Buscar

AULA 1_2 ética 2-semestre Janaina

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

AULA 1 
 
 
1. APRESENTAÇÃO 
 
Como único ser vivo dotado da capacidade racional, o ser humano age conforme o que 
aprende durante a vida, estando muitas vezes fadado ao erro principalmente por não possuir 
noções básicas sobre a ciência ÉTICA. 
Este módulo tem como objetivo trazer algumas informações básicas sobre a disciplina, 
mostrando ao aluno um pouco da história da ética e alguns problemas fundamentais e gerais sobre 
comportamentos humanos, sendo certo que o saber consciente sobre o tema contribuirá para o seu 
futuro sucesso profissional, especialmente em suas relações interpessoais. 
Esperamos que, ao final deste estudo, estejamos aptos a uma atuação profissional mais 
ética, escolhendo dentre as opções que hão de surgir durante nossas vidas, sempre, 
voluntariamente, por aquela que tenderá a gerar somente e tão somente o bem. 
Ética: Conceito: “Estudo dos juízos de apreciação referentes à conduta humana suscetível 
de qualificação do ponto de vista do bem e do mal, seja relativamente a determinada sociedade, 
seja de modo absoluto. ” (g.n.) 
- Disciplina filosófica que tem por objeto de estudo os julgamentos de valor na medida 
em que estes se relacionam com a distinção entre o bem e o mal. 
A ética é a teoria ou ciência que estuda o comportamento moral dos homens em 
sociedade, e tem como finalidade o bem. 
Conceito de Bem: “Qualidade atribuída a ações e a obras humanas que lhes confere um 
caráter moral. Tudo o que é bom, justo, agradável e conforme a moral. Aquilo que é “bem feito”. 
Esta qualidade se anuncia através de fatores subjetivos (o sentimento de aprovação, o 
sentimento de dever) que levam à busca e à definição de um fundamento que os possa explicar. ” 
(g.n.) 
 
1. 1 História da ética 
 
 A vida ética na antiguidade sempre teve como principal fundamento o predomínio das 
tradições e a ideia de que a religião comanda a vida das pessoas, do nascimento à morte, exercendo 
um domínio sobre tudo e sobre todos. Parte-se do pressuposto que os vínculos sociais derivam 
não da natureza, mas sim, fundamentalmente de uma força coativa da religião. Os antigos sempre 
tiveram seus olhares voltados para o passado, observando os atos de seus antepassados, 
ressaltando suas atitudes como heróicas ou mitológicas. 
Extraímos daí a importância dos costumes sociais e da religião como principais guiadores 
das atitudes sociais da época. De certa forma, como particular, o indivíduo acaba por ser um dos 
grandes desafios da sociedade contemporânea e saber lidar e limitar o entendimento e o alcance 
do que é a ética e sua aplicabilidade em junção a moral. 
De certa forma, como particular, o indivíduo acaba por ser consumido pelo grupo social, 
pois não lhe restava opção senão a observância criteriosa destas regras, impostas de forma severa 
pela própria sociedade. Aquele que as desobedecesse seria punido, conforme os costumes, pela 
própria sociedade. 
Ao mesmo tempo, relatos demonstram a soberania dos indivíduos com relação à maioria 
dos assuntos públicos, cabendo aos cidadãos, em assembleias populares a decisão sobre a paz ou 
a guerra, por exemplo. 
Vale observar ainda que a sociedade da época se apresentava de forma hostil àqueles que 
exerciam ofícios mecânicos ou comerciais, sendo este um dos aspectos diferenciadores da 
sociedade contemporânea, pautada na supremacia do capital e no consumo. 
 
· Ética – Sócrates, Aristóteles e Platão; 
· Ética – Moral, usos e costumes; 
 
1.1.1 Regras de Comportamento Humano: Usos, costumes, moral e leis. 
 
Nem sempre o que a nossa consciência nos diz sobre como devemos agir está correto. Por 
isso, em todas as sociedades existem quatro princípios que servem como diretrizes, para a 
manutenção da ordem da vida em grupo, nos traçando as regras comportamentais que devemos 
obedecer no intuito de obtermos a respeitabilidade perante a sociedade em que vivemos. São eles: 
Usos, costumes, moral e leis. Ter conhecimento sobre estas regras ajuda o ser humano nas suas 
decisões do dia a dia, corroborando para sua melhor aceitação social. 
 
1.1.2 Usos 
 
Os usos são padrões não obrigatórios de comportamento social. Na maioria das vezes, 
constituem modos coletivos de conduta, considerada como normal e aceitável pela maioria da 
sociedade. Quando reconhecidos e aceitos pela sociedade, regem a maior parte da nossa vida, sem 
serem impostos por quem quer que seja, nos indicando o que é adequado no dia a dia. 
No entanto, quase nunca o desrespeito do que é usual numa sociedade gera uma punição 
ao infrator. A pessoa que os infringe poderá ser chamada de excêntrica, esquisita, 
extravagante, por se comportar de forma diferente da maioria. Talvez por que não haja uma 
ameaça séria ao grupo pela desobediência destas regras. 
As sanções geralmente são despercebidas, como o riso, o ridículo, o deboche. Os usos 
podem ser convencionais ou espontâneos. 
Exemplos de regras usuais: convenções, regras de etiqueta, rituais, rotinas de trabalho e 
lazer, maneiras de cortejar, de se vestir, etc. 
A palavra ética e de origem grega derivada de ethos, que diz respeito ao costume, aos 
hábitos dos homens vivendo em sociedade, no entanto a difícil missão e saber como avaliar o 
comportamento do ser humano nesta “sociedade”. 
Sabemos que no mundo todo existem várias sociedades agindo e convivendo de forma 
diferente, com costumes, religiões, regras de sobrevivência, dentre outros aspectos diversos; e 
avaliar o que e correto vai além da forma como fomos educados, e necessário saber avaliar que 
cada sociedade está ligada as suas origens e história. 
Se analisarmos a forma como a mulher e tratada em algumas sociedades islâmicas, 
certamente sob o olhar da nossa sociedade ocidental não poderemos compreender os regramentos 
islã; porém, quando analisado pelo lado deles, dentro dos seus preceitos religiosos, legais e 
comportamentais, entenderemos certamente aqueles tratamentos. 
A ética serve para qualificar as organizações (empresa ética), as pessoas (sujeito ético) e 
os comportamentos (conduta ética), dentro de uma sociedade. 
Ricardo Vargas, em seu livro Os Meios Justificam os Fins (2005), indica que “a ética de 
um indivíduo, grupo, organização ou comunidade seria a manifestação visível, através de 
comportamentos, hábitos, práticas e costumes, de um conjunto de princípios, normas, 
pressupostos e valores que regem a sua relação com o mundo”. 
Uma condição fundamental para que o homem atinja seus objetivos e, sem dúvida 
nenhuma, que ele se associe. Sozinho o homem e incapaz de atingir grande parte de seus bens, 
objetivos, finalidades e interesses. Portanto a sociedade e uma comunidade, uma comunhão, uma 
organização, na qual uns suprem o que aos outros falta e na qual todos, em conjunto, realizam o 
que nenhum, isoladamente, seria capaz de conseguir. 
 
1.2 Conceito de moral e justiça 
 
Se a ética pode ser entendida como a forma pela qual o indivíduo se comporta em 
sociedade, a moral pode ser definida como a forma com que a sociedade enxerga este “ser” e seus 
atos perante ela. 
O conceito de justiça, ou seja, o conceito do indivíduo sobre o que ele considera justo ou 
injusto está diretamente ligado as suas convicções pessoais, intimas, sobre o que ele entende por 
certo ou errado, dentro daquilo que mais lhe convém. 
Um exemplo clássico que mistura o entendimento e a praticidade dos dois conceitos e 
dado na seguinte situação: um pai que entende por justo matar o homem que assassinou o seu 
filho. Esta situação e proibida (ilegal) e imoral dentro da sociedade brasileira, que não permite o 
“fazer justiça com as próprias mãos”, mas esse tipo de atitude, dentro do espaço íntimo de um pai 
que se encontra nessa situação, pode ser porele considerada “justa”. A própria expressão “fazer 
justiça com as próprias mãos” 
já traz em seu contexto o conceito de justiça, aqui descrito. 
Podemos identificar padrões morais estabelecidos em épocas diferentes na mesma 
sociedade. A medida que a sociedade evolui, ou até mesmo se globaliza, ela modifica os seus 
conceitos morais. 
Há algumas décadas, na sociedade brasileira, como em outras culturas, era totalmente 
imoral perante a comunidade uma mulher ser mãe ou engravidar sem ter, anteriormente, feito os 
votos do matrimônio, bem como era totalmente imoral casar sem ser virgem; inclusive, em 
determinada época, era quase obrigatório estender o lençol sujo de sangue na varanda das casas 
para provar o defloramento da esposa. Atualmente, a sociedade em geral entende como normal 
esse tipo de acontecimento, sendo um assunto apenas discutido no seio de cada família. 
O comportamento moral não se baseia em uma reflexão, mas nos costumes de 
determinada sociedade em determinado lugar, em um preciso tempo histórico. 
A moral e habitualmente um meio mais poderoso do que a lei para reger o comportamento 
humano. Muitas vezes e mais fácil infringir a lei para agir de acordo com a moral do que infringir 
a moral para agir de acordo com a lei. 
Embasando qualquer decisão que tomamos, na vida profissional ou privada, estarão 
sempre os nossos valores morais como orientação. 
Diante do conceito de ética descrito no tópico anterior e do conceito de moral disposto, 
podemos concluir que a moral baseia‑se no comportamento da sociedade, e que a ética, a partir 
da reflexão desse comportamento, criara normas universais com a finalidade de estabelecer as 
melhores ações. 
 
1.3 Ética empresarial 
 
A ética empresarial pode ser definida como o comportamento da pessoa jurídica de 
Direito Público (empresas públicas) ou Direito Privado, quando estas agem de conformidade com 
os princípios morais e éticos aceitos pela sociedade, ou seja, quando elas agem em conformidade 
com as regras éticas provindas do senso comum de uma sociedade. Se uma empresa, como espaço 
social que e, produz e reproduz esses valores, ela se torna importante em qualquer processo de 
mudança de perspectiva das pessoas que a compõem; tanto das que nela convivem e participam 
diretamente quanto daquelas com as quais essas pessoas se relacionam (indiretamente). 
Assim, quanto mais empresas tiveram preocupações éticas, mais a sociedade na qual essas 
empresas estão inseridas tendera a melhorar no sentido de constituir um espaço agradável onde 
as pessoas vivam realizadas, seguras, satisfeitas e felizes. 
Este comportamento ético e moral e o que espera toda a sociedade na qual a pessoa 
jurídica está inserida, pouco importando se for pessoa jurídica de Direito Público ou Privado, 
devendo a empresa agir com ética em todos os seus relacionamentos, especialmente com clientes, 
fornecedores, empregados, concorrentes e governo. 
É importante ressaltar que toda empresa tem o dever ético de cumprir a lei e os costumes. 
O problema e que, embora a empresa como organização possa ser um agente moral, na verdade 
quem tem ou deixa de ter comportamento ético são as pessoas que a dirigem e que nela trabalham. 
É difícil separar a pessoa da instituição, principalmente as pessoas jurídicas de Direito 
Público. O exemplo mais banal é a participação das empresas em entidades de qualquer natureza. 
O representante da empresa nessas entidades e tomado como se fosse a própria empresa, e assim 
são consideradas suas declarações e opiniões. Por uma manifestação infeliz, ninguém diz que 
alguém e um mau representante da empresa. A referência, no caso, e sempre a empresa 
representada. Bons dirigentes e funcionários, por outro lado, difundem a imagem de sua empresa 
como boa. Por isso há uma preocupação cada vez maior das empresas quando designam aqueles 
que devam representá‑las externamente. 
O problema pode ser maior ainda quando os gestores ou dirigentes agem de má-fé e 
confundem o patrimônio público com o seu particular, cometendo os mais diversos crimes contra 
a economia popular, como os casos de corrupção e desvios de valores em simulação de contratos 
ou contratações de serviços que nunca se efetivaram, ou entre os mais diversos crimes que são 
apresentados a mídia todos os dias; um ato destes pode levar uma empresa pública ou até as 
empresas particulares a quebra ou a falência, dependendo do rombo em seus cofres ou do alcance 
dos efeitos dos crimes cometidos. 
Segundo o autor Joaquim Manhães Moreira (apud COTRIM, 2008, p. 228), são razoes 
para a empresa ser ética: 
• Custos menores, pois não faz pagamentos irregulares ou imorais, por exemplo, o 
“suborno”. 
• Possibilidade de avaliar com precisão o desempenho da sua estrutura. 
• Legitimidade moral para exigir comportamento ético dos empregados. 
• Geração de lucro livre de contingências, por exemplo, condenações por procedimentos 
indevidos. 
• Obtenção de respeito dos parceiros comerciais. 
• Cumprimento do dever inerente à responsabilidade social da organização. 
 
1.4 Responsabilidade social 
 
Podemos conceituar a responsabilidade social como um processo instrutivo e dinâmico 
baseado na ciência do dever humano e na ética, envolvendo ações governamentais e não 
governamentais pelos direitos fundamentais para a vida, as relações sociais e o equilíbrio 
ambiental. 
Estas manifestações, além de regras de ordem moral, estão disciplinadas em códigos e 
instrumentos pátrios como as leis de proteção ao consumidor, das crianças e adolescentes, das 
mulheres e dos idosos, e, no âmbito internacional, temos a Declaração Universal dos Direitos 
Humanos, a Declaração Universal dos Direitos da Criança, as Convenções sobre as Condições de 
Trabalho, dentre outros. 
Dentro das sociedades podemos encontrar diversas formas de manifestação de 
responsabilidade social que podem ser exercidas pelo governo municipal através de políticas 
públicas, e pelos cidadãos através de desenvolvimento social com ações individuais, coletivas ou 
empresariais, junto a órgãos públicos ou entidades privadas, com a execução de trabalhos 
voluntários. 
Com o passar do tempo, tal concepção originou algumas variantes ou nuances. Assim, 
conceitos novos– muitas vezes complementares, distintos ou redundantes – são usados para 
definir responsabilidade social, dentre eles: responsabilidade social corporativa (RSC), 
responsabilidade social empresarial (RSE) e responsabilidade social ambiental (RSA). 
A chamada RSC e, na maioria dos casos, conceito usado na literatura especializada 
sobretudo para empresas, principalmente de grande porte, com preocupações sociais voltadas ao 
seu ambiente de negócios ou ao seu quadro de funcionários. O conceito de RSE, ainda que muitos 
vejam como sinônimo de RSC, tende a envolver um espectro mais amplo de beneficiários 
(stakeholders), envolvendo aí a qualidade de vida e bem‑estar do público interno da empresa, mas 
também a redução de impactos negativos de sua atividade na comunidade e no meio ambiente. 
Na maioria das vezes, tais ações são acompanhadas pela adoção de uma mudança comportamental 
e de gestão que envolve maior transparência, ética e valores na relação com seus parceiros. 
Por fim, o conceito de responsabilidade social ambiental (RSA), talvez mais atual e 
abrangente, ilustra não apenas o compromisso de empresas com pessoas e valores humanos, mas 
também preocupações genuínas com o meio ambiente. Independentemente de que linha ou 
conceituação utilizar, fica evidente que empresas variam bastante – o que muitas vezes e natural 
e reflete sua vocação como negócio – na prioridade a ser dada a questões socioambientais, as 
vezes focando certos públicos em detrimento de outras ações sociaisigualmente relevantes. 
A responsabilidade empresarial, seguindo os ensinamentos de Robert Henry Srour 
(2008), adquire o caráter social em função da adoção de um conjunto de práticas: 
• Conjuga o desenvolvimento profissional dos colaboradores e sua coparticipação em 
decisões técnicas, estimula investimentos em segurança e melhores condições de trabalho, 
concede participação nos lucros e nos resultados, assim como outros benefícios sociais. Seus 
impactos imediatos são maior produtividade, mais eficiência nos processos, incremento do capital 
intelectual, maior assiduidade do pessoal e menor rotatividade. 
 
• Valoriza a diversidade interna da empresa, por meio do combate às discriminações – no 
recrutamento, no acesso ao treinamento, na remuneração, na avaliação do desempenho e na 
promoção das “minorias políticas”, como e o caso de uma política de emprego para portadores de 
deficiência física, da adaptação do ambiente de trabalho as suas necessidades e da previsão de 
vagas para jovens de pouca qualificação que recebem formação e capacitação adequadas. 
• Exige dos prestadores de serviços que seus trabalhadores desfrutem de condições de 
trabalho semelhantes às dos próprios funcionários da empresa contratante. 
• Constitui parcerias entre clientes e fornecedores para gerar produtos e serviços de 
qualidade, garantir preços competitivos, estabelecer um fluxo de informações precisas e 
tempestivas e para assegurar relações confiáveis e duradouras. 
• Contribui para o desenvolvimento da comunidade local e, por extensão, da sociedade 
inclusiva, através da implantação de projetos que aumentem o bem‑estar coletivo. 
• Inclui investimentos em pesquisa tecnológica para inovar processos e produtos, além de 
melhor satisfazer os clientes ou usuários. 
• Exige a conservação e a restauração do meio ambiente através de intervenções não 
predatórias (consciência da vulnerabilidade do planeta) e através de medidas que evitem 
externalidades negativas. 
• Implica a publicação de um “balanço social”. 
No ano de 1998 o Conselho Empresarial Mundial, em convenção na Holanda, institui as 
bases para o conceito de Responsabilidade Social Corporativa (empresarial), estabelecendo o 
comprometimento permanente dos empresários com comportamentos eticamente orientados e 
com o desenvolvimento econômico, no intuito de melhorar a qualidade de vida dos empregados 
e de suas famílias, bem como da comunidade local e da sociedade em geral. 
As consequências trazidas, para as empresas que adotam dentre as suas estratégias a 
responsabilidade social, podem ser resumidas da seguinte forma: 
• Contribuição decisivamente para a perenidade das empresas, uma vez que diminui sua 
vulnerabilidade ao reduzir desvios de conduta, processos judiciais e possíveis retaliações por parte 
dos stakeholders. 
• Promoção da reputação das empresas, sobretudo junto aos clientes e às comunidades 
locais em que suas sedes estão implantadas. 
• Conciliação da eficácia econômica com preocupações sociais. 
• Fortalecimento interno à empresa, conquistando e retendo talentos, além de cultivar um 
relacionamento duradouro com clientes e fornecedores. 
• Faz os projetos sociais serem agregados como valor aos produtos ou serviços prestados. 
• Opera como fator inovador para alcançar o sucesso empresarial. 
Neste sentido, as empresas têm a missão de competir não somente pela conquista do 
mercado, para auferir lucros, mas também para conquistar um capital de reputação, de prestigio; 
querem dispor de uma reserva de credibilidade que lhe confira a “licenca para operar” e, por 
conseguinte, o benefício da dúvida em situação de crise. Procuram obter, sobretudo, um credito 
de confiança que lhes outorgue uma vantagem competitiva para incrementar sua rentabilidade 
(SROUR, 2008, p. 232). 
 
1.5 Certificações socioambientais 
 
As certificações socioambientais surgiram com o objetivo de ser um dos mecanismos de 
promoção e incentivo as mudanças de qualidade na agricultura em direção a sustentabilidade. 
Porém, a certificação não deve ser encarada como uma solução, embora possa cumprir 
interessante papel no sentido de promover transformações em segmentos produtivos, como tem 
ocorrido nos setores florestal e agrícola. 
Esses processos de transformação devem ser acompanhados de políticas públicas, 
pesquisas e outros instrumentos complementares. 
As empresas certificadoras, através dos seus certificadores, avaliam o desempenho da 
operação auditada diante de padrões mínimos existentes. E importante salientar a predominância 
de diferentes tipos de avaliação de desempenho em relação as avaliações de procedimentos, 
principalmente no sistema de certificação Internacional Organization for Standartization (ISO). 
A seguir, alguns exemplos de certificações ambientais: 
• Selo Empresa Amiga da Criança: selo criado pela Fundação Abrinq para empresas que 
não utilizem mão de obra infantil e contribuam para a melhoria das condições de vida de crianças 
e adolescentes. 
• ISO 14000: e apenas mais uma das certificações criadas pela International Organization 
for Standardization (ISO). O ISO 14000, parente do ISO 9000, dá destaque as ações ambientais 
da empresa merecedora da certificação. 
• AA1000: foi criada em 1996 pelo Institute of Social and Ethical Accountability. Esta 
certificação de cunho social enfoca principalmente a relação da empresa com seus diversos 
parceiros, ou stakeholders. Uma de suas principais características e o caráter evolutivo, já que é 
uma avaliação regular (anual). 
• SA8000: a “Social Accountability 8000” e uma das normas internacionais mais 
conhecidas. Criada em 1997 pelo Council on Economic Priorities Accreditation Agency 
(CEPAA), o SA8000 enfoca, primordialmente, relações trabalhistas e visa assegurar que não 
existam ações antissociais ao longo da cadeia produtiva, como trabalho infantil, trabalho escravo 
ou discriminação. 
• ABNT‑ISO 26000: no dia 1o de novembro de 2010, foi publicada a Norma Internacional 
ISO 26000 – Diretrizes sobre Responsabilidade Social, cujo lançamento foi em Genebra, Suíça. 
No Brasil, no dia 8 de dezembro de 2010, a versão em português da norma, a ABNT NBR ISO 
26000, foi lançada em São Paulo. A norma e de grande utilidade a empresas interessadas em 
adotar programas de ser, uma vez que oferece orientações relacionadas a sete princípios 
norteadores de responsabilidade social: 
— Accountability: ato de responsabilizar‑se pelas consequências de suas ações e decisões, 
respondendo pelos seus impactos na sociedade, na economia e no meio ambiente, prestando 
contas aos órgãos de governança e demais partes interessadas declarando os seus erros e as 
medidas cabíveis para remediá‑los. 
— Transparência: fornecer as partes interessadas de forma acessível, clara, compreensível 
e em prazos adequados todas as informações sobre os fatos que possam afetá‑las. 
— Comportamento ético: agir de modo aceito como correto pela sociedade – com base 
nos valores da honestidade, equidade e integridade, perante as pessoas e a natureza – e de forma 
consistente com as normas internacionais de comportamento. 
— Respeito pelos interesses das partes interessadas (stakeholders): ouvir, considerar e 
responder aos interesses das pessoas ou grupos que tenham interesse nas atividades da 
organização ou que por ela possam ser afetados. 
— Respeito pelo Estado de Direito: o ponto de partida mínimo da responsabilidade social 
e cumprir integralmente as leis do local onde está operando. 
— Respeito pelas Normas Internacionais de Comportamento: adotar prescrições de 
tratados e acordos internacionais favoráveis a responsabilidade social, mesmo que nao haja 
obrigação legal. 
— Direito aos humanos: reconhecer a importância e a universalidadedos direitos 
humanos, cuidando para que as atividades da organização não os agridam direta ou indiretamente, 
zelando pelo ambiente econômico, social e natural que requerem. 
 
1.6 Código de conduta ética 
 
O código de ética e um instrumento que busca a realização e a satisfação dos princípios, 
visão e missão da empresa. Serve para orientar e disciplinar as ações de seus colaboradores e 
explicitar a postura social da empresa em face dos diferentes públicos com os quais interage, 
como clientes, fornecedores e público em geral. E da máxima importância que seu conteúdo seja 
refletido nas atitudes das pessoas a que se dirige e encontre respaldo na alta administração da 
empresa, tanto quanto o ultimo empregado contratado tem a responsabilidade de vivenciá‑lo e 
praticá‑lo. 
O código de ética formaliza um padrão de conduta, considerado adequado para uma 
organização. Quando uma empresa decide adotar uma postura ética em seus relacionamentos, e 
muito importante que essa resolução conste num documento interno que será chamado de código 
de ética ou código de conduta. 
Sabemos que as pessoas que integram uma organização possuem formações culturais, 
intelectuais e científicas diferentes, experiências sociais diferentes e opiniões diferentes sobre os 
fatos da vida. 
Contudo, o código de ética tem a missão de padronizar e formalizar o entendimento da 
organização empresarial, incluindo seus colaboradores em seus diversos relacionamentos e 
operações. A existência do código de ética evita que os julgamentos subjetivos deturpem, 
impeçam ou restrinjam a aplicação plena dos princípios. 
Alguns doutrinadores defendem que os códigos de ética e a lista de proibições, por mais 
bem-elaborados que sejam, não conseguem melhorar o comportamento dos funcionários, até 
porque trazem uma imagem negativa e não construtiva da ética, que é seu verdadeiro propósito. 
Dizem ainda que a experiência já demonstrou que a mudança de padrões de conduta ética e 
necessariamente um processo complexo, lento, dentro do qual o código escrito tem um papel 
limitado. Entendem que resta as empresas assumirem que mudar o comportamento ético no Brasil 
e um desafio que precisa ser enfrentado corretamente, que é difícil e trabalhoso, mas que vale a 
pena. Soluções prontas não conseguem levar a uma melhoria ética da empresa. E preciso 
desenvolver uma nova perspectiva capaz de habilitar dirigentes e funcionários a lidarem com as 
questões de natureza ética. 
Por outro lado, a corrente majoritária entende que, se aplicados da forma correta, os 
resultados são práticos e visíveis. Podem ser doutrinados através de algumas metas, alguns 
exemplos de práticas, dentre outros apresentados a seguir: 
• Treinamento dos conceitos constantes do código. 
• Sistema de revisão e verificação do efetivo cumprimento das normas do código de ética. 
• Criação de um canal de comunicação destinado a receber e a processar relatos sobre 
eventuais violações as normas traçadas no código de ética. 
A consciência ética das empresas manifestada através de seus gestores cresce a cada dia, 
como se pode perceber pelo grande número de causas submetidas a justiça. Essas causas revelam 
que, em todos os relacionamentos da empresa, a sociedade deseja obediência a legislação e a ética. 
O profissional da atualidade, no Brasil, está vivendo uma experiência impar ao integrar o 
mundo dos negócios nessa “Era Ética”. 
O código de ética, como já ressaltado, ira formalizar em uma espécie de documento da 
empresa seus padrões éticos e morais, criando assim regras de conduta. 
O autor Robert Henry Srour (2008, p. 232), em sua obra Ética Empresarial, apresenta uma 
lista de alguns temas recorrentes nos códigos de ética no Brasil: 
• Relacionamento com clientes, acionistas, colaboradores, fornecedores e prestadores de 
serviços, distribuidores, autoridades governamentais, órgãos reguladores, mídia, concorrentes, 
sindicatos, comunidades locais, terceiro setor, associações empresariais. 
• Conflitos de interesse entre os vários públicos de interesse. 
• Regulamentação da troca de presentes, gratificações, favores, cortesias, brindes, 
convites de fornecedores ou clientes. 
• Observância das leis vigentes. 
• Segurança e confidencialidade das informações não públicas, em especial das 
informações privilegiadas. 
• Teor dos balanços, das demonstrações financeiras e dos relatórios da diretoria 
endereçados aos acionistas, e seu nível de transparência. 
• Propriedade intelectual dos bens simbólicos, patentes ou marcas. 
• Espionagem econômica ou industrial versus pesquisas tecnológicas e uso do 
benchmarking e da inteligência competitiva. 
• Postura diante do trabalho infantil e do trabalho forçado. 
• Formação de lobbies ou tráfico de influência. 
• Formação de cartéis e participação em associações empresariais. 
• Contribuição para campanhas eleitorais. 
• Prestação de serviços profissionais por parte dos colaboradores a fornecedores, 
prestadores de serviços, clientes ou concorrentes. 
• Respeito aos direitos do consumidor. 
• Relação com o meio ambiente: uso de energia, água e papel; consumo de recursos 
naturais; poluição do ar; disposição final de resíduos. 
• Uso do tempo de trabalho para assuntos pessoais. 
• Uso do nome da empresa para obter vantagens pessoais. 
• Discriminação das pessoas em função de gênero, etnia, raça, religião, classe social, 
idade, orientação sexual, incapacidade física ou qualquer outro atributo e regulação de sua seleção 
e promoção (questão da diversidade social). 
• Assédio moral e assédio sexual. 
• Segurança no trabalho com adequação dos locais de trabalho e dos equipamentos para 
preveniracidentes de trabalho e doencas ocupacionais. 
• Uso de drogas ilícitas, ingestão de bebidas alcoólicas e prática de jogos de azar. 
• Porte de armas. 
• Relações de apadrinhamento (nepotismo, favoritismo, paternalismo, compadrio, 
amizade) e contratação de parentes ou amigos como colaboradores ou como terceiros. 
• Troca de informações com concorrentes, fornecedores e clientes. 
• Adoção de critérios objetivos e justos na contratação e no pagamento dos fornecedores 
ou prestadores de serviços, para afastar qualquer favorecimento. 
• Existência de interesses financeiros ou vínculos de qualquer espécie com empresas que 
mantenham negócios com a empresa para não ensejar suspeita de favorecimento. 
• Posicionamento com relação à concorrência desleal. 
• Difusão interna de fofocas ou rumores maliciosos. 
• Privacidade dos colaboradores. 
• Direito de associação dos colaboradores a sindicatos, igrejas, associações, partidos 
políticos ou organizações voluntarias. 
• Restrição do fumo a locais ao ar livre ou a áreas reservadas. 
• Proibição da comercialização interna de produtos ou serviços por colaboradores. 
• Uso dos bens e recursos da empresa para que não ocorram danos, manejos inadequados, 
desperdícios, perdas, furtos ou retiradas sem previa autorização. 
• Utilização dos equipamentos e das instalações da empresa para uso pessoal dos 
colaboradores ou para assuntos políticos, sindicais ou religiosos. 
• Proteção da confidencialidade dos registros pessoais que ficam restritos a quem tem 
necessidade funcional de conhece‑los, salvo exceções legais. 
Neste sentido, pode‑se dizer que administrar a ética dentro de uma empresa e gerir o 
alinhamento do comportamento dos seus colaboradores com um conjunto de normas que 
consideramos indispensáveis e que formam a base da cultura desejada para a corporação. 
O que se procura com essa “Era Ética”, assim denominada por vários doutrinadores, e 
estabelecer para sempre o orgulho de ser honesto, o qual será ostentado por empresários, 
acionistas, administradores, empregados, parceiros e agentesdas organizações empresariais. 
O respeito aos códigos de ética depende da determinação de cada um dos envolvidos na 
organização empresarial, de conhecer, seguir e disseminar os princípios éticos, assim como de 
exigir a sua observância por parte de todos. 
 
Observação 
O código de ética e um instrumento que busca a realização e a satisfação dos princípios, visão e 
missão da empresa. 
 
Lembrete 
A ética serve para qualificar as organizações (empresa ética), as pessoas (sujeito ético) e os 
comportamentos (conduta ética), dentro de uma sociedade. 
 
Saiba mais 
Os filmes a seguir podem propiciar uma inter-relação com os conteúdos da unidade: 
- WALL Street. Dir. Oliver Stone. EUA: Twentieth Century Fox Film Corporation, 1987. 126 
minutos. 
 - UMA SECRETARIA de futuro. Dir. Mike Nichols. EUA: Twentieth Century 
Fox Film Corporation, 1988. 113 minutos.

Outros materiais