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UVA Construção do Pensamento Unidade 4

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Filosofia, Ciência e Questões 
Epistemológicas 
 
 
O desenvolvimento científico contemporâneo exige uma reflexão filosófica sobre as 
novas formas de conhecimento. Nesta unidade, vamos estudar as relações entre a 
filosofia e o conhecimento científico no mundo contemporâneo, tendo por contraponto 
a valorização da vida humana frente à exacerbação dos valores materiais. 
 
 
Objetivo 
 
Ao final desta unidade, você deverá ser capaz de: 
• Elaborar uma reflexão crítica acerca do conhecimento, da ética e 
das novas tecnologias que se interpenetram e interagem no mundo 
globalizado. 
 
 
Conteúdo Programático 
 
Esta unidade está organizada de acordo com os seguintes temas: 
• Tema 1 - Filosofia e desenvolvimento científico 
• Tema 2 - Concepções éticas 
• Tema 3 - Globalização e conhecimento 
 
Veja abaixo algumas imagens do universo obtidas pelo telescópio SPITZER. 
 
 
Créditos: NASA/JPL-Caltech 
 
 
 
Créditos: NASA/JPL-Caltech 
 
 
Créditos: NASA/JPL-Caltech 
 
 
Créditos: NASA/JPL-Caltech 
 
 
Créditos: NASA/JPL-Caltech 
 
 
Créditos: NASA/JPL-Caltech 
 
 
De que outro modo poderíamos ter acesso a essas imagens sem 
o avanço científico? 
 
 
Tema 1 
Filosofia e desenvolvimento científico 
 
 
Em que consiste a “fragmentação dos saberes” 
ocorrida na modernidade? 
 
 
 
 
 
Num primeiro momento da busca do saber, 
conforme já mencionamos, todas as áreas do 
conhecimento eram estudadas de forma 
abrangente pela filosofia, numa relação dialógica 
que vinculava todos os aspectos do campo 
racional, possibilitando uma visão ampla e 
universal dos saberes. Desse modo, na 
Antiguidade Clássica, a ciência fazia parte do 
conhecimento filosófico e, por estar ligada à 
filosofia, as pesquisas científicas eram 
qualitativas e não experimentais; o que significa que estavam separadas das técnicas 
cotidianas. Buscava-se o saber teórico distanciando-se da realidade prática – por isso, 
é comum afirmar que a ciência antiga era uma ciência 
contemplativa e desinteressada, pois não visava a aplicação ou o uso do 
conhecimento para a modificação do real. 
 
 
No entanto, com as intensas transformações ocorridas na Idade Moderna, tem início o 
estudo recortado da realidade, ou seja, os objetos de investigação científica passam a 
ser pesquisados de modo isolado, setorial e autônomo, desprendendo-se de seu 
conjunto geral. 
 
A ciência moderna se caracteriza também pela união entre teoria (ciência) 
e prática (técnica), promovendo a ciência ativa, capaz de interferir concretamente na 
realidade prática. Podemos observar ainda esta fragmentação das ciências sob duas 
formas: positiva, pois o objeto de estudo é focado e delimitado especificamente; mas 
também negativa, ao restringir a pesquisa e perder a visão do todo. 
 
 
Observação 
 
No pensamento grego, ciência e filosofia achavam-se ainda vinculadas e 
só vieram a se separar na Idade Moderna, no século XVII, com a revolução 
científica instaurada por Galileu. A ciência moderna nasce ao determinar 
seu objeto específico de investigação e ao criar um método confiável pelo 
qual estabelece o controle desse conhecimento. São os métodos rigorosos 
que possibilitam demarcar um conhecimento sistemático, preciso e objetivo 
que permita a descoberta de relações universais entre os fenômenos, a 
previsão de acontecimentos e também a ação sobre a natureza de 
maneira mais segura. A partir da modernidade, as ciências se 
multiplicaram, buscando cada uma delas seu próprio caminho, ou seja, seu 
próprio método. Cada ciência torna-se, então, uma ciência particular, pois 
delimita um campo de pesquisa e procedimentos específicos. (ARANHA; 
MARTINS. 2009, p. 345) 
 
 
Em oposição ao caráter contemplativo e desinteressado da ciência na Antiguidade 
clássica, a modernidade apresenta uma nova postura diante do mundo. O 
conhecimento não parte de noções e princípios, porém da própria realidade observada 
e submetida a experimentações. 
 
A instauração do método científico, de ordenação de dados sistemáticos e passíveis 
de generalização, vai permitir, assim, uma considerável transformação na realidade, 
fazendo surgir novas formas de atuação e, também, de controle sobre esta concepção 
de ciência. 
 
 
 
 
Não devemos nos esquecer de que, especialmente no campo científico, foram muitos 
os fatores que contribuíram para essas mudanças: a invenção da bússola, da energia 
a vapor, da imprensa, além de novas teorias – como a teoria heliocêntrica, de 
Copérnico –, revolucionaram o campo do conhecimento, reformulando e, mesmo, 
superando antigas teorias. 
 
 
Saiba Mais 
 
Podemos considerar que são fundamentalmente duas as grandes 
transformações que levarão à revolução científica: 1) do ponto de vista da 
cosmologia, a demonstração da validade do modelo heliocêntrico [...]; 2) 
do ponto de vista da ideia de ciência, a valorização da observação e do 
método experimental, isto é uma ciência ativa, que se opõe à ciência 
contemplativa dos antigos; e a utilização da matemática como linguagem 
da física, proposta por Galileu sob inspiração platônica e pitagórica e 
contrária à concepção aristotélica. A ciência ativa moderna rompe com a 
separação antiga entre a ciência (episteme), o saber teórico, e a técnica 
(téchne), o saber aplicado, integrando ciência e técnica e fazendo com que 
problemas práticos no campo da técnica levem a desenvolvimentos 
científicos, bem como com que hipóteses teóricas sejam testadas na 
prática, a partir de sua aplicação na técnica. (MARCONDES, 1997, p. 151) 
 
 
Portanto, diferentemente da ciência antiga, o saber científico da modernidade modifica 
as bases do conhecimento e das relações sociais, interferindo diretamente no modo 
de vida de cada indivíduo. Esse tempo será marcado por um novo homem, capaz de 
autossuficiência e de domínio sobre o mundo. 
 
 
 
Ao se firmar como condição imprescindível 
para sustentar e comprovar a realidade, a 
ciência passou a ser considerada como a 
forma de conhecimento mais precisa e 
confiável, expandindo sua metodologia a 
todas as formas de investigação. 
 
O entusiasmo decorrente das transformações 
científicas atinge vários setores da 
sociedade, influenciando ainda outras áreas 
do conhecimento, como no caso do 
movimento filosófico do Iluminismo, pelo qual se privilegiava um novo saber, 
secularizado e, portanto, desligado de qualquer recurso aos dogmas, à religiosidade. 
Com o iluminismo – também conhecido como o Século das Luzes –, o homem 
consegue se libertar dos entraves do critério de autoridade, a fim de dar vazão à 
racionalidade plena e laicizada. 
 
 
 
 
 
Para refletir 
 
O iluminismo não foi um movimento coeso e, por isso mesmo, apresenta 
uma riqueza e complexidade que lhe são peculiares. Os pensadores 
iluministas foram, não há dúvida, “ideólogos da burguesia”, mas a análise 
de seu pensamento não deve parar aí. A própria postura do filósofo se 
modificou no século XVIII. Abandonando os círculos fechados de seus 
antecessores, ele circulava pelas ruas e salões, exibindo e exercitando a 
razão. Para esses filósofos propagandistas, como escreveu o pensador 
Ernst Cassirer (1874-1945), “a razão não era o cofre da alma onde se 
guardavam verdades eternas, mas era a força espiritual, a energia, capaz 
de nos conduzir ao caminho da verdade”. (COTRIM, 1999, p. 171-172) 
 
 
As extremas valorizações da ciência 
moderna e de sua metodologia levaram 
alguns pensadores à tentativa de priorizar o 
conhecimento científico, racional e 
comprovável, eliminando tudo aquilo que 
pudesse ocasionar qualquer tipo de 
questionamento. Um desses pensadores foi 
Augusto Comte (1798-1857), criador 
do positivismo, que desenvolve suas 
pesquisas com base, especialmente, em 
uma organização social fundamentada na 
mecânica e na biologia. 
 
O pensamento de Comte se caracterizava pela confiança e pelo privilégio total dado à 
industrialização e ao progresso. Ele elabora uma evolução histórica do 
conhecimento, a partir de sua teoria dos três estados (ou lei dos trêsestados). 
São eles: estado teológico (ou mítico), estado metafísico (ou filosófico) e estado 
positivo (ou científico), que corresponderiam respectivamente à infância, à juventude e 
à maturidade do ser humano. 
 
Desse modo, para Augusto Comte, a primeira etapa do desenvolvimento da 
inteligência do homem, a infância, a fase teológica, estaria ligada a uma pura 
aceitação de normas e dogmas; a segunda etapa, a juventude, seria uma fase de 
transição, quando começa a existir uma crítica aos modelos, mas de forma abstrata e 
não determinada; já a última etapa, a maturidade, constituiria o ponto culminante do 
espírito humano, quando o homem atinge sua plenitude, graças ao auxílio das 
ciências. O seu projeto de organização social teria três fundamentos: o amor por 
princípio, a ordem por base e o progresso por fim. 
 
Em consequência do privilégio irrestrito dado à cientificidade, à pretensão de obter 
cada vez mais resultados rigorosos e eficazes, algumas críticas a esse modelo 
 
começam a surgir, pois o ser humano não pode ser totalmente enquadrado em 
modelos passíveis de matematização. Duas destas críticas, apresentadas no quadro 
abaixo, merecem destaque. Clique em cada uma delas para conhecer mais detalhes. 
 
 
Mito do cientificismo Mito da neutralidade científica 
O mito do cientificismo (ou da 
cientificidade) decorre da crença 
dada à prioridade do saber científico, 
desvinculado de outros modos de 
conhecimento. Ou seja, a ciência, 
com seus métodos e objetividade, 
poderia resolver todos os problemas 
humanos, e seria a única forma 
racional e evidente de saber: o saber 
verdadeiro. 
O mito da neutralidade científica 
considera que os cientistas, ao 
elaborarem suas investigações, 
estariam isentos de influências 
pessoais. Isso quer dizer que, na 
formulação de suas pesquisas, eles 
não sofreriam pressão externa de 
qualquer tipo. Contudo, em ambos 
os casos, esses mitos não se 
sustentam, já que todo homem, 
cientista ou não, está imerso em 
valores de diversas procedências. 
 
Daí, a importância da reflexão filosófica sobre os rumos das investigações científicas, 
fundadas na racionalidade moderna, a fim de observar se a ciência caminha a favor ou 
contra o homem. 
 
Observação 
 
Ao contrário do senso comum, [...], a ciência propõe-se atingir 
conhecimentos precisos, coerentes e abrangentes. Enfim, ela se 
caracteriza por tentar, deliberadamente, alcançar resultados que o senso 
comum, por sua natureza, não pode alcançar. Isso não significa que os 
conhecimentos científicos sejam inquestionavelmente certos, coerentes e 
infalíveis. Como observou, ironicamente, Bernard Shaw: “a ciência nunca 
resolve um problema sem criar pelo menos dez outros”. O estudo da 
história das ciências nos revela que inúmeras teorias científicas que, no 
passado, reinaram como absolutamente sólidas e corretas, atualmente 
estão refutadas, substituídas ou modificadas por outras teorias. (COTRIM, 
1999, p. 195) 
 
 
 
Tema 2 
Concepções éticas 
 
 
Do ponto de vista filosófico, qual a diferença 
entre ética e moral? 
 
Se observarmos etimologicamente os 
termos ética e moral, eles, em última análise, 
poderão ser considerados sinônimos: de 
fato, ethos (grego) e mores (latim) significam 
respectivamente hábito, comportamento, 
costume, conduta. Contudo, para alguns 
autores, é possível estabelecer uma distinção 
conceitual entre os dois vocábulos, pois 
enquanto a moral se relacionaria mais 
concretamente com as normas de conduta e os códigos de cada sociedade, a ética 
estaria ligada aos fundamentos da moral, a uma investigação teórica sobre as normas 
morais. 
 
Saiba Mais 
 
A ética é teoria, investigação ou explicação de um tipo de experiência 
humana ou forma de comportamento dos homens, o da moral, considerado 
porém na sua totalidade, diversidade e variedade. O que nela se afirme 
sobre a natureza ou fundamento das normas morais deve valer para a 
moral da sociedade grega, ou para a moral que vigora de fato numa 
comunidade humana moderna. É isso que assegura o seu caráter teórico e 
evita sua redução a uma disciplina normativa ou pragmática. O valor da 
ética como teoria está naquilo que explica, e não no fato de prescrever ou 
recomendar com vistas à ação em situações concretas. (VÁSQUEZ, 2005, 
p. 21) 
 
 
Para o mundo ocidental, as discussões sobre ética surgem com o nascimento da 
reflexão filosófica, na Grécia, por volta do século VI a.C., quando os primeiros 
pensadores se preocuparam, conforme já estudamos, com a descrição racional do 
universo e, principalmente, elaboraram uma visão antropológica do conhecimento, 
voltando o foco das pesquisas para a tentativa de compreender o lugar que o homem 
ocupa em nosso planeta. 
 
Assim, para o entendimento do que é o homem, não basta saber que ele pensa, fala 
ou sonha, mas, especialmente, por que ele pensa, fala ou sonha. Ou seja, as 
 
questões propriamente humanas derivam de indagações que ultrapassam a existência 
comum e visam encontrar possíveis respostas para a vida integral do ser humano, por 
meio do convívio harmonioso de cada indivíduo no seu respectivo grupo social. 
 
 
O movimento da sofística propõe um modelo 
de moral laica, de acordo com as 
convenções sociais. Para os pensadores 
desta corrente, as ações dos homens devem 
estar ligadas à contextualidade. Por exemplo, 
o filósofo Górgias (século V a.C.) sustenta 
uma ética do kairós (da ocasião, do 
momento oportuno), salientando a relevância 
do contexto na concepção de uma ação 
digna e justa. 
 
 
 
Sócrates (470-399 a.C.) e Platão (428-347 
a.C.), ao contrário, priorizam uma ética 
universal, que alcance indistintamente a 
humanidade inteira, independentemente do 
tempo e da história. Para eles, a busca 
do bem coincide com a dedicação ao 
conhecimento da verdade, que implica no 
desejo de uma vida virtuosa, honesta e 
digna. Segundo Sócrates (considerado o 
iniciador da filosofia moral) e Platão, existem 
valores intemporais, abstratos e universais 
que ultrapassam e superam os contextos 
históricos. 
 
 
 
Já para Aristóteles (384-322 a.C.), o ser humano busca sempre a felicidade, como um 
bem maior. Contudo, esta felicidade despreza as riquezas e os bens materiais, 
valorizando a capacidade racional do homem, que pode ser feliz a partir do bem 
pensar. Por isso, para atingir esse objetivo maior, que é a felicidade, todo indivíduo 
deve desenvolver a virtude, segundo a natureza da justa medida, o justo meio – os 
excessos ou faltas são incompatíveis com a natureza humana –, sem deixar de 
 
considerar a vida em sociedade. Assim, a coragem é o justo meio entre 
a covardia (falta) e a temeridade (excesso). 
 
Observação 
 
A ética aristotélica é um estudo da virtude (areté, ou mais propriamente, 
excelência), uma vez que, segundo o próprio Aristóteles, “nosso objetivo é 
tornar-nos homens bons, ou alcançar o grau mais elevado do bem 
humano. Este bem é a felicidade; e a felicidade consiste na atividade da 
alma de acordo com a virtude” (Ética a Nicômacos). Uma das principais 
contribuições da ética aristotélica é a sua famosa tese segundo a qual a 
virtude está no meio (meson) [...]. O homem virtuoso deve assim conhecer 
o ponto médio, a justa medida das coisas, e agir de forma equilibrada de 
acordo com a prudência ou moderação (sophrosine), que pode ser 
entendida como a própria caracterização do saber prático. (MARCONDES, 
1997, p. 76-77) 
 
 
Epicuro (341-270 a.C.) considera que o fim 
último do homem é a busca do prazer 
(hedoné). Para ele, não deve haver conflito 
entre a razão e os prazeres, naturais e 
moderados. Este prazer, no entanto, 
costuma estar distante dos prazeres 
corporais, passíveis, muitas vezes, de 
ocasionar dissabores e sofrimentos. A busca 
do prazer, para Epicuro, significa a eliminação da dor; os prazeres estão relacionados, 
principalmente, ao equilíbrio, à vida espiritual e às amizades. Desse modo, a filosofia 
poderia afastar o ser humano de todos os seus medos (da morte, do destino). Ele 
enfatizatambém que “o homem de caráter verdadeiro será honesto mesmo que 
ninguém se encontre presente”. 
 
Zenão de Cício (c. 334-262 a.C.), considerado 
fundador da filosofia estoica, acredita que o ser 
humano deve se abster das paixões e dos 
prazeres, privilegiando a atividade intelectual, além 
de suportar corajosa e resolutamente as dores 
físicas. Para esta corrente filosófica, o homem 
precisa se afastar de todas as coisas que 
 
produzam inquietude, já que a felicidade é decorrente da prática virtuosa. 
A ataraxia (imperturbabilidade) é o objetivo maior da vida estoica. 
 
 
Devemos ressaltar, mais uma vez, que uma das características principais da filosofia 
grega é a separação existente entre o conhecimento racional – que abarca também o 
comportamento humano – e os assuntos ligados aos mitos, ao sagrado. A ética, 
portanto, assim como a política, pertence ao âmbito da filosofia prática. 
Na Idade Média, entretanto, os valores éticos estavam intrinsecamente vinculados aos 
cânones da Igreja, já que é dela que emana o grande poder unificador da Europa 
Ocidental. Para a Igreja, portanto, o homem ético, temente a Deus, é aquele que se 
submete aos valores religiosos, sem contestação. 
 
 
Saiba Mais 
 
Nesta sociedade, caracterizada também pela sua profunda fragmentação 
econômica e política, devido à existência de uma multidão de feudos, a 
religião garante uma certa unidade social, porque a política esta na 
dependência dela e a Igreja – como instituição que vela pela defesa da 
religião – exerce plenamente um poder espiritual e monopoliza toda a vida 
intelectual. A moral concreta, efetiva, e a ética – como doutrina moral – 
estão impregnadas, também, de um conteúdo religioso que encontramos 
em todas as manifestações da vida medieval. (VÁSQUEZ, 2005, p. 275-
276) 
 
O início da modernidade (século XVI) coincide com as críticas aos procedimentos 
medievais. O progresso das ciências e do conhecimento, de modo geral, não pode 
mais aceitar passivamente as normas e regras ditadas pelo critério de autoridade, sem 
argumentos comprobatórios. Desse modo, passam a ser priorizados os critérios 
laicizados e racionais, bem como as justificativas baseadas nas evidências, que 
permeiam, também, as condutas e os valores humanos. 
No período do iluminismo (século XVIII), pode-se dizer que o homem atinge a sua 
maioridade, já que a ele cabe discernir racionalmente sobre a noção de bem e 
de mal. Para Kant (1724-1804), o próprio homem, como ser autônomo, é capaz de 
estabelecer e seguir aquilo que está de acordo como a moral – o que remete ao 
famoso imperativo categórico kantiano: “Age de tal maneira que a tua ação possa 
servir de exemplo para a humanidade inteira”. Nesse sentido, deve haver 
conformidade entre a vontade e o dever. 
 
 
O século XIX é marcado por discussões e críticas 
acerca das concepções éticas anteriores, 
insuficientes, a partir de então, para avaliar as 
ações do novo homem. Friedrich Nietzsche (1844-
1900), por exemplo, elabora uma crítica profunda 
e contundente com relação aos valores e às 
normas morais existentes. Segundo ele, muitas 
normas foram criadas a fim de podar a criatividade 
e os instintos do homem, impedindo a plenitude da 
vida humana, a qual não poderia ser controlada 
por uma razão preestabelecida; na superação 
destas velhas normas, é preciso que o homem 
privilegie as paixões, as possibilidades de 
invenção, consideradas como forças vitais de sua 
humanização. 
 
 
 
Nietzsche afirma que o controle dos instintos possibilitou a coação do ser humano às 
regras ditadas pelas sociedades; ele destaca duas expressões decorrentes do 
enquadramento do homem: o “processo de domesticação”, vinculado à submissão do 
indivíduo; e a “moral de rebanho”, contrária à liberdade e espontaneidade do ser 
humano. 
 
 
 
Atualmente, novos modelos se impõem, 
sustentados pelo desenvolvimento da alta 
tecnologia, que interfere decisivamente nas 
ações e nos valores humanos. O intenso 
progresso dos meios de comunicação, por 
exemplo, deveriam interligar as 
comunidades, valorizar a diversidade 
cultural e promover o bem comum. 
 
 
Por isso, hoje em dia, torna-se importante a reflexão sobre uma ética planetária – 
capaz de abranger os variados aspectos da vida social, propiciando o respeito mútuo e 
a igualdade de direito entre os povos, sem qualquer tipo de segregação – e 
uma bioética, a ética da vida em seus aspectos científicos, biológicos, médicos, 
jurídicos, religiosos, que se ocupa, entre outras questões, do aborto, da eutanásia e da 
pesquisa genética. 
 
 
 
Tema 3 
Globalização e conhecimento 
 
 
Podemos afirmar que todas as descobertas científicas 
e tecnológicas trouxeram benefícios para a 
humanidade inteira? 
 
Retomando a questão do progresso do 
pensamento e das teorias que provocaram 
mudanças profundas no modo de existir 
humano – e com base no desenvolvimento das 
ciências –, constatamos que os modelos válidos 
em uma determinada época tendem a sofrer 
modificações posteriores, ocasionando 
transformações significativas na sociedade e, 
consequentemente, no conhecimento; isto é, 
essas mudanças provocam o surgimento de 
novos modelos, de novos paradigmas que 
substituem antigas teorias. 
 
 
Devemos observar que tais mudanças podem se dar de modo regular e paulatino, 
como um simples processo evolutivo, ou de forma brusca e radical; assim, 
consideramos que uma mudança de paradigma é aquela que ocorre no 
aperfeiçoamento natural dos modelos vigentes. Como exemplo de mudanças 
paradigmáticas, podemos citar, no campo científico, os avanços tecnológicos e, no 
comportamento humano, as modificações nos valores. 
Contudo, uma ruptura paradigmática constitui uma negação, uma superação de 
certo modelo, um rompimento com as estruturas estabelecidas. Por exemplo: a teoria 
heliocêntrica, de Copérnico (1473-1543), rompe definitivamente com o milenar modelo 
geocêntrico que vigorou até o início da modernidade. 
 
 
 
O filósofo Gaston Bachelard (1884-1962) utiliza a expressão “corte epistemológico” 
para se referir à demolição de antigos paradigmas. O que significa também “o ponto 
de não retorno”, quando não é mais possível retomar teorias anteriores. Na construção 
do saber, Bachelard enfatiza as descontinuidades, as crises e as rupturas, na 
formulação de novas possibilidades e novas propostas. 
Observamos, assim, que as ciências contemporâneas revolucionaram as formas de 
investigação e pesquisa motivando a reavaliação, ou mesmo a implosão, de teses 
consideradas até então legítimas e definitivas. A mudança na visão de mundo abala 
também a concepção moderna da centralidade do homem face à natureza, já que não 
seria epistemologicamente admissível, hoje, entender o homem como uma criatura 
separada de seu próprio meio. 
Três fatores, mostrados no quadro abaixo se destacam como fundamentais, em 
épocas diversas, para ocasionar as grandes rupturas que abalaram o mundo. Clique 
em cada um deles e conheça mais detalhes. 
Heliocentrismo de Copérnico 
 
“A primeira fonte de ruptura se encontra na teoria 
heliocêntrica de Copérnico (1543), assim chamada 
de revolução copernicana. Ao deslocar a Terra o centro 
do Universo, do cosmo antigo, e ao colocá-la em 
movimento em torno do Sol, Copérnico retira da Terra 
seu lugar central [...]”. (MARCONDES, 1997, p. 254-255) 
 
No caso de Copérnico, que, quando questionou a tese 
milenar do geocentrismo – a Terra como centro do 
universo –, com seus seguidores Giordano Bruno e 
Galileu, abalou profundamente as bases do 
conhecimento de seu tempo ao defender a sua teoria 
heliocêntrica – o Sol como centro do universo. 
 
Teoria da evolução de Charles Darwin 
 
“A segunda grande ruptura é provocada pelo que se 
poderia chamar, por analogia com a primeira, 
a revolução darwiniana, resultado da obra de Charles 
Darwin, A origem das espécies pela seleção 
natural (1859) [...]. Darwin abala profundamente a crença 
na superioridade humana, no homem como ‘rei da 
criação’, como tendo uma naturezanão só superior como 
radicalmente distinta dos demais seres.” (MARCONDES, 
1997, p. 254-255) 
 
Também as pesquisas de Darwin afetaram 
profundamente as condições de conhecimento, pois, ao 
afirmar que o ser humano é apenas o resultado de uma 
evolução natural, retira do homem a sua pretensa 
superioridade. Esta teoria, como não podia deixar de ser, 
causou grande comoção e foi ferozmente combatida por 
católicos e protestantes. 
 
 
Teoria do inconsciente de Sigmund Freud 
 
“A terceira grande ruptura se encontra no que 
poderíamos chamar, seguindo a mesma linha, de 
revolução freudiana, e é consequência da teoria 
psicanalítica de Sigmund Freud (1856-1939) e de sua 
descoberta do inconsciente [...]. Ao formular uma nova 
explicação do aparelho psíquico humano, sobretudo com 
sua hipótese do inconsciente, Freud mostra que não 
temos controle pleno de nossas ações e que há causas 
determinantes de nossa ação que nos são 
desconhecidas.” (MARCONDES, 1997, p. 254-255) 
 
Já a teoria do inconsciente de Freud promoveu, como 
pudemos observar, uma considerável turbulência nas 
investigações psicanalíticas. Para esta teoria, o homem 
não é capaz de ter o pleno controle racional de suas 
ações, porque, algumas vezes, seus atos podem vir a se 
constituir reflexos de situações sublimadas. Do ponto de 
vista filosófico, a teoria freudiana abala a concepção 
racional do homem no mundo, pois o sujeito autônomo, 
antropocêntrico e solipsista (de consciência individual 
subjetiva, isolada em si mesma), tão valorizado na 
modernidade, é colocado em xeque. 
 
Essas fontes de ruptura desempenharam uma importante modificação nas formas do 
conhecimento humano, afetando, assim, o modo de se pensar a realidade, pois as 
novas ciências e a tecnologia perpassam todos os campos da vida humana, 
interferindo no modo de ser do indivíduo. 
Outras importantes teorias contemporâneas modificaram os paradigmas existentes, 
possibilitando novos enfoques da realidade. Entre elas, podemos destacar a teoria da 
relatividade de Albert Einstein (1879-1955) e a teoria quântica do alemão Max Planck 
(1858-1947). Clique nos quadros abaixo para saber mais sobre elas. 
 
Teoria da relatividade Teoria quântica 
 
A teoria da relatividade, 
desenvolvida por 
Einstein, tem por 
característica o 
princípio de que a 
noção de espaço e 
tempo é relativa; isto é, as coordenadas 
espaço e tempo deixam de ter um 
significado objetivo e absoluto, pois não 
são entidades isoladas e, por isso, 
 
 
No desenvolvimento 
de sua teoria 
quântica, Max Planck 
constatou que as 
trocas de energia não 
acontecem de modo 
contínuo, mas aparecem em “pacotes” 
(os “quanta”), englobando princípios 
que poderiam explicar o 
comportamento da matéria e da luz em 
 
 
 
dependem da descrição de cada 
observador. Diferentemente da física 
clássica – que estabelece uma definição 
absoluta da matéria –, a teoria da 
relatividade demonstra a impossibilidade 
de uma definição única da totalidade do 
universo. 
 
escalas mínimas que se modificam em 
função de diferentes metodologias de 
observação. Não se pode, segundo 
Planck, decompor o universo em 
unidades isoladas e independentes, 
pois a matéria se manifesta como uma 
teia de relações que interagem com o 
todo, incluindo-se nessa perspectiva o 
próprio observador. 
 
As modificações no campo científico também se estendem a outras áreas do 
conhecimento, engendrando novos caminhos e fazendo com que outros modelos 
sejam instaurados no âmbito das investigações gerais e tecnológicas, bem como na 
vida social, visto que o progresso científico exige constante renovação. 
 
Observamos que o desenvolvimento das 
investigações científicas promove 
transformações impactantes sobre a realidade; 
porém, estas pesquisas – invenções 
tecnológicas, aperfeiçoamento de instrumentos, 
criação de novos medicamentos – devem ser 
examinadas também com base na reflexão 
filosófica, para que possam trazer reais 
benefícios para a humanidade. 
 
 
As ciências alcançaram, de fato, um desenvolvimento extraordinário, e várias 
descobertas farmacológicas trouxeram possibilidades, até bem pouco tempo 
impensáveis, de intervenção no próprio corpo físico do homem. Mas, um dos mais 
sérios problemas a ser aqui discutido é o domínio da patente desses medicamentos 
por parte de um único laboratório farmacêutico, o que caracterizaria uma espécie de 
“monopólio da saúde”. Cabe então perguntar: será que todos terão acesso aos 
medicamentos? E, além disso, até que ponto a identificação prévia de uma doença 
não vai causar a discriminação do enfermo, no campo pessoal, profissional e social? 
 
 
Infelizmente, tais descobertas, atreladas 
muitas vezes a interesses políticos e 
econômicos e não acessíveis a todos os 
indivíduos, podem trazer consequências 
danosas para o ser humano. Um exemplo 
clássico dos riscos decorrentes da utilização 
boa ou má que se pode fazer das pesquisas científicas é o da fissão nuclear, cujo uso 
deveria ser para fins pacíficos, mas logo apropriado com fins militares, para a 
destruição da vida (Hiroshima e Nagasaki, 1945). 
 
Também no campo da informação, verificamos as consequências do avanço científico, 
pois a comunicação e a transmissão do conhecimento, no tempo real da internet, 
permitem a aproximação e a interação de pessoas geograficamente isoladas e 
distantes. Com o advento da cibernética, as mudanças se tornaram impactantes, não 
apenas na velocidade e capacidade de armazenamento de dados, mas também nas 
formas de conhecimento produzidas ou reproduzidas. 
Por isso, a relevância, uma vez mais, de pensarmos de modo filosófico nas possíveis 
consequências do avanço tecnológico, considerando a responsabilidade do cientista 
ao desenvolver suas pesquisas, de modo que suas descobertas não tragam prejuízos 
ao ser humano nem, tampouco, ao nosso planeta. 
 
 
Muito embora a noção de “mundo 
globalizado” anteceda a contemporaneidade, 
é necessário destacar que uma das maiores 
transformações do século XX foi justamente 
o processo da globalização. O projeto de 
um mundo sem fronteiras, sem barreiras, 
sem entraves em todos os níveis, 
possibilitaria – era o que se pensava – o 
bem-estar de toda comunidade global – de nossa aldeia global. A utopia da 
globalização consistiria, assim, na instauração de uma comunidade planetária que 
propiciasse o acesso de todos aos resultados teóricos e práticos dos avanços 
científicos e, portanto, aos bens conquistados. 
No entanto, sabemos que a possibilidade de um mundo assim ainda não se 
concretizou, pois a ganância de certos grupos oprime a maioria dos povos, 
provocando fome, doenças, guerras e mortes. 
 
Para refletir 
 
No final do século XX, houve sem dúvida um aprofundamento na 
integração econômica e social entre os países do mundo, em função da 
abertura do comércio internacional e do progresso das tecnologias da 
informação e da comunicação. Nesse sentido, a globalização é um 
progresso do capitalismo. Contudo, como todo progresso, carrega consigo 
inúmeras contradições. [...] Afinal, qual é essa nova ordem mundial 
sustentada pela globalização? Comunicação instantânea com todos os 
lugares do mundo e possibilidades infinitas de trocas de informações e 
recursos? Mas muitos países e pessoas continuam pobres, ou até mais 
pobres do que antes. [...] Portanto, a globalização deve ser analisada 
criticamente, em função de seus pontos positivos e negativos, e não como 
se fosse a solução milagrosa e inquestionável para todos os problemas do 
mundo. (MATTAR, 2010, p. 244) 
 
 
Desse modo, como podemos constatar, a pretensão de igualdade e tolerância não se 
estendeu a todos, visto que globalizar significa, também, um processo de dominação 
disseminado pelos países mais poderosos, com base em interesses 
predominantemente econômicos. Daí, a importância da reflexão filosófica, para que se 
possa avaliar com isenção e profundidade, caso a caso, o que realmente representa a 
globalização, no sentido de trazer benefícios reais paratoda a humanidade, 
principalmente no que tange à paz e à justiça social. 
 
 Vídeo 
Para saber mais sobre as consequências do avanço científico e da 
necessária responsabilidade do cientista frente a esse avanço, assista 
agora ao vídeo: Filosofia e responsabilidade científica. 
 
 
 
Clique na imagem para visualizar o vídeo. 
 
https://player.vimeo.com/video/344182637?badge=0&autopause=0&player_id=0&app_id=58479
 
Encerramento 
 
 
Em que consiste a “fragmentação dos saberes” 
ocorrida na modernidade? 
 
A “fragmentação dos saberes” consiste na divisão das ciências em áreas isoladas e 
específicas, contemplando um único objeto de investigação. 
 
Do ponto de vista filosófico, qual a diferença 
entre ética e moral? 
 
A moral diz respeito às normas de conduta, às regras comportamentais de cada 
sociedade; enquanto a ética consiste na reflexão teórica sobre os fundamentos da 
moral. 
 
Podemos afirmar que todas as descobertas científicas 
e tecnológicas trouxeram benefícios para a 
humanidade inteira? 
 
Não. Embora os avanços tecnológicos tenham possibilitado um desenvolvimento 
considerável, nem todos puderam usufruir deles, haja vista a situação dos chamados 
países do “terceiro mundo”. 
 
Resumo da Unidade 
 
 
Na busca do conhecimento, o ser humano desenvolveu importantes investigações, 
que aperfeiçoaram a tecnologia e aprofundaram as pesquisas científicas. Nesta 
unidade, procuramos destacar momentos relevantes da ciência que devem ser 
observados à luz da crítica filosófica, a fim de refletir sobre as consequências do 
avanço científico, de sua interferência na realidade e, consequentemente, na vida 
do homem.

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