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DESCRIÇÃO Apresentação de técnicas de movimentação de materiais e embalagens de proteção utilizadas na logística. PROPÓSITO Identificar o funcionamento da movimentação de cargas em centros de distribuição logísticos e como as embalagens podem auxiliar esta atividade. OBJETIVOS MÓDULO 1 Descrever a dinâmica da movimentação de cargas em armazéns MÓDULO 2 Reconhecer os tipos de equipamentos e as técnicas de manuseio de mercadorias MÓDULO 3 Identificar as funções e as fases de desenvolvimento das embalagens INTRODUÇÃO Antigamente, a movimentação de materiais era definida como o deslocamento de determinados itens pelo uso da força muscular, movimento e peso do corpo. Entre os tipos de manuseio com a finalidade de movimentação, temos as atividades de erguer, empurrar, puxar, transportar, baixar e manipular determinados objetos. Numa definição mais genérica, a movimentação de materiais consiste na preparação, colocação e posicionamento de materiais, a fim de que sejam movimentados posteriormente para estocagem ou transporte. Fonte: /shutterstock.com É importante ressaltar que a interpretação ampla das questões relacionadas à movimentação de materiais incide no fato de que só é possível obter economias de escala durante os processos de movimentação, observando de forma precisa o que ocorre com os materiais. Isso precisa ser feito desde a primeira movimentação das matérias-primas até as últimas movimentações dos produtos acabados em direção ao mercado consumidor. A movimentação de materiais é uma atividade muito comum em diversos ramos de negócios e presta um serviço de deslocamentos do produto de uma determinada origem para um determinado destino, de modo a facilitar os processos subsequentes. Ressalta-se que a movimentação de materiais não forma, mede, processa ou altera o material. Nessa atividade, os itens simplesmente são movimentados para determinados locais até que sejam novamente necessários. MÓDULO 1 Descrever a dinâmica da movimentação de cargas em armazéns A movimentação de produtos ocupa um papel fundamental para as atividades logísticas que garantem a entrega dos produtos aos clientes. Inúmeras são as necessidades de movimentação de diversos itens a todo momento dentro dos armazéns ou entre eles e os veículos de transporte. Por se tratar de uma atividade muito importante para a logística, deve-se acompanhar a movimentação com muito profissionalismo e técnicas adequadas que garantam a eficiência no desenvolvimento dessa atividade. A não observância de aspectos técnicos fundamentais para a movimentação dos produtos no centro de distribuição pode acarretar uma série de problemas que poderão resultar em grandes perdas econômicas ou acidentes envolvendo os trabalhadores desses locais. As embalagens, por sua vez, garantem que os produtos permaneçam intactos até a sua devida utilização ou consumo por parte dos clientes. Vale ressaltar que elas tiveram que evoluir para acompanhar a imensa diversidade de produtos disponíveis no mercado, além das necessidades de proteção características de cada um. Para a correta movimentação de produtos no centro de distribuição, essa atividade precisa estar trabalhada de forma consorciada e alinhada às embalagens de proteção. Do contrário, uma poderá prejudicar a outra e imputar perdas aos processos logísticos. É por isso que os setores responsáveis pelo desenvolvimento das embalagens precisam pensar de forma abrangente, não somente na embalagem, como também nos equipamentos que serão utilizados para sua movimentação, de modo que haja uma perfeita harmonia entre ambos. Não adianta criar uma embalagem muito sofisticada que não permita ser manuseada com eficiência e rapidez por uma empilhadeira, por exemplo. Até mesmo as estruturas que irão acondicionar as embalagens e os layouts dos centros de distribuição precisam estar alinhados para que não haja perdas de eficiência nas operações desenvolvidas nos armazéns. RESUMINDO Até que os produtos cheguem aos clientes atendendo necessidades em prazos e condições adequadas, uma série de fatores precisam ser planejados de forma precisa, visando garantir que as operações se desenvolvam corretamente. Uma das necessidades básicas para qualquer sistema produtivo ou qualquer operação logística é a movimentação dos produtos para locais mais adequados para sua guarnição ou para os veículos de transporte. É natural que os produtos não possam ser movimentados de forma aleatória ou descontrolada. Com o passar dos anos e com a evolução e aumento da quantidade de produtos disponíveis no mercado, tornou-se necessário o desenvolvimento de técnicas modernas e adequadas para o deslocamento de produtos para finalidades diversas. Nas unidades de fabricação, as matérias-primas precisam ser movimentadas em direção aos pontos de produção para abastecer os equipamentos, maquinários e operários que estão envolvidos nas linhas de produção ou células de manufatura. Essa movimentação precisa ser controlada e planejada, a fim de garantir que os deslocamentos sejam precisos, nas quantidades corretas e apenas para os produtos especificados. Deve-se observar e corrigir eventuais problemas relacionados a movimentações desnecessárias, equivocadas ou imprecisas, que acabam gerando prejuízos de tempo ou até mesmo eventuais acidentes que poderiam ser evitados. No fim do processo de produção, os produtos já finalizados precisam ser deslocados para os setores de embalagem e, depois, para os locais onde ficarão armazenados até que sejam devidamente encaminhados para o mercado consumidor. Nessa etapa, a movimentação tratará de produtos que já possuem alto valor agregado e, portanto, necessitam de cuidados especiais, de forma a evitar perdas ou danos. Em atividades estritamente relacionadas à logística de suprimentos ou distribuição de produtos, o deslocamento das mercadorias também se faz necessário como atividade vital para que haja precisão e eficiência nas operações que garantirão a entrega dos produtos aos clientes. Atividades de embarque e desembarque de produtos nos veículos de transporte, bem como deslocamentos diversos dentro dos centros de distribuição, com a finalidade de organizar o espaço físico disponível são necessários a todo momento e, portanto, deverão ser corretamente planejadas e elaboradas visando sempre os cuidados necessários que garantam a eficiência e a precisão das operações logísticas. É importante frisar que as atividades de movimentação de mercadorias são tarefas extremamente repetitivas, o que pressupõe que qualquer pequena ineficiência pode se transformar num grande prejuízo ao final de um grande período de tempo. VAMOS CONHECER UM EXEMPLO QUE PODE GERAR PERDAS CASO O PLANEJAMENTO SEJA FEITO DE FORMA INEFICIENTE? EXEMPLO Suponha que uma empilhadeira utilizada para deslocar paletes a serem carregados em um caminhão esteja operando de forma ineficiente, ou seja, com alguns segundos a mais do que o habitual. Isso, certamente, causará atrasos na entrega dos produtos ao cliente ou reduzir a disponibilidade dos produtos ao mercado consumidor. Isso porque o somatório dessas diferenças de tempo (segundos) ao final de um dia ou de uma semana significa vários paletes carregados a menos no veículo. No fim de um mês, teremos alguns veículos carregados a menos na empresa. Diversas são as técnicas e equipamentos disponíveis para a movimentação das mercadorias nas instalações das empresas. Devido à grande quantidade e diversidade dos produtos, os equipamentos precisam estar adequados a tais necessidades, de modo a garantir que as operações de movimentação sejam desempenhadas de forma satisfatória e segura. MÉTODOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS A movimentação de produtos embalados pode ser feita por diversos meios, inclusive com a utilização de mão de obra. No entanto, a movimentação manual apresenta limitações de peso e dimensões, o que pode comprometer a eficiência e agilidade dessas atividades. Existem ainda restriçõeslegais relacionadas ao peso máximo que um operário pode carregar. Outras limitações da movimentação manual de mercadorias estão relacionadas à distância a ser percorrida e às alturas a serem vencidas, mesmo que essa movimentação seja feita por mais de uma pessoa. Em alguns casos, é permitida a movimentação de produtos de forma relativamente eficiente, utilizando-se um conjunto de operários dispostos em fila, nos quais os objetos podem ser repassados de mão em mão entre dois locais de interesse. Para esses casos, é importante ressaltar que essa operação só é possível quando há grande número de pessoas e os objetos são relativamente leves, como pequenas caixas, garrafas, munição militar, dentre outros. A movimentação de mercadorias também pode ser efetuada com a utilização de equipamentos relativamente simples e não motorizados, que podem substituir a operação manual, especialmente quando esta é inviável. Entre os equipamentos simples para movimentação, podemos citar: Alavancas simples; Alavancas com rodas; Carrinhos de duas rodas com plataforma elevatória; Carrinhos que podem ser rebocados; Carrinhos com elevação hidráulica; Talhas manuais fixas ou móveis; e Outros tipos de equipamentos simples e sem motorização. É possível observar que nem sempre são necessários equipamentos sofisticados para a movimentação de cargas, a depender de seu peso e dimensões. DICA Quando houver a necessidade de equipamentos mais sofisticados, deve-se levar em consideração a possibilidade de uma combinação de manuseio por operários, equipamentos simples e equipamentos de maior capacidade, de modo que seja possível averiguar os custos envolvidos nessa operação. BENEFÍCIOS DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS Os benefícios colhidos a partir de uma movimentação de materiais feita de forma precisa e adequada podem aparecer sob a forma de redução de necessidade de capacidade e melhoria das condições de trabalho no ambiente empresarial. Procedimentos adequados para uma correta movimentação de materiais podem se traduzir em redução de custos e, com isso, atingir duas metas básicas: redução do custo de movimentação de materiais e redução dos custos totais. RESUMINDO Em um primeiro momento, pode-se observar que um investimento em movimentação de materiais mais bem elaborado pode até aumentar os custos inerentes à movimentação, porém, irá reduzir os custos totais, o que, certamente, é mais vantajoso para a empresa. Existem outras formas de redução de custos por meio de melhoria de movimentação de materiais: Redução do trabalho de movimentação executado pela mão de obra direta, como, por exemplo, pessoal de expedição, separação, estocagem e recebimento. Redução da necessidade de mão de obra indireta associada à movimentação de materiais, como pessoal do controle de produção, pessoal de almoxarifado, inspetores de qualidade, pessoal de controle de estoque e outros. Redução de perdas, danos e extravios que podem ser alcançados por meio de movimentações de materiais mais precisas e adequadas. Redução de burocracia e serviços administrativos, por meio de movimentações que reduzam as necessidades de controle. Redução de quantidades excessivas de materiais no sistema, por meio de um fluxo mais rápido de produtos e menor necessidade de estocagem de itens. Redução da quantidade de materiais auxiliares, como materiais de embalagens, paletes, sacos e outros. O aperfeiçoamento do sistema de movimentação de materiais também permite um aumento da capacidade no sistema logístico, uma vez que planejar de forma mais coerente os espaços viabiliza aumentos substanciais da produtividade. Alguns fatores podem ser associados a movimentações de materiais mais precisas e detalham de forma mais coerente a afirmativa anterior: MELHOR UTILIZAÇÃO DO ESPAÇO A utilização de paletes ou contentores empilhados auxilia o processo de acondicionamento de produtos, o que permite ganhos de espaço importantes nos centros de distribuição ou fábricas. Do mesmo modo, quando eles podem ser movimentados em conjunto, os ganhos relacionados à movimentação em maior quantidade de uma única vez são visíveis e podem ser traduzidos em ganhos de tempo e redução de custos para a operação. OTIMIZAÇÃO DE LAYOUT Para se obter ganhos diretamente relacionados ao sistema de movimentação de materiais, o projeto do layout do centro de distribuição deverá ser cuidadosamente planejado para se evitar movimentações de produtos de forma desnecessária e custosa. Normalmente, é possível reduzir o fluxo de materiais dentro dos armazéns com um bom planejamento e sequenciamento dos processos e atividades inerentes ao trabalho realizado nesses locais. A utilização de equipamentos apropriados, como empilhadeiras retráteis e empilhadeiras pantográficas podem reduzir substancialmente os espaços de tráfego, o que propiciará ganhos de espaços importantes para outras atividades essenciais. Ressalta-se que, em alguns armazéns, o simples rearranjo do estoque para um melhor posicionamento dos materiais permite diminuir os tempos de movimentação, principalmente com materiais que possuem alta rotatividade. MAIOR UTILIZAÇÃO DOS EQUIPAMENTOS A maioria dos equipamentos não trabalha a plena capacidade, uma vez que são limitados pela frequência de entradas e saídas de materiais, segundo a cadência estabelecida pelo mercado consumidor. O desenvolvimento de rotinas ou sistemas de movimentação mais adequados, ou ainda, o controle eficiente de um sistema de movimentação, pode aumentar bastante a utilização dos equipamentos de produção e logística. Os custos fixos associados a eles são altos e, portanto, tais equipamentos deveriam ser utilizados em capacidades maiores, de modo a justificar a sua aquisição. MAIOR RAPIDEZ NO CARREGAMENTO/ DESCARREGAMENTO A utilização de sistemas de consolidação, ou unitização de cargas, permite que a movimentação de grande quantidade de materiais seja realizada de forma otimizada. Os veículos de transporte podem ser carregados de forma mais rápida, não havendo, portanto, a necessidade de aguardar tanto tempo para o seu carregamento nas plataformas de embarque e desembarque. Ou seja, os veículos podem ter o seu tempo de operação mais bem aproveitado para o deslocamento dos produtos em direção ao mercado consumidor, em vez de ficar aguardando por longos períodos de tempo para o seu carregamento e descarregamento de produtos. Esse fator tende a diminuir os custos da operação, além de reduzir a necessidade de um grande número de docas e operários para tal atividade. PLANEJAMENTO DE PROCESSOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS O desenvolvimento e planejamento de processos de movimentação de materiais mais eficientes também influencia diretamente no estabelecimento de melhores condições de trabalho para os colaboradores. Sabe-se que as condições de trabalho influenciam diretamente a produtividade de cada trabalhador e, em consequência, a rentabilidade da empresa. O aprimoramento das técnicas de movimentação de materiais pode ser refletido diretamente nos itens a seguir. MELHORIA DA SEGURANÇA OPERACIONAL O aumento da segurança das operações pode ser obtido por meio de sistemas de movimentação mais adequados e modernos, que reduzam o número de acidentes ou intercorrências durante as atividades desempenhadas nos centros de distribuição. A instalação de dispositivos de segurança para a proteção dos operadores é um bom exemplo de equipamento que pode evitar acidentes, com geração de custos e redução de capacidade de força de trabalho. Dispositivos adequados para a redução de acidentes podem, inclusive, reduzir as perdas ou danos aos equipamentos utilizados para a movimentação de materiais. SIMPLIFICAÇÃO DE ATIVIDADES Determinadas cargas são difíceis de serem movimentadas por suas dimensões e peso associado. De modo a facilitar essas tarefas, deverão ser providenciados equipamentos adequados que permitam que a movimentação seja feita de forma rápida, segura e com menor esforço físico parao operador. Certamente, isso se traduzirá em ganho de tempo, redução de fadiga para os operadores e diminuição da rotatividade de funcionários nesta atividade. REDUÇÃO DE ERROS Em algumas atividades, é normal que os operadores cometam enganos e movimentem desnecessariamente materiais nas instalações da empresa. O desenvolvimento de sistemas mais adequados e bem controlados pode permitir uma redução desses desperdícios de movimentação, que, certamente, resultarão em redução de custos finais. É importante ressaltar que a movimentação desnecessária de produtos aumenta o risco de acidentes com perdas e danos que não deveriam estar sendo contabilizados, uma vez que esses produtos nem deveriam estar sendo movimentados. O desenvolvimento de sistemas mais adequados também agrega valor para o consumidor, o que poderá fazer grande diferença na escolha final dos fornecedores para determinados itens. Podemos observar isso por meio de algumas premissas: RAPIDEZ DO SERVIÇO Os procedimentos de movimentação que são bem desenvolvidos e projetados propiciam maior rapidez nos processos de movimentação dos materiais para os clientes. Esse fator garante o aumento do nível de serviço de disponibilidade do produto de forma mais ágil para o cliente, o que se configura como um diferencial competitivo a ser considerado por tal cliente no ato da escolha do fornecedor. REDUÇÃO DE CUSTOS Os processos de unitização de carga propiciam reduções de custo para os clientes e fornecedores, uma vez que os itens são movimentados em grandes lotes, e não individualmente. A responsabilidade pela unitização da carga, também, pode ser compartilhada entre ambos, o que vai facilitar o deslocamento do produto em toda a cadeia logística para ambos os atores. Inclusive, o projeto de unitização de carga pode ser desenvolvido em comum acordo entre fornecedor e cliente, garantindo ganhos para ambos por utilizarem equipamento comum e de utilidade compartilhada para os procedimentos de movimentação. O desenvolvimento de sistemas de movimentação modernos e bem organizados causa uma boa impressão nos clientes ao visitarem as instalações do fornecedor. A organização, a modernidade, as filas reduzidas e processos automatizados costumam impressionar clientes, levando-os a fechar acordos com este fornecedor. Em resumo, sistemas de movimentação adequados e bem projetados contribuem para a valorização da imagem da empresa junto ao mercado consumidor. DESVANTAGENS E LIMITAÇÕES NA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS javascript:void(0) javascript:void(0) É sempre necessário fazer uma análise cuidadosa dos projetos e iniciativas relacionados à logística, considerando desvantagens, restrições e eventuais inadequações e inconsistências. Dessa forma, torna-se possível corrigir os eventuais problemas. VEJA, A SEGUIR, ALGUNS ASPECTOS QUE DEVEM SER OBSERVADOS NESSA ANÁLISE: CAPITAL INVESTIDO Deverá ser feita uma boa análise das reais necessidades da criação de um sistema de movimentação e qual seria o mais adequado. Outras áreas da empresa podem estar carentes de investimentos e necessitarem de prioridade em relação ao sistema de movimentação, o que deverá ser levado em consideração. Uma projeção dos ganhos advindos da implantação de um sistema de movimentação mais moderno e adequado às necessidades da empresa deverá, também, passar por um processo de avaliação de modo a se constatar a viabilidade dessa iniciativa. PERDA DE FLEXIBILIDADE Os projetos de sistema de movimentação de materiais deverão levar em consideração a linha de produtos fabricados ou comercializados pela empresa, considerando se eventuais mudanças nos produtos impactarão negativamente os processos de movimentação de materiais. É comum as empresas readequarem determinados produtos da sua linha de produção, de modo a atender às necessidades do mercado consumidor. Caso o sistema de movimentação seja inflexível, poderá haver problemas relacionados à movimentação desses novos produtos, o que certamente implicará mudanças ou adaptações no sistema de movimentação. Tais mudanças precisam ser contabilizadas, uma vez que podem ser traduzidas em paralisação temporária do sistema de movimentação e investimentos na readequação de equipamentos. SUSCETIBILIDADE A PARADAS Como os sistemas de movimentação de materiais são fabricados a partir de componentes mecânicos, elétricos e eletrônicos, poderá haver eventuais problemas inesperados que culminarão com a paralisação da movimentação das mercadorias. Esses problemas deverão ser corretamente estudados de modo que alternativas rápidas sejam colocadas em prática, visando a redução dos prejuízos causados momentaneamente pela paralisação da operação. Deve-se levar em consideração que qualquer alternativa disponibilizada para a reabilitação do sistema de movimentação de materiais deverá resultar em custos adicionais de equipamentos ou estoques intermediários, o que deverá ser cuidadosamente avaliado pela empresa. NECESSIDADE DE MANUTENÇÃO Do mesmo modo que foi explicado no item anterior, os equipamentos de movimentação de materiais necessitam de manutenções periódicas, o que demandará técnicos especializados e equipamentos apropriados para tal atividade. As manutenções também implicam paralisações do sistema de movimentação e a possibilidade de aquisição de ferramentas e peças extras para manutenções rápidas, que evitem a paralisação por longos períodos de tempo. Portanto, o desenvolvimento de planos de paradas periódicas para a manutenção deverá ser elaborado, bem como a possibilidade de utilização de novas áreas para a manutenção de equipamentos ou ampliação da área existente, o que demandará maiores espaços na edificação. CUSTOS DE EQUIPAMENTOS AUXILIARES Normalmente, os equipamentos utilizados para movimentação de materiais necessitam de equipamentos auxiliares que permitam apoio técnico e garantam o funcionamento adequado dos equipamentos de movimentação. São exemplos as empilhadeiras elétricas que necessitam de estações de carregamento de suas baterias; ou as empilhadeiras movidas a gás, que precisam de tanques de combustível para o seu carregamento, além de diversos procedimentos e equipamentos de segurança para a correta e segura operação. Observe, portanto, que esses equipamentos deverão ser adquiridos e implicarão em custos adicionais para a empresa, incluindo a manutenção. Tudo isso precisará ser levado em conta no planejamento para aquisição do sistema de movimentação de materiais. A MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS COMO ESTRATÉGIA EMPRESARIAL VERIFICANDO O APRENDIZADO 1 - DENTRE OS BENEFÍCIOS DA MOVIMENTAÇÃO ADEQUADA DE MATERIAIS, ESTÁ A REDUÇÃO DE CUSTOS. ESSA REDUÇÃO PODE SER EXPLICADA POR MEIO DAS SEGUINTES PREMISSAS, EXCETO: A) Redução das quantidades de materiais auxiliares. B) Redução da necessidade de mão de obra indireta. C) Redução do nível de serviço oferecido ao cliente. D) Redução de perdas, danos e extravios. E) Redução da burocracia e serviços administrativos. 2 - CONFORME OBSERVADO EM DIVERSOS PROJETOS E INICIATIVAS PARA MELHORIA DA LOGÍSTICA, A MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS POSSUI ALGUMAS DESVANTAGENS QUE PODEM COMPROMETER AS FINANÇAS DA EMPRESA OU MESMO ALGUNS REQUISITOS OPERACIONAIS. MARQUE A OPÇÃO QUE DEMONSTRA UMA DESVANTAGEM DA MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS. A) Capital investido B) Rapidez no serviço C) Simplificação de atividades D) Melhor utilização do espaço E) Maior utilização dos equipamentos. GABARITO 1 - Dentre os benefícios da movimentação adequada de materiais, está a redução de custos. Essa redução pode ser explicada por meio das seguintes premissas, exceto: A alternativa "C " está correta. A atividade de movimentação de materiais quando executada de forma adequada, segundo as necessidades dos clientes em termos de prazos e custos, tende a aumentar o nível de serviço oferecido ao consumidor na forma de redução de perdas, danos, tempo e custos, o que se traduz em ganhos de qualidade no serviço oferecido. 2 - Conforme observadoem diversos projetos e iniciativas para melhoria da logística, a movimentação de materiais possui algumas desvantagens que podem comprometer as finanças da empresa ou mesmo alguns requisitos operacionais. Marque a opção que demonstra uma desvantagem da movimentação de materiais. A alternativa "A " está correta. Apesar de todos os benefícios inerentes à movimentação de materiais de forma adequada, os investimentos em equipamentos, pessoal e adaptações das instalações exigem grandes somas de capital a ser investido, o que poderá comprometer as finanças da empresa. MÓDULO 2 Reconhecer os tipos de equipamentos e as técnicas de manuseio de mercadorias MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS Como visto no módulo anterior, uma das grandes vantagens de investir em equipamentos, técnicas e sistemas de movimentação de materiais é o potencial de aumento de produtividade que pode ser explorado. De maneira geral, as atividades de logística necessitam, veementemente, das operações de movimentação de materiais, que dificilmente poderiam ser evitadas. Para fins logísticos, as atividades de movimentação de materiais se concentram essencialmente nos armazéns, onde há uma série de atividades e rotinas que necessitam do deslocamento de produtos e mercadorias de diferentes naturezas, tamanhos, pesos e demais características. Para que as atividades de movimentação sejam desempenhadas de forma satisfatória, algumas diretrizes são recomendadas: Alto grau de padronização dos sistemas de manuseio e armazenagem de produtos; O projeto do sistema de manuseio deverá ser concebido de forma a permitir o fluxo contínuo e ininterrupto dos produtos; Prioridade a investimentos em equipamentos estáticos que facilitem o manuseio e que sejam menos custosos, como prateleiras e estantes; Adequação do grau de utilização dos equipamentos para sejam usados intensivamente; Escolha dos equipamentos priorizando a menor relação possível entre peso e carga útil; Atenção à força da gravidade, que sempre deverá ser levada em consideração nos projetos de sistemas de movimentação de carga. Existem diversas classificações para os sistemas de manuseio e movimentação de materiais. No entanto, numa classificação geral, pode-se considerar que os sistemas se dividem em: mecanizados, semiautomatizados e automatizados, além de outros ainda em desenvolvimento. A empresa deverá optar pelo sistema que melhor atenda às suas condições operacionais e ao capital disponível para o investimento nesses sistemas, uma vez que os custos são diferenciados e podem ser bastante onerosos. SISTEMAS MECANIZADOS Os sistemas mecanizados contam com grande variedade de equipamentos para o deslocamento de cargas, como empilhadeiras, paleteiras, veículos de reboque, esteiras transportadoras e carrosséis. Existem sistemas mecanizados para os diversos projetos de movimentação de mercadorias, que levam em consideração a produtividade e custos. A empresa deverá optar por aquele que melhor atende o tipo de movimentação necessária. A seguir, estão demonstrados alguns exemplos de equipamentos mecanizados para movimentação de mercadorias: EMPILHADEIRAS Devido a sua flexibilidade operacional, as empilhadeiras são bastante utilizadas na movimentação de mercadorias em centros de distribuição. Seus principais movimentos permitem o deslocamento de caixas nas posições horizontal e vertical. Sua utilização combinada com paletes permite que diversos produtos sejam colocados na plataforma do palete para posteriormente serem erguidos pela empilhadeira. Em geral, existem vários tipos de empilhadeiras com diversas capacidades e limitações operacionais, que devem ser devidamente obedecidas, de modo a priorizar a segurança e agilidade das operações. Esses equipamentos estão em constante processo de aperfeiçoamento e modernização, o que garante maior produtividade e a possibilidade de operar em espaços cada vez menores. PALETEIRAS Esse equipamento possui baixo custo de investimento e permite grandes ganhos de velocidade das operações de manuseio de materiais em geral. Suas principais operações auxiliam o carregamento e descarregamento de produtos, separação de mercadorias, acumulação de pedidos e transferências de pequenas cargas em médias distâncias dentro dos centros de distribuição. Em geral, o seu funcionamento necessita de energia elétrica, no entanto, existem as versões hidráulicas adicionadas por operadores de forma manual. VEÍCULOS DE REBOQUE Esse tipo de equipamento é composto, basicamente, por diversas vagonetas engatadas, que são rebocadas por uma unidade de tração conduzida por um operador. É ideal para o transporte de cargas e paletes no interior de um centro de distribuição ou em fábricas. Apresenta grande flexibilidade para o transporte de diversas quantidades de cargas, uma vez que as vagonetas podem ser desengatadas e o comboio, portanto, pode ser dimensionado de forma adequada para o serviço. Existe uma versão semelhante que substitui a unidade de tração por cabos que rebocam as vagonetas entre os diversos pontos de trabalho ou armazenagem de mercadorias. Com relação aos custos, deve-se levar em consideração que esse equipamento necessita de mão de obra e, muitas vezes, poderá ficar ocioso. ESTEIRAS TRANSPORTADORAS As esteiras transportadoras são largamente utilizadas nas operações de recebimento e expedição no centro de distribuição, sendo muito úteis para a utilização nos locais de separação de pedidos. Seu acionamento pode ser realizado pela ação da gravidade ou por motores elétricos, e a sua movimentação pode ser realizada por meio de roletes ou correias. Quando as correias são acionadas por sistemas elétricos, sua flexibilidade ficará comprometida, uma vez que o dispositivo necessitará de uma estrutura montada para o seu funcionamento eficiente. Já a versão que permite o funcionamento por gravidade, com a utilização de roletes, possui grande flexibilidade operacional e facilidade de adaptação às mudanças de mercadorias que serão movimentadas, podendo, inclusive, ser deslocada no veículo de transporte juntamente com a carga, a fim de facilitar o descarregamento das mercadorias no destino. CARROSSÉIS Equipamento que utiliza receptáculos num percurso definido de acordo com as necessidades operacionais e possibilita o deslocamento de itens até os locais de separação de pedidos. O carrossel se move de maneira contínua, recebendo os produtos nos receptáculos e entregando-os nos pontos definidos. Esse equipamento reduz drasticamente a necessidade de mão de obra necessária à separação, além de reduzir as distâncias de percurso e o tempo necessário para a operação. SISTEMAS SEMIAUTOMATIZADOS Os sistemas de manuseio semiautomatizados são complementares aos sistemas mecanizados. Nos centros de distribuição, algumas atividades específicas serão automatizadas, de modo que trabalhem mutuamente com as atividades que requerem operação mecanizada. Os equipamentos mais comuns em centros de distribuição semiautomatizados são: VEÍCULOS GUIADOS POR AUTOMAÇÃO Semelhantes aos veículos compostos por vagonetas, porém, sem a necessidade de operador para conduzir a unidade de tração. O equipamento é dirigido automaticamente e programado a parar no ponto de destino sem a necessidade de intervenção humana. A dirigibilidade do dispositivo é possibilitada pela utilização de guias ópticas ou magnéticas, que permitem que o veículo seja deslocado na rota predeterminada. Versões mais modernas desse equipamento dispensam o uso das guias e utilizam a computação gráfica para estabelecer os roteiros a serem seguidos pelo equipamento. SEPARAÇÃO COMPUTADORIZADA Esse dispositivo permite que a separação e encaminhamento dos produtos aos pontos predeterminados sejam realizados de forma automatizada. Em geral, esse dispositivo funciona de forma combinada com uma esteira transportadora que recebe inicialmente os pedidos e os encaminha para a plataforma computadorizada. Para o correto funcionamento do sistema, as mercadoriasdevem estar embaladas em caixas e munidas de códigos de identificação que permitam a leitura óptica ou por radiofrequência, de modo que os produtos sejam identificados no ato da entrada no sistema e encaminhados para os pontos específicos onde serão alocados. O dispositivo permite grandes ganhos de tempo, uma vez que a sua velocidade de operação pode ser ajustada em função das necessidades operacionais da empresa. Outras vantagens são a redução da necessidade de mão de obra e aumento da precisão das atividades desempenhadas no centro de distribuição. ROBÓTICA A robótica tornou-se bastante popular nas indústrias automobilísticas na década de 1980, permitindo a automatização de algumas atividades que eram executadas por operários. No centro de distribuição, a robótica é usada principalmente nas atividades de separação e preparação de cargas, uma vez que o equipamento pode ser programado para reconhecer produtos e colocá-los em suas devidas posições nas esteiras transportadoras. A potencialidade do uso da robótica, também, surge em função do seu emprego em ambientes onde funcionários teriam dificuldade de trabalhar, como áreas com níveis excessivos de ruído e em ambientes com temperaturas extremas. Suas principais vantagens são a velocidade, a confiabilidade e a precisão, além da redução de mão de obra. ESTANTES DINÂMICAS Esse dispositivo permite o fluxo de produtos para a frente do separador, o que possibilita a redução drástica do trabalho manual de reabastecimento nos depósitos. A estante dinâmica é composta por roletes e é carregada pela parte traseira, o que permite que os produtos deslizem para a frente à medida que forem sendo retirados. O seu funcionamento se beneficia da força da gravidade, uma vez que a parte traseira é mais alta, permitindo-se assim, que os produtos deslizem e sejam retirados pela frente da estante. As estantes dinâmicas reduzem a necessidade do uso de empilhadeiras ou quaisquer outros tipos de equipamentos para a retroalimentação das linhas de separação de pedidos. O seu emprego é bastante flexível para diversos tipos de cargas, desde que estejam padronizadas em caixas ou outros tipos de embalagens. SISTEMAS AUTOMATIZADOS Um dos maiores atrativos para a utilização de sistemas automatizados de movimentação de cargas é a possibilidade de substituição da mão de obra por equipamentos capazes de realizar as tarefas de forma eficiente, rápida e precisa. Dentre as desvantagens apresentadas para este tipo de equipamento estão: os altos custos de investimentos e as eventuais complexidades inerentes à sua operação. A maior parte dos sistemas de movimentação de carga automatizados é projetada de forma personalizada para cada empresa, de modo a atender às suas necessidades e especificidades relacionadas ao mercado e aos produtos. Nesse sistema, os equipamentos de armazenagem trabalham de forma integrada com o sistema de manuseio de mercadorias, o que pressupõe que ambos sejam parte do sistema. Os sistemas computacionais que, em geral, são importantes para todos os sistemas de manuseio de materiais, são essenciais para os sistemas automatizados, uma vez que controlam os equipamentos automatizados de separação de pedidos e são utilizados como interface entre o depósito de mercadorias e o restante do sistema logístico. A automação da movimentação de produtos foi inicialmente utilizada para a separação de caixas e preparação de pedidos, uma vez que essas atividades demandavam grande quantidade de mão de obra. Atualmente o seu desenvolvimento propicia sua utilização em diversas partes do centro de distribuição de forma integrada, e garantindo agilidade nas operações de movimentação de mercadorias. SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS VERIFICANDO O APRENDIZADO 1 - O DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS E EQUIPAMENTOS DE MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS DEVERÁ SEGUIR ALGUMAS DIRETRIZES BÁSICAS RECOMENDADAS. A SEGUIR, PODE-SE OBSERVAR AS PRINCIPAIS DIRETRIZES, EXCETO: A) Deverá ser priorizado o fluxo ininterrupto de mercadorias. B) A utilização da força da gravidade sempre deverá ser levada em consideração no projeto. C) Recomenda-se que os sistemas de manuseio e armazenagem sejam padronizados. D) Deverão ser estabelecidos elevados graus de utilização dos equipamentos. E) Os sistemas de movimentação de carga automatizados deverão priorizar clientes com grandes demandas. 2 - SABE-SE QUE OS SISTEMAS SEMIAUTOMATIZADOS DEVEM TRABALHAR DE FORMA COMPLEMENTAR AOS SISTEMAS MECANIZADOS, DE MODO QUE OS MESMOS POSSAM OBTER GANHOS ORIUNDOS DA OPERAÇÃO COLABORATIVA E EFICIENTE. MARQUE A SEGUIR QUAL EQUIPAMENTO É CLASSIFICADO COMO SISTEMA SEMIAUTOMATIZADO DE MOVIMENTAÇÃO DE CARGAS: A) Empilhadeiras. B) Veículos guiados por automação. C) Veículos de reboque. D) Paleteiras. E) Esteiras transportadoras. GABARITO 1 - O desenvolvimento de sistemas e equipamentos de movimentação de materiais deverá seguir algumas diretrizes básicas recomendadas. A seguir, pode-se observar as principais diretrizes, exceto: A alternativa "E " está correta. Os sistemas de movimentação de carga automatizados são projetados de forma personalizada para cada centro de distribuição e operações necessárias. Portanto, não é possível seguir diretrizes básicas inflexíveis, uma vez que o projeto desses sistemas deverá se adequar a cada caso de forma individualizada e levando-se em consideração as características operacionais necessárias. 2 - Sabe-se que os sistemas semiautomatizados devem trabalhar de forma complementar aos sistemas mecanizados, de modo que os mesmos possam obter ganhos oriundos da operação colaborativa e eficiente. Marque a seguir qual equipamento é classificado como sistema semiautomatizado de movimentação de cargas: A alternativa "B " está correta. Os veículos guiados por automação são semelhantes aos veículos compostos por vagonetas, no entanto, não há necessidade de operadores para sua condução. O mesmo é guiado com a utilização de dispositivos ópticos ou magnéticos que permitem que seja deslocado na rota predeterminada. Todas as demais opções se referem a sistemas mecanizados de movimentação de carga. MÓDULO 3 Identificar as funções e as fases de desenvolvimento das embalagens INTRODUÇÃO À medida que os produtos foram se diversificando, houve a necessidade do desenvolvimento de estruturas para protegê-los contra perdas ou danos, uma vez que as atividades logísticas estavam ficando cada vez mais competitivas entre as empresas e, portanto, as operações deveriam ser processadas de maneira ágil e sem falhas. A necessidade de operações mais ágeis trouxe consigo alguns problemas relacionados a pequenas falhas operacionais. As movimentações mais rápidas, sem os devidos cuidados ou sem a correta proteção, resultavam sempre em quedas de produtos ou acidentes com equipamentos que ocasionavam perdas ou sérios danos às mercadorias. Os profissionais envolvidos com as operações logísticas e com a fabricação dos produtos identificaram a necessidade do desenvolvimento de “estruturas para proteção dos produtos finalizados” de modo que fossem manuseados de forma precisa, segura e rápida. Com o passar do tempo, essas estruturas de proteção, que posteriormente receberam o nome de embalagens, começaram a despertar o interesse de outros setores das empresas que vislumbraram possibilidades do aproveitamento desse “novo invento” para outras finalidades ou necessidades inerentes às suas áreas de atuação. Para você compreender a real necessidade das embalagens para os processos de fabricação e logística, veja a seguir os principais objetivos finais das embalagens e as possibilidades e benefícios de utilização por outros setores: PROTEGER O PRODUTO Talvez seja o principal motivo para a criação das embalagens. Conforme descrito anteriormente, os produtos finais prontos para irem ao mercado consumidor e, com alto valor agregado, estavam sendo danificados ou perdidos nos veículos de transporte ou durante o manuseio nas fábricasou armazéns. Não somente os produtos finais, mas também alguns tipos de matérias-primas precisavam de estruturas de proteção, uma vez que eram frágeis e estavam sendo danificadas durante as atividades de manuseio ou transporte. A ideia de desenvolver uma estrutura que permitisse a proteção necessária para esses produtos foi abolida inicialmente, pois se pensava que aumentaria o custo final de produção, tornando esse produto menos competitivo perante a concorrência. Mais tarde, ao se considerar os custos mais altos com perdas e danos, ela foi retomada e as embalagens começaram a ser desenvolvidas, para a correta proteção dos produtos contra perdas e danos. FACILITAR O MANUSEIO E A ARMAZENAGEM: Apesar de as embalagens terem sido desenvolvidas para a proteção dos produtos, o setor de logística vislumbrou uma grande oportunidade de utilização, visando facilitar o manuseio e o acondicionamento das mercadorias. Imaginou-se que caso as embalagens fossem criadas com formatos geométricos adequados a essas necessidades, tais estruturas poderiam permitir ganhos de tempo e maior agilidade durante as operações nos centros de distribuição e nas fábricas. Ou seja, as embalagens também são pensadas de forma a favorecer as atividades de manuseio, pois permitem que os equipamentos e operários realizem suas operações de forma ágil e precisa. Além disso, auxiliam as atividades de acondicionamento, uma vez que podem ser empilhadas ou colocadas de forma segura em estruturas de acondicionamento de mercadorias. PROMOVER UMA MELHOR UTILIZAÇÃO DE EQUIPAMENTOS DE TRANSPORTE: No sistema de transporte, os produtos também experimentavam grandes índices de perdas e danos pela falta de estrutura de proteção. Esse fato se agravava proporcionalmente às condições das vias de transporte que estavam sendo utilizadas, sobretudo no modo rodoviário, no qual as estradas nem sempre eram asfaltadas ou tinham boas condições da pista de rodagem. Deste modo, o setor de logística percebeu que era possível que as embalagens fossem desenvolvidas de modo a proteger os produtos e permitir sua acomodação, amarração e encaixe nos veículos de transporte, permitindo assim, que as mercadorias fossem devidamente acomodadas e presas com segurança. Atualmente, são diversos os tipos de embalagens desenvolvidas, de forma adequada, para serem utilizadas com segurança nos veículos de transporte, de modo a garantir a integridade física das mercadorias encaminhadas aos clientes finais. Os locais de acomodação de carga nos veículos de transporte, por sua vez, também são desenvolvidos levando-se em consideração as embalagens existentes ou em desenvolvimento, assim como os sistemas de fixação necessários à garantia de que tais embalagens serão corretamente acomodadas. PROMOVER A VENDA DO PRODUTO: Outro setor da empresa que se beneficiou enormemente com o desenvolvimento das embalagens foi o setor de marketing e publicidade. Em muitos casos, as embalagens são a única forma de identificação e visualização do produto. Em outros casos, os produtos não permitem uma identificação visual que os diferencie da concorrência e, portanto, a embalagem seria a sua única forma de identificação e reconhecimento da empresa fabricante, como, por exemplo, é o caso do café em pó. Assim, as empresas transformam a embalagem numa verdadeira vitrine para a propaganda e impulsionamento das vendas dos produtos. Diversos são os modelos, cores e formatos que chamam a atenção do consumidor enquanto estão disponíveis nas prateleiras dos supermercados ou nas estantes das lojas de conveniência. Para o público infantil, especialmente, as embalagens funcionam de forma muito eficiente, no que diz respeito a fazer a propaganda de brinquedos e eletrônicos. As crianças são atraídas a visualizar com mais detalhes ou mesmo manusear os produtos do seu interesse. Há embalagens, por exemplo, com cenários interessantes onde os brinquedos estão inseridos e que agradam sobremaneira ao gosto dos pequenos. ALTERAR A DENSIDADE DO PRODUTO: A relação entre o peso e o volume dos produtos, chamada densidade, é particularmente significativa para a logística, uma vez que os custos de transporte e armazenagem estão diretamente ligados a isso. Os produtos com maior densidade, como comida enlatada, refrigerantes engarrafados e blocos de aço apresentam boa utilização dos equipamentos de transporte e armazenagem disponíveis na empresa. Ao contrário, produtos com baixa densidade como: isopor, caixas de papelão e embalagens vazias tendem a alcançar rapidamente a capacidade volumétrica dos veículos, antes mesmo de atingir o seu limite de carregamento em peso. Embalagens desenvolvidas de forma adequada tendem a auxiliar esse procedimento de alteração da densidade dos produtos, fazendo que sejam agrupados o máximo possível no interior das embalagens de modo a torná-los mais densos. FACILITAR O USO DO PRODUTO Inicialmente, quando as embalagens foram desenvolvidas, não havia nenhum tipo de informação sobre o uso dos produtos. Pressupunha-se que o consumidor deveria saber como utilizar de forma adequada os produtos adquiridos. Com o desenvolvimento de novos produtos e a multiplicidade de opções de mercadorias disponíveis no mercado, observou-se a necessidade de haver algum tipo de instrução de utilização ou restrição de uso dos produtos que fosse explicitado de forma clara e acessível aos consumidores. Logo perceberam as embalagens como grande aliada no repasse dessas informações de forma simples e objetiva. Como se pode ver, praticamente todas as embalagens trazem informações acerca da utilização dos produtos, instruções de montagem, informações nutricionais, restrições de uso para pessoas com algum tipo de doença, instruções para o preparo e demais informações pertinentes ao uso do produto de forma adequada e segura. Inclusive, as embalagens atuais trazem informações sobre sua abertura, o modo que os clientes podem acessar o produto de forma segura e sem correr o risco de causar danos. Alguns produtos de forma geral, não necessitam de manuais de instrução, instalação ou uso específicos, uma vez que essas informações já estão na própria embalagem, o que permite inclusive economia de materiais, como papéis e plásticos, que seriam utilizados na confecção dos manuais. PROVER UM VALOR DE REUTILIZAÇÃO PARA O CONSUMIDOR Algumas embalagens são tão bem elaboradas que os consumidores podem utilizá-las para outras finalidades após a retirada do produto do seu interior. Muitas delas são bastante úteis para o acondicionamento de outros tipos de produtos, materiais diversos e organização do espaço em residências, como é o caso de caixas de papelão ou potes de sorvete, por exemplo. Já outras embalagens podem ser utilizadas em apoio aos utensílios domésticos, como copos de vidro utilizados para embalar extrato de tomate ou requeijão cremoso, assim como garrafas de refrigerantes, sacos plásticos e diversos outros tipos de embalagens que podem ser reaproveitadas para outras finalidades. DESENVOLVIMENTO DAS EMBALAGENS O aspecto final de uma embalagem deverá ser influenciado por vários fatores, porém, o desenvolvimento adequado de uma embalagem pode ser estabelecido levando-se em consideração alguns critérios predominantes em cada caso específico, tais como: Função; Proteção; Aparência; Custo; Disponibilidade. Diversos são os aspectos e variáveis que devem ser levados em consideração no desenvolvimento de uma embalagem, uma vez que cada produto apresenta condições específicas de utilização e, portanto, exigirão estudos adequados para cada um. Como exemplo, as embalagens de consumo necessitam dispor de requisitos de proteção à qualidade do produto durante sua permanência na prateleira dos pontos de venda e devem apresentar características estéticas que atraiam a atenção do consumidor. O desenvolvimento de uma nova embalagem para um produto novo, ou já existente, é uma das principais funções de um departamento de embalagens.Para empresas pequenas que geralmente possuem apenas uma pessoa destinada a essa função, o desenvolvimento levará um pouco mais de tempo e ocupará a maior parcela de trabalho do funcionário. O desenvolvimento de uma embalagem deve ser adotado pela empresa como um projeto e, portanto, deverá seguir todos os critérios relacionados ao desenvolvimento de projetos empresariais. Tais projetos podem variar desde uma pequena mudança na especificação até o desenvolvimento de um produto completamente novo e envolvendo novos componentes na sua embalagem. É fato que o projeto inadequado de uma embalagem pode se transformar em custos desnecessários para empresa. Uma embalagem superdimensionada poderá onerar os custos de transporte dos produtos, uma vez que poderá ocupar grande espaço nos veículos de transporte. Por outro lado, embalagens subdimensionadas podem não garantir a correta proteção dos produtos e aumentar os índices de perda e danos às mercadorias. Grande parte das perdas e danos ocasionados aos produtos é de responsabilidade de embalagens mal projetadas, o que muitas vezes não é considerado da forma correta pelas empresas, visto que os seguros podem cobrir os danos aos produtos. Esse fato não deveria ser encarado dessa forma, pois poderá fechar portas para exportação de produtos. A embalagem é imprescindível para manter a integridade física do produto até a chegada ao país importador e, depois, até os clientes finais. O ideal é que os projetos de embalagens andem conjuntamente com o desenvolvimento do produto, de forma que as informações e requisitos técnicos estejam sincronizados a todo o momento. Em muitos casos, as embalagens são desenvolvidas ao término do projeto do produto, o que pode torná-las ineficientes para a função à qual se propõem. O projeto de uma embalagem deverá seguir o enfoque sistêmico, uma vez que são diversas as variáveis e aspectos a serem avaliados durante sua utilização. Alguns cuidados deverão ser levados em consideração para que os projetos sejam bem sucedidos, tais como: CONHECER TECNICAMENTE O PRODUTO Devem ser levados em consideração não somente os volumes e dimensões do produto, mas também é preciso avaliar as fragilidades em termos de choques mecânicos, vibração, característica de superfície, corrosão e demais itens importantes. ESTABELECER O AMBIENTE DE DISTRIBUIÇÃO Conhecer de forma precisa os locais de movimentação, armazenagem na fábrica, métodos de expedição, procedimentos de recepção nos armazéns e na rota para os clientes. Esse fator torna-se preponderante para que as embalagens sejam desenvolvidas de modo a se adequarem aos processos cotidianos utilizados pela empresa. ESCOLHER OS MATERIAIS DE CONFECÇÃO DA EMBALAGEM A escolha dos materiais a serem utilizados na produção da embalagem torna-se importante sobre o aspecto de resistência. Entretanto, devem ser levados em consideração os custos envolvidos nessa escolha. No mercado, existe uma variedade muito grande de materiais à disposição e, portanto, devem ser selecionados os mais adequados para essa atividade. PROJETAR E FABRICAR PROTÓTIPOS DE EMBALAGEM Devem ser projetados e fabricados os protótipos para as diversas opções de mercadorias e de projetos para elas. Esses protótipos deverão ser desenvolvidos considerando-se a maior proximidade possível da configuração dos produtos, de modo que na fase de testes seja possível a identificação da sua real eficiência. TESTAR OS PROTÓTIPOS DAS EMBALAGENS Nessa fase, as embalagens deverão ser testadas para que seja verificado o grau de proteção fornecido por elas. Deverão ser realizados testes em laboratórios e, também, em condições reais de operação, nos centros de distribuição e veículos de transporte, a fim de que possam fornecer informações acerca da eficiência de proteção dos produtos. Essa fase é muito importante, uma vez que quaisquer problemas poderão ser identificados e corrigidos antes que se inicie a produção em massa das embalagens. EMITIR ESPECIFICAÇÕES E CRITÉRIOS DE QUALIDADE Devido à grande variedade de embalagens e projetos disponíveis, torna-se necessário um estudo criterioso, de modo que os projetos e a fabricação sejam conduzidos de forma técnica, e com o devido acompanhamento da qualidade do que está sendo elaborado. Portanto, é importante que os projetos das embalagens nas empresas sejam especificados tecnicamente, observando-se os critérios de qualidade, estabelecidos por órgãos normativos, que atestam de forma oficial a devida qualidade dos projetos e dos produtos desenvolvidos. CONHECENDO OS PRODUTOS A SEREM EMBALADOS O conhecimento prévio acerca das características de cada produto que será embalado é um fator imprescindível para o sucesso do desenvolvimento de embalagens adequadas e eficientes. Por isso, os desenvolvedores deverão estudar as características gerais de cada produto. Devido à diversidade de produtos disponíveis no mercado, as embalagens não poderiam seguir padrões rígidos de configuração geométrica e, portanto, devem se adequar à realidade da geometria e necessidades individuais dos produtos. A seguir, temos as principais características dos produtos que devem ser observadas antes de se iniciar um projeto de embalagem: Dimensões do produto: devem ser estudadas as dimensões do produto, assim como aspectos relacionados à posição de transporte, uma vez que alguns produtos só poderão ser transportados ou manuseados numa determinada posição. Também deverão ser checadas as possibilidades de desmontagem de partes do produto, pois poderá facilitar, sobremaneira, os deslocamentos e a necessidade de espaços nas embalagens. Ou seja, os produtos que podem ser desmontados poderão requisitar embalagens de menores dimensões, o que facilitará a acomodação nos veículos de transporte e nos armazéns. Possibilidade de encaixe: alguns produtos permitem que sejam colocadas partes dentro de outras, ou mesmo, produtos dentro de outros, o que facilitaria o manuseio e permitiria ganhos de espaço nas embalagens que serão utilizadas para essa finalidade. Condições de transporte: de modo geral, a logística busca reduzir ao máximo as dimensões dos produtos e das embalagens, de forma que caibam mais mercadorias dentro dos veículos de transporte e dos armazéns. Portanto, essas condições deverão ser observadas, uma vez que elas vão se traduzir em custos logísticos para a empresa. Dimensões padronizadas: algumas linhas de produtos podem ser dimensionadas de modo que as mesmas embalagens possam ser utilizadas para os diversos produtos da mesma linha. Desse modo, a padronização dessas embalagens poderá ocasionar em ganhos durante o seu processo de fabricação, reduzindo os custos de produção e, ainda, permitindo a arrumação de produtos de forma padronizada nos veículos de transportes e armazéns. Peso e centro de gravidade: devido à grande variedade de produtos, os seus pesos também são diferenciados, o que demanda o conhecimento prévio dessas informações para que sejam dimensionadas embalagens que garantam sua segurança. Alguns produtos também possuem formas irregulares que influenciam o seu centro de gravidade, o que poderá comprometer sua estabilidade quando for acondicionado dentro da embalagem. Pontos de apoio e fixação: as embalagens deverão ser corretamente desenvolvidas de modo que os pontos de fixação dos produtos sejam corretamente presos às embalagens, o que evitará que os produtos se desloquem dentro das embalagens, causando avarias. Resistência à compressão: para que a logística experimente ganhos de espaço nos armazéns e veículos de transporte, verifica-se a necessidade de empilhamento de produtos nesses locais. Para tanto, os produtos deverão ser suficientemente resistentes para permitir esse empilhamento. Caso os produtos não sejam capazes de serem empilhados, as embalagens deverão ser projetadas com a devida resistência à compressão, de modo que se possa efetuar os empilhamentos conforme as necessidades da empresa. Resistênciaao impacto: durante as operações de movimentação e transporte dos produtos, eles poderão estar sujeitos a impactos gerais ou localizados, que podem danificar ou ocasionar sua perda. A embalagem, por sua vez, deverá permitir que esses produtos estejam devidamente protegidos contra tais impactos, levando-se sempre em consideração que a resistência da embalagem deverá ser proporcional à fragilidade do produto. Fragilidade: conforme já comentado, alguns produtos possuem um grau de fragilidade elevado, o que demandará embalagens resistentes e adequadas para sua devida proteção contra quaisquer intercorrências não previstas. Deve-se levar em consideração que as embalagens frágeis costumam ser menos custosas, porém, podem não garantir a devida proteção ao produto. Resistência à vibração: alguns produtos podem apresentar determinadas avarias ocasionadas pela vibração durante as atividades de manuseio ou transporte. Essas avarias podem ser de diversas naturezas, tais como: afrouxamentos de partes, fadiga de componentes, abrasão de pontos de contato, deformação, deslocamento de peças internas e outros. Portanto, a embalagem deverá ser suficientemente capaz de absorver tais vibrações de modo a garantir a integridade do produto. Sensibilidade a variações de temperatura: alguns produtos podem apresentar sensibilidade a temperaturas variadas, o que poderá ocasionar algum tipo de interferência no seu funcionamento, quando ele já estiver de posse do cliente. Para se evitar esse tipo de transtorno, as embalagens para esses produtos deverão ser desenvolvidas levando-se em consideração requisitos de isolamento térmico, para garantir que tais variações de temperatura não interfiram na integridade física do produto. Sensibilidade à umidade: outro fator que pode interferir no posterior funcionamento do produto é a umidade, que pode provocar diversos tipos de danos, como: corrosão, mofo, deterioração de produtos, variação nas dimensões de peças, rachaduras, deslocamento de peças e outros. Para evitar que os produtos sejam danificados por questões relativas à umidade, as embalagens deverão ser desenvolvidas com materiais que evitem a passagem de umidade de seu interior em direção aos produtos. Periculosidade: é importante o conhecimento do grau de periculosidade de alguns produtos, de modo que as embalagens possam ser projetadas com a devida eficiência necessária que garanta a segurança nas operações e, também, para que conste nessas embalagens as informações necessárias para o conhecimento do que está sendo armazenado ou movimentado. As características físico-químicas desses produtos deverão ser conhecidas, segundo normas de organismos nacionais e internacionais que classificam esses produtos de acordo com o seu grau de periculosidade. Isso é importante, pois cada produto deverá seguir determinadas normas de movimentação, estocagem, desenvolvimento de embalagem e demais tipos de manuseios adequados às suas especificidades técnicas. AS EMBALAGENS E A MOVIMENTAÇÃO DE MATERIAIS VERIFICANDO O APRENDIZADO 1 – DENTRE AS PRINCIPAIS FINALIDADES DAS EMBALAGENS, PODE-SE OBSERVAR QUE ELAS PERMITEM UMA FACILITAÇÃO DO MANUSEIO E ARMAZENAGEM FINAL DOS PRODUTOS. ESSA VANTAGEM DO USO DE EMBALAGENS PODE SER EXPLICADA POR: A) As embalagens permitem que os produtos sejam devidamente acomodados nos veículos de transporte, garantindo maior eficiência na sua utilização. B) As embalagens contribuem para o aumento das vendas dos produtos no mercado, pois permitem auxiliar o marketing nas campanhas promocionais. C) As embalagens permitem que os equipamentos de movimentação de carga e acondicionamento de produtos executem suas funções de forma mais eficiente. D) As embalagens facilitam a correta utilização dos produtos por parte dos consumidores, uma vez que as instruções estão descritas nos seus rótulos de forma acessível. E) As embalagens podem ser utilizadas para outras finalidades após o consumo do produto, promovendo a redução do desperdício de materiais. 2 - DURANTE A FASE DE PROJETO DAS EMBALAGENS, O CONHECIMENTO ACERCA DOS PRODUTOS QUE SERÃO EMBALADOS É PARTE ESSENCIAL DO PROCESSO. AS EMBALAGENS PRECISAM SER DESENVOLVIDAS CONJUNTAMENTE COM OS PRODUTOS, DE MODO QUE POSSAM CUMPRIR SEU PAPEL DE FORMA EFICIENTE. ENTRETANTO, EM ALGUNS CASOS É NECESSÁRIA A PADRONIZAÇÃO DAS DIMENSÕES DAS EMBALAGENS, COM A FINALIDADE DE SE OBTER ALGUNS BENEFÍCIOS, DENTRE OS QUAIS DESTACA-SE: A) A padronização de embalagens permite que os pontos de apoio e fixação sejam mais bem aproveitados e evita que os produtos se desloquem dentro delas. B) A padronização de embalagens permite que caibam mais produtos dentro dos veículos de transporte, o que os torna mais eficientes sob o ponto de vista operacional. C) A padronização de embalagens permite alteração do peso e centro de gravidade, o que facilita a movimentação das mercadorias. D) A padronização permite ganhos durante o processo de fabricação das embalagens, uma vez que haverá redução dos custos de fabricação pelos ganhos de escala. E) A padronização de embalagens permite maior resistência ao impacto, o que permitirá que as cargas não sofram danos ou perdas. GABARITO 1 – Dentre as principais finalidades das embalagens, pode-se observar que elas permitem uma facilitação do manuseio e armazenagem final dos produtos. Essa vantagem do uso de embalagens pode ser explicada por: A alternativa "C " está correta. Quando as embalagens são corretamente projetadas, podem auxiliar sobremaneira os equipamentos de movimentação de carga, uma vez que os produtos podem ser movimentados com maior agilidade e mais segurança, bem como o acondicionamento, uma vez que as cargas podem ser empilhadas umas sobre as outras, o que aumenta a capacidade dos espaços de armazenagem. 2 - Durante a fase de projeto das embalagens, o conhecimento acerca dos produtos que serão embalados é parte essencial do processo. As embalagens precisam ser desenvolvidas conjuntamente com os produtos, de modo que possam cumprir seu papel de forma eficiente. Entretanto, em alguns casos é necessária a padronização das dimensões das embalagens, com a finalidade de se obter alguns benefícios, dentre os quais destaca-se: A alternativa "D " está correta. Algumas linhas de produtos possuem semelhanças nas suas dimensões, o que facilita o desenvolvimento de embalagens padronizadas que sirvam amplamente para toda a linha. Essa facilidade será estendida para a fabricação das embalagens, uma vez que elas poderão ser confeccionadas em larga escala, o que permitirá reduzir custos e aumentar sua velocidade de produção. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Os sistemas de movimentação de carga têm sido parte fundamental das operações logísticas ao longo dos anos. As facilidades proporcionadas por modernas técnicas de manuseio e deslocamento de produtos vêm propiciando ganhos de qualidade nas operações e permitindo um diferencial competitivo entre as empresas que optam pelo desenvolvimento de sistemas mais adequados às suas realidades. Os clientes, por sua vez, são beneficiados pela rapidez das operações de carregamento e descarregamento de veículos, garantia da integridade dos produtos e aumento da disponibilidade das mercadorias ao mercado consumidor. Os projetos de sistemas de movimentação de mercadorias devem levar em consideração as necessidades específicas das empresas e suas limitações orçamentárias, de modo que esse sistema não se torne um problema para a instituição. Sempre haverá a necessidade de se movimentar mercadorias em armazéns e fábricas, no entanto, os projetos devem sempre levar em conta a possível redução de tal atividade por meio de layouts bem elaborados, que evitem deslocamentos desnecessários de mercadorias, ou movimentações inadequadas. Um bom sistema de movimentação de carga deve prezar pela redução de custos e precisão das operações, de modo que essa atividade seja desempenhada da forma mais eficiente possível. AVALIAÇÃODO TEMA: REFERÊNCIAS ACKERMAN, K. 350 dicas para gerenciar seu armazém. São Paulo: IMAM, 2004. ALVARENGA, A. C.; NOVAES, A. G. Logística aplicada: suprimento e distribuição física. São Paulo: Edgard Blücher LTDA, 2000. BALLOU, R. R. Logística empresarial: transportes, administração de materiais e distribuição física. São Paulo: Atlas, 1993. BALLOU, R. R. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: planejamento, organização e logística empresarial. Porto Alegre: Bookman, 2001. BANZATO, E. Warehouse Management System – WMS: Sistema de Gerenciamento de Armazéns. São Paulo: IMAM, 1998. BANZATO, E. et al. Atualidades na armazenagem. São Paulo: IMAM, 2003. BERTAGLIA, P. R. Logística e gerenciamento da cadeia de abastecimento. São Paulo: Saraiva, 2003. BOWERSOX, D. J.; CLOSS, D. J. Logística empresarial: o processo de integração da cadeia de suprimento. São Paulo: Atlas, 2001. CHOPRA, S.; MEINDL, P. Gerenciamento da cadeia de suprimentos: estratégia, planejamento e operação. São Paulo: Pearson – Prentice Hall, 2003. MATOS, J. E. B. Gerenciamento de estoques. Ceará: Edições SEBRAE, 1998. OLIVEIRA, A. de. Manual Prático para Organização e Administração de Almoxarifado. Paraíba: Edições SEBRAE, 2003. TRIGUEIRO, F. G. R. Administração de almoxarifado. Recife: Edições SEBRAE, 2001. MOURA, R. A.; BANZATO, E. Aplicações práticas de equipamentos de movimentação e armazenagem de materiais. São Paulo: IMAM, 1997. MOURA, R. A.; BANZATO; E. Embalagem, unitização e conteinerização. São Paulo: IMAM, 1997. MOURA, R. A. Equipamentos de movimentação e armazenagem. São Paulo: IMAM, 2000. EXPLORE+ Assista aos vídeos: Esteiras para movimentação de mercadorias – Kaufmann – que mostra os equipamentos de movimentação de mercadorias no interior de um centro de distribuição. Kaufmann – Fispal Tecnologia 2019 – em que é possível compreender o funcionamento do sistema semiautomatizado de movimentação de cargas. Esteira Transportadora – em que é possível observar o funcionamento de uma correia transportadora para produtos a granel. CONTEUDISTA Aurélio Lamare Soares Murta CURRÍCULO LATTES javascript:void(0);
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