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Trabalho da Disciplina Filosofia [AVA 2] Discente: Maria Luísa Costa Rosa Oliveira Curso: Administração Matrícula: 18300188 Introdução É de conhecimento geral que o etnocentrismo e o relativismo cultural são suas formas distintas e opostas de olhar para cultura, nesse trabalho iremos conhecer os seus pontos semelhantes e diferenças e além disso como esses movimentos aconteceram na história da humanidade. 1) Em que medida a perseguição aos judeus e a suposta superioridade da “raça ariana”, pregada pelo nazismo, revelam o fenômeno do etnocentrismo? A conceituação da Raça Ariana, atingiu a ápice no período entre o século XIX e XX, cuja noção foi ocasionada pelo achado da família de línguas indo-europeias, onde etnólogos do século XIX entenderam que todos os povos europeus de etnia branca- caucasiana descendiam do pretérito povo ariano. Essa foi a tese abraçada, à época, pelas correntes europeias de caráter nacionalista. Por conseguinte, essa tese foi acatada efusivamente pelo Partido Nazista da Alemanha, e associaram esse conceito como de identidade nacional a raça ariana do povo germânico, de unidade étnica, com o esteio de impulsionar o moral e o orgulho nacionais do povo alemão, que se encontravam desolados, em face da derrota na Primeira Guerra Mundial, aliadas as condições tidas como humilhantes pela rendição, determinadas pelo Tratado de Versalhes. Na conceituação nazista, a raça ariana estaria entre as três grandes raças humanas, e que a palavra ariana serve para designar a raça branca ou caucasoide descendente das antigas tribos, que tiveram origem na região sul, que hoje é a Rússia, em torno de 7 a 8 mil anos, cuja expansão ocorreu por toda a Europa. A melhor explanação e mais aceitável era de que, à época, esses povos eram deveras inferiores, com base no notório: o fenótipo deles. Porém, muitos povos poderiam ser civilizados em aspectos diferentes, a exemplo dos povos germânicos e nórdicos. Estes eram possuidores de crenças, costumes e com princípios morais consolidados, além da liberdade e aversão ao domínio e a escravidão. Contudo, em face das invasões sucessivas praticadas, principalmente pelos romanos, os povos germânicos criaram um sentimento de unidade racial e nacional, em razão da maneira como eram tratados pelos romanos, que desprezavam todos aqueles povos que não aceitassem à sua maneira de viver. No entanto, os povos germânicos permaneceram séculos separados geograficamente e politicamente para, tão somente a partir do século XV, consolidou-se a nação germânica. Porém, somente no século XIX os povos germânicos unificaram-se como uma nação. Daí a ideia nazista, que espelha o sentimento reprimido de milênios de opressão e subjugo daqueles conquistadores. 2) Qual seria a melhor possibilidade de impedir manifestações etnocêntricas? Comente, em poucas palavras, a importância de medidas sociais que poderiam impossibilitar o advento de fenômenos como o Holocausto. Existe o lado oposto do etnocentrismo que é o relativismo cultural que nada mais é como um modo de vida de um determinado grupo que pode não ser válido ou valorizado em outro sistema social. O relativismo cultural demonstra que os comportamentos humanos não são fundamentados na natureza, mas no desenvolvimento dos costumes. Enquanto o etnocentrismo tem uma vertente de confronto, o relativismo cultural aborda as diferenças de uma forma apaziguadora. É importante destacar que o relativismo cultural é uma ideologia que defende que os valores, princípios morais, o certo e o errado, o bem e o mal, são convenções sociais intrínsecas a cada cultura. Um ato considerado errado em uma cultura não significa que o seja também quando praticado por povos de diferente cultura. No etnocentrismo, a posição do “nós” é fixa, parte sempre do grupo que se compreende como superior. Para o relativismo cultural, qualquer sistema social causará o estranhamento daquele que não está inserido. A posição dos “nós” e dos “outros” é relativa. Assim, deve se tomar como base todo o percurso histórico, social e cultural de cada sociedade, respeitando suas diferenças e particularidades. A partir da perspectiva do relativismo cultural, exige-se o respeito aos diversos modos de vida e às diferentes formas de organização social. Assim como o etnocentrismo o relativismo cultural é algo de críticas. A ideia de que todas as culturas são igualmente autônomas em sua construção social, não podendo ser alvos de críticas, pode gerar a concepção de que tudo é permitido, desde que seja ou tenha fundamentos em uma cultura, sendo assim algumas práticas podem ferir direitos e valores compreendidos como universais. Tanto para o relativismo cultural quanto para o etnocentrismo o povo ou sua sociedade não pode deixar que isso ultrapasse os limites do que é tolerável para o seu bem e os demais. Um grupo social não pode se sentir melhor que outro simplesmente por se achar “superior” e também não se pode achar no direito de fazer tudo se baseando em sua cultura ou tradição, porém é necessário adquirir uma maneira que possa responder a essas questões sem cair no etnocentrismo ou no relativismo radical. https://www.diferenca.com/etnocentrismo-e-relativismo-cultural/ https://www.significados.com.br/etnocentrismo/ https://www.youtube.com/watch?v=QdRBL0IvtbQ https://www.youtube.com/watch?v=EZXKWdQ5eps https://jus.com.br/artigos/87913/a-discriminacao-da-raca-humana