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Vasodilatadores para tratamento de HAS

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@pequenamedicina 4º período @pequenamedicina 
Vasodilatadores 
 Usados no tratamento de HAS e nas 
síndromes coronarianas agudas 
 
 O tônus vascular constitui um regulador 
essencial da perfusão dos tecidos, o que 
determina se eles estão recebendo 
oxigênio e nutrientes para suprir suas 
demandas 
 O suprimento de oxigênio ao miocárdio 
depende do tônus das artérias coronárias, 
enquanto a demanda de oxigênio 
depende do tônus das arteríolas 
sistêmicas, dos vasos de resistência e das 
veias 
 
 Fármacos que dilatam as arteríolas 
diminuem a pós-carga, enquanto os 
venodilatadores diminuem a pré-carga 
 Tanto os fármacos que dilatam as 
arteríolas quanto os venodilatadores 
diminuem a demanda de oxigênio do 
miocárdio 
 Muito fármacos que dilatam as artérias 
coronárias podem aumentar a frequência 
cardíaca, o que é indesejado, já que isso 
aumenta o consumo de O2 
 
Regulação do tônus 
vascular 
 Endotélio vascular: óxido nítrico 
(relaxamento) e endotelina (contração) 
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 SNA: receptores alfa-1 adrenérgicos e 
beta-2 adrenérgicos 
 Mecanismos neuro-hormonais: 
adrenalina, angiotensia II, ADH 
(vasopressina) 
 Mecanismos locais: H+, CO2, O2, 
adenosina, lactato e K+ 
 
 
 
Emergências 
hipertensivas 
 Devem ser tratadas imediatamente 
com drogas de ação rápida, administradas 
por via endovenosa, com monitorização 
rígida, objetivando redução imediata da 
PA 
 A principal droga usada é o 
nitroprussiato de sódio, um potente 
vasodilatador com ação arterial e venosa 
 Encefalopatia hipertensiva 
 Edema agudo de pulmão 
 Infarto do miocárdio 
 Dissecção da aorta 
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 Hemorragia intracraniana 
 Eclâmpsia 
 Sangramento pós-operatório 
 Queimadura extensas 
 Crises de feocromocitoma 
 
Fármacos vasodilatadores 
Arteriolares 
HIDRALAZINA 
 É pouco utilizada pois como provoca 
uma vasodilatação muito potente, há uma 
estimulação reflexa do SNS e da atividade 
do SRAA, causando taquicardia reflexa 
(cuidado em pacientes coronariopatas e 
com ICC pelo aumento do consumo de 
oxigênio e diminuição da perfusão – 
associar a um beta bloqueador) 
 Retém sódio e água (associada a 
simpaticolíticos e diuréticos) 
 HAS refratária a outros medicamentos 
 Pode ser usada no paciente que tem 
ICC juntamente com os nitratos (dinitrato 
de isossorbida), já que um dos efeitos 
colaterais dos nitratos é a ocorrência de 
tolerância, então sua associação com 
Hidralazina faz com que as doses do 
nitrato sejam menores, reduzindo a 
tolerância 
 Usado nos pacientes com pré-
eclâmpsia	ou eclâmpsia (fármaco seguro) 
 Produz relaxamento direto do músculo 
liso arteriolar, mas não do venoso 
 Estimula liberação de Norepinefrina 
 Não dilata as artérias coronárias 
epicárdicas 
MECANISMO 
 Interfere com ação do trifosfato de 
inositol na liberação do cálcio do retículo 
sarcoplasmático 
 Bloqueia o receptor IP3 diminuindo o 
cálcio 
EFEITOS HEMODINÂMICOS 
 Diminuição rápida da resistência 
vascular periférica e da PA 
 Taquicardia reflexa 
 Provoca aumento do débito cardíaco 
por diminuir a resistência vascular 
periférica e, por consequência, a pós-
carga 
 Aumento da TFG e fluxo sanguíneo 
renal 
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FARMACOCINÉTICA 
 Vias: oral (Apresolina®; 25 e 50 mg) 
e parenteral (Nepresol®, 20 mg/1 ml) 
 Rápido início de ação (5 a 15 minutos) 
e duração de 2 a 6 horas 
 T½: 1,5 a 3h 
 Dose diária: 50-200 mg – 2 a 4 vezes 
ao dia 
 É metabolizada no fígado e eliminada 
na urina, por isso, sua dose deve ser 
reduzida em hepatopatas e em 
nefropatas 
 Grande efeito de primeira passagem 
hepática 
 Metabolização por acetilação: 
acetiladores rápidos (10% de 
biodisponibilidade) e acetiladores lentos 
(31%) 
EFEITOS COLATERAIS 
 Cefaléia 
 Rubor facial 
 Hipotensão 
 Tolerância e taquifilaxia 
 Palpitações 
 Taquicardia reflexa 
 Pode ocorrer síndrome de lúpus 
induzida por droga (sintomas: artralgia, 
mialgia, erupções cutâneas, febre) em 
acetiladores lentos e é reversível quando 
se suspende a Hidralazina 
MINOXIDIL 
 Administrado por via oral em pacientes 
com formas graves e refratárias de 
hipertensão 
 É um pró-farmaco que precisa ser 
biotransformado pela ação da 
Sulfotransferase para que transforma-se 
na molécula ativa sulfato de minoxidil 
 Vasodilatador ativo por via oral 
 Dilata arteríolas e não dilata veias 
 Indicado para hipertensão arterial grave 
e no tratamento da calvice 
MECANISMO 
Ativa os canais de potássio sensíveis ao 
ATP, o que leva a um efluxo de potássio 
da célula e, consequentemente, a uma 
hiperpolarização celular, relaxando o 
músculo liso 
EFEITOS HEMODINÂMICOS 
 Diminuição da RVP e da PA 
 Taquicardia reflexa 
 Aumento do débito cardíaco 
 Aumento discreto TFG e fluxo 
sanguíneo renal 
 Aumento da renina plasmática 
 
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FARMACOCINÉTICA 
 Duração de ação em torno de 24h 
 Biotransformação hepática lenta 
 Eliminação renal 
EFEITOS COLATERAIS 
 Cefaléia e rubor 
 Hipotensão 
 Taquicardia e palpitações 
 Angina: associar com beta 
bloqueadores 
 Edema 
 Hipertricose 
DIAZÓXIDO 
 Derivado tiazídico sem propriedades 
diuréticas 
 Dilatador arteriolar de ação prolongada 
 Usado em emergências hipertensivas 
EFEITOS HEMODINÂMICOS 
 Provoca queda rápida da resistência 
vascular sistêmica e da pressão arterial 
média 
 Taquicardia reflexa importante 
 Aumento do débito cardíaco 
FARMACOCINÉTICA 
 Parenteral 
 Efeito em 5 minutos 
 Duração de 4 a 12 horas 
 Dose: 50-150mg 
 Pacientes respondem de 3 a 4 doses 
EFEITOS COLATERAIS 
 Hipotensão excessiva em consequência 
da utilização de uma dose fixa alta (pode 
produzir AVC e infarto do miocárdio) 
 Taquicardia reflexa e angina 
 Retenção de sódio (associar com um 
diurético) 
 Hiperglicemia (usado como comprimido 
para tratamento da hipoglicemia) 
 Reduz a liberação de insulina: 
tratamento do insulinoma 
Venosos 
NITRATOS ORGÂNICOS 
 Nitroglicerina (NTG) foi o primeiro 
nitrato orgânico a ser empregado para 
alívio dos sintomas anginosos 
 Usado em angina estável, angina 
instável, IAM, HAS e ICC 
 O mecanismo de ação está relacionado 
a liberação de óxido nítrico que ocorre a 
partir de uma formação química do 
nitrato em óxido nítrico 
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 Dilatam preferencialmente as veias, 
mas ao aumentar as doses dilatam 
também as artérias 
 
 
 
 A hipotensão sistêmica causada pelos 
nitratos leva a taquicardia reflexa, o que 
diminui o suprimento de O2 do miocárdio 
pelo encurtamento da diástole 
 A taquicardia reflexa também aumenta 
o consumo de O2 pelo miocárdio 
 Podem ser utilizados para diminuir a 
congestão pulmonar em pacientes com 
ICC produzindo venodilatação e 
diminuindo a pressão diastólica final 
 Relaxamento de outros tipos de 
músculo liso: esofágico, brônquico, biliar, 
intestinal e genitourinário 
 O óxido nítrico além da sua ação 
vasodilatadora, tem ação antiplaquetária 
devido ao aumento do GMPc, por isso, 
ajudam na redução da trombose 
coronariana 
VENODILATAÇÃO 
 Aumenta a capacitância venosa 
 Diminui a resistência vascular 
 Diminui a pressão e o volume diastólico 
final dos ventrículos, o que diminui a pré-
carga e a demanda de O2 do miocárdio 
VASODILATAÇÃO ARTERIAL 
 Diminui a resistência vascular sistêmica 
 Diminui a tensão da parede ventricular 
na sístole (pós-carga) o que reduz a 
demanda de O2 do miocárdio, se não 
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ocorrer taquicardia reflexa devido 
hipotensão 
 A NTG dilata predominantemente as 
artérias epicárdicas de grande calibre, o 
que impede o roubo coronariano por 
substâncias como dipiridamol e adenosina, 
queproduzem vasodilatação intensa dos 
vasos de resistência coronariana 
 Possui efeitos mínimos sobre os vasos 
de resistência coronarianos 
 Doses suficientes para produzir 
vasodilatação das artérias epicárdicas 
podem induzir a vasodilatação periférica 
excessiva e hipotensão refratária 
(tonteira, vertigem, síncope franca e 
isquemia do miocárdio) 
 A perfusão coronariana depende do 
gradiente de pressão entre a aorta e o 
endocárdio durante a diástole, se há uma 
redução acentuada da pressão aórtica 
diastólica, pode haver um suprimento 
insuficiente de O2 ao coração 
 
FARMACOCINÉTICA 
 Grande metabolismo hepático 
 Baixa disponibilidade por via oral 
 A NTG pode ser utilizada por via oral, 
sub-lingual, intra-venosa e transdérmica 
 Dinitrato de isossorbida é utilizado 
principalmente por via sublingual 
 T½ da NTG: 5 min 
 T½ do DNI: 60 min 
 
TOLERÂNCIA 
 Fisiológica: aumento reflexo do tônus 
vascular simpático e aumento da 
retenção de sal e de água 
 Farmacológica: depleção de glutationa 
e cisteina, que formam o óxido nítrico, e 
formação de peronitrito que reage com 
o óxido nítrico inibindo a Guanilil ciclase 
CONTRA INDICAÇÃO 
 Hipotensão 
 Hipertensão intracraniana 
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 Miocardiopatia obstrutiva hipertrófica 
(diminuição da pré-carga aumenta a 
obstrução) 
 Insuficiência cardíaca hipertrófica 
 Inibidores da fosfodiesterase tipo 5 
com Sildenafil (pode ocorrer 
potencialização da hipotensão levando a 
isquemia e infarto) 
Arteriolares e venosos 
NITROPRUSSIATO DE SÓDIO 
 O Nitroprussiato é um complexo de 
ferro, componente nitroso e grupos 
cianeto (pode causar intoxicação nos 
pacientes quando é administrado em altas 
doses) 
 Age em consequência da ativação de 
Guanilil-ciclase por meio da liberação 
espontânea de óxido nítrico 
 Ocorre simultaneamente a liberação de 
cianeto que deve ser metabolizado no 
fígado em tiocianato 
 Uma forma de reduzir a intoxicação 
por Nitroprussiato é a administração de 
tiossulfato de sódio como doador de 
enxofre 
EFEITOS HEMODINÂMICOS 
 Vasodilatação arteriolar e venular de 
ação imediata e de curta duração (por 
isso a monitorização da PA deve ser 
invasiva e contínua para titular a dose 
administrada desse agente) 
 Redução da resistência vascular 
periférica e do retorno venoso 
 Aumento moderado da frequência 
cardíaca (isquemia por aumento do 
consumo de O2) 
FARMACOCINÉTICA 
 Sensível a luz, então deve ser 
preparado logo antes da administração, o 
que exige equipo escuro e frasco 
protegido 
 Infusão é intravenosa de forma 
contínua 
 Início em segundos e duração de 1 a 5 
minutos 
 Meia vida de 4 minutos 
 Dose: 0,25 até 1,5 μg/Kg/min 
 
EFEITOS COLATERAIS 
 Particularmente em nefropatas ou 
hepatopatas, pode levar à intoxicação por 
cianeto 
@pequenamedicina 4º período @pequenamedicina 
 Acúmulo de cianeto causa acidose 
lática, arritmias, confusão mental, coma, 
encefalopatia, hipotensão excessiva e 
morte 
 Acúmulo de tiocianato: fraqueza, 
desorientação, psicose, espasmos 
musculares e convulsões 
INIBIDORES DA FOSFODIESTERASE 
 Impedem a hidrólise do AMPc e do 
GMPc em 5-AMP e 5-GMP 
 Anrinona e milrinona: isoformas do 
músculo cardíaco e liso vascular 
 Sildenafil, vardenafil e tadalafil: 
fosfodiesterase tipo 5 (principalmente no 
corpo cavernoso, retina e em menor 
grau na musculatura lisa vascular sistêmica 
e pulmonar) – causam cefaleia, rubor e 
cegueira

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