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Universidade Estácio de Sá Curso de Direito – Prof. Marcilio Cunha Obrigações e Responsabilidade Civil - ARA0984 AULA 6 Situação Problema aula 5 No seguinte julgado: RE 111535 / MG MINAS GERAIS RECURSO EXTRAORDINÁRIO Relator( a): Min. FRANCISCO REZEK Julgamento: 23/10/1987 Publicação: 20/11/1987 Órgão julgador: Segunda Turma Publicação DJ 20111987 PP26011 EMENT VOL0148302 PP00435. Ementa EXECUÇÃO POR TÍTULO EXTRAJUDICIAL. CONTRATO DE HONORARIOS DE ADVOGADO. OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA. ART. 571 DO CPC. TRATANDOSE DE TÍTULO QUE CONSAGRA OBRIGAÇÃO ALTERNATIVA COM ESCOLHA A CARGO DO DEVEDOR, IMPÕE-SE A OBSERVANCIA DO ART. 571 DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL NO QUE CONCERNE AO PROCEDIMENTO DA EXECUÇÃO. Disponível no Link: https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur66643/false Pergunta-se: (a) De acordo com o artigo 252 do CC/02 temos presente qual tipo de obrigação? (b) Quais os seus requisitos? (c) Quem estabelece a escolha? https://jurisprudencia.stf.jus.br/pages/search/sjur66643/false GABARITO AULA 5 A- De acordo com o artigo 252 do CC/02 temos presente qual tipo de obrigação? Trata-se de Obrigação Alternativa, conforme cita o próprio artigo 252 CC Art. 252. Nas obrigações alternativas, a escolha cabe ao devedor, se outra coisa não se estipulou. B- Quais os seus requisitos? Obrigação alternativa é uma obrigação jurídica complexa com pluralidade de objetos, na qual o devedor cumpre a obrigação quando presta apenas um deles. C - Quem estabelece a escolha? O Devedor, caso nada foi estipulado no Contrato ou Título, conforme artigo 252 CC GABARITO AULA 5 Ao final deste módulo, você deverá ser capaz de analisar as obrigações de dar, fazer e não fazer. Modalidades e Transmissões das Obrigações Cessão de crédito (arts. 286 a 298, CC 2002) A cessão envolve três figuras: O cedente, que é o credor originário, que transfere o seu crédito. O cessionário, que é o terceiro a quem é transmitido o crédito. O cedido, que é o devedor, a quem incumbe cumprir a obrigação. Art. 286. O credor pode ceder o seu crédito, se a isso não se opuser a natureza da obrigação, a lei, ou a convenção com o devedor; a cláusula proibitiva da cessão não poderá ser oposta ao cessionário de boa-fé, se não constar do instrumento da obrigação. Art. 287. Salvo disposição em contrário, na cessão de um crédito abrangem-se todos os seus acessórios. Art. 288. É ineficaz, em relação a terceiros, a transmissão de um crédito, se não celebrar-se mediante instrumento público, ou instrumento particular revestido das solenidades do § 1 o do art. 654. Art. 289. O cessionário de crédito hipotecário tem o direito de fazer averbar a cessão no registro do imóvel. Art. 290. A cessão do crédito não tem eficácia em relação ao devedor, senão quando a este notificada; mas por notificado se tem o devedor que, em escrito público ou particular, se declarou ciente da cessão feita. Algumas nuances: Operações perante terceiros Caso as partes pretendam que o negócio opere efeitos perante terceiros, deverá ser celebrada mediante instrumentos públicos ou particular revestido das solenidades exigidas (art. 288, CC 2002). Participação do cedido O cedido não participa da cessão, que será válida independentemente da sua anuência, tanto que desde logo o cessionário pode exercer os atos conservatório do seu direito (art. 293, CC 2002). Notificação da cessão O cedido ou devedor deverá ser notificado da cessão, a fim de possibilitar que realize o pagamento ao credor de direito, bem como para oportunizar ao devedor a oposição de exceções ao cedente e ao cessionário (art. 294, CC 2002) Cessão de crédito (arts. 286 a 298, CC 2002) Assunção de dívida • Da mesma forma que é permitido ao credor alienar seu crédito, é também permitida a substituição do polo passivo da obrigação, com outro devedor o assumindo. • Trata-se da assunção de dívida ou cessão de débito, negócio jurídico bilateral pelo qual um novo devedor substitui o devedor originário, mantido inalterado o objeto da relação jurídica obrigacional. • A assunção de dívida, portanto, opera mediante a transferência da posição de devedor a outrem, mas, neste caso, mediante anuência do credor. Similarmente à cessão de crédito, a assunção de dívida não se confunde com novação subjetiva passiva, eis que a relação obrigacional é mantida integralmente. • As condições para a assunção de dívida são praticamente as mesmas da cessão de crédito, salvo a necessidade de expresso consentimento do credor. Assim, poderá ocorrer a assunção de dívida quando a lei e a natureza da obrigação permitirem e o acordo entre as partes não proibir. Da Assunção de Dívida Art. 299. É facultado a terceiro assumir a obrigação do devedor, com o consentimento expresso do credor, ficando exonerado o devedor primitivo, salvo se aquele, ao tempo da assunção, era insolvente e o credor o ignorava. Parágrafo único. Qualquer das partes pode assinar prazo ao credor para que consinta na assunção da dívida, interpretando-se o seu silêncio como recusa. Art. 300. Salvo assentimento expresso do devedor primitivo, consideram-se extintas, a partir da assunção da dívida, as garantias especiais por ele originariamente dadas ao credor. As condições para a assunção de dívida são praticamente as mesmas da cessão de crédito, salvo a necessidade de expresso consentimento do credor. Assim, poderá ocorrer a assunção de dívida quando a lei e a natureza da obrigação permitirem e o acordo entre as partes não proibir. Exemplificativamente, não será possível a assunção se o negócio jurídico originário contiver cláusula proibitiva ou versar sobre obrigações personalíssimas; além disso, ninguém pode ser obrigado a assumir uma dívida de outrem. Como já referido, é requisito fundamental para a assunção da dívida a anuência expressa do credor, a qual pode ser pode ser por escrito ou verbal, ou seja, não se exige forma específica, mas tão somente a anuência expressa e inequívoca. Tal requisito justifica-se porque o credor precisa concordar com tal alteração, afinal é o patrimônio do devedor que exerce a função de garantia do seu crédito. Nesse sentido, a exigência de anuência expressa do credor é mecanismo que visa evitar a fraude contra ele. Ademais, com a assunção da dívida por terceiro, extinguem-se as garantias especiais, reais ou fidejussórias, originariamente dadas pelo devedor primitivo ao credor, salvo se expressamente assentir em sua manutenção (art. 300, CC 2002). Atenção! Na eventualidade de invalidação da assunção, o negócio originário é restaurado com todas as suas garantias, salvo as prestadas por terceiros de boa-fé, entendido como aquele que desconhecia do vício (art. 301, CC 2002). Significa dizer que, se o terceiro que participou da substituição como garantidos conhecia o vício, as garantias dadas por ele permanecem na obrigação primitiva que foi restaurada. Assunção de dívida A assunção de dívida opera mediante a transferência da posição de devedor a outrem, mas, neste caso, mediante anuência do credor. Similarmente à cessão de crédito, a assunção de dívida não se confunde com novação subjetiva passiva, eis que a relação obrigacional é mantida integralmente. Dentre as formas de sua deflagração, tem-se a possibilidade de ser transmitida espontaneamente, em que o devedor originário pode se exonerar inteiramente de sua obrigação ou ainda passar a ser solidariamente responsável com um novo devedor à relação obrigacional. Ainda, a assunção de dívida pode ser delegada, mediante transferência do débito a terceiro, alheio à relação obrigacional, com a anuência do credor. Pagamento Adimplemento, extinção e inadimplemento das obrigações Pagamento • A palavra “pagamento”, no Direito Civil, não significa, necessariamente, pagar em dinheiro algo que é dado ou feito em favor do credor. • Independentemente de envolver a entrega de uma quantia em dinheiro (dar), também haverá pagamento quando o devedor executa sua prestaçãode fazer ou não fazer. • O pagamento é o cumprimento das prestações, o que ocasiona o adimplemento. A quem se deve pagar O pagamento deve ser feito ao próprio credor em pessoa ou como ele estipular (por exemplo, depósito em conta bancária). Também será solvida a dívida se for paga a quem representa o credor, como, por exemplo, seu mandatário (“procurador”), seu preposto, seu tutor ou curador. Caso o pagamento seja feito a terceiro sem prévia anuência do credor, a solvência do devedor dependerá de: Existe o caso, ainda, de o pagamento ser realizado a um “credor putativo”, que é alguém que parece ser o credor, mas não é. Se o devedor pagar o débito a um credor putativo, ficará exonerado da obrigação se o fizer de boa-fé. CREDOR PUTATÍVO - Pessoa que se encontra na posse ostensiva e incontestada de título, com aparência de legítimo, que lhe confere direito e ação sobre a dívida dele constante e da qual presume ser o legítimo credor. Agora, observe o art. 312 do Código Civil, o qual se trata do pagamento de crédito penhorado ou impugnado. Art. 312. Se o devedor pagar ao credor, apesar de intimado da penhora feita sobre o crédito, ou da impugnação a ele oposta por terceiros, o pagamento não valerá contra estes, que poderão constranger o devedor a pagar de novo, ficando-lhe ressalvado o regresso contra o credor. A situação ali descrita ocorre quando o credor que faz jus ao pagamento é devedor em outras obrigações, tendo credores. PRÓXIMA AULA Tema 1 – Objeto de Pagamento Matéria extra twitter: @profmarcilio Facebook: Marcilio Cunha Neto Instagram: @prof.Marcilio Tik Tok: ProfMarcilio VAI ENCARAR? FORTNITE: ProfMarcilio PS4 – Prof Marcilio The Legend of Zelda – The Tears of Kindom Lol (Adormecido) Cel 98688-6030 – Whatsapp Slide 1 Slide 2 Slide 3 Slide 4 Slide 5 Slide 6 Slide 7 Slide 8 Slide 9 Slide 10 Slide 11 Slide 12 Slide 13 Slide 14 Slide 15 Slide 16 Slide 17 Slide 18 Slide 19 Slide 20
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