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DIABETES INSIPIDUS

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Manifestações clínicas e diagnósticos 
➢ O diabetes insipidus (DI): 
• É uma síndrome caracterizada por uma 
excreção anormalmente grande de urina 
diluída. 
• Quando a urina é colhida em condições 
(sem restrições, livre) o volume urinário 
excede 50 mL/kg, com osmolalidade 
urinária < 300m/osm e densidade < 1010. 
• Esta síndrome é causada por redução 
da secreção ou da ação de vasopressina 
(AVP). 
• Esta urina é caracteristicamente 
diluída, hipotônica e, ao contrário do 
diabetes mellitus, é insípida 
 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
• O principal sintoma nestes pacientes é a 
noctúria, sendo o principal motivo de 
procura de atenção médica. 
• A poliúria é associada com sede 
persistente e polidipsia, e o débito 
urinário pode chegar a 18 L/dia. 
• Pacientes com alteração do centro da 
sede ou comatosos, como em pós-
operatório neurocirúrgico podem 
apresentar distúrbios severos de 
hidratação e hipernatremia. 
• Outra característica digna de nota é que 
pacientes com diabetes insipidus 
central caracteristicamente 
apresentam preferência por líquidos 
gelados. 
ETIOPATOGENIA 
• O diabetes insipidus pode ser 
subdividido em 4 causas fundamentais: 
• 1. Diminuição da secreção de AVP: 
diabetes insipidus central. 
• 2. Diminuição do efeito do AVP: 
diabetes nefrogênico (ocorre por 
resistência ao AVP). 
• 3. Excesso de ingestão de água: 
anormalidade na sede (psicose). 
• 4. Metabolismo aumentado do AVP: 
diabetes gestacional 
DIABETES INSIPIDUS CENTRAL 
Suas etiologias podem ser divididas em dois 
grupos: 
• .DIABETES INSIPIDUS NEUROGÊNI
CO ADQUIRIDO: 
• Decorre 1de dano ao hipotálamo ou à 
haste hipofisária provocado por várias 
possíveis patologias, como adenomas 
hipofisários, outras neoplasias da região, 
metástases, encefalopatia anóxica, 
trauma, cirurgia, sarcoidose, 
histiocitose X e infecções (como 
meningite tuberculosa que atinge região 
basilar, sífilis, encefalite). 
A outra causa de Maior prevalência são 
os traumas cranianos e cirurgia em 
região hipotálamo-hipofisária. 
• 2.DIABETES INSIPIDUS NEUROGÊN
ICO FAMILIAR: 
• Herança em geral autossômica 
dominante, às vezes associada com a 
síndrome DIDMOAD (diabetes melito, 
atrofia de nervo óptico, surdez 
neurossensorial, atonia de ureter e 
bexiga). 
OBSERVAÇÕES DIC 
O padrão transitório ocorre em 30 a 60% dos 
casos, usualmente com início abrupto, 
começando no 1º dia de pós-operatório e 
resolvendo-se em alguns dias (máximo de 8 a 15 
dias). 
Alguns pacientes podem apresentar DI 
permanente ou prolongado; estes pacientes 
também tem início abrupto e precoce e 
persiste por semanas ou mantém-se 
permanentemente. 
O padrão trifásico é o classicamente descrito 
na literatura. Aparece com aumento imediato 
no volume urinário com queda da osmolalidade 
urinária (duração de 4 a 5 dias), período 
intermediário de duração de 5 a 7 dias com 
queda de volume urinário e aumento da 
osmolalidade urinária, seguidos de padrão de 
DI permanente. 
DIABETES INSIPIDUS NEFROGÊNICO 
• Ocorre secundariamente a 
anormalidades em dutos coletores 
renais ou na medula renal que 
diminuem a resposta ao ADH e, assim, 
diminuem a reabsorção de água. 
• Estes pacientes apresentam secreção 
normal de ADH, mas não apresentam 
resposta ao hormônio endógeno ou à 
administração de ADH exógeno. 
• Pode originar-se com o uso de 
diferentes medicamentos (Lítio, 
Nicotina); enfermidades renais que 
incluem defeitos genéticos com mutação 
recessiva ligada ao cromossomo x no 
receptor da vasopressina 
DIABETES INSIPIDUS DIPSÓGENO OU 
PSICÓGENO 
• Ocorre quando o efeito da 
Vasopressina é inibido pela ingestão 
abundante de líquidos. 
• É denominada polidipsia primária; 
• Na maioria das vezes é causada por 
uma 
• A polidipsia primária é classificada 
por alguns autores como outra forma 
de DI. 
• Por alteração do mecanismo da sede 
ou alterações psiquiátricas, os 
pacientes aumentam excessivamente 
o consumo de água, apresentando 
poliúria com urina diluída. Causas 
descritas são psicose, sarcoidose, 
autoimune, esclerose múltipla, 
induzida por drogas como lítio e 
antidepressivos tricíclicos e 
idiopática. 
DIABETES INSIPIDUS GESTACIONAL 
• Há degradação exagerada de ADH por 
aumento das vasopressinases 
plasmáticas, acarretando poliúria 
(transitória) no 3º trimestre e/ou 
puerpério 
TRATAMENTO 
• O DI hipofisário é permanente e não 
pode ser curado, mas seus sintomas 
podem ser controlados por meio de 
medicamentos como a dDAVP – 
desmopressina. 
• O DI gestacional, também tratado com 
dDAVP, mas neste caso tanto a 
deficiência do hormônio e a diabete 
insipidus desaparecem a 4 a 6 semanas 
pós –parto, suspendendo o uso da 
medicação; 
• O DI nefrogênico, não pode ser tratado 
com dDAVP e dependendo da causa que 
originou, pode não ser curado. Uso de 
diuréticos tiazídicos e amilorida, além 
de agentes anti-inflamatórios não 
esteróides – AINES são opções 
terapêutica p este tipo crônico.

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