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C U R S O D EC A P A C I T A Ç Ã O D EB E A C H T E N N I S CONFEDE RAÇÃO B RA S I L E I R A D E T EN I S ‑ C B T N Í V E L V E R D E 2 0 2 2 SUMÁRIO 444444445666666777777788881010101010111111111212121313 Fase I: O Básico 1.0 ‑ Informações Iniciais2.0 ‑ Objetivo ‑‑‑‑‑ 2.1 Objetivos Específicos3.0 ‑ Histórico do Beach Tennis4.0 ‑ Regras e Materiais Básicos do Beach Tennis ‑‑‑‑‑ 4.1 ‑ Área de Jogo‑‑‑‑‑ 4.2 ‑ Bola‑‑‑‑‑ 4.3 ‑ Raquetes‑‑‑‑‑ 4.4 ‑ Rede e Poste‑‑‑‑‑ 4.5 ‑ Jogo‑‑‑‑‑ 4.6 ‑ Pontuação‑‑‑‑‑ 4.7 ‑ Saque5.0 ‑ Estrutura de Aula‑‑‑‑‑ 5.1 ‑ Avaliação Diagnóstica‑‑‑‑‑ 5.2 ‑ Parte inicial‑‑‑‑‑ 5.3 ‑ Parte principal‑‑‑‑‑ 5.4 ‑ Parte final6.0 ‑ Teoria da Aprendizagem‑‑‑‑‑ 6.1 ‑ Processamento da informação‑‑‑‑‑ 6.2 ‑ Feed Back‑‑‑‑‑ 6.3 ‑ Previsibilidade e imprevisibilidade do jogo7.0 ‑ Posicionamento‑‑‑‑‑ 7.1 ‑ Elástico8.0 ‑ Lançamento de Bolas: O lançamento deve reproduzir as diferentes situações do jogo9.0 ‑ Empunhaduras10.0 ‑ Técnicas Básicas‑‑‑‑‑ 10.1 ‑ Posição Inicial‑‑‑‑‑ 10.2 ‑ Forehand Estático‑‑‑‑‑ 10.3 ‑ Backhand Estático‑‑‑‑‑ 10.4 ‑ Forehand Dinâmico‑‑‑‑‑ 10.5 ‑ Backhand Dinâmico‑‑‑‑‑ 10.6 ‑ Smash‑‑‑‑‑ 10.7 ‑ Gancho‑‑‑‑‑ 10.8 ‑ Saque‑‑‑‑‑ 10.9 ‑ Bolas Curtas‑‑‑‑‑ 10.10 ‑ Lob11.0 ‑ Beach Tennis para crianças12.0 ‑ Oportunidade de negócio13.0 ‑ Principais Torneios SUMÁRIO 1414141415151516161616171717181919191919192020212121212122222324 Fase II: Desenvolvimento 1.0 ‑ Introdução2.0 ‑ Situação de jogo‑‑‑‑‑ 2.1 Saque‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 1‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 2‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 3‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 4‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 5‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 6‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 7‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 8‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 9‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 10‑‑‑‑‑ 2.2 Devolução‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 1‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 2‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 3‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 4‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 5‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 6‑‑‑‑‑ 2.3 Ralli‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 1‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 2‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 3‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 4‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 5‑‑‑‑‑‑‑‑‑‑ Drill 63.0 ‑ Colocando em prática‑‑‑‑‑ 3.1 Saque‑‑‑‑‑ 3.2 Devolução‑‑‑‑‑ 3.3 Ralli Introduzir conceitos básicos de ensino de beach tennis para professores, a fim de desenvolver a capacitação e o ensino deste esporte em território nacional. 2.1 ‑ Objetivos Específicos:• Compreender a história do Beach Tennis e sua evolução no Brasil.• Conhecer regras e materiais básicos.• Aprender a ensinar os fundamentos do Beach Tennis através da sequência pedagógica, com suas progressões e regressões. • Compreender a estrutura de uma aula de Beach Tennis, com situações técnicas e táticas de jogo.• Aprender a elaborar diferentes drills que atendam a necessidade do aluno. O Beach Tennis é um esporte que surgiu na Itália, na província Marina de Ravenna, na década de 80. Inicialmente o BT ficou restrito a alguns países europeus. Hoje já existem mais de um milhão de praticantes ao redor do mundo, distribuídos em mais de 70 países. O órgão internacional responsável pela modalidade é a ITF (International Tennis Federation). Conhecer o material adequado e com a melhor relação custo / benefício, tem grande importância na acessibilidade e difusão do esporte. Não menos importante, é a experiência positiva proporcionada ao novo praticante.4.1 ‑ Área de JogoA dimensão da quadra de Beach Tennis na modalidade de simples é 16 x 4,5m e de duplas 16 x 8m, dividido ao meio por uma rede com 1,70m de altura quando jogado em areia.4.2 ‑ BolaA bola utilizada para a prática de beach tennis possui 50% da pressão de uma bola convencional de tênis. Por este motivo ela é ligeiramente mais leve, mais lenta e menor. ‑ Este curso contempla aula teórica, aula prática e avaliação prática.‑ Veja os links antes de iniciar o curso, impreterivelmente. Se possível, leia a apostila anteriormente para melhor aproveitamento do curso.‑ Faça anotações. Haverá informações valiosas que podem não constar na apostila.‑ Traga seu relógio para Avaliação Prática. 1.0 ‑ INFORMAÇÕES INICIAIS O BÁSICO 3.0 ‑ HISTÓRICO DO BEACH TENNIS 4.0 ‑ REGRAS E MATERIAIS BÁSICOS DO BEACH TENNIS 2.0 ‑ OBJETIVO 4 Onde a área de contato permanece preservada (sem furos), e há um maior número de furos concentrados às margens da mesma.Há que se observar o material, densidade e espessura da “goma” (composto sintético), que em combinação com as demais variáveis expostas acima, determinarão as características do toque proporcionado pela raquete. 4.3 ‑ RaquetesA raquete de beach tennis tem entre 47 cm e 50 cm de comprimento de acordo com a regra. A composição básica destas raquetes pode variar.Fibra de vidro, grafite, carbono e kevlar são os materiais mais utilizados na produção de raquetes. O peso varia entre 320 gramas até 400 gramas. As raquetes mais leves e mais curtas são mais aconselhadas para os jogadores iniciantes e intermediários por serem mais fáceis de manusear e oferecem mais controle para jogadores neste estágio. As mais pesadas e mais longas são mais indicadas à jogadores profissionais que já tem a necessidade de maior potência e também dominam técnicas mais apuradas na execução de seus golpes.Ou seja, quanto maior a alavanca, mais potência será gerada e, quanto menor a alavanca mais fácil será o manuseio. A quantidade de furos é uma característica importante também. As raquetes com mais furos têm menor resistência do ar, fazendo com que o jogador tenha mais facilidade em movimentar a raquete de um lado para o outro. Raquetes com muitos furos ajudam muito nas situações de vento forte. Porém, quando os furos são em excesso a raquete pode perder potência. Raquetes com menos furos tendem a proporcionar maior percepção e controle do toque. Atualmente é muito comum observarmos raquetes “mistas”. 5 MAIORMAIS FUROS MAIORMAIS LEVES MAIORMAIS CURTAS MENORMENOS FUROS MENORMAIS PESADAS MENORMAIS LONGAS CARACTERÍSTICAS MANUSEIO 4.5 ‑ JogoO objetivo do jogo é devolver a bola recebida, por cima da rede, para o campo do adversário, sem que está toque na areia. Isto faz com que o jogo seja bastante rápido, podendo o tempo de reação dos atletas se tornar extremamente pequeno.A meta principal é forçar o erro do oponente ou fazer com que a bola toque a areia do lado dele.4.6 ‑ PontuaçãoA pontuação é a mesma utilizada no tênis 15/30/40/GAME. No circuito profissional os jogos são melhor de três sets com tie‑break em todos os sets. Em torneios amadores muitas vezes o organizador usa o formato de round‑robin na fase classificatória seguida de eliminatória simples na fase “mata‑mata". No beach tennis os games não tem vantagem (no‑ad scoring).4.7 ‑ SaqueA grande diferença em relação ao tênis é que o jogador só tem um saque por ponto e não tem let no saque, ou seja, se a bola toca na rede e passa, o ponto continua. Nas duplas mistas, o homem sacar por baixo (abaixo da linha dos ombros).5.1 ‑ Avaliação DiagnósticaO professor deve identificar o tipo de aluno. Saber se pessoa já tem ou teve algum contato com esporte de bola e raquete. Normalmente identifica‑se através de perguntas básicas, exercícios e posteriormente com lançamentos. A identificação do nível do aluno é muito importante para que a aula possa atender suas necessidades e capacidades. Treinos muito avançados para alunos iniciantes podem frustrar o aluno e desmotivar a praticar o esporte e vice‑versa. O professor precisa estar atento a isso. 4.4 ‑ Rede e PosteA rede é muito parecida com a de tênis. O tamanho dos buracos na rede é o mesmo da de tênis. Porém ela é montada a 1,70m do chão, para os jogos femininos, e a 1,80m do chão para os jogos masculinos. Normalmente tem entre 9 a 10 metros de comprimento por 1 metro de largura. O poste para prender a rede precisa ter pelo menos 1,80m de altura de maneira que a rede possa ser armada na altura mínima permitida pela regra. Os postes de vôlei podem ser utilizados também. 6 5.0 ‑ ESTRUTURA DE AULA 5.2 ‑ Parte inicialExercícios Fechados (método analítico): Com comando total do professor, com 100% de previsibilidade para o aluno; não há tomada de decisão do aluno. Excelente forma de aquecimento e aprimoramento do nível técnico. Normalmente,exercícios fechados são organizados com alunos em duas colunas, do mesmo lado da quadra, com aulas para 4 ou até 6 alunos, enquanto o(a) professor(a) ocupa o outro lado da quadra.5.3 ‑ Parte PrincipalExercícios Semi‑abertos (método misto): uma ou mais ações previstas e encadeadas (fechadas) e abertura para situações de jogo; em outras palavras, uma ou mais ações definidas pelo(a) professor(a) e, então, o ponto estará aberto para tomadas de decisão dos próprios alunos e o(a) professor(a) será o mediador. Normalmente, situações semi‑abertas de jogo, são organizadas com uma dupla de cada lado da quadra, enquanto o(a) professor(a) faz o lançamento de fora da quadra.5.4 ‑ Parte FinalExercícios Abertos (método global): Situações abertas de jogo, com 100% de tomada de decisão do aluno, onde aconselha‑se “bonificar” a ocorrência das ações treinadas na sessão. 6.1 Processamento da InformaçãoIdentificação do Estímulo, Seleção da Resposta (Tomada de Decisão) e Execução da Resposta. Para alunos iniciantes, esse processo necessita de muitas repetições do movimento, com uma sequência pedagógica do simples para o complexo, com as devidas correções, para que, com o tempo, o aluno automatize, memorize e realize o movimento de forma mais precisa, no menor tempo e com economia de energia.6.2 FeedbackRetroalimentar o aluno com informações sobre o movimento é fundamental para a aprendizagem. Mas há a necessidade de se dosar o feedback quando o aluno é iniciante. Corrigir membros superiores e inferiores ao mesmo tempo, por exemplo, pode sobrecarregar o aluno com informações acima das que ele pode processar. É necessário regredir para um exercício mais fácil quando o aluno está com dificuldades de execução do movimento; da mesma forma que é necessário progredir para um exercício mais complexo quando o aluno assimilou todas as informações.6.3 Previsibilidade e imprevisibilidade do jogoExercícios fechados trazem previsibilidade e maior facilidade para a aprendizagem dos fundamentos. Porém, é extremamente necessário trabalhar com situações semi‑abertas e abertas de jogo para que o aluno aprenda a tomar as melhores decisões técnicas e táticas para ganhar o ponto. 7 6.0 ‑ TEORIA DA APRENDIZAGEM No Beach Tennis a posição do sacador não é pré‑fixada como no tênis. O sacador pode se posicionar em qualquer lugar ao longo da linha de fundo e pode sacar para qualquer direção da quadra do adversário, de acordo com sua própria preferência e estratégia escolhida pela dupla. Tanto os devolvedores quanto o parceiro do sacador deverão posicionar‑se atrás da linha de 3 metros em seus respectivos campos. Porém, o posicionamento do devolvedor tenta se ajustar de acordo com o posicionamento do sacador. Por exemplo, se o sacador se posiciona do lado direto de sua quadra, o time devolvedor tende a se deslocar ligeiramente na mesma direção, a fim de cobrir melhor a quadra e fechar os ângulos.7.1 ‑ ElásticoOs jogadores devem fazer a cobertura dos ângulos da quadra na horizontal e na vertical. Horizontal: Quando o jogador A se desloca em direção a bola para fechar a paralela (da bola), o parceiro (B) deve se deslocar na mesma direção para fechar o meio (da posição da bola). Da mesma forma, quando o jogador (B) se desloca em direção a bola para fechar a paralela, o parceiro (A) deve fechar o meio. Vertical: quando um dos jogadores se desloca para trás a fim de pegar um Lob, o parceiro deve permanecer no meio da quadra para cobrir os ângulos. Da mesma forma, quando um dos jogadores se desloca para frente para pegar uma bola curta, o parceiro deve permanecer no meio da quadra para cobrir os ângulos. Segurança: ao fazer um lançamento, verifique o espaço entre um aluno e outro de modo que a raquete de um aluno não machuque os demais alunos e, também, que a bola não atinja alunos que não estão esperando por ela.Posição: coloque o carrinho de bolas ao lado da sua mão não dominante, de modo que o lançamento flua com frequência e velocidade ideais. Também, posicione os alunos de modo confortável em relação a posição do sol. Trajetória: o lançamento deve ser feito por baixo quando se propõe reproduzir bolas mais lentas e flutuantes, com trajetória que propicie o ataque da bola; o lançamento deve ser feito por cima quando se propõe reproduzir bolas mais aceleradas e retas, com trajetória que demande a defesa da bola.Velocidade: a velocidade do lançamento deve variar em função do nível dos alunos e das situações de jogo a serem reproduzidas.Altura: a altura do lançamento deve variar em função do nível dos alunos e das situações de jogo a serem reproduzidas. As empunhaduras utilizadas no Beach Tennis possuem a mesma nomenclatura do tênis: continental, between ou semi eastern de forehand e backhand. Deve‑se evitar a empunhadura western e semi western para a prática do beach tennis. 8 7.0 ‑ POSICIONAMENTO 9.0 ‑ EMPUNHADURAS 8.0 ‑ LANÇAMENTO DE BOLAS: O LANÇAMENTO DEVE REPRODUZIR ASDIFERENTES SITUAÇÕES DO JOGO A empunhadura continental é utilizada de forma mais abrangente pelos tenistas que vêm para o Beach tennis. Nestes casos é uma associação feita por esses jogadores ao jogo de rede desenvolvido por eles no tênis. Porém, com o desenvolvimento dos golpes no beach tennis tem‑se a tendência a se desenvolver o semi eastern para se bater os voleios de forehand. A empunhadura tem essa tendência de passar para o semi eastern por dois motivos básicos: o primeiro é que o ponto de contato dos golpes no beach tennis é ligeiramente mais a frente (mais cedo) que no tênis, tornando a empunhadura continental muito desconfortável e a segunda é que o jogador rebate 75% das bolas ao redor da cabeça com o forehand, como mostra a figura 4. Bolas entre as letras A e B são rebatidas com o forehand. Figura 04 9 Figura 04 No Beach Tennis os movimentos básicos são mais curtos que os do tênis de quadra. Não existe preparação de golpe para bater a maioria dos golpes. O jogo de beach tennis consiste de golpes no ar, voleios e smashs em geral, mas mesmo esses golpes são um pouco mais curtos que no tênis e com menos rotação de tronco, visando mais dinamismo durante o jogo. O ensino das formas básicas dos golpes vai de acordo com o nível do jogador.As técnicas básicas se dividem em:10.1 ‑ Posição InicialNo beach tennis a posição inicial é ligeiramente mais alta do que é feita no tênis. Isso acontece principalmente pela rede ser mais alta que no tênis e por isso a necessidade de se manter a raquete mais alta. O ideal é que o topo da raquete fique na altura do nariz, de maneira que o jogador tenha visão completa do que está a frente dele. No caso da devolução de saque, quando o adversário faz o lançamento da bola a raquete pode ficar ligeiramente mais alta, pois a bola vem de um ponto mais alto que o normal do jogo.10.2 ‑ Forehand EstáticoNeste golpe, o jogador deve girar seu corpo e sua raquete de forma conjunta e coordenada para o lado direito no sentido de constituir um “escudo” para conter a bola com impacto à frente do corpo. Este tipo de voleio é utilizado em situações onde tempo de reação é extremamente curto(p. ex: devolução de saque potente).10.3 ‑ Backhand EstáticoO jogador deve girar seu corpo e sua raquete de forma conjunta e coordenada para o lado esquerdo no sentido de constituir um “escudo” para conter a bola com impacto à frente do corpo. No backhand deve‑se prestar atenção a empunhadura que o aluno está jogando. Por exemplo, em casos quando o aluno bate o forehand com eastern de forehand e quando vira para o backhand, sem ajustar a empunhadura, a mão esquerda deve ser utilizada como auxílio para bater o backhand.10.4 ‑ Forehand DinâmicoNeste tipo de voleio o jogador deve se projetar em direção à trajetória da bola, com a raquete alta acima da linha dos ombros, firme e transferindo o peso a perna oposta ao movimento de forehand (perna esquerda para destros e perna direita para canhotos).Pode‑se fazer uso de um cano de pegar bola. O aluno se posicionaatrás deste cano e para bater na bola precisa se deslocar para o lado direito e depois para frente. O uso deste cano ajuda a desenvolver a posição inicial mais alta, pois ao retornar para o cano o aluno precisa ter a raquete acima do cano como se a raquete fosse encaixar no cano. Isso é de muito ajuda para educar o aluno a manter a raquete alta após o contato coma bola.Obs: o tamanho do cano utilizado neste exercício varia de acordo com a altura do aluno. 10 10.0 ‑ TÉCNICAS BÁSICAS 10.5 ‑ Backhand DinâmicoEquivalente ao voleio dinâmico de direita, no voleio de esquerda(backhand) o jogador deve se projetar em direção à trajetória da bola, com a raquete alta acima da linha dos ombros, firme e transferindo o peso a perna oposta ao movimento de backhand (perna esquerda para destros e perna direita para canhotos). Lembrando que a mão não dominante deverá auxiliar na condução da raquete até próximo ao momento do contato com a bola.10.6 ‑ SmashO movimento é muito parecido com o smash do tênis. O jogador recebe a bola acima da cabeça e bate a bola por cima da cabeça para o outro lado da quadra. O jogador recebe uma bola alta, levantando a raquete para rebater esta bola, ao bater a bola o jogador faz o movimento de uma cortada e bate a bola enquanto ela está acima da cabeça. Ao posicionar a raquete acima da cabeça o jogador faz uma laçada com a raquete para bater a bola. Este golpe pode ser feito de forma estática ou dinâmica a fim de se posicionar (avançando ou recuando) abaixo da bola. Isto dependendo do nível do aluno e da meta do exercício. 10.7 ‑ GanchoNo beach tennis existe um golpe que não é utilizadono tênis. Porém, para o beach tennis é de extremaimportância para o crescimento de qualquer jogador.Todos os jogadores precisam utilizar este golpedurante os jogos. Existem dois tipos de ganchos:o defensivo e o ofensivo.Neste módulo, trabalharemos somente o defensivo, um golpe mais básico mecanicamente falando. Este golpe será mais explorado na parte prática.10.8 ‑ SaqueO movimento de saque é parecido com o de tênis. Pode também ser realizado como saque por baixo para iniciantes e pessoas que tenham limitações no ombro. O movimento pode ser feito de forma completa com o uso do pêndulo ou de forma mais abreviada com a raquete já começando acima da cabeça.No caso do pêndulo, o jogador faz melhor uso das alavancas, com um movimento mais fluído, exigindo menos dos ombros e das articulações, além de conseguir gerar mais potência no golpe. Já no movimento de forma abreviada com a raquete começando acima da cabeça, o jogador perde as vantagens descritas acima. Porém, esta forma de sacar também tem suas vantagens. O sacador esconde um pouco a direção e o tipo do saque, conseguindo gerar mais efeito, fazendo com que a bola desça mais rápido. 11 CANO BProfessor A Outra razão que se usa o abreviado é devido ao vento. Nas praias o vento é um fator que influi muito para o sacador e o movimento abreviado ajuda no controle do saque com vento. Este movimento ajuda também a esconder qual tipo de saque vai ser executado, pois em alguns casos o saque lob se torna uma boa opção.O movimento de forma abreviada é muito utilizado no circuito profissional. Alguns dos melhores jogadores do mundo preferem pegar a bola na subida. 10.9 ‑ Bolas CurtasNo beach tennis a bola curta tem uma concepção ligeiramente diferente da utilizada no tênis. Apesar de em ambos os casos a principal ideia é fazer com que o jogador se desloque para frente, no beach tennis a bola não quica e por isso não se tem tamanha necessidade da criação de efeitos. Existem formas diferentes para a execução deste golpe, essas formas vãoser mais exploradas na parte prática. Um conceito importante é que a bola curta no beach tennis caia o mais perto da rede possível, portanto para que isso aconteça, a bola precisa “escalar” a rede, passando em alguns casos mais alto pela rede, mas deve cair de forma íngreme após passar pela mesma. Trazer o adversário para frente, abaixar a bola e impedir o ataque do adversário. 10.10 ‑ LobO lob consiste em golpear a bola por baixo, produzindo uma trajetória parabólica com objetivo de alcançar o fundo da quadra encobrindo os adversários. Em caráter defensivo, o lob visa retirar a dupla adversária da condição ofensiva gerada pelo posicionamento destes quando próximos à rede. Em caráter ofensivo, pode suceder uma bola curta com objetivo de desorganizar as bases adversárias.. O Beach Tennis deve ser adaptado para crianças de idades diferentes:6 a 10 anos: Nesta faixa o tamanho da quadra deve ser reduzido assim como altura da rede. Inclusive as raquetes, seguindo o que acontece no tênis, as raquetes são menores e já estão disponíveis no mercado internacional. As bolas de cores diferentes ajudam no desenvolvimento também. A bola laranja é a oficial do beach tennis, porém o uso das bolas vermelhas e de espuma ajudam no desempenho. No caso da bola vermelha, deve‑se ter cuidado com o tempo que é utilizada por aula. Não pode se utilizar por muito tempo seguido devido ao peso desta bola que é maior e pode incomodar com o tempo. Com estas alterações fica mais fácil e bem mais divertido para as crianças. A quadra deverá ter a dimensão de 6x6 e a rede com 1,50m.11 a 14 anos: A quadra ainda é reduzida. Nesta faixa etária o uso de raquetes de tamanho normal deve ser encorajado. A quadra deverá ter a dimensão de 7x7 e a rede com 1,60m. 12 11.0 ‑ BEACH TENNIS PARA CRIANÇAS • Copa do Mundo de Equipes• Copa do Mundo de Duplas• Jogos Olímpicos de Verão• Campeonato Pan‑Americano• Campeonato Sul‑Americano• Campeonato Europeu• Circuito ITF 13 13.0 ‑ PRINCIPAIS TORNEIOS No começo do esporte no Brasil houve muita desconfiança sobre o potencial de crescimento e consolidação. Porém, depois de cinco anos e uma trajetória de crescimento exponencial, o beach tennis se mostra como um negócio promissor e vem atraindo cada vez mais investidores. Muitas academias já construíram quadras e estão desenvolvendo aulas e eventos, agregando valor ao negócio e tentando atrair novos clientes para dentro das academias de esportes de areia ou mesmo academias de tênis. Outra forma de investimento são os eventos que variam de formato e tamanhos.Clínicas, torneios, simpósios entre outros vêm se multiplicando no Brasil e no mundo. Além disso, a venda de material para o esporte também é muito promissora. Um bom exemplo de novas oportunidades são as aulas que normalmente são em grupo de quatro a seis pessoas, devido à dinâmica de ensino em grupo além de ser a mais favorável ao desenvolvimento da modalidade, cria‑se assim uma verdadeira rede de relacionamentos e fidelização dos clientes dado à atmosfera divertida e integradora deste esporte. 12.0 ‑ OPORTUNIDADE DE NEGÓCIO Nesta fase, serão explicados e desenvolvidos exercícios com as três situações do jogo. Na primeira delas vamos considerar o saque. Nesta situação explicaremos e desenvolveremos drills para cada direção e de cada lado da quadra. Assim como, também consideraremos e desenvolveremos treinos da perspectiva do devolvedor: onde devemos devolver, como devolver, e o porquê de cada devolução. A última situação que vamos trabalhar nesta fase será o rali que consiste no momento do ponto após o saque e a devolução. • Um jogador da dupla A saca• Um outro jogador da dupla B devolve• Rali (controle, ataque, defesa e efeitos) Durante as aulas, tentar organizar exercícios para que os jogadores pratiquem regularmente todas as situações de jogo.2.1 Saque ‑ Dois destros jogando juntos Dois destros quando jogam juntos devem priorizar o sacador do lado direito da quadra. Isso se deve por vários motivos, o principal deles é que quando o sacador se posiciona do lado direito da quadra a devolução tende a vir do mesmo lado, o lado direito da quadra é aquele que a dupla sacadora tem o forehand em dominância.Para induzir a devolução ser rebatida no lado direito da quadra, o sacador deve manter o saque na direção 1, 2 e 3, evitando o saque 4 e 5. Para os jogadores que usam a contagem de 1 a 3 o saque deve ser mantido na direção 1 e 2. Isso cria vantagem tática, pois ambos jogadores tem seus forehands para bater a primeira bola do rali, sendo mais fácil jogar com o forehand esta primeira bola. Outra vantagem deste desenho tático é que a dupla sacadora consome menos tempo para se reposicionar após o saque, obrigando o sacador a correr a menor distância entre a posição de saque e o local onde vai rebater a primeira bola do rali . (ou 3a. Bola do game) Com o sacador do lado direito também temos a tendência de ter o parceiro ajudando na primeira bola com seu forehand e automaticamente entrar no ponto com mais facilidade e agressividade. Outra razão é que se põe mais pressão no devolvedor, pois esta precisa acertar um espaço menor de quadra para evitar a direita do parceiro do sacador na primeira bola. Este desenho tático precisa levar em consideração também o posicionamento do parceiro do sacador que deve ficar no centro da quadra de uma forma geral, mas ligeiramente antes do saque ele deve se reposicionar levemente a direita do centro para tentar ajudar o sacador. Normalmente devemos aconselhar o parceiro do sacador a olhar para o sacador até um pouco antes deste bater a bola, para que ele possa se reposicionar em tempo, para que o desenho tático seja possível. Para a situação de jogo saque faremos vários drills para desenvolver o posicionamento do sacador, assim como o controle da direção do saque; posicionamento do parceiro do sacador para cada uma das direções do saque; sempre encorajar os alunos a terem um ajuste fino na direção do saque e trabalhar também que o parceiro do sacador olhe para o sacador até um pouco antes dele bater a bola. 14 1.0 ‑ INTRODUÇÃO 2.0 ‑ SITUAÇÕES DE JOGO DESENVOLVIMENTO Quando sacar na direção 4 e 5? Durante o jogo, apesar da vantagem tática que descrevemos acima, é importante variar para que o adversário não possa prever o que vamos fazer, para isso é importante que também saquemos na direção 4 e 5 mais aberta. Sabemos que saques nestas direções são mais difíceis taticamente e uma das principais razões para isso é a necessidade de mais tempo para que o sacador e seu parceiro fechem a quadra pós saque. Outra dificuldade é que abrimos partes da quadra desprotegidas quando se saca aberto. Para que possamos sacar aberto é importante que o saque nos crie tempo para que possamos resolver as dificuldades acima. Um saque mais baixo é uma boa opção, com mais efeito, em alguns casos até mais lento. Alguns sacadores gostam do saque aberto, tem mais facilidade e nestes casos devemos usar esta “arma”, outro saque que pode ajudar é o saque lob. O mais importante é que a dupla quando optar pelo saque aberto saiba dos riscos que está correndo, mas também saiba como se posicionar para conter estes riscos e combine bem a jogada. Seguem abaixo os Drills para treinamento da direção do saque e reposicionamento do parceiro do sacador de acordo com a direção do saque. Precisamos considerar aqui a combinação da jogada com saques nas direções de 1 a 5. Drill 1Saque no 1 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 1 e seu parceiro, se deslocar do centro da quadra para a direita e ligeiramente para frente. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 facilita a execução desde exercício. Nestes casos, o parceiro do jogador deve se deslocar ligeiramente para a direita, com leve deslocamento para frente. Drill 2Saque no 2 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 2 e seu parceiro se deslocar do centro da quadra para a direita e ligeiramente para frente. Nesta direção o parceiro do sacador ainda se desloca para a direta do meio e um pouco para frente, a fim de tentar ajudar o sacador na primeira bola e também pressionar o devolvedor. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 facilita a execução desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o saque na paralela não distingue se vai ser na direita ou na esquerda do devolvedor e sim só acusa que será na paralela do sacador. Drill 3Saque no 3 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 3 e seu parceiro deve se manter no centro da quadra onde começou o ponto antes do saque, mas ainda com leve deslocamento para frente após o saque. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 facilita a execução desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o saque 2 será o saque no meio da quadra. 15 16 Drill 4Saque no 4 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 4 e seu parceiro deve se deslocar ligeiramente para esquerda. Nesta direção de saque, o parceiro do sacador vai para a esquerda, e ligeiramente para frente se o saque for agressivo, no caso de saques mais lentos o parceiro do sacador executa o leve deslocamento para a esquerda sem ir para frente. Quando o saque não é muito agressivo, seu parceiro visa conter uma possível devolução na paralela. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 facilita a execução desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o saque deverá ir na direção 3 e não distinguirá se irá na esquerda do jogador na cruzada do sacador apenas combinará que o saque será na cruzada. Drill 5Saque no 5 e reposicionamento do parceiro. Neste drill o sacador deve acertar a direção 5 e seu parceiro deve se deslocar para esquerda. Nesta direção de saque, o parceiro do sacador vai para a esquerda e ligeiramente para frente se o saque for agressivo, no caso de saques mais lentos o parceiro do sacador executa o leve deslocamento para a esquerda sem ir para frente. Esta posição do parceiro do sacador é menos agressiva e visa conter uma possível devolução na paralela. Sempre ressaltando a importância de combinar a jogada e direção do saque. Para alunos mais iniciantes, normalmente a combinação de 1 a 3 facilita a execução desde exercício. Com esta combinação de 1 a 3 o saque deverá ir na direção 3 e não distinguirá se irá na esquerda do jogador na cruzada do sacador apenas combinará que o saque será na cruzada. Os próximos drills irão introduzir as devoluções, porém com enfoque no saque e começo do ponto do lado do sacador. Estes treinos abaixo seguem situações sugeridas acima para cada direção de saque e respectivos reposicionamentos do parceiro do sacador. Drill 6Para este exercício o sacador deve sacar na direção 1 e o devolvedor tenta devolver na paralela visando o sacador, segue o ponto dai. Porém, neste momento a dupla sacadora começa a treinar a direção da primeira bola do rali. Neste desenho tático a dupla sacadora deve rebater a primeira bola baixa na paralela e/ou no meio para começar o rali. Sempre frisando que o parceiro do sacador deve tentar se envolver na primeira bola se for possível. Para o professor responsável, este treino pode criar várias situações diferentes em relação a primeira bola do rali. A dupla sacadora pode mudar a primeira bola do rali para treinar situações diferentes. Neste drill usamos a primeira bola baixa na paralela ou no meio, mas em outros treinos podemos mudar isso para primeira bola alta na paralela ou outras de acordo com a meta do treino daquele dia. Drill 7Saque na direção 2, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadoradeve ser baixa no meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para ajudar o sacador. 17 Drill 8Saque na direção 3, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para ajudar o sacador. Drill 9Saque na direção 4, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para ajudar o sacador. Drill 10Saque na direção 5, o sacador corre para frente e o devolvedor deve tentar rebater na direção do sacador e o ponto continua. A primeira bola do rali da dupla sacadora deve ser baixa no meio da quadra. O parceiro do sacador deve tentar se envolver sempre que possível para ajudar o sacador. Estes drills são importantes para que os alunos possam fixar a posição do sacador do lado direito da quadra e as combinações de saque e de reposicionamento com seu parceiro.Existem outros exercícios e variações destas repetições que podem ser trabalhados no dia a dia. Uma pergunta que sempre surge é quando o sacador deve sacar do lado esquerdo da quadra com dois destros jogando juntos?As respostas são diferentes e abaixo apresentamos as principais razões para o sacador ficar do lado esquerdo da quadra:• Para variar e confundir o adversário• Quando o parceiro do sacador for muito inferior• Quando o sacador tem dificuldades de jogar do lado direito da quadra• Quando o sacador tem saque muito dominante nas direções 3, 4 e 5, sacando do lado esquerdo.• Quando um dos jogadores for canhoto.• Quando houver vento lateral Um destro e um canhoto jogando juntos.Nesta situação o jogador destro normalmente deve ficar do lado esquerdo da quadra e o canhoto do lado direito, maximizando o uso dos forehands no meio da quadra. Com esta formação a dupla obriga os adversários a correr mais riscos sempre que buscarem o backhand desta dupla. No saque este posicionamento deve ser respeitado. A direção de saque 2, 3 e 4 normalmente favorece esta dupla, pois mantém a bola no meio e induz o adversário a devolver a bola mais para o meio da quadra, mantendo a vantagem de se ter os dois forehands no meio da quadra. Variações no lado do sacador neste caso devem ser raras e somente usadas visando a surpresa na dupla oponente.Muito raro encontrar uma dupla de canhoto e destro que usem a formação com os backhands no meio da quadra. Dois canhotos jogando juntosNeste caso as combinações de posicionamento de saque devem ser opostas a de uma dupla com dois destros. O sacador deveria se posicionar do lado esquerdo da quadra para que seu parceiro tenha a vantagem de ter o forehand no meio para ajudar na primeira bola. As direções de saque devem ser iguais as que definimos para dois destros, a fim de termos vantagem tática para a primeira bola do rali. Uma situação rara no beach tennis quando dois canhotos jogam juntos. Muitas combinações podem ser exploradas, pois sempre causará dúvidas nos adversários devido à raridade de tal combinação. Formação em IEsta é uma formação muito pouco utilizada. Suas combinações e variações serão estudadas nos próximos níveis. A formação consiste de os dois jogadores estarem alinhados. Por exemplo, o sacador se posiciona no meio da quadra atrás da linha e o seu parceiro se posiciona a sua frente bem no meio da quadra. Serve para causar bastante confusão na dupla adversária, é aconselhável quando o parceiro do sacador ataca bem a primeira bola. Porém, deve ser muito bem alinhada, pois envolve a combinação da direção do saque, assim como também a direção que cada jogador deve ir após o saque. Contra duplas que devolvem bem não é muito eficaz.2.2 DevoluçãoA partir de agora vamos nosso foco será a visão do devolvedor. Algumas situações básicas de jogo serão exploradas aqui: como se posicionar; cobertura de ângulos; onde devolver e bloqueio. Como se posicionarA dupla que vai devolver deve se posicionar atrás da linha dos 3 metros e de acordo com o sacador. Por exemplo, se o sacador se posicionar do lado direito da quadra a dupla devolvedora deve se deslocar para a mesma direção do sacador, se deslocando para o lado esquerdo de sua quadra. Neste nível trabalharemos jogadores intermediários e para este nível de jogador eles devem se deslocar para o lado, seguindo o sacador, mas mantendo o alinhamento da dupla em linha. Nos casos em que a dupla sacadora se posicionar em formação I, os devolvedores devem, cada um, ficar no meio da sua metade de quadra.Outros posicionamentos são usados em níveis diferentes e trabalharemos o posicionamento avançado ou profissional nos próximos cursos.Cobertura de ângulos A cobertura de ângulos deve ocorrer durante todas as bolas de um ponto e os jogadores devem entender onde bater a bola e depois se reposicionar de acordo com a direção da bola batida. Para a dupla devolvedora não é diferente. Ao seguir o sacador para devolver seu saque já cobrimos alguns ângulos que ficariam desprotegidos. Cuidados também devem ser percebidos quando pensamos para onde devemos devolver. Normalmente, a maior parte das devoluções deve ser na direção do sacador. Isso deve acontecer por alguns motivos, porém aqui vamos entender que ao devolver na direção do sacador, o devolvedor protege sua dupla também na questão de cobertura de ângulos para o time que está devolvendo, pois não abre ângulos desnecessários. Quando a dupla devolvedora busca a devolução do lado oposto ao sacador, é importante que se entenda que se abre o ângulo e isso requer um reposicionamento rápido para cobrir este ângulo. A partir dai a cobertura de ângulos passa a ser dentro do rali e será discutido mais a frente. 18 Onde devolver?A devolução pode ser rebatida na direção do sacador; pode ser direcionada na quadra aberta do lado oposto ao sacador; pode se tentar devolver lob por cima do parceiro do sacador ou curta cruzada no lado oposto ao sacador. Porém, a maior parte das devoluções deve ser dirigida a frente do sacador, sendo boa parte delas baixa para forçar o sacador a começar o ponto de forma defensiva. Alguns devolvedores também usam para variar uma devolução rápida em cima do sacador para tirar o tempo dele, porém esta só se torna possível quando o saque vem ligeiramente mais alto. Ao devolver no sacador também temos uma boa proteção do ângulo para a próxima bola do ponto. Para variar e tentar surpreender a dupla sacadora, a devolução pode ser rebatida no lado oposto ao sacador, em especial quando o saque é feito nas direções 4 e 5, pois nestas direções a dupla sacadora se expõe, correndo mais riscos de ser surpreendida com uma devolução na quadra aberta do lado oposto ao sacador.Agora vamos desenvolver os drills para treinar a devolução: Drill 1O professor se posiciona, espera que a dupla de alunos se posicione, sacando para todas as direções, obrigando os devolvedores a buscarem as rebatidas à frente do sacador. Drill 2O professor se posiciona, espera que a dupla de alunos se posicione, sacando para todas as direções, obrigando os devolvedores a buscarem suas rebatidas no lado oposto ao sacador/professor. Drill 3Neste exercício os quatro alunos devem se posicionar como nosso drill 1 de devolução, um deles deve ser o sacador e se posicionar do lado direito da quadra, ele deve sacar 10 vezes, os cinco primeiros dizendo aonde vai sacar e pelo menos um saque em cada direção. Já os outros cinco ele deve sacar sem dizer aonde vai sacar. A dupla devolvendo deve tentar rebater na direção do sacador e a partir dai vale o ponto. Importante ter cuidado que em alguns casos o sacador tenta sacar forte demais e passa a errar demais,neste caso tentamos aconselhar o sacador a baixar a velocidade para que haja o treino de devolução. Drill 4Mesma situação acima, porém o aluno que vai sacar se posiciona do lado esquerdo da quadra. Drill 5Neste momento os alunos se posicionam para jogo com um deles no saque. O ponto começa com saque lob na direção 1 e o devolvedor entra no ponto com gancho na paralela, baixando a bola e segue o ponto. Drill 6Neste momento os alunos se posicionam para jogo com um deles no saque. O ponto começa com saque lob na direção 5 e o devolvedor entra no ponto com gancho na paralela, baixando a bola e segue o ponto. 19 Drill 7Três alunos se posicionam no fundo da quadra para sacar e o outro aluno se posiciona do outro lado da quadra para devolver seus saques. Cada sacador deve sacar 2 saques por vez. Um se posiciona na paralela do devolvedor, outro no meio da quadra e o terceiro sacador na diagonal do devolvedor. 2.2 RaliO ponto começou com o saque e depois com a devolução e a partir dai começa o rali. Neste momento do jogo temos o desenvolvimento do controle, do ataque, da defesa e em alguns casos do efeito. Trabalharemos exercícios para desenvolver estas situações durante o rali.Momentos de jogo durante o Rali:• ControleDurante o rali os alunos devem conseguir manter a bola em jogo. O professor tem diversos exercícios para ajudar a desenvolver o senso do controle durante o ponto. Alguns alunos tentam ser agressivos demais e acabam errando muito cedo no ponto e isso é um problema durante o jogo, pois sem volume no nível intermediário é muito difícil ser competitivo. • AtaqueApós o desenvolvimento do controle, os alunos devem trabalhar o ataque durante o ponto. A coisa mais importante é entender que o intuito do beach tennis é obrigar o adversário a levantar a bola. Então bolas baixas e curtas são o ataque mais simples que tem no jogo. Outra forma de atacar é obrigar a dupla adversária a se deslocar na quadra. Bolas mais aceleradas também servem como ataque, porém sempre se deve ter o cuidado com o risco nestas bolas.• DefesaDurante o rali quando uma dupla toma a iniciativa do ataque a outra deve tentar se defender. A defesa é uma parte importante do jogo, pois ajuda a dupla a se manter no ponto em situações adversas. A primeira coisa a ser trabalhada é a ansiedade, muitos jogadores quando estão sendo atacados ficam ansiosos e tentam sair desta situação com um contra‑ataque e acabam errando cedo demais no ponto. A coisa mais importante na defesa é a ideia de se ganhar tempo ao se defender, então tentar manter a bola baixa é uma boa opção, evitando que outro ataque aconteça. Outra opção é o lob defensivo, bola que vai muito alta para se conseguir tempo para se reposicionar.• EfeitosPara este nível de jogador os efeitos que podem ser criados são muito difíceis. O mais comum neste nível é o slice em alguns golpes, mas outros efeitos são muito avançados e serão discutidos em cursos posteriores. Drill 1 Mini beach tennis em duplaO professor deve montar uma mini quadra de 3 metros por 3.5 metros de comprimento e cada extremidade deve ter um cone tartaruga. Cada aluno deve sempre começar o ponto em um dos cones e após bater a bola deve voltar ao cone, não vale smashs durantes os pontos, somente curtas. Todos os jogadores devem passar em todos os cones. Trabalhamos neste drill o desenvolvimento do jogo com bolas baixas e o retorno ao lugar após a batida na bola.20 Drill 2 ‑ Deslocamento lateral em equipeO professor se posiciona do lado esquerdo da quadra, os jogadores começam no meio de cada metade da quadra. O professor deve lançar a primeira bola baixa no canto esquerdo da quadra e o ponto segue. Assim que o primeiro ponto acabar, o professor espera o reposicionamento e lança a bola na extremidade oposta da quadra e segue o ponto. Durante o ponto o professor enfatiza o deslocamento em conjunto para o lado em que a bola foi lançada. Neste nível de jogadores encorajamos o simples deslocamento para o lado em linha para ajudar com a cobertura dos ângulos. Drill 3 ‑ Entrada no pontoO professor se posiciona atrás da linha de saque do lado direito da quadra, os alunos devem se posicionar como se o ponto fosse começar e um deles fica ao lado do professor, sem o aluno sacar, ele deve correr para frente assim que o professor lançar a bola. A devolução deve ser na direção deste aluno que vem do fundo e sua primeira bola deve um lob na cruzada e segue o ponto. Drill 4 ‑ Entrada no ponto com ganchoO Professor se posiciona do lado esquerdo da quadra e pede para os alunos se posicionarem. O professor lança bolas altas para a dupla do lado oposto da quadra. O aluno que recebe esta bola deve entrar no ponto com um gancho na paralela ou no meio da quadra e o ponto segue. Assim que este ponto terminar o professor deve lançar outra bola da mesma maneira e o ponto segue. Drill 5 ‑ Entrada no ponto com ataqueO professor deve se posicionar do lado esquerdo da quadra e deve lançar uma bola alta a frente da dupla, do outro lado da quadra, para que a dupla de alunos comece o ponto com um ataque, mas evitar que este lançamento seja muito alto para que o aluno não arrisque muito com o smash e o ponto segue. Drill 6 ‑ Entrada no ponto com defesaO professor se posiciona em um dos lados da quadra, os alunos se posicionam de acordo com o lado que o professor ficar. O professor deve bater uma bola de ataque para a dupla do lado oposto e o ponto começa a partir dai. 21 3.0 ‑ COLOCANDO EM PRÁTICA3.1 Saque 22 3.0 ‑ COLOCANDO EM PRÁTICA3.2 Devolução 23 3.0 ‑ COLOCANDO EM PRÁTICA3.3 Ralli 24 CAPACITADORESGUILHERME PRATAJUCA RUSSONARCK RODRIGUESALEX MINGOZZICOORDENAÇÃOSÉRGIO GATTOFOTOGRAFIAPAULO ARANTES25
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