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Classificação dos fonemas: vogal, consoante e semivogal APRESENTAÇÃO Podemos realizar a classificação dos fonemas a partir de critérios articulatórios que estão relacionados aos movimentos dos órgãos fonoarticulatórios durante a produção da fala. Sabemos, portanto, que consoantes e vogais apresentam diferentes mecanismos de produção que nos permitem diferenciá-los, tanto do ponto de vista descritivo, quanto auditivo e acústico. Nesta Unidade de Aprendizagem, você verá a classificação dos segmentos a partir do ponto de vista articulatório, uma classificação que é de base estritamente fonética e, portanto, leva em consideração aspectos da produção sonora. Verá também, de forma breve, uma descrição dos sons a partir dos pressupostos da Teoria dos Traços Distintivos, uma abordagem que leva em conta os fundamentos fonéticos e fonológicos. Em nível fonético, os traços são caracterizados como escalas físicas que descrevem aspectos do evento da fala e podem ser tomados independentemente. Em nível fonológico, os traços são marcadores classificatórios abstratos que identificam os itens lexicais da língua. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Determinar os parâmetros articulatórios de classificação de consoantes e vogais.• Reconhecer os sistemas consonantal e vocálico do Português.• Diferenciar os conceitos de vogal e semivogal.• DESAFIO A maneira ou o modo de articulação de um segmento estão relacionados ao tipo de obstrução da corrente de ar causada pelos articuladores durante a produção de um segmento. Identificando o grau e natureza da estritura (ou seja, a maneira como se dá a obstrução da corrente de ar), estamos caracterizando a sua maneira ou o modo de articulação (SILVA, 2013). Os fonemas Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado podem ser organizados e classificados a partir das características articulatórias que compartilham. Dessa forma, é possível agrupar os fonemas do português em categorias que expressam os modos de articulação que são comuns a um determinado conjunto de sons. Classifique os segmentos consonantais do português quanto ao modo ou à maneira de articulação. Em seguida, no quadro apresentado, destaque apenas aqueles segmentos que são produzidos com uma obstrução completa na passagem da corrente de ar através da boca. Por último, você deve sinalizar os segmentos vozeados, ou seja, aqueles produzidos com a vibração das pregas vocais na sua realização (você pode elencar ou marcar na própria tabela). INFOGRÁFICO A fonodiversidade da fala é representada pela possibilidade de produção de sons essencialmente distintos, os quais são denominamos como consoantes, vogais e semivogais. De acordo com essas definições, existem critérios para a classificação dos segmentos pertencentes ao mesmo grupo fonético e a grupos fonéticos distintos. No Infográfico a seguir, você poderá observar as principais diferenças que caracterizam os segmentos consonantais, segmentos vocálicos e semivogais. Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado CONTEÚDO DO LIVRO A fala pode ser entendida a partir do processo de elaboração de sequências sonoras que são capazes de transmitir significados numa dada comunidade linguística. Essas sequências sonoras que nos referimos podem ser decompostas em unidades de menor extensão e chamadas de sons discretos. Como sabemos, alguns sons possuem a natureza de contraste entre palavras em uma determinada língua e a esses sons damos o nome de fonema. Os fonemas da fala, por sua vez, podem ser classificados com base nos correlatos articulatórios que caracterizam as suas produções, permitindo organizá-los e agrupá-los em categorias. O trecho selecionado para sua Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado leitura trata da classificação de segmentos vocálicos e consonantais no Português Brasileiro. Acompanhe no Capítulo Classificação dos fonemas: vogal, consoantes e semivogal, do livro Fonética e fonologia do Português, base teórica desta Unidade de Aprendizagem, a partir do qual você poderá entender como se dá a classificação dos fonemas da fala. FONÉTICA E FONOLOGIA DO PORTUGUÊS Julio Cesar Cavalcanti Classifi cação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Determinar os parâmetros articulatórios de classi� cação de consoantes e vogais. Reconhecer os sistemas consonantal e vocálico do português. Diferenciar os conceitos de vogal e semivogal. Introdução A classificação dos fonemas pode ser feita a partir de critérios articulatórios que estão relacionados aos movimentos dos órgãos fonoarticulatórios durante a produção da fala. Portanto, consoantes e vogais apresentam diferentes mecanismos de produção que nos permitem diferenciá-los do ponto de vista descritivo e dos pontos de vista auditivo e acústico. Neste capítulo, você verá a classificação dos segmentos a partir do ponto de vista articulatório, uma classificação que é de base estritamente fonética e, portanto, leva em consideração aspectos da produção sonora. Verá também uma descrição dos sons a partir dos pressupostos da Teoria dos Traços Distintivos, uma abordagem que leva em conta fundamentos fonéticos e fonológicos. No nível fonético, os traços são caracterizados como escalas físicas que descrevem aspectos do evento da fala e podem ser tomados indepen- dentemente. No nível fonológico, os traços são marcadores classificatórios abstratos, que identificam os itens lexicais da língua. Segmentos consonantais Massini-Clagliari e Cagliari (2012) comentam que as consoantes são sons que apresentam contatos ou constrições no aparelho fonador, que são facilmente analisáveis. Por essa razão, são classifi cadas tradicionalmente em termos de modo e lugar de articulação, e quanto à vibração ou não das pregas vocais, além das características do mecanismo aerodinâmico envolvido. A partir da posição do articulador ativo em relação ao articulador passivo (ocorrendo ou não o contato entre eles), pode-se definir o lugar de articulação dos segmentos consonantais de acordo com categorias de agrupamento sonoro (SILVA, 2003). Em função dos lugares de articulação, um segmento fonético pode ser (SOUZA; SANTOS, 2016): Bilabial: ao falar “pata”, “bata”, “mata”, o primeiro som de cada uma dessas palavras é produzido pela obstrução do ar pelos dois lábios. Os sons bilabiais são produzidos pelo fechamento ou estreitamento do espaço entre os lábios. Labiodental: há sons produzidos pela obstrução parcial da corrente de ar entre o lábio inferior e os dentes superiores. Exemplo: os primeiros sons das palavras “faca”, “vaca”. Dental: são os sons produzidos com a ponta da língua contra a parte de trás dos dentes superiores ou com a ponta da língua entre os dentes. É o caso do primeiro som do “the” (inglês). Alveolar: ao dizer “Nasa” e “Lara”, os dois primeiros sons consonantais são produzidos com a ponta ou a lâmina da língua contra a arcada alveolar. Palatoalveolar: são sons também conhecidos como pós-alveolares ou alveolopalatais, pois são produzidos com a lâmina da língua contra a parte anterior do palato duro, logo após os alvéolos. São exemplos de sons palato- alveolares os primeiros sons de “chave”, “jaca”. Também são palatoalveolares os primeiros sons de “tia” e “dia” do dialeto carioca. Retroflexa: são os sons produzidos pela ponta da língua levantada e voltada para trás, de modo que a parte de baixo da língua (sub-lâmina) fique voltada em direção ao palato duro. É exemplo de som retroflexo o “r” caipira em “par, por exemplo. Palatal: ao falar “calha” e “sanha”, o segundo som consonantal de ambas as palavras é produzido com o centro da língua contra o palato duro. Velar: ao dizer “cata”,“gata”, o primeiro som é produzido pelo dorso da língua contra o véu palatino. É exemplo de som velar o som nasal em “angu”. Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal2 Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Uvular: sons uvulares são produzidos pelo dorso da língua contra o véu palatino e a úvula. Por exemplo, o “orra” (de “orra, meu”) produzido por alguns dialetos paulistas. Faringal: sons produzidos pela raiz da língua contra a parede posterior da faringe. Um exemplo de som faringal é aquele som grave produzido quando a pessoa “limpa a garganta”. Os sons faringais não são tão comuns nas línguas. Um exemplo de língua que os utiliza árabe (SOUZA; SANTOS, 2016). O modo de articulação de um segmento está relacionado ao tipo de obstrução da corrente de ar produzida pelos articuladores na produção de um segmento. Identi- ficando o “grau e a natureza da estritura” (ou seja, a maneira como se dá a obstrução da corrente de ar), é possível caracterizar a sua maneira ou seu modo de articulação (SILVA, 2003). Quanto ao modo de articulação, os segmentos consonantais podem ser classificados da seguinte forma (SILVA, 2003): Oclusiva: os articuladores produzem uma obstrução completa da passagem da corrente de ar pela boca. O véu palatino está levantado, e o ar que vem dos pulmões encaminha-se para a cavidade oral. Oclusivas são, portanto, consoantes orais. As consoantes oclusivas que ocorrem em português são pá, tá, cá, bar, dá, gol. Nasal: os articuladores produzem uma obstrução completa da passagem da corrente de ar pela boca. O véu palatino encontra-se abaixado, e o ar que vem dos pulmões dirige-se às cavidades nasal e oral. Nasais são consoantes idênticas às oclusivas, diferenciando-se apenas quanto ao abaixamento do véu palatino para as nasais. As consoantes nasais que ocorrem em português são má, nua, banho. Fricativa: os articuladores se aproximam produzindo fricção quando ocorre a passagem central da corrente de ar. A aproximação dos articuladores, entretanto, não chega a causar obstrução completa, mas parcial, que causa a fricção. As consoantes fricativas que ocorrem em português são fé, vá, sapa, Zapata, chá, já, rata (em alguns dialetos, o som “r” de “rata” pode ocorrer como uma consoante vibrante). 3Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Africada: na fase inicial da produção de uma africada, os articuladores produzem uma obstrução completa na passagem da corrente de ar através da boca, e o véu palatino encontra-se levantado (como ocorre nas oclusivas). Na fase final dessa obstrução (quando se dá a soltura da oclusão), ocorre uma fricção decorrente da passagem central da corrente de ar (como nas fricativas). A oclusiva e a fricativa, que formam a consoante africada, devem ter o mesmo lugar de articulação, ou seja, são homorgânicas. As consoantes africadas que ocorrem em algumas variedades do português brasileiro são [tʃia] e [dʒia] (“tia” e “dia”). Tepe (ou vibrante simples): o articulador ativo toca rapidamente o articulador passivo, ocorrendo uma rápida obstrução da passagem da corrente de ar através da boca. O tepe ocorre em português nas seguintes palavras: cara, brava. Vibrante (múltipla): diferentemente do caso anterior, o articulador ativo toca algumas vezes o articulador passivo, mas causando vibração. Em alguns dialetos do português, essa variante ocorre em expressões como “orra meu!” ou em palavras como “marra” (com uma vibração relativamente prolongada do “r”). Retroflexa: o palato duro é o articulador passivo, e a ponta da língua é o articulador ativo. A produção de uma retroflexa geralmente se dá com o levantamento e encurvamento da ponta da língua em direção do palato duro. Ocorrem no dialeto “caipira”, como nas palavras: mar, carta. Laterais: o articulador ativo toca o articulador passivo, e a corrente de ar é obstruída na linha central do trato vocal. O ar será, então, expelido por ambos os lados desta obstrução, tendo saída lateral. Laterais ocorrem em português nos seguintes exemplos: lá, palha, sal (da maneira que “sal” é pronunciada no sul do Brasil ou em Portugal). Há também os aproximantes, que, de acordo com Souza e Santos (2016), são os sons produzidos com um estreitamento menor da cavidade oral, de modo que a corrente de ar sai livremente, sem a turbulência provocada nas fricativas. Como a passagem de ar é estreita e livre, algumas aproximantes parecem vogais. É exemplo desse tipo de aproximante o segundo fone do ditongo “cai”. A descrição articulatória de qualquer segmento consonantal é possível a partir das respostas aos seguintes parâmetros: o mecanismo e a direção da corrente de ar; se há ou não vibração das cordas vocais; se o som é nasal ou oral; quais são os articuladores envolvidos na produção dos sons e qual é a maneira utilizada na obstrução da corrente de ar (SILVA, 2003). Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal4 Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce O Quadro 1 mostra o quadro fonético consonantal do português brasileiro, que leva em conta todos os sons produzidos, classificando-os de acordo com o modo (eixo vertical) e o lugar (eixo horizontal) de articulação. Quadro 1. Quadro fonético consonantal do português brasileiro. Fonte: Silva (2003, p. 37). Por convenção, a notação dos segmentos consonantais obedece a seguinte sequência (SILVA, 2003): 1. modo de articulação; 2. lugar de articulação; 3. grau de vozeamento. Exemplos: [pl oclusiva bilabial desvozeada [b] oclusiva bilabial vozeada Segmentos vocálicos Na produção dos sons vocálicos, os articuladores orais encontram-se abertos, o que faz com que a corrente de ar, ao passar pela cavidade oral, não encontre 5Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado obstáculos e não produza fricção. Assim, o movimento do corpo da língua para a produção dos sons vocálicos se limita a uma certa área do trato vocal (denominada de “área vocálica”); para além dessa área, os sons produzidos não podem ser caracterizados mais como vogais (Figura 1) (MASSINI-CLA- GLIARI; CAGLIARI,2012). Figura 1. Representação esquemática da área vocálica. Fonte: Massini-Clagliari e Cagliari (2012, p.136). Tradicionalmente, do ponto de vista articulatório, os sons vocálicos são classificados com base nos movimentos da língua nos eixos vertical e hori- zontal, dentro do que se denomina área vocálica. Com base no eixo vertical, foram estabelecidos quatro níveis de altura, a partir da posição mais fechada dos articuladores até a mais aberta, e três regiões articulatórias, com base no deslocamento horizontal do estreitamento articulatório, dentro dessa área vocálica. Como as vogais podem ser produzidas com ou sem protrusão labial, podem ser classificadas conforme a posição dos lábios no momento de sua pro- dução (vogais arredondadas ou não arredondadas) (MASSINI-CLAGLIARI; CAGLIARI, 2012). Sendo assim, segmentos vocálicos são descritos levando-se em consideração os seguintes aspectos: posição da língua em termos de altura; posição da língua em termos anterior/posterior; arredondamento ou não dos lábios (SILVA, 2003). Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal6 Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce O parâmetro altura refere-se à altura ocupada pelo corpo da língua durante a articulação dos segmentos vocálicos. Nesse sentido, a altura representa a dimensão vertical ocupada pela língua dentro da cavidade oral. Há um ponto alto em oposição a um ponto baixo e pode haver alturas em níveis interme- diários. Ladefoged (1984 apud SILVA, 2003) propõe que a altura das vogais pode variar em quatro valores (de 1 a 4). Na descrição do português, devem-se considerar quatro níveis de altura: alta; média-alta; média-baixa; baixa. Em sistemas vocálicos em que apenas três graus de altura são relevantes, as seguintes categorias são consideradas para a altura da língua: alta, média e baixa. Alguns autores referem-se à altura em termos de abertura/fechamento da boca. Nesse caso, os quatro níveis de altura são: fechada, meio-fechada, meio-aberta, aberta. Isso quer dizer que os seguintes termos são equivalentes: alta = fechada baixa = aberta (e os termos intermediários também são correspondentes) (SILVA, 2003). São exemplos de sons vocálicos altos os primeiros sons vocálicos em “chita” e “chuta”, e de som vocálico baixo o primeiro som vocálico de “casa” (SOUZA; SANTOS, 2016). O movimento mandibular pode caracterizar uma pista para essa classificação – pode-se observar, por exemplo, o movimento mandibular enquanto são pronunciadas as palavras “chita” e “casa”. O parâmetro anterioridade/posterioridade refere-se à posição do corpo da língua na dimensão horizontal durante a articulação dos segmentos vo- cálicos. A cavidade oral é segmentada em três partes simétricas. Uma parte localizada à frente da cavidade oral (anterior) e uma parte localizada na parte final da cavidade oral (posterior). Entre essas duas partes, há a parte central. Dada essa divisão, as três posições que podem ser assumidas pela língua são anterior, central e posterior (SILVA, 2003). Durante a articulação de um segmento consonantal, os lábios podem estar estendidos (distensos) ou arredondados. Esses dois parâmetros são suficientes para a descrição dos segmentos vocálicos (SILVA, 2003). Pode-se observar, 7Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado por exemplo, a diferença na configuração dos lábios ao produzir um [i] e um [u]. Nesse sentido, as vogais que podem ser encontradas na posição tônica, no português do Brasil, são: [i] - abacaxi; [e] - beleza; [ɛ] - belo; [a] - batata; [ɔ] - bola; [o] - bolo; [u] - urubu. A vogal [ɐ] é bastante frequente no português brasileiro, podendo ocorrer nasalizada ou não (por exemplo, cama; banana) (MASSINI-CLAGLIARI; CAGLIARI, 2012). O Quadro 2 mostra o quadro fonético vocálico do português brasileiro, com as sete vogais orais que o compõem. Quadro 2. Quadro fonético vocálico do português brasileiro. Fonte: Silva (2003, p. 79). Glides Glides ou semivogais são elementos que compartilham características de vogais e consoantes. São produzidos com uma abertura oral menor que a das vogais, mas maior que a das consoantes (por isso, são chamados de semivogais ou semiconsoantes). Um glide sempre será realizado junto a alguma vogal, confi - gurando um ditongo. Existe, porém, muita divergência entre os pesquisadores acerca do status desses elementos no português brasileiro (ROBERTO, 2016). Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal8 /i/ com som aberto /e/ com som fechado /e/ com som aberto /a/ com som aberto /o/ com som aberto /o/ com som fechado /u/ com som aberto Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Glides (semivogais) são interpretações fonológicas e não fonéticas. A noção de semivogal só faz sentido, assim, dentro de uma ciência como a fonologia, que vai determinar o valor que os elementos representados por /j/ e /w/ assu- mem na estruturação fonológica interna das sílabas (MASSINI-CLAGLIARI; CAGLIARI, 2012). No português escrito, os glides ocorrem como a segunda vogal em “cai” e “mau”. Fonologicamente, essas aproximantes se comportam como consoantes, isto é, não preenchem posições de núcleo da sílaba e nunca são acentuadas. Em português, temos a aproximante palatal (em “cai”) e a aproximante labiovelar (em “mau”) (SOUZA; SANTOS, 2016). Quadro fonêmico A partir de um quadro fonético (que foi elaborado a partir dos segmentos consonantais e vocálicos encontrados em dada língua), pode-se chegar a um quadro fonêmico. No quadro fonêmico, apenas os fonemas de uma língua estão presentes. À medida que são identifi cados os fonemas e alofones de uma língua em questão, preenche-se a tabela fonêmica (SILVA, 2003). O quadro fonêmico que representa o sistema consonantal do português brasileiro pode ser observado no Quadro 3. Quadro 3. Fonemas consonantais do português brasileiro (*O / r / representa o grupo dos fonemas róticos, embora seja o símbolo correspondente no português brasileiro, à realização vibrante gaúcha). Fonte: Roberto (2016, p. 61). 9Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Como apenas os fonemas são representados fonemicamente, a represen- tação fonêmica (ou a transcrição fonológica) de palavras como “tia” e “dia” é respectivamente /’tia/ e /’dia/ (em dialetos que apresentam as variedades [‘tʃia] e [‘dʒia]), dado que a ocorrência ou não dessas variáveis no português brasileiro não estabelece distinção de sentido (SILVA, 2003). A transcrição fonêmica ou transcrição fonológica é, portanto, aquela que leva em conta apenas as unidades fônicas com potencial de estabelecer contraste entre palavras em um dado sistema linguístico. Traços distintivos: conceitos gerais A teoria dos traços estuda e formaliza as unidades mínimas que integram a estrutura interna dos segmentos. Caracteriza, portanto, consoantes e vogais e os agrupa em classes de acordo com os traços fonológicos que apresentam (MATZENAUER; MIRANDA, 2017). Na análise dos fenômenos que ocorrem nos sistemas linguísticos, a teoria dos traços distintivos é capaz de predizer que determinados conjuntos de segmentos atuam juntos dentro de/e entre sistemas linguísticos; são os traços que preveem, por exemplo, que [p,t,k] podem formaruma classe e atuar em conjunto em processos fonológicos (dado que esses fonemas compartilham traços em comum), enquanto [b,s,r] não podem constituir uma classe natural, unitária, em qualquer língua (MATZENAUER; MIRANDA, 2017). Traços distintivos são propriedades mínimas, de caráter acústico ou articu- latório, como “nasalidade”, “sonoridade”, “labialidade”, “coronalidade”, que, de forma concorrente, constituem os sons das línguas (MATZENAUER, 2014). Nesse sentido, classes naturais são grupos de segmentos que compartilham traços distintivos em comum. Classes de segmentos relacionados constituem classes naturais. Nesse sentido, as regras fonológicas se aplicam a classes naturais de segmentos, e essas classes podem ser claramente especificadas através de traços distintivos (MATZENAUER, 2014). De acordo com Matzenauer e Miranda (2017), todos os modelos cujo objeto é a estrutura interna dos segmentos, dentre outros pressupostos, compartilham três bases na visão fonológica dos traços: Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal10 Francisco Sublinhado Francisco Realce são termos sinônimos Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce 1. Universalidade – Os traços são universais, e todas as línguas definem seus inventários de consoantes e vogais em termos de um pequeno conjunto de traços. 2. Distintividade – Os traços são distintivos, já que comumente distinguem um fonema do outro. 3. Classificação – Os traços constituem unidade organizacional porque reúnem os segmentos em classes naturais que se manifestam em padrões e processos fonológicos recorrentes. Conforme sinalizam Matzenauer e Miranda (2017), enquanto a primeira característica faz parte da natureza dos traços, as duas últimas referem-se às funções que os traços exercem no funcionamento das fonologias das línguas. Enquanto elementos composicionais dos segmentos, os traços podem ser abordados pela teoria como atributos dos segmentos, de acordo com o modelo gerativo clássico. No nível fonético, os traços são caracterizados como escalas físicas que descrevem aspectos do evento da fala e podem ser tomados independentemente, seja do ponto de vista da produção ou do ponto de vista da percepção. Nesse sentido, a “sonoridade”, por exemplo, é um aspecto que pode ser isolado no evento da fala e que, portanto, é codificada como traço [sonoro], corres- pondendo a uma escala que se estende desde o maior até o menor grau de sonoridade (MATZENAUER, 2014). No nível fonológico, os traços são “marcadores classificatórios abstratos”, capazes de identificar os itens lexicais de uma língua. Nesse nível, os tra- ços representam os contrastes fonológicos da língua. Como exercem função classificatória e distintiva, os traços são binários. Sendo assim, cada traço é definido por dois pontos na escala física, sendo que um representa a presença, e o outro, a ausência da propriedade. Tomando-se, como exemplo, a “sonori- dade”, tem-se a representação no nível fonológico com dois valores: [+ sonoro] e [– sonoro]. Assim, o segmento [v] do português pode apresentar diferentes graus de sonoridade do ponto de vista fonético. Do ponto de vista fonológico, é classificado como [+ sonoro] (realizado com vibração das pregas vocais), distinguindo-se de [f], que é [– sonoro] (realizado sem vibração das pregas vocais). Os traços têm, pois, uma feição fonética e uma feição fonológica (MATZENAUER, 2014). 11Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado Francisco Sublinhado O Quadro 4 mostra os traços de classes principais, os quais têm grande importância porque distinguem as categorias básicas de segmentos (MAT- ZENAUER, 2014). Quadro 4. Traços de classes principais. Fonte: MATZENAUER (2014, p. 22). Na matriz fonológica, há três codificações possíveis: + indica a presença de determinada propriedade; – indica a ausência de determinada propriedade; 0 (zero) indica que a informação em relação àquela propriedade é dispensável (MATZENAUER, 2014). Soantes são os sons produzidos com uma configuração do trato vocal na qual é possível a sonorização espontânea; as obstruintes são produzidas com uma configuração da cavidade que torna a sonorização espontânea impossível. Têm o traço [+ soante]: vogais, líquidas, glides, nasais (CHOMSKY; HALLE, 1968 apud MATZENAUER, 2014). Silábicos, portanto, são os segmentos que constituem pico de sílaba; não silábicos são os segmentos que ocupam as margens da sílaba. Têm o traço [+ silábico]: vogais, líquidas silábicas, nasais silábicas (CHOMSKY; HALLE, 1968 apud MATZENAUER, 2014). Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal12 Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Os sons consonantais, por sua vez, são os sons produzidos com uma obs- trução radical da região mediossagital do trato vocal, ou seja, na cavidade oral; não consonantais são os sons produzidos sem tal obstrução. Têm o traço [+ consonantal]: plosivas, fricativas, africadas, líquidas, nasais (CHOMSKY; HALLE, 1968 apud MATZENAUER, 2014). Existem outros traços que devem ser levados em conta na classificação dos sons por meio de traços distintivos, como os traços de cavidade, traços relacionados ao corpo da língua, traços de modo de articulação, traços de aberturas secundárias e traços de fonte. Para fins introdutórios, este capítulo irá se limitar à descrição apenas dos traços de classes principais explicitados anteriormente. Pode-se observar os traços que compõem os diferentes seg- mentos na matriz apresentada no Quadro 5. Quadro 5. Matriz fonética (entendida como um dispositivo de tradução das transcrições fonéticas). Fonte: Silva (2003, p. 195). 13Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal Francisco Realce Francisco Realce Francisco Realce Francisco Sublinhado Francisco Realce Francisco Realce MASSINI-CAGLIARI, G.; CAGLIARI, L. C. Fonética. In: MUSSALIN, F.; BENTES, A. C. (Org.). Introdução à linguística: domínios e fronteiras. São Paulo: Cortez Editora, 2012. v. 1. MATZENAUER, C. L. B. Introdução à Teoria Fonológica. In: BISOL, L. (Org.). Introdução a estudos de fonologia do português brasileiro. Porto Alegre: EDIPUCRS, 2014. MATZENAUER, C. L. B.; MIRANDA, A. R. M. Teoria dos traços. In: HORA, D. da; MATZE- NAUER, C. L. (Org.). Fonologia, fonologias: uma introdução. São Paulo: Contexto, 2017, v. 1. ROBERTO, M. Fonologia, fonética e ensino: guia introdutório. São Paulo: Parábola, 2016. SILVA, T. C. Fonética e fonologia do português. 7. ed. São Paulo: Contexto, 2003. SOUZA, P. C.; SANTOS, R. S. Fonética. In: FIORIN, J. L. (Org.). Introdução à linguística II: princípios de análise. São Paulo: Contexto, 2016. Classificação dos fonemas: vogal, consoante, semivogal14 DICA DO PROFESSOR As descrições dos sons da fala, realizadas até este momento, têm focado na produção isolada e discreta dos segmentos. Na verdade, é bastante superficial descrever os sons da fala de maneira descontextualizada, sem levar em conta a relação e a influência da cadeia sonora na forma como produzimos os segmentos. A fala corresponde a sequências de sons que são articulados de forma contínua pelo aparelho fonador. Assim, é necessário entender qual o efeito do contexto fônico no que diz respeito à produção desses segmentos. No vídeo a seguir, você verá o fenômeno da coarticulação, que analisa os efeitos das combinações fônicas,considerando os processos que ocorrem pela influência de configurações articulatórias sobre outras. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) No que diz respeito ao modo de articulação das consoantes, indique a alternativa correta. A) Nas oclusivas, os articuladores produzem uma obstrução completa da passagem da corrente de ar através da boca. O véu palatino está levantado e o ar que vem dos pulmões se encaminha para a cavidade oral. B) Nos sons nasais, os articuladores produzem uma obstrução completa da passagem da corrente de ar através da boca. O véu palatino está levantado e o ar que vem dos pulmões se dirige às cavidades nasal e oral. C) Nas consoantes fricativas, os articuladores se aproximam, produzindo fricção quando ocorre a passagem central da corrente de ar. A aproximação dos articuladores provoca a obstrução completa, o que que causa a fricção. D) Nas consoantes laterais, o articulador ativo toca o articulador passivo e a corrente de ar é obstruída nas laterais do trato vocal. O ar será então expelido por ambos os lados dessa obstrução, tendo, portanto, saída lateral. E) As aproximantes são os sons produzidos com um estreitamento maior da cavidade oral, de modo que a corrente de ar sai livremente, sem a a turbulência provocada nas fricativas. 2) Segmentos vocálicos são descritos ao levar em consideração a posição da língua em termos de altura, anteriorioridade/posterioridade e arredondamento ou não dos lábios. Com base nesses critérios, selecione a alternativa correta. A) O parâmetro altura se refere à altura ocupada pelo corpo da língua durante a articulação do segmento vocálico. A altura representa a dimensão horizontal ocupada pela língua dentro da cavidade oral. B) O parâmetro anterioridade/posterioridade se refere à posição do corpo da língua na dimensão horizontal durante a articulação do segmento vocálico. Divide-se a cavidade oral em três partes simétricas. Uma parte localizada a frente da cavidade oral ( anterior ) e uma parte localizada na parte final ( posterior ). Entre essas duas partes, tem-se uma parte central. C) Durante a articulação de um segmento consonantal, os lábios podem estar abertos ou arredondados. D) Do ponto de vista articulatório, os sons vocálicos são classificados com base nos movimentos da língua, no eixo vertical, dentro da área vocálica. E) O movimento do corpo da língua para a produção dos sons vocálicos não se restringe a uma única área do trato vocal, sendo o segmento com maior liberdade articulatória. 3) No que diz respeito às concepções de transcrição fonêmica e fonética, selecione a alternativa correta. A) A transcrição fonética é, portanto, aquela que leva em conta apenas as unidades fônicas com potencial de estabeler contraste entre palavras em um dado sistema linguístico. B) A transcrição fonêmica e a transcrição fonológica são de naturezas distintas. C) Apenas os fonemas são representados na tabela fonética consonantal e vocálica. D) A partir de um quadro fonêmico ( que foi elaborado a partir dos segmentos consonantais e vocálicos encontrados numa dada língua ), podemos chegar a um quadro fonético. E) No quadro fonêmico, apenas os fonemas de uma língua estão presentes. 4) Em se tratando da classificação dos segmentos por meio de traços distintivos e do conceito de traço, selecione a alternativa correta. A) Em nível fonológico, os traços são caracterizados como escalas físicas que descrevem aspectos do evento da fala e podem ser tomados independentemente, seja do ponto de vista da produção ou do ponto de vista da representação perceptual. B) Em nível fonológico, os traços são marcadores classificatórios abstratos que identificam os itens lexicais da língua. Nesse nível, os traços captam os contrastes fonológicos da língua. C) Traços distintivos são propriedades mínimas, de caráter apenas articulatório, como nasalidade, sonoridade, labialidade e coronalidade. D) A teoria dos traços estuda e formaliza as unidades mínimas que integram a estrutura interna dos segmentos. Caracteriza, portanto, consoantes e vogais e agrupa-os em classes de acordo com os traços fonológicos que apresentam. Por terem função classificatória e distintiva, os traços são únicos, isto é, cada traço é definido por apenas um ponto na escala física, representando a presença ou a ausência da E) propriedade. 5) No que diz respeito ao conceito de glide ou semivogal, selecione a alternativa correta. A) Glides são interpretações fonéticas e não fonológicas. A noção de semivogal só faz sentido dentro de uma ciência como a Fonética. B) Os glides ou semivogais são elementos que compartilham características de vogais e de consoantes. C) Fonologicamente, as semivogais se comportam como vogais, isto é, não preenchem posições de núcleo da sílaba e nunca são acentuadas. D) Semivogais e vogais são segmentos idênticos, tanto do ponto de vista fonético quanto fonológico. E) Um glide, ou uma semivogal, sempre será realizado junto a uma vogal, formando um fonema. NA PRÁTICA Em uma análise fonêmica, deve-se ter um inventário fonético, que lista todas as vogais e consoantes de uma língua, e um inventário fonêmico, que lista os fonemas, alofones e informações complementares da língua a ser descrita. O fonema constitui, nesse sentido, uma unidade mínima de análise que tem um papel contrastivo e concreto na investigação linguística. A fonte de dados para a análise linguística a ser desenvolvida é a própria fala. Mas afinal de contas, como é realizada uma análise fonêmica? Os procedimentos básicos para uma análise fonêmica de uma língua são: 1: Coletar o corpus; 2: Colocar todos os segmentos encontrados no corpus na tabela fonética; 3: Identificar os sons foneticamente semelhantes (sms); 4: Identificar fonemas e alofones (variações que não contrastam palavras); 5: Colocar os segmentos na tabela fonêmica. A partir de um quadro fonético, que foi preenchido a partir dos segmentos consonantais e vocálicos encontrados no corpus, busca-se chegar a um quadro fonêmico. No quadro fonêmico, apenas os fonemas de uma língua são apresentados. Abaixo do quadro fonêmico, relacionam-se os alofones (variações) da língua em questão. Para a análise fonêmica, devemos considerar cada um dos procedimentos. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: Fonologia gerativa Para conhecer os pressupostos da fonologia gerativa, modelo linear elaborado por Chomsky e Halle, acompanhe o vídeo, que fornece uma contextualização a respeito do desenvolvimento da teoria gerativa e uma descrição dos principais traços propostos pelos autores. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Abordagem fonoaudiológica em desvios fonológicos fundamentada na hierarquia dos traços distintivos e na consciência fonológica Esse artigo trará uma abordagem fonoaudiológica de avaliação/análise da aquisição fonológica com base na hierarquia de traços distintivos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Sonoridade em artes, saúde e tecnologia No link a seguir, você terá acesso ao projeto, coordenado pela Profª. Drª. Thaïs Cristófaro Silva e pelo Prof. Dr. Hani Camille Yehia, ambos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), que apresenta um caráter inovador por permitir visualizar a fala enquanto um evento dinâmico. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Quadro fonêmico Para visualizar o quadro fonêmico completo do Português Brasileiro, acesse o link abaixo. Nele é possível também obter a versão impressa. O conteúdo é proveniente do projeto Sonoridade em artes, saúde e tecnologia, coordenado pela Profª. Drª. Thaïs Cristófaro Silva e pelo Prof. Dr. Hani Camille Yehia, ambos da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG). Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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