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ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS

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NOÇÕES DE ADMINISTRAÇÃO DE RECURSOS MATERIAIS
1 – CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS: 
A classificação dos itens de material é um procedimento necessário a fim de racionalizar o controle de materiais em estoque. Trata-se de um processo de aglutinação de materiais por características semelhantes. Podemos dizer que é um processo pormenorizado de unir materiais por especificações parecidas, servindo de informação gerencial ao administrador de materiais, que se torna capaz de voltar sua atenção a determinadas categorias, em vez de tentar, em vão, lidar com uma infinidade de itens de materiais. 
Facilita o controle e a utilização dos materiais. 
A classificação de materiais é a forma com que dividimos os estoques de acordo com o tratamento que daremos a cada tipo de material. 
Um sistema de classificação deve ser detentor de alguns atributos para que seja eficiente. Para Viana (2006), como existem vários tipos, a classificação deve ser analisada no todo, em conjunto, visando propiciar decisões e resultados que contribuam para atenuar o risco de falta. Um bom método de classificação deve ter algumas características: ser abrangente, flexível e prático. 
 
Atributos para a classificação de materiais 
Segundo Viana, existem três atributos principais em um bom sistema de classificação: 
· Abrangência: A classificação deve abordar uma série de características dos materiais, caracterizando-os de forma abrangente. Aspectos físicos, financeiros, contábeis. São todos fundamentais em um sistema de classificação abrangente. Engloba todos os materiais. 
· Praticidade: A classificação deve ser simples e direta, sem demandar do gestor procedimentos complexos. 
· Flexibilidade: Um sistema de classificação flexível é aquele que permite interfaces entre os diversos tipos de classificação, de modo a obter uma visão ampla da gestão de estoques. Deve ser maleável e adaptável para sempre estar atualizada. Além disso, deve facilitar a comunicação entre os tipos de classificação. Enquanto a abrangência tem a ver com as características do material, a flexibilidade refere-se à “comunicação” entre os tipos. 
 
 
2 – TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO: 
· Por tipo de demanda: A classificação por tipo de demanda se divide em materiais não de estoque e materiais de estoque. 
Materiais não de estoque: São materiais de demanda imprevisível, em regra, são adquiridos somente quando verificada sua necessidade, e são utilizados imediatamente após a compra. 
Materiais de estoque: São materiais que devem sempre existir em estoque e para os quais são determinados critérios e parâmetros de ressuprimento automático (não depende do usuário) com base na demanda prevista e na importância para a empresa. 
Os materiais de estoque podem ser classificados:
a. Quanto à aplicação: 
Materiais produtivos: compreendem todo material ligado direta ou indiretamente ao processo produtivo (matéria-prima, produtos em fabricação, produtos acabados etc.) 
- Matéria-prima: Materiais básicos e insumos que constituem os itens iniciais e fazem parte do processo produtivo (pão em uma hamburgueria). 
- Produtos em fabricação / processo (intermediário): NÃO É ARMAZENADO EM ALMOXARIFADO, pois está em processo. Também conhecidos como materiais em processamento são os que estão sendo processados ao longo do processo produtivo. Não estão mais no almoxarifado, porque já não são mais matérias-primas, nem no estoque final, porque ainda não são produtos acabados.
- Material acabado: É aquele que está pronto, mas não é o produto que eu quero oferecer ao cliente.
- Produtos acabados ou produto final: Produtos já prontos (cadeira, computador). Produto final, aquele que eu quero oferecer ao cliente.
- Material auxiliar: Também conhecido como material de manutenção, são aqueles que auxiliam na execução e na transformação do produto, mas não compõem o produto final. 
Materiais de manutenção: Materiais aplicados em manutenção com utilização repetitiva (óleo, ferramenta). 
Materiais improdutivos: Materiais não incorporados ao produto no processo produtivo da empresa (materiais de limpeza). 
Materiais de consumo em geral: Materiais de consumo não aplicados em manutenção, mas em diversos setores da empresa (material de escritório). 
 
b. Quanto ao consumo/valor: 
Classificação ABC – Baseada no princípio de pareto, concentra esforços nos itens de maior valor / investimento. 
O principal objetivo da análise ABC é identificar os itens de maior valor de demanda e sobre eles exercer uma gestão mais refinada, especialmente por representarem altos valores de investimentos e, muitas vezes, com impactos estratégicos para a sobrevivência da organização. 
 
Classe A: Materiais com grande consumo anual; Alto investimento financeiro. 
Classe B: Materiais com consumo anual médio; Investimento financeiro razoável. 
Classe C: Materiais com baixo consumo anual; Baixo investimento financeiro. 
	Classe 
	Critério selecionado % 
	Quantidade aproximada em estoque 
	Relevância 
	A 
	80 
	20 
	Alta 
	B 
	15 
	30 
	Intermediária 
	C 
	5 
	50 
	Baixa 
 
A curva ABC baseia-se no princípio de que a maior parte do investimento está concentrada em um pequeno número de itens. Nesse caso, o gestor deve centrar seus esforços nos itens da classe A. 
 
c. Quanto à importância operacional: 
Essa classificação aprecia a imprescindibilidade ou ainda o grau de dificuldade para se obter o material. 
	Classificação 
	Importância 
	O que são 
	X 
	Baixa 
	Materiais de aplicação não importantes e que podem ser adquiridos facilmente, com similares da empresa 
	Y 
	Média; intermediária 
	Materiais de média importância para a empresa, com ou sem similar 
	Z 
	Vital; alta; fundamental 
	Materiais de tal importância que, sem similar na empresa, sua falta causa paralisação da produção 
 
Uma desvantagem de se utilizar a classificação de materiais do tipo importância operacional é que ela não fornece análise econômica dos estoques. Quando ocorre a falta no estoque de materiais classificados como “Z”, eles provocam a paralisação de atividades essenciais e podem colocar em risco o ambiente, pessoas e patrimônio da empresa. São do tipo que não possuem substitutos em curto prazo. 
Os materiais classificados como “Y” são também imprescindíveis para as atividades da organização. Entretanto, podem ser facilmente substituídos em curto prazo. 
Os itens “X”, por sua vez, são aqueles que não paralisam atividades essenciais, não oferecem riscos à segurança das pessoas, ao ambiente ou ao patrimônio da organização e são facilmente substituíveis por equivalentes e, ainda, são fáceis de serem encontrados. 
 
	É imprescindível? 
	Fácil aquisição? 
	Existe similar? 
	A compra original/similar é fácil? 
	Classe 
	SIM 
	NÃO 
	NÃO 
	- 
	Z 
	SIM 
	SIM 
	NÃO 
	- 
	Y 
	NÃO 
	NÃO 
	SIM 
	NÃO 
	Y 
	SIM 
	SIM 
	SIM 
	SIM 
	X 
	NÃO 
	SIM 
	SIM 
	SIM 
	X 
 
· Materiais críticos: 
Segundo Viana (2006), é a classificação pertinente a empresas industriais. São materiais de reposição específica de um equipamento ou de um grupo de equipamento igual, cuja demanda não é previsível e cuja decisão de estocar é tomada com base na análise de risco que a empresa corre, caso esses materiais não estejam disponíveis quando necessário. Por serem sobressalentes vitais de equipamentos produtivos, devem permanecer estocados até sua utilização, não estando, portanto, sujeitos ao controle de obsolescência, ocorre quando algo deixa de ser útil, torna-se ultrapassado, obsoleto.
- Críticos por problemas de obtenção: material importado; único fornecedor; falta no mercado; estratégico e de difícil obtenção ou fabricação. 
- Críticos por razões econômicas: materiais de valor elevado com alto custo de armazenagem ou de transporte. 
- Críticos por problemas de armazenagem ou transporte: materiais perecíveis, de alta periculosidade, elevado peso ou grandes dimensões. 
- Críticos por problema de previsão: ser difícil prever seu uso. 
- Críticos por razões de segurança: materiais de alto custo de reposição ou para equipamento vital da produção. 
 
· Quanto à perecibilidade:
Trata-sede uma classificação que leva em conta a probabilidade de perecimento ou não do material. Sabemos que alguns itens estragam mais rápido que outros. Além disso, o modo de armazenagem influencia na durabilidade do material. Assim, existem materiais perecíveis e não perecíveis. 
 
· Quanto à periculosidade: 
Materiais perigosos: Produtos químicos, que possam explodir ou inflamar em contato com outros. Devemos identificar estes produtos e determinar como cada um deles deve ser transportado, manuseado e armazenado para que eles não causem problemas. 
Materiais não perigosos: O tratamento é mais simples e menos complexo. 
 
· Possibilidade de fazer ou comprar: 
Fazer internamente: Materiais que são fabricados na empresa. 
Comprar: Materiais que devem ser adquiridos no mercado, para os quais não há possibilidade de fabricação na empresa. 
Decidir por fazer ou comprar: Materiais que estão sujeitos à análise de fazer internamente ou comprar, por ocasião do ressuprimento. 
Recondicionar: Materiais passíveis de recuperação que devem ser recondicionados após desgaste e uso. 
 
· Tipos de estocagem: 
Os materiais podem ser classificados em materiais de estocagem permanente e temporária. 
Permanente: materiais para os quais foram aprovados níveis de estoque e que necessitam de ressuprimentos constantes. 
Temporária: materiais de utilização imediata e sem ressuprimento, ou seja, é um material não de estoque. 
 
· Dificuldade de aquisição: 
Os materiais podem ser classificados por suas dificuldades de compra em materiais de difícil aquisição e materiais de fácil aquisição. As dificuldades podem advir de: 
- Fabricação especial: envolve encomendas especiais com cronograma de fabricação longo. 
- Escassez no mercado: há pouca oferta no mercado e pode colocar em risco o processo produtivo. 
- Sazonalidade: há alteração da oferta do material em determinados períodos do ano. 
- Monopólio ou tecnologia exclusiva: dependência de um único fornecedor. 
- Logística sofisticada: material de transporte especial, ou difícil acesso. 
- Importações: os materiais poderão sofrer entraves burocráticos, liberação de verbas ou financiamentos externos. 
 
· Mercado fornecedor: 
Essa classificação está intimamente ligada à anterior e a complementa. 
Materiais do mercado nacional: materiais fabricados no próprio país. 
Materiais do mercado estrangeiro: materiais fabricados fora do país. 
Materiais em processo de nacionalização: materiais aos quais estão desenvolvendo fornecedores nacionais. 
 
3 - Gestão de Estoques:
O que é um estoque? É a própria (toda e qualquer) mercadoria que está armazenada no almoxarifado ou depósito. Não pode chamar o local de estoque, porque é ele a própria mercadoria que está armazenada.
Objetivos do estoque: Ser amortecedor de efeitos negativos no caso de, atraso do fornecedor, aumento inesperado de demanda e oscilações de mercado.
Tipos de estoque: matéria - prima, produtos em processo, material acabado, produto acabado e material auxiliar. (classificação de materiais)
Nível de serviço logístico: É um conceito referente à capacidade do almoxarifado de uma organização para atender corretamente os pedidos que recebe. É um indicador positivo. Há um planejamento para atender 100% do nível de serviço logístico, considera-se bom acima de 90%. Para se ter um bom nível de serviço logístico depende da frequência de entrega e reposição.
Giro de estoque ou rotatividade: É um indicador de quantas vezes a mercadoria foi renovada em determinado período de tempo. O alto giro de estoque é um fator positivo, ou seja, quanto mais renovar melhor e deve ser buscado pelo administrador de materiais. Por isso, significa menos capital imobilizado.
Antigiro ou taxa de cobertura: Representa o tempo médio de duração do estoque. É o intervalo de tempo para o qual o estoque garante abastecer (cobrir) a organização. “Período de cobertura”
Métodos de previsão de demanda: Para a previsão de demanda, utilizam-se informações qualitativas e quantitativas.
· Projeção (quantitativo): Lança mão dos dados numéricos passados para prever o consumo dos períodos seguintes.
· Predileção (qualitativo): Parte da ideia de funcionários a fim de saber o provável consumo de períodos posteriores.
· Explicação (quantitativo): Pauta-se em uma análise de como será a evolução do consumo.
Custo de estoque: 
· Custo de armazenamento: Cresce na medida em que eu tenho mais mercadoria e mais tempo ela fica no estoque. Quando o estoque estiver zerado ainda assim vai ter o mínimo de custo de armazenamento. É diretamente proporcional à quantidade de materiais.
· Custo de pedido: É inversamente proporcional a quantidade de mercadoria, quanto mais eu peço, menor o custo de pedido. Não é o valor da mercadoria, é o que se gasta com o processo do pedido.
4 - Compras:
· As compras devem desencadear resultados satisfatórios para a empresa;
· O mercado é regulado por mecanismos de competição, oferta e procura, isso acaba impactando nos preços que vão influir nas compras.
· A compra tem o objetivo de minimizar gastos, ou seja, provoca resultados financeiros positivos, faturamento razoável com poucas despesas e isso implica em lucros altos.
· Minimizar gastos não é o mesmo que comprar o mais barato.
· O comprador tem que priorizar a organização sem prejudicar fornecedores.
O setor de compras é o que recebe pedidos de reposição de material e filtrar o que deve ser adquirido em determinado momento.
Existem 5 fases do ciclo de compras:
1 - Análise da ordem de compras (OC): É quando o comprador exerce o seu poder de decisão do que comprar e de quem comprar, quando, quanto..
2 - Pesquisa e seleção de fornecedores: Condições de preço, prazos, entrega, armazenagem.
3 - Negociação: Parceria / satisfação mútua. Aqui já acontece a compra.
4 - Acompanhamento do pedido (follow up): Preparado para eventuais situações, como por exemplo, atraso do pedido.
5 - Controle do recebimento do material comprado: Verificação de quantidade e qualidade + aprovação da nota fiscal para pagamento do fornecedor.
5 - Modalidades de compras:
· Centralizada:
· Concentradas em um único órgão;
· Vantagens: Minimiza duplicidades, mas implica em um maior número de pedidos e perda de economia em escala.
· Maior controle.
· É preterida se houverem unidades regionais, ou seja, se tiver regional, cada regional faz sua compra e não a matriz.
· Descentralizada:
· Quando a empresa trabalha com mais de um fornecedor, a independência entre os setores ou filiais da mesma organização fazem suas próprias compras.
· Maior agilidade às demandas de clientes internos.
· Ex: Correios e instituições militares.
Outras modalidades de compras centralizadas e descentralizadas:
1 - De acordo com o item comprado:
· Compras para investimentos: É aquisição de bens patrimoniais. (equipamentos, instalações).
· Compras para consumo: Aquisição para matéria prima e produtos intermediários.
2 - De acordo com o local de origem do fornecedor:
· Compra local: O fornecedor é do mesmo país do que o comprador.
· Compra por importação: O fornecedor e comprador são de países distintos.
3 - De acordo com a formalização das compras:
· Compra formal: Exigem documentos que comprovem a instrução do processo de compra. Ex: Orçamento, edital, nota fiscal.
· Compra informal: Compra de pequeno valor que dispensa documentos.
3 - De acordo com a necessidade de entrega do item:
· Compras antecipadas: São aquelas que antecedem a necessidade efetiva de consumo dos itens de estoque. O gestor sabe que em determinado momento vai ter a necessidade de comprar, mas ele pondera muito.
· Compras parceladas: Compras formalizadas por meio de contrato de forma parcelada.
· Compras emergenciais: São compras urgentes, originadas de uma necessidade não prevista.
4 - De acordo com a recorrência da compra:
· Compra nova: É uma compra inédita, não realizada anteriormente pela organização. É um produto novo que a empresa nunca comprou.
· Recompra direta: São compras rotineiras, normalmente realizadas pela organização.
· Recompra modificada:São compras rotineiras, mas sofrem alterações. É o mesmo produto que está acostumado a comprar, mas pode sofrer alterações, como por exemplo, preço, fornecedor.
6 - Cadastro de fornecedores:
SICAF: É uma sigla que designa o sistema de cadastramento unificado de fornecedores, constitui o registro cadastral do PODER EXECUTIVO FEDERAL e é mantido pelos órgãos e entidades que compõem o sistema de serviços gerais - SISG.
Os órgãos públicos só podem comprar ou contratar a prestação de serviços com os fornecedores que estiverem em situação regular ou que apresentarem documentos necessários para habilitação no SICAF. Sem a comprovação de regularidade no SICAF não sai dinheiro da conta única para comprar ou contratar. (isso cabe a empresa que vai contratar o serviço, que deve fazer uma consulta prévia no SICAF para saber da idoneidade dos fornecedores).
O SICAF também serve em um processo licitatório como fornecedor de uma certidão negativa para o cadastrado participar da licitação.
O sistema garante a possibilidade de verificar em tempo real a situação de uma empresa participante na licitação.
É um sistema automatizado de informações através do qual todos os fornecedores devem ser cadastrados. Uma vez inscrito no sistema o fornecedor estará cadastrado perante qualquer órgão/entidade em todo território Nacional, independente do local que tenha sido feito o cadastramento.
O cadastramento no SICAF é feito sem ônus, em qualquer Unidade Cadastradora - UASG localizada em diversas unidades e compreende os seguintes níveis:
I - Credenciamento;
II - Habilitação jurídica;
III - Regularidade fiscal federal;
IV - Regularidade fiscal estadual municipal;
V - Qualificação técnica;
VI - Qualificação econômico financeira.
CADIN: Cadastro informativo de créditos não quitados do setor público federal, é um banco de dados que contém os nomes de PF e PJ com obrigações pecuniárias vencidas e não pagas. Informa se a pessoa tem dívidas junto a administração pública federal direta e indireta.
Possui também nomes de pessoas físicas que estejam com sua inscrição do CPF cancelada e pessoas jurídicas que sejam declaradas inaptas no CNPJ.
As inclusões dos devedores são realizadas pelos órgãos da administração pública federal direta e indireta.
Qual a função do banco central com o CADIN? Ele não inclui os nomes das PF e PJ, somente administra as informações que compõem seu banco de dados.
Cabe à Secretaria do Tesouro Nacional expedir orientações de natureza normativa a respeito do Cadin.
Como saber se está incluído no CADIN? Quando o órgão responsável inclui um nome no CADIN, deve obrigatoriamente expedir um comunicado ao devedor,dando ciência de sua inclusão no CADIN e prestando todas as informações pertinentes ao débito.
A consulta aos registros podem ser realizadas em qualquer órgão ou entidade com acesso ao CADIN.
Dada a natureza sigilosa das informações, não é dada por telefone ou internet.
Como é feita a baixa de um registro no CADIN? Para obter a baixa deve pagar a dívida e comunicar o órgão ou entidade responsável pela inscrição para dar baixa. Somente o órgão ou entidade responsável pela inscrição tem autonomia para efetuar a baixa.
Regularizada a situação, em quanto tempo o nome do inadimplente será excluído do cadin? Comprovado ter sido regularizada a situação o órgão ou entidade responsável pelo registro obedecerá o prazo de 5 dias úteis para realizar a baixa.
Na impossibilidade de se efetuar a baixa no prazo on órgao ou entidade fornecerá certidão de regularidade do débito, caso não haja outras pendencias.
A inclusão no CADIN sem a devida comunicação ou a não exclusão o órgão ou entidade nos prazos serão responsabilizados a penalidades legais.
É obrigatória a consulta prévia ao CADIN, órgãos e entidades da Administração Pública Federal direta e indireta? Sim, nos casos de realização de operações de créditos que envolvam utilização de recursos públicos; concessão de incentivos fiscais e financeiros; celebração de convênios, acordos, ajustes ou contratos que envolvam desembolso a qualquer título, de recursos públicos, e respectivos aditamentos.
Fica dispensada a consulta nas seguintes situações:
· Concessão de auxílio a Municípios atingidos por calamidades públicas;
· Operações destinadas à composição e regularização dos créditos e obrigações objeto de registro no CADIN, sem desembolso de recursos por parte do órgão ou entidade credora.
· Operações relativas ao crédito educativo e ao penhor civil de bens de uso pessoal ou doméstico.
O CADIN também registra pendências para com a administração pública estadual? Não, somente no setor público federal, porém há estados que possuem cadastros próprios regulados por legislação estadual. Qualquer informação ao CADIN estadual deve ser solicitada a Secretaria de Fazenda do Estado pertinente.
SICON: É o sistema de Gestão de Contratos, é o subsistema do SIASG responsável pelo registro e acompanhamento dos contratos firmados pela Administração Pública Federal.
7 – Recebimento e Armazenagem: 
As atividades de recebimento e armazenagem envolvem o Almoxarifado. O almoxarifado é o local adequado para armazenagem e proteção dos materiais/ insumos da organização. 
Não há uma única forma de armazenar os produtos. Há várias, na verdade, desde que atendam as condições, normas e espaço necessário à guarda e conservação. 
 
ALMOXARIFADO – é o local onde se estocam a matéria-prima, insumos, embalagens, enfim, os materiais iniciais. Pode ser também responsável pelo recebimento dos materiais. Por outro lado, não é o almoxarifado responsável pela compra dos materiais (as compras cabe ao setor de compras). 
DEPÓSITOS – é onde são guardados os produtos processados (produtos acabados, produtos finais). 
Por exemplo, uma fábrica de computadores. Enquanto o depósito guarda os notebooks prontos, o almoxarifado guarda os HDs, Memórias, Placas, telas, teclados , etc. 
 
Organização do Almoxarifado: 
· Receber para guarda e proteção os materiais adquiridos pela empresa; 
· Entregar os materiais mediantes requisições autorizadas aos usuários; 
· Manter atualizados os registros. 
 
 
 
Recebimento: É o ato pelo qual o material encomendado é entregue ao órgão público no local previamente designado, não implicando em aceitação. Transfere apenas a responsabilidade pela guarda e conservação do material, do fornecedor ao órgão recebedor. Ocorrerá nos almoxarifados, salvo quando o mesmo não possa ou não deva ali ser estocado ou recebido, caso em que a entrega se fará nos locais designados. Qualquer que seja o local de recebimento, o registro de entrada do material será sempre no almoxarifado. 
O recebimento decorrerá de: cessão, doação, permuta, transferência ou produção interna. 
São considerados documentos hábeis para o recebimento: Nota Fiscal, Fatura e Nota fiscal/Fatura; Termo de Cessão/Doação ou Declaração exarada no processo relativo à Permuta; Guia de Remessa de Material ou Nota de Transferência; ou Guia de Produção. 
Desses documentos constarão, obrigatoriamente: descrição do material, quantidade, unidade de medida, preços (unitário e total). 
O recebimento do material vai desde a recepção do material, no ato da entrega pelo fornecedor, até a sua entrada nos estoques da organização, estando sob a sua responsabilidade, ainda, a regularização do material.
O recebimento não implica em aceitação, porque os materiais devem ser conferidos.
 
tapas do processo de recebimento:
	ENTRADA DE MATERIAIS 
	Recepção dos materiais e conferência dos dados básicos de entrega (exemplo: informações da nota fiscal). 
	 
CONFERÊNCIA QUANTITATIVA 
	Verificação se a quantidade entregue corresponde à especificada pelo fornecedor. A inspeção poderá́ ser integral, quando todos os itens forem minuciosamente analisados; ou por amostragem, quando há grande volume de um determinado item. (Quantidade entregue versus quantidade da Nota Fiscal). 
	CONFERÊNCIA QUALITATIVA 
	Verificação se as especificações técnicas do material correspondem às solicitadas pelo setor de compras (se o material está adequadoao fim a que se destina). 
	 
REGULARIZAÇÃO 
	Resultado das fases anteriores, podendo ser originada pela entrada do material em estoque e consequente liberação do pagamento ao fornecedor; devolução parcial ou total de itens entregues em desconformidade; ou reclamação junto ao fornecedor por falta de material.
Controle do processo de recebimento, confirmação da conferência quantitativa e qualitativa e finalmente a decisão de aceitar ou não o material.
 
 
Entrada: 
A entrada dos materiais é feita em duas etapas: 
RECEBIMENTO PROVISÓRIO – envolve procedimentos de conferência. 
RECEBIMENTO DEFINITIVO – ocorre posteriormente à conferência e é quando se aceita o material, declarando que está de acordo com o especifi- cado em contrato. 
O recebimento do material, definitivo ou provisório, não exclui a responsabilidade do ônus de qualquer defeito do material. 
Em repartições pública, o recebimento de material de valor superior R$ 176.000,00 (de acordo com o Decreto n. 9.412/2018), para a modalidade de convite, deverá ser confiado a uma comissão de, no mínimo, 3 (três) membros. 
 
Conferência quantitativa: 
A conferência quantitativa é a atividade que contesta a quantidade do material real com o faturado (Quantidade entregue versus quantidade da Nota Fiscal). O típico meio é a contagem, mas existem outros meios:
• manual – pequenas quantidades. 
• por meio de cálculo – típico meio quando se tem embalagens padronizadas (ex.: multiplica a quantidade de caixas na vertical pela quantidade que há na horizontal). 
• por meio de balanças contadoras pesadoras – utilizadas para materiais pequenos como parafusos etc. 
• pesagens – utilizada quando há maior volume (por exemplo grãos); 
• medição – utilizada a trena de medida (utilizado em correias, por exemplo); 
• critérios de tolerância – quando há aquisições em grande vulto em razão da imprecisão. 
 
Outro conceito importante é o de conferência por acusação (ou contagem cega). Nessa modalidade, o recebedor do material faz a contagem sem conhecer a quantidade que foi faturada. Nesse caso, o “contador” deve informar ao funcionário “regularizador” a quantidade de material recebido. 
 
Conferência qualitativa: 
Trata-se da confrontação das especificações técnicas com a autorização de fornecimento. 
Geralmente são constatados os seguintes itens: 
• dimensões; 
• caraterísticas específicas; 
• restrições. 
 
Tal inspeção pode ocorrer: 
• acompanhamento durante a fabricação (ex. as empresas muçulmanas visitam os frigoríficos no Brasil durante o abate); 
• inspeção no fornecedor do produto acabado; 
• inspeção por ocasião do recebimento. 
 
 
Regularização:
Os documentos envolvidos na regularização são: nota fiscal, conhecimento de transporte rodoviário de carga, documento de contagem efetuada, parecer da inspeção, especificação da compra, catálogos técnicos e desenhos.
Obs. Depois de todos esses procedimentos, o transportador será liberado para a descarga. Há locais que contam com “docas” que servem para retirar as mercadorias de caminhões.
 
Nota fiscal: É um documento fiscal emitido pelo fornecedor quando alguém adquire alguma coisa.
Não vale como instrumento de cobrança, mas serve para notificar o fisco sobre os seguintes impostos: IPI, ICMS e ISSQN (ISS).
A nota fiscal tem um canhoto que deve ser assinado pelo comprador.
Como a nota fiscal não é um documento hábil para cobrança, há necessidade de emissão de documento próprio para a cobrança (fatura, duplicata, nota fiscal fatura, etc).
Atribuições do almoxarifado:
· Coordenar e controlar as atividades de recebimento e devolução de materiais.
· Analisar a documentação recebida, verificando se a compra está autorizada.
· Confrontar os volumes declarados na nota fiscal e no manifesto de transporte com os volumes a serem efetivamente recebidos.
· Proceder a conferência visual, verificando condições de embalagens quanto a possíveis avarias na carga transportada e, se for o caso, apontando as ressalvas de praxe nos respectivos documentos.
· Proceder a conferência quantitativa e qualitativa dos materiais recebidos.
· Decidir pela recusa, aceite ou devolução conforme o caso.
· Providenciar a regularização da recusa, devolução ou da liberação de pagamento ao fornecedor.
· Liberar o material desembaraçado para estoque no almoxarifado.
Armazenagem: 
Critérios de armazenagem são as considerações que o gestor deve fazer sobre a estocagem do material sob sua responsabilidade. 
 
O principal objetivo do armazenamento é utilizar o espaço físico em suas três dimensões (largura x comprimento x altura). Além disso, as instalações do armazém devem proporcionar a movimentação rápida e fácil de materiais desde o recebimento até a expedição. Para tanto, alguns cuidados essenciais devem ser observados: 
· determinação do local (coberto ou não); 
· definição adequada do leiaute; 
· definição de uma política de preservação, com embalagens planejamento convenientes aos materiais; 
· ordem, arrumação e limpeza, de forma constante; 
· segurança patrimonial, contra furtos, incêndio; 
A se otimizar a armazenagem, obtém-se: 
· máxima utilização do espaço; 
· efetiva utilização dos recursos disponíveis; 
· pronto acesso a todos os itens (Seletividade); 
· máxima proteção aos itens estocados; 
· boa organização; 
· satisfação das necessidades dos clientes. 
 
Sistema de estocagem: 
Sistema de estocagem fixo – as áreas de estocagem são predeterminadas e são definidas de acordo com o tipo de material.. Se, por um lado, este sistema fa- cilita o controle, por outro suscita o desperdício de áreas de armazenagem, já que a falta de um tipo de material acarreta áreas “vazias”, ao passo que outro tipo de material em excesso, em outra área, ficaria “no corredor”. 
 
Sistema de estocagem livre – não demarcação de locais próprios (exceto para materiais de estocagem especial). Neste sistema, os materiais vão ocupando aos espaços vazios no almoxarifado, o que exige um elevado controle, sob o risco de incorrer na existência de material perdido em estoque. 
 
 
10 - Critérios e técnicas de armazenagem: 
Critérios: 
A armazenagem pode ser simples ou complexa. A armazenagem torna-se complexa em razão dos seguintes aspectos intrínsecas: 
Fragilidade; Combustibilidade; Volatização; Oxidação; Explosividade; Intoxicação; Radiação; Corrosão; Inflamabilidade; Volume; Peso e Forma. 
 
Os materiais sujeitos à armazenagem complexa demandam, entre outras, as seguintes necessidades básicas: a) Preservação especial; b) Equipamentos especiais de prevenção de incêndios; c) Equipamentos de movimentação especiais; d) Meio ambiente especial; e) Manuseio especial, por intermédio de EPI’s (Equipamentos de Proteção Individual) adequados. 
 
 
É importante destacar que não existe uma regra rígida de armazenagem. Para escolher o modo adequado, deve-se levar em conta: 
 
Armazenagem por agrupamento ou semelhança: Materiais parecidos (semelhantes) devem ser armazenados próximos uns dos outros. 
Armazenagem segundo o tamanho, forma ou peso: Busca-se acondiionar os materiais levando em conta suas características físicas (líquido, gasoso, perecível, etc) 
Armazenagem por frequência de utilização: Materiais com uso mais frequente devem ter o acesso mais fácil e rápido. 
Armazenagem especial: Alguns materiais, por características especiais que lhe são próprias precisam de uma estrutura especial para armazená-los (ambiente climatizado, inflamável perecível, etc). 
Armazenagem em área externa: É o método de estocagem que permite colocar itens fora do “galpão” em área não coberta (cilindros, gás, veículos, etc). 
 
 
 
 
 
Técnicas: 
A escolha de uma técnica de armazenagem dependerá muito de alguns fatores: 
Tipo de material; Tipo de embalagem; Espaço disponível; Quantidade de itens e Velocidade de consumo. 
 
Entretanto, por mais que as necessidades mudem de uma empresa ou órgão público para outro, existem técnicas algumas técnicas que merecem destaque: 
 
Paletes: Trata-se de uma plataforma horizontal para o carregamento unitizado de materiais.Podem ser feitos de madeira, plástico ou metal. 
 
Estruturas metálicas: Existem dezenas de estruturas metálicas que podem ser utilizadas: 
Prateleiras: Prateleiras são indicadas para estocar materiais dos mais diversos tamanhos e tipos. São constituídas de chapas de aço. 
Estrutura porta-palete: As estruturas leves são substituídas por plano de carga constituído por um par de vigas que se encaixam em colunas o que permite o trânsito de empilhadeiras. 
Drive-in: É recomendado para grande quantidade e pequena variedade de materiais. É um porta-pallet mas de bloco contínuo. Tem como ponto fraco a necessidade de ter que movimentar os pallets da frente para alcançar os dos fundos 
Drive-Thru: As desvantagens do drive-in são superadas pelo drive-thru que possibilita que a empilhadeira o atravesse. 
Armazenagem dinâmica: É o sistema indicado para o sistema FIFO. Os pallets movimentam-se automaticamente pelos trilhos e roletes, por ação da gravidade. 
Push back: É uma variação do sistema dinâmico. Os pallets movimentam-se pelos trilhos e é ideal para profundidade de até quatro paletes. 
Flow Rack: É ideal para materiais de pequeno volume e leves (até 80kg), cujo armazenamento dispensa o uso de pallets. 
Estrutura cantilever: Estrutura para armazenamento de itens longos, perfis, etc 
Empilhamento: É utilizado para empilhar caixas os pallets sem a necessidade de prateleiras.

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