mg/kg/dia, 12/12h, VO ou 
endovenosa, manter por 2 semanas ou até estabilização do quadro respiratório. Se 
precisar de tratamento por maio tempo, recomenda-se hidroclorotiazida 1-3 mg/kg/dia, 
VO isoladamente ou associado com espironolactona. 
 
 
VÍRUS SINCICIAL RESPIRATÓRIO: 
 
 
VSR é a causa mais comum de doença do trato respiratório inferior em crianças pequenas, as síndromes clinicas mais reconhecíveis 
são bronquiolite e pneumonia. Ele pode causar infecção respiratória em qualquer época da vida, sendo comum no primeiro ano. A 
exposição ao VSR acontece nos primeiros 2 anos de idade, e reinfecções podem acontecer por toda a vida, por não gerar resposta 
imunológica duradoura. O acometimento do trato respiratório inferior e a maior gravidade são mais comuns na primo-infecção. 
O VSR segue um padrão sazonal: períodos de frio (climas temperados: períodos de temperatura fria, clima tropical ou semitropical: 
épocas chuvosas), aglomeração em locais fechados, alteração do clearance mucociliar pela alteração da temperatura. 
A infecção pelo VSR não confere imunidade duradora, sendo comuns infecções subsequentes, mesmo dentro de um único período 
sazonal. 
 
 
 
 
 
 
BRONQUIOLITE VIRAL AGUDA: 
A bronquiolite viral aguda (BVA) é uma doença inflamatória 
inespecífica que afeta as vias aéreas de pequeno calibre. É 
caracterizada por inflamação aguda, edema e necrose de 
células epiteliais do trato respiratório das pequenas vias 
aéreas, promovendo impactação de muco intraluminal, 
causada por vírus. O termo BVA geralmente se aplica ao 
primeiro episódio de sibilância em lactentes menores de 12 
meses de vida. A maioria das crianças sofre infecção nos 
primeiros 2 anos de vida, com o pico de incidência entre 2-3 
meses de idade. O aumento da infecção nessa faixa é devido 
a redução dos anticorpos maternos nos lactentes no sexto mês 
de vida, com redução das concentrações de IgG. 
FATOR DE RISCO Displasia broncopulmonar ou outras doenças respiratórias crônicas (pela redução da função pulmonar), idade menor que 12 
meses, sexo masculino (provavelmente se deve ao menor calibre das vias aéreas), aglomeração, ausência de aleitamento 
materno, cardiopatia congênita e imunodeficiência. 
PATOGÊNESE Secreção de indivíduos infectados pelo VSR  contato com a mucosa da nasofaringe ou conjuntiva/ inalação de partículas 
respiratórias contendo vírus  vírus se espalha pela via aérea inferior  atinge células epiteliais ciliadas da mucosa dos 
bronquíolos e pneumócitos dos alvéolos  nos bronquíolos ocorre lesão direta do epitélio respiratório  necrose epitelial 
 resposta inflamatória  migração de neutrófilos polimorfonucleares  infiltração linfocítica do tecido peribronquiolar 
e aumento da permeabilidade vascular e edema  prejuízo do clearance mucociliar, perda de função ciliar e imapctação do 
muco produzido  formação de pugs (debris celulares e muco)  obstrução bronquiolar, aprisionamento aéreo e diferentes 
graus de colapso lobar. 
A regeneração do epitélio bronquiolar se inicia 3-4 dias após a resolução dos sintomas. 
DIAGNÓSTICO CLÍNICA: 
Quadro de infecção de via aérea superior que se inicia após 4-6 dias de incubação: coriza, espirro, obstrução nasal (edema e 
exsudato), associa-se à febre (menor que 39º) em 1/3 dos casos. 
 A obstrução nasal que ocorre por edema de mucosa e produção de muco pode levar a recusa alimentar e a desidratação. 
No decorrer de 2-3 dias há evolução para sintomatologia de acometimento de via aérea inferior: tosse, taquipneia leve, 
chegando à dispneia, uso de musculatura acessória (abdominal, gemência), batimento de asa nasal, além de hipoxemia. 
Em lactentes jovens (2-3 meses de vida) ou história de prematuridade (< 32 semanas) a BVA pode se manifestar sem 
pródromos, apenas com apneia. 
EXAME FÍSICO: 
À ausculta pode apresentar sibilos, estertores, aumento do tempo expiratório ou ate mesmo ruido de transmissão da via aérea 
superior. 
EXAMES 
COMPLEMENATRES 
 Teste de detecção viral: PCR. 
 RX de tórax: dispensável na maioria dos quadros, uma vez que o resultado é normal ou apresenta sinais comuns da 
doença como hiperinsuflação, atelectasia ou infiltrado peribrônquico. É indicado nos casos em que há evolução para 
maior gravidade a despeito do tratamento da BVA, nos casos de complicação (como pneumotórax) ou naqueles em que 
há suspeita de outro diagnóstico 
COMPLICAÇÕES Complicações respiratórias, infecções cardiovasculares, bronquiolite obliterante, DPOC. 
TRATAMENTO Terapêutica eminentemente sintomática: controle da 
temperatura, do status hídrico e nutricional, bem como 
acompanhamento de evolução do comprometimento 
respiratório, lavagem nasal com soro. Medidas para evitar 
transmissão (lavagem das mãos, isolamento). 
Internação hospitalar: infrequente, ocorrendo em cerca de 
1-2% dos pacientes com faixa etária < 1 ano de idade. Para 
pacientes hospitalizados: controle da temperatura, lavagem 
nasal com soro, oxigenoterapia, manutenção do status de 
hidratação, mínimo manuseio e identificação precoce de 
complicações associadas. 
 
Imunização passiva: imunoglobulina intravenosa especifica 
(IGIV-VSR) e o anticorpo monoclonal humanizado para 
VSR (Palivizumabe). 
Há alguns anos o Ministério da Saúde do Brasil tem 
disponibilizado o palivizumabe, em todo o território 
nacional, para bebês com base nos seguintes critérios: 
 Prematuros até 28 semanas e 6 dias de idade 
gestacional, menores de 1 ano de idade. 
 Crianças portadoras de cardiopatia congênita com 
repercussão hemodinâmica demonstrada até o segundo 
ano de vida. 
 Crianças portadoras de doença pulmonar crônica da 
prematuridade, independentemente da idade 
gestacional, até o segundo ano de vida. 
 
CRITÉRIOS DE 
ALTA 
 
PNEUMONIA ADQUIRIDA NA COMUNIDADE: 
Pneumonia adquirida na comunidade é definida como 
pneumonia adquirida fora do hospital. 
Em crianças, as causas mais comuns de pneumonia 
dependem da idade: 
 Nos lactentes menores de 2 meses de idade, os 
agentes mais frequentes são: 
 estreptococo do grupo B, enterobactérias, 
Listeria monocytogenes, Chlamydia 
trachomatis, Staphylococcus aureus e vírus, e os 
pacientes devem sempre ser 
 hospitalizados. 
 < 5 anos: mais frequentemente vírus; entre as bactérias, S. pneumoniae, S. aureus e S. pyogenes, são comuns 
 ≥ 5 anos: Mais frequentemente, as bactérias S. pneumoniae, M. pneumoniae ou Chlamydia pneumoniae. 
 
FATOR DE RISCO Desnutrição, baixa idade, comorbidades, gravidade da doença, baixo peso ao 
nascer, permanência em creche, episódios prévios de sibilos e pneumonia, 
ausência de aleitamento materno, vacinação incompleta, variáveis 
socioeconômicas e ambientais. 
CLÍNICA Febre, tosse, ⭡ FR (taquipneia), 
dispneia, dor torácica, produção de 
escaro. Sintomas gripais são comuns, 
bem como otite média. Algumas 
crianças apresentam dor abdominal, 
principalmente quando há 
envolvimento dos lobos pulmonares 
inferiores. 
 
SINAIS DE PERIGO: 
 < 2 meses: FR ≥ 60 irpm, 
tiragem subcostal, febre alta, 
recusa do seio materno por mais 
de 3 mamadas, sibilância 
estridor, letargia, sonolência 
anormal, irritabilidade 
excessiva. 
 > 2 meses: tiragem subcostal, 
estridor em repouso, recusa de 
líquidos, convulsão, alteração 
do sensório, vômitos. 
 SatO2 < 92% 
 Aboliçãode murmúrio 
vesicular. 
 RX: derrame pleural e 
empiema. 
 Desnutrição grave. 
 Sonolência. 
 Rebaixamento do nível de 
consciência. 
 Recusa alimentar. 
DIAGNÓSTICO  Clinico. 
 RX só é indicado em casos que demandem internação. 
EXAMES COMPLEMENTARES  Identificação do agente etiológico. 
 Testes rápidos: pesquisa de antígenos virais. Isso pode reduzir a 
utilização desnecessária de métodos de imagem e/ou de 
antimicrobianos. 
 Hemograma: reservada para aqueles com doença mais grave. 
 Marcadores inflamatórios: PCR, VHS, PCT. 
 Hemocultura: especifico, mas com baixa positividade. 
 Pesquisa viral: SARS-Cov-2. 
 Sorologia. 
 RX só é indicado em casos que demandem internação. 
 Broncoscopia e lavado broncoalveolar: reservado para crianças 
imunocompetentes com PAC. 
 Oximetria de pulso. 
COMPLICAÇÕES Derrame pleural, empiema pleural, pneumonia necrosante, abcesso pulmonar. 
TRATAMENTO Nível ambulatorial: 
Amoxicilina – 50 mg/kg/dia – 8/8h – 7 dias. 
Recomenda-se reavaliação do paciente após 48-72 horas ou antes, se houver 
piora clínica. 
Tratamento hospitalar: menores de 2 anos, presença de tiragem subcostal, 
convulsões, sonolência excessiva, estridor em repouso, desnutrição grave, 
ausência de ingestão de líquidos, sinais de hipoxemia, comorbidades 
(Anemia, cardiopatias, doenças pulmonares), problemas sociais, 
complicações radiológicas (DP, empiema). 
 
PREVENÇÃO Vacina pneumocócica 10-valente, vacina pneumocócica 13-valente, 
vacinação anti Haemophilus influenzae tipo B. 
 
LINFONOMEGALIAS 
 
Linfonodomegalia é o termo utilizado para descrever as condições nas quais os linfonodos apresentam aumento no tamanho, podendo 
estar associado a alterações na consistência, ou em número. 
Na avaliação inicial das linfonodomegalias é importante o pediatra avaliar suas possíveis etiologias fundamentado na anamnese e 
no exame físico detalhados. 
 
O pediatra, por meio do exame físico detalhado, deve classificar a linfonodomegalia em localizada ou generalizada. O 
comprometimento linfonodal é chamado de localizado quando apenas uma cadeia está comprometida, ou até duas contíguas, e 
generalizado quando se verifica aumento de linfonodos em cadeias não contíguas, acima e abaixo do diafragma, frequentemente 
associados a hepatomegalia e/ou esplenomegalia. As linfodomegalias disseminadas estão correlacionadas a processos virais diversos, 
infecções bacterianas sistêmicas, doenças inflamatórias imunologicamente mediadas e doenças neoplásicas, como as leucemias. 
 
 
EXAME FISICO: 
 Evolução: aguda, quando a duração for menor que 2 semanas; 
subaguda, se persistir por 2-6 semanas,; crônica, caso persista 
por mais de 6 semanas. 
 Presença ou não de sinais/sintomas sistêmicos: febre e sua 
duração. Febre por mais de 7 dias com linfonodomegalia 
localizada ou disseminada deve chamar a atenção do pediatra 
para doenças mais graves, como neoplasias (linfomas), doenças 
do sistema imunológico (p. ex., lúpus eritematoso sistêmico 
juvenil), tuberculose etc. Outros sintomas associados, como 
perda de peso, sudorese profusa e prurido, indicam a 
necessidade de diagnóstico diferencial com neoplasias e 
tuberculose. 
 Características do linfonodo: linfonodos elásticos, móveis, 
indolores, de tamanho não maior que 2-3 cm, são 
frequentemente reacionais. Linfonodos duros, elásticos, pouco 
dolorosos, aderidos a planos profundos, coalescentes com 
outros linfonodos, frequentemente gerando massa maior que 4 
cm, são características das neoplasias, principalmente linfomas 
(doença de Hodgkin e menos frequentemente linfoma não 
Hodgkin). Linfonodos dolorosos, com sinais flogísticos (calor 
e/ou rubor), pouco aderidos a planos profundos, mais 
frequentemente únicos, são sugestivos de processo bacteriano. 
Deve-se verificar também a presença ou ausência de supuração. 
 Local ou locais de comprometimento e a associação com a 
drenagem dos linfonodos: são considerados patológicos e não 
reacionais os linfonodos retroauriculares (sobretudo em criança 
maior), supraclaviculares, epitrocleanos, poplíteos, 
mediastinais e abdominais. Linfonodos nessas regiões deverão 
ser investigados. 
 Idade: linfonodos pequenos em localização occipital e 
retroauricular podem ser palpados no primeiro ano de vida. 
Linfonodos inguinais, axilares e cervicais são também 
comumente palpáveis em crianças saudáveis. No entanto, é 
importante o pediatra estar ciente de que, apesar de a etiologia 
maligna ser baixa, a probabilidade se eleva com o aumento da 
idade da criança. Em pacientes menores de 6 anos de idade, as 
neoplasias malignas mais frequentes são leucemias, linfomas 
não Hodgkin, neuroblastoma e rabdomiossarcoma. Em crianças 
na faixa etária entre 7-13 anos são mais prevalentes os linfomas 
(Hodgkin e não Hodgkin), carcinoma de tireoide e 
rabdomiossarcoma. Nos adolescentes maiores de 13 anos de 
idade, o linfoma de Hodgkin é mais prevalente. 
 Tempo de duração e aspecto evolutivo: linfonodomegalia que 
dura menos que 2 semanas ou que não aumenta de tamanho há 
mais de 1 ano, a probabilidade de malignidade é muito baixa. A 
maioria dos estudos utiliza como ponto de corte arbitrário 4 
semanas para indicação de biópsia do linfonodo, apesar de os 
resultados das pesquisas baseadas em evidências serem 
conflitantes. 
 Presença de hepatoesplenomegalia e manifestações 
hemorrágicas: estão mais frequentemente associadas às 
leucemias. 
 Resposta ao tratamento antimicrobiano: em algumas 
crianças com linfonodomegalia localizada pode ser um fator 
importante na definição da abordagem diagnóstica. 
 
 
 
INVESTIGAÇÃO COMPLEMENTAR: 
 LABORATORIAL: 
Hemograma completo, bioquímica, funções renal e hepática, 
desidrogenase lática (DHL) e ácido úrico podem ser inicialmente 
solicitados. No hemograma, caso o quadro infeccioso seja 
bacteriano, pode ser observada leucocitose com neutrofilia, e se viral 
há predomínio de linfócitos com atipias, desde que as demais séries, 
vermelha e plaquetária, estejam normais. 
Indicação de mielograma: citopenia significativa e inexplicada de 
uma ou mais series no hemograma; blastos ou alterações 
leucoeritoblásticas ou hepatoesplenomegalia não infecciosas; 
citopenias ou leucocitose associadas a massa mediastinal. 
Bioquímica: avalia presença de doenças sistêmicas. DHL aumenta 
em todos os processos em que haja lise celular: síndromes 
hemolíticas, morte celular espontânea (neoplasias agressivas: 
leucemia e linfomas) e quadros infecciosos, por exemplo, 
mononucleose. Ácido úrico aumenta nas células neoplásicas e 
poderá estar aumentado no momento do diagnóstico das 
linfonodomegalias por linfomas e/ou leucemias. 
Exames adicionais: sorologias para toxoplasmose, mononucleose, 
citomegalovírus, HIV; intrademorreação ou teste de Mantoux; 
mielograma ou biopsia de medula óssea está indicada na suspeita de 
leucemia, linfomas ou na presença de metástase medular por tumor 
solido (neuroblastoma, rabdomiossarcoma); RX de tórax e perfil 
fornece informações acerca da linfonodomegalia generalizada e 
hilar, além de evidenciar presença de possível massa mediastinal, 
USG com Doppler. 
 
 EXAMES DE IMAGEM: 
Ultrassonografia abdominal, tomografia de tórax e abdome avaliam 
linfonodomegalias no tórax, nas cavidades abdominal e pélvica, 
permitindo a diferenciação com massas não ganglionares. 
Os exames de imagem também são úteis para guiar as biópsias por 
agulha, melhorando, assim, a acurácia do método. 
 PAF do linfonodo: punção e aspiração do conteúdo de um 
linfonodo com sinais flogísticos. Deve ser solicitada cultura 
para bactérias aeróbicas, anaeróbicas e micobactérias. 
Pesquisa e cultura para fungos devem ser incluídas nas 
lesões unilaterais crônicas. 
 Biopsia: padrão outro para avaliar linfonodomegalias 
periféricas. 
 
 
 
 
 
CONDUTA: 
 Inicialmente: observação rigorosa e analgésico em caso de 
calor local. A observação clínica,associada ou não à 
investigação laboratorial, está indicada em crianças com 
linfonodomegalia localizada, móvel, não coalescente, 
indolor, sem sinais flogísticos locais, não associada à 
queixa de emagrecimento e febre persistente. Nesses casos, 
muitas vezes a linfonodomegalia está relacionada à 
hiperplasia reativa, ocorrendo, geralmente, a regressão 
espontânea. 
 Na presença de sinais flogísticos: realizar teste terapêutico 
com antibiótico, mas deve manter observação até a 
regressão do tamanho do linfonodo. 
 Processo bacteriano: tumefação, eritema na pele, dor local 
e febre: antibioticoterapia por um período de 7-14 dias. Na 
presença de fistulização, ou na necessidade de drenagem 
cirúrgica, a pesquisa do agente etiológico deve ser 
realizada. 
As recomendações de consenso na literatura para realização de 
biópsia são: 
 Linfonodomegalia localizada em que a pesquisa clínica e 
laboratorial (incluindo aspirado de medula óssea) foi 
inconclusiva, e o linfonodo continue aumentando de 
tamanho após duas semanas de observação, ou não 
apresente regressão em 4-6 semanas. 
 Tamanho: atualmente não há evidências suficientes para 
basear uma decisão de encaminhamento para biópsia 
apenas no tamanho dos linfonodos, embora pareça que os 
linfonodos maiores possam ter maior probabilidade de 
serem malignos, particularmente se estiverem aumentando 
de tamanho. Os linfonodos supraclaviculares aumentados 
devem ser sempre prontamente avaliados, pois estão 
associados a um alto risco de malignidade. 
 Linfonodomegalia com características sugestivas de 
malignidade: linfonodo aderido aos planos profundos ou à 
pele, de crescimento rápido, coalescente e endurecido. 
 Linfonodomegalia em região cervical inferior ou 
supraclavicular e/ou associada a linfonodomegalia 
profunda. 
 Linfonodomegalia associada à sintomatologia sugestiva de 
doença grave (presença de sinais/sintomas sistêmicos 
persistentes e inexplicados). 
 Linfonodomegalia associada a anormalidades radiológicas 
ou alterações no hemograma inexplicadas pela avaliação de 
medula óssea. 
 Linfonodomegalia generalizada associada a hepatomegalia 
e/ou esplenomegalia inexplicada. 
 Linfonodomegalia sem sinais de involução após tratamento 
específico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CÂNCER INFANTOJUVENIL 
O câncer na criança difere daquele que ocorre no indivíduo 
adulto, em decorrência do tipo de célula progenitora envolvida 
e dos mecanismos de transformação maligna. 
Na criança, as neoplasias geralmente afetam as células do 
sistema sanguíneo e os tecidos de sustentação, enquanto no 
adulto comprometem as células dos epitélios, que recobrem os 
diferentes órgãos. Os cânceres pediátricos mais frequentes são 
as leucemias, os tumores do sistema nervoso central e os 
linfomas. Diferentemente do que ocorre no adulto, as 
neoplasias malignas pediátricas tendem a apresentar menores 
períodos de latência, crescem quase sempre rapidamente, em 
geral são invasivas e respondem melhor à quimioterapia. 
FATOR DE 
RISCO 
Fator genético, exposição a agente 
ambientais, imunodeficiência, 
infecções (Epstein-Barr, HPV), 
história pessoal de câncer, idade (LLA 
 crianças pequenas), exposição ao 
tabagismo passivo. 
DIAGNÓSTICO  CLINICA: 
 HEMOGRAMA: leucocitose ou 
leucopenia, associada 
principalmente à presença de 
neutropenia, ou, ainda, 
pancitopenia, podem refletir 
infiltração de medula óssea por 
neoplasias, geralmente leucemias, 
linfomas, neuroblastoma e 
retinoblastoma. 
 ASPIRADO DE MEDULA 
ÓSSEA: 
o Diminuição significativa e 
inexplicada de um ou mais 
tipos de células. 
o Blastos ou alterações 
leucoeritoblásticas no sangue 
periférico. 
o Associação com 
linfonodomegalia ou 
hepatoesplenomegalia 
inexplicada. 
o Associação com massa 
mediastinal anterior. 
 
 
 
 
ESCABIOSE 
 
A infestação causada pelo Sarcoptes scabiei é transmitida pelo contato direto e prolongado com pessoas infectadas, com pelo menos 10 minutos de 
contato próximo, ou, menos comumente, por fômites como roupas. O risco de infestação também decorre da quantidade de parasitas presente na pessoa 
infectada. 
CLÍNICA DIAGNÓSTICO DIAGNÓSTICO 
DIFERENCIAL 
TRATAMENTO 
 Prurido intenso. 
 Lesões papulovesiculares eritematosas e 
pruriginosas. 
 
 
 Clinica. 
 A comprovação pode ser 
feita pela presença dos ovos 
e/ou das fezes do parasita 
no exame microscópico 
feito nas escamas das 
lesões, com uma 
sensibilidade de 
aproximadamente 50%, ou 
pela dermatoscopia, que 
apresenta baixa 
especificidade. 
 PCR. 
 Dermatite atópica. 
 Dermatite de contato. 
 Exantemas virais. 
 Acropustulose da infância 
nos lactentes. 
Loção de permetrina a 5% 
aplicada e mantida 
durante 8 a 12 horas e 
reaplicada após 1 a 2 
semanas; esta repetição 
evita inclusive a 
reinfestação. A aplicação 
tem que ser feita em pele 
fria e seca, pois a 
temperatura e a umidade 
interferem na ação da 
medicação. 
 
Ivermectina: 0,2 mg/kg 
em dose única, indicada 
para crianças com peso 
maior de 15 kg. A eficácia 
aumenta quando a dose de 
ivermectina é repetida 
após 7 dias. 
 
 
ORIENTAÇÕES GERAIS 
 As roupas de uso pessoal, roupas de cama e toalhas devem ser trocadas no 1º dia do tratamento. 
 Lavagem das roupas com água quente, preferencialmente com temperatura igual ou superior a 50 °C, ou lavagem a seco; ou selar em um saco 
fechado e guardar por 1 semana. 
 Todos os familiares e contatos próximos devem ser tratados, incluindo cuidadores, independentemente da presença ou não de sintomatologia, 
sempre todos no mesmo momento. 
 Informação aos familiares da possível continuidade do prurido por 2 a 4 semanas após o tratamento para evitar o excesso de medicação e suas 
consequências. 
 Nos tratamentos tópicos, deve ser orientada a aplicação em todas as regiões do corpo, incluindo couro cabeludo, virilha, axila, genitália e dedos 
dos pés e mãos, inclusive as unhas. 
 
 PEDICULOSE 
 
A pediculose do couro cabeludo é causada pelo Pediculus humanus, var. capitis, frequente em crianças de 3 a 11 anos que estão em escolas, mais comum 
nas meninas pelo hábito destas de terem cabelos longos e transmitida pelo contato direto com pessoas, pentes, escovas, toalhas e bonés. Apesar de o 
agente não apresentar risco para a vida da criança ou ser vetor para outras entidades, a doença causa problemas sociais, como estigmas na escola. Apesar 
do incômodo físico e social, a presença do piolho não representa falta de higiene. 
CLÍNICA DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
 Prurido. 
 Lesões caracterizadas por eritema, 
descamação e escoriação localizadas 
principalmente na região occipital. 
 Infecção secundária, linfadenomegalia 
occipital e cervical também são 
manifestações comuns na pediculose. 
O diagnóstico confirmatório é feito pela 
presença do piolho vivo. 
 Permetrina 1 a 5%: aplicação de loção 
durante de 10 minutos, com enxágue em 
seguida. Repetir 1 semana depois. A 
aplicação tem que ser feita no cabelo seco, 
sem resíduos de condicionador, gel ou 
qualquer outro produto capilar. 
 Ivermectina: 0,2 mg/kg em dose única, 
repetida 7 dias depois. 
 A remoção das lêndeas é necessária para a 
resolução da infestação: podem ser 
retiradas com água morna e vinagre. 
 
 
ESCOLIOSE 
 
A escoliose de início precoce (EIP) atualmente é definida como o desvio lateral da coluna com pelo menos 10 graus e que inicia 
abaixo dos 10 anos de idade. Alguns casos podem ser chamados de “idiopáticos” [“infantil” (0-3 anos) e “juvenil” (4-10 anos)] e 
outros podem estar associados a alguma outra condição ou doença que pode afetar a forma como o paciente será tratado (síndrome 
de Marfan, atrofia muscular, paralisia cerebral, congênita). Outros casos podem estar relacionados a cirurgias previas no tórax. 
No adolescente tem relação com causas genéticas, baixo IMC e longilíneos são mais acometidos. 
Diversos fatores devemser avaliados quando identificada a escoliose: tamanho da curva, localização, idade do paciente e potencial 
de crescimento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINAIS E SINTOMAS DIAGNÓSTICO PROGNÓSTICO TRATAMENTO 
Cursa com deformidades: 
 A cabeça pode não estar 
centrada sobre a pelve. 
 Pode ocorrer 
desnivelamento dos 
ombros, dos quadris ou 
assimetria da cintura. 
 Uma escápula mais 
elevada que a outra e giba 
costal torácica e/ou 
lombar. 
 Clinica. 
 RX da coluna em PA: 
desvio > 10º. 
Quanto maior a curva, maior é 
a probabilidade de progressão 
após a maturação esquelética. 
Curvas > 10° são 
consideradas significativas. O 
prognóstico depende do local 
e da gravidade da curva, além 
da idade de início dos 
sintomas. Intervenções 
significativas são necessárias 
em < 10% dos pacientes. 
 Curvas torácicas com 
potencial de crescimento, 
que tenham 25-40 graus e 
lombares entre 20-35 
graus, devem ser tratadas 
conservadoramente com 
colete por pelo menos 18 
horas por dia. 
 A prática de esportes deve 
ser estimulada sem colete 
para preservar a 
mobilidade e a 
musculatura da coluna. 
 Iniciando-se o tratamento 
com curvas menores e 
com boa adesão do 
paciente ao tratamento 
com colete 18 horas por 
dia, a cirurgia pode ser 
evitada em 3 a cada 4 
casos. 
 Curvas torácicas entre 45-
50 graus tendem a 
continuar progredindo 1 
grau por mês após o 
término do crescimento, e 
curvas toracolombares e 
lombares com 40 graus ou 
mais pioram 2 graus por 
mês após a maturidade 
esquelética. Nessas 
situações a cirurgia está 
bem indicada, que seria a 
instrumentação e a 
artrodese para obtenção da 
correção de deformidade e 
estabilização definitiva da 
curva. 
 
 
 
VERMINOSES 
As verminoses acontecem quando vermes parasitas se instalam no organismo humano, conhecido como hospedeiro. 
Essas verminoses podem resultar em diversas doenças. Normalmente, esses vermes se instalam nos intestinos, mas podem ser 
instalados em outros órgãos, como o cérebro, os pulmões e o fígado. 
As principais verminoses são Ancilostomose (amarelão), Ascaridíase (lombriga), Esquistossomose (barriga d'água), Filariose, 
Giardíase, Oxiuríase, Teníase e cisticercose. 
QUADRO CLÍNICO: 
Os sintomas geralmente são inespecíficos, como diarreia, náuseas, vômitos, dor abdominal inespecífica, distensão abdominal, má 
absorção e desnutrição. 
DIAGNÓSTICO 
 
 
 
 
 
PREVENÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
TRATAMENTO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DIARREIA CRÔNICA 
 
A diarreia crônica é definida como perda entérica fecal de pelo menos 10 g/kg/dia em lactentes e 200 g/dia em crianças maiores, por 
prazo superior a 14 dias, sem causa infecciosa. A frequência evacuatória geralmente é superior a 3 emissões/dia, sendo o volume 
fecal difícil de ser mensurado em crianças. 
Nos países desenvolvidos, as causas de diarreia crônica relacionam-se a alterações imunológicas e inflamatórias e a doenças 
geneticamente determinadas. A prevalência e as causas básicas da diarreia crônica variam de acordo com a faixa etária estudada e 
as condições higiênico-sanitárias da população. 
 
 
FISIOPATOLOGIA: 
A diarreia pode ser causada por três mecanismos principais: osmótico, secretor ou inflamatório. 
SECRETORA OSMÓTICA INFLAMATÓRIA 
A diarreia secretora ocorre devido ao 
aumento da secreção de água e eletrólitos 
para o intestino, estimulada por 
substâncias como enterotoxinas 
bacterianas e citocinas inflamatórias. 
Na diarreia osmótica, nutrientes não 
absorvidos no intestino causam um 
influxo de água para o lúmen intestinal, 
devido a danos intestinais, redução da 
superfície de absorção, deficiência 
enzimática, aumento da velocidade do 
trânsito intestinal ou sobrecarga osmolar. 
 
Os processos inflamatórios na diarreia 
envolvem a liberação de citocinas, que 
aumentam a permeabilidade do intestino, 
estimulam a secreção e causam 
inflamação local. 
CLÍNICA: 
A diarreia crônica pode estar relacionada a infecções (E. coli, enteroparasitoses), desnutrição, imunossupressão, síndromes pós-
enterites, sobrecrescimento bacteriano intestinal, doença celíaca, doença de Crohn, enteropatia alérgica, colite microscópica, 
enteropatia autoimune, diarreia colereica, má absorção de carboidratos (intolerância à lactose), má absorção proteica intestinal, má 
absorção de gordura, alteração de motilidade, defeitos estruturais dos enterócitos, tumores neuroendócrinos. 
Sinais e sintomas associados: nas intolerâncias alimentares, é comum a ocorrência de vômitos após a ingestão da proteína ofensiva 
ou do carboidrato não totalmente digerido. A distensão abdominal gasosa é comum após a ingestão de leite ou derivados nos casos 
de intolerância à lactose. A assadura perineal, denotando emissão de fezes ácidas, é comum em lactentes com diarreias fermentativas. 
Artralgias, febre e aftas de repetição podem ser indicativos de DIIC em crianças maiores e adolescentes. 
Sinais de alerta: taquicardia, hipotensão, letargia, fezes sanguinolentas, vomito bilioso, sensibilidade e/ou distensão abdominal 
sensível extrema, petéquias/palidez. 
OBS: disenteria  agente infeccioso invade a mucosa do colón. A exsudação de muco, pus proteínas e sangue é responsável pelas 
características clínicas dessa síndrome. 
 
 
 
 
DIAGNÓSTICO: 
 
LABORATORIAL 
 
IDADE 
 
CARACTERÍSTICA DAS EVACUAÇÕES Deve ser considerada na investigação a característica das evacuações 
quanto ao número, à consistência e ao aspecto das fezes – aquosas, com 
ou sem muco, presença de pus ou sangue e restos alimentares. 
AVALIAÇÃO NUTRICIONAL Comprometimento dos parâmetros de peso/idade e altura/idade alertam 
para processos instalados de longa duração. 
SINAIS E SINTOMAS ASSOCIADOS Nas intolerâncias alimentares, é comum a ocorrência de vômitos após a 
ingestão da proteína ofensiva ou do carboidrato não totalmente digerido. 
A distensão abdominal gasosa é comum após a ingestão de leite ou 
derivados nos casos de intolerância à lactose. A assadura perineal, 
denotando emissão de fezes ácidas, é comum em lactentes com diarreias 
fermentativas. Artralgias, febre e aftas de repetição podem ser indicativos 
de DIIC em crianças maiores e adolescentes. 
IMAGEM USG abdominal 
TERAPÊUTICA: 
 
 
Drogas antimicrobianas podem ser 
utilizadas no sentido de combater o 
supercrescimento bacteriano do 
intestino delgado e controlar infecções 
entéricas bacterianas ou parasitárias. O 
arsenal terapêutico inclui 
metronidazol, nitazoxamida, 
albendazol e sulfametoxazol-
trimetropin. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANEMIA 
 
Define-se anemia como a redução da concentração de Hb e/ou massa eritrocitária, com variações de acordo com a idade, o sexo, a 
raça e a altitude em relação ao nível do mar.4,5 Em geral, o limiar para definição de anemia é o hematócrito (Ht) ou a Hb abaixo de 
dois desvios padrão da média da população normal. 
A maioria das crianças com anemia leve não apresenta sinais ou sintomas. Algumas podem apresentar sinais e sintomas gerais, 
como palidez das mucosas, fadiga, cansaço, anorexia e irritabilidade. 
 
CAUSAS MAIS COMUNS EM CRIANÇAS: anemia normocítica normocrômica e anemias carências. 
 
 
VIROSES EXANTEMÁTICAS 
 
Doenças exantemáticas são doenças nas quais ocorre lesões 
em que a erupção 
cutânea é a característica dominante na evolução. 
MECANISMO DE AGRESSÃO À PELE: 
1. Ação imunoalérgica com expressão na pele, mecanismo mais frequente nas viroses exantemáticas. 
2. Dano vascular, podendo causar obstrução e necrose da pele, como no sarampo atípico, nas febres hemorrágicas. 
3. Ação de toxinas, como na escarlatina e nas estafilococcias. 
TIPOS DE EXANTEMA PRINCIPAIS VIROSES EXANTEMATICAS DA 
INFANCIA:DOENÇAS EXANTEMÁTICAS QUE PODEM SER PREVENIDAS POR VACINAÇÃO: sarampo, rubéola, varicela, varíola, 
COVID, dengue.
SARAMPO PREVENÇÃO: vacina de vírus atenuado, aplicar a partir do 12º 
mês de vida e doses de reforço entre 4-5 anos. 
PREVENÇÃO PÓS-EXPOSIÇÃO: até 72 horas pós contagio. 
TRATAMENTO: é sintomático, com boa hidratação, 
alimentação adequada, antipiréticos e uso de antibióticos quando 
ocorrerem complicações bacterianas como otite e pneumonia. 
RUBÉOLA PREVENÇÃO: vacina de vírus atenuado, aplicar a partir do 12º 
mês de vida e doses de reforço entre 4-6 anos. 
PREVENÇÃO PÓS-CONTÁGIO: apenas observação. 
TRATAMENTO: apenas sintomáticos. 
COVID PREVENÇÃO: vacina, cuidados higiênicos. 
TRATAMENTO: nos casos mais graves, oxigenoterapia. 
VARICELA PREVENÇÃO: vacina. 
DENGUE PREVENÇÃO: prevenção da reprodução do mosquito, proteção 
pessoal contra picadas de mosquito, engajamento da comunidade, 
controle de vetor reativo, vigilância de mosquitos e vírus. . 
Vacina de vírus vivo atenuado: 
 O esquema vacinal da Qdenga é composto por duas 
doses, com intervalo de 90 dias entre cada uma. 
 Inicialmente, a vacinação contra a dengue vai contemplar 
crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, faixa etária que 
apresenta maior risco de agravamento e regiões com 
maior incidência da doença. 
 Não deve ser tomada por gestantes, lactentes e pessoas 
com imunodeficiência. 
 
DENGUE 
 
A dengue é uma doença febril exantemática aguda causada por um vírus. A transmissão da dengue ocorre pelas picadas de mosquitos 
fêmeas do gênero Aedes como A. aegypti Outras formas de transmissão já foram descritas como a intraparto, perinatal, por transfusão 
sanguínea ou transplante. Diferentemente da infecção pelo vírus da Zika (ZIKV), não há evidência de transmissão do vírus da dengue 
(DENV) pelo sêmen. 
QUADRO CLÍNICO: após curto período de incubação, surge a 
febre de início abrupto, geralmente alta (39 a 40°C), com duração 
de 2 a 5 dias, associada a sintomas dolorosos, como cefaleia, 
mialgias, artralgias e dor retro-orbitária, que, na criança, se 
expressam como choro frequente. O exantema do tipo 
maculopapular está presente em 50% dos casos e atinge 
predominantemente face, tronco e membros, não poupando plantas 
dos pés e palmas das mãos. Pode ocorrer sem ou com prurido, 
usualmente de aparecimento mais tardio, coincidindo com o 
desaparecimento da febre. Manifestações gastrointestinais 
(vômitos, náuseas e diarreia) podem estar presentes e alguns 
pacientes referem odinofagia e hiperemia ao exame de orofaringe. 
A maioria dos pacientes evolui para a melhora dos sintomas em 7 a 
10 dias. 
Sinais de alarme: 
 Dor abdominal intensa (referida ou à palpação) e contínua; 
 Vômitos persistentes; 
 Acúmulo de líquidos (ascite, derrame pleural, derrame pericárdico); 
 Hipotensão postural e/ou lipotimia; 
 Hepatomegalia > 2 cm abaixo do rebordo costal; 
 Sangramento de mucosa; 
 Letargia e/ou irritabilidade; 
 Aumento progressivo do hematócrito; 
 Queda abrupta da plaqueta; 
 Diminuição de diurese; 
 Desconforto respiratório. 
 
 
 
 
 
CHIKUNGUNYA 
 
É uma arbovirose transmitida pela picada de mosquitos fêmeas do gênero Aedes. Clinicamente a doença se caracteriza pela tríade 
de febre, exantema e artralgia. 
Não há relato de que a infecção pelo CHIKV no período gestacional possa alterar o curso da gravidez nem há evidências de efeitos 
teratogênicos, embora haja relatos de abortamento espontâneo. Casos de transmissão vertical podem ocorrer quase que 
exclusivamente no intraparto de gestantes virêmicas e, muitas vezes, provocam infecção neonatal grave. O risco maior de transmissão 
está relacionado quando as mulheres são infectadas durante o período intraparto 
FASE AGUDA FASE SUBAGUDA FASE CRÔNICA 
A fase aguda caracteriza-se pelo 
aparecimento súbito de febre alta (> 
38,5°C) em adultos e crianças, artralgia 
intensa e exantema maculopapular, que 
aparece em geral de 2 a 5 dias após o 
início da febre. Outros sintomas, como 
cefaleia, dor lombar, mialgia, náusea, 
vômitos e conjuntivite, podem ocorrer em 
menor frequência e em diferentes 
estágios da doença. 
Caracteriza-se pela defervescência da 
febre e recrudescência das artralgias após 
2 a 3 meses da fase aguda. Pode haver 
persistência ou agravamento da artralgia, 
que se manifesta sob a forma de 
poliartrite distal, exacerbação da dor 
articular nas regiões previamente 
acometidas e tenossinovite hipertrófica 
subaguda em punhos e tornozelos. Outras 
manifestações clínicas são descritas nessa 
fase, como astenia, prurido generalizado 
e exantema maculopapular em tronco, 
membros e região palmoplantar, que 
podem assumir padrão purpúrico, 
vesicular e até bolhoso 
Caracteriza-se pela persistência de sinais 
e sintomas inflamatórios, articulares e 
musculoesqueléticos por mais de três 
meses do início da doença. O 
acometimento é poliarticular e simétrico 
(pode ser assimétrico e monoarticular) 
nas mesmas articulações atingidas 
durante a fase aguda e subaguda, com a 
presença da dor com ou sem edema, 
limitação de movimento e, 
eventualmente, deformidade persistente. 
Acredita-se que a cronificação na febre 
de Chikungunya esteja relacionada com a 
presença de fatores de risco, como idade 
acima de 45 anos, distúrbio articular 
preexistente e maior intensidade das 
lesões articulares na fase aguda. 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL: 
Dengue, leptospirose, sarampo, infecção por parvorirus B19, mononucleose infecciosa, primoinfeccao por HIV, febre tifoide, artrites 
pós-infecciosas, artrite reumatoide juvenil, malária, febre de Mayaro. 
 
PREVENÇÃO: 
Controle de adultos e larvas, capacitação de pessoal, ações de limpeza urbana, atividades de mobilização social e comunicação com 
a comunidade 
TRATAMENTO: 
Na ausência de droga antiviral específica, o tratamento deve se restringir ao uso de sintomáticos e hidratação com base no 
estadiamento da doença (aguda, subaguda ou crônica). Nos casos de RN ou lactentes, o tratamento deve assegurar a hidratação 
venosa adequada, controle da febre (dipirona ou paracetamol), controle da dor, suporte nutricional e prevenção das infecções 
secundárias na presença das lesões cutâneas. 
 
ZIKA VÍRUS 
 
O ZIKV é transmitido classicamente pela picada de mosquitos fêmeas do gênero Aedes. 
QUADRO CLÍNICO: 
 Febre baixa (< 38,5°C) ou ausência da febre, com duração de 1a 2 dias; 
 Exantema de início precoce (1º ou 2º dia), de evolução craniocaudal, disseminado e acompanhado de intenso prurido; 
 Mialgias; 
 Artralgias de intensidade leve a moderada, com edema nas pequenas articulações de mãos e pés; 
 Hiperemia conjuntival. 
COMPLICAÇÕES: 
Má formações congênitas (microcefalia), alterações no crescimento e desenvolvimento, complicações neurológicas (síndrome de 
Guillain-Barré) e autoimunes. 
A avaliação dos RN com microcefalia tem evidenciado outras alterações, sugerindo que o vírus Zika, além de ser neurotrópico, 
apresenta tropismo para outros órgãos, como fígado e coração. 
PREVENÇÃO: 
Orientar a população quanto aos meios de proteção é uma das ações fundamentais para controle da doença e se baseia em medidas 
de proteção domiciliar com a eliminação dos criadouros, proteção individual especialmente as mulheres em idade reprodutiva em 
áreas de circulação do vírus, por meio do uso de repelentes contra picadas de mosquito ao longo do dia e da noite, proteção com a 
pele com o uso de camisas de mangas compridas e calças compridas e o uso de camisinha durante a gravidez. 
TRATAMENTO: 
Não existe tratamento específico para a infecção pelo ZIKV. O tratamento recomendado baseia-se no uso de sintomáticos, como 
paracetamol ou dipirona, para o controle da febre, nas doses preconizadas em pediatria. No caso de prurido intenso, os anti-
histamínicos podem ser considerados. Não se recomenda o uso de ácido acetilsalicílico e outros anti-inflamatórios, em função do 
risco aumentadode complicações hemorrágicas descritas nas infecções por outros flavivírus, como dengue, e, portanto, a conduta 
clínica de um caso suspeito deve seguir o fluxograma proposto para dengue, em razão de sua maior frequência e potencial de 
gravidade.

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