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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ- CAMPUS DOIS VIZINHOS
CURSO DE BACHARELADO EM ENGENHARIA FLORESTAL
DISCIPLINA: CONSERVAÇÃO E MANEJO DO SOLO
Avaliação 1 Assíncrona- Prof Paulo Cesar Conceição
 ALUNO: Diana Nodachetko DATA 05/11/2021
1. Recentemente ocorreu a COP 26 onde foram ratificados diversos compromissos mundiais. Com base nas 3 reportagens abaixo explicite quais ações Engenheiros Florestais formados na UTFPR terão ao longo dos próximos 10 anos como profissionais para colaborar de forma a tornar essas reportagens realidades aplicadas e não apenas compromissos de governos (3,0 pt)
https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-11/cop26-lideres-mundiais-prometem-conter-desmatamento-ate-2030
https://oglobo.globo.com/um-so-planeta/empenho-por-florestas-na-cop26-soma-quase-us-12-bilhoes-25261894
https://wribrasil.org.br/pt/blog/posicionamento-wribrasil-cop26-florestas-metas-climaticas-ndc
acredito que não só como engenheiro florestal ou agrônomo, mas como população que se preocupa com o futuro do mundo, devemos primeiramente começar a conscientizar crianças e jovens, o papel da educação ambiental no âmbito do ensino fundamental e médio é um tema que já deveria ter sido inserido na grade curricular a muitos anos, não podemos apenas querer educar os adultos sobre o tema, mas precisamos ensinar a geração que irá nos substituir como conduzir o que vamos deixar de melhorias para elas. Em um segundo momento, a conscientização da população adulta, através de palestras, dados, tentar de alguma maneira trazer mais para a realidade da população que é leiga no assunto qual a real importância de diminuirmos o desmatamento, infelizmente muitas pessoas inclusive com as quais já conversei, pessoas até um certo ponto esclarecidas, não sabem a real importância da Amazônia por exemplo para o país e para mundo, não sabem o impacto que o desmatamento da Amazônia irá causar no nosso clima, ou no clima do mundo. Hoje se temos a quantidade de chuvas aqui nos Sul é graças aos Rios Voadores oriundos na Mata atlântica, por sua vez, sem a sua preservação, padeceríamos com o aumento da temperatura, e muito do que é cultivado hoje no estado do Paraná por exemplo, já não poderia mais ser por conta da elevação das temperaturas.
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2. Durante as aulas foi comentado sobre o Programa de Manejo Integrado de Solo e água lançado em 2016 pelo estado do Paraná e que possui um projeto de monitoramento de perdas de solo e água instalado no Sudoeste em área da Coordenação da Engenharia Florestal. Esse projeto que já dura 4 anos foi prorrogado por mais 3 anos para obter melhores resultados tendo em vista as faltas de chuvas dos dois últimos anos responsáveis por uma das maiores crises hídricas do Sul do Pais. Dentro desses aspectos explique como você enquanto engenheiro florestal pode contribuir para a “produção de água” e “manejo e conservação do solo e água” e qual proposta apresentarias para um projeto de 5 milhões de reais a ser submetido a Itaipu Binacional IBAMA visando melhorar a conservação do solo e água do Sudoeste e Oeste do Paraná. (2,0 pt).
R: O ideal seria a adoção das práticas de manejo adequadas e práticas conservacionistas nos locais onde há maior tendência a ocorrência de processos erosivos, principalmente pelo fato da região sudoeste ser tão declivosa, adotando sistema de plantio direto, mantendo-se a palhada no local, realizando a construção de terraços ou curvas de nível, visando melhor escoamento das águas e diminuindo as perdas de solo, sendo que quanto maior for o declive, mais força pra levar o solo, ocasionando perdas de toneladas de solo, imensuráveis. 
Desse modo, manter o solo sempre coberto é essencial, pois reduz a velocidade de escoamento superficial, devido ao aumento da rugosidade hidráulica do percurso e para evitar o impacto das gotas de chuva, que causam a obstrução dos poros e selam a parte superior do solo, o que acarreta no maior escoamento das enxurradas, acarretando no carregamento de solo para os rios.
Vale frisar, pensando na produção de água e mantença das águas que temos, que boa parte da precipitação daqui é oriunda dos rios voadores, dessa forma conscientizar-se e agir de modo a evitar os avanços do desmatamento seria muito importante em âmbito geral. Porém, pensando na nossa região, a proposta seria um maior rigor e monitoramento das áreas que não utilizam das práticas ideais, tanto de manejo quanto conservação, apoio técnico nas propriedades, buscando auxiliar o agricultor, direcionando para o melhor resultado, tanto para sua produção quanto para o ambiente, além de incentivar a mantença de áreas de matas além das APP ou reserva legal, apesar de ser um discurso difícil e não muito bem recebido, seria interessante frisar a tamanha importância e influência dessas áreas como um todo, como uma forma de proteção, com efeito até mesmo semelhante ao do cinturão de proteção nos EUA, além de que auxiliam e muito na manutenção do ciclo da água da região e contribuem para menor perda de solo nas águas dos rios, visto que há uma melhor absorção da água onde se tem presença de árvores, se comparado com áreas onde só se tem plantas rasteiras.
Outra ideia, fora do contexto do agro, porém essencial também, é o monitoramento dos projetos das áreas urbanas, muitas vezes mal dimensionados ou executados, que causam problemas de alagamentos e prejuízos, levando contaminantes para os rios inclusive, além de que para se consertar esse tipo de erro, os gastos são altíssimos, direcionando dinheiro público que poderia ser utilizado em outras áreas, como saúde ou educação.
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3. O DUST BOWL foi a maior catástrofe ligada ao setor agrário do século passado, cujo documentário foi citado em aula. Explique o que foi ele, quais suas origens, proporções atingidas e formas adotadas para controlá-lo Relacione esse vídeo com o vídeo sobre rios voadores e demais materiais disponíveis sobre as “tempestades de pó” ocorridas recentemente no brasil incluindo na análise o impacto de desmatar cerca de 50 milhões de hectares da floresta amazônica para tornar em lavouras ou pastagens essas florestas e o grau de conhecimento que temos sobre os impactos ambientais daí decorrentes (1,0 pt)
R: O Dust Bowl foi o maior problema ambiental decorrente de erosão eólica já visto, foi uma tempestade de areia ocorrida na década de 1930, perdurando quase 10 anos. Afetou boa parte dos EUA, ocorreu em 3 eventos: 1934, 1936 e 1939-1940, porém, em algumas regiões das planícies altas as condições de seca permaneceram por quase 8 anos.
Brevemente, o Dust Bowl é tido como um desastre antropizado e teve sua origem a partir da expansão para o oeste na década de 1840, proposta pelo governo americano, pensando no povoamento e uso das terras férteis. As terras foram concedidas pelo governo, dessa forma os produtores começaram a produção agrícola, realizando o manejo (errôneo) e retirando a vegetação ali existente. Cerca de 70 milhões de hectares de pradaria viraram áreas cultivadas. Com a quebra da bolsa de Nova York de 1929, o preço do trigo caiu, os fazendeiros perderam mercado. As planícies já sem árvores, só possuíam vegetações rasteiras, a precipitação foi diminuindo com o passar dos anos, as planícies altas sofriam ainda mais com a seca, toda a colheita foi perdida, o solo ficou exposto ao calor e vento, o que ocasionou a formação das nuvens de poeira. Essa poeira em suspensão levou a ocasionar doenças pulmonares e muitas mortes de crianças e idosos principalmente, justamente por essa poeira conter pó de silício, quartzo, cristais afiados, que danificam os tecidos. As temperaturas chegaram a 49,5ºC, insetos e animais se reproduziam constantemente, visto que perderam seus predadores. A poeira percorreu mais de 2 mil km, chegando até o oceano atlântico. A solução só veio no fim da década de 1930, quandoo então presidente, Roosevelt propôs o plano de plantio de árvores para criar o chamado cinturão de proteção, chegando a se plantar 220 milhões de árvores, também deu início ao programa New Deal, que propunha técnicas de prevenção de erosão do solo e rotação de culturas. 
Correlacionando o ocorrido no Dust Bowl, pode-se prever a que ponto pode-se chegar caso ocorra o mesmo com a Amazônia, visto que a partir das matas densas dessa região temos os rios voadores, formadores das chuvas, pois a vegetação é formadora de água, devido sua evapotranspiração, pois suga a umidade oceânica e os ventos bombeiam as correntes de umidade, as levando até os Andes, e as redirecionando até a região sul brasileira, Argentina, Paraguai e Uruguai. Em resumo, se essa área for removida, há grandes chances de desertificação dessas e outras áreas que são dependentes das massas de ar formadoras de chuvas.
Em suma, o desmatamento massivo das matas amazônicas pode causar danos irreparáveis, as florestas são essenciais para o equilíbrio e manutenção dos ciclos da água, sem sombra de dúvidas.
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4. Recentemente ocorreu a COP 26 onde foram ratificados diversos compromissos mundiais. Com base nas 3 reportagens abaixo explicite quais ações Engenheiros Florestais formados na UTFPR terão ao longo dos próximos 10 anos como profissionais para colaborar de forma a tornar essas reportagens realidades aplicadas e não apenas compromissos de governos (3,0 pt).
https://agenciabrasil.ebc.com.br/internacional/noticia/2021-11/cop26-lideres-mundiais-prometem-conter-desmatamento-ate-2030
https://oglobo.globo.com/um-so-planeta/empenho-por-florestas-na-cop26-soma-quase-us-12-bilhoes-25261894
https://wribrasil.org.br/pt/blog/posicionamento-wribrasil-cop26-florestas-metas-climaticas-ndc
5. Agora que vc já sabe que tem resposta pra pergunta “existe plantio direto florestal?” monte um texto justificando a adoção do termo “Plantio Direto Florestal” e explicando quais características de manejo do solo um sistema como esse deve ter. Relacione com os demais sistemas de preparo do solo adotados pelo setor florestal Brasileiro e proponha melhorias para os sistemas existentes de forma a tornar o setor de florestas plantadas cada vez mais sustentável. (2,0 pt)
R: Preparo intensivo (Plantio Convencional): pouco mais de 50 anos começou seu uso, solo fica exposto, maior incidência de erosão, forma a crosta superficial, forma camada subsuperficial compactada (famoso pé-de-arado), precisa de mais mão de obra além de maiores custos com máquinas e implementos. É o precursor de todos os modelos de preparo de solo, desde quando utilizada a tração animal até utilização de tratores com grades e discos. Fazia-se o uso de queimadas para retirar os restos vegetais, o que prejudica muito o solo, por perdas do material orgânico e prejudicar a biologia do solo. A abertura das áreas nativas era feita com uso de correntões. O uso da gradagem é certeza de processo erosivo, pois o solo fica pulverizado, ocorre entupimento dos poros, a água não infiltra e escoa. 
Preparo moderado (Plantio conservacionista): a maior preocupação com o manejo e tendo em vista os benefícios de se manter cobertura no solo, esse modelo propõe menor revolvimento, menor custo com máquinas, combustível e mão de obra, há menor pulverização do solo e maior armazenamento de água. Porém, o leito de semeadura não é uniforme, a erosão, apesar de diminuída, ainda é presente, pode ocorrer embuchamento do arado ao sulcar as linhas de plantio.
Preparo localizado (Plantio direto): provavelmente a fase atual ou futuro muito próximo do setor florestal. Como vimos em aula, já existem máquinas apropriadas para esse tipo de preparo, utilizando-se de maquinário específico, apesar da literatura ainda ser escassa, por ainda não haver testes e estudos específicos, mas já pode-se dizer que é o próximo passo.
A máquina de plantar árvores (forest bot) seria o supra sumo em termos de maquinário para plantios florestais, pois sozinha tem a capacidade de realizar o plantio de mudas de forma eficiente, aduba simultaneamente, além de ter tecnologia embarcada para monitorar a posição onde cada muda foi plantada. Cabe ressaltar a melhor parte, é tecnologia brasileira. 
Nas máquinas da Bioflora, por exemplo, há a necessidade de ter um operador colocando as mudas, o que torna o processo um pouco mais oneroso. No caso da máquina da Risutec a máquina possui tecnologia embarcada, distribuição de mudas em carrossel, sendo esse processo automatizado, porém a grande desvantagem é que a muda não é inserida na cova, mas sim no solo removido, o que pode causar o ressecamento deste, em ambiente tropical isso seria inviável, pensando na questão de pegamento dessas mudas, além de que não há adubação nesse sistema de plantio, o que provavelmente obrigaria, após o plantio, que houvesse algum trabalhador adubando cova a cova, não sendo viável.
Em suma, o uso de máquinas minimamente invasivas, que causem menor revolvimento de solo possível, que diminuam os custos de implantação de florestas, facilitem e deem segurança na operação e realizem a adubação simultaneamente, é a solução mais viável, possibilitando o plantio de forma eficiente, garantindo bons resultados futuros.
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Normas de aplicação
1. Embora online a prova é individual.
2. O documento com as respostas da Avaliação 1 deverá ser enviado por e-mail para paulocesar@utfpr.edu.br até as 17:30 horas do dia de hoje 05 de novembro
3. O arquivo deve ser salvo acrescentando o nome ao arquivo original ficando portanto com a denominação “Avaliação Assíncrona 1_2021_ Manejo Florestal_Aluno X”
4. A avaliação deve ser devolvida em arquivo word
5. As respostas serão submetidas a programa de avaliação de plágio
6. Graus de semelhança superiores a 5% detectados pelo programa, entre provas, implicam em obtenção de nota ZERO para todas as provas envolvidas
7. Grau de semelhança superior a 5% detectado pelo programa, para conteúdo da internet, implicam em obtenção de nota ZERO para a prova desse aluno

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