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Tumores odontogênicos Tumor odontogênico adenomatóide Adenomatóide – adeno: tecido glandular É um tumor odontogênico beingno, de origem epitelial. Encontra-se organização que lembra ductos de tecido glandular Já foi considerado uma variante do ameloblastoma devido núcleos com polaridade invertida, era considerado como “adenoameloblastoma”, suas características clínicas e comportamento biológico indicam que ela é uma entidade a parte. Apesar de haver evidências de que as células tumorais são derivadas do epitélio do órgão do esmalte, do epitélio reduzido do esmalte, e dos restos de Malassez, os pesquisadores também sugerem que a lesão surja dos remanescentes da lâmina dentária associados a cordões gubernacular. Características clínicas Aumento de volume Crescimento lento e progressivo. Degeneração cística – cavidade grande e paredes com ductos 3% a 7% dos tumores odontogênicos Pacientes entre 10 e 19 anos Raramente excedem 3cm em seu maior. Assintomáticos, sendo descobertos apenas durante o curso de um exame radiográfico de rotina, ou quando solicitam radiografias para determinar a razão pela qual um dente ainda não erupcionou. Envolvendo a coroa de um dente canino incluso. Lesões maiores causam expansão indolor do osso. Região anterior dos ossos gnáticos - 80% na região anterior dos maxilares 90% associados ao dente canino incluso As mulheres são acometidas 2x mais do que os homens Inexistente após os 30 anos de idade A maioria dos tumores adenomatoides são relativamente pequenos. As formas periféricas (extrósseas) do tumor, podem ser encontradas, mas são raras. Podem aparecer como pequenos aumentos sésseis na gengiva vestibular da maxila. Engloba o dente todo Folicular – associado a um dente Extra folicular – não tem dente Depois do odontoma e ameloblastoma vem o TOA. For pequena pode remover Se for grande – biopsia incisional Características radiográficas Em cerca de 75% dos casos, o tumor aparece como uma lesão circunscrita, unilocular que envolve a coroa de um dente não erupcionado. Pode ser impossível diferenciar radiograficamento de um tipo folicular do tumor odontogênico adenomatóide do cisto dentígero, que é mais comum. As vezes se estende apicalmente ao logo da raiz, passado da junção amelocementária – pode ser útil para diferenciar de cisto dentígero. Com menos frequência, pode se apresentar como uma lesão radiolúcida unilocular bem definida que não está relacionada a um dente não erupcionado, mas, em vez disso, localiza-se entre as raízes de um dente erupcionado (extrafolicular) A lesão pode se mostrar completamente radiolúcida, contudo ela contém calcificações delicadas (flocos de neve) – pode ser uma diferenciação com cisto dentígero. UNILOCULAR – CALCIFICAÇÕES DELICADAS – FLOCOS DE NEVE Maria Eduarda Noronha tavares CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS É uma lesão bem definida que geralmente está envolvida por uma espessa cápsula fibrosa. Quando a lesão é seccionada, a região central do tumor pode ser sólida ou pode mostrar diversos graus de alteração cística. É composto por células epiteliais fusiformes que formam lençóis, cordões ou aumentos de volume espiralados de células em um estroma fibroso escasso. As células epiteliais podem formar estruturas semelhantes a rosetas ao redor de um espaço central, que pode estar vazio ou conter pequenas quantidades de material eosinofílico. Esse material pode corar para amiloide. As estruturas tubulares ou ductiformes, que são o aspecto característico do tumor odontogênico adenomatoide, podem ser proeminentes, escassas ou até mesmo ausentes em uma determinada lesão. Elas consistem em um espaço central delimitado por uma camada de células epiteliais colunares ou cúbicas. Os núcleos dessas células tendem a ser polarizados em direção oposta ao espaço central. De qualquer forma, essas estruturas não são ductos verdadeiros, e não há elementos glandulares nesse tumor Lesão envolvida por ESPESSA (fácil de remover) cápsula fibrosa. Pequenos focos de calcificação também podem estar presentes por todo o tumor. Eles têm sido interpretados como uma formação abortiva do esmalte. Alguns tumores odontogênicos adenomatoides contêm áreas maiores de material de matriz ou de calcificação. Esse material tem sido interpretado como dentinoide ou cemento Tratamento e prognóstico É benigno por completo. Devido à presença da cápsula, ele pode ser facilmente enucleado do osso. Recidiva é rara. ODONTOMA São os tipos mais comuns de tumores odontogênicos São aqueles que se originam de uma proliferação exagerada da lâmina dentária, em que todos os tecidos dentais estão representados de uma maneira organizada, formando estruturas semelhantes a dentículos. A etiologia desta patologia é desconhecida, mas podem estar associados a dentes supranumerários e a dentes inclusos. Sua prevalência excede a de todos os outros tumores odontogênicos combinados. São considerados como distúrbios de desenvolvimento (hamartomas), em vez de neoplasias verdadeiras. Quando totalmente desenvolvidos, os odontomas consistem em esmalte e dentina, com quantidades variáveis de polpa e cemento. Nos estágios iniciais do desenvolvimento, estão presentes quantidades variáveis de epitélio odontogênico em proliferação e mesênquima. São subdivididos em: composto e complexo. 1. COMPOSTO: formado por múltiplas estruturas pequenas, semelhantes a dentes, estão de forma desorganizada. Maria Eduarda Noronha tavares 2. COMPLEXO: consiste em uma massa amorfa de esmalte e dentina, que não exibe qualquer semelhança anatômica com um dente. Na maioria dos casos, o odontoma composto são diagnosticados com maior frequência do que os odontomas complexos. É possível que alguns odontomas compostos não sejam submetidos a exame microscópico, porque o clínico se sente confiante com o diagnóstico clínico da lesão. CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS É um tumor misto, ou seja, derivado do epitélilo odontogênico e do ectomesenquima. Detectados nas duas primeiras décadas de vida e a idade média do diagnóstico é de 14 anos. Crescimento lento e autolimitado. A maioria dessas lesões são assintomáticas, sendo descobertas durante o exame radiográfico de rotina ou para determinar o motivo pelo qual o dente não erupcionou. São lesões relativamente pequenas, sendo raro excederem o tamanho dente na região que estão localizados. Odontomas maiores, de até 6cm ou mais de diâmetro, são observados – podem levar à expansão do osso. Ocorrem com mais frequência na maxila do que na mandíbula. O tipo composto é mais usualmente encontrado na região anterior da maxila, sendo o canino, mais envolvido. O tipo complexo é mais observado na região de molares de qualquer um dos ossos gnáticos. Por vezes, um odontoma pode se desenvolver por completo dentro dos tecidos moles gengivais. CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS Radiograficamente, o odontoma composto aparece como uma coleção de estruturas semelhantes a dentes de variados tamanhos e formas, cercados por uma delgada zona radiolúcida O odontoma complexo aparece como uma massa calcificada com a radiodensidade da estrutura dentária, que também está cercada por uma delgada margem radiolúcida. Um dente não erupcionado em geral se mostra associado ao odontoma, evitando a erupção desse dente Alguns odontomas pequenos podem estar presentes entre as raízes de um dente erupcionado e não estãoassociados a alterações na erupção. Os achados radiográficos costumas ser diagnósticos e o odontoma composto raramente é confundido com outra lesão. Um odontoma em desenvolvimento por mostrar pouca evidência de calcificação e aparecer com uma lesão radiolúcida circunscrita. Um odontoma complexo, entretanto, pode ser confundido nas radiográficas com um osteoma ou alguma outra lesão óssea altamente calcificada. CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS O odontoma composto consiste em múltiplas estruturas lembrando dentes pequenos unirradiculares, contidos em uma matriz fibrosa frouxa. As estruturas representadas por esmalte maduro das estruturas semelhantes a dente se perdem durante a descalcificação para preparação dos cortes microscópicos, mas quantidades variáveis de matriz de esmalte estão em geral presentes. Pacientes que apresentam um odontoma em desenvolvimento, há estruturas que lembram germes dentários. Os odontomas complexos consistem, em grande parte, de dentina tubular madura. Maria Eduarda Noronha tavares Essa dentina envolve fendas ou estruturas ocas circulares que costumam conter esmalte madura que foi removido durante a descalcificação. Os espaços podem conter quantidades pequenas de matriz de esmalte ou esmalte imaturo. Odontoma Complexo. Esse corte histológico descalcificado mostra uma massa desorganizada de dentina misturada com pequenos grupamentos de matriz de esmalte. Pequenas ilhas de células fantasmas epitelilais esoinofílicas existem em cerca de 20% dos odontomas complexos. Elas podem representar remanescentes do epitélio odontogênico que sofreu queratinização e morte devido à anoxia local. Há uma delgada camada de cemento na periferia do aumento de volume. Ocasionalmente, um cisto dentígero pode se formar do revestimento epitelial da cápsula fibrosa de um odontoma complexo. Tratamento e prognóstico Os odontomas são tratados por excisão local simples e o prognóstico é excelente. MIXOMA Acredita-se que se originam do ectomesênquima odontogênico. Eles exibem semelhança microscópica com a porção mesenquimal de um dente em desenvolvimento. Características clínicas São predominantemente encontrados em adultos jovens, mas podem ocorrer em um grupo com ampla faixa etária. A idade média é de 25 a 30 anos de pacientes com mixoma. Não há predileção por gênero. O tumor pode ser encontrado em qualquer região dos ossos gnáticos, e a mandíbula é acometida de modo mais comum do que a maxila. Lesões menores podem ser assintomáticas e são descobertas apenas durante exame radiográfico de rotina. Lesões maiores estão associadas à expansão indolor do osso envolvido. Em alguns casos, o crescimento clínico pode ser rápido, o que provavelmente está relacionado ao acúmulo de substância fundamental mixoide do tumor. CARACTERÍSTICAS RADIOGRÁFICAS Se apresenta como uma lesão radiolúcida uni ou multilocular, que pode deslocar ou causar reabsorção dos dentes na região do tumor. Lesão radiolúcida unilocular entre incisivo lateral e canino inferior. As margens da lesão são em geral irregulares ou festonadas. A imagem radiolúcida pode conter trabéculas delgadas insignificantes de osso residual, que frequentemente se arranjam em ângulos retos umas com as outras. Grandes mixomas da mandíbula podem apresentar o padrão radiolúcido “raquete de tênis”, “degraus de escada” e até mesmo “bolhas de sabão”, sendo esse último, mais comum no ameloblastoma. Maria Eduarda Noronha tavares CARACTERÍSTICAS HISTOPATOLÓGICAS No momento da cirurgia ou do exame macroscópico do espécime, a estrutura gelatinosa e frouxa do mixoma é óbvia. Demonstrando uma massa branca e gelatinosa. Microscopicamente, o tumor é composto por células casualmente arranjadas de formato estrelário, fusiforme ou arredondado, em um estroma abundante, frouxo e mixoide, que contém somente algumas fibras colágenas. Pequenas ilhas de restos epiteliais odontogênicos de aspecto inativo podem ser evidenciadas dispersas na substância fundamental mixoide. Esses restos epiteliais não são necessários para diagnóstico e não são encontrados na maioria dos casos. Em alguns pacientes, o tumor pode apresentar uma tendência maior à formação de fibras colágenas; tais lesões são denominadas como – fibromixomas ou mixofibromas. Pode ser visto preenchendo espaços medulares entre as trabéculas ósseas. TRATAMENTO E PROGNÓSTICO Pequenos mixomas são tratados, geralmente, através de curetagem, no entanto, reavaliação cuidadosa deve ser feita periodicamente durante pelo menos 5 anos. Para lesões maiores, ressecções mais extensas podem ser necessárias, uma vez que os mixomas não são encapsulados e tendem a infiltrar o osso adjacente. A remoção completa de um tumor com grandes dimensões através da curetagem geralmente é difícil de se conseguir. Lesões na região posterior de maxila deveriam ser tratadas mais agressivamente na maioria dos casos. Índices de recidiva em diversos estudos – 25%. O prognóstico no geral é bom, e metástases não ocorrem. Em raros casos, ele apresenta microscopicamente, marcante celularidade e atipia celular - Essas lesões parecem ter um curso local mais agressivo que os mixomas comuns. Maria Eduarda Noronha tavares
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