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ESPECIFICO - ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS

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CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
Professor Petronio Castro 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 O inteiro teor desta apostila está sujeito à proteção de direitos autorais. 
Copyright © 2020 Loja do Concurseiro. Todos os direitos reservados. O conteúdo 
desta apostila não pode ser copiado de forma diferente da referência individual 
comercial com todos os direitos autorais ou outras notas de propriedade retidas, e 
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distribuir, modificar, reproduzir, republicar ou retransmitir qualquer informação, 
texto e/ou documentos contidos nesta apostila ou qualquer parte desta em 
qualquer meio eletrônico ou em disco rígido, ou criar qualquer trabalho derivado 
com base nessas imagens, texto ou documentos, sem o consentimento expresso 
por escrito da Loja do Concurseiro. 
 Nenhum conteúdo aqui mencionado deve ser interpretado como a 
concessão de licença ou direito de qualquer patente, direito autoral ou marca 
comercial da Loja do Concurseiro. 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
3 
 
 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: CONCEITOS, 
FUNÇÕES E OBJETIVOS 
 
 
CONCEITOS INICIAIS 
 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
A Administração de Materiais é definida como sendo 
um conjunto de atividades desenvolvidas dentro de 
uma empresa, de forma centralizada ou não, 
destinadas a suprir as diversas unidades, com os 
materiais necessários ao desempenho normal das 
respectivas atribuições. Tais atividades abrangem 
desde o circuito de reaprovisionamento, inclusive 
compras, o recebimento, a armazenagem dos 
materiais, o fornecimento dos mesmos aos órgãos 
requisitantes, até as operações gerais de controle de 
estoques etc. 
 
Em outras palavras: 
“A Administração de Materiais visa à garantia de 
existência contínua de um estoque, organizado de 
modo a nunca faltar nenhum dos itens que o 
compõem, sem tornar excessivo o investimento total”. 
A Administração de Materiais moderna é conceituada e 
estudada como um Sistema Integrado em que diversos 
subsistemas próprios interagem para constituir um todo 
organizado. Destina-se a dotar a administração dos 
meios necessários ao suprimento de materiais 
imprescindíveis ao funcionamento da organização, no 
tempo oportuno, na quantidade necessária, na 
qualidade requerida e pelo menor custo. 
A oportunidade, no momento certo para o suprimento 
de materiais, influi no tamanho dos estoques. Assim, 
suprir antes do momento oportuno acarretará, em 
regra, estoques altos, acima das necessidades imediatas 
da organização. Por outro lado, a providência do 
suprimento após esse momento poderá levar a falta do 
material necessário ao atendimento de determinada 
necessidade da administração. Do mesmo modo, o 
tamanho do Lote de Compra acarreta as mesmas 
consequências: quantidades além do necessário 
representam inversões em estoques ociosos, assim 
como, quantidades aquém do necessário podem levar à 
insuficiência de estoque, o que é prejudicial à eficiência 
operacional da organização. 
Estes dois eventos, tempo oportuno e quantidade 
necessária, acarretam, se mal planejados, além de 
custos financeiros indesejáveis, lucros cessantes, 
fatores esses decorrentes de quaisquer das situações 
assinaladas. Da mesma forma, a obtenção de material 
sem os atributos da qualidade requerida para o uso a 
que se destina acarreta custos financeiros maiores, 
retenções ociosas de capital e oportunidades de lucro 
não realizadas. Isto porque materiais, nestas condições 
podem implicar em paradas de máquinas, defeitos na 
fabricação ou no serviço, inutilização de material, 
compras adicionais, etc. 
 
 
UMA INTRODUÇÃO HISTÓRICA 
A atividade de material existe desde a mais remota 
época, através das trocas de caças e de utensílios até 
chegarmos aos dias de hoje. 
 
 
O foco de nossa disciplina é apenas o estudo dos 
recursos materiais, em sentido amplo. 
Nosso primeiro passo é entender a distinção entre 
recursos materiais e patrimoniais. 
Podemos dizer que o termo “recurso material” pode 
assumir dois sentidos. 
Em um sentido amplo, recurso material engloba todos 
os meios físicos de que dispõe uma organização, indo 
desde aqueles relacionados à sua infraestrutura (um 
prédio, por exemplo) até mesmo aos materiais 
auxiliares (papel A4, por exemplo). 
Em sentido estrito, é possível separar as definições de 
recurso material de recurso patrimonial: 
 
Recurso material = refere-se aos elementos físicos 
empregados por uma organização que concorrem para 
a constituição de seu produto final, podendo este 
“produto final” ser um material processado ou um 
serviço. A natureza do recurso material não é 
ADMINISTRAÇÃO DE 
MATERIAIS 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
4 
permanente. Além disso, é geralmente possível 
armazená-lo em estoques. 
Na Contabilidade, recursos materiais podem ser 
aproximados do 
conceito de bens de venda (mercadorias, matérias-
primas, produtos em fabricação e produtos prontos), 
carecendo apenas dos materiais auxiliares (por 
exemplo, material de expediente). 
 
Recurso patrimonial = refere-se aos elementos físicos 
empregados por uma organização que são destinados à 
manutenção das atividades de uma organização. A 
natureza do recurso patrimonial é permanente. Além 
disso, nem sempre é possível armazená-lo em estoques. 
Na Contabilidade, os recursos patrimoniais referem-se 
ao conceito de bens de uso, ou ativo imobilizado de 
uma organização (imóveis, terrenos, móveis e 
utensílios, veículos, máquinas e equipamentos, 
computadores e terminais, instalações etc), tomados 
em conjunto com seus ativos intangíveis. 
Uma vez esclarecido o que se entende por Recurso 
Material, estamos aptos a partir para a definição de 
Administração de Materiais: 
 
O conjunto de atividades conduzidas em uma 
organização, visando a maximizar a utilização dos 
recursos da empresa. 
 
RESPONSABILIDADE E ATRIBUIÇÕES DA 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: 
a) suprir, através de Compras, a empresa, de todos os 
materiais necessários ao seu funcionamento; 
b) avaliar outras empresas como possíveis 
fornecedores; 
c) supervisionar os almoxarifados da empresa; 
d) controlar os estoques; 
e) aplicar um sistema de reaprovisionamento adequado, 
fixando Estoques Mínimos, Lotes Econômicos e outros 
índices necessários ao gerenciamento dos estoques, 
segundo critérios aprovados pela direção da empresa; 
f) manter contato com as Gerências de Produção, 
Controle de Qualidade, Engenharia de Produto, 
Financeira etc. 
g) estabelecer sistema de estocagem adequado; 
h) coordenar os inventários rotativos. 
OBJETIVOS DA ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: 
 
O PRINCIPAL OBJETIVO DA ADMINISTRAÇÃO DE 
MATERIAIS é: 
maximizar a utilização dos recursos da empresa. Em 
outras palavras: evitar o desperdício, que pode se 
manifestar das mais diversas maneiras: excesso de 
estoque, aquisição de materiais desnecessários ou de 
baixa qualidade etc. 
 
Segue os principais objetivos da área de Administração 
de Recursos Materiais e Patrimoniais: 
a) Preço Baixo - este é o objetivo mais óbvio e, 
certamente um dos mais importantes. Reduzir o preço 
de compra implica em aumentar os lucros, se mantida a 
mesma qualidade; 
b) Alto Giro de Estoques - implica em melhor utilização 
do capital, aumentando o retorno sobre os 
investimentos e reduzindo o valor do capital de giro; 
c) Baixo Custo de Aquisição e Posse - dependem 
fundamentalmente da eficácia das áreas de Controle de 
Estoques, Armazenamento e Compras; 
d) Continuidade de Fornecimento - é resultado de uma 
análise criteriosa quando da escolha dos fornecedores. 
Os custos deprodução, expedição e transportes são 
afetados diretamente por este item; 
e) Consistência de Qualidade - a área de materiais é 
responsável apenas pela qualidade de materiais e 
serviços provenientes de fornecedores externos. Em 
algumas empresas a qualidade dos produtos e/ou 
serviços constituem-se no único objetivo da Gerência 
de Materiais; 
f) Despesas com Pessoal - obtenção de melhores 
resultados com a mesma despesa ou, mesmo resultado 
com menor despesa - em ambos os casos o objetivo é 
obter maior lucro final. “ As vezes compensa investir 
mais em pessoal porque pode-se alcançar com isto 
outros objetivos, propiciando maior benefício com 
relação aos custos “; 
g) Relações Favoráveis com Fornecedores - a posição 
de uma empresa no mundo dos negócios é, em alto 
grau determinada pela maneira como negocia com seus 
fornecedores; 
h) Aperfeiçoamento de Pessoal - toda unidade deve 
estar interessada em aumentar a aptidão de seu 
pessoal; 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
5 
i) Bons Registros - são considerados como o objetivo 
primário, pois contribuem para o papel da 
Administração de Material, na sobrevivência e nos 
lucros da empresa, de forma indireta. 
 
Para cumprir estes objetivos, a Administração de 
Materiais divide-se em atividades específicas e 
complementares entre si, assim agrupadas por 
Gonçalves (2007): 
 
Gestão dos centros de distribuição – responsável pelo 
controle físico dos materiais, bem como pelo seu 
recebimento na organização, movimentação, 
armazenagem e distribuição interna. 
 
Gestão de estoques – objetiva adequar os níveis de 
estoque às necessidades e à política de gestão de 
materiais da organização. Para tanto, utiliza técnicas de 
previsão de consumo, gerando sinais para a área de 
compras a fim de iniciar processos de aquisição. 
 
Gestão de compras – objetiva efetuar as aquisições / 
contratações demandadas pelos diversos órgãos 
componentes da empresa, bem como atender às 
solicitações da área gestora de estoques. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS SOBRE ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS: 
CONCEITOS, FUNÇÕES E OBJETIVOS 
 
 
Julgue os itens a seguir em CERTO ou ERRADO: 
 
 
01. (CESPE / SEAD FUNESA / 2008) É objetivo da 
administração de materiais maximizar a utilização dos 
recursos da empresa. 
 
02. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma das funções precípuas 
do administrador de materiais é minimizar o uso dos 
recursos envolvidos na área logística da empresa, 
visando economia e eficiência. 
 
03. (CESPE / STM / 2008 - adaptada) A administração de 
materiais visa a colocar os materiais necessários na 
quantidade certa, no local certo e no tempo certo à 
disposição dos órgãos que compõem o processo 
produtivo da empresa. 
 
GABARITO 
01. C 02. E 03. C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
6 
CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS. TIPOS DE 
CLASSIFICAÇÃO. 
 
 
CLASSIFICAÇÃO DOS MATERIAIS 
 
A classificação dos itens de material é um procedimento 
necessário a fim de racionalizar o controle de materiais 
em estoque. 
 
Trata-se de um procedimento de aglutinação de 
materiais por características semelhantes, servindo de 
informação gerencial ao administrador de materiais, 
que se torna capaz de voltar sua atenção a 
determinada(s) categoria(s) de material(is), ao invés de 
tentar, em vão, lidar com uma infinidade de itens de 
materiais. 
Sem uma classificação de materiais bem definida, seria 
quase impossível ao gestor de materiais administrar 
seus estoques. 
 
Atributos e Etapas da Classificação de Materiais 
Um sistema de classificação deve possuir determinadas 
qualidades (ou atributos) que o torne satisfatório. Para 
Viana (2000), são três os atributos de um bom sistema 
de classificação: 
 
Abrangência = a classificação deve abordar uma 
série de características dos materiais, 
caracterizando-os de forma abrangente. Aspectos 
físicos, financeiros, contábeis...são todos 
fundamentais em um sistema de classificação 
abrangente. 
 
Flexibilidade = Segundo Viana (2000), um sistema 
de classificação flexível é aquele que permite 
interfaces entre os diversos tipos de classificação, 
de modo a obter uma visão ampla da gestão de 
estoques. Enquanto a abrangência tem a ver com 
as características 8 do material, a flexibilidade 
refere-se à “comunicação” entre os tipos de 
classificação, bem como à possibilidade de adaptar 
e melhorar o sistema de classificação sempre que 
desejável. 
 
Praticidade = a classificação deve ser simples e 
direta, sem demandar do gestor procedimentos 
complexos. 
Atributos para classificação de materiais. 
• catalogação, arrolamento de todos os itens de 
material existentes em estoque, permitindo uma 
ideia geral do conjunto. Significa ordenar, de forma 
lógica, todo um conjunto de dados relativos aos 
itens identificados, codificados e cadastrados, de 
modo a facilitar a sua consulta pelas diversas áreas 
da empresa. 
• simplificação, redução da diversidade de itens de 
material em estoque que se destinam a um mesmo 
fim. Caso existam dois itens de material que são 
empregados para a mesma finalidade, com o mesmo 
resultado – indiferentemente, opta-se pela inclusão 
no catálogo de materiais de apenas um deles. Para 
reduzir a diversidade de um item empregado para o 
mesmo fim. Facilita, assim, a normalização e reduz-
se despesas; 
• especificação (Identificação), que representa uma 
descrição minuciosa e possibilita melhor 
entendimento entre o consumidor e o fornecedor 
quanto ao tipo de material a ser requisitado. 
• normalização, maneira pela qual devem ser 
utilizados os materiais. Estabelecimento de normas 
técnicas para os itens de material em si, ou para seu 
emprego com segurança. 
• padronização, para facilitar o entendimento e não 
gerar muitas confusões. Pode atuar em relação a 
peso, medida e formato. Uniformização do emprego 
e do tipo do material. Facilita o diálogo com o 
mercado, facilita o controle, permite a 
intercambialidade de sobressalentes ou demais 
materiais de consumo (peças, cartuchos de 
impressoras padronizadas, bobinas de fax etc.); 
• codificação, atribuição de uma série de números 
e/ou letras a cada item de material para representar 
todas as informações necessárias, suficientes e 
desejadas com base em toda a classificação obtida 
do material. Pode ser codificação alfabético, 
alfanumérico ou numérico. 
 
 
 
 
 
 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
7 
TIPOS (OU CRITÉRIOS) DE CLASSIFICAÇÃO DE 
MATERIAIS 
 
Vários são os tipos de classificação de materiais, 
determinados em função das informações gerenciais 
desejadas pelo Gestor de Materiais. 
 
Veremos, a seguir os principais tipos de classificação: 
 
a) Quanto à possibilidade de fazer ou comprar 
Esta classificação tem por objetivo prover a informação 
de quais materiais poderão ser produzidos 
internamente pela organização, e quais deverão ser 
adquiridos no mercado. As categorias de classificação 
podem ser assim listadas: 
• materiais a serem produzidos internamente; 
• materiais a serem adquiridos; 
• materiais a serem recondicionados 
(recuperados) internamente; 
• materiais a serem produzidos ou adquiridos 
(depende de análise caso-a-caso pela 
organização). 
A decisão sobre produzir ou adquirir um item de 
material no mercado é tomada pela cúpula da 
organização, considerando os custos e a estrutura 
envolvida. Nesse contexto, há duas estratégias 
possíveis: a verticalização e a horizontalização: 
 
Verticalização→ Produz-se (ou tenta-se produzir) 
internamente tudo o que puder. Essa estratégia foi 
dominante nas grandes empresas, até o final do 
século passado, no intuito de assegurar a 
independência de terceiros (ex: General Motors). 
Mais raramente, há empresas que ainda se 
esforçam na verticalização de seus negócios (um 
exemplo seria a Faber-Castell que, na última 
década, esforçou-se na conquista da 
autossuficiência no plantio de madeira, matéria-
prima na confecção de lápis).No entanto, 
verticalizar mostrou-se um negócio arriscado, já 
que se corre o risco da empresa ficar “engessada”, 
ou seja, a imobilização de recursos pode tornar o 
negócio pouco flexível. 
 
 
Horizontalização → Compra-se de terceiros o 
máximo de itens que irão compor o produto final. 
Esta estratégia é a grande tendência das empresas 
modernas. De modo geral, apenas os processos 
fundamentais (chamados core processes) não são 
terceirizados, por razões de segredos tecnológicos. 
A estrutura horizontalizada é típica do Sistema 
Toyota de Produção, que remete a terceiros cerca 
de 75% do processo produtivo. 
 
O quadro abaixo sumariza as vantagens e desvantagens 
dessas estratégias: 
 
 VANTAGENS DESVANTAGENS 
Verticalização 
 
- Independência 
de 
terceiros; 
- Maiores lucros; 
- Manutenção de 
segredo sobre 
tecnologias 
próprias. 
- Perda de 
flexibilidade (a 
empresa fica 
“engessada”); 
- Maior 
investimento 
(maiores custos) 
Horizontalização 
 
- Garantia de 
flexibilidade à 
empresa; 
- Menores custos 
(não há despesa 
na criação de 
estruturas 
internas). 
- Perda de 
controle 
tecnológico; 
- Dependência de 
terceiros; 
- Lucros menores. 
 
b) Por demanda: 
- Materiais de Estoque 
São os materiais que, dada a previsibilidade da 
demanda pela organização, devem ser mantidos em 
estoque. 
 
- Materiais Não-de-Estoque 
São os materiais que, dada a imprevisibilidade da 
demanda pela organização, não tem necessidade de 
estarem em estoque. 
(lembre-se: estoque gera custos à organização!!) 
No caso de materiais não-de-estoque, quando 
verificada sua necessidade, inicia-se um processo de 
aquisição. 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
8 
Observação: As demais classificações (apresentadas a 
seguir) são atinentes exclusivamente aos materiais de 
estoque, que são mantidos nos almoxarifados das 
organizações. 
 
c) Quando à Industrialização: 
• Matérias Primas: materiais destinados à 
transformação em outros produtos, com consumo 
diretamente proporcional ao volume de produção; 
• Produtos em Processo: materiais que estão em 
diferentes etapas de produção. Representam a 
transição de matéria–prima para produto acabado. 
• Produtos semi-acabados: materiais procedentes da 
produção que, para serem considerados acabados, 
necessitam ainda de algum detalhe de acabamento, 
como: retoque, pintura, inspeção, etc. 
• Produtos Acabados: materiais que já estão prontos; 
seus processamentos foram finalizados, podendo ser 
estocados, utilizados ou comercializados. 
 
d) Quanto a movimentação 
• Materiais Ativos: 
são itens estocados que possuem sua movimentação 
ativa. 
• Materiais Inativos: 
são itens estocados sem movimentação. Estes devem 
ser identificados e sua permanência no estoque 
analisada, caso não seja compensadora, devemos retirá-
los do estoque, pois representam capital de giro parado 
e em desvalorização. 
• Materiais Descontinuados: 
são itens que a empresa não mais movimenta. Como 
não é possível excluí-los do sistema de controle de 
estoque, por possuírem movimentações registradas, os 
mesmos são classificados como descontinuados. 
 
e) Por periculosidade 
Materiais perigosos são aqueles que oferecem risco, em 
especial durante as atividades de manuseio e 
transporte. 
Nesta categoria, estão inseridos os explosivos, líquidos e 
sólidos inflamáveis, materiais radioativos, corrosivos, 
oxidantes etc. 
 
f) Por perecibilidade 
Trata-se de uma classificação que leva em conta o 
desaparecimento das propriedades físico-químicas do 
material. 
Gêneros alimentícios, vacinas, materiais para testes 
laboratoriais, entre outros, são considerados perecíveis, 
já que estão sujeitos à deterioração e à decomposição. 
 
g) Por importância operacional (Classificação XYZ) 
A Classificação XYZ avalia o grau de criticidade ou de 
imprescindibilidade do item de material nas atividades 
desempenhadas pela organização. A vantagem da 
utilização da classificação do tipo importância 
operacional é a obtenção da informação dos itens de 
material em estoque considerados vitais para a 
organização, seja em termos de continuidade da 
produção ou de segurança às pessoas, ao ambiente e ao 
patrimônio. Uma desvantagem de se utilizar a 
classificação de materiais do tipo importância 
operacional é que ela não fornece análise econômica 
dos estoques. 
As classes são assim definidas, conforme Mendes e 
Castilho (2009): 
 
Classificação por importância operacional 
Classe Definição 
Classe X 
Materiais de baixa criticidade, cuja falta 
não implica paralisações da produção, 
nem riscos à segurança pessoal, 
ambiental e patrimonial. Ainda, há 
facilidade de sua obtenção no mercado. 
Classe Y 
Materiais que apresentam grau de 
criticidade intermediário, podendo, 
ainda, ser substituídos por outros com 
relativa facilidade. 
Classe Z 
Materiais de máxima criticidade, não 
podendo ser substituídos por outros 
equivalentes em tempo hábil sem 
acarretar prejuízos significativos. A falta 
desses materiais provoca a paralisação 
da produção, ou coloca em risco as 
pessoas, o ambiente ou o patrimônio 
da empresa. 
 
 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
9 
h) Por valor econômico (Curva ABC) 
O Método da Curva ABC ou Princípio de Pareto (ou, 
ainda, Curva 80-20), é uma ferramenta segundo a qual 
os itens de material em estoque são classificados de 
acordo com sua importância, geralmente financeira. 
Para Gonçalves (2007), o principal objetivo da análise 
ABC é identificar os itens de maior valor de demanda e 
sobre eles exercer uma gestão mais refinada, 
especialmente por representarem altos valores de 
investimentos e, muitas vezes, com impactos 
estratégicos para a sobrevivência da organização. 
Devemos frisar que, na sistemática da Curva ABC, os 
itens de material em estoque são usualmente 
classificados de acordo com seu valor financeiro, mas 
existe a possibilidade de adoção de outros critérios, 
como, por exemplo, impacto na linha de produção, ou, 
itens mais requisitados pelos setores da organização. 
 
No método da Curva ABC, os itens em estoque são 
classificados em três classes: 
Classe A: itens de maior relevância 
Classe B: itens de importância intermediária 
Classe C: itens de menor relevância em estoque 
Os percentuais aproximados (e não fixos) são os 
relacionados abaixo: 
 
CLASSE 
% do critério 
selecionado 
(geralmente é o valor 
(R$) em estoque) 
% Quantidade 
aproximada em 
estoque 
A 80% 20% 
B 15% 30% 
C 5% 50% 
 
A representação gráfica da curva ABC é apresentada a 
seguir, adotando-se, como critério, o valor dos itens em 
estoque: 
 
 
 
 
Atributos para a Classificação de Materiais 
Permanentes e de Consumo 
A classificação de um bem como permanente ou de 
consumo é, predominantemente, uma classificação 
contábil, pois é referente à Natureza de Despesa, no 
âmbito do Sistema Integrado de Administração 
Financeira do Governo Federal (SIAFI). De modo geral, 
podemos traçar as seguintes definições: 
 
Material de Consumo 
É aquele que, em razão de seu uso corrente, perde 
normalmente sua identidade física e/ou tem sua 
utilização limitada a dois anos. 
ex.: caneta esferográfica, borracha, etc. 
 
Material Permanente 
É aquele que, em razão de seu uso corrente, não perde 
sua identidade física, mesmo quando incorporado a 
outro bem, e/ou apresenta uma durabilidade superior 
a dois anos. 
ex,: monitor de computador, mesa de escritório, etc. 
 
A Secretaria do Tesouro Nacional do Ministério da 
Fazenda, através do artigo 3º de sua Portaria nº 
448/2002, apresenta 5(cinco) condições excludentes 
para a classificação de um bem como permanente. De 
acordo com essa norma, é material de consumo aquele 
que se enquadrar em um ou mais dos seguintes 
quesitos: 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
10 
“Art. 3º - Na classificação da despesa serão adotados os 
seguintes parâmetros excludentes, tomados em 
conjunto, para a identificação do material permanente: 
I - Durabilidade, quando o materialem uso normal 
perde ou tem reduzidas as suas condições de 
funcionamento, no prazo máximo de dois anos; 
II - Fragilidade, cuja estrutura esteja sujeita a 
modificação, por ser quebradiço ou deformável, 
caracterizando-se pela irrecuperabilidade e/ou perda de 
sua identidade; 
III - Perecibilidade, quando sujeito a modificações 
(químicas ou físicas) ou que se deteriora ou perde sua 
característica normal de uso; 
IV - Incorporabilidade, quando destinado à 
incorporação a outro bem, não podendo ser retirado 
sem prejuízo das características do principal; e 
V - Transformabilidade, quando adquirido para fim de 
transformação.” 
 
Redação mais atual destes critérios é apresentada pelo 
Manual de Contabilidade Aplicada ao Setor Público 
(Portaria Conjunta STN/SOF nº 01/11):n i s F i g u e i r e 
d o d a S i l v a 3 2 8 2 1 Um material é considerado de 
consumo caso atenda um, e pelo menos um, dos 
critérios a seguir: 
Critério da Durabilidade (...); 
Critério da Fragilidade (...); 
Critério da Perecibilidade (...); 
Critério da Incorporabilidade (...); 
Critério da Transformabilidade (...)” 
 
Usualmente, este conteúdo é cobrado de forma simples 
em concursos. De qualquer modo, vale a pena decorar 
os (cinco) critérios acima. 
 
 
 
 
 
 
 
 
EXERCÍCIOS SOBRE CLASSIFICAÇÃO DE MATERIAIS. 
TIPOS DE CLASSIFICAÇÃO. 
 
 
01. (CESPE / ANATEL / 2009) Se determinado órgão 
público adquirir 50 cartuchos de toner para as suas 
impressoras a laser, tais produtos deverão ser 
considerados como produtos acabados para o referido 
órgão. 
 
02. (CESPE / CNPQ / 2011) Uma desvantagem de se 
utilizar a classificação de materiais do tipo importância 
operacional é que ela não fornece análise econômica 
dos estoques. 
 
03. (CESPE / IPOJUCA - Administrador hospitalar / 2009) 
A classificação XYZ é um método de análise qualitativa 
que determina a criticidade dos materiais e dos 
medicamentos no hospital. Os itens X são aqueles 
considerados vitais ou críticos para a produção, sem 
similar no hospital. 
 
04. (FCC / METRÔ SP / 2008) No processo de gestão de 
materiais, a classificação ABC é uma ordenação dos 
itens consumidos em função de um valor financeiro. 
São considerados itens A os itens de estoque com as 
características de: 
a) muitos itens em estoque e baixo valor de consumo 
acumulado. 
b) poucos itens em estoque e baixo valor de consumo 
acumulado. 
c) muitos itens em estoque e alto valor de consumo 
acumulado. 
d) poucos itens em estoque e alto valor de consumo 
acumulado. 
e) número médio de itens em estoque e alto valor 
acumulado. 
 
05. (CESPE / TJ ES / 2011) Pertencem ao inventário de 
material permanente os itens patrimoniais de 
durabilidade superior a um ano e(ou) os que não 
percam a sua identidade física. 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
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06. (CESPE / EBC / 2011) O critério de durabilidade deve 
ser o único parâmetro para a classificação orçamentária 
de um material em consumo ou permanente. 
 
07. (IFC / UFSC / 2009) Em relação aos atributos para a 
classificação de materiais, assinale a alternativa 
CORRETA. 
a) Criatividade, inovação e flexibilidade. 
b) Mudança, adaptação e estratégia. 
c) Abrangência, criatividade e inovação. 
d) Abrangência, flexibilidade e praticidade. 
e) Praticidade, estratégia e reorganização. 
 
08. (CESPE / SESA ES / 2011) Simplificação, especificação 
e normalização são etapas da classificação de materiais. 
 
09. (CESPE / ABIN / 2010) Considere que, no estoque de 
uma oficina mecânica, haja vários parafusos de 
diferentes tipos. 
Nessa situação, no controle de estoque, todos os 
parafusos devem ser considerados um mesmo item de 
consumo, atribuindo-se a esse item uma única 
codificação. 
 
 
10. (CESPE - 2013 - TRT - 10ª REGIÃO (DF e TO) - Técnico 
Judiciário - Administrativo) Julgue os itens que se 
seguem, relativos a gestão de materiais. 
Denomina-se verticalização o processo em que a 
empresa se torna seu próprio fornecedor, passando 
ela própria a produzir internamente suas matérias-
primas, para evitar a dependência de fornecedores 
externos. 
 
 
 
GABARITO 
01. E 02. C 03. E 04. D 05. E 
06. E 07. D 08. C 09. E 10. C 
 
 
 
COMPRAS 
 
 
Compras. Modalidades de compra. Cadastro de 
fornecedores. Compras no setor público 
 
CONCEITO DE COMPRA 
É a função responsável pela obtenção do material no 
mercado fornecedor, interno ou externo. 
É ainda, a unidade organizacional que, agindo em nome 
das atividades requisitantes, compra o material certo, 
ao preço certo, na hora certa, na quantidade certa e da 
fonte certa. 
 
1. Material Certo 
É importante que o comprador esteja em situação de 
certificar-se se o material comprado, de um fornecedor 
está de acordo com o solicitado. O comprador deve, 
portanto, desenvolver um “sentido técnico a fim de 
descobrir eventuais discrepâncias entre a cotações de 
um fornecedor e as especificações da Requisição de 
Compras. 
Toda vez que uma requisição não for suficientemente 
clara, o comprador deverá solicitar esclarecimentos 
ou, se for o caso, devolvê-la a fim de que seja 
preenchida corretamente e de maneira que transmita 
exatamente o que se deseja adquirir”. 
 
2. Preço Certo 
Nas grandes empresas, subordinado a Compras, existe 
o Setor de Pesquisa e Análise de Compras. Sua função 
é, entre outras, a de calcular o "preço objetivo" do item 
(com base em desenhos e especificações) . O cálculo 
desse "preço objetivo" é feito baseando-se no tempo 
de execução do item, na mão de obra direta, no custo 
da matéria prima com mão de obra média no 
mercado; a este valor deve-se acrescentar um valor, 
pré-calculado, de mão de obra indireta. Ao valor 
encontrado deve-se somar o lucro. 
O "preço objetivo" é que vai servir de orientação ao 
comprador quando de uma concorrência. No 
julgamento da concorrência duas são as possíveis 
situações: 
a) Preço muito mais alto do que o "preço objetivo": 
nessas circunstâncias, eventualmente, o comprador 
poderá chamar o fornecedor e solicitar esclarecimentos 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
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ou uma justifica tive do preço. O fornecedor ou está 
querendo ter um lucro excessivo, ou possui sistemas 
onerosos de fabricação ou um mau sistema de 
apropriação de custos; 
b) Preço muito mais baixo que o "preço objetivo": o 
menor preço não significa hoje em dia, o melhor 
negócio. Se o preço do fornecedor for muito mais baixo, 
dois podem ser os motivos: 1) O fornecedor 
desenvolveu uma técnica de fabricação tal que 
conseguiu diminuir seus custos; 2) O fornecedor não 
soube calcular os seus custos e nessas circunstâncias 
dois problemas podem ocorrer: ou ele não descobre os 
seus erros e fatalmente entrará em dificuldades 
financeiras com possibilidades de interromper seu 
fornecimento, ou descobre o erro e então solicita um 
reajuste de preço que, na maioria das vezes, poderá ser 
maior que o segundo preço na concorrência original. 
Portanto, se o preço for muito mais baixo que o preço 
objetivo, o fornecedor deve ser chamado, a fim de 
prestar esclarecimentos. 
Em resumo: nunca o comprador deve dar início a uma 
concorrência, sem ter uma ideia do que vai receber 
como propostas. 
 
3. Hora Certa 
O desenvolvimento industrial atual e o aumento cada 
vez maior do numero de empresas de produção em 
série, torna o tempo de entrega, ou os prazos de 
entrega, um dos fatores mais importantes no 
julgamento de uma concorrência. As diversas 
flutuações de preços do mercado e o perigo de 
estoques excessivos fazem com que o comprador 
necessite coordenar esses dois fatores da melhor 
maneira possível, a fim de adquirir na hora certa o 
material para a empresa. 
 
4. Quantidade Certa 
A quantidade a ser adquirida é cada vez mais 
importante por ocasião da compra. Até pouco tempo 
atrás aumentava-se a quantidade a ser adquirida 
objetivando melhorar e preço; entretanto outros 
fatores como custo de armazenagem, capital investido 
em estoques etc., fizeram com que maiores cuidados 
fossemtomados na determinação da quantidade certa 
ou na quantidade mais econômica a ser adquirida. 
 
 
 
5. Fonte Certa 
De nada adiantará ao comprador saber exatamente o 
material a adquirir, o preço certo, o prazo certo e a 
quantidade certa, se não puder encontrar uma fonte de 
fornecimento que possa agrupar todas as necessidades. 
A avaliação dos fornecedores e o desenvolvimento de 
novas fontes de fornecimento são fatores fundamentais 
para o funcionamento de compras. 
 
Mais que uma atividade administrativa, a função 
compra é de vital importância para o sucesso das 
atividades logísticas de uma empresa. 
Todo processo de aquisição inicia com a decisão de 
efetuar a compra e termina com a chegada do material 
na empresa em conformidade com o que foi solicitado. 
Caso haja algum problema de fornecimento, a Área de 
Compras será o agente responsável pela regularização, 
onde os processos de negociação estarão presentes em 
todos momentos. 
 
 
Organização do setor de compras. 
 
Objetivos básicos do setor: 
• Obter um fluxo contínuo de suprimentos, a fim de 
atender aos programas de produção; 
• Coordenar esse fluxo de maneira que seja aplicado 
um mínimo de investimento que não afete a 
operacionalidade da empresa; 
• Comprar materiais e insumos aos menores preços, 
obedecendo a padrões de quantidade qualidade 
definidas e adequadas; 
• Procurar, sempre dentro de uma negociação justa 
e honrada, os melhores interesses da empresa. 
 
Objetivos da administração de compras: 
• manter a continuidade da disponibilidade dos 
estoques para cobrir as necessidades de produção, 
consumo e/ou vendas; 
• aplicar o mínimo possível de capital de giro em 
estoques de materiais sem que isso leve ao 
desabastecimento de materiais; 
• contribuir para evitar duplicação, desperdício e 
obsolescência de materiais; 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
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• manter os padrões de qualidade dos materiais 
adquiridos; 
• adquirir materiais a custos mais justos; 
• manter a competitividade da empresa no que se 
refere aos custos de aquisição dos materiais; 
• comprar com prazos de pagamento superiores à 
velocidade das vendas, reduzindo a necessidade de 
capital de giro. 
 
SISTEMAS DE COMPRAS 
Para efetuar uma boa compra, a empresa deve seguir 
certos mandamentos que incluem a verificação de 
prazos, preços, qualidade e volume. Deve-se manter 
cadastros de fornecedores, analisá-los, fazer uma 
seleção e procurar ter uma bom relacionamento com o 
mercado fornecedor. 
 
 
Entre as características básicas de um sistema 
adequado de compras, podemos destacar: 
A) Sistema de compras a três cotações: Tem por 
finalidade partir de um número mínimo de cotações 
para encorajar novos competidores. A pré-seleção dos 
concorrentes qualificados evita o dispêndio de tempo 
com um grande número de fornecedores. 
B) Sistema de preços objetivos: O conhecimento prévio 
do preço justo, além de ajudar nas decisões do 
comprador, proporciona uma verificação dupla no 
sistema de cotações. Pode ainda ajudar os fornecedores 
a serem competitivos, mostrando-lhes que seus preços 
estão fora de concorrência. 
C) Duas ou mais aprovações: No mínimo duas pessoas 
estão envolvidas em cada decisão da escolha do 
fornecedor. Isto estabelece uma defesa dos interesses 
da empresa pela garantia de um melhor julgamento, 
protegendo o comprador ao possibilitar revisão de uma 
decisão individual. 
D) Documentação escrita: Documentação anexa ao 
pedido, possibilita no ato da Segunda assinatura, o 
exame de cada fase de negociação, permite revisão e 
estará sempre disponível junto ao processo de compra 
para esclarecer qualquer dúvida posterior. 
 
 
 
CENTRALIZAÇÃO X DESCENTRALIZAÇÃO DO SETOR DE 
COMPRAS 
A centralização das compras pode ser definida pelos 
administradores de uma empresa caso compreendam 
que esta será a melhor diretriz para alcançar suas 
estratégias de gestão e custos. As vantagens desse 
procedimento são inúmeras. Evitam a duplicação e a 
possibilidade de compradores de um mesmo órgão 
competir entre si, no que tange às compras de 
materiais sob sua responsabilidade, levando-se em 
conta a situação na qual dois ou mais compradores 
possam adquirir o mesmo material ou insumo para 
produtos diferentes, de uma ou várias fontes de 
fornecimento com preços e condições distintas. 
(Gonçalves, 2010, p. 250) 
A descentralização de compras apresenta suas 
vantagens quanto à rapidez nas tomadas de decisão e 
atendimento personalizado ao cliente interno como 
outras vantagens. Porém, julga-se necessário o 
acompanhamento da matriz nas atividades de compras 
das diversas unidades da empresa pelo país, havendo 
assim um controle direto e indireto de suas operações. 
 
Vantagens e desvantagens da CENTRALIZAÇÃO de 
compras na empresa: 
Vantagens Desvantagens 
1. Padronização das 
estratégias de compras. 
1. Perda de autonomia das 
unidades para resolução dos 
problemas urgentes. 
2. Padronização dos 
processos e ganho na 
negociação com preço e 
prazo melhor devido 
volume. 
2. Burocratização de 
processos. 
3. Redução de equipe de 
trabalho, melhor controle 
das informações, 
facilitando a tomada de 
decisão. 
3. Perda de performance em 
compras. 
4. Homogeneidade de 
preços, evitando 
concorrência entre os 
compradores da empresa. 
4. Acompanhamento 
distante das aquisições e da 
satisfação do usuário final. 
Geralmente o feedback é 
recebido por telefone ou e-
mail. 
5. Insumos e embalagens 
padronizadas, permitindo 
transferências entre filiais. 
5. Nem sempre o item 
comprado para todas as 
unidades é o melhor item 
para atender uma 
determinada planta. 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
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Vantagens e desvantagens da DESCENTRALIZAÇÃO de 
compras na empresa: 
Vantagens Desvantagens 
1. Rapidez nas tomadas de 
decisão. 
1. Redução do ganho por 
escala 
2. Maior agilidade na 
negociação e compra. 
2. Aumento dos estoques 
3. Atendimento 
personalizado ao cliente 
interno. 
3. Fornecedor não atende o 
cliente com prioridade. Pelo 
poder de barganha. 
4. Maior sensibilidade das 
necessidades urgentes da 
unidade. 
4. Aumento de custo devido 
concorrência entre as 
empresas do mesmo grupo. 
5. Contato adequado com 
fornecedores locais. 
5. Falta de padrão entre os 
materiais comprados pela 
empresa. 
 
 
CICLO DE COMPRAS 
Segundo Chiavenato em seu livro Administração de 
Materiais. 
"A atividade de compras é basicamente cíclica e 
repetitiva. Cíclica porque envolve um ciclo de etapas 
que necessariamente devem ser cumpridas, cada qual a 
seu tempo e uma após a outra. Repetitiva porque o 
ciclo é acionado cada vez que surge a necessidade de se 
adquirir determinado material. A reposição dos 
materiais ocorre cíclica e repetitivamente. 
 
O ciclo de compras é composto de cinco etapas 
principais: 
1) Análise das OCs (Ordens de Compras) recebidas; 
2) Pesquisa e seleção de fornecedores; 
3) Negociação com o fornecedor; 
4) Acompanhamento do pedido (follow-up); 
5) Controle do recebimento do material comprado. 
 
Análise das Ordens de Compra (OCs) recebidas 
A primeira etapa do ciclo de compras começa com o 
recebimento das OCs emitidas pelo PCP, a partir da 
programação de materiais. O órgão de compras efetua 
uma análise dessas OCs, para conhecer as 
especificações dos materiais ou serviços requisitados, 
suas respectivas quantidades e épocas adequadas para 
o recebimento. Em muitas empresas, as OCs são 
encaminhadas ao órgão de compras através de listas ou 
listagens, em que constam a última compra, com o 
nome do fornecedor, quantidade fornecida e preço de 
venda. 
Nessa primeira etapa, o órgão de compras planeja as 
suas atividades de modo a atender às OCs recebidas e 
providenciar as compras. Para facilitar as futuras 
cotações e propostas de fornecedores, o órgão de 
compras deve manter um fichário ou um banco de 
dados sobre os possíveis materiais ou serviços 
necessários à empresa. Para cada material ou serviço 
deve haver um ficháriodos fornecedores, quantidades 
compradas, preços, condições de pagamento, prazos de 
entrega etc. Esse histórico de cada compra permitirá 
facilitar a pesquisa e seleção de futuros fornecedores. 
 
Pesquisa e Seleção de Fornecedores 
A segunda etapa do ciclo de compras pode ser dividida 
em duas partes distintas: a pesquisa e a seleção de 
fornecedores. 
A pesquisa de fornecedores consiste em investigar e 
estudar os possíveis fornecedores dos materiais 
requisitados. Essa pesquisa é feita geralmente através 
da verificação dos fornecedores previamente 
cadastrados no órgão de compras. Muitos fornecedores 
procuram as empresas – através dos seus vendedores 
ou até por correspondência – para se qualificarem 
previamente para possíveis consultas, enviando dados 
cadastrais, como nome, endereço, capital social, 
produtos ou serviços oferecidos, capacidade de 
produção, fontes de referência junto a clientes etc. 
Fornecedor é a empresa que produz as matérias-primas 
e insumos necessários e que se dispõe a vendê-los. O 
órgão de compras deve manter toda literatura possível 
sobre o mercado fornecedor, como listas telefônicas, 
anuários especializados, revistas técnicas, catálogos, 
folhetos, prospectos, correspondência, enfim, tudo que 
possa oferecer informações sobre os possíveis 
fornecedores, seus endereços, seus clientes etc. O 
fichário ou banco de dados deve permitir uma avaliação 
do mercado de fornecedores para cada material ou 
insumo de molde a comparar as características de cada 
fornecedor potencial. 
Fornecedor real é aquele que já efetuou vendas de 
materiais ou insumos à empresa, enquanto o 
fornecedor potencial é aquele que pode se candidatar a 
futuros fornecimentos. 
A segunda parte é a seleção, dentre os fornecedores 
pesquisados, daquele mais adequado para suprir a 
necessidade de compra da empresa. A seleção do 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
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fornecedor consiste em comparar as diversas propostas 
ou cotações de venda dos vários fornecedores e 
escolher qual a que melhor atenda às conveniências da 
empresa. Devem prevalecer na escolha do fornecedor 
selecionado, determinados critérios, como: preço, 
qualidade do material a ser fornecido, condições de 
pagamento, possíveis descontos, prazos de entrega, 
confiabilidade quanto a prazos etc. O preço costuma ser 
o referencial mais importante na seleção dos 
fornecedores, quando os demais critérios são 
igualmente atendidos pelos outros. 
A pesquisa de fornecedores é basicamente um 
levantamento de mercado para se verificar quais as 
possíveis fontes de suprimento do material requisitado. 
A seleção de fornecedores é uma escolha feita pelo 
órgão de compras, tendo por base a comparação entre 
os possíveis fornecedores, a partir de determinados 
critérios. A pesquisa permite uma comparação dos 
diversos fornecedores qualificados, enquanto a seleção 
é uma decisão sobre a qual será o escolhido para 
fornecer o material ou serviço requisitado. 
À medida que pesquisa e seleciona os fornecedores, o 
órgão de compras deve manter um registro sobre a 
avaliação dos fornecedores para facilitar futuros 
processos de compras. Da mesma forma que se faz com 
a ficha de histórico do material, o órgão de compras 
deve possuir em seu banco de dados às informações 
sobre os fornecedores e a avaliação do seu 
desempenho. 
 
Negociação com o Fornecedor 
Definido o fornecedor escolhido, o órgão de compras 
passa a negociar com ele a aquisição do material 
requisitado, dentro das condições mais adequadas de 
preço e pagamento. O atendimento das especificações 
exigidas do material e o estabelecimento de prazos de 
entrega devem ser assegurados na negociação. A 
negociação serve para definir como será feita a emissão 
do pedido de compra ao fornecedor. 
O pedido de compra é um contrato formal entre a 
empresa e o fornecedor, especificando as condições em 
que foi feita a negociação. O pedido de compra tem a 
força de um contrato. Sua aceitação implica o 
atendimento de todas as especificações nele 
estipuladas. O comprador é responsável pelas condições 
e especificações contidas no pedido de compra, 
enquanto o fornecedor deve estar plenamente ciente 
de todas as cláusulas, pré-requisitos e critérios exigidos 
pela empresa, dos procedimentos que cercam o 
recebimento do material, dos controles e especificações 
de qualidade, para que o pedido de compra seja válido 
legalmente. 
Dá-se o nome de negociação aos contatos entre o órgão 
de compras e o fornecedor para reduzir as diferenças e 
divergências e chegar a um meio-termo: cada parte 
cede um pouco para que ambas saiam ganhando. Não 
há negociação quando apenas uma parte ganha e outra 
perde. Na negociação, as perdas e ganhos são 
repartidos entre partes para se chegar a um acordo. 
 
Acompanhamento do Pedido (Follow-Up) 
Feito o pedido de compra, o órgão de compras precisa 
se assegurar de que a entrega do material será feita 
dentro dos prazos estabelecidos e na quantidade e 
qualidade negociadas. Para tanto, deve haver um 
acompanhamento ou seguimento (follow-up) do 
pedido, através de constantes contatos pessoais ou 
telefônicos com o fornecedor, para saber como está 
sendo providenciada à produção do material 
requisitado. Isto significa que o órgão de compra não 
abandona o fornecedor depois de efetuar o pedido de 
compra. O seguimento ou acompanhamento 
representa uma constante monitoração do pedido e 
uma cobrança permanente dos resultados. Quando o 
volume de pedidos de compra é muito grande, algumas 
empresas realizam o acompanhamento em datas e 
prazos previamente agendados. No caso de um serviço, 
existem as chamadas inspeções, que é uma forma de 
acompanhamento do serviço. 
O seguimento permite localizar antecipadamente 
problemas e evitar surpresas desagradáveis, pois 
através dele o órgão de compras pode urgenciar o 
pedido, cobrar a entrega nos prazos estabelecidos, 
tentar complementar o atraso com outros fornecedores 
e até exigir correção do serviço prestado. 
 
Perfil do comprador: 
• Bom negociador 
• Visão sistêmica 
• Capacidade de persuasão 
• Capacidade para lidar com números 
• Bom relacionamento 
• Ético 
 
 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
16 
MODALIDADES DE COMPRA: 
Toda e qualquer ação de compra é precedida por um 
desejo de consumir algo ou investir. Existem pois, 
basicamente, dois tipos de compra: 
- a compra para consumo e; 
- a compra para investimento. 
 
1. Compra para investimento 
Enquadram-se as compras de bens e equipamentos que 
compõem o ativo da empresa (Recursos Patrimoniais). 
 
2. Compras para consumo 
São de matérias primas e materiais destinados a 
produção, incluindo-se a parcela de material de 
escritório. Algumas empresas denominam este tipo de 
aquisição como compras de custeio. 
As compras para consumo, segundo alguns estudiosos 
do assunto, subdividem-se em: 
- compras de materiais produtivo e; 
- compras de material improdutivo. 
2.1 Materiais Produtivos 
São aqueles materiais que integram o produto final, 
portanto, neste caso, matéria-prima e outros 
materiais que fazem parte do produto. 
2.2 Materiais improdutivos 
São aqueles que, sendo consumido normal e 
rotineiramente, não integram o produto, o que quer 
dizer que é apenas material de consumo forçado ou 
de custeio. 
 
Em função do local onde os materiais estão sendo 
adquiridos, ou de suas origens, a compra pode ser 
classificada como: Compras Locais ou Compras por 
Importação. 
 
a) Compras Locais 
As atividades de compras locais podem ser exercidas na 
iniciativa privada e no serviço público. A diferença 
fundamental entre tais atividades é a formalidade no 
serviço público e a informalidade na iniciativa privada, 
muito embora com procedimentos praticamente 
idênticos, independentemente dessa particularidade. 
 
b) Compras por Importação 
As compras por importação envolvem a participação do 
administrador com especialidade em comércio exterior, 
motivo pelo qual não cabe aqui nos aprofundarmos a 
esserespeito. Seus procedimentos encontram-se 
expostos a contínuas modificações de regulamentos. 
 
Quanto a formalização das compras, as mesmas 
podem ser: 
Compras Formais 
São as aquisições de materiais em que é obrigatória a 
emissão de um documento de formalização de compra. 
Estas compras são determinadas em função de valores 
pré-estabelecidos e conforme o valor a formalidade e 
feita em graus diferentes. 
Compras informais 
São compras que, por seu pequeno valor, não justificam 
maior processamento burocrático. 
 
 
CADASTRO DE FORNECEDORES. 
Uma boa seleção de fornecedores, em que se 
caracterize sua QUALIDADE, PRAZOS DE ENTREGA, 
CONFIABILIDADE E sobretudo PREÇOS, é fundamental 
importância para o desempenho do departamento de 
compras. 
A escolha de um fornecedor é uma das atividades 
fundamentais e prerrogativa exclusiva de compras. O 
bom fornecedor é quem vai garantir que todas aquelas 
cláusulas solicitadas, quando de uma compra, sejam 
cumpridas. Deve o comprador procurar, de todas as 
maneiras, aumentar o número de fornecedores em 
potencial a serem consultados, de maneira que se 
tenha certeza de que o melhor negócio foi executado 
em benefício da empresa. O número limitado de 
fornecedores a serem consultados, constituem uma 
limitação das atividades de compras. 
No que se refere à seleção do número de fornecedores 
em determinado processo de compras, uma das 
principais vantagens em situações de compra de 
muitos fornecedores é o maior grau de liberdade de 
opção na escolha dos fornecedores. 
 
 
 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
17 
ORGANIZAÇÃO DO SERVIÇO DE COMPRAS 
As compras podem ser centralizadas ou não. O tipo de 
empreendimento é que vai definir a necessidade de 
centralizar. 
Uma prática muito usada é ter um COMITÊ DE 
COMPRAS, em que pessoas de todas as área da 
empresa participem das decisões. 
As vantagens da centralização dos serviços de compras 
são sempre postas em dúvida pelos departamentos que 
necessitam de materiais. De modo geral, a 
centralização apresenta aspectos realmente positivos, 
pela redução dos preços médios de aquisição, apesar 
de, em certos tipos de compras, ser mais aconselhável 
à aquisição descentralizada. 
 
Vantagens de Centralizar: 
a) visão do todo quanto à organização do serviço; 
b) poder de negociação para melhoria dos níveis de 
preços obtidos dos fornecedores; 
c) influência no mercado devido ao nível de 
relacionamento com os fornecedores; 
d) análise do mercado, com eficácia, em virtude da 
especialização do pessoal no serviço de compras; 
e) economia de escala na aquisição centralizada, 
gerando custos mais baixos; 
f) melhor qualidade, por causa da maior facilidade de 
implantação do sistema de qualidade; 
 
Vantagens de Descentralizar: 
a) Resposta mais rápida e ágil às solicitações de compra; 
b) maior flexibilidade na negociação com fornecedores 
regionais; 
c) maior autonomia funcional das unidades 
administrativas regionais; 
d) maior flexibilidade proporcionada pelo menor tempo 
de tramitação das ordens, provocando menores faltas. 
 
O uso de comitê tem as seguintes vantagens: 
a) larga faixa de experiência é aplicada nas decisões; 
b) as decisões são tomadas numa atmosfera mais 
científica; 
c) o nível de pressões sobre compras é mais baixo, 
melhorando as relações dos compradores com o 
pessoal interno e os vendedores; 
d) a co-participação das áreas dentro do espírito de 
engenharia simultânea, cria um ambiente favorável 
para melhor desempenho tanto do ponto de vista 
político, como profissional. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
18 
RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM 
 
 
Recebimento e armazenagem. Entrada. Conferencia. 
Critérios e técnicas de armazenagem. 
 
RECEBIMENTO DE MATERIAIS (Entrada e Conferência) 
Recebimento - Consiste na execução pelo setor 
específico, de um conjunto de operações que envolvem 
a identificação do material recebido, o confronto do 
documento fiscal com o pedido, inspeção qualitativa e 
quantitativa e da aceitação formal do material. 
O recebimento do item de material é a etapa 
intermediária entre a compra e o pagamento ao 
fornecedor. Somente após o recebimento (etapa que, 
nos órgãos públicos, refere-se à etapa de liquidação da 
despesa), é que o pagamento é autorizado. 
 
O recebimento é usualmente dividido nas seguintes 
etapas: 
ETAPAS DO RECEBIMENTO DE MATERIAIS 
 
ETAPA DESCRIÇÃO 
Recebimento 
Provisório* 
Entrada de materiais: recepção dos 
veículos transportadores; 
verificação de dados básicos da 
entrega (informações da nota fiscal, 
existência de autorização da 
entrega pela empresa etc.); 
encaminhamento para a área de 
descarga. Nesta etapa, o 
“recebedor” assina no documento 
fiscal que acompanha o material, 
apenas para fins de comprovação da 
data de entrega. 
Etapas 
intermediárias 
- Conferência Quantitativa: 
verificação se a quantidade 
declarada pelo fornecedor na nota 
fiscal corresponde àquela 
efetivamente entregue. 
- Conferência Qualitativa: 
verificação se as especificações 
técnicas do objeto entregue estão 
de acordo com as solicitadas pelo 
setor de compras (dimensões, 
marcas, modelos etc.) 
Regularização 
- Regularização: é o resultado lógico 
decorrente das fases anteriores. 
Pode ser originada uma das 
seguintes situações: 
a) entrada do material no estoque e 
liberação do pagamento ao 
fornecedor. Neste caso, houve 
aceitação do material, ou o 
recebimento definitivo; 
b) devolução parcial ou total do 
material ao fornecedor. Neste caso, 
a aceitação foi parcial ou, 
simplesmente, o material não foi 
aceito; 
c) reclamação junto ao fornecedor, 
por falta de material. 
*ATENÇÃO! o recebimento (provisório ou definitivo) 
não libera o fornecedor da responsabilidade de provar a 
inexistência ou a inveracidade de quaisquer alegações 
por parte do consumidor. 
 
ARMAZENAGEM DE MATERIAIS 
A armazenagem de materiais pode ser entendida como 
a atividade de planejamento e organização das 
operações destinadas a manter e a abrigar 
adequadamente os itens de material, mantendo-os em 
condições de uso até o momento de sua demanda 
efetiva pela organização. 
Uma armazenagem racional tem por objetivo principal a 
minimização dos custos a ela inerentes. De forma não 
exaustiva, podemos relacionar da seguinte forma os 
objetivos da armazenagem: 
• Maximizar a utilização dos espaços, ou, conforme 
Viana (2000), utilizar o espaço nas três 
dimensões, da maneira mais eficiente possível; 
• Prover acesso facilitado a todos os itens de 
material; 
• Prover proteção aos itens estocados, de forma 
que sua manipulação não incorra em danos; 
• Prover um ambiente cujas características não 
afetem a qualidade e a integridade dos itens 
estocados; 
• Apresentar um arranjo físico que possibilite o uso 
eficiente de mão de obra e de equipamentos. 
 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
19 
CRITÉRIOS E TÉCNICAS DE ARMAZENAGEM 
 
Segundo Viana (2000), a armazenagem pode ser 
categorizada em dois grupos, a saber: simples e 
complexa. 
A armazenagem simples envolve materiais que, por 
suas características físicas ou químicas, não demandam 
cuidados adicionais do gestor de almoxarifados. 
Em contrapartida, a armazenagem complexa é inerente 
a materiais que carecem de medidas especiais em sua 
guarda. 
 
Os aspectos físicos ou químicos dos materiais que 
justificam uma armazenagem complexa podem ser 
assim listados: 
 
MATERIAIS DE ARMAZENAGEM COMPLEXA 
ASPECTOS 
FÍSICOS 
ASPECTOS QUÍMICOS 
• Fragilidade 
• Volume 
• Peso 
• Forma 
- Inflamabilidade ou 
Combustibilidade (=capacidade de 
entrar em combustão. Ex: óleo 
diesel); 
- Explosividade (= capacidade de o 
material tornar-se explosivo ou 
inflamável. Ex: acetileno, fogos de 
artifício); 
- Volatilização (= tendência a 
passar para o estado gasoso. Ex: 
benzeno); 
- Oxidação (= tendência de reação 
com o oxigênio. Em metais,provoca a ferrugem); 
- Potencial de intoxicação; 
- Radiação; 
- Perecibilidade (por exemplo, 
gêneros alimentícios). 
 
Os materiais de armazenagem complexa exigem uma 
infraestrutura de guarda especial, assim exemplificada: 
-Equipamentos de prevenção de incêndio (sprinklers 
etc.); 
-Ambientes climatizados (câmaras frigoríficas etc.); 
-Ambientes com controle de temperatura e umidade 
(paióis de munição etc.); 
-Uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) 
pelos funcionários que lidam diretamente com esses 
materiais. 
 
 
 
CRITÉRIO DE ARMAZENAGEM DOS MATERIAIS 
 
De posse da informação do tipo de armazenagem que é 
demandada pelo material (simples ou complexa), cabe 
ao gestor de almoxarifado adotar um CRITÉRIO DE 
GUARDA DOS MATERIAIS. Os mais usuais, ainda 
segundo Viana (2000), são: 
 
 
CRITÉRIO CARACTERÍSTICAS 
Armazenagem por 
Agrupamento (ou 
compatibilidade) 
Materiais associados são alocados 
próximos uns dos outros. É o caso 
de se armazenarem 
sobressalentes variados de um 
motor de automóvel, por 
exemplo, em uma mesma 
estante. Esse critério facilita as 
tarefas de arrumação e busca, 
mas nem sempre permite o 
melhor aproveitamento do 
espaço. 
Armazenagem por 
tamanho, peso ou 
forma 
(acomodabilidade) 
Materiais de características físicas 
semelhantes são armazenados 
mais próximos. Esse critério 
possibilita um maior 
aproveitamento do espaço físico, 
e demanda maior necessidade de 
controle por parte do gestor de 
almoxarifado. 
Armazenagem por 
frequência 
Os materiais com maior 
frequência de 
entrada e saída do almoxarifado 
são armazenados próximos à sua 
entrada/saída; 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
20 
Armazenagem 
especial 
É a típica armazenagem 
complexa, destinada a materiais 
inflamáveis, perecíveis, explosivos 
etc. Note que este critério de 
armazenagem pode ser 
“acumulado” com um dos 
anteriores (por exemplo: carnes 
são armazenadas em câmaras 
frigoríficas – armazenagem 
especial, e pode ser empregado 
em conjunto o critério de 
armazenagem por frequência). 
Importante: produtos perecíveis 
devem ser armazenados segundo 
o método FIFO. 
Armazenagem em 
área externa 
Este critério é aplicável a 
materiais que podem ser 
armazenados em áreas externas 
(por exemplo, automóveis 
acabados, armazenados em 
pátios), reduzindo custos e 
ampliando o espaço interno do 
almoxarifado para materiais que 
necessitam de maior proteção. 
Coberturas 
alternativas 
Trata-se de soluções para a 
obtenção de uma área coberta, 
sem incorrer em custos de 
construção atinente à expansão 
do almoxarifado. Em geral, a 
cobertura é de PVC. 
 
 
 
TÉCNICAS DE ARMAZENAGEM (ESTOCAGEM). 
 
Finalmente, no que diz respeito às técnicas de 
armazenagem propriamente ditas, é essencial nos 
familiarizarmos com os DISPOSITIVOS MAIS USUAIS 
EMPREGADOS NESSA ATIVIDADE. 
 
 
 
 
 
 
 
PRINCIPAIS EQUIPAMENTOS PARA ARMAZENAGEM 
 
Prateleiras 
Podem ser de aço ou madeira. As de 
aço, apesar de mais caras, possuem 
maior durabilidade, e não são 
atacadas por insetos. 
De forma geral, as prateleiras têm a 
propriedade de alocarem materiais de 
dimensões variadas. 
Contenedores 
(containers) 
Caixas metálicas retangulares, 
hermeticamente fechadas e seladas, 
destinadas ao transporte intermodal 
de mercadorias (ferroviário, 
rodoviário, marítimo ou aéreo). 
Pallets 
(paletes) 
Paletes são estrados que possibilitam 
o empilhamento das cargas, 
maximizando a utilização do espaço 
cúbico do almoxarifado. Podem ser de 
madeira, metal, papelão ou plástico. 
A paletização (possibilidade de 
empilhamento dos paletes e de 
manipulação de uma carga unitizada*) 
possibilita o aproveitamento eficiente 
do espaço vertical dos armazéns. 
Engradados 
São destinados à guarda e transporte 
de materiais frágeis ou irregulares, 
que não admitem o uso de simples 
estrados, carecendo de uma estrutura 
que ofereça proteção lateral. 
Caixas ou 
gavetas 
São ideais para a armazenagem de 
materiais de pequenas dimensões, 
como pregos, porcas, parafusos e 
sobressalentes pequenos em geral. 
Container 
flexível 
É uma das técnicas mais recentes, 
utilizada para sólidos a granel e 
líquidos em sacos. 
Racks (raques) 
São construídos especialmente para 
acomodar peças longas e estreitas, 
como tubos, vergalhões, barras, tiras 
etc. São, às vezes, montados sobre 
rodízios, permitindo seu deslocamento 
para junto de determinada área de 
operação. Os racks são fabricados em 
madeira ou aço estrutural, os modelos 
e tipos disponíveis no mercado são 
bem variados. 
 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
21 
*CARGA UNITÁRIA OU UNITIZADA: 
 
Carga unitária: embalagens de transporte (“pallets”) 
arranjam uma certa quantidade de material (como se 
fosse uma unidade), facilitando o manuseio, transporte 
e armazenagem, economizando tempo de 
armazenagem, carga e descarga, esforço, mão-de-obra 
e área; 
O conceito de unitização nada mais é que o ato ou 
efeito de unitizar. Unitizar é reunir (cargas de diversas 
naturezas) num só volume, para fins de transporte. 
Para fins econômicos, a unitização auxilia a 
movimentação, armazenagem e transporte de 
produtos, fazendo com que a transferência, do ponto 
de origem até o seu destino final seja com o mínimo de 
manuseio possível. 
A figura abaixo poderia representar uma carga unitária 
(ou unitizada). Note que, na carga unitária, um conjunto 
de embalagens (mantidas no interior das caixas), são 
agregadas fisicamente, comportando-se como uma 
única unidade de carga durante o trânsito entre uma 
origem e um destino. 
 
Bloco de empilhamento - refere-se a unidades de carga 
empilhadas em cima umas das outras e armazenadas 
nas pistas ou blocos no piso do armazém. A 
necessidade de uso de equipamentos como 
empilhadeiras, guindaste e outros é uma desvantagem 
do método de empilhamento em bloco. A utilização de 
pallets facilita o empilhamento em alturas específicas, 
porém com alguns critérios, como por exemplo, peso 
da carga, a depuração da altura e da capacidade 
dos empilhadores. Sem contar que a remoção 
do material pode causar se houver espaços vazios entre 
os blocos. Vale ressaltar que a vantagem da utilização 
deste método é que é barato e pode ser operado em 
qualquer armazém, desde que tenha espaço em chão 
aberto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
ARMAZENAMENTO CENTRALIZADO X 
ARMAZENAMENTO DESCENTRALIZADO 
 
CENTRALIZADO DESCENTRALIZADO 
Estocagem em um 
único local 
Estocagem junto aos 
pontos de utilização 
Facilita o 
planejamento da 
produção, o 
inventário e o 
controle 
A entrega e o inventário 
são mais rápidos, o 
trabalho com o fichário e 
documentação é menor 
 
Arranjo físico ou layout ou leiaute. 
O layout de armazém é a forma como as áreas de 
armazenagem de um armazém estão organizadas, de 
forma a utilizar todo o espaço existente da melhor 
forma possível, verificando a coordenação entre os 
vários operadores, equipamentos e espaço. O layout 
ideal é aquele que procura minimizar a distância total 
percorrida com uma movimentação eficiente entre os 
materiais, com a maior flexibilidade possível e com 
custos de armazenagem reduzidos. 
 
Definição do layout na armazenagem 
Com o desenvolvimento geral do sistema produtivo, 
observado na última década, a disposição física das 
áreas de armazenagem foi merecedora de maior 
atenção. 
Nesse sentido, a definição do layout (ou leiaute) deixou 
de ser meramente intuitiva, e passou a ser estabelecida 
a partir de técnicas de visualização da dinâmica de 
movimentação dos materiais no armazém. 
Dessa forma, hoje é considerado como layout de um 
almoxarifado o arranjo de homens, máquinas e 
materiais, dispostos de modo que sua dinâmica possa 
se dar dentro do padrão máximo de economia (VIANA, 
2000). 
Para Muther (1978) a chave para uma definição 
satisfatória do layout inicia com a definição de 
características referentes aos itens de material. Esse 
“diagnóstico” inicial denomina-se chave PQRST, e pode 
ser bem ilustradopelo esquema abaixo, desenvolvido 
por aquele autor. 
 
 
 
SEMAD 
ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
 
22 
P – PRODUTO - MATERIAL = o que será armazenado ? 
Q – QUANTIDADE – VOLUME = quanto de cada 
material será armazenado? 
R – ROTEIRO – PROCESSO = onde serão estocados os 
itens? 
S – SERVIÇOS DE APOIO = como será a estocagem dos 
itens? 
T – TEMPO = por quanto tempo serão armazenados 
os materiais? 
 
Com base nessa abordagem, podemos listar os 
seguintes elementos principais que devem ser 
considerados quando da definição do layout na 
armazenagem: 
 
ELEMENTOS A SEREM CONSIDERADOS 
NA DEFINIÇÃO DO LAYOUT NA ARMAZENAGEM 
- Definição dos materiais a serem armazenados; 
- Volume de material; 
- Tempo durante o qual será feita a armazenagem; 
- Equipamentos e instrumentos que serão empregados 
na movimentação dos materiais; 
- Tipos de embalagens utilizadas no armazenamento; 
- Possibilidade de se fazerem inspeções nos materiais 
armazenados (há de se considerar a facilidade de 
acesso); 
- Versatilidade, flexibilidade e possibilidade de futura 
expansão da área de armazenagem. 
 
A acessibilidade aos materiais armazenados, conforme 
vimos anteriormente, é fator a ser considerado na 
definição do layout de um almoxarifado. 
Nesse aspecto, a acessibilidade é baseada em duas 
funcionalidades principais: a existência de um sistema 
de localização bem estruturado, permitindo saber as 
coordenadas de cada um dos itens de material em 
estoque; e um planejamento racional da área física do 
almoxarifado, possibilitando, por exemplo, o amplo 
trânsito dos equipamentos de movimentação. 
 
No que diz respeito ao sistema de localização dos itens 
de material, dois são os critérios passíveis de serem 
empregados: 
CRITÉRIOS DE LOCALIZAÇÃO DE MATERIAL 
 
CRITÉRIO DESCRIÇÃO 
Sistema de 
estocagem 
fixo 
Há a pré-determinação de áreas de 
estocagem específicas de acordo com 
o tipo de material. Se, por um lado, 
este sistema facilita o controle, por 
outro suscita o desperdício de áreas de 
Armazenagem, já que a falta de um 
tipo de material acarreta áreas 
“vazias”, ao passo que outro tipo de 
material em excesso, em outra área, 
ficaria “no corredor”. 
Sistema de 
estocagem 
livre 
Não existem locais pré-determinados 
para a estocagem (a não ser para 
materiais de demandam estocagem 
especial). Neste sistema, os materiais 
vão ocupando ao espaços vazios no 
almoxarifado, o que exige um elevado 
controle, sob o risco de incorrer na 
existência de material perdido em 
estoque. 
 
ATENÇÃO! Independente do critério de localização 
utilizado (fixo ou livre), faz-se necessário uma 
codificação (usualmente alfanumérica) que indique 
precisamente o posicionamento do material estocado 
(endereçamento). Sem essa informação, seria 
praticamente impossível a gestão de estoques os 
devidos controle e celeridade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
23 
EXERCÍCIOS SOBRE RECEBIMENTO E ARMAZENAGEM 
 
 
01. (CESPE / SESA ES / 2011) No recebimento de 
materiais, a conferência consiste no batimento entre a 
nota fiscal e o pedido de compra. 
 
 
02. (CESPE / CNPQ / 2011) O controle do recebimento 
do objeto contratado é realizado durante o 
recebimento provisório, produzindo o efeito de liberar o 
vendedor do ônus da prova de qualquer defeito ou 
impropriedade que venha a ser verificada na coisa 
comprada. 
 
 
03. (CESPE / ABIN / 2010) A paletização impede a 
utilização do espaço aéreo do almoxarifado. 
 
 
04. (CESPE / MPU / 2010) No que se refere à 
armazenagem de recursos materiais, o uso de 
prateleiras é adequado à estocagem de materiais de 
dimensões variadas. 
 
 
05. (CESPE / INCA / 2010) Se o gestor de material de 
determinado órgão identificar a entrada de uma carga 
unitizada composta por resma de papel de formato A4, 
é correto afirmar que esse órgão recebeu apenas uma 
unidade de resma de papel A4. 
 
 
06. (CESPE / IFB / 2011) A carga unitária é a embalagem 
que contém diretamente o produto. 
 
 
07. (CESPE / MPU / 2010) Os equipamentos e 
instrumentos utilizados na movimentação de materiais 
em estoques independem da estrutura física e do 
leiaute da unidade. 
 
08. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) Considere que a 
largura dos corredores de um almoxarifado é 
determinada pelo equipamento utilizado para 
manuseio e que os corredores realmente permitem a 
fácil movimentação dos itens, por meio de 
empilhadeiras. Nessa situação, é correto afirmar que os 
corredores principais e os utilizados para embarque 
permitem o trânsito de duas empilhadeiras ao mesmo 
tempo. 
 
 
09. (CESPE / TJ ES / 2011) O endereçamento é 
imprescindível tanto ao sistema de estocagem fixa 
quanto ao sistema de estocagem livre. 
 
 
10. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) No sistema de 
estocagem livre, não existe local fixo de armazenagem, 
com exceção de materiais que requerem estocagem 
especial. Nesse sistema, os materiais vão ocupar os 
espaços vazios dentro do depósito. 
 
 
11. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) A utilização cúbica 
e a acessibilidade a cada um dos itens são fatores que 
devem ser considerados no planejamento da área física 
do estoque. 
 
 
 
GABARITO 
01. E 02. E 03. E 04. C 05. E 
06. E 07. E 08. C 09. C 10. C 
11. C 
 
 
 
 
 
 
 
 
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24 
GESTÃO DE ESTOQUES 
 
 
Gestão De Estoques 
 
Introdução 
Estoque é toda e qualquer porção armazenada de 
material, com valor econômico para a organização, que 
é reservada para emprego em momento futuro, quando 
se mostrar necessária às atividades organizacionais. 
 
A manutenção de estoques é onerosa às organizações. 
Os custos, são relativos a diversos fatores – aluguel de 
espaços físicos, seguros, roubos, furtos, entre outros – 
podendo chegar a níveis altíssimos e insuportáveis. 
No entanto, mesmo se a organização optar por uma 
política de minimização de estoques, visando à 
economia de seus recursos, ainda trabalha-se com o 
chamado estoque mínimo ou de segurança, capaz de 
prover a continuidade do processo de trabalho (ou 
produtivo) independentemente de ocorrências 
contingenciais. 
 
Mas, afinal, QUAIS OS MOTIVOS PARA O USO DE 
ESTOQUES? As razões podem ser assim sintetizadas: 
 
Estoques podem proteger as organizações de 
eventuais oscilações de demanda = uma vez adquirida, 
a mercadoria torna-se independente de flutuações de 
demanda (= de consumo). Ano passado, na prevenção 
da gripe H1N1, comprávamos álcool gel tão logo o 
encontrávamos em uma farmácia, muitas vezes em 
quantidade maior do que nossas reais necessidades. 
Tentávamos, neste caso, nos resguardar de oscilações 
na demanda, estocando mercadorias. 
 
Estoques podem proteger as organizações de 
eventuais oscilações de mercado = uma vez adquirida, 
a mercadoria torna-se independente de flutuações do 
mercado. Há um tempo, na época da hiperinflação e do 
Plano Cruzado, muitos tinham o hábito de estocar 
mercadorias nas casas, tentando, assim, fugir dos 
efeitos das altas dos preços. Essa medida é muito 
comum em períodos inflacionários. 
 
Estoques podem ser uma oportunidade de 
investimento = isso ocorre quando, em determinado 
período, a taxa de aumento do valor financeiro do 
estoque for maior do que a taxa de aplicação em outros 
ativos que podem ser obtidos no mercado. Seria quase 
que um caso particular de oscilação de mercado, 
mencionado acima. 
 
Estoques podem proteger de atrasos = os atrasos 
podem ser originários de diversas fontes, desde um 
problema no transporte das mercadorias, até uma 
negociação mais prolongada com fornecedores, ou até 
mesmo uma influência do clima. No setor público, por 
exemplo, as demandas burocráticas relativas à 
obrigatoriedade de regularidade fiscal das empresas 
contratadas podem implicar um tempo maior do que o 
desejado para reestabelecer um fornecimento. 
 
Grandes estoques podem implicar economia de escala 
= a aquisição de itens de material em maiores 
quantidadesusualmente implica a prática de preços 
menos significativos, se comparado com compras de 
menores vultos. 
 
 
Os estoques se bem administrados e adequados trarão 
como resultados diversas vantagens como: 
•Redução de perdas e/ou furtos de materiais; 
•Permite o conhecimento prévio das quantidades de 
materiais necessárias para atender a demanda para um 
determinado período futuro; 
•Evita compras desnecessárias e exageradas; 
•Favorece o suprimento de materiais no momento 
oportuno e necessário; 
•Permitem traçar, de forma eficiente, estratégias de 
compras e de vendas; 
•Reduz a necessidade de capital de giro para manter as 
atividades da empresa; 
•Promove aumento da rotação dos estoques; 
•Propicia maior competitividade da empresa em 
relação a sua concorrência; 
•Favorece o estreitamento das parcerias comerciais 
entre a empresa e seus principais fornecedores; O 
estudo dos estoques baseia-se em previsões de 
consumos de materiais. A previsão da demanda 
estabelece estimativas dos produtos que serão 
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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
25 
vendidos e, consequentemente, dos materiais que 
serão necessários para produzi-los. 
 
Características básicas. 
• coordenação adequada e apropriada de todos os 
setores envolvidos na compra, recebimento, teste 
aprovação, estocagem e pagamento a fornecedores; 
• centralização das compras em um setor de Compras 
sob a direção e responsabilidade de um especialista, 
com rotinas de procedimento bem claras e definidas; 
• utilização de cotações a fornecedores de maneira 
que possibilite a maior redução de preços possível na 
aquisição de suprimentos; 
• criação de um sistema interno de conferência, de 
forma que todas as operações envolvidas na compra 
e consumo de materiais sejam verificadas e 
aprovadas por pessoas autorizadas e de nível 
adequado; 
• estocagem de todos os materiais em locais 
previamente designados, e sujeitos a supervisão 
direta; 
• estabelecer um sistema de inventário rotativo, que 
possibilite a qualquer momento a determinação do 
valor de cada item e o total dos materiais em 
estoque; 
• determinação de limites (mínimos e máximos) para 
cada item do estoque; 
• elaboração de um sistema de controle de estoque, 
de maneira que os fornecimentos se realizem sob 
requisição de setores, conforme as quantidades 
pedidas e no tempo devido; 
• desenvolvimento de um sistema de controle que 
demonstre o custo de materiais em cada estágio, 
desde o almoxarifado de matéria-prima até o 
almoxarifado de produtos acabados; 
• emissão regular de relatório de materiais 
comprados, entregues, saldos, itens obsoletos, 
devoluções a fornecedores e registro de toda e 
qualquer informação que se faça necessária para 
uma correta avaliação do desempenho. 
 
 
 
 
 
Regras Simples e Práticas 
• Evite manter estoques de produtos acabados 
• Pense no seu fornecedor 
• Reorganize a diversificação de sua empresa (análise 
ABC) 
• Padronize suas peças e equipamentos 
• Verifique qual é o estoque mínimo necessário 
• Cuidado com o custo do dinheiro 
• Limpe o almoxarifado 
• Harmonize a produção com vendas 
• Torne sua empresa mais flexível 
• Defina a posição da empresa no mercado 
 
 
EXERCÍCIOS SOBRE GESTÃO DE ESTOQUES 
 
 
01. (CESPE / TRT 16ª Região / 2005) Estoque é toda 
porção armazenada de mercadoria, ou seja, aquilo que 
é reservado para ser utilizado em tempo oportuno. 
 
02. (CESPE / SEAD FUNESA SE / 2008) São funções dos 
estoques: garantir o abastecimento de materiais à 
empresa, neutralizando eventuais atrasos no 
fornecimento ou sazonalidades no suprimento, e 
proporcionar economia de escala. 
 
03. (CESPE / TSE / 2006) Para uma adequada gestão de 
materiais essenciais ao funcionamento de suas 
operações, as organizações devem maximizar os 
investimentos em estoque desses materiais. 
 
 
 
GABARITO 
01. C 02. C 03. E 
 
 
 
 
SEMAD 
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26 
PREVISÃO DO CONSUMO OU DA DEMANDA DE 
ESTOQUES 
 
 
Todo início de estudo dos estoques está pautado na 
previsão do consumo do material. A previsão de 
consumo ou da demanda estabelece estas estimativas 
futuras dos produtos acabados comercializados pela 
empresa. Define, portanto, quais produtos, quanto 
desses produtos e quando serão comprados pelos 
clientes. A previsão possui algumas características 
básicas que são: 
• é o ponto de partida de todo planejamento de 
estoques. 
• da eficácia dos métodos empregados. 
• qualidade das hipóteses que se utilizou no 
raciocínio. 
A previsão deve sempre ser considerada como a 
hipótese mais provável dos resultados. 
As informações básicas que permitem decidir quais 
serão as dimensões e a distribuição no tempo da 
demanda dos produtos acabados podem ser 
classificadas em duas categorias: quantitativas e 
qualitativas. 
 
a) Quantitativas 
• evolução das vendas no passado; 
• variáveis cuja evolução e explicação estejam 
ligadas diretamente às vendas. Por exemplo: 
criação e vendas de produtos infantis, área 
licenciada de construções e vendas futuras de 
materiais de construção; 
• variáveis de fácil previsão, relativamente ligadas 
às vendas (populações, renda, PNB); e 
• influência da propaganda. 
 
b) Qualitativas 
• opinião dos gerentes; 
• opinião dos vendedores; 
• opinião dos compradores; e 
• pesquisa de mercado. 
 
 
 
As técnicas de previsão do consumo podem ser 
classificadas em três grupos: 
 
a) Projeção: são aqueles que admitem que o futuro será 
repetição do passado ou as vendas evoluirão no tempo; 
segundo a mesma lei observada no passado, este grupo 
de técnicas é de natureza essencialmente quantitativa 
(técnica matemática). 
 
b) Explicação: procura-se explicar as vendas do passado 
mediante leis que relacionam as mesmas com outras 
variáveis cuja evolução é conhecida ou previsível. São 
basicamente aplicações de técnicas de regressão e 
correlação. São técnicas de natureza essencialmente 
quantitativas (técnica matemática). 
 
c) Predileção: funcionários experientes e conhecedores 
de fatores influentes nas vendas e no mercado 
estabelecem a evolução das vendas futuras. São 
técnicas de natureza essencialmente qualitativas 
(técnica não-matemática). 
 
 
O conhecimento sobre a evolução do consumo no 
passado possibilita uma previsão da sua evolução 
futura. Esta previsão somente estará correta se o 
comportamento do consumo permanecer inalterável. 
Os seguintes fatores podem alterar o comportamento 
do consumo: 
• influências políticas; 
• influências conjunturais; 
• influências sazonais; 
• alterações no comportamento dos clientes; 
• inovações técnicas; 
• produtos retirados da linha de produção; 
• alteração da produção; e 
• preços competitivos dos concorrentes 
 
 
 
 
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ADMINISTRAÇÃO DE MATERIAIS 
 
27 
QUESTÕES DE CONCURSOS 
 
01. (CESPE / ANCINE / 2006) Entre as técnicas não-
matemáticas de previsão de consumo, a projeção que 
admite que o futuro será repetição do passado e a 
explicação que relaciona os quantitativos com alguma 
variável cuja evolução é conhecida ou previsível são as 
mais utilizadas. 
 
02. (CESPE / ANCINE / 2006) Entre as técnicas 
matemáticas de previsão de consumo, a conhecida 
como predileção, em que empregados experientes 
estabelecem a evolução de quantitativos futuros, é a 
mais utilizada. 
 
GABARITO 
01. E 02. E 
 
 
MÉTODOS DE CÁLCULO DA PREVISÃO DO CONSUMO 
 
1 - Método do último período 
Este modelo mais simples e sem base matemática 
consiste em utilizar como previsão para o período 
seguinte o valor ocorrido no período anterior. Se 
colocarmos em um gráfico os valores e as previsões, 
obteremos duas curvas exatamente iguais, porém 
deslocadas de um período de tempo. 
 
 
2 - Método da média móvel 
Neste método, a previsão para o próximo período é 
obtida calculando-se a média dos valores de consumo 
nos n períodos anteriores. 
A previsão gerada por este modelo é geralmente menor 
que os

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