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UNESA
DIREITO DAS OBRIGAÇÕES e
RESPONSABILIDADE CIVIL
CURSO DE DIREITO
PROFA. PATRICIA DUSEK
OBRIGAÇÕES E 
RESPONSABILIDADE CIVIL
	Aula 1 conceito de obrigações
Vínculo de natureza patrimonial que se estabelecem entre pessoas, colocando-as uma em face da outra, na posição de credora e devedora, sendo que uma poder de exigir e a outra o dever de cumprir uma prestação.
Em outras palavras:
“O direito das obrigações consiste num complexo de normas que regem relações jurídicas de ordem patrimonial, que têm por objeto prestação de um sujeito em proveito do outro”. Carlos Roberto Gonçalves
CARACTERÍSTICAS
Vínculo de natureza pessoal – liga pessoa (s) à pessoa (s) dando a uma o direito de exigir e a outro o dever de cumprir.
Vínculo creditício
Patrimonialidade
DIFERENÇAS PARA OS DIREITOS REAIS
Quanto ao objeto: no d. obrigacional exige-se o cumprimento de uma prestação ao passo que os direitos reais incidem sobre uma coisa
Quanto ao sujeito: o sujeito passivo é determinado, no caso dos direitos das obrigações; no direito real é exercido contra pessoas indeterminadas – contra todos
Quanto à duração – no direito das obrigações é transitório e nos direitos reais, perpétuos, em regra
Quanto ao exercício – no d.o. exige um intermediário para o seu exercício; no d. real, é exercido diretamente sobre a coisa
ELEMENTOS ESTRUTURAIS DAS OBRIGAÇÕES.
Subjetivo – sujeito ativo e sujeito passivo
Objetivo – prestação: a) positiva (dar e fazer) b) negativa (não fazer)
Vínculo jurídico – elemento imaterial – nasce de várias fontes como os contratos , as declarações unilaterais de vontade e os atos ilícitos
O vínculo jurídico compõe-se de dois elementos: débito e responsabilidade
DIFERENÇAS ENTRE:
DEVER E ÔNUS
 o dever — e a obrigação — como vínculo imposto à vontade do sujeito em razão da tutela de interesse alheio e cujo descumprimento compreende um ilícito, importando a aplicação de sanção jurídica; de outro o ônus como vínculo imposto à vontade do sujeito como condição para a satisfação do seu próprio interesse e cujo descumprimento não importa a aplicação de sanção jurídica, mas tão-somente efeitos econômicos negativos.
visualizando hipóteses nas quais o objeto do ônus configura prestações de dar — a caução para participação de licitação pública e o depósito compulsório para viagem ao exterior — teremos que ninguém está juridicamente compelido a participar de tais licitações ou a viajar ao exterior. Se, porém, alguém pretender fazer uso de tais direitos, ficará sujeito — mas tão-somente neste caso — ao pagamento da caução ou do depósito. E m ambas as hipóteses estamos diante de ônus que compreendem prestação de dar. O seu cumprimento respeita à satisfação não de interesse alheio, mas dos próprios sujeitos vinculados pelo ônus. O não-cumprimento do ônus não consubstancia ilícito e, portanto, não importa a aplicação de sanções jurídicas àqueles sujeitos. O único efeito decorrente daquele não-cumprimento se 183 expressa e m termos de desvantagem decorrente da impossibilidade de participação na licitação e da viagem ao exterior. Os sujeitos e m questão, vinculados por ônus, nem por isso estão compelidos ao pagamento da prestação de dar (a) e à participação e m licitação ou à viagem ao exterior (b).
ATIVIDADE VERIFICADORA DE APRENDIZAGEM
(A) Lourival Nóvoa se compromete a levar sua irmã ao casamento dela, às 17 horas de uma sexta feira. Ocorre que ele muito cansado, pega no sono só acordando às 21 horas daquele dia. A irmã dele mora em local de difícil acesso e só consegue chegar na Igreja às 20h00 quando o padre já não podia mais realizar seu casamento. Entendendo a situação ele reagenda para o dia seguinte. Ela fica chateada com o irmão, principalmente porque havia marcado uma festa para o dia seguinte, ficando muito corrido a festa e o casamento no mesmo dia.
ATIVIDADE VERIFICADORA DE APRENDIZAGEM
(B) Victor Russo produtor de laticínios fará o transporte de produtos perecíveis para abastecer o mercado de Rogério Penna. Ele deveria sair na segunda feira conforme se comprometeu, pois são dois dias de viagem e Rogério está quase sem produtos para vender. Na quarta feira é o dia em que mais vende em seu mercado. Ocorre que Victor Russo resolveu sair só na quarta feira, pois na terça marcou compromisso caseiro. 
VERIFICAÇÃO DE APRENDIZAGEM
Diante dos casos (A) e (B), pergunta-se: (i) Que tipos de responsabilidade podem ser encontradas: moral ou contratual? (ii) Quais as consequências nos dois casos para Lourival e Victor? (iii)
ESTUDO DE CASO
A empresa empreiteira Construcart SA é responsável pela construção de dez torres de apartamentos, cada torre com 40 unidades. O Supervisor da obra, Marcos Nobre anda insatisfeito com seus patrões e por isso, faz vista grossa as ações dos empregados que andam desviando material de primeira, substituindo por material de segunda que poderá comprometer a segurança dos futuros proprietários dos imóveis. A situação perdura por meses. Com base nas discursões teóricas contidas nesta aula discuta as seguintes questões:
1. Neste caso, há a presença de quais tipos de obrigações? 
2. A empresa poderá ser responsabilizada pelos atos de Marcos?
3. Faça um gráfico a partir das relações jurídicas obrigacionais identificadas no caso prático.
AULA 2
FONTES DAS OBRIGAÇÕES
A lei – fonte primária
os contratos 
as declarações unilaterais de vontade e 
os atos ilícitos e abuso de direito
Títulos de crédito
Caso concreto
Caso concreto Vera alugou imóvel para Lourdes no ano de 2017. Em 2018, Lourdes, que atravessava por problemas financeiros decorrentes de sua demissão do banco em que trabalhava, não conseguiu mais quitar as despesas com aluguel e condomínio, estando inadimplente por quatro meses até a presente data. Inconformada com a situação a locadora, Vera, que não acredita nos meios judiciais para solução de conflitos, contrata um carro de som para ficar na entrada do condomínio de Lourdes, dizendo que a locatária é uma grande estelionatária e inadimplente, por não arcar com suas obrigações. Tal ato gerou grande constrangimento à Lourdes, que já não mais deseja sair de casa. Aponte qual fonte do direito obrigacional pode ser visualizada no presente caso concreto.
SITUAÇÃO PROBLEMA
Ademir Silva Possui uma casa, num Condomínio Fechado. Com filhos pequenos, resolve se mudar para o interior, vindo a morar numa chácara. Para não deixar o apartamento fechado ele aluga para Mariana Pereira, por um período de 36 meses. Ficou acertado que ela pagaria o IPTU, nos meses de aluguel. Após 4 meses, ele recebe uma notificação do Condomínio apresentando multas por descumprimento de normal do Condomínio, principalmente com o deposito de lixo em local errado e de forma errada. Ele então entra em contato com Mariana, alegando que as multas são dela e não dele. 
A partir desta situação, é possível indagar: quais as relações obrigacionais que você identifica na situação- problema? Uma vez identificadas, qual é o objeto da obrigação/obrigações identificadas?
ESTUDO DE CASO
ESTUDO DE CASO:
Aproveitando o recebimento de seu 13 salário, João Silva contrata Inácio Souza para pintar sua casa. Este, subcontrata Edmar Adário para pintar apenas o muro. O trabalho deveria ser executado em 20 dias. Ocorre que, nos últimos 15 dias de execução do trabalho, Edmar abandona o serviço. Inácio que já está com outro contrato, em outro imóvel em execução, diz que somente poderá terminar o serviço dali a 3 meses. João fica bastante irritado, pois já foi feito todo o pagamento da avença e o procura para que o esclareça sobre seus direitos. Assim, como advogado de João quais seriam as respostas às suas indagações? Para sua pesquisa, verifique: (a) qual o tipo de obrigação, presente na situação narrada? (b) É possível que outra pessoa execute o serviço, para que Inácio pague? (c) Na eventual execução do contrato, poderia João pleitear danos?
	Aula 3
MODALIDADES (classificação)DAS OBRIGAÇÕES
OBRIGAÇÕES DE DAR
COISA CERTA – DETERMINADA – DISTINGUE-SE DE QUALQUER OUTRA COISA
COISAINCERTA – CONSIDERADA PELO GÊNERO E QUANTIDADE
ART. 313
OBRIGAÇÃO DE FAZER – CUMPRE-SE COM UM FAZER
OBRIGAÇÃO DE NÃO FAZER – CUMPRE-SE COM A ABSTENÇÃO
AS OBRIGAÇÕES PODEM SER SIMPLES (TODOS OS ELEMENTOS NO SINGULAR) E COMPOSTAS OU COMPLEXAS (HÁ AO MENO MULTIPLICIDADE E UM DOS ELEMENTOS)
CLASSIFICAÇÃO (CONT.)
OBRIGAÇÕES COMPOSTAS COM MULTIPLICIDADE DE OBJETOS PODEM SER
CUMULATIVAS (CONJUNTIVAS)
ALTERNATIVAS (DISJUNTIVAS)
EXISTEM TAMBÉM AS OBRIGAÇÕES FACULTATIVAS, EM QUE A OBRIGAÇÃO É SIMPLES (UMA ÚNICA PRESTAÇÃO), FACULTANDO- SE AO DEVE EXONERAR-SE MEDIANTE COISA DIVERSA, PREVIAMENTE DEFINIDA.
DIFERENÇA ENTRE OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA E FACULTATIVA.
NA ALTERNATIVA, O DEVEDOR SÓ SE EXONERA DA OBRIGAÇÃO SE AS DUAS COISAS SE PERDEREM; NA FACULTATIVA, BASTA QUE O OBJETO DEFINIDO SE PERCA,PARA EXONERAR O DEVEDOR, POIS ESTE É QUEM PODE, FACULTATIVAMENTE ENTREGAR A OUTRO OBJETO.
OBRIGAÇÕES SIMPLES X CUMULATIVAS
Simples: Existe uma só prestação e um só sujeito ativo e passivo
Complexa ou composta : cumulativas, alternativas e facultativa
Cumprimento da obrigação simples – art. 313
Composta :
Composta cumulativa (conjuntiva). há uma pluralidade de prestações a serem cumpridas
A obrigação composta com multiplicidade de objetos pode ser alternativa (ou disjuntiva). Tem por conteúdo duas ou mais prestações, com escolha de uma somente para pagamento ao credor, liberando o devedor. Lembrar da palavra ou
Obrigação alternativa
Nessa modalidade a obrigação recai sobre duas ou mais prestações, mas em simples alternativa.
Não é aplicável à escolha da prestação pelo termo médio
Concentração – após a cientificação da escolha ao credor
Intimação do devedor e art. 800, CPC.
Impossibilidade da prestação – art. 253, CC
Impossibilidade originária ou superveniente
Se uma das prestações não puder ser cumprida, concentra-se a obrigação na outra; se ambas se tornaram impossível, cabe saber se houve ou não culpa do devedor.
Se houve culpa, a indenização recairá sobre a última que se perdeu; se a escolha cabe ao credor, a indenização poderá recair sobre qualquer das duas.
SITUAÇÃO PROBLEMA
No seguinte julgado 
RE 111535 / MG - MINAS GERAIS - RECURSO EXTRAORDINÁRIO - Relator(a): Min. FRANCISCO REZEK - Julgamento: 23/10/1987 Publicação: 20/11/1987 - Órgão julgador: Segunda Turma - Publicação DJ 20-11-1987 PP-26011 EMENT VOL-01483-02 PP-00435. 
Ementa - EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE HONORARIOS DE ADVOGADO. OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA. ART. 571 DO CPC. TRATANDO-SE DE TÍTULO QUE CONSAGRA OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA COM ESCOLHA A CARGO DO DEVEDOR, IMPÕE-SE A OBSERVANCIA DO ART. 571 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL NO QUE CONCERNE AO PROCEDIMENTO DA EXECUÇÃO..
Pergunta-se: (a) De acordo com o artigo 252 do CC/02 temos presente qual tipo de obrigação? (b) Quais os seus requisitos? (c) Quem estabelece a escolha?
ATIVIDADE VERIFICADORA DA APRENDIZAGEM
ESTUDO DE CASO
Marcia e Marcos são irmãos, moram sozinhos e a família no interior do Estado. Fazem tudo sozinhos e tendo em vista que estudam e trabalham em locais distantes, resolvem adquirir um veículo de José Avelar. O preço é R$35.000,00 a ser pago em três parcelas, na forma seguinte: R$15.000,00 a título de sinal, e mais duas parcelas de R$10.000,00 em 30 e 60 dias respectivamente. No contrato, os dois se responsabilizaram pelo pagamento. Os irmãos pagaram o sinal e a segunda parcela, entretanto pagaram apenas a metade R$5.000,00. Eles alegam dificuldades financeiras, pois Marcos está desempregado. Diante do caso, podemos dizer: 
(a) Qual a espécie de obrigação está presente no caso? 
(b) Quais as suas características? 
(c) Quem deverá pagar a obrigação? 
(d) José poderá cobrar de Marcia e perdoar Marcos da dívida? Se sim, esse valor será integral? 
(e) Se um dos codevedores alegarem uma exceção, ela poderá ser oposta ao outro?
CLASSIFICAÇÃO DAS OBRIGAÇÕES (CONT.)
DO PONTO DE VISTA SUBJETIVO:
A) DIVISÍVEIS
B) INDIVISÍVEIS
C) SOLIDÁRIAS
VOLTAREMOS AO TEMA
OBRIGAÇÃO DE DAR COISA CERTA
O CUMPRIMENTO DA OBRIGAÇÃO COISA CERTA SERÁ EFETIVADO COM A ENTREGA OU A RESTITUIÇÃO
VER TAMBÉM ART. 237 E 241 E 242
PERECIMENTO COM E SEM CULPA DO DEVEDOR - ART. 234
DETERIORAÇÃO SEM CULPA E COM CULPA DO DEVEDOR – ART. 235
O OBJETO DEVE SER LÍCIO, POSSÍVEL, DETERMINADO OU DETERMINÁVEL
OBRIGAÇÃO DE FAZER E DE NÃO FAZER
Conceito de obrigação de fazer e de não fazer
Inadimplemento das obrigações de fazer fungível e infungível
Inadimplemento das obrigações de não fazer
Autotutela nas obrigações de fazer e de não fazer
OBRIGAÇÕES DIVISÍVEIS E INDIVISÍVEIS
Conceito: art. 258, CC
A relevância em falar que a obrigação é divisível ou indivisível ocorre quando há mais de uma pessoa no polo ativo ou passivo da relação obrigacional.
Ver art. 257
A
A questão da indivisibilidade e a pluralidade de devedores – art. 259, CC
 questão da indivisibilidade e a pluralidade de credores – art. 260, CC
ESPÉCIES DE INDIVISIBILIDADE
A) Pela natureza da obrigação
B) pela vontade das partes
C) por determinação legal
Exemplos de obrigações divisíveis e indivisíveis
Obrigação divisível: Dois devedores se obrigam a entregar 2 sacas de café
Obrigação indivisível: Dois devedores se obrigam a entregar um cavalo.
Obrigação de dar coisa certa pode ser divisível ou indivisível.
Obrigação de dar dinheiro será sempre divisível
Obrigações de fazer podem ser divisíveis ou indivisíveis.
EFEITOS DA DIVISIBILIDADE E DA INDIVISIBILIDADE
Se a obrigação é divisível, presume-se “dividida em tantas obrigações, iguais e distintas, quantos os credores e devedores (art. 257, CC). Neste caso:
A) cada devedor só deve a sua quota-parte e a insolvência de um não aumentará a quota dos demais;
B) No caso de pluralidade de credores, cada credor receberá somente a sua quota-parte
Cont.
Quando a obrigação for indivisível, havendo mais de um devedor, cada um é obrigado pela dívida inteira (art. 259, CC). O que paga a dívida sob-roga-se no direito do credor em relação aos outros coobrigados).
Ver art. 346, III, CC e parágrafo único do art. 259, CC
Se a prestação se resolver em perdas e danos (ex. perda do objeto), a obrigação retoma sua qualidade de divisível. Neste caso, cada devedor fica obrigado pela sua quota parte.
OBRIGAÇÃO FACULTATIVA
Trata-se de obrigação simples. O devedor está obrigado a uma única prestação, mas tem ele a faculdade de exonerar-se entregando coisa diversa. Se o objeto da prestação se perde, o devedor não está obrigado a entregar a outra coisa
Obrigação : conjunta e solidária 
Na obrigação conjunta eu posso exigir de cada um apenas uma cota parte.
Exemplo: Patricia e Pamela devem 1.000 para Karícia.
Na obrigação solidária (solidariedade passiva) o credor pode exigir de qualquer devedor a dívida inteira.
Obrigação indivisível e pluralidade de credores
Art. 260, CC
O pagamento deve ser oferecido a todos conjuntamente, exceto se os credores consentirem que o pagamento se faça a um só.
Também exonera o devedor que pagar a um só credor, exigindo-lhe caução.
Se um dos credores remitir a dívida, abate-se a cota parte deste (art. 262, CC)
SOLIDARIEDADE
Art. 264 – Ocorre quando na mesma obrigação “ concorrem mais de um credor; ou mais de um devedor, cada um com direito ou obrigado, à dívida toda.
Diferença entre solidariedade e indivisibilidade
Princípios comuns à solidariedade: art. 265 e 266
Espécies: solidariedade ativa e passiva
SOLIDARIEDADE ATIVA 
Solidariedade ativa –
Caracteriza-se pela existência de credores comuns de uma obrigação, em que cada qual tem o direito de exigir do devedor o cumprimento da obrigação por inteiro (art. 267, CC).
Consequências o art. 267: 
A)Qualquer credor pode tomar as medidas para conservação do direito
b) A constituição em mora feita por um credor, aproveita aos demais;
C) A interrupção da prescrição em relação a um credor, aproveita aos demais (art 176, CC)
D) qualquer credor pode ingressar em juízo para pleitear a dívida inteira
E) se um credor se tornar incapaz não afeta o direito dos outros credores.
SOLIDARIEDADE ATIVA (CONT.)
Exame dos arts. 270– falecimento do credor solidário; 271 – conversão da prestação em perdas e danos; 273 – exceções pessoais; e 274 – exceção pessoal;
Extinção da solidariedade ativa
O pagamento feito a um dos credores solidários extingue a dívida até o montante do que foi pago. – art. 269.
O credor que tiver recebido ou remitido a dívida responderá aos outros pelo que recebeu.
Solidariedade passiva
Há dois ou mais devedores, cada um sendo obrigado a dívida toda, como se tivesse sozinho contraído a dívida toda.
A) o credor pode escolher de quem exigirá a dívida inteira.
B) o escolhido não pode invocar o benefício da divisão
C) quem paga a dívida inteira desobriga todos os outros devedores
D) se a prestação se tornar impossível por culpa de um dos devedores, somente este responderá pela mora, mas os demais responderão nos limites da obrigação assumida
Solidariedade passiva (continuação)
Exame do art. 275
A morte de um dos devedores solidários – art. 276 não implica da dissolução da solidariedade.
Exame do art. 284, CC
Outros aspectos da solidariedade
Efeitos da solidariedade
Extinção da solidariedade
Aula 4
Adimplemento obrigacional – terceiro interessado e terceiro não interessado
1. As figuras do solvens e do accipiens; 
2. Efeitos jurídicos em relação ao terceiro interessado; 
3. Efeitos jurídicos em relação ao terceiro não interessado;
 4. Credor putativo
Situação-problema: Ademário Barbosa comprou um carro de Maria Estela, dando uma entrada de 50% e parcelando o restante em 12 parcelas, a serem pagas até o 5 dia útil de cada mês, em depósito bancário. Ocorre que Ademário trabalha na mesma empresa de Maria Estela e tem feito os pagamentos para ela na própria empresa, até porque o número da conta está incorreto no contrato. No 8º pagamento ela se nega a receber, dizendo que aquele não é o local combinado em contrato. Também alega que falta um dia para que ele cumpra sua obrigação. Ela alerta que ele poderá pagar a multa 
contratual se não fizer o depósito. Ele está trabalhando muito, pois está em regime de plantão naquele dia. Indaga-se: a) quais são as partes nessa obrigação? b) Qual tipo de obrigação se trata? c) Onde deve ser feito o pagamento? d) Caso Maria Estela não aceite o pagamento na empresa, Ademário deverá pagar a multa? Metodologia: aprendizagem baseada em problemas.
O Mercador de Veneza-, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=i0VbIO4mtFg. Esse filme será trabalhado na aula 7. ESTUDO DE CASO A resolução do presente estudo de caso é parte integrante da primeira avaliação. O presente estudo deverá ser postado no ambiente virtual do aluno, resolvido de forma individual, atendendo aos requisitos de autenticidade e originalidade. Pela resolução correta do caso poderá ser atribuído até 1.5 (um ponto e meio)
(e) Valeria, João e José são herdeiros de Mauro. O pai antes de falecer possuía uma dívida de R$10.000,00, em atraso há 8 meses. Para evitar problemas, eles querem consignar o valor para que não haja execução sobre o patrimônio. Eles não corrigiram o valor
Adimplemento das obrigações
Objeto, prova, local e tempo do pagamento
1. O objeto do pagamento e a Teoria da Imprevisão; 
2. A prova do pagamento: recibo e entrega do título;
 3. O local do pagamento: obrigação quesível e obrigação portável;
 4. O tempo do pagamento.
PAGAMENTOS ESPECIAIS
Pagamento = adimplemento
Pagamento direto e pagamentos especiais ou indiretos
Pagamentos especiais: consignação em pagamento, pagamento com sub-rogação, a imputação do pagamento e a dação em pagamento.
Caso concreto
. Ricardo Andrada e Silva possui contrato de depósito, cujo objeto é um anel. Ele deve entregar o anel em 10 dias ao dono. Ocorre que no dia avençado, Ricardo Andrada e Silva procura o dono e diz que não consegue identificar onde está o anel, guardado entre mais de 5 mil caixas. Como vai demorar muito a encontrar oferece outro anel, de brilhante, mais valioso em troca. O dono, se nega a receber, pois o anel é joia de família. Diante do caso qual será a solução? O proprietário deve receber o outro anel? Pode-se considerar inadimplemento se não for devolvido o anel, mesmo com a oferta do outro?
Adimplemento das obrigações
Pagamento em consignação; imputação em pagamento e sub-rogação
1.Conceito e efeitos jurídicos do pagamento em consignação;
 2.Conceito e efeitos jurídicos da imputação em pagamento;
 3. Conceito e efeitos jurídicos da sub-rogação legal e da sub-rogação convenciona
Aula 6 – 2. O ADIMPLEMENTO E TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
Transmissão das obrigações
1.Conceito e características da cessão de crédito; 
2.Responsabilidade do cedente;
 3. Pagamento e aceitação do cedido;
 4.Conceito, características e efeitos da assunção de dívida. 
TRANSMISSÃO DAS OBRIGAÇÕES
É possível ceder qualquer obrigação creditícia de cunho patrimonial.
Espécies:
A) cessão de crédito
B) cessão de débito
C) cessão de contrato
CESSÃO DE CRÉDITO
Conceito: negócio jurídico bilateral, pelo qual o credor transmite a outrem seus direitos creditícios.
Pode ocorrer de forma gratuita ou onerosa; total ou parcial; pro soluto ou pro solvendo ( o cedente se responsabiliza pela dívida).
Partes:
A) cedente
B) cessionário
Crédito de natureza personalíssima não pode ser cedido, como o direito de crédito alimentício.
Necessidade de notificação ao devedor – art. 290
ASSUNÇÃO DE DÍVIDA (CESSÃO DE DÉBITO)
O devedor cede sua posição de devedor a outrem, com anuência expressa do credor.
Partes – cedente e assuntor.
O assuntor passa a ser devedor do credor
Exame dos arts. 299 a 301 do CC
ESPÉCIES DE ASSUNÇÃO DE DÍVIDA
Expromissão – contrato entre terceiro e o credor, em que aquele assume a dívida. Nesta não há a participação ou concordância do devedor.
Delegação – acordo entre terceiro e devedor, com a concordância do credor.
ESTUDO DE CASO
Ademário Barbosa comprou um carro de Maria Estela, dando uma entrada de 50% e parcelando o restante em 12 parcelas, a serem pagas até o 5 dia útil de cada mês, em depósito bancário. Ocorre que Ademário trabalha na mesma empresa de Maria Estela e tem feito os pagamentos para ela na própria empresa, até porque o número da conta está incorreto no contrato. No 8º pagamento ela se nega a receber, dizendo que aquele não é o local combinado em contrato. Também alega que falta um dia para que ele cumpra sua obrigação. Ela alerta que ele poderá pagar a multa contratual se não fizer o depósito. Ele está trabalhando muito, pois está em regime de plantão naquele dia. Indaga-se: a) quais são as partes nessa obrigação? b) Qual tipo de obrigação se trata? c) Onde deve ser feito o pagamento? d) Caso Maria Estela não aceite o pagamento na empresa, Ademário deverá pagar a multa
ESTUDO DE CASO
. Ricardo Andrada e Silva possui contrato de depósito, cujo objeto é um anel. Ele deve entregar o anel em 10 dias ao dono. Ocorre que no dia avençado, Ricardo Andrada e Silva procura o dono e diz que não consegue identificar onde está o anel, guardado entre mais de 5 mil caixas. Como vai demorar muito a encontrar oferece outro anel, de brilhante, mais valioso em troca. O dono, se nega a receber, pois o anel é joia de família. Diante do caso qual será a solução? O proprietário deve receber o outro anel? Pode-se considerar inadimplemento se não for devolvido o anel, mesmo com a oferta do outro?
Assistir O Mercador de Veneza-, disponível em: https://www.youtube.com/watch?v=i0VbIO4mtFg. Esse filme será trabalhado na aula 7. ESTUDO DE CASO A resolução do presente estudo de caso é parte integrante da primeira avaliação. O presente estudo deverá ser postado no ambiente virtual do aluno, resolvido de forma individual, atendendo aos requisitos de autenticidade e originalidade. Pela resolução correta do caso poderá ser atribuído até 1.5 (um ponto e meio). 
FATOS QUE AUTORIZAM A CONSIGNAÇÃO
Art. 335, CC – rol não taxativo;
Art. 341 e 342
Art. 335:
- Mora do credor = inc. I e II
- Cirunstâncias que impedem o devedor de satisfazer a obrigação (inc. III a V).
Requisitos de validade da consignação – art. 336
Pagamento em consignação
Não se realizandoo pagamento por falta de cooperação do credor, o devedor não se exonera da obrigação. Ele deve procurar meios para que o pagamento se efetive e esteja liberado.
A falta de cooperação pode ocorrer pela recusa no pagamento ou por sumiço do devedor.
O pagamento é um dever e também um direito. Assim, há a consignação em pagamento (art. 539 a 549 do CPC).
Objeto da consignação – art. 334 – bens móveis e imóveis
Aula 5 Adimplemento obrigacional: Subrogação
Dação, novação, compensação, confusão e remissão
1. Conceito e efeitos jurídicos da dação em pagamento; 
2. Conceito e efeitos jurídicos da novação;
 3. Conceito e efeitos jurídicos da compensação;
 4. Conceito e efeitos jurídicos da confusão;
 5. Conceito e efeitos jurídicos da remissão
CONFUSÃO
Credor e devedor devem ser pessoas diferentes. Sendo assim, havendo confusão entre credor e devedor, a obrigação estará extinta.
Pode decorrer de ato inter vivos (cessão de crédito) ou por mortis causa. Herdeiro que era devedor do morto.
Outros exemplos :
Extinção do usufruto pela consolidação (art. 1.410, VI).
Espécies de confusão : Parcial ou total (art. 382, CC).
Efeitos da confusão: Extingue a obrigação princial e também os acessórios.
Cessação da confusão – Pode ocorrer na abertura da sucessão provisória quando o ausente aparece. Outro caso seria a relação jurídica ser ineficaz
REMISSÃO
Trata-se de ato de liberalidade. (art. 385, CC)
Não podemos confundir remissão com remição.
A remissão produz efeito de extinção da dívida em relação ao devedor que foi perdoado.
Partes: remitente (quem pratica a liberalidade) e remitido
É necessário que o devedor aceite a remissão.
Cuida-se de uma espécie de renúncia
Espécies de remissão
SITUAÇÃO PROBLEMA
O Sr. Marco Antônio foi ao seu escritório de advocacia para uma consulta. Informou que possui um crédito em relação ao Sr. José Henrique que está garantido por um imóvel. Ocorre que foi procurado pela esposa do Sr. José Henrique, Sra. Maria do Carmo que lhe propôs pagar a dívida em nome de seu esposo. A Sra. do Maria do Carmo disse ao Sr. Marco Antônio que quer pagar a dívida porque está se separando do Sr. José Henrique e teme perder o imóvel dado em garantia pela dívida. Logo após a visita da Sra. Maria do Carmo, o Sr. Marco Antônio foi procurado pelo devedor originário, Sr. José Henrique que lhe propôs substituir a dívida anterior. Diante desse quadro, o Sr. Marco Antônio lhe pergunta, como advogado, se pode ou não aceitar a oferta
ESTUDO DE CASO
Robério Casanova é um grande amigo de Armando Gouvêia. Sabendo que o amigo está passando por dificuldades financeiras oferece empréstimo de R$10.000,00 a serem pagos em 40 parcelas. Ao longo de quinze meses ele faz o pagamento sempre com atraso. A dívida é representada por uma nota promissória. Após esse prazo, Robério toma uma decisão. Vai até a casa de Armando e como ele não está em casa, entrega a nota promissória a mulher de Armando, sem dizer mais nada. Diante do caso, como você responderia as perguntas abaixo:
(a) A dívida poderá ser cobrada?
(b) A devolução da nota promissória enseja algum efeito jurídico?
(c) Se Armando insistir em pagar as parcelas, mesmo que em atraso, Robério será obrigado a aceitar?
AULA 6 
Os novos tratamentos legais da transação e do compromisso (arbitragem). Da extinção da obrigação sem pagamento, Cessão de Crédito e Assunção de dívida
Situação-problema: 
José Olegário deve ao Banco Vaicom S.A. a importância de R$ 2.700,00. Ele deveria pagar em 6 parcelas iguais e consecutivas de R$ 450,00. Pagou duas parcelas, restando 4 inadimplidas. Após inúmeras tentativas, o Banco executa o contrato, propondo ação de execução de título extrajudicial. José Olegário acabou de conseguir uma colocação no mercado de trabalho, mas recebe pouco mais de dois salários. Tem família, mulher e dois filhos. Pergunta-se: o que é possível fazer para resolver o conflito na situação proposta? 
ESTUDO DE CASO
A resolução do presente estudo de caso é parte integrante da primeira avaliação. O presente estudo deverá ser postado no ambiente virtual do aluno, resolvido de forma individual, atendendo aos requisitos de autenticidade e originalidade. Pela resolução do caso, poderá ser atribuído até 1.5 (um ponto e meio). 
A empresa Santos e Santos Ltda. Que comercializa artigos religiosos recebe mensalmente inúmeros pagamentos realizados em crédito. Contudo, devido a um pedido grande, precisa capitalizar-se e por isso repassa 40% de seus créditos para a empresa Haver SA , mediante uma taxa de 3,5%. Nas datas de vencimento, a empresa Haver SA tem uma taxa de inadimplemento de 15%. Assim sendo:
(a) A empresa cedente responderá pelo inadimplemento?
(b) Quais as características desse tipo de negócio jurídico?
(c) O cessionário poderá cobrar do cedente o valor referente ao inadimplemento?
SITUAÇÃO PROBLEMA
José Olegário deve ao Banco Vaicom S.A. a importância de R$ 2.700,00. Ele deveria pagar em 6 parcelas iguais e consecutivas de R$ 450,00. Pagou duas parcelas, restando 4 inadimplidas. Após inúmeras tentativas, o Banco executa o contrato, propondo ação de execução de título extrajudicial. José Olegário acabou de conseguir uma colocação no mercado de trabalho, mas recebe pouco mais de dois salários. Tem família, mulher e dois filhos. Pergunta-se: o que é possível fazer para resolver o conflito na situação proposta? 
Outro caso
Josenilson Silva filho de José Silva possui muitas dívidas agravadas com a situação econômica do país em função disso ele procura seu pai Ernesto Silva e solicitou um empréstimo de R$20.000,00 a ser pago em 12 parcelas., vendo a primeira em 30 dias. Após 3 meses, o pai sofre um Acidente cardiovascular, vindo a óbito. Além de Josenilson Silva, Ernesto possui outros dois filhos: Marielsa e Josielton. Diante desse caso hipotético é correto o que se afirma em:
Houve remissão tácita, devido a impossibilidade de pagamento da dívida - Incorreto – Não há remissão tacita
Não persiste mais a obrigação pois a morte é forma de extinção da obrigação- Incorreto – Incorreto, o credito faz parte da do monte mor
No caso, Josenilson assume a posição de credor e devedor na mesma obrigação, confundindo-se os sujeitos - CORRETA
Persiste a obrigação e Josenilson é devedor da prestação integralmente, devendo depositá-la em favor dos irmãos, herdeiros- Incorreto – Houve confusão
Como há confusão entre quem deve e que tem o crédito reputa-se quitada a obrigação 
Outro caso
No que diz respeito à cessão de crédito temos cedente e cessionário como aquele que cede e o que recebe o crédito. No que diz respeito a este Instituto é correto o que se afirma em: 
(I) O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não for contrário a natureza da obrigação 
(II) Não é possível ceder o crédito em alguns casos, em decorrência de vedação legal como, por exemplo, na obrigação de alimentos 
(III) A autorização do devedor é requisito de validade da cessão 
(IV) O pagamento feito ao credor antes da cessão, pelo devedor que não sabia da cessão não tem validade. 
(V) Após a cessão de crédito, há responsabilidade para o cessionário, quando se trata de cessão onerosa 
(a) Apenas I e III 
(b) Apenas I II e V 
(c) Apenas I e II 
(d) Apenas IV e V 
(e) Apenas V
Aula 7 Inadimplemento absoluto, relativo e violação positiva do contrato
1. Conceito e efeitos jurídicos do inadimplemento absoluto e relativo;
2. Espécies de mora: mora solvendi (ex re, ex persona e irregular) e mora accipiendi;
 3. Purgação da mora; 
4. Conceito e efeitos jurídicos da violação positiva do contrato relacionada ao princípio da boa-fé objetiva
INADIMPLEMENTO E MORA
Inadimplemento absoluto ( art. 389, CC)– ocorre quando a obrigação não foi cumprida nem poderá sê-lo de forma útil ao credor. Pode ser total ou parcial.
Havendo inadimplemento do devedor, presume a lei seja ele, em regra, culposo. 
Inadimplemento sem culpa = fortuito ou força maior – art. 393, CC
Inadimplemento relativo ocorre com a mora do devedor
Mora é o atraso, retardamento no cumprimento da obrigação ou o cumprimento imperfeito (art.394, CC).
ESPÉCIES DE MORA
Mora ex-re e mora ex-persona
Exame do art. 390
Perdas e danos – art. 402, CC
REQUISITOS e EFEITOS DA MORA do CREDOR
REQUISITOS
A) Vencimento da obrigação
B) Oferta da prestação
C) Recusa injustificada em receber
EFEITOS:
Ver art. 400, CC
PURGA DA MORA
Verf art. 401, CC
SITUAÇÃO PROBLEMA
(Q1) Entende-se por mora o atraso ou retardamento no adimplemento das prestações. Assinale a alternativa que melhor expresse esse instituto do direito das obrigações: 
(a) A mora traduz atraso na obrigação, diferentemente de inadimplemento que traduz o descumprimento total da obrigação 
(b) É consequência da mora a resilição da obrigação 
(c) A mora accipiendi se traduz no comportamento do devedor que numa obrigação de trato sucessivo deixa de cumprir qualquer delas 
(d) Para que se configure a mora, é necessário que exista a o dolo na conduta do devedor 
(e) Na mora ocasionada por caso fortuito ou força maior, não se atribui responsabilidade ao devedor 
(Q2) Leia, a seguir: 
A Silva e Silva material de construções Ltda tem como obrigação a entrega de 3 mil tijolos no canteiro de obras da Construtora erguendo LTDA, até dia 10 do corrente mês. Após a data avençada, e sem a entrega feita o gerente da Construtora liga reclamando, recebendo a informação que a fabricante dos tijolos enfrenta uma greve de funcionários, e que, portanto, não poderá entregar a encomenda no prazo avençado. Com base na a situação hipotética assinale a opção correta: 
a) A mora se instalou no momento de vencimento da obrigação estando o devedor sujeito a ressarcimento por danos morais e materiais 
(b) Como não há possibilidade de cumprimento tardio da obrigação com utilidade para o credor, caso contrário teremos inadimplemento e não mora 
(c) Conta-se a mora do dia imediatamente seguinte àquele em que deveria ter sido cumprida a obrigação 
(d) No caso proposto verifica-se força maior, eximindo o devedor da imputação de culpa da mora 
(e) A greve exime de culpa o devedor, pois é entendido como caso fortuito
O mercador de Veneza
na aula de número 5 foi solicitado aos alunos assistissem ao filme - O Mercador de Veneza -. Neste filme, podemos tematizar diversos aspectos do Direito Negocial. No nosso caso, trataremos do inadimplemento das obrigações e da mora. Peço aos alunos para fazer um resumo do filme, destacando esses aspectos temático das Obrigações.
AULA 8 - Juros remuneratórios e moratórios, Cláusula penal, Arras ou Sinal.
OBJETIVOS- Identificar os critérios legais do inadimplemento, mora, juros e cláusula penal. - Relacionar inadimplemento, mora, juros e cláusula penal. - Construir argumentos jurídicos, aplicando as normas obrigacionais no contexto, sobretudo, no que concerne aos casos de inadimplemento das obrigaç
JUROS REMUNERATÓRIOS
Juros compensatórios ou remuneratórios – decorrem da utilização do capital alheio – exemplo: Empréstimo bancário
Pego emprestado R$ 100,00 e na data da devolução tenho que devolver 
R$ 120,00
Juros moratórios
Ressarcimento (indenização) pelo descumprimento da obrigação. Em regra são imputados desde o inadimplemento da obrigação.
Juros convencionais e legais
Juros convencionais - estabelecidos pelas partes (2% ao mês – controvérsia) Decreto 22.626/1933
Art. 1º. É vedado, e será punido nos termos desta lei, estipular em quaisquer contratos taxas de juros superiores ao dobro da taxa legal .
Juros legais – art . 406 do CC (art. 161, p. 1 do CTN
MORA EX RE E MORA EX PERSONA
III – A MORA EX PERSONA Discute-se com relação a constituição em mora, a mora ex persona e a mora ex re. Mora ex re (Artigos 397, 1ª alínea, 390 e 398 do Código Civil): Decorre da lei....Ao contrário, no direito civil, vigora a mora ex re quanto às obrigações positivas, liquidas e a termo certo, no direito comercial prevalece a mora ex persona, não se podendo falar na constituição em mora...A mora por interpelação, a mora ex persona, é a que ocorre em todas as espécies que não cabem nos artigos 390, 397, pr. E 398.
TJRJ – taxa de juros legais 
Processo No: 0002198-56.2017.8.19.0051
Ementa: Apelação Cível. Direito do Consumidor. Ação de Obrigação de Fazer c/c Compensação por Danos Morais e Pedido de Tutela de Urgência. Prestação de serviço de energia elétrica. Alegação de irregularidade na medição. TOI. Sentença de Parcial Procedência para declarar a nulidade do TOI, cancelar o débito originado do TOI de nº 8936993, no valor de R$ 1.507,21 (mil quinhentos e sete reais e vinte e um centavos), condenando a concessionária Ré, ora Apelante, a restituir, de forma simples, todos os valores pagos a título de recuperação de consumo, e, ainda, a condenação da concessionária Ré, ora Apelante, ao pagamento de R$ 4.180,00 (quatro mil cento e oitenta reais) a título de danos morais suportados pela Autora, ora Apelada, acrescido de juros de 1% (um por cento) ao mês, desde a citação e correção monetária pela UFIR-RJ a contar da R. Sentença. Cobrança indevida. Dano Moral configurado. Prova Pericial de extrema relevância para a solução do caso posto a julgamento. 
	
´Cláusula penal
Trata-se de uma penalidade de natureza civil pela inexecução total ou parcial do ajustado
Duas funções básicas: função coercitiva e função indenizatória, para cobrir perdas e danos
Cláusula Penal
Art. 410
 Inadimplemento – Carlos obrigou-se a construir um muro em 20 dias. Porém, por ter se entregue à bebida, não cumpriu o prazo.
O credor terá o direito de exigir o cumprimento da obrigação ou executar a cláusula penal .
Art. 411, CC – José alugou o telefone celular pelo prazo de 30 dias, devendo assim devolvê-lo no dia 15/03. Sabendo-se que foi pactuada a cláusula penal moratória (20% do valor do bem), que poderá exigir o locador?
Obrigação indivisível e a cláusula penal
Havendo obrigação conjunta e sendo o bem indivisível, o credor poderá exigir de cada um dos devedores a coisa inteira (semelhante ao que ocorre na obrigação solidária). Ocorre que, ao se converter a obrigação em perdas e danos, termina a indivisibilidade, hipótese em que o credor somente poderá exigir uma quota parte da multa de cada devedor . (art. 414, CC)
Exame do art. 416, CC
Otto Schmmit se comprometeu a entregar 200 sacas de arroz, tipo 1, ao Mercado do Kürten em 15 dias. A conversa foi feita numa quinta-feira véspera de feriado. Após 15 dias, O Mercado do Kürten começa a cobrar a entrega, mas Otto Schmmit alega que ele ainda tem mais 3 (três) dias, pois não se contam os feriados e fins de semana. Diante desse cenário, pergunta-se: (1) A mora se inicia a partir de que momento? (2) Como se dá a purgação da mora? (3) Em caso de Inadimplemento absoluto o que acontece com a obrigação?
(Q1) A cláusula penal tem a função de fixar uma indenização em caso de atraso ou descumprimento de uma obrigação. Assim, considerando essa informação avalie as afirmativas abaixo: 
I)Pode-se estabelecer clausula penal juntamente com a obrigação ou posteriormente Art. 409
II) A cláusula penal não tem característica de contrato acessório.
III) O limite para a estipulação da multa é até 50% do valor da obrigação principal 
IV) A Cláusula penal é integralmente cobrada em qualquer situação de inadimplemento 
a) Apenas a alternativa I e IV estão corretas
 b) Apenas a alternativa I e II estão corretas 
c) Apenas a Alternativa II está correta
 d) Apenas a Alternativa IV está correta
e) Apenas a Alternativa I está correta
(Q2) Cláusula penal e perda de arras não se acumulam em caso de inexecução de contrato. É inadmissível a cumulação da cláusula penal compensatória com arras, prevalecendo esta última na hipótese de inexecução do contrato. Esse foi o entendimento da Terceira Turma do Superior Tribunal de Justiça (STJ) ao julgar recurso especial interposto por uma construtora contra dois compradores de imóveis (Noticia disponível em: https://www.stj.jus.br/ ). Considerando a informação veiculada analise as situações hipotéticas baixo. Em um contrato a parte assinou contrato de compra e venda de um imóvel onde prestou arras equivalente a 30% do valor do beme se obrigando a pagar multa de 10% em caso de desistência do contrato o que vem a acontecer após 2 meses. A empresa quer reter o valor de 30%, como indenização e mais o valor das Arras
a) A decisão não se aplica a acordos firmados em contrato quando prevalece pacta sunt servanda b) O reconhecimento do pagamento de arras é apenas um adiantamento da obrigação, enquanto a multa como cláusula acessória deve ser cobrada integralmente, bem como a Arras c) Se o contrato for silente quanto a cobrança da Multas e a retenção da Arras, a Empresa deverá cobrar o pactuado e ingressar com ação para a recomposição de eventuais perdas e danos. d) As arras são devidas pela empresa tendo em vista que não houve confirmação do negócio e) A multa nesse caso, apenas poderá ser compensatóri
 
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