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1 
 
 
 
UNIVERSIDADE IGUAÇU 
FACULDADE DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS E DA SAÚDE 
CURSO DE ODONTOLOGIA 
 
EXTRAÇÕES SERIADAS 
 
BEATRIZ NYCOLE TOFOLI SALGADO 
DANIELLE ALONSO COMITRE 
ISABELA MARIA DE OLIVEIRA FERREIRA 
ISADORA CALDAS MARTINS 
KARINA SOUZA MEZINI 
LAURA PAULINE SOARES NASCIMENTO 
MANUELLA TIBURCIO MENDES 
MATHEUS BENFICA MACHARETE 
 
 
 
 
 
Nova Iguaçu 
2022 
 
 
2 
 
BEATRIZ NYCOLE TOFOLI SALGADO 
DANIELLE ALONSO COMITRE 
ISABELA MARIA DE OLIVEIRA FERREIRA 
ISADORA CALDAS MARTINS 
KARINA SOUZA MEZINI 
LAURA PAULINE SOARES NASCIMENTO 
MANUELLA TIBURCIO MENDES 
MATHEUS BENFICA MACHARETE 
 
 
EXTRAÇÕES SERIADAS 
 
Trabalho apresentadoao Curso de 
Odontologia, da Universida de Iguaçu, como 
requisito parcial para aprovação na disciplina de 
Ortodontia II. 
Professora:Thiana Quintella de Oliveira 
 
 
 
 
 
 
Nova Iguaçu 
2022 
 
 
3 
 
 
Lista de Figuras 
1. Arco de Baume ...................................................................................................... 10 
2. Esquema das diversas relações distais dos segundos molares decíduos ............ 12 
3. Cronologia da dentição permanente...................................................................... 12 
4. Comprimento do arco ............................................................................................ 13 
5. Discrepancia entre os caninos .............................................................................. 14 
4 
 
 
Sumário 
1. Introdução .............................................................................................................. 5 
2. Histórico ................................................................................................................. 6 
3. Sistema esquelético .............................................................................................. 7 
3.1 A- crescimento e desenvolvimento .................................................................... 7 
 3.2 B- Tendência de crescimento facial .................................................................... 8 
4. Sistema Muscular ................................................................................................ ..9 
5. Sistema Dental ..................................................................................................... ..9 
 5.1Diastemas fisiológicos na dentição decídua ..................................................... ..9 
 5.2 Relação distal dos 2° molares decíduos .......................................................... ..10 
 5.3 Sequência da erupção dos permanentes ......................................................... ..11 
 5.4 Comprimento do arco ....................................................................................... ..12 
 5.5 Perímetro do arco ............................................................................................ ..12 
 5.6 Mudança dos perímetros do arco..................................................................... ..13 
 5.7 Seguimentos posteriores ................................................................................. ..13 
6. Exame e Diagnóstico........................................................................................... 14 
7. Indicações ............................................................................................................ 16 
8. Contra indicações................................................................................................ 17 
 
9. Técnica de extração seriada ............................................................................. 18 
10. Vantagens .......................................................................................................... 19 
11. Desvantagens .................................................................................................... 19 
12. Conclusão .......................................................................................................... 20 
Referências .............................................................................................................. 21 
 
5 
 
1. Introdução 
 A má oclusão, depois da cárie dentária, é um dos grandes problemas 
que afetam a população infantil. Dessa forma, é necessário diagnosticar 
corretamente no início da dentição mista, onde os dentes se encontram em 
fase de crescimento e com constantes alterações. 
 Entre as mais variadas formas de extração na Ortodondia, existe uma 
técnica muito importante, que são as "extrações seriadas", que nada mais é 
que um procedimento terapêutico para uma melhor adequação dos elementos 
dentários nas arcadas, mediante a exodontia de determinados dentes, como os 
caninos e 1° molares decíduos e 1° molares permanentes. Ou seja, a técnica 
conhecida como extração seriada de dentes decíduos tem objetivo direcionar a 
erupção dos dentes permanentes até encontrar uma oclusão favorável, 
evitando o desenvolvimento de apinhamentos severos, discrepância entre 
bases ósseas, volume dental e traumas psicológicos na criança. 
 O comprimento insuficiente do perímetro do arco ósseo é o responsável 
pelo surgimento da técnica conhecida como extração seriada. Técnica a qual é 
aplicada em pacientes jovens, no inicio da dentição mista, para assim evitar 
patologias de elevado grau de desenvolvimento. Com isso conseguimos evitar 
tratamentos longos e movimentações dentais exageradas além de promover 
auto correção de anomalias de posição dentária e oclusão. 
 Contendo como vantagens permitir movimentos fisiológico dos dentes, 
reduzir tempo do uso de aparelho fixo e diminuir o tempo da utilização da 
contenção. E como desvantagens o aumento da sobremordida, inclinação 
lingual dos incisivos, tecido cicatricial nos espaços das extrações, diastemas e 
alterações mio funcionais. 
 Ao longo do desenvolvimento oclusal ausência de espaço para o 
alinhamento correto dos dentes na arcada é uma condição clínica conhecida 
como apinhamento dentário ou discrepância de modelo negativa. 
 Ao decorrer do primeiro período transitório da dentadura mista temos 
aparecimento do apinhamento primário.Normalmente, este é provocado pela 
6 
 
discrepância entre ossos maxilares e os dentes, tendo o fator genético 
comoprincipal origem. 
 Durante o segundo período transitório da dentadura mista, temos o 
apinhamento secundário, apinhamento na região dos caninos e pré-molares, 
tendo como origem os fatores ambientais, onde o principal fator contribuinte é 
a perda prematura de dentes decíduos. 
 E quando fala-se sobre apinhamento que acontece ao decorrer da 
adolescência e pós adolescência no período da dentição permanente, trata-se 
do apinhamento terciário, ocorrendo predominantemente na região ântero-
inferior e tem o processo de envelhecimento da arcada como o fator 
contribuinte. 
2. Histórico 
 Em 1743 Robert Bunoni foi o primeiro pesquisador a descrever a 
extração de um decíduo para melhor posicionamento dos dentes permanentes. 
Porém, Kjellgren foi o primeiro a denominar como "Extração Seriada" tal 
procedimento. 
 Na décadas 30 e 40 com o melhor entendimento dos ortodontistas sobre 
a fisiologia muscular e os complexos processos de crescimento do crânio e da 
face surgia o interesse pelas extrações seriadas, tornando-se uma conduta de 
rotina. 
 A partir daí tiveram muitos estudos e publicações a respeito a esse 
tema, contudo, todos os autores estavam em comum acordo sobre a 
necessidade de um diagnóstico correto no início da dentição mista, sendo 
assim e de extrema importância que ortodontista tenha um conhecimento 
aprofundando da dentadura mista e seus aspectos. 
 Mayne afirmou que em qualquer debate sobre extrações seriadas 
podemos notar referência de três sistemas de tecidos: ossos, músculos e 
dentes. 
 Não podemos, no entanto, deixar de fazer uma análise do desenvolvimento 
quer esquelético, quer muscular ou dentário de uma criança com dentição mista,para 
7 
 
percebermos o intuito da realização deste programa de extrações seriadas 
(McNamara 1993) 
 
3.Sistema esquelético 
 O ossos do esqueleto humano, tem a finalidade e responsabilidade 
pela forma, suporte do sistema muscular e fazem a proteção dos órgãos vitais. 
Quando um caso for analisado, a sua avaliação deve ser feita respeitando as 
estruturas basais dos maxilares e suas relações entre si e respeitando a 
anatomia do crânio, é será avaliado se haverá ou não a necessidade das 
extrações seriadas. 
 
3.1 A- crescimento e desenvolvimento 
 
 Na época das dentaduras decíduas e mista, o tamanho dos arcos 
crescem ligeiramente entre aos 4 e 8 anos; no entanto este crescimento é 
muito pequeno sendo nulo em muitas crianças. O principal acréscimo do arco 
se faz pelo crescimento posterior, à medida que os dentes vão erupcionando, 
crescimento este que continua na dentadura permanente. 
Não podemos esquecer que existe, no organismo um equilíbrio dinâmico entre 
os sistemas dental, neuro muscular e ósseo. Em má oclusão de Classe I, onde 
já existe uma relação ântero-posteriornormal da maxila é da mandíbula, com 
atividade muscular harmoniosa e o problema está somente dentro do sistema 
dentário. 
 
 Sabe-se, no entanto, que isto esta na dependência da idade e do sexo . 
É, portanto, nos casos de Classe I que a extração seriada encontra sua 
aplicação mais bem-sucedida . 
 
 Outra condição relevante que interfere o prognóstico na evolução 
esquelética é o nível de maturação. O mesmo é naturalmente visível e 
analisável nas radiografias da mão, que de igual modo é um exame crucial 
para a indicação pela terapêutica com extrações seriadas. 
 
8 
 
3.2 B- Tendência de crescimento facial 
 Para avaliar a tendência de crescimento facial, Tweed levou em 
consideração a parte média da face, tomando como referência ao ângulo ANB, 
num determinado espaço de tempo. Para aplicação do método proposto por 
tweed faz-se necessário a tomada de duas telerradiografias com intervalo de 
12 a 18 meses. 
 As extrações seriadas, portanto, são mais indicadas em indivíduos 
portadores de crescimento tipo A e C subdivisão . 
 
 Tipo A: Indivíduos que manifestam o crescimento da maxila e mandíbula para 
baixo a para frente, com o terço médio e inferior crescendo simultaneamente, e com o 
ângulo ANB permanecendo constante. O prognóstico é bom. O Angulo ANB não deve 
exceder 4,5°. Existe um bom relacionamento maxilo-mandibular com possível má 
oclusão de classe I. 
 Tipo A – subdivisão: Possui as mesmas características do tipo A, porém 
o ângulo ANB inicial é maior que 4,5°. Quanto maior o ângulo ANB, mais 
distante estará a mandíbula da maxila, resultando em uma possível má oclusão 
de classe II, onde os molares a caninos poderão estar de topo ou em classe II 
já bem caracterizados. 
 Tipo C: Maxila e mandíbula crescem para baixo a para frente, mas com 
o terço inferior da face crescendo ligeiramente mais do que o terço médio, com 
uma diminuição do angulo ANB. O prognóstico é excelente. 
Tipo C – subdivisão: O crescimento facial é mais para frente do que para baixo, 
e a mandíbula cresce para frente mais rapidamente que a maxila. É o padrão 
de crescimento dos pacientes portadores de classe III. 
 
 
4. Sistema Muscular 
 A musculatura é a forma primária que viabiliza o posicionamento dos 
dentes em erupção, assim como o alinhamento e reposicionamento de dentes 
já erupcionados. Por esta razão, pacientes portadores de Classe I com boa 
9 
 
harmonia com o sistema ósseo e muscular são os ideais para "extrações 
seriadas". 
 Após extrações dos caninos, não se posicionam, os incisivos, 
automaticamente para lingual e nem despinham de forma mágica. Isso se deve 
a este equilíbrio muscular que é necessário entre lábio, língua e bochecha. 
Conclui-se então, que o ortodontista antes de iniciar um tratamento, é 
necessário que seja feito um estudo minucioso do sistema muscular para que 
não venha a fracassar no futuro. 
 Em má oclusão são de Classe I é possível eliminar apinhamentos mas 
os dentes são movimentados para posições alteráveis, onde atuam forças 
musculares anormais . Desta maneira,instala-se um desequilíbrio muscular, 
fazendo com que a correção seja temporária . Nestes casos, o sistema ósseo e 
o muscular apresentam uma boa harmonia, sendo o dever do ortodontista 
colocar o sistema dental em equilíbrio mediante o procedimento das extrações 
seriadas. 
 
5. Sistema Dental 
5.1 Diastemas fisiológicos na dentição decídua 
É normal na dentição decídua a presença de espaços entre os 
incisivos,denominado como “espaços de crescimento” ou “espaçamentos 
fisiológicos”, para que os permanentes que sucederão encontrem área o 
suficiente para sua correta colocação. 
De acordo com BAUME os arcos dentários são de origem congênita, 
classificados como arcos do tipo I e tipo II; os arcos de tipo I apresenta 2,5mm 
de espaços localizado na região anterior, sendo assim, o tipo mais favorável 
para um ótimo posicionamento dos dentes permanentes anteriores, os arcos do 
tipo II não apresentam espaços na região anterior. (FERREIRA, 2008) 
 
 
Figura: Arcos de Baume 
10 
 
 
Fonte: Sanar Saúde 
 
 
5.2 Relação distal dos 2° molares decíduos 
 
BAUME afirma que as faces distais dos segundos molares decíduos, 
superiores e inferiores, é que guiam a erupção dos primeiros molares 
permanentes. (FERREIRA, 2008). 
Podemos então, os segundos molares decíduos apresentarem 3 tipos 
em relação distal: terminação em plano reto (aproximadamente 76% da 
população infantil), em degrau mesial (14%), e em degrau distal (10%). Se não 
houver a presença de espaço primata na mandíbula, os primeiros molares 
permanentes, ao erupcionarem, mantém a sua relação topo a topo, tendem a 
uma reação de oclusão normal durante a substituição de dentes decíduos 
pelos permanentes. 
Estando presente o diastema primata a oclusão entre os primeiros 
molares permanentes inferiores e superiores se processa mais rapidamente 
pois o 1° molar inferior erupciona antes do 1° molar superior, ocorrendo 
fechamento do espaço primata, provocando uma relação de disto oclusão. 
Caso a dentadura decídua apresentar relação distal dos segundos 
molares superiores com degrau mesial para a mandíbula, e com a presença do 
espaço primata, o clínico precisará tomar algumas atitudes necessárias antes 
que os primeiros molares permanentes inferiores erupcionem. Observada sua 
erupção antes do superior, ocorrerá o fechamento do espaço primata inferior e 
11 
 
o 1°molar sofrerá inclinação para mesial maior que a desejada, sendo assim, 
uma relação molar de Classe III. A relação distal dos segundos molares 
decíduos se apresenta com degrau distal para a mandíbula, os primeiros 
molares permanentes sempre erupcionarão em disto-oclusão, sendo assim, 
com uma relação molar classe II. Pode ocorrer o agravamento desse quadro 
quando há presença de diastema primata na maxila e não na mandíbula e se o 
primeiro molar permanente superior erupcionar antes do inferior. 
 
 
 
Figura: Esquema mostrando as diversas relações distais dos segundos molares decíduos 
orientando os primeiros molares permanentes para a oclusão de Classe I, II ou III. 
 
Fonte: FERREIRA (2008) 
5.3 Sequência da erupção dos permanentes 
A erupção dos dentes permanentes começa quando o primeiro molar 
permanente surge no arco, conhecido como molar dos 6 anos. 
 
 
 
 
 
 
 
Tabela: Cronologia da dentição permanente 
12 
 
 
Fonte: NELSON, ASH (2012) 
 
5.4 Comprimento do arco 
 
 É dividido em 2 partes iniciando pelo incisivo central até a mesial do 2º 
molar decíduo, em ambos os lados. 
 
 
5.5 Perímetro do arco dental 
 
 Tem início na distal do segundo molar decíduo seguindo pra face oclusal 
e incisal dos elementos dentais até a face distal do segundo molar do lado 
oposto. 
 Fisk e Morrees analisaram uma diminuição no tamanhodo arco inferior 
durante a dentição mista e decídua de mais ou menos 5 mm, devido: 
 
1-Distalização tardia dos molares 
2-Tendência de mesialização de todos os dentes posteriores durante a vida 
3- Desgaste das faces proximais dos dentes 
 
 
 
 
 
 
13 
 
Figura: Comprimento do arco 
 
Fonte: Scielo 
 
5.6 Mudanças do perímetro do arco 
 
 O diâmetro dos incisivos permanentes é maior que o diâmetro dos 
incisivos decíduos, por isso deve-se avaliar com muita cautela por meio de 
exames radiográficos e análise em modelos de gesso dos espaços presentes e 
requeridos para não fazer uma exodontia precipitada e acabar prejudicando o 
paciente, mas em casos em que há indicação pode-se fazer um protocolo de 
extração seriada durante a dentição mista. 
 
5.7 Segmentos posteriores 
 Também existe uma discrepância entre os caninos, molares decíduos e 
os caninos e molares permanentes que Nance nomeou como espaço livre. 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
Figura: Seguimentos Posteriores 
 
Fonte:Hulari (2011, p.74) 
 
 Por isso deve-se avaliar a dentição mista para um correto tratamento 
desses problemas através da análise das discrepâncias de modelos, tendo 
como base ao menos 5 mm de discrepância negativa para a indicação da 
extração seriada. 
 
Discrepância positiva: o espaço presente é maior que o espaço 
requerido.Discrepância negativa: quando o espaço requerido é menor que o 
espaço presente. 
Discrepância nula: o espaço presente e requerido são iguais. 
 
6. Exame e Diagnostico 
 Um diagnóstico satisfatório parte sempre de um correto exame clínico 
acompanhado de registros que devem incluir radiografias panorâmicas, 
radiografias cefalométricas, fotografias faciais, modelos de estudo e fotografias 
intraorais. 
15 
 
 Na analise de um caso deve ser avaliado o tamanho das estruturas 
basais dos maxilares e suas relações entre si e com respeito a anatomia do 
crânio, para se avaliar a necessidade ou não de extrações seriadas. 
 Os primeiros pré-molares foram os dentes de escolha como primeira 
opção para remoção, desde que má-oclusão de Classe I envolva 
irregularidades dos caninos e incisivos com deficiência de espaço que parece 
mais crítica na região anterior. 
 O fato dos caninos decíduos serem esfoliados precocemente, em 
problemas de deficiência de comprimento de arco talvez seja prudente remover 
os caninos e molares decíduos precocemente para melhor alinhamento dos 
dentes permanentes. Impedindo que os incisivos e caninos permanentes 
exerçam posições de extrema irregularidade, que necessite terapia ortodôntica 
extensa e extração de pré molares para se conseguir o desfecho esperado. 
 Segundo Baume quando uma dentição primária não possui espaço a 
mesma não é favorável e desenvolverá apinhamento na dentição 
permanente.O apinhamento compreende a presença de um arco dentário 
diminuído, incisivos mal posicionados e comumente, a perda antecipada de um 
dos caninos mandibulares ou ambos. Contudo, este também pode proceder-se 
por conta de trauma, a tratamentos iatrogénicos, a discrepância individual do 
tamanho dos dentes, discrepância entre o tamanho dos dentes mandibulares e 
os maxilares, anomalias no padrão de erupção dos dentes permanentes, 
rotação de peças dentárias, perda prematura de dentes decíduos resultando na 
diminuição do comprimento do arco devido a mesialização dos definitivos, 
retenção de dentes decíduos, entre outras. 
 A extração seriada, portanto, se tornará adjunto valioso na prática, 
reduzindo a quantidade de terapia com aparelhos, necessárias para a correção 
de má oclusão de Classe I. A aparatologia final será necessária para fechar os 
espaços remanescentes, conseguir o paralelismo das raízes, estabelecer o 
plano oclusal e corrigir a intercuspidação. No entanto, para que os resultados 
sejam satisfatórios e a mecanoterapia final diminuída 
 
16 
 
Regra n°1 - Deve haver uma relação de Classe I bilateral; 
 Regra n°2 - O esqueleto facial deve estar equilibrado nos sentidos 
ântero-posterior, vertical e mesiolateral; 
 Regra n°3 - A discrepância deve ser de pelo menos 5mm em cada 
quadrante; 
 Regra n°4 - As linhas médias de ambos os arcos devem coincidir; 
 Regra n°5 - Não deve haver mordida aberta nem sobremordida; 
 Regra n°6 - O paciente deve ter um crescimento do tipo A ou C; 
 Regra n°7 - Deve haver ausência de diastemas fisiológicos na dentição 
decíduo; 
 Regra n°8 - O perfil não pode ser reto ou côncovo; 
 Regra n°9 - O FMA deve ser menor que 30°. 
 A relação maxilomandibular é de suma importância no planejamento da 
extração seriada. 
 Se existe uma perfeita relação dos segmentos posteriores - má oclusão 
de Classe I - as chances de sucessos são relativamente boas. 
 Se a relação maxilomandibular é anormal - Classe II e Classe III - as 
extrações seriadas devem ser abordadas com grande cautela e com a 
expectativa de que a má relação basal deve ser ajustada por aparelhos antes 
da complementação da dentadura permanente. 
Tweed afirmou que a má oclusão de Classe I, com boa relação do ângulo ANB, 
poderá dispensar o tratamento ortodôntico após a terapia das extrações. 
7. Indicações 
 Para escolha de casos de extração seriada se faz necessário ter critério 
para saber o momento de intervir e salientar-se da escolha correta do dente 
mais indicado para se extrair na ocasião. 
 As indicações para terapia de extrações seriadas divide opiniões entre 
autores. 
17 
 
 A indicação necessária para se ter a extração seriada em casos de 
sinais de desenvolvimento desarmônico entre o dente e tamanho ósseo é pela 
maloclusão de classe 1, expondo desconformidade severa entre elemento 
dentário e base óssea.O grau de apinhamento deve ser visto ainda na dentição 
mista, tendo acompanhamento do comprimento do arco e espaço requerido. 
 Também é indicado em ocorrências de apinhamento de dentes 
anteriores, desvios de linha média, incisivos laterais impactados, perda prévia 
de um ou mais caninos decíduos, diminuição do comprimento do arco, retração 
gengival com ou sem perda óssea na face vestibular na localização de incisivos 
centrais inferiores, ocorrência de maloclusão classe 1 com grande falta de 
espaço,casos de classe 1 e de tipo C de tendência de crescimento, por motivos 
profiláticos ou terapêuticos e diminuição da discrepância entre elementos 
dentários e ossos da maxila em casos de dentes apinhados. 
De acordo com MAYNE a técnica deveria ser aplicada somente para pacientes 
com perfil satisfatório, equilíbrio no sistema crânio- facial e desequilíbrio dos 
dentes. 
 NOBREGA defendeu a forma ideal da realização do procedimento em 
crianças de 8 anos com quantidade de dentes normais, relação de molar e 
canino na classe 1 com pouco ou mínimo de overjet e overbite. Também expos 
indicação em pacientes que possuam maloclusão classe 2 com protusão dos 
dentes. 
 Segundo Langlade é difícil optar pela extração seriada por conta de 
fatores múltiplos que exigem uma análise exigente de conhecimentos 
ortodônticos. 
8. Contra indicações 
 Dentro da ortodontia, a técnica de extrações seriadas tem seu espaço 
importante quando possuem uma boa colocação em pratica e quando se tem 
domínio da técnica, mas como qualquer outro tratamento, também possui 
limitações. 
 A técnica não é de origem satisfatória em ocorrência de maloclusões de 
classe 1 com pouco apinhamento, quando se tem ausência de algum dentes 
18 
 
no arco dentário, em caso de paciente com mordida profunda, para casos de 
sobremordida, em casos de pequena discrepância no arco inferior, maluclusao 
classe 2,segunda divisão e classe 3, severidade de sobresaliencia e inclinação 
axial lingual de incisivos mandibulares. 
9. Técnica de extração seriada 
 Após o exame clinico e o estudo de todos os exames complementares, o 
profissional deve decidir pela necessidade ou não de se proceder às extrações 
seriadas. Se sim, é preciso tomar uma segunda decisão:se deve extrair os 
primeiros molares decíduos é quando isto serárealizado. A extração deve 
começar a partir do arco mais deficiente. 
 Temos três estágios na terapia de extrações seriadas convencionais 
 Remoção de caninos decíduos (entre 8 é 9 anos) que tem como objetivo 
permitir a erupção e alinhamento dos laterais . O desapinhamento dos incisivos 
se dá devido ao perfeito equilíbrio que deve existir entre a musculatura dos 
lábios e da língua e é obtido às expensas dos espaços reservado para caninos 
permanentes. 
 Remoção dos primeiros molares decíduos(entre 9 e 10 anos) Com este 
procedimento, ortodontista pretende apressar a erupção dos primeiros molares 
inferiores, para possam erupcionar antes dos caninos inferiores, ou seja, que 
haja uma mudança na sequência normal de erupção, no arco superior procede-
se da mesma, só que não existe essa preocupação, pois o canino normalmente 
erupciona depois dos pré-molares. Os primeiros molares decíduos, portanto, 
devem ser extraídos após os primeiros molares terem ultrapassado o estágio 6 
(coroa completamente formada), para que sua erupção seja acelerada. Se for 
extraído antes disso terá um atraso na erupção dos pré-molares. 
 Remoção dos primeiros pré-molares erupcionados- Só deverá ser 
realizada quando todos os critérios de diagnóstico forem novamente avaliados. 
Se o estudo do diagnóstico confirmar a deficiência inerente ao comprimento do 
arco, a finalidade deste passo é permitir ao canino irromper distalmente no 
espaço criado pela extração. Se o procedimento for realizado corretamente, a 
experiência mais compensadora é ver o abaulamento gengival dos caninos 
mover-se para distal por si mesmo, para o local dos pré-molares . 
19 
 
 Assim que os primeiros pré-molares irrompem, faz a remoção e espera 
a erupção dos segundos pré-molares com inclinação axial para mesial. 
 Para diminuir a tendência à sobremordida, não há problema nenhum em 
se colocar uma placa de mordida de acrílico. Ela faz prevenção da 
sobremordida, estimula a erupção dos elementos posteriores e elimina a 
retrusão funcional. 
 As extrações seriadas, se bem conduzidas, proporcionam resultados 
bastante agradáveis e desta forma, ajudar a resolver problemas ortodônticos 
cada vez mais progressivos na população. 
No entanto,tweed sugere uma outra sequência para extrações seriadas: 
 
 extração dos primeiros molares decíduos (até 8 anos), mantendo os 
caninos decíduos no arco . Inicialmente, tweed não se preocupa com o 
apinhamento anterior. 
 
 extração dos primeiros pré molares quando chegam no nível gengival 
simultaneamente com os caninos decíduos. Com isto, paralelamente 
que vai acontecendo o desapinhamento anterior, os caninos 
permanentes vão erupcionando. 
 
10. Vantagens 
 Além de beneficiar a estética, a técnica de extração seriada também 
auxilia na moderação do tempo de um posterior tratamento ortodôntico com 
aparelhos fixos, possibilita melhor higiene para o paciente por conta do 
beneficio no posicionamento dental, reduz maloclusão por consequência de 
discrepância entre bases ósseas e volume de dentes, permitem o 
deslocamento dental fisiológico, minimiza emprego de aparelhos ortodônticos e 
beneficia as estruturas periodontais por ter menos cargas de ancoragem no 
dente. 
11. Desvantagens 
 O procedimento tem como desvantagem a inclinação lingual dos 
incisivos mandibulares gerando sobremordida profunda, tendo como 
consequência o aumento da curva de spee. Outra fator maléfico é a 
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possibilidade de danos periodontais em regiões que possuem contato direto 
entre segundo molar e canino por conta dos pré molares surgirem com 
inclinação axial para mesial. 
12. Conclusão 
Conclui-se a importância do crescimento e seus potenciais, e sobre a 
influência da função no desenvolvimento das dentições e relação com suas 
bases ósseas, adquirimos um melhor entendimento de como e quando intervir 
nos processos de crescimento e desenvolvimento, de forma que a natureza 
possa adequar da melhor forma possível seu plano de crescimento individual 
para cada paciente. Temos, portanto,extração seriada como uma técnica 
relevante em casos de apinhamentos, diminuindo assim o grau da má oclusão. 
Mas é preciso ter pleno domínio da técnica para a aplicação e fazer uso de 
exames e um bom diagnostico. A Extração seriada de dentes decíduos tem 
objetiva direcionar a erupção dos dentes permanentes até encontrar uma 
oclusão favorável, proporcionando resultados satisfatórios e ajudando a 
resolver problemas ortodônticos cada vez mais crescentes na população. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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REFERÊNCIAS 
1. ASSUNÇÃO, Diana. Extracções Seriadas. Mestrado Integrado em Medicina 
Dentária, Coimbra, Portugal, p. 16-18, 2012. Disponível em: 
file:///C:/Users/Erickson%20William/Downloads/TESE%20-
%20Extracc%CC%A7o%CC%83es%20Seriadas.pdf. Acesso em: 7 abr. 2022. 
2. CAMPOS, Jéssica Cristina de Brito. Manejo de espaços na dentadura 
mista. Extração seriada, Brasília, p. 30-31, 2015. Disponível em: 
https://bdm.unb.br/bitstream/10483/13047/1/2015_JessicaCristinadeBritoCamp
os.pdf. Acesso em: 8 abr. 2022. 
3. FERREIRA, Flávio Vellini. Ortododontia Diagnóstico e Planejamento Clínico: Extrações 
Seriadas. Separata de: FERREIRA, Flávio Vellini. Ortododontia Diagnóstico e 
Planejamento Clínico: Extrações Seriadas. 7. ed. rev. São Paulo: Artes Médicas, 2008. 
cap. 9, p. 17-186. ISBN 978-85-7404-003-5. 
4. FELGAR, María Clementina Martínez. Extrações Seriadas em Ortodôntia. Extrações 
Seriadas , Porto, p. 41-43, 2013. Disponível em: 
file:///C:/Users/Erickson%20William/Downloads/Extrac%CC%A7a%CC%83o%20seriada
%20ortodontia%20.pdf. Acesso em: 8 abr. 2022. 
5. PEREIRA, Fabrício Barranco. Extrações Seriadas. Serial Extractions, Revista FAIPE, ano 
2018, v. 8, n. 2, 1 jul. 2018. 1-7, p. 2-5. ISSN 2179-9660. Disponível em: 
file:///C:/Users/Erickson%20William/Downloads/107-1-455-1-10-20180907.pdf. Acesso 
em: 7 abr. 2022. 
 
	ISADORA CALDAS MARTINS
	KARINA SOUZA MEZINI
	ISADORA CALDAS MARTINS (1)
	KARINA SOUZA MEZINI (1)
	Sumário
	2. Histórico 6
	4. Sistema Muscular ..9
	5. Sistema Dental ..9
	7. Indicações 16
	8. Contra indicações 17
	9. Técnica de extração seriada 18

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