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Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 2 www.eduhot.com.br Sumário Introdução ................................................................................................................... 3 Doenças Degenerativas .............................................................................................. 3 Principais Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso............................................. 3 Doença de Alzheimer .................................................................................................. 3 BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NOS SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER . 6 Doença de Parkinson ................................................................................................ 12 Estudos de Fisioterapia na DP .................................................................................. 14 A Importância da Fisioterapia na Doença de Parkinson e as técnicas fisioterapêuticas mais utilizadas ................................................................................ 18 Esclerose Múltipla ..................................................................................................... 22 Reabilitação do Doente com Esclerose Múltipla ....................................................... 24 Fisioterapia na Esclerose Múltipla ............................................................................. 26 Exercícios na Esclerose Múltipla ............................................................................... 29 Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) .......................................................................... 31 A Doença de Huntington ........................................................................................... 35 FISIOTERAPIA NA FASE INICIAL DA DH ................................................................ 37 FISIOTERAPIA NA FASE INTERMEDIÁRIA DA DH ................................................ 39 TERAPIA FÍSICA NO ESTÁGIO AVANÇADO DA DH .............................................. 41 Tratamento fisioterapêutico após um AVC ................................................................ 42 Exercícios de reabilitação após AVC ........................................................................ 42 Resultados da fisioterapia após AVC ........................................................................ 45 Epilepsia .................................................................................................................... 46 Alguns exercícios indicados para epiléticos .............................................................. 48 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 49 Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 3 www.eduhot.com.br Introdução Doenças Degenerativas As doenças degenerativas são aquelas que comprometem as funções vitais do indivíduo em caráter irreversível e crescente. Elas recebem esse nome porque causam a degeneração de células, tecidos e órgãos. As causas do surgimento de doenças degenerativas são relacionadas com aspectos genéticos, fatores ambientais, má alimentação e sedentarismo. Atualmente, não há cura e nem tratamento específico para essas doenças. O uso de medicamentos alivia os sintomas da doença e proporciona melhores condições de vida aos doentes. Principais Doenças Degenerativas do Sistema Nervoso As doenças degenerativas que comprometem o Sistema Nervoso também são chamadas de neurodegenerativas. As principais são: Doença de Alzheimer Fonte: https://www.mdsaude.com/2011/03/mal-alzheimer.html https://www.todamateria.com.br/sistema-nervoso/ Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 4 www.eduhot.com.br A Doença de Alzheimer é um tipo de demência progressiva, neurodegenerativa, irreversível e de curso lento, com duração aproximadamente de 08 a 12 anos. Pode aparecer tardiamente, após os 60 anos, ou precocemente por volta dos 40 anos, principalmente se houver casos na família. Estima-se que existam no mundo cerca de 35,6 milhões de pessoas com a Doença de Alzheimer. No Brasil, encontra-se cerca de 15 milhões de pessoas com mais de 60 anos de idade. Seis por cento delas têm a doença de Alzheimer, segundo dados da Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAZ). A principal causa de demência em adultos com mais de 60 anos é a DA, que é responsável por alterações de comportamento, de memória e de pensamento (OLIVEIRA; GORETTI; PEREIRA, 2006). Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e obter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e a família. Seu nome oficial refere-se ao médico Alois Alzheimer, o primeiro a descrever a doença, em 1906. A DA é a presença da demência com perda em pelo menos duas áreas cognitivas como, linguagem, memória, planejamento, de caráter progressivo. O comprometimento do SNC gerado é atribuído a alterações histopatológicas: Placas senis, emaranhados neurofibrilares e também pela perda neuronal difusa. É caracterizada por um processo neurodegenerativo, associado a uma deterioração progressiva, tanto das funções cognitivas como no comportamento e personalidade. A doença ou mau de Alzheimer afeta o cérebro e causa a morte de neurônios. As áreas afetadas no cérebro comprometem a memória, a capacidade de linguagem e o comportamento. Além disso, ocorre um declínio da memória recente, em razão da depleção da acetilcolina nos núcleos basais de Meynert e da atrofia do lobo temporal. Há uma formação em excesso de placa beta amilóide e deposição de placas senis no cérebro (MENDONÇA, 2011). O diagnóstico da DA é feito fundamentalmente através de critérios clínicos preestabelecidos juntamente com a exclusão de outras possíveis causas para a demência (APRAHAMIAN; MARTINELLI; YASSUDA, 2009). As perdas neuronais não acontecem de maneira homogênea, as áreas comumente mais atingidas são as de células nervosas (neurônios) responsáveis pela memória e pelas funções executivas que envolvem planejamento e execução de funções complexas. https://www.todamateria.com.br/neuronios/ Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 5 www.eduhot.com.br Outras áreas tendem a ser atingidas, posteriormente, ampliando as perdas. A intervenção fisioterapêutica pode contribuir em qualquer fase da doença de Alzheimer ao atuar tanto na manutenção quanto na melhora do desempenho funcional do indivíduo (ELY; GRAVE, 2009). A doença de Alzheimer não tem cura. O tratamento consiste no uso de medicamentos para estabilizar a doença e oferecer alívio e conforto aos doentes. Sintomas • Perda progressiva da memória é comum à lembrança de fatos mais antigos e o esquecimento de situações do cotidiano; • Perda progressiva da capacidade cognitiva; • Redução da capacidade de relação social. Alzheimer e suas fases De acordo com Machado et al (2002), a sintomatologia da doença pode ser descrita nos seguintes estágios: A fase inicial dura, em média, de 2 a 3 anos e é caracterizada por sintomas vagos e difusos, que se desenvolvem insidiosamente. Há comprometimento da memória; podem, também, apresentar perda de concentração, desatenção, depressão, agitação e hiperatividade; dificuldades no trabalho, para lidar com situações complexas e para o aprendizado de novos fatos; perder objetos pessoais, se esquecer de alimentos em preparo no fogão; problemas espaciais e de percepção (reconhecer faces e locais familiares); há desorientação progressiva com respeito ao tempo e ao espaço. Nesse estágio o portador apresenta dificuldade em pensar com clareza, pode cometer lapso e, se confundir facilmente, além de demonstrar diminuição no seu rendimento funcional em tarefas mais complexas (ABREU, 2005). A fase intermediária duraentre 2 e 10 anos, é caracterizada por deterioração acentuada da memória e pelo aparecimento de sintomas focais, que incluem afasia, apraxia, agnosia e alterações visoespaciais. Distúrbios de linguagem progridem. O declínio cognitivo, a capacidade de aprendizado fica alterada, a memória remota pode ficar comprometida. O julgamento torna-se alterado e o paciente Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 6 www.eduhot.com.br frequentemente fica alheio aos seus déficits, tornando-se notória as dificuldades para a realização de tarefas complexas. A capacidade de fazer cálculos, abstrações, resolver problemas, planejar tarefas em etapas torna-se seriamente afetada (MACHADO et al., 2002). Nesse estágio moderado os problemas são mais evidentes e restritivos, encontrando dificuldade nas atividades de vida diária, necessitando de ajuda de um cuidador. Ocorre uma maior dificuldade na higiene pessoal, na comunicação, movimentos e fala repetidas, mudanças de humor repentinas, alterações de percepção e de ordem motora, delírios, são alguns dos sintomas encontrados (ABRAZ, 2012). No estágio severo ou final, o portador da Doença de Alzheimer perde a capacidade de ser independente devido sua perca funcional e suas limitações de amplitude de movimento. Os distúrbios de memória são mais evidentes e severos, apresentando dificuldade na alimentação independente, como também na higienização e suas AVD’s, dificuldade na locomoção, incontinência urinária e fecal, comportamento inadequado perante a sociedade (ABRAZ, 2012). Essa fase tem duração média de 8 a 12 anos, e no estágio terminal, todas as funções cognitivas estão gravemente comprometidas, havendo até mesmo, dificuldades para reconhecer faces e espaços familiares. Devido a perda total da capacidade para realizar atividades de vida diária, os pacientes tornam-se totalmente dependentes e passam a comunicar-se somente através de sons incompreensíveis e jargões semânticos, até alcançarem o mutismo. Finalmente ficam acamados, com incontinência urinária e fecal. BENEFÍCIOS DA FISIOTERAPIA NOS SINTOMAS DA DOENÇA DE ALZHEIMER Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 7 www.eduhot.com.br Fonte: http://www.planoboaviagem.com.br/s/fisioterapia-ajuda-pacientes-com-alzheimer-a-desenvolver- atividades-diarias/ Para a Confederação Mundial de Fisioterapia (2003), Somos responsáveis pela atenção às pessoas e a populações, com o intuito de desenvolver, manter e restaurar o movimento e a capacidade de todo o ciclo da vida. Incluindo prestação de serviços em circunstâncias nas quais o movimento e as funções estão ameaçadas pelo processo de envelhecimento, no contexto da promoção, prevenção, tratamento e, na reabilitação de disfunções. Para O COFFITO (2003), a fisioterapia é a ciência que estuda, previne e trata os distúrbios cinéticos funcionais intercorrentes do corpo humano em geral, gerados por trauma, doenças adquiridas e por alterações genéticas. Chiappetta (2003) informa que, nos últimos anos, o interesse pela intervenção fisioterapêutica tem aumentado para estes pacientes, com diferentes formas de reabilitação. Este profissional de saúde trabalha junto a outros profissionais, para melhorar a efetividade das tarefas diárias importantes para o paciente, dando ênfase nas técnicas de reabilitação neurológica, para fortalecer o paciente através do treinamento funcional e da sugestão cinestésica (KAUFFMAN, 2001). A doença de Alzheimer afeta principalmente o psicomotor em ocorrência da desmielinização da área cerebral afetada. Segundo Bastos et ali (2006), a doença de Alzheimer causa uma série de efeitos tanto ao nível de pensamento quanto ao nível motor. O que interessa para o fisioterapeuta é o sistema motor, que ao ser estimulado, obtém-se como resultado uma melhora na qualidade de vida. É necessário realizar primeiramente uma avaliação do paciente colhendo todos os dados a respeito da doença e de seus Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 8 www.eduhot.com.br sintomas, para que depois possa ser feito um plano de tratamento para este paciente. O tratamento fisioterapêutico é constante e por tempo indefinido. Existem melhoras, mas o paciente nunca recupera suas funções totalmente, já que é uma demência e há comprometimento de uma área do cérebro. O tratamento fisioterapêutico dependerá das necessidades do paciente, mas a criatividade do fisioterapeuta na escolha das atividades é muito importante. A cinesioterapia pode ser utilizada para manter ou melhorar a amplitude e força muscular (FREITAS et al., 2002). A intervenção fisioterapêutica pode contribuir em qualquer fase da doença de Alzheimer para manter o indivíduo mais ativo e mais independente possível, seja no domicílio, seja numa instituição (KOTTKE, 2002). A instituição de qualquer atividade terapêutica deve assegurar que o paciente permaneça seguro, independente e capaz de realizar atividades da vida diária e atividades da vida diária instrumental pelo máximo de tempo que possível (REBELATTO, 2004). No maior grau possível, a intervenção fisioterapêutica deve ser encorajada para manter a amplitude de movimento, a força e o estado de alerta (KOTTKE; LEHMANN, 2002). No início da doença, quando o portador da doença ainda caminha, segundo Portugal (2000), a fisioterapia melhora a deambulação e retarda a rigidez dos músculos. Mais tarde, quando o doente não mais caminha, ainda a fisioterapia é útil, porque uma rigidez menor dos músculos vai tornar mais fácil a troca de roupa, além do cuidado específico com pontos de pressão, para evitar o surgimento de úlceras de decúbito. Ainda Freitas et al. (2002), a psicomotricidade deverá ser estimulada com maior ênfase à lateralidade, à auto imagem, à percepção corporal, coordenação e ao equilíbrio. A orientação quanto ao tempo e espaço e a estimulação da memória e do raciocínio complementam a terapia. Dessa forma, se o paciente apresenta alterações de postura, o fisioterapeuta trabalhará com ele exercícios de alongamentos de grupos musculares encurtados; se for detectado alteração no equilíbrio será trabalhado com ele exercícios que recuperem esta condição. O fisioterapeuta deve orientar também o cuidador quanto à importância de cuidar da pele do paciente, evitando que a mesma fique ressecada ou que haja a formação de escaras. È essencial que o terapeuta observe o trofismo e o tônus Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 9 www.eduhot.com.br muscular para que se possa ter conhecimento do grau de incapacidade surgido pela demência. O paciente com hipotonia pode ser tratado com estímulos elétricos, crio estimulação e solicitação verbal de contração muscular. O tônus espástico pode ser trabalhado no sentido de alongamento da musculatura atingida e através da facilitação neuromuscular proprioceptiva (FNP). Avaliar o grau de sensibilidade do paciente; se o grau estiver diminuído pode-se trabalhar com diversos estímulos sobre a pele, como com diferentes texturas, agentes térmicos e estímulos dolorosos. E quanto às atividades da vida diária, avaliar se o paciente é capaz de realizar as atividades sozinho ou se é dependente, procurando então diminuir as dificuldades dele em realizá-las (BASTOS et ali., (2006). O Mal de Alzheimer é uma doença crônica degenerativa do sistema nervoso central, que desencadeia uma série de efeitos tanto a nível intelectivo quanto a nível motor. Se houver estimulação motora, haverá como consequência, uma melhora do quadro intelectivo. O exercício físico é importante para esses pacientes, pois com a melhora da parte física, o psiquismo do doente também melhora, já que ele evita o recolhimento em si e continua a executar as atividades do mundo externo (SALLES et al, 2000). As técnicas de fisioterapia serão as mesmas que usamos nas pessoas de terceira idade que não apresentam demência,mas a maneira de abordá-las exige habilidade especial. O paciente pode parecer desinteressado em saber como a falta de flexibilidade articular, a fraqueza muscular ou o edema poderá afetá-lo, pois ele não tem mais a capacidade de entender a relação que existe. Para facilitar tanto para o fisioterapeuta como para o paciente, o preparo das explicações claras e simples deverá se fazer presente; a instrução deverá ser repetida da mesma forma, já que o emprego de diferentes palavras poderá confundir o paciente (OLIVEIRA et al., 2006). Freitas et al. (2006) ainda traz que a cinesioterapia pode ser utilizada para manter ou melhorar a amplitude de movimento e a força muscular. Nas fases iniciais, um programa de alongamento, exercícios com carga e aeróbios serão necessários para a prevenção de problemas osteoarticulares e cardiovasculares. Portanto, para Freitas et al. (ibid.), as metas primárias na DA seriam melhorar a qualidade de vida, maximizar o desempenho funcional dos pacientes e promover o mais alto grau de Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 10 www.eduhot.com.br autonomia factível em cada um dos estágios da doença. Para isso, o enfoque principal do tratamento é direcionado para as medidas de intervenção sobre as alterações cognitivas, do humor, dos sintomas psicológicos e do comportamento. Além disso, é fundamental que as intercorrências clínicas, relacionadas com outros problemas médicos agudos ou comorbidades preexistentes, sejam sempre identificadas e tratadas o mais precocemente possível para que os déficits dos pacientes com a doença não sejam agravados ainda mais. Para Costoso et al. (2007), a técnica ideal para tratamento das deformidades acometidas pela evolução do Alzheimer seriam os exercícios terapêuticos utilizando diversos mecanismos facilitadores, com a finalidade de promover e melhorar a contração muscular, a coordenação, o equilíbrio e o relaxamento muscular, sendo indicado assim a técnica de Kabat para pacientes acometidos por Alzheimer. Reichel (1998), afirma então que a utilização da técnica de Kabat propicia o aumento da amplitude do movimento, melhora a estabilidade das articulações, facilitando assim a de ambulação e outras atividades funcionais. Direciona um movimento ativo por meio da introdução de resistência ideal, da maneira correta. Além de estimular os movimentos coordenados por meio da sincronização correta dos estímulos e ampliar a resistência. Os princípios do método Kabat, definidos por Voss et al. (1987), Reichel (1998), Costoso et al. (2003), Melo et al. (2006) estão incorporados no tratamento do paciente com Alzheimer: devem ser realizados exercícios de alongamento e mobilidade corporal, onde o alongamento visará aumentar o comprimento de tecidos moles a fim de melhorar a flexibilidade da articulação e a mobilidade, melhorando a rigidez e a dor, já que a mobilização mantém a amplitude de movimento, o que facilita a realização de atividades de vida diária e transferências. Também é importante que sejam evitadas as atrofias por desuso e fraqueza muscular, os encurtamentos de tecidos moles e as deformidades esqueléticas (KAUFFMAN, 2001; REBELATTO et al., 2004). Exercícios terapêuticos direcionados para os padrões do funcionamento cardiorrespiratório também são muito importantes, uma vez que no indivíduo portador da doença de Alzheimer a capacidade funcional da Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 11 www.eduhot.com.br fala, a respiração, expansão torácica e função venosa vão diminuindo progressivamente (O’SULLIVAN et. al., 2004). A assistência fisioterapêutica é baseada na avaliação individualizada do paciente, ou seja, o tratamento será de acordo com os sinais, os sintomas e as limitações do paciente. Como a DA é uma afecção caracterizada por um processo degenerativo progressivo, sem perspectivas terapêuticas que impeçam a sua evolução, postula-se que tratamentos, dentre eles o fisioterapêutico, que possam melhorar ou estabilizar, mesmo que temporariamente a evolução da mesma, ao que já representam um ganho relevante à qualidade de vida destes indivíduos (ZAIONS; PAVAN; WISNIEWSKI, 2012). A intervenção fisioterapêutica vai auxiliar as funções vitais do cérebro, estimulando os circuitos neurais, focalizando atenção, associando fatos a imagens, auxiliando no planejamento motor e desenvolvendo pistas cognitivas que ajudem a realizar determinadas tarefas. Os exercícios realizados para estimulação da memória através da fisioterapia cognitiva possibilitam novos processos mentais internos através de estímulos externos percebidos pela própria pessoa, melhorando o desempenho nas tarefas cognitivas, auxiliando na melhora da capacidade de concentração e favorecendo a formação de novas associações de neurônios. Esses exercícios vão desde criar associações para se lembrar de uma informação até lembrar informações importantes. Além da atividade intelectual, a atividade física é uma importante ferramenta na função de proteger e amenizar os impactos causados por um processo demencial (FEITERA, 2007). A cinesioterapia associado a hidroterapia e o padrão respiratório são essenciais, uma vez que a capacidade funcional da fala, respiração, expansão torácica e função venosa vão diminuindo aos poucos nos portadores de DA (ELY; GRAVE, 2009). A fisioterapia também inclui orientações à família ou cuidadores, adequa o ambiente físico conforme as necessidades do mesmo, prevenir complicações como quedas, perda de mobilidade articular e deformidades, e assim melhora a qualidade de vida do individuo portador do mal de Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 12 www.eduhot.com.br Alzheimer (FEITEIRA, 2007). Mesmo havendo dificuldades e resistência do individuo com a doença de Alzheimer em fazer atividade física, vale lembrar que o exercício proporciona a sensação de bem-estar, aumentando a qualidade de vida dos mesmos. Doença de Parkinson Fonte: https://www.mdsaude.com/2010/08/mal-parkinson.html A Doença de Parkinson (DP) é uma das doenças degenerativa mais frequentes do sistema nervoso central. Caracteriza-se por acometimento de neurônios da zona compacta da substância negra com presença dos corpúsculos de Lewy, diminuição da produção de dopamina, resultando em desordens do movimento. De etiologia incerta a DP parece estar ligada a distúrbios genéticos e a fatores ambientais. Aproximadamente 1 a 2% da população acima de 65 anos apresenta DP. Modernamente considera-se a DP como afecção do adulto, progressiva, responsiva à lev dopa e comumente associada a manifestações motoras. Muito se tem avançado no tratamento da DP nos últimos anos, apesar de não conseguirmos evitar a progressão inexorável desta entidade. A levodopa é o mais potente e o mais tolerado medicamento. Pode-se usar a levodopa isoladamente ou Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 13 www.eduhot.com.br associada à agonistas dopaminérgicos, sendo o pramipexol, o ropinerol, a cabergolina, a lisuruda e a rotigotina os mais empregados. Outros fármacos utilizados são os inibidores da MAO B como a selegilina e a rasagilina, a amantadina, os anticolinérgicos e a apomorfina. Mesmo sendo o medicamento mais eficaz e mais usado, a levodopa apresenta efeitos colaterais precoces ou tardios em cerca de 80% dos pacientes com DP: as flutuações, o “wearingoff ”, o fenômeno “on-off”, as discinesias e os distúrbios mentais. Podem-se associar os inibidores da enzima catecol-O-metiltransferase (COMT), com a finalidade de diminuir os efeitos colaterais da levodopa. A procura por medicamentos neuroprotetores é grande, porem não existe ainda substância que interrompa a evolução natural da doença O tratamento cirúrgico consiste na estéreo coagulação de algumas estruturas extrapiramidais como a talamotomia e a palidotomia ou a introduçãode eletrodos bilateralmente em regiões talâmicas ou subtalâmicas, associado ao tratamento médico deve-se orientar os pacientes para cuidados fonoaudiológicos e fisioterapia. O exercício terapêutico é um elemento central na maioria dos planos de assistência da fisioterapia, complementado por outras intervenções, com a finalidade de aprimorar a função e reduzir uma incapacidade A doença ou mau de Parkinson é causada pela destruição de neurônios, na área conhecida como substância negra. Essa região é responsável pela produção do neurotransmissor dopamina. Dentre as várias funções da dopamina está o controle dos movimentos corporais. Os cientistas acreditam que a destruição dos neurônios na substância negra esteja relacionada com o envelhecimento. O tratamento da doença de Parkinson consiste no uso de medicamentos. Sintomas • Rigidez muscular; • Distúrbio da fala; • Tontura; • Alterações no sono; • Tremores nos membros superiores. https://www.todamateria.com.br/dopamina/ Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 14 www.eduhot.com.br Estudos de Fisioterapia na DP Um grande número de ensaios tem sido feitos para avaliar o resultado da fisioterapia na DP. As terapias podem ser em grupo ou individual. Quase todas focam em atividades como andar, subir escadas, pegar objetos, preensão, “hobbies”, praticar esportes, atividades sociais, etc. Descreveremos de inicio alguns trabalhos efetuados para avaliar o benefício dos exercícios fisioterápicos na DP. Principais estudos realizados (1) A fisioterapia na DP foi fundamentada primeira por Morris em 2000. Descreveu estratégias específicas para melhorar atividades como marcha transferências, atividades manuais, evitar quedas e manter a capacidade física. As estratégias incorporavam estímulos externos visuais, auditivos e proprioceptivos. A aplicação destes estímulos faria com que circuitos alternativos do sistema extrapiramidal fossem ativados. Morris também enfatizou a importância de cuidadores para tornar a reabilitação fisioterápica mais útil. (2) O primeiro ensaio de tratamento fisioterápico na DP foi realizado por Gibberd et al. (1981). Vinte e três pacientes foram submetidos à facilitação proprioceptiva neuromuscular e aos métodos Bobath e Peto, visando melhorar o equilíbrio, a festinação, a rigidez e a mobilidade em geral. Após três meses foram reavaliados e submetidos por mais três meses à terapia ocupacional. Concluíram que não houve melhora com o tratamento realizado. Entretanto, os autores não saram escalas conhecidas nas avaliações de enfermos e não fizeram estudo randomizado. Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 15 www.eduhot.com.br (3) Comella et al. (1993) realizaram estudo em 16 pacientes com DP submetendo-os a exercícios por período de quatro semanas e verificaram se seis meses após os prováveis benefícios persistiriam. Foram escolhidos enfermos com DP nos estágios 2 e 3 de H&Y. Após o período de exercícios, verificou-se melhora significativa no UPDRS e na AVD. O tratamento consistiu de 69 exercícios repetitivos visando à melhora da mobilidade, equilíbrio, marcha e destreza manual. A rigidez e a bradicinesia foram as deficiências mais beneficiadas, enquanto que o tremor permaneceu inalterado. Seis meses após os exercícios os enfermos retornaram ao estado inicial. Concluíram os autores que, os ganhos adquiridos com o tratamento não persistiram após o término dos mesmos. (4) No Reino Unido e na Holanda as metas principais das práticas fisioterápicas estabelecidas na DP foram a marcha, equilíbrio, postura, mobilidade articular, mudanças de posições (virar-se na cama, levantar da cama ou cadeira, etc. Foram enviados questionários a os enfermos com perguntas sobre AVD e satisfação com o tratamento fisioterápico. Questionados os fisioterapeutas. responderam que as metas principais eram melhorar e facilitar as AVD. Eram quatro as áreas mais trabalhadas: marcha, equilíbrio, postura e ansferências. De todos os pacientes, 95 tinham problemas graves, porem 41% não recebiam atamento fisioterápico. A maioria do tratamento fisioterápico era feito no domicílio sendo 88% com atamento e o restante em grupo. O tratamento consistia de exercícios ativos para melhorar a marcha, equilíbrio, transferências, mobilidade, capacidade cardiovascular relaxamento. Poucos fisioterapeutas utilizavam estímulos musicais e visuais no tratamento. A maioria dos pacientes (96%) respondeu que o tratamento ajudara a aliviar seus problemas. Os autores concluíram que: 1) nos últimos anos aumentou o número de pacientes com DP submetidos a tratamento fisioterápico; 2) o maior número de pacientes na Holanda seria atribuído à gratuidade do serviço; 3) o tratamento fisioterápico pode evitar quedas, ensinando aos pacientes estratégias de movimentos compensatórios; 4) a fisioterapia pode ser útil na reabilitação de pacientes com DP, porém necessitar-se-ia de mais estudos randomizados e controlados para efetivar o uso desta modalidade terapêutica. (5) Baatile et al. (2000) estudaram a técnica de colocar mastros com diferentes distâncias, para os pacientes com DP treinarem a marcha, cruzando os mastros ao andar. Apesar do pequeno número de pacientes (sete), todos referiram Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 16 www.eduhot.com.br melhora da habilidade após os exercícios. Foram avaliados pelo UPDRS e pelo PDQ. Acham os autores que psicologicamente e fisicamente os exercícios afetam o dia a dia destes enfermos. Sentem-se mais firmes, autoconfiantes com incremento da força e da memória. (6) O treinamento da marcha é um dos objetivos principais da reabilitação na DP. Na tentativa de melhorar a marcha destes enfermos e evitar quedas, alguns pesquisadores têm feito treinamento da marcha com estímulos visuais colocados no solo. Dias et al. (2005) estudaram 16 pacientes com DP, randomizados em dois grupos de oito cada. O primeiro foi submetido a treino de marcha com estímulos visuais e fisioterapia convencional e o segundo só com fisioterapia. Os estímulos eram fitas adesivas colocadas no solo. Avaliaram a cadência e a velocidade da marcha após o tratamento (20 sessões) e 30 dias após o término. Observaram aumento do comprimento do passo, da velocidade da marcha e melhora da cadência, imediatamente e 30 dias após o treinamento. No grupo controle não houve melhora. (7) Parece que os pacientes com DP treinando a marcha fixando em algum foco, obteriam melhora do andar, evitando assim quedas. O foco pode ser interno, isto é o paciente fixando-se nos pés, ou externo, como fixando em faixas no solo. Assim Landers et al. (2005) em 22 pacientes com DP. fizeram treinamento de marcha convencional, com foco interno e foco externo. O terceiro treinamento (foco externo) foi superior aos dois primeiros, melhorando o equilíbrio e diminuindo o número de quedas. (8) Chuma (2007) realizou questionário para avaliar 325 pacientes com DP em uma cidade japonesa sendo 146 homens e 179 mulheres, com média de idade de 68,3 (±8,5) anos. O questionário constava de sexo, idade, idade do início, duração da doença, medicamentos utilizados, distúrbio da marcha, história de quedas, fraturas por quedas, etc. O resultado mostrou risco de quedas com o avançar da enfermidade (aumento no H&Y). Os pacientes com muitas quedas passavam a ter medo de andar e muitos usavam bengalas. A finalidade dos exercícios empregados foi: 1) treinamento para distúrbios primários como rigidez, bradicinesia, distúrbio da marcha e equilíbrio e 2) melhorar distúrbios secundários como fraqueza muscular, restrição de movimentos e insuficiência cardiopulmonar. Estudaram o efeito do tratamento dos exercícios de rotação axial para fraqueza Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 17 www.eduhot.com.br muscular por desuso, para desempenho da velocidade da marcha e da bradicinesiapor quatro semanas, obtendo melhora. Acharam que exercícios apropriados preveniriam fraqueza muscular e insuficiência cardiorrespiratória, mantendo a AVD e a QV nestes pacientes. Concluem que, os exercícios devem ser aeróbicos, de estiramento a alongamento. O ideal seria 20 minutos de exercícios três vezes por semana. Referiram que, a utilização de sons rítmicos e a música poderiam ser efetivas para melhorar o distúrbio da marcha e motores na DP. (9) As alterações cognitivas estão presentes em pacientes com DP, Parecem estar ligadas à disfunção das conexões entra as regiões pré-frontais e estruturas subcorticais, tais como o estriado. Destas alterações cognitivas as funções executivas são as mais alteradas, em seus quatro componentes: vontade, planejamento, ação proposital e ação efetiva. Estas são processadas no córtex pré- frontal dorsolateral. Os exercícios aeróbicos regulares podem beneficiar, prevenindo perdas neuronais. Taneka et al. (2009) estudaram 20 pacientes com DP sem quadro de demência e sem fazer exercícios previamente. Foram distribuídos em dois grupos de 10 cada. O primeiro grupo participou dos exercícios propostos e o segundo não entrou em nenhum protocolo de exercícios. Foram avaliados por testes de função executiva (“Wisconsin Card Sorting Test-WCST”). O protocolo de exercícios foi basicamente aeróbico: flexibilidade, resistência muscular, coordenação motora e equilíbrio. Foram realizados 60 minutos de sessão, três vezes por semana durante seis meses. Verificaram que no grupo submetido a exercícios aeróbicos houve melhora significativa nas variáveis da função executiva: capacidade para abstração e flexibilidade mental. Entretanto, nas variáveis que verificam os erros por desatenção e concentração da atenção não houve alterações nos dois grupos. Atribuem os autores a não modificação nestes dois itens, à depressão e à ansiedade comumente associada à DP. Acham que a melhora observada poderia ser devido ao aumento do fluxo sanguíneo cerebral incrementando o metabolismo de neurotransmissores, aumentando a atividade de enzimas anti-oxidantes, induzindo a síntese do “Brain Derived Neurotropic Factor-BDNF” e incrementando as sinapses responsáveis pela sociabilidade e melhor sensação de bem estar. Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 18 www.eduhot.com.br (10) Fisher et al. (2008) estudaram 30 pacientes com DP. Dividiram os enfermos em três grupos. O primeiro foi submetido a exercícios de grande intensidade. Um segundo grupo foi submetido à exercícios leves, tradicionais. O terceiro grupo não fez exercícios. A escala do UPDRS e H&Y foi utilizada antes e após oito semanas. Foi realizado o exame do potencial evocado motor antes e após o ensaio, para avaliar o período silencioso. Todos os grupos tiveram pequena melhora no UPDRS. O primeiro grupo obteve melhora significativa na marcha e no teste de sentar e levantar.. Somente o primeiro grupo obteve aumento do período silencioso sugerindo que exercícios mais intensos podem normalizar a excitabilidade corticomotora. (11) Hirsch et al. (2003) submeteram um grupo de pacientes com DP, a exercícios de equilíbrio e de resistência e outro grupo só a exercícios de equilíbrio. Os exercícios de resistência eram de alta intensidade e realizados em aparelhos especiais. Os exercícios de equilíbrio duravam 30 minutos e eram feitos três vezes por semana. A melhor resposta foi no grupo combinado (equilíbrio e resistência). Os benefícios deste grupo continuaram por no mínimo mais quatro semanas. A Importância da Fisioterapia na Doença de Parkinson e as técnicas fisioterapêuticas mais utilizadas A atuação da fisioterapia não deve se restringir à ativação da função motriz do sujeito. Mesmo na doença de Parkinson (DP), doença eminentemente motora, a estimulação cognitiva deve ser potencializada. A ativação das estruturas neurais hierárquicas e paralelas é importante, tendo em vista que promove a ação de sinapse nervosa de vias aferentes, eferentes e associativas (CHRISTOFOLETTI, et al., 2010). A fisioterapia é empregada como tratamento adjunto aos medicamentos ou a cirurgia utilizada na doença de Parkinson (DP). Mesmo assim ainda existem dúvidas acerca deste tratamento coadjuvante. Seu valor subestimado talvez se deva à comparação com o tratamento medicamentoso. A reabilitação deve compreender exercícios motores, treinamento de marcha (sem e com estímulos externos), treinamento das atividades diárias, terapia de relaxamento e exercícios respiratórios. Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 19 www.eduhot.com.br Outra meta é educar o paciente e a família sobre os benefícios da terapia por exercícios. Devem ser avaliados os sintomas neurológicos, a habilidade para andar, a atividade da vida diária (AVD), a qualidade de vida (QV) e a integração psíquica (SANTOS, et al., 2010, apudv NIEUWBOER, 2007, KWAKKEL, 2007). Na doença de Parkinson, a fisioterapia busca diminuir a disfunção física e permitir ao indivíduo realizar atividades de seu dia a dia com a maior eficiência e independência possível. Para isso, o alongamento em pacientes com doença de Parkinson é necessário para a melhora da amplitude de movimento (HALL, 2005). A fisioterapia para mal de Parkinson tem um papel importante no tratamento do indivíduo portador desta doença, pois irá proporcionar uma melhora no seu estado físico geral, tendo como objetivo principal a restauração ou manutenção da função, incentivo à realização das atividades de vida diária de forma independente, dando assim mais qualidade de vida (VALVERDE, 2015). O tratamento da DP é baseado no uso de terapia medicamentosa que influencia marcadamente a desempenho motor, contudo o tratamento com drogas não pode abolir todos os sintomas, e fisioterapia é então recomendada. Dependendo da concentração sérica do medicamento, o paciente terá um período “on” (com efeito máximo da droga) e um período “off” (com o mínimo efeito da droga). Pacientes no período “on” estão mais capacitados a realizarem exercícios físicos, portanto o uso da medicação deve ser ajustado ao inicio de uma atividade de maior esforço (VARA, et al., 2012 apudREUTER, 2002). Portadores da Doença de Parkinson mostram padrões de desequilíbrio musulares, os quais promovem a distorção do alinhamento, benefiaciando uma sobrecarga indevida nas articulações, ligamentos e músculos, levando o paciente, quando na posição bípede, a adotar uma flexão de todas as articulações, levando a uma posição símea. O manuseio realizado por meio de alongamentos são técnicas excelentes na melhora da mobilidade da coluna e tecidos, mantendo postura ereta, equilíbrio e manutenção da independência funcional (HAASE, et al., 2008). A fisioterapia tem um papel importante na manutenção física dos pacientes com a DP colaborando na melhora dos aspectos motores, psíquicos e melhorando a sua qualidade de vida tendo uma maior independência para realizar suas atividades evitando o aparecimento de posturas inadequadas e deformidades que contribuem para o agravamento dos sintomas (SILVA, eta al., 2006). Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 20 www.eduhot.com.br Como a Doença de Parkinson é progressiva, as intervenções de exercícios não devem ser em curto prazo, mas se tornar parte do estilo de vida diário. Muitos clínicos e pesquisadores acreditam que a fisioterapia deve começar tão cedo quanto o estabelecimento do diagnóstico, para prevenir a atrofia muscular, a fraqueza e a capacidade de exercício reduzida (MORRIS, 2000). No Parkinson a principal preocupação é com a rigidez devido a ter perda de amplitude de movimento e a locomoção devido à falta de equilíbrio. Para isso, a fisioterapia tem utilizado programas de reabilitação e treinamentos para ajudar principalmente na capacidade física do paciente, no ganho de amplitude de movimento, equilíbrio, postura,autoestima, bem-estar, qualidade de vida. Porém, nos estudos encontrados a maioria fala-se de tratamento multidisciplinar, o que não tem acontecido. E os efeitos da fisioterapia vêm sendo comprovados quando estão associados ao tratamento medicamentoso. E isso depende muito da progressão e do estágio em que se encontra a doença (SILVA & MEJIA, 2014). A fisioterapia desponta como uma ferramenta de fundamental importância para os pacientes com Doença de Parkinson, devendo ser aplicada desde os primeiros momentos de instalação desta patologia; devendo atuar diretamente nos sinais e sintomas da doença (FILHO & MEJIA, 2014). Medidas auxiliares são muito importantes no tratamento da Doença de Parkinson. Dentre essas medidas auxiliares, estão a educação do paciente e dos familiares, a terapia farmacológica, a de nutrição e a fisioterapia, que tem papel primordial no tratamento desta patologia, reabilitando o paciente no aspecto funcional e introduzindo-o novamente na sociedade (SANT, et al., 2007). A fisioterapia voltada a DP tem o objetivo de minimizar os problemas motores, ajudando o paciente a manter a independência para realizar as atividades de vida diária e melhorando a sua qualidade de vida com o exercício, o aumento da mobilidade pode de fato modificar a progressão da doença e impedir contratura, além de ajudar a retardar a demência (CAMILO, 2015). Os exercícios fisioterapêuticos são fundamentais para atenuar os principais sintomas e distúrbios da DP, especialmente quando direcionados para as especificidades e necessidades funcionais pertinentes a cada paciente, devendo estar associados ao tratamento medicamentoso. Os fisioterapeutas devem estar atentos a programas terapêuticos adequados para o individuo com DP a cada Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 21 www.eduhot.com.br momento, com intuito de prevenir as incapacidades motoras e favorecer a funcionalidade e as atividades de vida diária, já que, como é sabido, o indivíduo envelhece, as comorbidades surgem e a doença progride independente da terapêutica instituída. Desta forma, as avaliações funcionais constantes e reavaliações terapêuticas se fazem necessárias (GONÇALVES, et al., 2011). Evidências científicas comprovam que exercícios físicos e Fisioterapia podem melhorar a qualidade de vida de pessoas portadoras da doença de Parkinson, diminuindo escores das escalas UPDRS, melhorando o equilíbrio, mobilidade, aumentando a resistência muscular, proporcionando melhor qualidade de vida, além de aumentar proteção cardiovascular, promove a neurogenese e fatores de proteção e crescimento do cerebro BDNF e GDNF, diminuindo o tremor e bradicinesia, diminui risco de quedas entre outros comprometimentos motores, melhorando a autoconfiança e qualidade de vida no questionário PDQ-39 (FILHO & MEJIA, 2014). Segundo a Associação Brasil Parkinson (2007), a fisioterapia visa a uma reeducação e manutenção da atividade física, permitindo que o tratamento tenha uma melhor eficácia e, ainda, uma melhora psicológica do paciente portador de DP (STEIDL, et al., 2007). Um programa de fisioterapia personalizada para o paciente pode ajudar nos problemas posturais, nas deformidades e distúrbios da marcha. Incluem-se no programa exercícios passivos e ativos, treinamento da caminhada, desenvolvimento de atividades diárias, calor, gelo, estimulação elétrica e hidroterapia (CRAM, 2002). Para melhorias na atividade motora e marcha junto ao paciente com DP deve- se o fisioterapeuta, optar por treino de marcha na passadeira para alongar o comprimento do passo e caso, não seja suficiente, progredir na mesma com peso suportado para maior eficácia. Em relação à IP e ao equilíbrio deve-se realizar treino de mesmo, adjuvado de exercícios de fortalecimento dos MI e, se possível, realizar o também em meio aquático e com vibração para aumento do controlo postural e diminuição da IP. As PS levam a melhorias mais rápidas já que facilitam os indivíduos na iniciação e durante o movimento. Em relação à QDV e outras variáveis psicológicas, qualquer tipo de atividade física em grupo melhora os sintomas depressivos e aumenta o humor (SANTOS, 2013). Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 22 www.eduhot.com.br Esclerose Múltipla Fonte: http://nucleonumi.com.br/esclerose-multipla-por-que-mindfulness/ A Esclerose Múltipla é um distúrbio neurológico pertencente ao grupo das doenças desmielinizante. É uma doença crónica do sistema nervoso central (SNC), de caracter auto-imune, degenerativo e por vezes progressivo (Poster, 2005). Esta doença afeta principalmente adultos jovens entre os 20 e 40 anos. As mulheres são mais acometidas pela doença, assim como a raça branca são duas vezes mais afetados que a raça negra (Pavan, Miguez, Marangoni, Tilbery, & Lianza, 2010). Foi descrita em 1822, nos diários de um homem inglês e depois retratada em um livro de Anatomia em 1858, por um médico inglês. O Dr. Jean Cruveilhier, um médico francês, utilizou pela primeira vez a terminologia. Contudo, em 1868 o Dr. Jean Martin Charcot, que definiu a doença pelas suas características clínicas e patológicas: paralisia, sintomas cardeais de tremor intencional, nistagmo, posteriormente denominadas síndrome de Charcot (Pedro, 2010; Costa et al., 2005; O`Sullivan & Schmitz, 2010). Segundo Silva e Valença (2003) os fatores causais ainda não são completamente conhecidos, sabe-se que há uma possível relação entre fatores genéticos e ambientais, ou seja uma determinada predisposição genética combinada com um fator ambiental desconhecido (provavelmente viral) originaria um distúrbio imunológico de ação inflamatória que afetaria a substância branca do SNC, Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 23 www.eduhot.com.br acarretando a perda de oligodendrócitos e mielina, prejudicando a condução dos impulsos nervosos. Sobre os fatores genéticos, cerca de 15% dos indivíduos com esclerose múltipla têm um familiar afetado, o que aumenta o risco de seus descendentes em 2% e aos irmãos em 5% de serem acometidos pela doença (Porter, 2005). O que parece é que os indivíduos não herdam a doença, mas existe uma susceptibilidade genética para disfunção do sistema imune, que quando exposto ao agente ambiental podendo desencadear uma resposta imune (O`Sullivan & Schimitz, 2004) A desmielinização atingi qualquer área do SNC, causando alterações nas suas funções. O seu curso é altamente imprevisível, com várias formas de apresentação, desde aquelas com um curso benigno e indolente, até formas rapidamente progressivas e incapacitantes. Apesar desta variabilidade, o padrão clínico, atinge cerca de 60% dos doentes, surgindo assim antes dos 40 anos de idade, e caracteriza-se por períodos de exacerbação e de remissão. Entre as manifestações clínicas estão os distúrbios visuais, fadiga intensa, deficit de equilíbrio e incoordenação motora. Os sinais podem se desenvolver rapidamente, em seis a quinze horas ou em questão de dias ou semanas(Almeida, Loureiro, & Maki, 2008) . De acordo com Jones Jr. (2006) a forma evolutiva mais comum de esclerose múltipla é a de surtos e remissões onde as manifestações dos sintomas desaparecem após alguns dias de forma completa ou parcial. Mais raramente a esclerose múltipla tem um curso crónico e progressivo em que os sinais e sintomas progridem gradualmente. O aparecimento dos sintomas se dá geralmente entre os 20 e 40 anos de idade, por isso é considerada uma doença de adultos jovens (Kumar et al., 2005). Sintomas A esclerose múltipla apresenta uma variedade de sintomas, conforme a área do cérebro e nervos comprometidos. Em geral, alguns sintomas podem estar relacionados com a doença: • Alterações na sensibilidade; • Tontura; • Cansaço e fraqueza muscular; Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 24 www.eduhot.com.br • Perdada visão e audição; • Falta de coordenação nos movimentos. Reabilitação do Doente com Esclerose Múltipla Reabilitação define-se com um processo ativo de mudanças, pela qual uma pessoa deficiente adquire e usa o conhecimento físico, psicológico e social. O princípio subjacente esta em que a pessoa afetada e a sua família são fatores centrais para o melhor desempenho do indivíduo no programa, tornando a reabilitação num processo constantemente evolutivo (Umphred, 2010) A avaliação é considerada como o ponto-chave da reabilitação. Compreender como os cuidados são prestados na esclerose múltipla e que barreiras existem para a obtenção de cuidados de qualidade são os principais elementos para mudar a estratégia de prestação de serviços. Inclui a aquisição de dados sobre a relação custo-eficácia de vários tratamentos, compreensão do impacto da doença na família e no indivíduo, avaliar e melhorar o acesso aos sistemas de prestações e cuidados de saúde (Edwards, 2004) A fisioterapia, como parte fundamental da equipe de reabilitação, atua seguindo estes objetivos e, para tal busca otimizar o condicionamento físico e minimizar complicações adversas. Outros aspetos contempladas na abordagem da fisioterapia é o controle do equilíbrio e coordenação motora, considerando a funcionalidade do paciente (Moura, Lima, Borges, & Silva, 2010) Os indivíduos com a esclerose múltipla devem beneficiar da intervenção da fisioterapia, que é direcionada a melhorar os comprometimentos, as limitações funcionais e as incapacidades. (Furtado & Tavares, 2005) As metas e afirmações que refletem o resultado da intervenção na reabilitação focam em facilitar os comprometimentos e recuperar a independência funcional enquanto promovem a habilidade do autocuidado. Com o progressivo desenvolvimento da doença, as metas e resultados importantes tornam-se cada vez mais importantes, promovendo aceitação e ajuste das limitações, promovendo a qualidade de vida (Edwards, 2004). Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 25 www.eduhot.com.br A intervenção na reabilitação de indivíduos com esclerose múltipla é essencial perceber o controlo motor. Neste sentido foram desenvolvidos alguns modelos baseados em sistemas A faculdade de conhecer as diferentes abordagens é necessário para o fisioterapeuta. Os modelos sustentavam a organização hierárquica do SNC, na qual lesão no SNC resultavam em alterações no tónus musculares e na emergência de reflexos anormais, os estímulos sensoriais periféricos podiam impedir reflexos inapropriados e tornar fácil padrões de movimentos adequados, e o efeito de repetir os movimentos por impulsos sensoriais resultava em mudanças positivas e permanentes no SNC (Teixeira, 2008) A intervenção preventiva é focada na melhoria de possíveis dificuldades, comprometimentos, inabilidade mediante a progressão da doença. Há este procedimento podemos defini-la como prevenção primária. As diligências preventivas para o paciente com esclerose múltipla são planificadas para a diminuição da duração e da gravidade dos sintomas ou para uma emergência tardia das sequelas da doença através de uma detenção e intervenção precoce, a isso se chama prevenção secundária. A prevenção também pode ter o objetivo de melhorar o grau da incapacidade, definida prevenção terciária. As finalidades e os postulados refletivos dos resultados da intervenção de prevenção têm enfoque na promoção da saúde, bem-estar, boa forma física e preservação do funcionamento ideal (O`Sullivan. & Schmitz, 2010) A reabilitação é muito útil nos efeitos do tratamento em indivíduos com esclerose múltipla, uma vez que as normas no ato ou efeito de reabilitar manifestam- se através de mudanças graduais, e consequentemente processos de reabilitação do indivíduo ao meio. Mudanças essas relacionadas os mecanismos quer intrínsecos e extrínsecos do indivíduo, melhorar as mudanças na qualidade de vida, segundo os objetivos indivíduas (Pedro, Pais Ribeiro, & Pascoa Pinheiro, 2011) Dada a multiplicidade dos sintomas e a diversidade dos problemas pela esclerose múltipla, é na generalidade, aceite que, de modo a ser efetiva, a reabilitação requer aproximação multidisciplinar coordenada e global. A esclerose múltipla é idealmente ajustada á filosofia da reabilitação. Uma equipe de interdisciplinar organizada é essencial para observar diretamente o extenso processo de avaliação e tratamento necessários para cuidar dos problemas complexos e multifacetados dos pacientes (Ginis & Hicks, 2007). Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 26 www.eduhot.com.br A necessidade de trabalho de equipe cuidadosamente coordenada torna-se cada vez mias fulcral á medida que a doença progride e que os problemas seguem. Nesta equipe torna-se ainda imprescindível o envolvimento ativo do doente e da sua família para que os recursos sejam bem direcionados e rentabilizados (O`Sullivan & Schmitz, 2010; Cardoso, 2010). Os objetivos específicos de cada paciente devem se adequar as características de cada caso e levar em consideração as particularidades da doença, incluindo a sua progressão esperada. Para isso, o conhecimento do diagnóstico do indivíduo é crucial para o sucesso do programa de reabilitação. (Moura, Lima, Borges, & Silva, 2010) Fisioterapia na Esclerose Múltipla Fonte: http://prosense.com.br/entenda-o-papel-da-fisioterapia-no-tratamento-da-esclerose-multipla/ A intervenção da fisioterapia em pacientes portadores de doença que causam degeneração deve ser fundamentada na correção, recuperação ou na compensação de limites funcionais ou incapacitantes identificados (Mimoso, 2007). Os fisioterapeutas devem atuar em todos os níveis, recuperando a funcionalidade dos indivíduos com esclerose múltipla e prevenindo disfunções cinético- funcionais, visando a promoção a saúde do paciente. No entanto, este profissional não pode ser visto como um mero reabilitador, sendo imprescindível que este procure a realidade social (do individuo) e verifique as atividades diárias, as suas limitações, para então proceder aos encaminhamentos e orientações Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 27 www.eduhot.com.br psicossociais mais pertinente em cada caso (Pereira, Vasconcellos, Ferreira, & Teixeira, 2012). Segundo Pereira et al., (2012) as técnicas de facilitação neuromuscular propriocetivas e os exercícios de Frenkel são eficazes no tratamento dos pacientes com esclerose múltipla, sendo necessário um maior tempo de intervenção para melhores resultados. O fisioterapeuta deve ser um técnico de mente aberta, não dogmática, avaliando de forma sistemática e metódica na adaptação do plano de tratamento à situação clinica e poder trabalhar em parceria com outros profissionais de saúde, de modo a rentabilizar o bem- estar, conforto e qualidade de vida do individuo. Nestes doentes é essencial potenciar a sua funcionalidade através da manutenção da sua condição física e psicológica, do fortalecimento, equilíbrio, propioceptividade e coordenação motora. Assim a intervenção do fisioterapeuta resume-se basicamente em dois aspetos psicossociais e físico: 1- Aspetos psicossociais- a pessoa dependente está permanentemente sujeita a profunda transformações e crises, com consequência do aparecimento do agente stressor (esclerose múltipla), surgindo uma multiplicação que dos problemas sociais que dos sentimentos de culpa do próprio individuo. O correm rápidas mudanças no seu sistema de valores e nos estilos de vida assistindo, com consequente perda de peso na tomada de decisões na família e uma inevitável deterioração mental e física. 2- Aspeto Físico- o tratamento de reabilitação do paciente com esclerose múltipla, não é o tratamento específico que irá assegurar a remissão dos sintomas. O tratamento é centrado na diminuição dos sintomas, na melhoria do nívelde atividades funcional e no retorno do paciente à sua vida de rotina antes da doença. A educação, tanto do paciente como da sua família é importante para melhor compreender o curso da doença. Um dos objetivos primordiais da fisioterapia na gestão de esclerose múltipla é a adaptação da tonicidade do músculo á exigência comportamentais. Com a ajuda de uma avaliação contínua das capacidades do doente, os objetivos terapêuticos são continuamente ajustadas às necessidades especiais da situação de cada individuo (Cardoso, 2012). Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 28 www.eduhot.com.br As técnicas em fisioterapia, na esclerose múltipla, têm como objetivo a prevenção e tratamento de contraturas musculares de forma a permitir às articulações um maior número possível de movimentos; redução da hipotonia muscular; treino de postura e movimentos automatizados, com indução de movimentos voluntários; treino de coordenação envolvendo estímulos táteis acústicos e visuais, treino de equilíbrio e marcha, e melhorar as atividades de vida diária. Cada um destes ou para todas as fases da doença. A colocação dos objetivos e a seleção do tratamento deverão ser cuidadosamente planeadas, tomando – se em conta as deficiências e as necessidades dos pacientes (Cardoso, 2012). Embora que as amplitudes dos movimentos estejam disponíveis para tornar lenta a progressão de restrições das atividades (limitações funcionais) em algumas pessoas com esclerose múltipla, muitas pessoas com a doença têm limitações em suas habilidades para conduzir atividades de vida diária. A reabilitação é direcionada para maximizar a função, prevenir complicações desnecessárias, capacitar os indivíduos a realizarem seu potencial mais alto e melhorar sua qualidade de vida como um todo. Embora nas intervenções de reabilitação não eliminem a lesão neurológica da esclerose múltipla, elas podem reduzir a incapacidade e acentuar a funcionalidade. Em 2004, a National MS Society publicou um relato de opinião recomendando intervenção de reabilitação para a esclerose múltipla em todos os estágios da doença (Umphred, 2010) A indicação oportuna dos serviços de neuroreabilitação é a chave para uma administração bem-sucedida das limitações funcionais, incapacidades e questões sobre a qualidade de vida dos pacientes com esclerose múltipla. É bastante frequentes, os serviços não serem iniciados até que o indivíduo se torne severamente incapacitado. Um extenso plano de tratamento com referências a todas as necessidades do paciente, que enfatize as atividades funcionais significativas, a instrução do paciente e o gerenciamento próprio é ideal para uma desordem neurodegenerativa tão complexa (Meneses, et al., 2010). As atividades que demonstram ser atingíveis e seguras estimulam o sucesso do paciente e constroem auto eficácia. Muitos pacientes com esclerose múltipla relatam não possuírem conhecimento e habilidades necessárias para se exercitarem com segurança. Os programas supervisionados que objetivam o exercício regular, a atividade compassada, a conservação de energia e comportamentos saudáveis em Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 29 www.eduhot.com.br geral promovem o domínio do exercício. A equipe interdisciplinar precisa fazer esforços abrangentes que forneçam um tratamento coordenado e continuado, exigido antecipadamente pelos episódios de tratamento na internação, ambulatorial e em casa / comunidade (Mimoso, 2007). Exercícios na Esclerose Múltipla Fonte: http://www.radiotangara.am.br/noticias/saude/19577/sus-oferece-tratamento-clinico-e-reabilitacao- para-esclerose-multipla.html A reabilitação é muito importante nos resultados do tratamento em indivíduos com esclerose múltipla, uma vez que os processos de reabilitação ocorrem através de mudanças graduais, e consequentemente processos de readaptação do indivíduo ao meio. Estas mudanças integram mecanismos intrínsecos e extrínsecos do indivíduo, promovendo as mudanças na qualidade de vida, segundo os objetivos individuais. A fraqueza muscular e a diminuição da resistência são frequentemente encontradas em pacientes com esclerose múltipla. Além disso, os pacientes com esclerose múltipla normalmente adotam um estilo de vida sedentário e limitam a atividade física, por vezes através de um conselho equivocado dos profissionais de saúde que procuram minimizar as recaídas e os sintomas de fadiga. Os benefícios do exercício foram consistentemente estabelecidos no que diz respeito à produção de mudanças significativas físicas e psicológicas, melhorando o funcionamento, Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 30 www.eduhot.com.br diminuindo a incapacidade e realçando a qualidade de vida (Moura, Lima, Borges, & Silva, 2010) Os indivíduos com alterações mínimos a moderados (EDSS 1 e 6) e doença estabilizada, demonstram a melhor tolerância ao exercício. Isso se traduz em necessidade de instituir exercícios no início do desenvolvimento da doença. As respostas ao exercício dos pacientes com esclerose múltipla são influenciadas pelos fatores de base que exigem uma atenção cautelosa durante o exercício, como fadiga, espasticidade, incoordenação, equilíbrio prejudicado, perda sensitiva e dormência, tremor e intolerância ao calor. A depressão pode afetar a adesão. Os terapeutas então devem fornecer reforços constantemente e um ambiente positivo (O`Sullivan. & Schmitz, 2010). Os estudos feitos têm vindo tornar evidente os benefícios da atividade física e do exercício integrando nas rotinas diárias do indivíduo, no intuito de desenvolver o bem- estar físico e a qualidade de vida, através do progresso da atividade física diária, nos hábitos da vida ou através de práticas de exercício supervisionados por fisioterapeutas (Bertotti, Lenzi, & Portes,2011; Rodrigues, Nielson, & Marinho, 2008). (Latimer-Cheung, et al., 2013). Indicam como bom a realização do exercício aeróbio de intensidade moderada para um total de 20 a 30 minutos por sessão, variando com períodos de descanso, duas a três vezes por semana. Para pessoas com índice de EDSS não superior a 7. O condicionamento aeróbico e o fortalecimento muscular alteram positivamente os metabólicos, o que explica a diminuição de fadiga. Avaliação e a programação dos exercícios devem ser individualizado respeitando o pormenor de que cada caso é um caso, a realização de atividades em grupo, pode aumentar a aderência e a motivação à prática dos exercícios.(Pedro, Pais Ribeiro, & Pascoa Pinheiro, 2011) Os exercícios resistidos utilizados em indivíduos com esclerose múltipla têm demonstrado efeitos positivos quando usados com moderação. Doentes com comprometimentos mínimos e doença estável parecem ter melhor tolerância aos exercícios e, portanto, obtêm o máximo benefício. É importante considerar que os exercícios com intensidade submáxima (baixa a moderada) são tolerados, enquanto os exercícios máximos não. Têm sido relatadas melhorias significativas nas medidas de força e resistência da fadiga periférica muscular (O`Sullivan & Schimitz, 2004). Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 31 www.eduhot.com.br Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) Fonte: https://blog.maxieduca.com.br/esclerose-lateral-amiotrofica/ Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é a doença do neurônio motor mais comum em adultos. Embora reconhecida e caracterizada primeiramente por degeneração dos neurônios motores no córtex, tronco encefálico e medula espinhal, a ELA é atualmente melhor conceituada como uma doença multissistêmica em que o sistema motor é tipicamente o primeiro e o mais drasticamente afetado. A incidência da ELA na população mundial é relativamente uniforme e estão entre 1,5 e 2,5 casos por 100.000 habitantes por ano. Pesquisas mostram que a incidência aumenta após os 40 anos, alcançando um pico entre60 e 75 anos, seguido por um rápido declínio. Os indivíduos do sexo masculino são levemente mais afetados que os do sexo feminino, em uma proporção em torno de 1.5:1 2,3. A causa exata da ELA permanece desconhecida. Cerca de 5 a 10% dos pacientes têm história familiar. Entretanto, nenhum componente genético é evidente na maioria dos casos. Hipóteses atuais acerca dos mecanismos patológicos da seletiva degeneração dos neurônios motores que ocorre na ELA incluem: dano oxidativo, acúmulo de agregados intracelulares, disfunção mitocondrial, defeitos no transporte axonale excitotoxicidade. As características clínicas da ELA são indicativas de degeneração dos neurônios em todos os níveis do sistema motor. Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 32 www.eduhot.com.br Tanto os neurônios motores superiores quanto os neurônios motores inferiores são afetados. Portanto, sinais e sintomas desta doença podem incluir: fraqueza e atrofia muscular, fasciculações, cãibras, espasticidade, disartria e disfagia. O tratamento dos pacientes com ELA é um desafio. O pouco conhecimento acerca dos mecanismos patológicos e a relativa raridade desta doença são dois fatores que tornam difíceis o desenvolvimento e avaliação de pesquisas clínicas. Atualmente, uma abordagem multidisciplinar é preferível. Pacientes que recebem cuidados multidisciplinares demonstram melhores prognósticos. A esclerose lateral amiotrófica (ELA) é uma doença rara que pode ser adquirida ou hereditária. A ELA provoca o desgaste e a morte dos neurônios motores do cérebro e da medula espinhal, responsáveis pelos movimentos voluntários e involuntários. Em estágios avançados da doença, até o movimento involuntário da respiração é prejudicado. Não há comprometimento da capacidade psíquica. A ELA não tem cura. O tratamento consiste no uso de medicamentos e fisioterapia. Sintomas • Fraqueza progressiva; • Atrofia muscular; • Perda de equilíbrio; • Cãibras musculares; • Perda de peso; • Gagueira e alterações na voz; • Contrações involuntárias dos músculos. O Tratamento O tratamento de pacientes com ELA é complexo e tem mudado consideravelmente nos últimos anos. Embora esta condição seja incurável, uma Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 33 www.eduhot.com.br abordagem multidisciplinar pode melhorar a qualidade de vida e aumentar a sobrevivência dos indivíduos acometidos. A fisioterapia tem um papel importante no tratamento de pacientes com ELA. Muitos problemas que surgem com a progressão da doença podem ser tratados utilizando-se métodos e técnicas fisioterapêuticas. Educação ao Paciente A educação ao paciente, seus familiares e cuidadores é fundamental no manejo da ELA. Muitos problemas podem ser evitados ou diminuídos quando pacientes e pessoas envolvidas em seu cuidado recebem orientações acerca do diagnóstico, progressão da doença e assuntos relacionados à qualidade de vida. Os objetivos do tratamento fisioterapêutico devem ser tratados de maneira clara, e a escolha dos métodos e técnicas deve, sempre que possível, ser discutida com o paciente. Exercício Aeróbico Fonte: http://blogfisioterapia.com.br/tratamento-fisioterapeutico-ela/ Exercícios aeróbicos têm sido amplamente estimulados para manter a aptidão cardiorrespiratória e melhorar diversas outras funções corporais em indivíduos saudáveis e doentes. Contudo, evidências que suportem esta abordagem em pacientes com ELA ainda são insuficientes. Não existem ainda ensaios clínicos bem delineados publicados acerca dos efeitos do exercício aeróbico em indivíduos com ELA. Dois estudos utilizando exercício aeróbico em pacientes com ELA foram realizados com o objetivo de examinar o metabolismo oxidativo. Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 34 www.eduhot.com.br Estes estudos mostraram a ocorrência de alteração no metabolismo oxidativo nos músculos exercitados dos pacientes com ELA. . Alongamento Fonte: http://www.clinicaprogredir.com.br/index.php/noticias/item/346-fisioterapia-auxilia-no-tratamento-da- esclerose-lateral-amiotrofica Há diversos tipos de intervenções fisioterapêuticas que buscam aumentar a mobilidade dos tecidos moles. Alongamento e mobilização são termos gerais que descrevem manobras com o objetivo de aumentar a extensibilidade dos tecidos moles. Em pacientes com ELA, é comum o aparecimento de alterações musculoesqueléticas, tais como: encurtamento muscular, contraturas e má postura. Isso ocorre, principalmente, devido à perda progressiva da força muscular e desequilíbrio entre os grupos musculares agonistas e antagonistas. Alongamentos, ou exercícios que melhoram a flexibilidade, podem manter a extensibilidade dos músculos e tecidos moles e prevenir estas alterações. Mobilização Articular Mobilização articular refere-se a técnicas usadas com o objetivo de tratar disfunções articulares que limitam a amplitude de movimento. São técnicas passivas manuais aplicadas a articulações e tecidos moles relacionados com fins terapêuticos, utilizando amplitudes e velocidades variadas. Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 35 www.eduhot.com.br Movimento é essencial para a saúde articular. A perda progressiva da força muscular que ocorre na ELA e, por conseguinte, a perda da capacidade do indivíduo de movimentar-se leva a alterações articulares e dor. Em pacientes com ELA, mobilização articular passiva regular é importante para a manutenção da mobilidade articular e independência funcional, contanto que possível. A Doença de Huntington A DH é uma doença neurológica progressiva que afeta a cognição (a habilidade de pensar e de fazer julgamento e a memória), o sistema motor e o controle emocional. Os sintomas da DH são causados pela perda de células em uma parte do cérebro chamada de “gânglio basal”. Os sintomas aparecem gradativamente, em geral na meia idade, e duram de 15 a 20 anos após a manifestação. Apesar de haver uma constância dos sintomas, não há um padrão sintomático e a gravidade dos sintomas pode variar bastante de pessoa para pessoa. Para algumas pessoas os movimentos involuntários podem se manifestar desde o início, enquanto que outras podem ter poucos ou nenhum. Algumas podem apresentar problemas emocionais e outras não. Apesar do padrão e da gravidade da doença variarem, o curso da DH pode ser dividido em 3 fases – inicial, intermediário e avançado – que servirão de base para a discussão das estratégias de tratamento. O DISTÚRBIO MOTOR O distúrbio motor na DH é caracterizado pela presença de movimentos involuntários e alterações nos movimentos voluntários. MOVIMENTOS INVOLUNTÁRIOS • Os movimentos involuntários podem ter início com akatisia ou distúrbios motores (inquietação motora) que consiste na dificuldade de manter qualquer posição ou numa necessidade de constante movimento. Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 36 www.eduhot.com.br As pessoas descrevem essa sensação como se estivessem “ligadas na tomada” o tempo todo. Uma pessoa a descreveu como se ela só quisesse correr por horas; • Distonia é uma postura anormal de sustentação de uma parte do corpo. Pode aparecer como uma curvatura das costas ou uma torção do pescoço para um lado só, sendo que ambas as posições se mantém por vários segundos; • O movimento involuntário mais comum é a “coreia” e refere-se a movimentos rápidos e irregulares que podem ter baixa ou alta duração. A “coreia” pode se manifestar por meio de movimentos súbitos dos dedos, dos ombros e do rosto ou pode ser muito mais evidenciada por meio de movimento descontrolado e desordenados dos braços e pernas. Deve-se observar que mesmo que a medicação possa ajudar a reduzir os movimentos involuntários como a “coreia”, muitas pessoas preferem reduzi-los sem medicação devido aos efeitoscolaterais. As pesquisas revelaram que a “coreia” não é o primeiro fator de deficiência do distúrbio motor e em muitos casos pode ser ignorado. É particularmente importante que os terapeutas tomem conhecimento desse fato, já que a primeira iniciativa é frequentemente para conter a “coreia”. Uma alternativa para a medicação é fazer com que os membros fiquem mais pesados para diminuir a duração do movimento. Porém, isso tende a resultar em fadiga dos músculos e numa diminuição da habilidade motora. MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS Os movimentos voluntários podem ser alterados por: • Bradykinesia ou movimentos lentos. Isso é frequentemente evidente no modo de andar e nas mudanças de posição; • Deficiências no controle da força do movimento. Isso é frequentemente claro na fase avançada quando o paciente tem a intenção de fazer pequenos movimentos, mas eles acabam resultando em grandes movimentos bruscos. Por exemplo, uma pessoa que queira levantar-se de uma posição pode, sem intenção, pular de uma cadeira ou de uma cama; • Início retardado ou incapacidade de iniciar o movimento motor. O atraso pode durar vários segundos. Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 37 www.eduhot.com.br • Esse déficit pode geralmente ser confundido com a falta de interesse ou de atenção. Pode ser visto em vários movimentos desde responder uma pergunta até levantar-se de uma cadeira; • Reação retardada aos distúrbios de equilíbrio externamente produzidos. Chão desnivelado, susto ou chamar a pessoa pelas costas pode causar queda já que a habilidade de recuperar-se desses estímulos externos é lenta; • Descoordenação de movimento ou alteração de movimentos rítmicos e repetitivos. Essa descoordenação fica evidente em atividades como andar, mascar e até mesmo respirar. O DISTÚRBIO COGNITIVO O distúrbio cognitivo na DH é caracterizado por memória deficiente, funções cognitivas e pensamento lentos. A memória é afetada durante a fase de recuperação, isto é, a pessoa com DH tem dificuldades de lembrar informações já armazenadas no cérebro. Todavia, armazenar informação nova também pode ser difícil. As funções cognitivas incluem organizar, priorizar e regular informação. Deficiências nessa área causam dificuldades no julgamento, na habilidade de resolver problemas, no pensamento lógico e na habilidade de lidar com mais de uma tarefa ao mesmo tempo. Os processos de pensamento também podem ser lentos já que é necessário mais tempo para responder perguntas e para realizar tarefas rotineiras. FISIOTERAPIA NA FASE INICIAL DA DH Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 38 www.eduhot.com.br Fonte: http://fisioterapia.com/fisioterapia-na-doenca-de-huntington-o-que-as-evidencias-nos-dizem/ Antes de discutir áreas problemáticas e específicas, deve-se levar em consideração a condição física como um todo, incluindo o aspecto cardiovascular. O início da doença traz mudanças físicas que não são logo aparentes. Pode haver fraqueza da musculatura de estabilização da parte superior das costas e do tronco afetando a postura e a habilidade de respirar fundo. Essas mudanças geralmente levam o indivíduo a uma vida sedentária que, por sua vez, resulta em um declínio geral da saúde do paciente. Normalmente, as mudanças na cognição e/ou na emoção fazem com que essas mudanças físicas passem despercebidas. Nesse momento, um programa de exercícios físicos pode ser significativamente útil. Esse tipo de programa pode ser prescrito por um fisioterapeuta e, assim, realizado em casa ou em uma academia. Um programa típico pode consistir no seguinte: • Exercícios de alongamento para os músculos usados no controle da postura; • Exercícios de alongamento para os principais músculos do corpo; • Exercícios progressivos de equilíbrio; • Atividade aeróbica para melhorar a função cardiovascular. Começar um programa de exercícios físicos no início da doença não somente serve para manter as funções físicas, mas também ajuda a reduzir um pouco do estresse que a doença causa. Um programa diário de exercícios físicos também pode ser muito útil no tratamento da depressão que é comum na DH. Apesar de um programa desse tipo estabilizar os sintomas de uma pessoa ele não altera o curso da doença. DÉFICITS MOTORES COMUNS QUE LEVAM À QUEDA Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 39 www.eduhot.com.br Fraqueza muscular A fraqueza dos músculos pode se espalhar pelo corpo todo dependendo do nível da atividade da pessoa. As áreas comuns de fraqueza são: • Músculos de alongamento do pescoço; • Músculos posturais do tronco; • Músculos intrínsecos das mãos e dos pés. As fraquezas podem causar inclinação da cabeça, curvatura dos ombros e inchaço da barriga. Pegar objetos pequenos com as pontas dos dedos pode se tornar difícil. Igualmente, os músculos do pé enfraquecidos impedem os dedos de se fixarem ao chão causando perda de equilíbrio. Outras consequências incluem deficiência respiratória ou dificuldade de respirar fundo, suficientes para expectorar secreção. FISIOTERAPIA NA FASE INTERMEDIÁRIA DA DH À medida que a DH progride, as dificuldades encontradas na fase inicial da doença se tornam mais evidentes. Os movimentos involuntários, principalmente a “coreia”, podem piorar e a medicação para contê-los pode ser útil. Deve-se observar, porém, que os efeitos colaterais dos remédios podem causar dificuldades crescentes para engolir, falar e andar e devem ser monitoradas de perto. Muitos dos problemas que a “coreia” causa são sociais e as pessoas com DH podem frequentemente lidar com a coreia relativamente bem sem o uso de medicamentos. PROBLEMAS MOTORES COMUNS E SOLUÇÕES As soluções e o equipamento podem reduzir o risco de machucados, além de ajudar os portadores da doença a manterem o máximo de independência possível. PROBLEMA As mudanças na coordenação dos músculos são comuns nessa fase da doença, o que pode levar o indivíduo a sentir enrijecimento dos músculos e a andar de maneira desajeitada. Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 40 www.eduhot.com.br SOLUÇÃO Técnicas de relaxamento podem reduzir esse problema. PROBLEMA Estabilidade proximal reduzida ou o enfraquecimento que afeta a musculatura postural e impede que esse grupo de músculos estabilize as costas. Isso causa dificuldades para manter-se me pé. SOLUÇÕES • Exercícios e atividades que estimulem a estabilidade proximal podem ser prescritos por um fisioterapeuta; • Um fisioterapeuta também pode ajudar a adaptar os móveis da casa para promover melhora na postura. PROBLEMA A falta de equilíbrio pode causar muitos problemas. Até mesmo sentar-se em uma cadeira requer uma mudança de equilíbrio em um dos pés e para aqueles com equilíbrio deficiente isso pode levar a quedas. Déficits na noção de espaço podem constituir problemas de equilíbrio fazendo com que as tarefas diárias se tornem perigosas. SOLUÇÕES E EQUIPAMENTO Sentar-se: ensine a pessoa com DH a tocar no móvel antes de sentar-se. Em um processo de • TOCAR-VIRAR-SENTAR, a pessoa aproxima-se da cadeira e a toca (para ter estabilidade), depois ela se vira e finalmente senta. Essa simples estratégia resolve o problema de equilíbrio bem como o problema de percepção de não conseguir calcular distâncias; • Levantar-se: a pessoa deve, primeiramente, colocar suas mãos no joelho, trazendo o peso do corpo para frente e assegurando-se que está inclinando da cintura para cima. Os pés devem, então, ser colocados diretamente embaixo dos joelhos. O passo final é empurrar-se para trás para ficar na posição de sentar. Observação: todas as estratégias devem ser ensinadas e ensaiadas nas fases iniciais da DH. Fisioterapia em Doenças Degenerativas do SNC 41 www.eduhot.com.br • Andadores. Equipamento especializado como um andador pode ser
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