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Apostila teórica Neodarwinismo

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Disciplina: Biologia 
Ensino: Médio 
Aluno (a): ______________________________ 
 
TEORIA SINTÉTICA DA EVOLUÇÃO OU NEODARWINISMO 
 
 
O primeiro quarto do século XX foi inaugurado 
pelo redescobrimento das leis de Mendel e marcado 
pelo desenvolvimento explosivo da Genética. 
Em sua teoria, Darwin não havia conseguido 
explicar a natureza da herança das características nos 
organismos. De acordo com o pensamento da época, 
ele acreditava que a herança ocorria através de uma 
fusão de elementos paternos e maternos, como uma 
mistura de tintas. Mas uma hereditariedade desse tipo 
levaria a uma rápida redução da variabilidade das 
características nos organismos. Outro problema a ser 
resolvido era como se dava a conservação e o 
ressurgimento de características, apesar da reprodução 
sexual. Nenhuma solução satisfatória foi encontrada 
até 1900, quando houve a divulgação das experiências 
do monge Gregor Johann Mendel (1822-1884), 
apresentadas em 1865. A essência da hereditariedade 
mendeliana é que os fatores hereditários, os genes, 
reunidos em um indivíduo, devido à fertilização de um 
ovo, separaram-se novamente nas células reprodutivas 
(gametas) do indivíduo. Mendel, através de 
experiências com o cruzamento de plantas, constatou 
que a variação genética podia ser mantida 
indefinidamente numa população com reprodução 
sexuada. Isto porque este tipo de reprodução permite 
a separação (segregação) e a reunião dos genes de uma 
população ao longo das gerações, fato este 
matematicamente demonstrado por ele. 
Desde 1901, quando alguns pesquisadores 
chegaram à conclusão da existência dos genes (fatores 
hereditários), confirmando todas as proposições de 
Mendel (o pai da Genética), houve um acentuado 
impulso no conhecimento científico sobre os genes e 
suas propriedades. 
 
 
A nova teoria da Evolução 
A partir de 1940, os trabalhos de Ronald Fisher, 
John Haldane, Scwall Wrigth, Theodosius Dobzansky, 
Hrncst Mayr, Julian Huxley, Georgc Simpson c G. 
Lcdyard Stebbins reintcrpretaram, à luz de novos dados 
provindos da genética e outras áreas do conhecimento 
biológico (botânica, zoologia, paleontologia, ecologia), 
os conceitos obtidos a partir do darwinismo. Assim 
nasceu uma nova teoria evolutiva denominada Teoria 
Sintética da Evolução ou também chamada Teoria 
Neodarwinista. A teoria darwiniana, quanto à seleção 
natural, não sofreu alteração em nenhum aspecto 
essencial em virtude da teoria genética, mas sim foi 
enriquecida por uma teoria da hereditariedade que 
permitiu dar uma maior precisão ao conhecimento da 
evolução, resolvendo alguns problemas até então sem 
solução. 
A genética veio mostrar que as características 
dos organismos são determinadas por fatores herdáveis, 
os genes. As modificações (= mutações) ocorridas ao 
acaso nos genes, quando não letais aos organismos, são 
a fonte de origem das novas características nos seres 
vivos e, por conseguinte, responsáveis pela diversidade 
morfológica observada em populações de organismos. 
A manutenção da variabilidade nas características dos 
organismos é garantida inicialmente pela reprodução, 
onde ocorre a recombinação dos genes dentro da 
população e posteriormente, pelo mecanismo da 
seleção natural. 
A estrutura básica da Teoria Sintética clássica á 
que a evolução é um fenômeno de duas faces: a 
produção da variabilidade gênica e a sua manutenção. 
Os fatores que determinam alterações no conjunto 
gênico (conjunto de todos os genes presentes em 
determinada população) são denominados Fatores 
evolutivos. A teoria sintética reconhece como 
causas da evolução os seguintes fatores 
evolutivos: mutação, recombinação gênica e 
seleção natural. A Mutação e o fator que cria a 
variabilidade gênica a Recombinação aumenta a 
variabilidade, enquanto que a Seleção 
Natural atua selecionando essa variabilidade gênica 
de acordo com as características favoráveis ou 
desfavoráveis para determinado ambiente e época. 
 
 
1. Mutação 
É a fonte básica de toda a variação genética; 
os demais mecanismos evolutivos utilizam a 
variabilidade que é produzida pelas mutações. Por 
isso, as mutações têm sido chamadas de "matéria-
prima da evolução". 
As novas características de um alelo mutante, 
se conferirem vantagem para a espécie podem 
aumentar sua frequência na população, desta forma, 
podemos dizer que o conjunto de genes de uma 
espécie é o acúmulo de mutações vantajosas que se 
perpetuaram por seleção natural ao longo da 
evolução biológica 
Chamamos de mutação toda modificação ou 
alteração que ocorre no material genético, podendo 
ser espontâneas ou induzidas. Elas também podem 
ocorrer à nível de genes ou à nível de cromossomos. 
Aqui vamos nos concentrar nas mutações 
gênicas, ou seja, aquelas que ocorrem nos genes. 
 
 
1.1. ADIÇÃO: é o acréscimo de uma ou mais bases 
ao DNA, modificando a ordem de leitura da molécula 
durante a replicação ou durante a transcrição. 
 
 
 
 
 
1.2. DELEÇÃO: é a perda de uma ou mais bases do 
DNA, modificando a ordem de leitura da molécula 
durante a replicação ou a transcrição. 
 
 
 
 
 
 
 
1.3. SUBSTITUIÇÃO: é a troca de um par de bases 
nitrogenadas por outro, com isso ocorre alteração do 
aminoácido na proteína por ela codificada. 
A anemia falciforme ou Siclemia é uma anomalia 
genética causada pela substituição de uma base 
nitrogenada, como mostrado na figura abaixo: 
 
 
 
Lembrando.... 
✓ As bases nitrogenadas (A, T, C, G, U) estão presentes 
nos nucleotídeos, que são as estruturas básicas do 
material genético DNA e RNA. 
 
✓ Nem sempre a substituição da base altera a proteína a 
ser codificada 
✓ Por isso dizemos que o código genético é 
DEGENERADO 
 
AAA 
 FENILALANINA 
AAG 
 
 
1.4. MUTAÇÕES INDUZIDAS: são induzidas por 
agentes físicos e químicos, chamados de AGENTES 
MUTAGÊNICOS 
Os mecanismos de ação podem ser: a 
substituição de uma base, alteração de uma base 
(provocando mal pareamento), ou dano de uma base 
(faz com que não haja pareamento). 
Ex: Radiações ionizantes – Raios X, raios gama, 
radiação ultravioleta 
 
 
 
2. Recombinação gênica 
É um processo que reorganiza os genes já 
existentes nos cromossomos. O mecanismo primário 
de recombinação gênica é a reprodução sexuada, 
onde os pares de cromossomos permutam (trocam) 
pedaços entre si durante a formação das células 
reprodutivas (gametas). A recombinação envolve a 
segregação (separação) independente dos 
cromossomos nas células reprodutivas, durante a 
meiose (redução do número de cromossomos) e a 
Permutação ou Crossing-Over. 
Ambos mecanismos possibilitam um grande 
número de combinações gênicas, dando origem a 
vários tipos de gametas que irão se unir na 
fecundação. 
Através da recombinação gênica, uma 
população pode ter sua variabilidade gênica 
aumentada, sem adição de novos genes. A 
recombinação gênica leva à formação de novos 
genótipos (tipos gênicos), expondo-os à seleção 
natural e a outros agentes. 
 
Ex da Segregação independente dos cromossomos, 
que permite a ampliação de combinações possíveis 
de cromossomos nas células sexuais. 
 
 
Exemplo de Permutação 
 
 
 
3. Seleção natural 
Trata-se do principal fator evolutivo que 
atua na alteração da variabilidade gênica da 
população. A seleção natural é representada pelos 
agentes do meio externo (meio físico, químico e 
biológico) que atuam sobre os indivíduos. Ela 
organiza e direciona a variabilidade gênica 
surgida através de processos aleatórios 
(mutação e recombinação). 
A seleção natural, agora sob a óptica da 
genética, consiste no fato de selecionar 
genótipos que conferem a seus portadores 
melhor adaptação ao ambiente em que vivem, 
fazendo com que estes deixem maior número de 
descendentes ao longo das gerações e. assim, 
eliminando os genótipos desvantajosos. 
Portanto, a seleçãonatural tende a diminuir a 
variabilidade gênica, pois apenas alguns 
genótipos serão "selecionados". 
 
3.1.Tipos de Seleção Natural 
Seleção Estabilizadora 
Favorece os indivíduos com fenótipos 
intermediários e elimina os de fenótipos extremos 
Ex: Frequência do alelo que causa a siclemia 
(anemia falciforme) em locais endêmicos de 
malária 
• ss – Hemoglobina anormal – Anemia 
falciforme 
• SS – Hemoglobina normal – Vulnerável a 
malária 
• Ss – Possuem ambas as hemoglobinas – 
Resistentes a malária 
 
Gráfico padrão da seleção estabilizadora 
 
 
 
 
 
Seleção Direcional 
Ocorre quando as condições favorecem 
indivíduos que exibem um extremo de uma faixa 
fenotípica, deslocando assim a curva de frequência do 
caráter fenotípico em uma direção ou outra. 
A seleção direcional é comum quando o 
ambiente de uma população muda ou quando 
membros de uma população migram para um novo (e 
diferente) hábitat. 
Ex: seleção de linhagens de bactérias resistentes a 
antibióticos e de insetos resistentes a inseticidas 
 
 
Nestes casos o antibiótico age como agente da 
seleção natural, eliminando aqueles indivíduos que 
não possuem genes de resistência aos antibióticos ou 
inseticidas. 
 
 
Gráfico padrão da seleção direcional 
 
 
 
 
 
Seleção Disruptiva 
Ocorre quando as condições favorecem 
indivíduos nos dois extremos de uma faixa fenotípica 
e elimina os indivíduos com fenótipos intermediários. 
 
Gráfico padrão da seleção disruptiva 
 
 
 
 
 
 
Princípios Fundamentais 
- as populações contêm variação genética que 
surge através de mutação ao acaso e da 
recombinação gênica (novas combinações 
genotípicas); 
- a seleção natural atua sobre a variabilidade 
criada por mutação e ampliada pela 
recombinação gênica, selecionando os mais 
aptos de acordo com suas características. 
 
Méritos da Teoria Sintética: 
-reuniu, sob uma teoria consistente, a essência 
da teoria de Darwin (a seleção natural) e os 
conhecimentos do campo da genética, extraídos 
dos trabalhos de Mendel; 
- conseguiu fornecer explicações consistentes 
sobre a origem e a manutenção da variabilidade 
das características nas populações de cada 
espécie e sobre as diferenças entre as espécies, 
fazendo a grande síntese de todos os dados 
biológicos e paleontológicos; 
- definiu as populações, e não os indivíduos, 
como as "unidades evolutivas".

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