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Respostas_das_Adicpocinas_Plasmáticas_ao_Treino_Intervalado_de_Alta

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262 Rev Bras Med Esporte – Vol. 26, No 3 – Mai/Jun, 2020
RESUMO
Introdução: A obesidade é uma das principais doenças dos tempos modernos. Entretanto, a explicação da 
sua fisiopatologia é recente e ainda não foi totalmente esclarecida. O tecido adiposo branco sintetiza e secreta 
adipocinas que acometem diversas patologias relacionadas à obesidade. O aumento excessivo desse tecido 
resulta no aumento dos níveis de adipocinas pró-inflamatórias e na consequente diminuição de adipocinas 
anti-inflamatórias. Entretanto, a maioria dos estudos utiliza o treinamento de intensidade moderada, limitando 
o entendimento do treinamento intervalado de alta intensidade nessas proteínas. Objetivo: Verificar as mais 
recentes informações sobre os efeitos do HIIT na melhoria do perfil das adipocinas circulantes. Métodos: Foi 
realizada uma pesquisa nos bancos de dados PUBMED, Scielo, Lilacs, HighWire, BVS e Cochrane Database of 
Systematic Reviews com as seguintes palavras chaves: HIIT adipokines, HIIT leptin, HIIT adiponectin. Onze es-
tudos foram selecionados, publicados em inglês e em português, entre os anos de 2013 e 2017. Resultados: O 
HIIT mostrou-se eficiente para aumentar a adiponectina na população adolescente e em atletas olímpicos, mas 
isso depende de um bom parâmetro de prescrição e da intensidade do exercício. Entretanto, as intensidades 
máximas ou supramáximas se mostraram superiores às intensidades baixas e moderadas. Por sua vez, a leptina 
apresentou significativa diminuição em resposta ao HIIT devido à redução do tecido adiposo, demonstrando 
uma relação diretamente proporcional. Outras adipocinas, como a omentina-1 e a Iiterleucina-10, também 
responderam de forma positiva ao HIIT, resultando em um melhor estado anti-inflamatório. Conclusão: O HIIT 
demonstrou ser um método eficiente para diminuir a inflamação decorrente da obesidade, assim como induzir 
uma melhora no rendimento esportivo. Entretanto, os efeitos dependem do volume de treino, intensidade e 
método de prescrição. Nível de evidência I; Estudo terapêutico-Investigação dos resultados do tratamento.
Descritores: Adipocinas; Leptina: Adiponectina.
ABSTRACT
Introduction: Obesity is one of the major diseases of modern times. However, the explanation for its pathophysiology 
is recent and has not yet been fully elucidated. White adipose tissue synthesizes and secretes adipokines that affect several 
pathologies related to obesity. Excessive growth of this tissue results in increased levels of pro-inflammatory adipokines 
and a consequent decrease in anti-inflammatory adipokines. Nevertheless, most studies use moderate intensity training, 
limiting the understanding of high intensity interval training in these proteins. Objective: To verify the latest information 
on the effects of HIIT in improving the profile of circulating adipokines. Methods: A search was performed on the data-
bases PUBMED, Lilacs, HighWire, BVS and the Cochrane Database of Systematic Reviews, with the following keywords: 
HIIT adipokines, HIIT leptin, HIIT adiponectin. Eleven studies were selected, published in English and Portuguese between 
2013 and 2017. Results: HIIT proved to be effective in increasing adiponectin in the adolescent population and in Olympic 
athletes, but this depended on a good prescription parameter and exercise intensity. However, maximum or supramaximal 
intensities were superior to low and moderate intensities. In turn, leptin presented a significant decrease in response to HIIT 
due to the reduction of adipose tissue, demonstrating a directly proportional relation. Other adipokines, such as omentin-1 
and interleukin-10, also responded positively to HIIT, resulting in improved anti-inflammatory status. Conclusion: HIIT 
proved to be an efficient method to reduce inflammation due to obesity, as well as inducing an improvement in sports 
performance. However, the effects depend on training volume, intensity and prescription method. Level of evidence I; 
Therapeutic study–Investigating the results of treatment.
Keywords: Adipokines; Leptin; Adiponectin.
RESUMEN
Introducción: La obesidad es una de las principales enfermedades de los tiempos modernos. Entretanto, la expli-
cación de su fisiopatología es reciente y aún no se ha dilucidado completamente. El tejido adiposo blanco sintetiza 
y secreta adipocinas que afectan diversas patologías relacionadas a la obesidad. El aumento excesivo de este tejido 
resulta en el aumento de los niveles de adipocinas proinflamatorias y la consiguiente disminución de las adipocinas 
antiinflamatorias. Entretanto, la mayoría de los estudios usa el entrenamiento de intensidad moderada, limitando 
el entendimiento del entrenamiento por intervalos de alta intensidad en estas proteínas. Objetivo: Verificar las más 
RESPOSTAS DAS ADIPOCINAS PLASMÁTICAS AO TREINO 
INTERVALADO DE ALTA INTENSIDADE: REVISÃO SISTEMÁTICA
RESPONSES OF PLASMA ADIPOKINES TO HIGH INTENSITY INTERVAL TRAINING: SYSTEMATIC REVIEW
RESPUESTAS DE LAS ADIPOCINAS PLASMÁTICAS AL ENTRENAMIENTO POR INTERVALOS DE ALTA 
INTENSIDAD: REVISIÓN SISTEMÁTICA
Geovani Messias da Silva3 
(Profissional de Educação Física) 
Mariane de Oliveira Sandes¹ 
(Acadêmica do Curso de Nutrição) 
Francisco Sérgio Lopes 
Vasconcelos-Filho2,5 
(Profissional de Educação Física)
Davi Sousa Rocha1 
(Profissional de Educação Física) 
Roberta Cristina da Rocha-e-Silva2,6 
(Médica Veterinária)
Carlos Alberto da Silva3 
(Profissional de Educação Física) 
Erica Carneiro Barbosa Chaves4 
(Profissional de Educação Física) 
Ivina Rocha Brito1 
(Bióloga)
1. Centro Universitário Estácio do 
Ceará, Fortaleza, CE, Brasil.
2. Universidade Estadual do Ceará 
(UECE), Laboratório de Bioquímica 
e Expressão Gênica, Instituto 
Superior de Ciências Biomédicas, 
Fortaleza, CE, Brasil.
3. Universidade Federal do Ceará 
(UFC), Instituto de Educação Física 
e Esportes, Fortaleza, CE, Brasil.
4. Universidade de Fortaleza, Escola 
de Saúde, Fortaleza, CE, Brasil.
5. Universidade Federal do Cariri, 
Juazeiro do Norte, CE, Brasil.
6. Faculdade de Juazeiro do Norte, 
Juazeiro do Norte, CE, Brasil.
Correspondência:
Geovani Messias da Silva.
Rua Luis Torres, 320, Maraponga, 
Fortaleza, CE, Brasil. 60710-700.
geovanimessias@alu.ufc.br
Artigo de revisão sistemáticA
SyStematic Review aRticle
aRtículo de ReviSión SiStemática
https://orcid.org/0000-0002-3757-7423
https://orcid.org/0000-0003-3140-0085
https://orcid.org/0000-0003-2961-0964
https://orcid.org/0000-0002-6487-0334
https://orcid.org/0000-0002-9267-0735
https://orcid.org/0000-0002-9507-3418
https://orcid.org/0000-0003-4774-4667
https://orcid.org/0000-0001-8724-7441
263Rev Bras Med Esporte – Vol. 26, No 3 – Mai/Jun, 2020
recientes informaciones sobre los efectos de HIIT en la mejora del perfil de las adipocinas circulantes. Métodos: Se realizó 
una búsqueda en los bancos de datos PUBMED, Lilacs, HighWire, BVS y Cochrane Database of Systematic Reviews con 
las siguientes palabras llave: HIIT adipokines, HIIT leptin, HIIT adiponectin. Se seleccionaron 11 estudios, publicados 
en inglés y portugués entre 2013 y 2017. Resultados: El HIIT se mostró eficiente para aumentar la adiponectina en la 
población adolescente y en atletas olímpicos, pero eso depende de un buen parámetro de prescripción e intensidad 
del ejercicio. Entretanto, las intensidades máximas o supramáximas se mostraron superiores a las intensidades bajas y 
moderadas. A su vez, la leptina presentó disminución significativa en respuesta al HIIT debido a la reducción del tejido 
adiposo, demostrando una relación directamente proporcional. Otras adipocinas, como omentina-1 e interleucina-10, 
también respondieron positivamente al HIIT, resultando en un mejor estado antiinflamatorio. Conclusión: El HIIT de-
mostró ser un método eficiente para disminuir la inflamación proveniente de la obesidad, así como inducir una mejora 
en el rendimiento deportivo. Entretanto, los efectos dependen del volumen de entrenamiento, la intensidad y el método 
de prescripción. Nivel de evidenciaI, Estudio terapéutico - Investigación de los resultados del tratamiento.
Descriptores: Adipoquinas; Leptina; Adiponectina.
Artigo recebido em 10/09/2018 aprovado em 07/08/2019DOI: http://dx.doi.org/10.1590/1517-869220202603213840
INTRODUÇÃO
As adipocinas são substâncias bioativas expressadas e secretadas 
pelos adipócitos. Uma vez considerado apenas como um tecido passivo 
que armazenava excesso de energia em forma de triacilgliceróis, 1 o tecido 
adiposo produz sinalização endócrina por meio dessas substâncias.2
As adipocinas desempenham um papel crucial na fisiopatologia das 
doenças metabólicas multifatoriais.3 Algumas dessas proteínas estão en-
volvidas no metabolismo lipídico, na sensibilidade a insulina, no sistema 
complemento, na hemostasia vascular, na regulação da pressão sanguínea e 
na angiogênese, bem como no balanço energético. No entanto, há uma lista 
crescente de adipocinas clássicas (TNF-alfa, IL-1b, IL-6, IL-8, IL-10), fatores de 
crescimento (fator de crescimento transformador beta, fator de crescimento 
nervoso) envolvidos em processos inflamatórios, bem como na desregulação 
das proteínas da fase aguda (inibidor do ativador do plasminogênio-1, hapto-
globina e amiloide sérico A), todos causados por excesso de tecido adiposo.4
A leptina e a adiponectina são as adipocinas mais abundantes no 
tecido adiposo e executam diferentes funções. A leptina foi o primeiro 
hormônio adipócito-específico a ser identificado e entre suas principais 
atividades estão o controle do gasto energético e a regulação do apetite.5,6 
A adiponectina mostrou efeitos na regulação do metabolismo energético 
e sensibilidade a insulina,7,8 assim como na estimulação da proteína cinase 
ativada por AMP (AMPK) no músculo esquelético,9 que demonstrou au-
mentar o número e a capacidade oxidativa das mitocôndrias.10 
Contudo, o aumento da adiposidade corporal causa desregula-
ção na secreção e expressão gênica das adipocinas, resultando em 
disfunção metabólica. Um balanço energético positivo e um estilo de 
vida sedentário conduz ao acúmulo de gordura visceral, infiltração de 
macrófagos e células T pró-inflamatórias. O fenótipo pró-inflamatório 
dos macrófagos M1 predomina e inflama o tecido adiposo, que por sua 
vez libera adipocinas pró-inflamatórias, como fator de necrose tumoral 
(TNF), causando uma inflamação sistêmica leve, mas significativa.11
Em indivíduos obesos, é observada resistência à leptina, resultando 
em um aumento na circulação da leptina.12 A hiperleptinemia pode 
ser atribuída à redução do transporte da leptina ao cérebro ou à di-
minuição de sinalização de leptina no hipotálamo.13 Por outro lado, a 
concentração plasmática de adiponectina em indivíduos não obesos é 
maior (2,5 vezes) que em indivíduos obesos.14 A relação entre leptina e 
o sexo feminino parece estar bem definida na literatura, a concentração 
de leptina está diretamente relacionada com os estágios maturacionais 
e inversamente relacionado com a idade da menarca,15 pois o aumento 
da leptina plasmática é um dos primeiros sinais do início e ativação do 
eixo hipotalâmico-pituitário-gonadal (HPG), resultando em aumento 
da concentração de estrogênio e da progesterona.15,16
Estudos sugerem um papel importante do exercício físico na regula-
ção das adipocinas.17-20 Entre as diferentes modalidades, o treinamento 
intervalado de alta intensidade (HIIT) tem sido empregado como estra-
tégia para prevenir a síndrome metabólica.21 O HIIT pode ser caracte-
rizado por sessões de curta duração compostas por repetições de alta 
intensidade, intercaladas com descanso ativo ou passivo.22
Existe evidência de que o HIIT é capaz de induzir secreção de hor-
mônio lipolítico, provavelmente pela ação do IGF-1 na estimulação da 
proteína cinase B e pela sinalização de testosterona no receptor de 
andrógenos, além de aumentar a capacidade oxidativa, estando dire-
tamente relacionada à redução de distúrbios metabólicos.23
Estudos envolvendo a prática de HIIT na secreção de adipocinas têm 
sido desenvolvidos em diferentes populações, especialmente em obesos 
e atletas.24-26 Assim, o presente trabalho tem como objetivo reunir as 
informações mais recentes acerca dos efeitos de diferentes protocolos 
de HIIT nas concentrações plasmáticas de adipocinas.
MÉTODOS
Para organizar essa revisão sistemática, foi realizada uma busca nas 
bases de dados PUBMED, Lilacs, HighWire, BVS e Cochrane Database of 
Systematic Reviews com as seguintes palavras-chave: HIIT adipokines, 
HIIT leptin, HIIT adiponectin.
Foram encontrados 13 artigos, publicados em inglês e português 
entre 2013 e 2017. Desses, 11 foram selecionados após uma leitura se-
letiva para avaliar se o tema do artigo era pertinente à presente revisão, 
seguido de uma leitura exploratória, na qual buscamos leia e interprete 
os dados presentes nos estudos (Figura 1). A avaliação da qualidade foi 
realizada utilizando a escala Physiotherapy Evidence Database (PEDro). 
A escala PEDro atribui uma pontuação de 10 com base em critérios 
descritos em outra parte. Para uma melhor compreensão dos dados, 
estudos clássicos foram utilizados na discussão.
RESULTADOS E DISCUSSÕES
Os estudos que procuravam avaliar os efeitos do HIIT nos níveis 
plasmáticos de adipocina são mostrados na Tabela 1. Existem poucos 
trabalhos nessa área, além disso, as várias maneiras de usar o método 
(por exemplo, remo ergométrico, cicloergômetro, tiros de diversas 
formas ao ar livre) dificultam a análise com base no treinamento. No 
entanto, todos os estudos aqui relatados demonstraram a eficácia 
do HIIT como método para a prevenção ou tratamento de distúrbios 
metabólicos causados pelo estilo de vida sedentário e obesidade 
ou melhora de adipocinas relacionadas ao desempenho esportivo, 
como a adiponectina. 24,27-,33
264 Rev Bras Med Esporte – Vol. 26, No 3 – Mai/Jun, 2020
Efeitos do HIIT na concentração plasmática de adipocinas
Adiponectina
A adiponectina mostrou uma relação inversa com a gordura vis-
ceral1, isso pode ser explicado pelo fator de necrose tumoral (TNF-α) 
que tem sido relatado como um forte inibidor da ação promovida pela 
adiponectina.34 Outras citocinas pró-inflamatórias regulam a atividade 
anti-inflamatória da adiponectina, especialmente a interleucina-6 
(IL-6) e a proteína C-reativa (PCR); TNF-α e adiponectina são inibidas 
mutuamente; a expressão de PCR é sub-regulada pela adiponectina; 
a expressão da adiponectina é suprimida pela IL-6.35 Baixos níveis de 
adiponectina plasmática foram encontradas em diabéticos tipo 2,36 
sugerindo que a adiponectina é um importante fator hormonal no con-
trole da sensibilidade à insulina. A maioria das intervenções ocorreram 
com adolescentes do sexo feminino, nas quais a adiponectina mudou 
positivamente nessa idade, quando praticavam HIIT três vezes por 
semana, durante 12 semanas,32 mas não mudou quando a frequência 
foi duas vezes por semana por seis meses.29 A diferença no resultado 
pode ter ocorrido devido a uma singularidade no treinamento realizado 
por Racil et al. (2013), pois o seu protocolo teve aumento de veloci-
dade a cada quatro semanas, o que não foi especificado por Blüher 
et al. (2016) onde o aumento da intesidade dependia da melhora da 
frequência cardíaca.
A combinação do HIIT com treinamento pliométrico também parece 
resultar em efeitos positivos na leptina e adiponectina.24 Racil et al. (2016a) 
distribuiram 68 adolescentes obesos em 3 grupos: HIIT, pliometria + HIIT 
e controle, todos treinados três vezes por semana durante doze semanas 
(com exceção do controle). O grupo que utilizou exercício pliométrico 
em conjunto com o HIIT apresentou efeitos superiores ao grupo que 
realizou apenas HIIT na porcentagem de massa livre de gordura, na 
concentração plasmática de leptina, glicose e adiponectina, razão lep-
tina-adiponectina, HOMAR-IR e agachamento com salto. Assim, o autor 
concluiu a eficácia do HIIT em adolescentes obesas, mas recomenda 
a utilização de exercícios pliométricos para melhorar as adaptações.
É interessantenotar que a adiponectina parece responder 
positivamente ao HIIT quando é prescrito a partir da velocidade aeróbica 
máxima,32,24 mas não quando a frequência cardíaca máxima (FCmáx) é 
usada.29,31 Outra observação interessante é que os dois primeiros estudos 
usaram intensidades máxima ou supramáxima e os dois últimos usando 
intensidades submáximas. Além disso, foi monitorado a taxa de troca 
respiratória (TTR) durante os testes pré-treinamento quando a adipo-
nectina respondeu positivamente,32,24 mas não quando não mudou ou 
quando respondeu negativamente.29,31 Esse fato pode ser explicado pela 
intensidade do treinamento ser monitorado com mais precisão quando 
se conhece a intensidade relacionada ao limiar anaeróbico (Lan), que 
pode ser estimada pela TTR, mas a FCmáx. não é um forte preditor da 
Lan em todas as intensidades.Figura 1. Sequência de pesquisa e resultados de pesquisa.
Total de artigos encontrados 
nas bases de dados
13
Artigos selecionados após 
leitura do resumo
11
Artigos selecionados após 
leitura completa
11
Artigos excluídos
2
Tabela 1. Estudos selecionados de acordo com o método apresentado.
Autores Design e Qualidade Amostra HIIT Critérios de prescrição
Sessões 
por 
semana
Duração 
total Adiponectina Leptina
Outras 
adipocinas
Blüher et 
al. (2016)
Estudo controlado randomizado, 
qualidade = 5/10
20 adolescentes 
obesos Não especificado
FCmáx: 80-95% 
/ 50-60% 2 6 meses NM NM aFABP NM
Kong et 
al. (2016)
Estudo controlado randomizado, 
qualidade = 4/10
10 pessoas, 
excesso de peso 
ou obeso
60x 8 “/ 12” Aumento com base no peso corporal 4 5 semanas SM NM SM
Neto et al. 
(2016)
Estudo controlado randomizado, 
qualidade = 5/10
32 homens e 
mulheres com 
excess de peso 
ou obesos
4x 4 ‘/ 3’ FCmáx: 90% / 70% 3 16 semanas ↓ SM
TNF-alfa ↑ e 
IL-6 ↓; IL-10 
NM
Ouerghi et 
al. (2017)
Ensaio controlado não 
randomizado, qualidade = 5/10
9 homens obesos 
e 9 homens no 
peso ideal 
2x 8x30 “/ 30” VOmáx: 100-110% / 50% 3 8 semanas SM SM
Omentin-1 
↑ no grupo 
treinado; PCR 
não foi alterado
Racil et al. 
(2016b)
Estudo controlado randomizado, 
qualidade = 6/10
17 adolescentes 
obesos 3x 4-8x15 “/ 15” VAmáx: 100% / 50% 3 12 semanas SM ↓ SM
Shing et 
al. (2013)
Estudo controlado randomizado, 
qualidade = 9/10
7 remadores 
estaduais e 
nacionais
8x 2.5 ‘/ 70% 
FCmáx or 5’
Teste incremental: 
90% / 40% test 2 4 semanas ↑ (agudo) SM SM
Sim et al. 
(2015)
Estudo controlado randomizado, 
qualidade = 5/10
10 homens com 
excesso de peso
Tiros repetidos 
15 “/ 60”
Pico VO2: 170% 
/ 32% 3 12 semanas SM ↓ SM
Vardar et 
al. (2017)
Ensaio controlado não 
randomizado, qualidade = 5/10
12 mulheres 
com excesso de 
peso ou obesas
4-6x teste 
de Wingate 
(30s esforço 
máximo) / 4-5 ‘
Teste de Wingate: 
0.065 kg / 
peso corporal / 
descanso passive
2 19 dias ↑ (agudo) ↓ (agudo) SM
Racil et al. 
(2016a)
Estudo controlado randomizado, 
qualidade = 5/10
46 adolescentes 
obesos
2x 6-8x30 “/ 30” 
or 2x 6-8x30 “/ 
30” + pliometria
Pico VO2: 100-
110% / 50% 3 12 semanas ↑ ↓ SM
Sim et al. 
(2015)
Estudo controlado randomizado, 
qualidade = 5/10
10 homens com 
excesso de peso
Tiros repetidos 
15 “/ 60”
Pico VO2: 170% 
/ 32% 3 12 semanas SM ↓ SM
Racil et al. 
(2013)
Estudo controlado randomizado, 
qualidade = 5/10
11 adolescentes 
obesos 2x 8x30 “/ 30”
VAmáx: 100-
110% / 50% 3 12 semanas ↑ SM SM
FCmáx: frequência cardíaca máxima; VAmáx: velocidade aeróbica máxima; ↑: aumento; ↓: redução; SM: sem mensuração; NM: não mudou.
265Rev Bras Med Esporte – Vol. 26, No 3 – Mai/Jun, 2020
Meyer, Gabriel, Kindermann et al. (1999), mostraram que a pres-
crição da FCmáx pode variar dependendo do indivíduo. O limiar 
anaeróbico individual (LAI) variou de 53 a 85% quando a frequência 
cardíaca estava em 70% da FCmáx e de 87 a 116% do LAI quando a 
frequência cardíaca estava em 85% da FCmáx. Esses dados mostram 
que a prescrição apenas da FRmáx pode causar intensidades altas 
ou supra-máximas em diferentes indivíduos, mesmo que estejam na 
mesma porcentagem da FCmáx.
A adiponectina também pode ser estudada como marcador de 
desempenho. Juramae, J., Purge and Jurimae T., (2006) relataram que 
remadores selecionados para representar a equipe Olímpica tiveram 
aumento de adiponectina na circulação após um máximo de 2000 
metros, uma vez que os remadores não selecionados tiveram uma 
diminuição de adiponectina circulante. Isso é possível devido ao efeito 
da adiponectina na função energética, como: atividade da AMPK e 
aumento da PGC1-alfa, à consequente biogênese mitochondrial. Shing 
et al. (2013) testaram o efeito do HIIT em remadores à nível estadual 
e nacional por quatro semanas, o treinamento consistiu em 90% do 
esforço medido através de um teste incremental (TI) por dois minutos 
e trinta segundos, intercalado pela recuperação para 40% do esforço 
alcançado na TI até a frequência cardíaca retornar a 70% do máximo 
ou atingir um esforço máximo de 5 minutos de recuperação ativa. O 
treinamento foi realizado em um ergômetro de remo para facilitar a 
adaptação dos atletas. Ao final da intervenção a adiponectina melhorou 
na resposta aguda ao exercício e foi observada uma melhora ampla 
mas não estatisticamente da adiponectina em repouso. O estudo 
também incluiu um grupo com um treinamento tradicional variando 
de 35 a 40 minutos, correspondendo a intensidade alcançada em 
uma concentração de lactato de 2 a 3 mmol / L. Mas este grupo não 
teve nenhuma diferença significativa na adiponectina pós-exercício 
ou adiponectina em repouso.
Esses dados podem ser interpretados de duas maneiras, o HIIT pode 
ter sido superior ao treinamento tradicional para melhorar a concentração 
de adiponectina, porque ele possui maior intensidade por unidade de 
tempo ou os atletas responderam melhor devido à mudança na rotina 
dos exercícios mediada pelo HIIT. Os autores também recomendaram 
que estudos futuros devem ser conduzidos para esclarecer a relação do 
aumento da adiponectina com várias adaptações fisiológicas observadas, 
como a dimunuição da massa gorda e aumento do VO2máx no grupo 
HIIT, mas não no grupo de treino tradicional.33 
Leptina
Os efeitos do HIIT na concentração plasmática de leptina ainda não 
está totalmente elucidada porque os achados são controvérsos, com 
diminuição da concentração plasmática em alguns estudos (24,25,24,28). 
Embora não apresente modificações em outros.29,30
Nos estudos em que a leptina declinou houve uma diminuição da 
massa gorda, o qual não ocorreu quando permaneceu inalterado. Isso 
sugere que a queda da leptina em repouso está intimamente ligada a 
redução da massa gorda. Contudo, Blüher et al. (2016) demonstraram 
que a leptina permaneceu inalterada mesmo com a redução da massa 
gorda, isso pode ter ocorrido porque o percentual de massa gorda 
estava muito alto antes do treinamneto e mesmo com a diminuição 
pós-treinamento, não era suficiente para produzir melhorias significantes 
na concentração de leptina. 
Apesar do efeito anteriormente mensionado da leptina, tal como 
regular o apetite e aumentar a oxidação dos ácidos graxos, as pessoas 
obesas não parecem responder de maneira análoga às pessoas eu-
tróficas. Altas concentrações de leptina estão associadas com alguma 
resistência, isso pode ser causado por problemas no transporte através 
da barreira hematoencefálica e pela sinalização neural da leptina 
prejudicada nos neurônios-alvo.37 Considine et al. (1996) relataram 
que embora a concentração de leptina aumente diretamente propor-
cional ao percentual de massa gorda, indivíduos obesos apresentam 
insensibilidade à produção endógena da mesma. Esse fato corrobora 
com as indicações de falha no mecanismo de ação da leptina quando 
a concentração plasmática aumenta.37 Assim, é interessante que as 
concentrações de leptina diminuam em resposta ao treinamento, 
pois isso pode ser indicativo de melhora no metabolismo energético 
ou redução da massa gorda. Além disso, parece estar relacionado a 
melhora da sensibilidadeperiférica a insulina (músculo esquelético) 
e à modulação da função das células β pancreáticas,12 evitando o 
desenvolvimento de diabetes tipo 2. 
Outras adiponectinas
Alguns estudos encontraram outras adipocinas como TNF-α, IL-6, IL-
1031, omentina-1, proteína C-reativa (PCR) e a gordura adipocitária (aFABP)27. 
O primeiro estudo mostrou que marcadores pró-inflamatórios, como o 
TNF- α e IL-6, aumentaram e diminuíram, respectivamente. No entanto, 
marcadores pró-inflamatórios, como IL-10 e adiponectina, não mudaram 
ou diminuíram, respectivamente. Contudo, Neto et al. (2016) usaram FCmáx 
como um fator preditivo do treinamento, o que facilita os sintomas de 
overreaching não funcional e pode levar a um estado inflamatório. 
A omentina-1 é uma adipocina recentemente descoberta, secretada 
principalmente pelo tecido adiposo visceral e tem alta expressão no 
tecido adiposo do estroma de células vasculares.33 Isso foi demonstrado 
que melhora o transporte da glicose mediada pela insulina e também 
estimula a fosforilação de AKT nos adipócitos, levando a crença de que 
melhora a sensibilidade à insulina.38,27 Por outro lado, PCR é um marcador 
para o risco de doenças cardiovasculares, mostrando também ser um 
forte preditor de futuro infarto agudo do miocárdio.39 
Ouerghi et al. (2017), mostraram que no treinamento de HIIT as con-
centrações de omentina-1 em indivíduos obesos foram superiores as dos 
indivíduos com peso normal, mas não alterou a concentração plasmática 
de PCR. A melhoria mais pronunciada em indivíduos obesos pode estar 
relacionada a diminuição do índice de massa corporal (IMC) e da massa 
gorda nesses indivíduos, o que não ocorreu em pessoas com o peso 
normal. Os autores também observaram uma relação positiva da omen-
tina-1 com o IMC, colesterol total e VO2máx, mas negativamente com o 
colesterol LDL e a massa gorda. No entanto, não mostrou relação com 
o HOMAR-IR, embora esse índice tenha diminuído em pessoas obesas. 
O aFABP é a principal proteína no citoplasma de adipócitos e ma-
crófagos maduros, e é reconhecida como uma proteína chave vinculada 
a fatores como obesidade, diabetes e aterosclerose.40 Essa adipocina 
também está relacionada com a regulação do transporte intracellular 
de ácidos graxos e à patogênese da síndrome metabólica. Altas taxas 
de produção de aFABP estão relacionadas ao aumento do colesterol e 
acúmulo de triacilgliceróis, bem como ao aumento da expressão dos 
marcadors pró-inflamatórios Ridker PM.29 Proteína C reativa de alta sen-
sibilidade: potencial adjunto para avaliação de risco global na prevenção 
primária de doenças cardiovasculares.
 Blüher et al. (2016) mostraram que o aFABP não mudou em resposta 
ao HIIT, para uma melhor compreensão da relação dessa adipocina com 
o exercício, é necessário mais pesquisas.
Em resumo, devido a diferentes desenhos metodológicos do HIIT e 
a diferentes amostras, os dados variam bastante (Figura 2). A obesidade 
leva a desregulação das concentrações séricas de várias adipocinas que 
atuam em vários orgãos causando efeitos prejudiciais na morfologia e 
na função. O HIIT atua como um agente terapêutico não invasivo que 
melhora a concentração de várias adipocinas no sangue, o que pode 
prevenir danos aos tecidos. 
266 Rev Bras Med Esporte – Vol. 26, No 3 – Mai/Jun, 2020
CONCLUSÃO
A presente revisão constatou que o HIIT é uma metodologia 
interessante a ser recomendada para o tratamento ou prevenção 
da síndrome metabólica, pois atua diretamente sobre os fatores 
fisiológicos que levam a essa condição. No entanto, o HIIT demons-
trou apenas efeitos significativos na concentração plasmática de 
adipocina quando foi prescrito em intensidade quase máxima, 
máxima ou supramáxima, de modo que a intensidade precisa ser 
controlada por técnicas precisas, como a concentração de lactato 
ou razão da troca respiratória. 
Em uma abordagem prática, o HIIT parece ser uma opção viável 
para reduzir a inflamação devido a obesidade mesmo se não ocorrer 
perda de gordura. No entanto, mais estudos precisam ser realizados 
para proporcionar aos profissionais de saúde, especialmente educadores 
físicos, uma melhor compreensão dos processos que medeiam essas 
respostas, ajudando a aplicar protocolos mais eficientes.
Todos os autores declararam não haver qualquer potencial conflito 
de interesses referente a este artigo.
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Figura 2. Visão geral da desregulação da adipocina na obesidade e os efeitos tera-
pêuticos do HIIT.
Adipocinas
desregulação
Adiponectina
Interleucina-6
Omentin-1
Proteina C reativa
Leptina
PAI-1
aFABP
Angiotensionogênio
Angiotensina II
TNF-alfa
Interleucina-10
Hipertrofia e hiperplasia
Obesidade
Orgãos afetados
Treinamento HIIT
Adipocinas
alterações
Adiponectina: aumentou (aguda e em repouso) ou diminuiu
Leptina: diminui (agudo e em repouso se a massa adiposa diminuir) ou 
não mudou
TNF-Alfa: aumentou ou diminuiu
Interleucina-6: diminuiu
Interleucina-10: não mudou
Omentin-1: aumentou
Proteina C reativa: não mudou
aFABP: não mudou
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CONTRIBUIÇÕES DOS AUTORES: Cada autor contribuiu individual e significativamente para o desenvolvimento do manuscrito. GMS: redação, revisão, pesquisa em bases de dados 
e confecção de todo o projeto de pesquisa; IRB: análise dos dados e redação; FSLVF: tradução e revisão; RCRS e CAS: revisão; ECBC: redação; MOS: redação e normalização as normas 
da revista; DSR: redação e revisão. Todos os autores revisaram e aprovaram a versão final do manuscrito.
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