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AULA 12 - DIR E TEC

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AULA 12 – TECNOLOGIA E DEMOCRACIA + DIREITOS DE PROPRIEDADE INTELECTUAL
1. Tecnologia e democracia: 
A tecnologia modificou a dinâmica da sociedade. As notícias de hoje são transportadas mais rapidamente em comparação a outrora. Uma decisão, por exemplo, tomada em Roma ou em Atenas e que precisava ser transmitida para outro local distante, era necessário que alguém se deslocasse fisicamente durante dias para possibilitar o envio da mensagem. Atualmente esse processo ocorre quase que instanteamente.
Tem-se uma hiperconectividade através das novas tecnologias, as quais têm criado possibilidades novas para o exercício da democracia. No passado era vivável uma democracia direta (embora excludente). A democracia grega experimentou algumas instituições que hoje seriam consideradas inviáveis – como um tribunal composto por 500 juízes para julgar um crime cometido por determinada pessoa. 
Evidentemente que esse modelo de democracia direta tem uma legitimação popular bem significativa, mas, por outro lado, se afigura como contraproducente, impraticável no que concerne às sociedades mais complexas e mais robustas (o Brasil tem, na realidade vigente, mais de 200 milhões de habitantes). A democracia direta grega, atualmente, é, inclusive, fisicamente impossível. 
A tecnologia abre portas para viabilizar modelos democráticos. Quase todas as pessoas possuem smartphones. Quando todas as pessoas tiverem assegurado o direito à conexão a internet, poderemos utilizar a tecnologia para aumentar a participação política dos cidadãos. Pode-se pensar em uma “ágora digital”, um espaço tecnológico no qual as deliberações de cada um de nós possam ser colocadas no debate político em prol de tomada de decisões no nosso país.
Será que poderemos, algum dia, substituir a democracia indireta pela democracia direta, ou seja, descartar os políticos profissionais e exercer a democracia ateniense por meio da tecnologia? Será que isso seria tecnologicamente e praticamente viável? Será que teria interesse social nisso? 
Marcus Seixas considera muito difícil a substituição do modelo de representação indireta já que esse sistema já se encontra bem consolidado. Todavia, esse sistema político pode ser aperfeiçoado para proporcionar maiores consultas à população por parte dos nossos representantes. Uma vez consultada, a opinião popular seja vinculante, ou seja, obrigue a tomada de determinadas decisões. 
A ágora digital poderia ser pensada:
· Através da aproximação entre municipalidades e cidadãos por meio de um maior engajamento tecnológico: Melhor contato com o cidadão e maior legitimidade nas ações públicas;
· Participação nos processos legislativo e regulatório:
· Portal E-Cidadania, do Senado Federal: Transformação em PL ou PEC de propostas com, pelo menos, 20.000 assinaturas – mas algumas ideias com menos assinaturas podem ser conduzidas por parlamentares em virtude da relevância das temáticas, como, por exemplo, o auxílio aos órfãos resultantes da covid-19;
· Portal E-Democracia, da Câmara dos Deputados: Audiências interativas, por exemplo, são realizadas nesse site;
· Eleições totalmente digitais: Atualmente é inimaginável no que tange a eleições de grande porte, mas trata-se de uma possibilidade futura. Algumas eleições de menor porte – como para presidente do Esporte Clube Bahia – já aderiram ao modelo on-line; 
· Tecnologia e governo: a democratização do acesso aos serviços públicos: Hoje, por exemplo, a conta gov.br permite acessarmos serviços públicos como verificar a nossa nota do enem ou a nossa cobertura vacinal. Podemos citar, também, o SAC (Serviço de Atendimento ao Cidadão), o qual engloba diversos serviços que podem ser realizados diretamente via internet ou agendar online um atendimento presencial (renovar passaporte, renovar habilitação, tirar título de eleitor, etc); 
· Educação tecnológica e inclusão digital: 
Do ponto de vista da inclusão digital, apesar do que as pessoas pensam, não há uma inclusão digital total ou quase total no Brasil, muito pelo contrário, já que uma parcela significativa da população se encontra excluída de tal democratização. De acordo com dados de IBGE, no último trimestre antes da pandemia da covid-19, mais de 12 milhões de famílias ainda não tinham acesso à internet em casa, cerca de 39,8 milhões de brasileiros de 10 ou mais de idade não usavam a rede, e ainda havia 34,9 milhões de pessoas nessa faixa etária sem aparelho de telefone celular. 
O auxílio concedido pelo governo durante o auge da pandemia da covid-19 era feito por um cadastramento via site, o que inviabilizou um contingente expressivo de cidadãos de usufruir desse programa. 
O Estado deve democratizar os recursos públicos através da tecnologia, facilitando a vida do cidadão brasileiro – como, por exemplo, evitar longas filas. Todavia, essa digitalização tem acontecido com uma velocidade muito grande, o que explicita a necessidade de inclusão digital. 
No Brasil, tem-se uma política pública, atualmente, voltada para a entrega de chips de internet para alunos de escolas públicas. 
Inclusão digital não significa entregar o aparelho e a internet, mas possibilitar conhecimento para a população acerca de como usufruir de tais recursos, ou seja, educação digital. As gerações mais recentes apresentam maior facilidade de lidar com a tecnologia – são os chamados “nativos digitais” – em comparação com as pessoas mais idosas. 
 
2. Direitos de propriedade:
Direitos autorais: 
· Direitos dos autores: São os direitos que protegem as obras literárias, artísticas e científicas;
· Direitos conexos: São direitos que se vinculam a interpretação. Ex: Performance de um grupo de teatro ou a interpretação de uma partitura musical; 
· Programa de computador: Conjunto de instruções que descrevem uma tarefa a ser realizada por um computador; 
Direitos de propriedade industrial:
· Marca: Sinais distintivos de uma empresa ou serviço. Marca se registra, não se patenteia; 
· Patente: Exclusividade no que tange à exploração econômica da marca. Para patentear invenções deve-se respeitar os requisitos contidos na lei (tecnologias inéditas que trazem algum tipo de solução para um problema técnico – ex: o primeiro óleo não poluente da história). Para se patentear um produto, é importante formalizar o que há de inovador no objeto (quadro reivindicatório). Em regra, os softwares são protegidos exclusivamente pelos direitos autorais, mas existe uma única exceção na qual os programas de computador podem ser protegidos pela patente: quando um software fazer parte indissociável do invento patenteável (ex: um robô que varre a casa); 
· Desenho industrial: Aspectos estéticos de um produto; 
· Indicação geográfica: Ratifica que o produto é oriundo de uma determinada região (Champanhe = espumante que vem da região de Champanhe, na França; Queijo da Canastra = produzido na Serra da Canastra, Brasil);
· Segredo industrial e repressão à concorrência desleal: Uma alternativa ao depósito de um pedido de patente; Conjunto de ações para combater práticas anticompetitivas no mesmo segmento produtivo (ex: evitar, por exemplo, cópias de produtos); 
A propriedade industrial e os direitos autorais são protegidos respectivamente pela Lei nº 9.279/96 e pela Lei nº 9.610/98, que adotam o conteúdo do TRIPS.
No que diz respeito ao software, a regulação é feita principalmente por meio da Lei nº 9.609/98.
Os direitos patrimoniais sobre a obra proporcionam que terceiros não explorem economicamente o bem do titular sem o consentimento deste. A honra e a criação do criador do programa de computador também são protegidas. 
A criação do programa de computador independe do registro e, consequentemente, a mera criação faz com que o programa de computador esteja protegido, estendendo-a após 50 anos (a propriedade intelectual, passado esse prazo, entra em domínio público). 
A única ressalva a ser feita é a de que o programa de computador precisa existir em linhas de código. Além disso, é possível submeter o programa a atualizações. 
Proteção Sui Generis: Sistema de proteçãoutilizado por diversos países, como a melhor alternativa, face às dificuldades e inadequações do sistema atual de propriedade industrial para garantir proteção a ativos como: 
· Topografia de circuito integrado; 
· Cultivar;
· Conhecimento tradicional;

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