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Humanidades Reflexões Contemporâneas Responsável pelo Conteúdo: Prof.ª Dr.ª Ana Barbara Aparecida Pederiva Revisão Textual: Prof. Me. Luciano Vieira Francisco Ética e Antropologia: Questões e Conceitos Ética e Antropologia: Questões e Conceitos • Conhecer as definições sobre ética; • Analisar as relações entre ética, Antropologia, cidadania e Direitos Humanos. OBJETIVOS DE APRENDIZADO • Ética e Antropologia: Questões e Conceitos. UNIDADE Ética e Antropologia: Questões e Conceitos Contextualização Na atualidade, muito se diz sobre ética, não é mesmo? Vemos notícias nos jornais, nas redes sociais, vários discursos, mas será que realmente sabemos o que é ética? Você já parou para pensar sobre a importância da ética profissional? Será que este conceito está “fora de moda”? Analise a seguinte charge, disponível em: https://bit.ly/2U9HbQL Na charge podemos perceber que, infelizmente, na Contemporaneidade muitas pes- soas são individualistas e egoístas, desrespeitando os códigos, as normas e leis sem ne- nhum arrependimento. Precisamos lembrar que todas as sociedades possuem os seus “códigos de ética”, as- sim como as diferentes profissões. Portanto, a compreensão sobre os conceitos de ética, cidadania e Direitos Humanos é fundamental para todos os seres humanos. 8 9 Ética e Antropologia: Questões e Conceitos Você sabe o que é ética? Já tentou defini-la conceitualmente? As respostas podem ser varia- das, mas comumente definimos ética, a partir de dicionários e manuais diversos, como um conjunto de preceitos ou regras de ordem moral e valorativa de um único indivíduo, grupo ou sociedade. Esse conjunto de regras está relacionado à cidadania e aos Direitos Humanos, afinal, não vivemos sozinhos, logo, para que possamos conviver em harmonia é fundamental pensarmos sobre ética, compreendermos o outro e, principalmente, ouvirmos o próxi- mo. Para tanto, devemos refletir acerca da interculturalidade, [...] entendida como complementação entre saberes (embora contemple divergências e pluralidade de paradigmas), forma de reorientação solidária da relação entre conhecimentos distintos procurando adotar práticas que promovam novas formas de convivência ativa e interativa de saberes – no caso, o tradicional e o científico – que podem garantir diálogo simétrico. Valorizam-se ambos os conhecimentos como possibilidade de reflexão. Fonte: https://bit.ly/3vrB6w2 Século XVIII Direitos Civis Século XIX Direitos Políticos Século XX Direitos Sociais Figura 1 – Etapas da cidadania A palavra ética vem do grego “ethos” e significa caráter, disposição, hábito, modo de ser, sendo sinônima de moral, do latim “mos”, “mores”. Mas é importante destacar que ética é diferente de moral, ou seja: A distinção que parece explicar a diferença entre os termos da melhor maneira é a seguinte: moral é o hábito e o costume, enquanto ética é uma filosofia da moral, uma tentativa de fazer uma “ciência” moral. Enquanto a moral expressa os hábitos e costumes de uma sociedade, de um local, de uma comunidade situada no espaço e no tempo, além de designar a conduta individual de pessoas, a ética é aquela que tenta identificar, tratar, selecionar e estudar a moral (ou as várias morais) de maneira imparcial, laica, racional e organizada. É papel da ética, portanto, entender a moral e julgá-la pelo crivo da razão, estabelecendo se ela está correta ou não. Fonte: https://bit.ly/35jpe4v Desde a Antiguidade muitos filósofos se dedicaram ao estudo da ética: Platão, Sócrates, Aristóteles, entre outros. Na atualidade, os estudos sobre a ética são realizados, principal- mente, pelos campos que identificamos como Ciências Sociais e/ou Humanas (Antropo- logia, Sociologia, Psicologia, História, entre outros). 9 UNIDADE Ética e Antropologia: Questões e Conceitos Para aprofundar as discussões sobre os estudos acerca da ética de Platão, Sócrates e Aristóteles leia estes livros: • ERLER, M.; GRAESER, A. (Org.). Filósofos da Antiguidade. 2 v. Trad. N. Schneider. São Leopoldo, RS: Unisinos, 2002. • VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Trad. I. B. B. da Fonseca. 7. ed. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1992. O principal objetivo dos estudos é pensar em uma convivência social justa, além do melhor modo de viver e em qualidade de vida para todas as pessoas, de modo que se- gundo Chauí: Embora “ta ethé” e “mores” signifiquem o mesmo, ou seja, costumes e mo- dos de agir de uma sociedade, entretanto, no singular “ethos” é o caráter ou temperamento individual que deve ser educado para os valores da sociedade, e “ética” é aquela parte da filosofia que se dedica à análise dos próprios valo- res e das condutas humanas, indagando sobre seu sentido, sua origem, seus fundamentos e finalidades. Sob essa perspectiva geral, a ética procura definir, inicialmente, a figura do agente ético e de suas ações e o conjunto de noções (ou valores) que balizam o campo de uma ação que se considere ética. O agente ético é pensado como sujeito ético, isto é, como um ser racional e consciente que sabe o que faz, como um ser livre que decide e escolhe o que faz e como um ser responsável que responde pelo que faz. A ação ética é balizada pelas ideias de bem e mal, justo e injusto, virtude e vício. Assim, uma ação só será ética se consciente, livre e responsável e será virtuosa se realizada em conformidade com o bom e o justo. A ação ética só é virtuosa se for livre e só o será se for autônoma, isto é, se resultar de uma decisão interior do próprio agente e não de uma pressão externa. Fonte: https://bit.ly/35m6WiY É importante compreender que a aprendizagem do que chamamos de valores éticos ocorre por meio das relações humanas, de modo que devemos pensar que todas as pes- soas possuem direitos, não é mesmo? Nesse sentido, devemos refletir sobre o que são Direitos Humanos, os quais estão respal- dados na Declaração Universal dos Direitos Humanos – vamos conhecer a sua história? Podemos fazer uma primeira incursão na Revolução Estadunidense, em que a carta Bill of Rights (ou Declaração dos Direitos dos Cidadãos dos Estados Unidos) assegura certos direitos aos nascidos no País. Entre eles, garante o direito à vida, à liberdade, à igualdade e à propriedade. Assim, o governo não poderia atacar um desses direitos de alguém sem o devido pro- cesso e julgamento dentro dos parâmetros da Lei. Na mesma época em que essa emenda estadunidense foi oficialmente aceita, estourou a Revolução Francesa, em 1789, e foi redigida a Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão. De cunho liberal e baseada nos ideais iluministas que pregavam a igualdade, a liberdade e a fraternidade, essa declaração tinha por objetivo assegurar que nenhum homem deveria ter mais poder ou direitos que outro – o que representava o ideal republicano e democrata, que à época amea- çava o Antigo Regime, no qual apenas uma pessoa concentrava poderes. 10 11 Nesse primeiro momento, tanto a declaração americana quanto a francesa não asseguravam direitos amplos a todos os membros da raça humana, pois, no período, mulheres ainda não possuíam todos os seus direitos ci- vis garantidos e ainda havia escravidão. Somente em 1948 foi publicada a carta oficial contendo a Declaração Universal dos Direitos Humanos, a qual asseguraria, para todos e todas, os seus direitos básicos. A história desse documento acompanha a história do início da Organização das Nações Unidas (ONU), que iniciou suas atividades em fevereiro de 1945. Fonte: https://bit.ly/3vnZxKE Podemos definir os Direitos Humanos, portanto, como normas e direitos assegura- dos que objetivam proteger a dignidade de todos os seres humanos, no mundo inteiro, tornando-se responsáveis por essa função as próprias pessoas e os governos. Para aprofundar as suas reflexões sobre Direitos Humanos, acesse: • O que são Direitos Humanos? Disponível em: https://bit.ly/3pQqPZb • Declaração Universal dos Direitos Humanos, disponível em: https://uni.cf/3cyjJ6y Figura 2 –Versão inicial da Declaração Universal dos Direitos Humanos Fonte: news.un.org Constituição dos Estados Unidos - 1787 Constituição Francesa - 1791 Declaração dos Direito do Homem e do Cidadão - 1789 Declaração Universal dos Direitos Humanos - 1948 Figura 3 – Marcos históricos dos Direitos Humanos Quando relacionamos Antropologia, ética e Direitos Humanos, compreendemos que nem sempre é tarefa fácil, a partir da perspectiva da Antropologia, conviver com proje- tos que são considerados universais. A Antropologia, ao longo do século XX, tentou trabalhar a consciência da humanidade para perceber e aceitar a variedade das perspectivas cul- turais e dos conceitos de bem. A empreitada, contudo, alcançou seu limi- te no momento presente, quando as culturas consideradas mais distantes, 11 UNIDADE Ética e Antropologia: Questões e Conceitos segundo a perspectiva ocidental, têm de dialogar e negociar seus direitos nos foros estabelecidos por seus respectivos Estados nacionais. Isso não torna obsoleto o projeto da antropologia como área de conhecimento, mas, de certa maneira, o desloca. [...] A ética [...] é o que nos permite estranhar nosso próprio mundo, qualquer que seja, e revisar a moral que nos orienta e a lei que nos limita. Por isso, podemos dizer que constitui o princípio motor da história dos direitos humanos. Ser ético, entendido desta forma, é acolher a interpelação do intruso, do diferente no nós da comunidade moral, especialmente quando o intruso, em sua intervenção, não pode ou não poderia ter controle material sobre as condições de nossa existência, quando não intervém em nossa vida a partir de uma posição de maior poder. Nesse sentido, a antropologia, como ciência do outro, seria o campo de conhecimento destinado a contribuir para o desenvolvimento da sensibilidade ética. Fonte: https://bit.ly/3vpe5JS Nessa perspectiva, precisamos não somente conhecer o outro, mas também a nós no olhar do outro – o qual é diferente de nós. Antropologia: contribui para o desenvolvimento da sensibilidade ética Ética: princípio motor da história dos Direitos Humanos Ser ético: acolher a interpretação do outro, da comunidade moral Figura 4 – Síntese Agora que já sabemos o que é ética e o que são Direitos Humanos, qual é a relação destes elementos com a cidadania? O que é ser cidadão? A cidadania é definida de forma universal como a prática ou o exercício dos direitos (civil, político e social) e dos deveres civis, isto é, normalmente o termo é associado à vida em sociedade. As suas origens datam do século VIII antes de Cristo (a.C.), nas pólis gregas, ou seja, nas cidades gregas consideradas as bases da “civilização ocidental”. Na língua, a palavra pólis era designada para representar, ao mesmo tempo, uma expressão geográfica – o território, a cidade – e uma expressão política – o Estado. A ideia da pólis não corresponde ao que entendemos como Estado Moderno. A vivência grega da cidade-Estado englobava o que hoje compreendemos como Estado e sociedade civil, ou seja, os domínios públicos e privados. Fonte: https://bit.ly/3wos2t5 Figura 5 – Acrópole de Atenas, uma típica grega Fonte: Wikimedia Commons 12 13 Com o passar dos anos/séculos, o conceito de cidadania foi sofrendo alterações de acordo com as transformações políticas, econômicas, sociais e de acordo com os interes- ses dos homens e de suas ideologias. Importante! Sobre ideologia, Karl Marx afirmava: [...] que os verdadeiros problemas da humanidade não são as ideias errôneas, mas as contradições sociais reais e que aquelas são consequência destas. Com efeito, en- quanto os homens, por força de seu limitado modo material de atividade, são in- capazes de resolver essas contradições na prática, tendem a projetá-las nas formas ideológicas de consciência, isto é, em soluções puramente espirituais ou discursivas que ocultam efetivamente, ou disfarçam, a existência e o caráter dessas contradi- ções. Ocultando-as, a distorção ideológica contribui para a sua reprodução e, por- tanto, serve aos interesses da classe dominante. Portanto, a ideologia surge como um conceito negativo e restrito. É negativo porque compreende uma distorção, uma representação errônea das contradições. É restrito porque não abrange todos os tipos de erros e distorções. A relação entre as ideias ideológicas e não ideológicas não pode ser interpretada como a relação geral entre erro e verdade. As distorções ideológicas não podem ser superadas pela crítica, só podem desaparecer quando as contradições que lhes deram origem forem resolvidas na prática. (BOTTOMORE, 1983) Na atualidade, podemos dizer que cidadão é quem possui acesso aos direitos sociais (educação, saúde, segurança etc.) e econômicos (emprego, salário justo etc.), a fim de que possa ocorrer o desenvolvimento humano. Nessa perspectiva, faz-se necessária uma pergunta: será que todos os brasileiros “exercem” a cidadania? Será que todos os brasileiros possuem acesso à educação, saúde, segurança, ao emprego? Você conhece a nossa Constituição? Acesse-a em: https://bit.ly/31AcJzA Em seu Artigo 1º, a Constituição brasileira de 1988 assegura a cidadania como fun- damento do Estado democrático de direito – mas será que isso realmente ocorre? Vários são os exemplos quando pensamos em cidadania, direitos e deveres, tais como os seguintes: Deveres do cidadão: • Votar para escolher os governantes; • Cumprir as leis; • Educar e proteger seus semelhantes; • Proteger a natureza; • Proteger o patrimônio público e social do País. Direitos do cidadão: • Direito à saúde, educação, moradia, trabalho, previdência social, lazer, entre outros; • O cidadão é livre para escrever e dizer o que pensa, mas precisa assinar o que disse e escreveu; • Todos são respeitados na sua fé, no seu pensamento e na sua ação na sociedade; • O cidadão é livre para praticar qualquer trabalho, ofício ou profissão, mas a Lei pode pedir estudo e diploma para isso; 13 UNIDADE Ética e Antropologia: Questões e Conceitos • Só o autor de uma obra tem o direito de usá-la, publicá-la e tirar cópia, e esse direito passa para os seus herdeiros; • Os bens de uma pessoa, quando ela morrer, passam para seus herdeiros; • Em tempo de paz, qualquer pessoa pode ir de uma cidade para outra, ficar ou sair do País, obedecendo a Lei feita para isso. Será que todos os nossos direitos são respeitados? Fonte: https://bit.ly/3zuwh8y Infelizmente, sabemos que as disparidades e desigualdades da sociedade capitalista impedem o acesso aos direitos para muitos brasileiros e que a suposta igualdade entre as pessoas (cidadãos), quando não analisadas adequadamente e de forma crítica, acaba por esconder as desigualdades entre as classes sociais. Percorremos um longo caminho, 178 anos de história do esforço para construir o cidadão brasileiro. Chegamos ao final da jornada com a sen- sação desconfortável de incompletude. Os progressos feitos são inegá- veis, mas foram lentos e não escondem o longo caminho que ainda falta percorrer. O triunfalismo exibido nas celebrações oficiais dos 500 anos da conquista da terra pelos portugueses não consegue ocultar o drama dos milhões de pobres, de desempregados, de analfabetos e semianalfa- betos, de vítimas da violência particular e oficial. [...] Ligada à preferência pelo Executivo está a busca por um messias político, por um salvador da pátria. Como a experiência de governo democrático tem sido curta e os problemas sociais têm persistido e mesmo se agravado, cresce também a impaciência popular com o funcionamento geralmente mais lento do mecanismo democrático de decisão. Daí a busca de soluções mais rá- pidas por meio de lideranças carismáticas e messiânicas. Pelo menos três dos cinco presidentes eleitos pelo voto popular após 1945, Getúlio Vargas, Jânio Quadros e Fernando Collor, possuíam traços messiânicos. Sintomaticamente, nenhum deles terminou o mandato, em boa parte por não se conformarem com as regras do governo representativo, sobretudocom o papel do Congresso. (CARVALHO, 2002. p. 222) Portanto, para que possamos alcançar a cidadania precisamos desenvolver a consciên- cia social. Direitos Humanos Cidadania Ética Figura 6 14 15 Refletimos sobre cidadania, direitos humanos e sabemos que cada sociedade possui o seu próprio “código de ética” (princípios gerais), construído ao longo do tempo e com base nos valores sociais, culturais e históricos. Além dos princípios gerais de uma sociedade, existem os códigos de ética de grupos específicos, comumente relacionados à atuação profissional e que objetivam “nortear” qual- quer moral do profissional, estabelecer ações e comportamentos, visando ao favorecimento das atividades e do bom relacionamento. Figura 7 Fonte: Pixabay Figura 8 Fonte: Getty Images 15 UNIDADE Ética e Antropologia: Questões e Conceitos Figura 9 Fonte: Getty Images Assim e segundo Neme e Santos: Nenhuma prática profissional está isenta da reflexão ética. Em nossa sociedade, mesmo as profissões que não têm um “código de ética” com normas de conduta explicitas e escritas, há uma ética aplicada ao exercí- cio da sua atividade. Um bom exercício profissional significa não apenas uma boa formação e competência teórico-técnica, mas também uma boa formação pessoal que promova o desenvolvimento da capacidade de res- peitar e ajudar a construir o Homem, a dignidade humana, a cidadania e o bem-estar daqueles com os quais nos relacionamos profissionalmente e que dependem de nossa ação, ou seja, significa compromisso ético (CONTRERAS, 2002). A ética profissional implica em assumir responsa- bilidades sociais perante aqueles com quem trabalhamos e que dependem de nosso conhecimento e prática profissional. Começa com a reflexão e deve ser iniciada antes da prática profissional. O professor é elemento- -chave para que os princípios de igualdade de oportunidades, tolerância, justiça, liberdade e confiança na comunidade escolar inclusiva passem da reflexão à ação. Fonte: https://bit.ly/3pS1aiA Ser ético no ambiente profissional significa transmitir confiança e credibilidade. Muitos empregadores procuram por pessoas consideradas éticas, isto é, que tratem todas as pes- soas com educação e respeito, independentemente da hierarquia; que respeitem o sigilo profissional; que sejam discretas; que cumpram prazos para não atrapalhar as equipes; que consigam realizar autocrítica; que aceitem críticas; que sejam honestas; que respeitem o trabalho dos colegas etc. Ademais, muitos códigos de ética profissional são elaborados por conselhos de re- presentação. Os códigos de ética, portanto, são criados pelos conselhos para padroni- zar procedimentos operacionais e condutas de comportamento que ga- rantam a segurança dos profissionais e dos usuários de cada serviço. São 16 17 estabelecidos os princípios ético-morais de determinada profissão. No caso de infração, são previstas penas disciplinares aos trabalhadores. Isso deve ser feito com o intuito de proteger a sociedade de injustiças e des- respeito, em qualquer esfera. O papel dos conselhos, então, é fiscalizar e investigar se os códigos de ética estão sendo cumpridos pelos seus mem- bros. Portanto, fique atento às normas estabelecidas em sua profissão. Independentemente de ter ou não um código específico elaborado pelo conselho, todas as profissões exigem o cumprimento de valores morais e princípios éticos considerados universais como a honestidade, a compe- tência e a responsabilidade. Fonte: https://bit.ly/3vlAQyF Logo, devemos pensar que ser ético também significa respeitar o outro, assim como os seus direitos, a sua etnia, classe social, o seu gênero, a sua geração, religião, os seus gostos etc. Será que somos éticos? O que significa não ser ético? As seguintes charges podem ilustrar esta condição: • Charge, disponível em: https://bityl.co/7ILS • Charge, disponível em: https://bityl.co/7ILX Ser “antiético” no cotidiano e na vida profissional significa transgredir os “códigos éti- cos”. A transgressão sempre ocorrerá em situações de injustiça, desrespeito às leis, desi- gualdades etc. Portanto, devemos sempre pensar nos conceitos de ética, cidadania e nos lembrar dos direitos e deveres, a fim de que tentemos melhorar a vida em sociedade. 17 UNIDADE Ética e Antropologia: Questões e Conceitos Material Complementar Indicações para saber mais sobre os assuntos abordados nesta Unidade: Filmes Ilha das Flores Um tomate é plantado, colhido, transportado e vendido num supermercado, mas apodrece e acaba no lixo. Acaba? Não. O filme segue-o até seu verdadeiro final, entre animais, lixo, mulhe- res e crianças. E então fica clara a diferença que existe entre tomates, porcos e seres humanos. https://youtu.be/Iy4AGLrEqEA Leitura Ética e Moral https://bit.ly/3iGmhmv Ética: Origens e Distinção da Moral https://bit.ly/2Syj9OT O Conceito de Cidadania Leia o capítulo intitulado “O conceito de cidadania”, no livro Individualização, cidadania e inclusão na sociedade contemporânea: uma análise teórica. https://bit.ly/35lprUY 18 19 Referências BELTRÃO, J. F. Desafios à Antropologia: diálogos interculturais entre os “outros” de ontem, os protagonistas de hoje e os antropólogos “situados”. [20--]. Disponível em: <http://www.portal.abant.org.br/publicacoes2/livros/Antropologia_e_etica__desafios_ para_a_regulamentacao.pdf>. Acesso em: 25/05/2021. BOTTOMORE, T. Dicionário do pensamento marxista. São Paulo: Jorge Zahar, 1983. CARVALHO, J. M. de. Cidadania no Brasil. O longo caminho. 3. ed. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002. CHAUI, M. Uma ideologia perversa. [20--]. 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