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TCC farmácia 1-1

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29
FACULDADE SÃO PAULO - FSP
 DEPARTAMENTO DE FARMÁCIA GENERALISTA
OSMI FRANCELINO DA SILVA
‘
PREVENÇÃO E CONTROLE DA DENGUE: 
UM LEVANTAMENTO DE CASO NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA D’OESTE - RONDÔNIA
 
rOLIM DE MOURA - RO
2016
Osmi francelino da silva
PREVENÇÃO E CONTROLE DA DENGUE: 
UM LEVANTAMENTO DE CASO NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA D’OESTE - RONDÔNIA
Trabalho de conclusão de curso apresentado à Faculdade SÃO PAULO - FASP como requisito para a conclusão do curso de Farmácia Generalista.
Orientador: Profa. Carla Tavares Nunes 
Rolim de Moura
2016
agradecimentos
Agradeço em primeiro lugar a minha orientadora Carla Taveira, pelo suporte nо pouco tempo qυе lhe coube, pelas suas correções е incentivos.
Agradeço ainda todos оs professores pоr proporcionar о conhecimento nãо apenas racional, mаs а manifestação dо caráter е afetividade dа educação nо processo dе formação profissional, pоr tanto qυе sе dedicaram а mim, nãо somente pоr terem mе ensinado, mаs por terem mе feito aprender.
“Aquele que tem uma profissão tem um bem; aquele que tem uma vocação tem um cargo de proveito e honra.” (Benjamin Franklin)
RESUMO
 A dengue é uma doença viral transmitida essencialmente por mosquitos, que anualmente acomete milhares de pessoas no mundo inteiro, os países tropicais são os mais atingidos em função de suas características ambientais e climáticas. No Brasil o aumento contínuo dos casos está entre os fatores que mais lotam a rede pública de saúde e de acordo com o Ministério da Saúde, a Região Norte concentra a maior parte dos casos suspeitos de dengue no país. Neste contexto o presente trabalho é o resultado da pesquisa bibliográfica e etnográfica resultante dos dados apresentados pela Secretaria de Saúde de Alta Floresta D’Oeste, no Estado de Rondônia, busca fazer um estudo de caso e analisar se as medidas tomadas pelos profissionais da área da saúde no município tem relação direta com a diminuição dos casos de dengue em Alta Floresta d’Oeste nos anos de 2014, 2015 e 2016 respectivamente, apresenta ainda a importância dos gestores de saúde, incluindo os profissionais de farmácia na conscientização da população para os perigos dessa doença, bem como mostra o quanto é necessário o engajamento,esforço coletivo e o empenho de todos no combate a dengue como a melhor forma de evitar os focos criadouros do mosquito.
Palavras-chave: Dengue. Ações do poder público. Conscientização.
LISTA DE GRÁFICOS
Gráfico 1 - Análise dos diferentes tipos de dengue presente no Brasil..............17
Gráfico 2 - Diagnóstico dos casos confirmados no município de Alta Floresta D’Oeste dos anos de 2013 a 2016 especificados por bairro...............................24
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Levantamento de índices Rápido do Aedes aegypti (LIRAa)2015..............................................................................................................22. 
Quadro 2 – Levantamento de índices Rápido do Aedes aegypti (LIRAa)2016..............................................................................................................22.
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
	IBGE
IIP
MS
FUNASA
	Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
Índice de Infestação Predial
Ministério da Saúde
Fundação Nacional de Saúde
	LIRAa
	Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti
	
	
	
	
	
	
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	13
2 JUSTIFICATIVA	14
3 OBJETIVOS	15
3.1 OBJETIVO GERAL	15
3.2 OBJETIVO ESPECÍFICO	15
4 DESENVOLVIMENTO	16
4.1 HISTÓRICO DA DENGUE NO BRASIL	17
4.2 HISTÓRICO DA DENGUE EM RONDÔNIA	18
5 METODOLOGIA	19
6 DEFINIÇÃO DO PROBLEMA	20
7 FERRAMENTAS DE CONTROLE UTILIZADOS EM ALTA FLORESTA D’OESTE.......................................................................	21
7.1 LEVANTAMENTO DE ÍNDICE RÁPIDO PARA AEDES AEGYPTI	21
7.2 INSPEÇÃO NAS RESIDÊNCIAS URBANAS	23
7.3 AÇÕES REALIZADAS PELA FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE	23
8 RESULTADO E DISCUSSÃO	24
9 CONCLUSÃO	25
REFERÊNCIAS	27
ANEXOS	29
ANEXO A – POSSIVEL CRIADOURO DE MOSQUITO ENCONTRADO EM 
VISTORIA DOS AGENTES DE ENDEMIAS..............................................................30
 ANEXO B – NEBULIZAÇÃO PERIÓDICA DOS AGENTES DA FUNASA...............30
ANEXO C – ABERTURA DA CARREATA DE CONCIENTIZAÇÃO DE COMBATE A DENGUE....................................................................................................................31
ANEXO D – TRATAMENTO PERIFOCAL REALIZADO PELOS AGENTES DA FUNASA.....................................................................................................................31
ANEXO E – FICHA DE ACOMPANHAMENTO DOMICIAR DO AGENTE DE SAÚDE......................................................................................................................32
INTRODUÇÃO
A dengue se tornou uma das maiores preocupações em relação a doenças infecciosas atualmente no Brasil, pois não se trata de um fator exclusivamente de responsabilidade do poder público, ou seja, os hábitos de higiene da população interferem diretamente na proliferação da doença, partindo dessa premissa, este trabalho consiste em apontar a dengue em seus diferentes contextos, delimitando como área para a análise o município de Alta Floresta D’Oeste, no estado de Rondônia, que de acordo com os dados apresentados pela secretaria municipal de saúde, vem apresentando uma queda considerável dos casos confirmados nos períodos compreendidos entre os anos 2014 a 2016.
Visto que, o Estado de Rondônia assim como os demais estados da região norte, ocupa um papel preocupante no quadro epidemiológico da dengue no Brasil, tanto pelo fato de ser um dos Estados do país a registrar a circulação concomitante dos 4 tipos de vírus: O DEN-1, o DEN-2, o DEN-3 e o DEN-4, quanto por apresentar um aumento considerável do ciclo epidêmico registrado nos períodos de outubro a maio devido a precipitação pluvial que varia entre 1400 e 2600 milímetros neste período (BRASIL, 2016).
Outro fator agravante é a falta de saneamento na maioria das cidades, tendo em vista que uma das formas de evolução da doença na população é a precariedade de condições sanitárias havendo uma maior chance de se infectar com o vírus do dengue, devido os números elevados de casos positivos há uma dificuldade para o controle dessa epidemia. (PIMENTA, 2011). 
Diante disso, a presente pesquisa visa analisar a dengue como uma problemática local, apresenta uma analise informativa sobre esta patologia no município estudado, bem como verifica ausência de acomodação adequada do lixo e noções de higiene da população, busca ainda apontar quais ações foram tomadas pelo poder público municipal para driblar esses fatores comuns nas pequenas cidades brasileiras, fazendo com que a dengue tenha sido praticamente extinta, contrastando com o restante do estado, pois de acordo com informações divulgadas pelo Boletim Epidemiológico para monitoramento da dengue, no período de 3 a 31 de janeiro deste ano, foram notificados 1.744 casos de dengue em Rondônia, um aumento de 159,52% com relação ao mesmo período de 2015, que foram 672 casos da doença. (BRASIL 2016)
2 JUSTIFICATIVA
O foco deste estudo foi motivado pela importância que este assunto tem tomado no quadro de saúde de todo país, tendo em vista que o índice de casos cresce a cada dia, bem como por reconhecer que nem todas as ações tomadas pelo poder público tem se mostrado eficaz.
 Assim, a presente pesquisa se justifica, pois o resultado epidemiológico apresentado pelo município de Alta Floresta D’Oeste, um município do Estado de Rondônia, diferentedas cidades vizinhas que apresentam números alarmantes, o município pesquisado, de acordo com os números apresentados pelos órgãos de fiscalização, está conseguindo controlar a dengue.
Esse trabalho se justifica ainda, para um estudante do curso de Farmácia, pela importância que o papeldo profissional em farmácia tem no que tange a conscientização da população nos casos de epidemiologias, para exercer a assistência farmacêutica, fornecer informações aos usuários dos serviços e contribuir para a promoção da saúde individual e coletiva (LOPES, 2012). 
Outrossim, o farmacêutico também necessita ter uma postura participativa na comunidade, exercendo sua profissão de forma eficaz, para isso necessita estar a par dos problemas epidemiológicos, com a finalidade de conhecer a população e assim esclarecer os usuários do serviço oferecido os problemas que a automedicação pode causar e quais medicamentos são extremamente prejudiciais nos casos tanto de dengue quanto de diversas patologias que necessitam de cuidados médicos.
 	Alem disso, o farmacêutico, através do seu amplo conhecimento, tem a capacidade de unir os dados epidemiológicos, processar os dados coletados, analisar e interpretar os dados processados, recomendar medidas de controle apropriadas, promover a promoção das ações de controle indicadas e avaliar a eficácia e efetividade das medidas adotadas (BRASIL,2005).
Nesse sentido, o resultado deste estudo busca delinear as ações de controle eficazes utilizadas pelos profissionais de saúde do município pesquisado, elencando a importância que cada uma teve para o resultado alcançado, buscará também demonstrar que a capacitação técnica do profissional culmina em desenvolver adequadamente as atividades rotineiras, fazendo com que resulte em melhoria da qualidade de vida da população.
3 OBJETIVOS
3.1 OBJETIVO GERAL
 
O objetivo geral deste estudo foi analisar as ações do poder publico e o comportamento da população, associados à incidência de casos de dengue frente aos diferentes aspectos que figuram por trás de uma epidemia, utilizando dados de Alta Floresta D’Oeste, um município de 100 mil habitantes no Estado de Rondônia, que vem apresentando uma diminuição considerável na incidência de casos de dengue no ano de 2016.
3.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS 
· Mapear os casos de dengue confirmados no município de Alta Floresta D’Oeste; 
· Avaliar as ações do poder público no que tange o controle do mosquito Aedes Aegypti;
· Desvelar os efeitos de determinantes socioambientais relacionando-os à urbanização e influências nos casos de dengue 
4 DESENVOLVIMENTO
 Os padrões de transmissão da dengue, uma das mais preocupantes arboviroses em todo o mundo, são determinados pela combinação de fatores que envolvem o hospedeiro humano, o vírus, o vetor e o ambiente. A abundância dos vetores é um dos principais determinantes para a intensidade de transmissão de uma doença viral por ele transmitida, bem como a circulação dos sorotipos virais.
 A dengue é uma infecção reemergente que vem preocupando as autoridades sanitárias de todo o mundo em virtude de sua circulação nos cinco continentes e grandes potenciais para assumir formas graves e letais, atualmente desponta como a questão de saúde pública com maior potencial de gravidade e, até aqui, sem estratégias consistentes para seu controle. 
O problema se apresenta nas estatísticas do Ministério da Saúde que tem uma estimativa de 80 a 100 milhões de infecções anuais com mais de 22.000 mortes, principalmente de crianças em todo o mundo (Gubler, 2002; World Health Organization, 2006, BRASIL, 2008 f).
Atualmente os programas de prevenção da dengue tem sido o do combate aos mosquitos vetores mediante ações de agentes de saúde com levantamento dos focos criadouros do mosquito e a aplicação de inseticidas, todavia esse método vem apresentando baixa eficácia e consequentemente essas ações de controle vetorial têm sido insuficientes para interromper o processo de transmissão.
 O vírus do dengue é de transmissão principalmente urbana, ambiente onde encontra fatores favoráveis para sua ocorrência: o vírus, o homem, o vetor e principalmente as condições econômicas, políticas e culturais que formam a estrutura que permite o estabelecimento da cadeia de transmissão (COSTA e NATAL, 1998).
A magnitude e a gravidade da dengue no Brasil e em vários outros países tropicais e as dificuldades enfrentadas para controlá-la indicam a necessidade urgente de investimentos em pesquisa (Farrar et al., 2007), descobrindo assim novas ações que controlem o vetor e o ambiente que o hospedeiro se aloja 
A identificação precoce dos casos de dengue é de vital importância para a tomada de decisões e implantação de medidas de maneira oportuna, visando principalmente evitar a ocorrência de óbitos (BRASIL, 2005).
4.1 HISTÓRICO DA DENGUE NO BRASIL
De acordo com os dados levantados pelo Conselho Nacional de Saúde, é possível mapear os períodos distintos em que a dengue surgiu no Brasil e acompanhar a introdução dos diferentes sorotipos de dengue:
GRÁFICO 1. 
Análise temporal dos diferentes tipos de dengue presente no Brasil. 
Fonte: Secretaria Nacional de Saúde. Elaborado pelo autor.
Nos últimos anos, em virtude da circulação simultânea de 	quatro sorotipos no território nacional, observa-se um aumento na gravidade dos casos. 
Em julho de 2010, ocorreu a introdução do sorotipo Denv 4 em Roraima e, em 2011, foram notificados casos no Amazonas, Pará, Bahia, Pernambuco, Piauí, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo (BRASIL 2015).
Diferentes fatores explicam a rápida expansão do mosquito Aedes aegypti pelo território brasileiro, destacando-se o acelerado processo de urbanização e a formação de complexos aglomerados urbanos, com problemas agudos de abastecimento de água e coleta de lixo, a produção excessiva de materiais não biodegradáveis, como descartáveis de plástico e vidro, além do aumento do transporte de pessoas e cargas. Associam-se a esse processo as mudanças climáticas, que estão alterando sensivelmente o regime de chuvas e temperatura e a falta de estrutura dos programas municipais para fazer frente a esses determinantes. 
Ao observar os dados apresentados é possível perceber que o país já convive com esse problema desde a década de 80, e a cada ano os casos aumentam incontrolavelmente. 
4.2 HISTÓRICO DA DENGUE EM RONDONIA
Atualmente o estado de Rondônia possui 52 municípios, com uma população estimada de 1.562.085 em área de 237.576.167 Km 2 (IBGE, 2012). O clima predominante é tropical, úmido e quente, durante o ano, com insignificante amplitude térmica anual e notável amplitude térmica diurna, especialmente no inverno. A média anual da temperatura do ar gira em torno de 24ºC e 26ºC, com temperatura máxima entre 30ºC e 34ºC, e a mínima entre 17ºC e 23ºC. A média anual da umidade relativa do ar varia de 80% a 90%, no verão, e em torno de 75%, no outono - inverno (IBGE, 2014).
Nota-se que tanto o clima quando as estações chuvosas do estado facilitam a proliferação do vetor, sendo que a primeira notificação de casos confirmados por dengue no Estado de Rondônia ocorreu em 1997, e a primeira epidemia no Estado aconteceu no ano de 2000 com 3.365 casos confirmados (BRASIL, 2016).
De acordo com o balanço divulgado pelo Boletim Epidemiológico para monitoramento da dengue, no período de 3 a 31 de janeiro deste ano, foram notificados 1.744 casos de dengue em Rondônia, um aumento de 159,52% com relação ao mesmo período de 2015, que foram 672 casos da doença. 
São oito municípios em estado de alerta: Buritis, Cabixi, Chupinguaia, Pimenta Bueno, Rolim de Moura, Santa Luzia do Oeste, São Felipe do Oeste e São Miguel do Guaporé.
A condição ambiental, com a disponibilidade de reservatórios para o vetor, é importante fator para a ocorrência de casos de dengue.
1. Metodologia
A fim de atingir os objetivos traçados para a pesquisa realizou-se, inicialmente, uma série de consultas bibliográficas visando à construção de uma base teórica sobre a qual foram baseadas as discussões conceituais e análises do estudo de caso. 
A constrição da pesquisa foi feita tanto em fontes secundárias (livros, dissertações, artigos científicos, etc.) quanto em fontes primárias através de pesquisa descritiva documental e levantamento de dados epidemiológicos, disponibilizadospela Secretaria Municipal de Saúde referente aos casos de dengue no município de Alta Floresta D’Oeste - RO, como critério de inclusão na pesquisa foi considerado o período de janeiro de 2014 a maio de 2016, analisando o número de casos confirmados no período. 
Para a conclusão do diagnóstico foram utilizadas os dados levantados pela equipe de 80 agentes comunitários de saúde, 06 agentes de controle de vetores e 03 supervisores que abrangem um total de 7 mil domicílios.
1. DEFINIÇÃO DO PROBLEMA
Para a realização deste estudo foi utilizado os dados da secretaria de saúde municipal sobre as ultimas ações do poder público para o efetivo combate ao mosquito transmissor da dengue, foi feito também um levantamento dos atos adotados sejam nas medidas educativas ou de intervenção, a partir das irregularidades constatadas e também foi analisado o mapeamento dos focos de casos de dengue nos anos de 2014, 2015 e 2016.
 	Partindo dessas informações foi possível delinear uma epidemia eminente que ocorreu no ano de 2014. Contudo ao analisarmos os números de forma temporal, observamos que os casos de dengue foram caindo continuamente nos anos subseqüentes, diminuindo pela metade em 2015 até culminar num município livre da focos criadouros do mosquito Aedes Aegypti até março de 2016.
	Assim, a problemática desse estudo é apresentar quais ações adotadas tanto pelo poder público quanto pela população do município de Alta Floresta para que tenha apresentado um quadro de controle de dengue.
7 FERRAMENTAS DE CONTROLE UTILIZADOS em alta floresta d’oeste.
7.1 LEVANTAMENTO DE ÍNDICE RÁPIDO PARA AEDES AEGYPTI 
O Município de Alta Floresta trabalha com uma metodologia advinda do Ministério da Saúde chamada Levantamento de Índice Rápido para Aedes aegypti, também conhecida como LIRAa, uma amostragem larvária bimestral de Aedes aegypti para obter a estimativa da infestação pelo vetor da dengue. Essa amostragem deve ser precedida de um mapeamento e estratificação dos imóveis do município em unidades territoriais homogêneas de 2500 a 12000 imóveis denominadas estratos. É ferramenta fundamental para direcionamento e intensificação das ações antivetoriais, pois apresenta a magnitude e a distribuição da infestação por tipo de criadouro nas diferentes regiões do município.
Os índices obtidos pelo LIRAa são:
· Índice de Infestação Predial – percentual de imóveis com presença de criadouros positivos para larvas de Aedes aegypti;
· Índice de Breteau – nº de criadouros positivos para larvas de Aedes aegypti em 100 imóveis;
· Índice de Recipiente – Distribuição percentual de cada tipo de recipiente, em relação ao total de criadouros encontrados;
Por meio desta metodologia, é possível o mapeamento da cidade dividindo-a por bairros, assim as atividades realizadas pelos agentes de endemias são pontuais e é possível detectar as detectar as infestações do mosquito Aedes Aegypti na cidade. 
Esta metodologia permite saber também, em curto espaço de tempo, quais áreas têm alta infestação e, com isso, proporciona um direcionamento mais eficiente nas ações contra a Dengue desenvolvidas por parte da SMS. 
QUADRO 1
	
2015
Fonte: Ministério da Saúde, disponível em:
 http://u.saude.gov.br/images/pdf/2015/marco/12/LIRAa-JAN-FEV-2015-municipios.pdf 
QUADRO 2
	
Levantamento do índices Rápido do Aedes aegypti (LIRAa)
	REGIÃO NORTE - RONDONIA
	ALTA FLORESTA D’OESTE – 2016
	UF
	COD. IBGE
	MUNICÍPIOS
	CASOS NOTIFICADOS
	IIP
	
RO
	
110001
	
ALTA FLORESTA D’OESTE
	
0,0
	
0,0
Fonte: Fonte: Ministério da Saúde, disponível em:
 http://u.saude.gov.br/images/pdf/2016/marco/12/LIRAa-JAN-FEV-2016-municipios.pdf
O LIRAa não mede o número de mosquitos infectados pelo vírus da dengue e sim toda quantidade de mosquitos da espécie Aedes aegypti, sendo assim permite o diagnóstico rápido da situação entomológica para auxiliar no direcionamento das ações de controle vetorial e de educação em saúde (BRASIL, 2009).
Utilizando as informações diagnosticadas no LIRAa pelo MS, são realizadas algumas ações conjuntas com os profissionais da Secretaria Municipal de Saúde de Alta Floresta D’Oeste, agentes comunitários de saúde, agentes de endemias da Fundação Nacional de Saúde (FUNASA), e representantes de demais órgãos como Sedam, Idaron e Polícia Militar Ambiental, realizam, desde janeiro de 2016 um trabalho conjunto visando o combate ao Aedes aegypti. 
7.2 INSPEÇÃO NAS RESIDÊNCIAS URBANAS DE ALTA FLORESTA D’OESTE
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde, todas as residências e estabelecimentos comerciais foram visitados e inspecionados durante os trabalhos que fazem parte do mutirão de combate ao mosquito transmissor da dengue, chikungunya e zika vírus, objetivando orientar a população sobre cuidados a serem
tomados para a não proliferação do mosquito vetor, eliminar possíveis criadouros e tratar os depósitos que não possam ser eliminados. Essas ações tem um impacto positivo no tanto a conscientização quanto ao ataque direto aos possíveis focos do agente transmissor, tendo em vista que a visita domiciliar mais do que alertar sobre os riscos da doença, também faz um levantamento dos locais que necessitam de retirada de entulho, ação realizada periodicamente pela Prefeitura Municipal.
As inspeções de campo são iniciativas importantes e eficazes para o combate à dengue no âmbito da vigilância sanitária e para o trabalho de conscientização da população. Nessa inspeção todos os casos de pessoas, que apresentem quadro sugestivo de Dengue devem ser notificados imediatamente às autoridades de saúde pública municipal para que seja investigada a origem da doença, a existência de outros casos na área de moradia e de trabalho do doente (circulação viral), assim como verificar a presença dos vetores. Essa ação auxilia na avaliação e o gerenciamento de cenários que favoreçam criadouros dos mosquitos vetores da dengue, não se limitando aos lotes residenciais e fomenta as informações sistema LIRAa.
Partindo dos dados levantados nas inspeções das residências a secretaria de saúde direciona ações de controle ao Aedes aegypti com a aplicação de produtos químicos através do tratamento focal,que consiste na aplicação de um produto larvicida em todos os potenciais criadouros / depósitos com água que não forem passíveis de controle mecânico, tratamento perifocal, ou seja a aplicação de uma camada de inseticida de ação residual nas paredes externas dos depósitos, por meio de aspersor manual ou motorizado, com o objetivo de atingir o mosquito adulto que aí pousar na ocasião do repouso ou no momento anterior à postura de ovos e na aspersão aeroespacial de inseticidas em Ultra Baixo Volume (UBV), que é a aplicação espacial de inseticidas a baixíssimo volume. 
				
GRÁFICO 2 - DIAGNOSTICO DOS CASOS CONFIRMADOS NO MUNICÍPIO DE ALTA FLORESTA D’OESTE DOS ANOS DE 2013 A 2016 ESPECIFICADOS POR BAIRRO.
Fonte: SMS - Secretaria Municipal de Alta Floresta D’Oeste – Elaborado pelo Autor
Analisando os dados levantados, é visível a queda de casos confirmados na cidade ano após ano.
7.3 AÇÕES REALIZADAS PELA FUNDAÇÃO NACIONAL DE SAÚDE – FUNASA
Outra ação de combate utilizada pelos agentes da FUNASA é a pulverização periodica de inseticida, popularmente conhecido como fumacê. A nuvem de fumaça de inseticida espalhada pelas ruas e residências tenta matar o mosquito para evitar que mais gente contraia dengue e zika.
A partir do ano de 2014 a equipe da Divisão de Controle de Endemias intensificou o trabalho de prevenção e controle da Dengue no município de Alta Floresta D’Oeste, com a aplicação espacial de inseticidas a baixíssimo volume periódicamente. Nesse
método as partículas são muito pequenas, geralmente se situando abaixo de 30
micras de diâmetro, sendo de 10 a 15 micras de diâmetro médio, o ideal para o
combate ao Aedes aegypti, de preferência associado a mutirão de limpeza e eliminação de depósitos.
No Brasil, o inseticida utilizado no fumacê é o malathion. Sua fórmula é diferente dos inseticidas encontrados nos supermercadose sua distribuição é feita somente pelo Governo Federal, que compra o produto e distribui para os Estados, que repassa aos municípios.
8 RESULTADO E DISCUSSÃO
De acordo com o material pesquisado no município de Alta Floresta D’Oeste, oficialmente, foram registrados no período 2013 e 2014, o total de 472 notificações de casos de dengue, os quais 171 casos positivos. Comparando-se esses números ate o 3° trimestre de 2015, nota-se que a situação reduziu drasticamente tendo em vista que foram apenas 154 casos notificados no município, sendo que apenas 1 caso deu positivo numa população de aproximadamente 29.000 habitantes. Cabe salientar que esses números são indicadores parciais, pois a não notificação dos casos é um fato que interfere diretamente nesse panorama.
O trabalho pôde constatar que os focos de dengue, analisando os dados obtidos pela secretaria de saúde e dividindo o mapeamento do município por bairro, constatou-se que houve uma maior incidência de casos de dengue em locais específicos, mas com as ações desenvolvidas pontualmente, as vistorias em 100% das residências e o trabalho de conscientização da população resultou em, de acordo com a secretaria, o controle efetivo nos sete bairros do município
Os estudos mostraram também que por essa ser uma proliferação reemergente é necessário a integração de todos, desde governantes até a população, tendo em vista que o controle deve ser contínuo, além disso, ressalta-se que todos os setores de saúdes integrados possibilita um resultado mais eficaz no controle da doença
CONCLUSÃO
Mediante o exposto é possível afirmar que Alta Floresta D’Oeste é um município onde a dengue está controlada, visto que não apresenta número expressivo de casos de dengue e de acordo com o LIRAa no ano de 2016 não possui focos criadouros do mosquito, pode se afirmar ainda que ao estabelecer um sistema operacional integrado de vigilância, com o poder publico trabalhando em conjunto com a população o controle dos vetores torna-se uma realidade que beneficia a todos.
Durante a realização desta pesquisa, avaliaram-se os riscos que uma epidemia pode acarretar na comunidade e que o controle é de responsabilidade de todos, mas também, além disso, deve existir uma série de ações que se complementem entre si.
Tendo em vista que em relação às ações de combate adotadas, pelos gestores da saúde do município estudado, para o enfretamento dos focos do mosquito, com a fiscalização intensa e integração de diferentes secretarias municipais foram essenciais para que esse controle fosse possível.
A pesquisa desenvolvida junto à secretaria municipal de Alta Floresta d’Oeste possibilitou ainda estabelecer um parâmetro entre as ações que apresentam um resultado imediato e em longo prazo, assim é possível reconhecer que a conscientização da população deve ser o objetivo principal, pois ao ter consciência de que a dengue é um problema que afeta a todos, contribuirá com a eliminação de criadouros potenciais do mosquito e, por conseguinte a vigilância será constante para que a epidemia continue controlada de forma preventiva.
Em fim, é inquestionável a responsabilidade que o cidadão tem sobre o seu lixo, mas também é responsabilidade do poder público fiscalizar as pessoas físicas e jurídicas para evitar o aparecimento de possíveis focos do mosquito, coibindo comportamentos inadequados para a convivência em sociedade, e assim com esforço coletivo o controle deste problema que afeta atualmente todos os estados brasileiros torna-se possível.
REFERÊNCIAS
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Guia de vigilância epidemiológica. (Série A. Normas e Manuais Técnicos). Brasília 2005 816 p. Disponível em: 
http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/Guia_Vig_Epid_novo2.pdf. Acesso em 08 de maio de 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Resolução n° 417, de 29 de setembro de 2004 do Conselho Federal de Farmácia: Código de ética da profissão farmacêutica. Diário Oficial da União, 17 de novembro de 2004. Seção 1. 306 – 307 p, 2004. Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/diarios/805507/dou-secao-1-17-11-2004-pg-306 . Acesso em: 20 de maio de 2016.
BRASIL. Ministério da Saúde. Portal da Saúde. Balanço da Dengue Janeiro a Setembro de 2015. Disponível em:
http://portal.saude.gov.br/portal/arquivos/pdf/balanco_dengue_setembro.pdf
 Acessado em: 07 de fevereiro de 2016.
BRASIL. Instituto Brasileiro de Geografia e estatística. Estimativa populacional por estado. Disponível em: 
http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/estimativa2015/estimativa_tcu.shtm. Acesso em 08 de janeiro de 2016.
BRASIL.Plano nacional de saúde. Ministerio da Saude. Subsecretaria de Planejamento e Orçamento. Brasilia, 2015, 59 p. Disponível em http://conselho.saude.gov.br/biblioteca/Relatorios/plano_nacional_saude_2012_2015.pdf. Acesso em 04 de maio de 2016..
BRASIL. Ministério da Saúde. Secretaria de Vigilância em Saúde. Departamento de
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LOPES, J. V. D. L. O farmacêutico e suas responsabilidades na melhoria da saúde global. Pharmácia Brasileira. Conselho Nacional de Saúde, São Paulo, n. 86, p. 22. Disponível em:
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ANEXOS
ANEXO A – POSSIVEL CRIADOURO DE MOSQUITO ENCONTRADO EM 
VISTORIA DOS AGENTES DE ENDEMIAS.
Fonte: arquivo de fotos Secretaria Municipal de Saúde
ANEXO B – ASPERSÃO AEROESPACIAL DE INSETICIDAS EM ULTRA BAIXO VOLUME (UBV) REALIZADA PELOS AGENTES DA FUNASA
Fonte: arquivo de fotos da FUNASA – Fundação Nacional de Saúde
ANEXO C – ABERTURA DA CARREATA DE CONCIENTIZAÇÃO DE COMBATE A DENGUE. 
Fonte: arquivo de fotos da Secretaria Municipal de Saúde 
ANEXO D – PASSETA DE CONCIENTIZAÇÃO REALIZADA PELAS SECRETARIAS MUNICIPAIS DE SAUDE, FUNAZA E SEDAN.
Fonte: arquivo de fotos Secretaria Municipal de Saúde 
ANEXO E – FICHA DE ACOMPANHAMENTO DOMICIAR DO AGENTE DE SAÚDE.
Fonte: Secretaria Municipal de Saúde	
Foi detectata pela primeira vez no Rio de Janeiro, com expansão para algumas capitais do Nordeste de 1986 a 1993;
Registrada os primeiros casos de febre hemorrágica no início dos anos 90; 
A introdução do sorotipo Denv 3 no Rio de Janeiro (2000), resultou em uma grande epidemia em 2002, com cerca de 700 mil casos e taxa de incidência de 400 casos por 100 mil habitantes.
Em 2010 foi detectado a presença do Denv 4.Centro	2013	2014	2015	2016	20	12	0	0	Liberdade	2013	2014	2015	2016	15	7	0	0	Santa Felicidade	2013	2014	2015	2016	22	12	0	0	Redondo	2013	2014	2015	2016	12	15	0	0	Tucano	2013	2014	2015	2016	22	18	1	0	Cidade Alta	2013	2014	2015	2016	8	5	0	0	Princesa Izabel	2013	2014	2015	2016	26	14	0	0

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