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Aula 2 - Grupo

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Grupos 
Profa. Patrícia R. Carraro
Zimerman e OSÓRIO apontaM que:
O ser humano é gregário por natureza e somente existe ou subsiste em função de seus inter-relacionamentos grupais. Sempre, desde o nascimento, o indivíduo participa de diferentes grupos, numa constante dialética entre a busca de sua identidade individual e a necessidade de uma identidade grupal e social. 
(ZIMERMAN; OSÓRIO ,1997, p.27)
Pode-se afirmar que:
Um grupo é um conjunto de pessoas;
Comunidade é um conjunto de grupos;
Conjunto de interações da comunidade 
sociedade
Diferenças entre grupos primários e secundários:
Grupos primários: relação entre os membros é íntima e pessoal. Ex: família, amigos (costuma existir respeito, lealdade, cooperação e um grande envolvimento emocional).
Grupos secundários: relações complexas entre seus membros, nas quais predomina o relacionamento impessoal e racional. Ex: empresa, sala de aula. Porém, no interior dos grupos secundários existem outros grupos, estes primários.
 A essência de todo e qualquer indivíduo consiste no fato dele ser portador de um conjunto de sistemas, desejos, valores... mecanismos defensivos e sobretudo, necessidades básicas, como a de dependência e a de ser reconhecido pelos outros com as quais ele é compelido a conviver. Assim como o mundo interior e exterior são a continuidade um do outro, da mesma forma o individual e o social não existem separadamente... se diluem, interpenetram, complementam e confundem entre si... todo indivíduo é um grupo, da mesma maneira como todo grupo pode comportar-se como uma individualidade. 
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=WgEMh8Dz_fI
Vídeo
https://www.youtube.com/watch?v=h9n5xIjnYKk
YouTube
Como surgiram os grupos:
Pratt - 1905 - programa de atendimento para pacientes tuberculosos - propósito educacional.
Iniciou programa de assistência a doentes de tuberculose, incapazes de arcar com os custos de internação. Reunia-os uma vez por semana, em grupos de 15 a 20 membros, no máximo 25, para que fosse possível estabelecer maior contato com os pacientes. Fundamentada por três fatores terapêuticos: universalidade, aceitação, e instalação de esperança.
Pratt começou seus grupos com o propósito educacional de ensinar aos pacientes a melhor maneira de cuidar de si próprios e da doença. Descrevia sua abordagem como um método baseado em estratégia de persuasão e reeducação emocional. Adotava técnicas denominadas, posteriormente, comportamentais, como o emprego de diário para anotação de detalhes do dia a dia e tarefas a serem realizadas em casa.
Assim:
Ampliação das ideias de Pratt;
Utilizavam a reunião para transmitir, simultaneamente, instruções e orientações, e oferecer apoio a grupo de pacientes que apresentava problemas, sintomas e doenças semelhantes.
Entre 1909 e 1912, Marsh refere ter utilizado grupo com pacientes denominados “psiconeuróticos”.
Marsh realizava grupos com aproximadamente 300 participantes, com diferentes patologias (grupo heterogêneo), participação voluntária e reuniões três vezes por semana. O grupo era iniciado com cantos, seguido de aulas sobre a doença mental, e os pacientes eram estimulados a dar testemunhos espontâneos.
Relato de um paciente de Marsh 
 “pela primeira vez compreendo o que aconteceu comigo e porque fui conduzido a um hospital psiquiátrico”,
“desapareceram meus temores e sentimentos de vergonha”, 
“as aulas ajudaram-me a esclarecer dúvidas que sempre desejei perguntar”. 
AINDA ACERCA DA HISTÓRIA...
No ano de 1920, Lazell descreveu um método de trabalho com pacientes esquizofrênicos internados. Num sistema de aula eram discutidos assuntos diversos em uma abordagem psicanalítica;
Década de 1930 Schilder realizava psicoterapia de grupos em ambulatórios, e Slavson iniciava grupos com crianças e adolescentes em uma instituição;
Privilegia o enfoque individual, embora empregado conjuntamente com o grupal. Seu método preconizava a realização de entrevistas preparatórias, em que colhia a história do paciente e o ensinava a associar livremente.
Em 1933, Lewin fundou o Centro de Pesquisa de Dinâmica de Grupo que desenvolvia estudos experimentais sobre o relacionamento humano.
Freud foi influenciado pelo Obra de Gustave Le Bom - Psicologia das multidões, análise dos grandes grupos (igreja, exército), processos identificatórios (projetivos e introjetivos), liderança e, forças de coesão e desagregação dos grupos.
1921 Escreveu....Psicologia das Massas e Análise do Eu (Influenciado por Le Bon):
Aponta para as forças coesivas e disruptivas que juntam e separam os indivíduos em um grupo: 
“A psicologia individual e a social não diferem em sua essência”
“... o êxito que a terapia passa a ter no indivíduo haverá de obtê-la na coletividade”
Freud....
Freud questiona o instinto gregário ou social e diz que pode ser observado no grupo família;
A ideia de justiça tem base neste grupo;
Ao examinar as multidões descreve que no coletivo, as pessoas sentem e agem de modo diferente e regride a vida mental infantil
Moreno:
1910 a 1914, Moreno realizava grupos com crianças e fazia dramatizações nas ruas com profissionais do sexo, com o objetivo de desenvolver grupos de discussão;
Nos jardins de Viena fazia jogos de improviso com as crianças favorecendo lhes a espontaneidade;
“espontaneidade é o fator primordial para uma existência saudável e o indivíduo espontâneo amplia a sua capacidade criadora”
Kurt Lewin (1890-1947):
Vertente sociológica do movimento grupalista, introduz o conceito de “Campo Grupal”;
Cunhou o termo “Dinâmica de grupo”.
Analisa o sistema de forças no interior dos grupos:
Sócio-grupo: interdependência dos indivíduos em relação a tarefa; Psico-grupo: a relação estabelecida entre os membros do grupo.
Enrique Pichon-Rivière, Suíça, 1907 - Buenos Aires. Grupos Operativos.
Influência Psicanalítica: Bion e Klein, na leitura dos mecanismos defensivos, dos diferentes papéis e das ansiedades do grupo frente à tarefa;
Perspectiva Dialética do movimento dos grupos;
Busca compreender as ideologias inconscientes que geram a contradição e/ou estereótipos no processo de produção grupal. 
Parte da análise de situações cotidianas do grupo para chegar a compreensão das pautas sociais internalizadas que organizam as formas concretas de interação.
Psiquiatra e Psicanalista
Pichon define grupo como:
“Conjunto restrito de pessoas ligadas entre si por constantes de tempo e espaço, articuladas por sua mútua representação interna, que se propõe de forma explícita ou implícita uma tarefa a qual constitui sua finalidade, interatuando através de complexos mecanismos de atribuição e assunção de papéis.”
O que ocorre no grupo:
Muitas ansiedades pelo medo da perda do equilíbrio alcançado;
Ataque de uma situação nova, medos estes que criam resistência à mudança, dificultando os processos de comunicação e aprendizagem.
Wilfred Ruprecht Bion Psicanalista britânico, déc. 40.
 Grupo precede ao indivíduo: as origens da formação espontânea de grupos têm suas raízes no grupo primordial;
 Grupos trabalham em dois pressupostos: Grupo de trabalho: opera no plano consciente, voltado para a execução de uma tarefa; Grupo de Pressupostos Básicos: dependência, luta e fuga, acasalamento.
Pressupostos básicos: forma como os sentimentos vem combinados e estruturados:
Dependência: nível mais primitivo, líder carismático para prover todas as necessidades, possui uma relação com o líder parasitaria e simbiótica, voltadas para um mundo ilusório;
Luta e fuga: basicamente com uma ansiedade paranoide, em uma posição constante de luta, rejeitando novas situações. Cria-se um inimigo externo ao qual atribuem todos os males. O líder tem características tirânicas ou paranoide;
Acasalamento: como se o grupo espera-se a geração de um messias que um dia irá salvá-los de todos os males. Não leva em conta os sexo dos participantes. A ideia ou acontecimento que irá salvar a todos. Tem um funcionamento maníaco, com líder mítico.
Qualquer Grupo (Operativo ou Terapêutico) preenche as seguintes funções:Não é a soma de indivíduos → constitui uma nova identidade;
 Todos os integrantes, reunidos face a face, tem uma tarefa e objetivo comum;
 O tamanho do grupo não pode exceder o limite que ponha em risco a comunicação (visual, auditiva e comunicacional);
 Deve haver a instituição de um enquadre (setting) e o cumprimento de combinações feitas (espaço, tempo, regras);
Constante jogo entre Identidade Grupal e Individual (ambas precisam ser preservadas);
Em todo Grupo coexistem forças contraditórias permanentes em jogo – tendência à Coesão e à Desintegração;
 Toda dinâmica grupal envolve dois planos: 
 - Dinâmica consciente e intencional;
 - Interferência de fatores inconscientes.
 Nos grupos sempre haverá uma hierárquica distribuição de posições e papéis;
 É inevitável a formação de um campo grupal dinâmico, em que gravitam fantasias, ansiedades, mecanismos defensivos, fenômenos resistenciais e transferenciais, etc.
Campo grupal:
Em qualquer grupo se forma um campo grupal dinâmico que a melodia é o arranjo entre eles;
É composto por múltiplos fenômenos do psiquismo que articulados vão repercutir nos demais, em uma constante interação;
Possui um potencial psíquico enorme dependendo das forças disruptivas e coesivas;
Circulam ansiedade que podem ser persecutórias, depressivas, confusional, de aniquilamento e perda de amor;
Aparecem mecanismos defensivos;
São permeados por processos de identificação, projetivas e introjetivas.
Campo grupal:
Comunicação tem papel determinante (verbal e não verbal);
O desempenho de papéis deve ser analisado;
Devem-se levar em conta os vínculos estabelecidos;
Processo de ressonância grupal (comunicação de um membro ressoa em outro);
Galeria de espelhos -> eu me vejo no outro e pelos outros;
Os grupos: 
 O significado da existência e da ação grupal só pode ser encontrado dentro de uma perspectiva histórica que considere a sua inserção na sociedade, com suas determinações econômicas, institucionais e ideológicas;
 O próprio grupo só pode ser conhecido enquanto processo histórico, e nesse sentido, talvez fosse mais correto falarmos em processo grupal em vez de grupo.
Assim...
Os processos grupais têm se proliferado em formas de jogos e dinâmicas nos mais variados contextos. Entretanto, deve-se avaliar como estas técnicas são utilizadas para que não sejam empregadas de maneiras superficiais. A compreensão das técnicas e da sua forma de utilização são fundamentais para o bom desempenho do trabalho grupal.
Papel do coordenador
Refletir sobre o papel dos coordenadores de grupo tem sido uma preocupação constante dentro das várias abordagens que se ocupam desse tema. É importante porém esclarecer que tal papel se encontra atrelado à própria concepção de grupo dos profissionais que o exercem. 
Ou seja, a qualquer caminho metodológico utilizado na investigação dos processos grupais, subjaz uma concepção de mundo e de homem nem sempre explicitada.
atributos desejáveis para o bom desempenho deste papel
1. Gostar e acreditar em grupos, pois o grupo capta o que o coordenador pensa ou sente.
2. Amor às verdades, base da confiança, da criatividade e da liberdade.
3. Coerência, pois incongruências sistemáticas abalam a confiança do grupo no coordenador.
4. Senso de ética, que significa não apenas a questão do sigilo, mas também a não imposição pelo coordenador de seus valores e expectativas ao grupo.
5. Respeito pelas características dos participantes, através da procura da não utilização dos rótulos ou papéis que lhes são usualmente atribuídos.
atributos desejáveis para o bom desempenho deste papel
6. Paciência, que não significa passividade ou resignação, mas uma "atitude ativa," que ofereça aos participantes o tempo necessário para adquirirem confiança e respeite seus ritmos.
7. Continente... no sentido de ter capacidade de acolher e conter as necessidades e angústias dos membros do grupo.
8. Capacidade negativa, que diz respeito à condição do coordenador de conter suas próprias angústias.
9. Função de ego auxiliar que é semelhante à capacidade da mãe de exercer as capacidades de ego (perceber, conhecer, discriminar, juízo crítico, etc.) que ainda não estão suficientemente desenvolvidas no filho.
atributos desejáveis para o bom desempenho deste papel
10. Função de pensar, que consiste em perceber se os participantes são capazes de pensar as ideias, os sentimentos e as posições que são verbalizadas. Diferencia "pensar" de simplesmente "descarregar." 
11. Discriminação. É entendida pelo autor como a capacidade "… de estabelecer uma diferenciação entre o que pertence a si próprio e o que é do outro, fantasia e realidade, interno e externo, presente e passado, o desejável e o possível, o claro e o ambíguo, verdade e mentira etc ..." Evidencia que nos grupos esse atributo é relevante "… em razão de um possível jogo de intensas identificações projetivas cruzadas em todas as direções do campo grupal, o qual exige uma discriminação de ‘quem é quem,’ sob o risco do grupo cair em uma confusão de papéis e de responsabilidades" (ZIMERMAN; OSÓRIO, 1997, p. 45).
atributos desejáveis para o bom desempenho deste papel
12. Comunicação verbal e principalmente não-verbal que assume formas sutis. Aponta como aspecto importante da comunicação nos grupos as atividades interpretativas.
13. Traços caracterológicos. O autor considera importante o coordenador conhecer bem a si próprio, seus valores, idiosincrasias e caracterologia predominante. Destaca especificamente traços de natureza narcisista, assim como o discurso interpretativo dogmático que "… pode estar mais a serviço de uma fetichização, isto é, da manutenção do ilusório, de seduzir e dominar, do que propriamente a uma comunicação, a uma resposta, ou a abertura para reflexões" (ZIMERMAN; OSÓRIO, 1997, p.46). 
atributos desejáveis para o bom desempenho deste papel
14. Modelo de identificação. Todos os grupos exercem uma função psicoterapêutica, dado o modelo em que se constitui a figura do coordenador.
15. Empatia, que diz respeito ao atributo do coordenador de se colocar no lugar de cada um do grupo e entrar dentro do clima grupal. Está ligada à sua capacidade de fazer um aproveitamento útil dos seus sentimentos contra-transferenciais.
16. Síntese e Integração. Refere-se à habilidade que o coordenador deve ter de "extrair um denominador comum dentre as inúmeras comunicações provindas das pessoas do grupo" (ZIMERMAN; OSÓRIO, 1997, p. 46). 
Não se trata portanto de fazer resumos, nem de apenas juntar ou ligar de outro modo os mesmos elementos, mas de sintetizar. Ressalta como fundamental essa capacidade particularmente na integração dos opostos.
OPERATIVOS
Aprendizagem
Ensino Aprendizagem;
Institucionais;
Comunitários;
PSICOTERÁPICOS
Insight
Psicodramáticos;
Teoria Sistêmica;
Cognitivo-Comportamental;
Psicanalítico.
Tipos de grupos
	Referências
	BARRETO, M.F.M. Dinâmica de Grupo: breve histórico. In: ____ Dinâmica de Grupo: história, prática e vivencias. 4 ed. Campinas: Alínea, 2010. 
BECHELLI, L. P. C.; SANTOS, M. A. Psicoterapia de grupo: como surgiu e evoluiu. Revista Latino Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v. 2, n. 12, 2004.
FRITZEN, S. J. Exercícios práticos de dinâmica de grupo. Petrópolis: Vozes, 1988.
ZIMERMAN, D.; OSORIO, L. C. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Medicas, 1997.
ZIMERMAN, D. Fundamentos básicos das grupoterapias. Porto Alegre: ARTMED, 2000.
Lavf56.25.101

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