Atividade Autonoma Aura - Obrigações e Responsabilidade Civil

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AULA 01
- Tópico de aprendizagem: RELAÇÃO JURÍDICA OBRIGACIONAL E O CÓDIGO CIVIL DE 2002
Referência: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2019. 
Questão 01: Na seguinte situação hipotética: 
Gregório Matias é casado com Adília Matias, pelo regime de comunhão total de bens. Ele se comprometeu com a mulher a acompanhá-la a uma cerimônia de colação de grau, também a ir a imobiliária onde devem firmar um contrato de compra e venda de um imóvel que estão adquirindo. Gregório enquanto fala com a mulher, acaba se distraindo e colidindo de maneira leve com um veículo, causando um prejuízo da ordem de R$750,00. 
Com essa narrativa, analise as afirmativas abaixo:
1. Há no caso proposto três tipos de obrigações, entretanto para o direito apenas e terceira situação tem interesse, pois trata-se de uma obrigação oriunda de ilícito.
1. Os três tipos de obrigações têm relevância para o direito, a primeira por estar no contexto de uma relação jurídica estabelecida através do casamento, e as outras duas obrigações oriundas de contrato uma obrigação de fazer. 
1. Apenas a segunda expressa uma relação obrigacional. A primeira trata-se uma obrigação sem relevância jurídica, a segunda é ato inconclusivo e a terceira deriva de fato ilícito.
1. O caso apresenta duas relações jurídicas obrigacionais a primeira pois deriva como obrigação firmado através do casamento. Está entre os deveres matrimoniais e a terceira, pois deriva de ato ilícito. 
1. No caso, há relações obrigacionais: a primeira é uma obrigação moral e não tem relevância jurídica e as duas seguintes, quando concretizada através do contrato de compra e venda e a terceira por lesão ao patrimônio.
- Tópico de aprendizagem: RELAÇÃO JURÍDICA OBRIGACIONAL E O CÓDIGO CIVIL DE 2002
Referência: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2019.
Questão 02: Como definição de dever, segundo Kelsen temos que: "o dever jurídico não é mais que a individualização, a particularização de uma norma jurídica aplicada a um sujeito". No mesmo âmbito temos respectivamente a compreensão sobre: obrigação, ônus e sujeição sucessivamente:
a) Obrigação pressupõe uma prestação e um vínculo obrigacional entre devedor e credor, ônus está ligado a ideia de encargo e sujeição a um vínculo em função de norma.
b) Obrigação é conceito que tem como pressuposto um credor e um devedor, ônus é o mesmo que encargo e sujeição vínculo em função de um contrato. 
c) Obrigação é uma relação jurídica transitória entre um sujeito ativo e outro passivo. Ônus tem como pressuposto a atenção ou a manutenção de uma vantagem para o onerado e por fim sujeição diz respeito a uma condição ou situação que o sujeito tem de suportar na sua esfera jurídica, por outra pessoa.
d) Por conceito de obrigação entendemos os encargos suportados em função de uma prestação, Ônus é o mesmo que encargo e sujeição derivam de contrato. 
e) Obrigação é uma relação jurídica permanente e definitiva entre um sujeito ativo e outro passivo. Ônus tem como pressuposto a atenção ou a manutenção de uma vantagem para o onerado e por fim sujeição diz respeito a uma condição ou situação que o sujeito tem de suportar na sua esfera jurídica, por outra pessoa. 
AULA 2
- Tópico de aprendizagem: Obrigações civis, naturais e propter rem
Referência: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2019.
Questão 01: Conforme Carlos Roberto Gonçalves: Obrigação propter rem é a que recai sobre uma pessoa, por força de determinado direito real. Só existe em razão da situação jurídica do obrigado, de titular do domínio ou de detentor de determinada coisa. Considerando a afirmativa, analise as alternativas abaixo: 
1. Este tipo de obrigação é aplicável mesmo quando o obrigado apenas tem a posse e não a propriedade;
1. Também denominada de obrigação ambulatorial, pois não é possível que outro que não o detentor do direito de propriedade;
1. São obrigações que surgem ex vi legis, atreladas a direitos reais, mas com eles não se confundem, em sua estruturação;
1. são concebidas como ius ad rem (direitos por causa da coisa, ou advindos da coisa);
1. representam ius in re (direito sobre a coisa, ou na coisa).
1. Somente estão corretas I, IV e V
1. Somente estão corretas I, III, IV
1. Somente estão corretas III, II
1. Somente estão corretas IV e V
1. Somente estão corretas I e V
- Tópico de aprendizagem: Obrigações de dar coisa certa, dar coisa incerta, fazer ou não
Referência: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2019.
Questão 02: Na seguinte situação:
Mauricio José possui um Supermercado, com duas filiais localizadas em bairros da periferia da cidade. Por causa da concorrência, resolve comprar diretamente do fornecedor. Assim, entra em contato com Júlio Silva, produtor de arroz. Após negociações, acertaram o seguinte: Seriam entregues 200 kg de arroz, em 15 dias. Após o prazo agendado, Júlio chega para fazer a entrega, porém Mauricio se nega a receber, pois os 200 kg de arroz são do tipo 2 e ele só vende tipo 1. 
Diante do caso, é possível dizer:
1. Trata-se de obrigação de dar coisa incerta e, portanto, a escolha cabe ao devedor, Júlio Silva;
1. No caso proposto, falta o atributo essencial para que seja possível a escolha, ato atribuível ao devedor;
1. Nas obrigações de dar coisa incerta a coisa será indicada pela qualidade e gênero, portanto falta requisito para a escolha pelo devedor e a validade do acordo;
1. A escolha cabe ao credor, portanto a Mauricio José;
1. O acordo não tem validade, pois as obrigações têm como fonte o Contrato escrito;
AULA 3
- Tópico de aprendizagem: Obrigações cumulativas, alternativas e facultativas, divisíveis e indivisíveis 
Referência: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2019.
Questão 01) No seguinte Acordão:
Órgão Julgador: Quarta Turma Recursal Cível
Comarca de Origem: PALMEIRA DAS MISSÕES
Seção: CIVEL
Assunto CNJ: Promessa de Compra e Venda
Decisão: Acordão
Relator: Jerson Moacir Gubert
Ementa: RECURSO INOMINADO. AÇÃO REGRESSIVA DE COBRANÇA. SOLIDARIEDADE PASSIVA ENTRE AS PARTES. DÍVIDA CONSTITUÍDA MEDIANTE ESCRITURA PÚBLICA DE CONFISSÃO DE DÍVIDA EM BENEFÍCIO DE INSTITUIÇÃO COOPERATIVA DE CRÉDITO. AUTORA QUE ALEGA TER REALIZADO SOZINHA O PAGAMENTO E INTEGRAL DA CÉDULA DE CRÉDITO BANCÁRIO. FATOS CONSTITUTIVOS NÃO EVIDENCIADOS. ART. 373, I, DO CPC. TESE DEFENSIVA ACERCA DA ILICITUDE DO DOCUMENTO DE ORIGEM DA DÍVIDA. NECESSIDADE DE DENUNCIAÇÃO DA LIDE À COOPERATIVA CREDORA. SENTENÇA REFORMADA. COMPLEXIDADE DA CAUSA PARA O JEC. RECURSO PROVIDO. (Recurso Cível, Nº 71009032376, Quarta Turma Recursal Cível, Turmas Recursais, Relator: Jerson Moacir Gubert, Julgado em: 20-10-2020)
Com base nesse fragmento de decisão, assinale a opção correta.
1. A solidariedade não se presume ela decorre de manifestação expressa ou legal;
1. Há solidariedade, quando em diferentes obrigações conexas concorre mais de um credor, ou mais de um devedor, cada um com direito, ou obrigado, à dívida toda;
1. A remissão de um dos coobrigados não aproveita os demais, salvo no que diz respeito à oposição de uma condição especifica;
1. Se um credor vier a falecer, seus herdeiros poderão exigir de qualquer devedor toda a dívida;
1. Convertida a dívida em perdas e danos, perde-se o vínculo de solidariedade, pois não há mais laços contratuais entre as partes.
- Tópico de aprendizagem: Obrigações cumulativas, alternativas e facultativas, divisíveis e indivisíveis 
Referência: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2019.
Questão 02) Analise a situação a seguir:
Aloisio Silva, proprietário da Loja Sobre rodas Ltda. se comprometeu a entregar um veículo tipo Creta, ano 2020, Marca Hyundai em 15 dias a Armando em troca de insumos fornecidos a sua loja. Ele se compromete também a entregar o equivalente ao valor do veículo caso não consiga fazer a entrega. Ao final do Prazo, Armando procuraa loja de Aloisio recebendo a informação que a fabricante está atrasando as entregas em pelo menos 60 dias. Aloisio se exime da culpa e pede mais tempo a Armando, que não aceita, instalando-se uma disputa. 
Neste caso, é correto o que se afirma em:
1. Trata-se de uma obrigação indivisível e, portanto, só se dará a quitação com a entrega da coisa, no caso, o veículo;
1. Se uma das duas prestações não puder ser objeto de obrigação ou se tornada inexequível, subsistirá o débito quanto à outra;
1. Nesse tipo de obrigação a escolha cabe ao devedor;
1. Armando não pode exigir o valor do veículo, pois acordou em receber o Creta, cabendo a Aloisio por liberalidade dele, entregar o dinheiro.
1. Somente I e III estão corretas
1. Somente I, II e III estão corretas
1. Somente IV está correta
1. Somente II e IV estão corretas
1. Somente II e III
AULA 4
- Tópico de aprendizagem: Do pagamento em consignação e imputação do pagamento
Referência: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2019.
Questão 01)
A Lei nº 13.105 de 16 de março de 2015 criou um procedimento para a consignação em pagamento, forma de extinção da obrigação. Analise as proposições abaixo e assinale aquela que configura hipótese de uso desse instrumento processual.
1. Jose Carlos possui obrigação com Maria José, a ser paga todo dia 10 de cada mês na casa da credora. Ocorre que nos dois últimos meses, encontra a casa fechada. Quer pagar, mas não sabe como encontrar sua credora; 
1. Paulo no momento de pagar sua dívida percebe que errou nos cálculos, pedindo ao seu credor que receba o valor que possui e pagará o que falta depois. O credor não aceita e se nega a receber o valor;
1. Ana Paula comprou um veículo, firmando contrato de financiamento com o Banco Surprise. Após seis meses, houve conselho a respeito de supostos juros abusivos cobrados pela instituição financeira. Resolve consignar valor para discutir os juros com a empresa;
1. João quer pagar uma antiga obrigação que tem com Maria. Entretanto ela mora distante hora e meia de carro, então para não se deslocar ele pretende consignar o valor;
1. Valeria, João e José são herdeiros de Mauro. O pai antes de falecer possuía uma dívida de R$10.000,00, em atraso há 8 meses. Para evitar problemas, eles querem consignar o valor para que não haja execução sobre o patrimônio. Eles não corrigiram o valor.
- Tópico de aprendizagem: Do objeto e da prova do pagamento direto
Referência: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2019.
Questão 2
 O Conteúdo da prestação será sempre o objeto do pagamento, por conseguinte se considerará quitada a obrigação quando cumprida obrigação de fazer, ou entregue coisa na obrigação de dar. Considerando as informações apresentadas, assinale a opção correta.
1. o credor não pode ser obrigado a receber, nem o devedor a pagar, por partes, se assim não se ajustou contratualmente;
1. o devedor poderá quitar a obrigação, contraída em dinheiro, por bem que se equipare, como ouro ou pedra preciosa;
1. A desproporção na prestação não justifica, que após contrato firmado, seja revista e reduzida ou aumentada;
1. A quitação de obrigação de trato sucessivo, somente será concedida após o pagamento total, considerando-se para execução, seu valor integral;
1. O pagamento antecipado, considerar-se á quitado na data do vencimento.
AULA 05
- Tópico de aprendizagem: Da novação, compensação, confusão e remissão de dívidas
Referência: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2019.
Questão 1
Joelma Pires é credor de João Aparecido, tendo lhe vendido um veículo, tipo caminhão Volvo, no valor de R$300 mil reais pagos na seguinte maneira: 30% a vista e os 70% restantes em 24 parcelas, dando em garantia da dívida um imóvel de sua propriedade. Ocorre que, na 14º parcela João deixa de pagar por dificuldades em virtude da pandemia. Ele é procurado por Isabela Cazcaz, ex esposa de João que se oferece para quitar a Obrigação. Ela é separada de fato, e teme pela casa, em que mora com os filhos de 14, 16 e 19 anos respectivamente.
Diante do fato narrado, o credor pode:
1. Informar a Isabela que não poderá aceitar a oferta pois não existe previsão legal para a oferta feita;
1. Informar a Isabela que só poderá aceitar a oferta se houver o aceite do devedor, portanto do seu ex-marido;
1. Informa João acerca da oferta de Isabela e propõe a ele que parcele a dívida em 20 parcelas, em novação;
1. Informaria a Isabela que receberia o pagamento e daria a quitação da dívida;
1. Informaria a Isabela que ela não é parte legitima para propor o acordo.
Questão 2
- Tópico de aprendizagem: Da novação, compensação, confusão e remissão de dívidas
Referência: GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro. 10ª Edição. São Paulo: Saraiva, 2019.
A origem etimológica do termo “remissão” supostamente se dá a partir do latim remissionis, que significa “ação de pôr a caminho de novo”, ou seja, de “recomeçar”. Para o Direito a acepção do termo tem outra conotação. Analise as alternativas abaixo e marque aquela que melhor contempla este Instituto de Direito das Obrigações.
1. A remissão da dívida concedida a um devedor solidário a todos aproveita;
1. Somente o ânimo de perdoar vale para que se realize a remissão;
1. A remissão deve ser feita de maneira explicita através de recibo de quitação;
1. A remissão da dívida, aceita pelo devedor, extingue a obrigação, mas sem prejuízo de terceiros;
1. A simples devolução do título que representa a obrigação não comprova a remissão.