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DESAFIO RECUPAERAÇÃO DE AREAS DEGRADADAS

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DESAFIO 01: Conceitos de meio ambiente
O licenciamento ambiental é o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente (o qual pode ser Federal, Estadual ou Municipal) para licenciar a instalação, a ampliação, a modificação e a operação de atividades e de empreendimentos que utilizam recursos naturais, que sejam potencialmente poluidores ou que possam causar degradação ambiental.
O licenciamento é um dos instrumentos de gestão ambiental que é estabelecido pela lei Federal Nº 6938, de 31 de agosto de 1981, também conhecida como Lei da Política Nacional do Meio Ambiente.
É de suma importância que os profissionais da área ambiental possuam conhecimento em licenciamento ambiental, pois este é um campo enorme. O profissional pode tanto trabalhar na elaboração de projetos ambientais, como, em caso de ser o responsável técnico de uma empresa, cuidar para que todas as condicionantes presentes na licença sejam necessariamente respeitadas.
Você, gestor ambiental, foi contratado por um empreendedor para auxiliar na escolha do local de instalação de um posto de gasolina, sendo, para isto, fornecido duas áreas.
Veja na imagem abaixo as características destas áreas.
Como você poderá auxiliar este empreendedor na escolha da melhor área? Em relação ao licenciamento ambiental, em qual etapa a aprovação da área será contemplada?
PADRÃO DE RESPOSTA ESPERADO
Em primeiro lugar, o profissional da área ambiental deve saber identificar qual será o órgão ambiental responsável (nível Federal, Estadual ou Municipal) que irá analisar o projeto ambiental. Após definido o órgão ambiental competente, deve-se iniciar o projeto ambiental e, para isto, serão necessários três tipos de licenças: a licença prévia (LP), a licença de instalação (LI) e a licença de operação (LO).
Explicação:
Etapas do licenciamento ambiental:
Licença Prévia (LP): licença que deve ser solicitada na fase de planejamento da implantação, alteração ou ampliação do empreendimento. Esta aprova a viabilidade ambiental do empreendimento, não autorizando o início das obras. Ou seja, nesta etapa serão analisados as características ambientais, como o tipo de solo, a profundidade do lençol freático, a proximidade de recursos hídricos, a direção dos ventos, a topografia, entre outros.
Licença instalação (LI): licença que aprova os projetos. É a licença que autoriza o início da obra/empreendimento e é concedida depois de atendidas as condições da LP.
Licença de operação (LO): licença que autoriza o início do funcionamento do empreendimento/obra. É concedida depois de atendidas as condições da LI.
A escolha do local e a aprovação para a implantação do posto de gasolina irá ocorrer no licenciamento prévio, sendo assim, o local mais apropriado ambientalmente para isto é a Área 1.
Esta escolha está fundamentada pela inexistência de vegetação na área e, por isto, tanto o projeto ambiental como o licenciamento poderão ocorrer de forma mais rápida. Como não haverá supressão de vegetação, não haverá necessidade de realizar a recomposição vegetal, ou seja, o plantio de mudas de árvores nativas em outro local.
Outro fato que deve ser analisado é quanto à terraplanagem. Como a área 2 apresenta vegetação nativa, haverá maiores gastos, tanto na retirada desta vegetação, como no nivelamento da base dos solos. Por fim, a escolha pela área 1 irá valorizar e vitalizar a área, pois será retirado um imóvel em ruínas para que seja feita a construção de um novo estabelecimento, evitando, assim, problemas para a população, como a queda de materiais.
DESAFIO 2: Conceitos e processos de formação dos solos
Em relação aos solos, estes sofrem as consequências das mais diversas ações antrópicas. Estima-se que, nos últimos 50 anos, a quantidade de terra agricultável per capita diminuiu cerca de 50% no mundo, sendo que 33% das terras têm alto ou médio grau de degradação.
Entre as fontes de degradação dos solos, pode-se citar a erosão, a salinização, a compactação, a impermeabilização e a poluição química, seja devido ao uso de defensivos agrícolas ou devido ao descarte de resíduos sólidos. Logo, os profissionais que irão atuar na área ambiental terão que enfrentar um enorme desafio, pois terão que conciliar o desenvolvimento com a preservação ambiental.
Você possui um escritório de licenciamento ambiental em sua cidade e foi procurado por um morador que está em dúvida, pois lhe foi oferecido duas áreas de terras, sendo uma composta por solo arenoso e a outra por solo argiloso e este pretende comprar apenas uma área de terras para realizar o plantio de soja.
Com base nestes critérios, qual a área mais indicada para o plantio de soja? Justifique sua resposta.
Padrão de resposta esperado
O solo arenoso apresenta 70% de areia em sua composição, sendo este muito poroso e, por causa disso, é muito seco. Este tipo de solo é muito pobre em sais minerais, pois, quando a água penetra nesse tipo de solo, ela acaba dissolvendo os sais minerais e os arrastando para as camadas mais profundas. Todos esses fatores contribuem para que esse solo seja impróprio para a agricultura.
Considera-se como argilosos os solos compostos com cerca de 30% ou mais de argila, sendo que estes apresentam baixa porosidade e maior compactação e, por isto, retêm maior quantidade de água e sais minerais. Junto ao solo argiloso, há uma rica concentração de material orgânico vindo de plantas e animais que foram incorporados à sua composição. Estas características são fundamentais, visando a fertilidade e o crescimento de vegetais. Logo, o solo argiloso é mais indicado para as práticas agrícolas.
Porém, quando o teor de argila é muito alto, o solo fica muito compacto e, como resultado, encharca quando chove e racha quando a água evapora, sendo assim, o solo fica com pouco oxigênio para as raízes das plantas, podendo apresentar desvantagens para algumas culturas agrícolas.
Desafio 3: Conceitos sobre mata de galeria, mata ciliar, resiliência, ecossistema estável e ecossistema perturbado
O CAR (cadastro ambiental rural) é um registro público, eletrônico e de abrangência nacional que é feito junto ao órgão ambiental competente. Criado pelo Novo Código Florestal Brasileiro, Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012, e regulamentado pelo Decreto Nº 7.830, de 17 de outubro de 2012, o registro é obrigatório para todos os imóveis rurais e tem como finalidade integrar as informações ambientais das propriedades e posses rurais, compondo base de dados para controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.
Logo, saber como funciona o CAR não implica apenas em uma oportunidade de trabalho, mas também em alterações quando necessário realizar um projeto de recuperação de área degradada (PRAD).
Uma determinada cidade visa a recuperar as matas ciliares às margens do principal recurso hídrico que corta a cidade, com uma largura média de 15 metros. Para isso, realizaram uma reunião com todos os produtores rurais que possuem áreas nas margens desse manancial, explicando que terão que respeitar a faixa mínima de 30 metros, a contar da margem do rio. Quem não possuir essa metragem mínima de vegetação, deverá realizar um PRAD.
João, um dos produtores rurais que será afetado, entrou em contato com você, biólogo que trabalha com projetos ambientais, para maiores esclarecimentos e para montar o PRAD.
Acompanhe na imagem o problema em que Sr. João se encontra.
Para isto, você como biólogo, deverá redigir um pequeno relatório técnico, descrevendo:
a) Em qual legislação você irá se basear para montar e fundamentar o PRAD?
b) Sr. João terá que recuperar, necessariamente, 25 metros de matas ciliares ao longo de toda extensão do rio?
c) Sr. João terá que realizar o corte dos eucaliptos, visando a proporcionar o crescimento da vegetação nativa na mata ciliar?
Justifique suas respostas.
Padrão de resposta esperado
a) Para montar o PRAD, é fundamental se basear no Novo Código Florestal (Lei Nº 12.651, de 25 de maio de 2012, regulamentado pelo Decreto Nº 7.830, de 17 de outubro de 2012). Porém,antes de iniciar a montagem do PRAD, João deverá realizar o CAR (cadastro ambiental rural) de suas terras. O CAR é a principal ferramenta prevista na nova lei ambiental para a conservação do meio ambiente, a adequação ambiental de propriedades, o combate ao desmatamento ilegal e o monitoramento de áreas em restauração, auxiliando no cumprimento das metas nacionais e internacionais para manutenção de vegetação nativa e restauração ecológica de ecossistemas.
b) A prefeitura municipal está totalmente equivocada em querer cobrar 30 metros de matas ciliares às margens do rio que corta o território da cidade. Pela legislação ambiental antiga, para um recurso hídrico com 15 metros de largura (como é o caso), a faixa de matas ciliares é de, no mínimo, 50 metros. Logo, a metragem estipulada pela prefeitura não condiz com nenhuma legislação.
Porém, pelo Novo Código Florestal, as propriedades rurais que se encontram em áreas rurais consolidadas, ou seja, que já possuem atividades agrícolas anteriores a 22 de julho de 2008, não são obrigadas por lei a respeitar essas faixas mínimas. No caso da propriedade do Sr. João, ele já utiliza as terras há mais de 30 anos. Para comprovar esse tempo de utilização, poderão ser apresentados matrículas de terra, recibos de compra e venda de terras, certidão de registros ou até mesmo fotografias e imagens de satélites que mostrem esse uso anterior à data descrita.
Logo, a faixa mínima que o Sr. João terá que respeitar é de 5 metros. Isso porque ele possui apenas 4,5 hectares, estando inserido dentro da faixa de até 1 módulo fiscal que é descrito pelo Novo Código Florestal. O módulo fiscal é uma unidade de medida, em hectares, cujo valor é fixado pelo INCRA (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) para cada município, levando-se em conta: (a) o tipo de exploração predominante no município (hortifrutigranjeira, cultura permanente, cultura temporária, pecuária ou florestal); (b) a renda obtida no tipo de exploração predominante; (c) outras explorações existentes no município que, embora não predominantes, sejam expressivas em função da renda ou da área utilizada; e (d) o conceito de propriedade familiar. A dimensão de um módulo fiscal varia de acordo com o município onde está localizada a propriedade. O valor do módulo fiscal no Brasil varia de 5 a 110 hectares. Sendo assim, o Sr. João não precisa recuperar os demais 25 metros de matas ciliares que a prefeitura está solicitando.
c) Essa é uma escolha do próprio Sr. João. Se ele optar por deixar os eucaliptos nessa faixa de 5 metros, estes não poderão mais ser cortados, pois estão inseridos em uma área de preservação permanente, conforme descrito no Novo Código Florestal.
Se o produtor rural visa a aproveitar essas madeiras, ele deverá realizar o corte, porém, somente após um projeto ambiental e um PRAD serem feitos, estando devidamente aprovados no órgão ambiental competente. Após a aprovação da licença e o corte dos eucaliptos, deverá haver a reposição vegetal no local, com espécies nativas, e o acompanhamento do crescimento dessas mudas em um prazo mínimo, o qual estará descrito nas condicionantes da licença ambiental.
DESAFIO 4: Sucessão e importância para áreas degradadas
O planeta Terra tem sofrido uma série de agressões realizadas pelo homem e essas ocorrem de diferentes formas e com as mais diversas finalidades, como interesses individuais, investigação científica e outras tantas incontáveis condutas destruidoras e irresponsáveis contra a natureza. O desmatamento é umas das práticas que mais cresce ao longo de toda a extensão nacional e é considerado crime ambiental. Crime ambiental é quando não ocorre o prévio licenciamento da área, informando ao órgão ambiental o que exatamente será realizado na área e quais as medidas mitigadoras e compensatórias serão adotadas para diminuir os impactos ambientais.
Após realizar a derrubada de um mato, sem licença ambiental, um produtor rural foi multado. Além disso, o órgão ambiental municipal exigiu do produtor rural um PRAD (Projeto de Recuperação de Área Degradada).
Com a notificação em mãos, o produtor rural procurou você, biólogo e grande especialista em PRAD, para auxiliá-lo nessa tarefa. Seu cliente informou que a área derrubada foi de aproximadamente 1 hectare e, no passado, há cerca de uns 40 anos atrás, a área já era ocupada por culturas agrícolas, mas acabou sendo abandonada, transformando-se em mato novamente.
Seu desafio consiste em redigir um pequeno relatório técnico, descrevendo como irá ocorrer a recuperação da vegetação na área degradada.
OBS: o produtor rural não sabe informar quais eram as espécies de vegetação que se encontravam no local.
Padrão de resposta esperado
Como forma inicial, uma vez que não se sabe quais eram as espécies vegetais que se encontravam no local, deve-se percorrer as áreas vizinhas para descobrir quais são as principais espécies encontradas na região.
Devem ser indicadas para replantio as espécies pioneiras e secundárias, pelo fato de serem de crescimento mais vigoroso e regenerativo. Entende-se que as espécies climáticas ocuparão seu espaço naturalmente ao passo que os espécimes introduzidos, por meio do seu desenvolvimento, propiciarão um ambiente adequado. As mudas deverão ser obtidas em viveiros comerciais da região.
Antes de iniciar o plantio das mudas, deve-se realizar a análise dos solos para verificar a fertilidade. Contudo, aconselha-se que seja feito um acréscimo de nutrientes pela adubação sempre que esse solo estiver expondo a terra, não havendo, dessa forma, o horizonte “O” formado por matéria orgânica, que geralmente é caracterizada por ser de cor escura e por possuir folhas e restos de vegetais.
Em relação ao distanciamento entre mudas, este varia. Como a área degradada é de 1 hectare, se for adotado o espaçamento de 2,0 x 2,0 metros, visando a um fechamento mais rápido da área, devem ser plantadas 2.500 mudas por hectare. Caso for adotado o espaçamento de 2,0 x 3,0 metros entre mudas, que promoverá um fechamento de copa um pouco mais lento, serão necessários 1.667 mudas/ha.
O plantio das mudas poderá ser realizado pelo proprietário ou por uma empresa especializada, após o isolamento da área para que animais ou pessoas não autorizadas entrem e ocasionem em novos danos. O plantio deverá ser realizado em épocas chuvosas, em covas de 30 x 30 x 30 cm. Todas as mudas deverão ser presas com um barbante biodegradável a um tutor de madeira, que servirá de suporte, impedindo que sejam derrubadas ou quebradas pelo vento. Também dverá ser realizado o acompanhamento do desenvolvimento das mudas desde o plantio e, quando for constatada a existência de mudas que tenham perecido, estas deverão ser substituídas por outras da mesma espécie, garantindo a pega de pelo menos 90%. O acompanhamento do desenvolvimento das mudas deverá se estender por até quatro anos após o plantio.
O controle das formigas cortadeiras deverá se estender por até 6 meses após o plantio, ou por maior período, se necessário, para evitar possíveis ataques. Nesse caso, o controle poderá ser feito com o uso de iscas granuladas nos olheiros, caminhos das formigas e entorno das mudas. Esse acompanhamento visa também ao controle de pragas e doenças com a substituição dos exemplares afetados.
DESAFIO 5: Modelos de recuperação de áreas florestais
João, visando a aumentar a área agrícola de sua propriedade, realizou o corte da vegetação às margens de um pequeno recurso hídrico. Acabou sendo denunciado e recebeu as devidas sanções pelo Órgão Ambiental Municipal. Além disso, foi solicitado que o proprietário realizasse a recuperação florestal da área.
Você é biólogo, responsável técnico pela prefeitura, e assinou a liberação do PRAD, porém, entre as condicionantes, foi posto que o proprietário deveria realizar o plantio de 600 mudas de árvores nativas no local, visando à recomposição da área, além de apresentar um relatório fotográfico durante 4 anos, no mínimo, para mostrar que as plantas estão crescendo e a vegetação está se regenerando.Passado o primeiro ano, você não recebe o relatório fotográfico e resolve ir até o local para ver como está a recuperação da área.
Neste caso, quais são as medidas que devem ser tomadas, visando à recuperação da área?
Padrão de resposta esperado
O profissional responsável pelo PRAD, ou a equipe que o executou, deverá encaminhar ao Órgão Ambiental um projeto descrevendo as medidas de manutenção a serem tomadas, visando a garantir o crescimento das mudas de árvores. Após estarem todas concluídas, deverá ser apresentado um relatório fotográfico.
1) Como o biólogo da prefeitura verificou a existência de gado nas imediações da área a ser recuperada, inicialmente, deve-se realizar o cercamento do local, evitando que esses animais voltem e ocasionem novas perdas.
2) Os profissionais deverão descrever o tipo de capina, que deverá ser manual, uma vez que a capina química (com ajuda de herbicidas) está proibida, pois, nesse caso, há o risco de contaminar o recurso hídrico. Além disso, deve-se realizar a roçada na área com o intuito de rebaixar a vegetação não arbórea competidora, deixando-a com uma altura máxima de 10 centímetros. Essa roçada deve ocorrer em toda a área, podendo o proprietário escolher pela forma mecânica (por meio de foices) ou mecanizada (roçadeiras). Porém, deve-se tomar cuidado para não cortar as mudas das árvores que sobreviveram.
3) O proprietário deverá fazer também o coroamento, ou seja, realizar uma capina manual para retirar a vegetação competidora ao redor das mudas, a qual é indicada a ser realizada em uma área circular, com raio de 50 a 60 centímetros, no mínimo.
4) Após a área estar limpa, deve-se realizar o replantio das mudas. Para isso, é necessário contabilizar quantos exemplares morreram e plantá-los novamente, respeitando as espécies indicadas, inicialmente, no PRAD.
5) Após as mudas terem sido repostas, é necessário realizar a sua adubação e, para esse procedimento, deve-se usar um adubo NPK (nitrogênio, potássio e fósforo). Como medida final, é aconselhável colocar, ao redor das mudas, resíduos de atividade de roçada (como capim seco), para evitar a rápida evaporação da água do solo. Além disso, as mudas devem estar presas a um suporte para evitar que caiam com o vento.
6) É fundamental realizar o controle de predadores e insetos, como as formigas, pois estes podem contribuir para a morte das mudas.
DESAFIO 6: Importância e função dos solos
Uma determinada propriedade rural, que apresenta sua maior fonte de renda no plantio de tomates, vem enfrentando dificuldades. Após anos de plantio desta cultura, a produção vem caindo ano após ano.
Visando resolver esta situação, o dono da propriedade procurou você, especialista da área ambiental, para saber o que ele deve fazer para voltar a garantir uma boa produção.
Clique no vídeo abaixo e veja, segundo relatos do proprietário, o comparativo do tomateiro crescendo quando estava nos primeiros anos de plantação e crescendo atualmente, depois de anos de plantação nas mesmas terras.
Seu trabalho será ajudar o produtor rural a sanar as seguintes dúvidas:
a) O que exatamente está ocorrendo nos solos?
b) O que exatamente representa as folhas dos tomateiros estarem com uma cor diferente?
c) Qual medida você indicaria para buscar sanar este problema?
Padrão de resposta esperado
a) Após anos exercendo a mesma cultura, no caso, o plantio de tomates, o solo empobrece gradativamente em nutrientes, diminuindo a produção, pois as plantas não recebem mais os nutrientes (ou não apresentam a quantidade mínima) para garantir um enraizamento e o crescimento saudável.
b) A coloração verde-amarelada das folhas é um indicativo da deficiência nutricional. Entre estes nutrientes, é provável que esteja havendo falta de nitrogênio, de fósforo e de potássio. Em relação ao fósforo, a exigência do elemento é maior nos primeiros estágios de crescimento. Em sua falta ou insuficiência, o crescimento da planta é retardado e as folhas mais velhas se tornam verde-amareladas. Se a falta do nutriente for prolongada, toda a planta apresentará esses sintomas. Já em relação ao fósforo, a taxa de crescimento das plantas é reduzida desde os primeiros estágios de desenvolvimento. As folhas mais velhas adquirem coloração arroxeada, em razão do acúmulo do pigmento antocianina. O potássio é o nutriente mais extraído pelo tomateiro e a sua deficiência torna lento o crescimento das plantas, sendo assim, as folhas novas afilam e as velhas apresentam amarelecimento das bordas, tornando-se amarronzadas e necrosadas. O amarelecimento, em geral, progride das bordas para o centro das folhas.
c) É fundamental realizar uma análise do solo para saber exatamente quais os teores de nutrientes, para que possa ser aplicada alguma técnica que vise repor este no solo. Para evitar que tais elementos químicos essenciais se esgotem no solo, tornando-o impróprio à agricultura, é necessário que os nutrientes sejam repostos por meio de diversas técnicas de cultivo, entre elas, pode-se citar a rotação de culturas. A rotação de culturas é uma técnica agroecológica em que as espécies cultivadas são alternadas a cada ano numa mesma área. O cultivo de uma única variedade (monocultura) na mesma área explora do solo apenas os nutrientes essenciais àquela espécie, desequilibrando suas reservas minerais ao longo do tempo e reduzindo muito a sua capacidade produtiva.
DESAFIO 6: Degradação do solo
O controle da poluição do solo compreende medidas preventivas e corretivas. As medidas preventivas devem ser empreendidas antes da ocorrência do evento de poluição, a fim de reduzir os riscos, ou seja, são práticas que visam a seleção de áreas mais adequadas (do ponto de vista ambiental e sanitário) para a instalação de um determinado empreendimento.
Em relação às medidas corretivas, estas visam controlar e reduzir os impactos e recuperar as áreas degradas e/ou contaminadas.
Você faz parte do setor de engenharia de uma empresa de fabricação de tintas e esta visa se instalar em uma nova cidade. Você deverá apresentar um pequeno relatório técnico à diretoria, mostrando quais são os impactos ambientais e as consequências que podem ocorrer no solo, ocasionados pela implantação do empreendimento.
Veja na imagem as características do terreno em que o empreendimento será implantado.
A diretoria solicitou a apresentação, de no mínimo, 5 impactos ambientais e suas consequências nos solos, ocasionados pela construção do empreendimento.
Em relação aos impactos ambientais, bem como as consequências que podem ocorrer nos solos, devido à construção da indústria de tintas, podemos citar:
1 – Retirada da vegetação nativa: com isto, poderá ocorrer a erosão dos solos, diminuindo a sua fertilidade. Os sedimentos podem percorrer em longas distâncias, ocasionando no assoreamento dos recursos hídricos.
2 – Contaminação do solo devido ao derramamento de produtos químicos: como consequência do derramamento de produtos químicos, ocorrerão alterações nas características químicas do solo.
3 – Emissão de material particulado: com o andamento da obra, irá ocorrer a emissão de poeiras e, com isto, o solo perderá suas características físicas e químicas, além de que este processo também irá ocasionar em poluição atmosférica.
4 – Compactação do solo: o maquinário pesado faz com que o solo fique compactado, ou seja, ocorre redução na porosidade e, devido a isto, a água apresenta maior dificuldade de infiltração no solo, o que gera o escoamento superficial.
5 – Alteração do relevo natural da área: com a alteração do relevo (devido à terraplanagem no local) e a impermeabilização da área, a infiltração da água da chuva irá diminuir e, consequentemente, poderá haver interferência em recursos hídricos superficiais e subterrâneos.
DESAFIO 8: Etapas de um Projeto de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD)
Os resíduos sólidos são umas das grandes causas de poluição dos solos, sendo definidos, de acordo com a NBR 10.004 (ABNT, 2004), como: “aqueles resíduos nos estados sólidos e semissólidos,que resultam de atividades da comunidade de origem industrial, doméstica, hospitalar, comercial, agrícola, de serviços e varrição”.
Acompanhe na imagem a situação dos lixões em muitas cidades.
Você é gestor ambiental, dono de uma empresa de licenciamento e consultoria ambiental, e pretende participar de um processo de licitação de um pequeno município do seu estado, visando a recuperação ambiental de um pequeno lixão. Esta medida é necessária, pois o município está terminando as obras de um aterro sanitário e quer recuperar a área. Sabe-se que a empresa vencedora da licitação é a que oferecer o menor preço.
Desta forma, quais são os critérios que você julga necessário serem analisados, objetivando elaborar um orçamento justo, que seja suficiente para realizar um projeto eficaz de recuperação da área, fazendo com que todos os custos sejam pagos (funcionários, maquinários, entre outros) e, ao mesmo tempo, obtenha lucro?
Além disso, o que é fundamental constar no orçamento, tendo em vista o sucesso na recuperação da área?
OBS: Não está sendo solicitada a realização de um orçamento, você deve apresentar os critérios necessários para elaborar um PRAD de um lixão.
Padrão de resposta esperado
Recuperar uma área degradada por um lixão não é uma tarefa fácil, devido aos diferentes tipos de resíduos que são depositados nestes locais, ocasionando a contaminação do solo, da água superficial e, em casos mais graves, na água subterrânea.
Desta forma, para que a licitação não resulte em prejuízo a empresa vencedora, deve-se analisar algumas questões pertinentes. É fundamental elaborar um orçamento o mais completo possível, não deixando dúvidas para quem ler.
Antes de elaborar um orçamento, deve-se ir até a área e analisar quais os reais impactos ambientais. Entre as análises, deve-se verificar:
O tamanho real da área a ser recuperada, que influencia diretamente no orçamento e na recuperação da área, pois implica nos maquinários a serem utilizados (normalmente são pagos por hora de trabalho), profissionais (os quais podem ser pagos por hora), quantidade de mudas a serem plantadas, quantidade de solo a ser transportado, entre outros.
Quantidade de resíduos que serão removidos. Quanto mais viagens forem feitas, maiores os gastos.
Deve-se analisar o tipo de solo no local. Solos arenosos podem apresentar maior grau de contaminação do que solos argilosos.
Analisar a proximidade de recursos hídricos e se foram contaminados. Deve-se analisar também se o lençol freático apresenta contaminação.
Analisar o tipo de vegetação nativa presente na região.
No orçamento deve constar, principalmente, os objetivos e as metas para a recuperação da área. É fundamental os profissionais que pretendem realizar a recuperação, definirem a metodologia de recuperação desta área. Estes cuidados facilitam para que empresa consiga recuperar a área e obter lucro.
DESAFIO 9: Definição de diretrizes para execução do PRAD
É comum, principalmente em municípios de pequeno porte, serem contratadas empresas (mediante processo de licitação) para a realização de pareceres técnicos de projetos de licenciamento ambiental, projetos de recuperação de áreas, entre outros.
Uma empresa provocou o derramamento de produtos químicos em um recurso hídrico, ocasionando a mortandade de peixes. O fiscal ambiental municipal foi até a área e verificou o crime ambiental, aplicando uma multa de R$10.000,00, além de exigir a recuperação de área degradada.
Você é o biólogo contratado pela prefeitura para analisar os projetos ambientais e chegou em sua mesa o PRAD da referida área. Acompanhe na imagem o que você percebeu após analisar minuciosamente o projeto e fazer a vistoria técnica na área degradada.
Padrão de resposta esperado
Após a vistoria da área e com base nas informações apresentadas nos documentos entregues, bem como no PRAD, o parecer técnico será DESFAVORÁVEL. Essa decisão está de acordo com os seguintes critérios:
1 – Como diagnóstico ambiental, os responsáveis técnicos apresentam apenas o meio biótico como sendo degradado, deixando de lado os meios abiótico e socioeconômico. Dessa forma, deverá ser apresentada a análise da água para verificar se as características físicas, químicas e microbiológicas foram alteradas, bem como ser analisada a ocorrência da sedimentação de substâncias tóxicas no leito do rio, pois estas podem continuar a ocasionar a mortandade de peixes, e avaliada a situação socioeconômica do recurso hídrico, descrevendo se existem moradores que dependem da pesca, se o rio serve como forma de dessedentação para animais, entre outras atividades.
2 – Deverá ser apresentada uma estimativa de quantos quilos de peixes morreram e, com base nessa informação, definir quantos alevinos serão necessários para repovoar o rio. Além disso, os alevinos deverão ser divididos em três espécies nativas, não em apenas duas, como descrito no PRAD.
3 – A ART de todos os profissionais envolvidos no projeto de recuperação deverá ser entregue.
4 – O cronograma deverá ser refeito, pois dois meses é um tempo muito curto para recuperar o recurso hídrico. Além disso, é preciso monitorar o crescimento dos alevinos, bem como as características físico, químicas e microbiológicas da água durante, pelo menos, 1 ano.
No parecer técnico deverá constar quanto tempo o empreendedor possui para realizar essas melhorias no PRAD.
DESAFIO 11: Erosão: tipos, causas e consequências
A erosão é definida como o processo de desgaste, de transporte e de sedimentação do solo, dos subsolos e das rochas como efeito da ação dos agentes erosivos, tais como a água, os ventos e os seres vivos. Esta erosão é ocasionada de forma natural, mas vem sendo agravada pelo homem (conhecida como erosão avançada) e ocasiona diversos problemas ambientais.
Você, na condição de gestor ambiental, acaba de passar em um concurso público da Defesa Civil em seu município e está muito empolgado para solucionar questões ambientais que assolam a cidade há muito tempo.
Como o seu perfil é proativo, você começa uma pesquisa para identificar os principais problemas que podem estar ocorrendo no seu município. Logo, decide investigar as consequências da erosão nos recursos hídricos, uma vez que boa parte da renda de sua cidade é oriunda do porto, que é de onde escoa uma grande quantidade de mercadorias anualmente.
Acompanhe na imagem a foto tirada da erosão das margens do rio e o assoareamento do leito do rio
Descreva quais os passivos ambientais, 
causas e consequências que 
estão relacionados a estas situações.
Padrão de resposta esperado
A erosão das margens do rio provoca desgaste nas encostas e remove porções do solo das margens, provocando desmoronamento de barrancos e fazendo com que o rio mude de forma.
Existem diferentes fases de erosão. Na fase inicial, devido à grande declividade do terreno, ela pode acontecer com mais intensidade, enquanto que na fase mais avançada acontece transporte de sedimentos e na fase final o processo de acumulação de tais sedimentos.
O assoreamento do leito do rio é de difícil reversão, pois apresenta, como consequência, a extinção de cursos d\'água ou a transformação de rios perenes em intermitentes.
O assoreamento consiste na deposição de sedimentos gerados pela erosão das margens do rio ou de suas áreas de entorno. Em geral, este processo ocorre naturalmente, mas costuma ser demorado e gradual, redefinindo lentamente as margens sem graves prejuízos ambientais. Quando as práticas humanas causam esse tipo de dano aos cursos d\'água, uma grande quantidade de sedimentos é acumulada, provocando o alargamento exagerado do leito e a formação de bancos de areia, isso quando não ocorre a extinção total do rio.
As consequências são variadas e altamente danosas, das quais podemos citar a degradação do habitat de peixes e demais espécies, o aumento de casos de enchentes frente ao acúmulo da água e ao redirecionamento das margens, a diminuição da vazão pelo acúmulo dos bancos de areia, entre outras ocorrências.
As causas do assoreamento e das erosões fluviaisestão quase sempre relacionadas com a degradação da vegetação da mata ciliar, que é a cobertura vegetal que se posiciona nas áreas próximas às margens dos rios. Sem esta vegetação, o impacto da água dos rios e das chuvas sobre os solos é maior, gerando as erosões e o consequente transporte e acúmulo de sedimentos. Além disso, as árvores ajudam a “frear” o escoamento dos sedimentos advindos de outras áreas, fazendo com que o processo de assoreamento seja mais lento e gradativo e também cause menos danos aos rios.
DESAFIO 12: Voçorocas: classificações e principais tipos
É de suma importância saber caracterizar corretamente as voçorocas, principalmente quando se pretende realizar o projeto de recuperação dessa área. Caso a caracterização não ocorra, ou seja, caso ocorra falha, poderá haver problemas na recuperação da área, havendo perda financeira, econômica, social e ambiental.
Em uma pequena cidade, o sossego e a tranquilidade dos moradores foram interrompidos com a formação de uma voçoroca que está ameaçando gerar o desmoronamento de residências.
Acompanhe na imagem a área em que surgiu a voçoroca e as suas dimensões.
O prefeito, extremamente preocupado com a situação, entrou em contato com você, gestor ambiental, e lhe passou as dimensões e a localização da voçoroca para que você o esclareça sobre as questões abaixo:
a) A voçoroca em questão está ativa ou estabilizada?
b) Ela se encontra conectada, desconectada ou integrada?
c) Em relação ao tamanho e à profundidade, como essa voçoroca se classifica?
d) Em relação à forma dessa voçoroca, como ela pode ser definida?
Padrão de resposta esperado
a) A voçoroca que vem tirando a paz dos munícipes e tem ocasionado problemas, principalmente econômicos por estar localizada em uma área urbana, pode ser considerada como ATIVA. Percebe-se pela imagem que as laterais da voçoroca estão aumentando, provocando a erosão de tudo o que vê pela frente. Por esse motivo, as casas localizadas nas suas proximidades correm o risco de caírem.
b) Pelo que tudo indica, essa é uma forma de erosão DESCONENCTADA, pois está localizada em um encosta e sua formação não está relacionada a nenhum recurso hídrico. O surgimento dessa voçoroca foi provocado pelo solo, que nesse local é arenoso, fator que contribui para o aparecimento desse tipo de erosão. É de suma importância realizar projetos de recuperação dessa área, pois a erosão irá tomar proporções cada vez maiores, podendo, inclusive, com o passar do tempo, evoluir para uma voçoroca conectada ou integrada.
c) A caracterização quanto ao tamanho da área em hectares pode ser definida como MUITO PEQUENA chegando a PEQUENA. Uma voçoroca muito pequena deve ocupar menos que 0,5 hectares, enquanto uma voçoroca pequena ocupa entre 0,5 e 2 hectares. Em se tratando de profundidade, essa voçoroca é caracterizada como PROFUNDA, pois possui mais que 5 metros de profundidade. Conforme a medição dos técnicos da prefeitura, ela apresenta 30 metros de profundidade.
d) Quanto à forma dessa voçoroca, ela pode ser definida como RETANGULAR, pois, de acordo com a imagem, percebe-se que a cabeceira é arredondada, característica básica desse tipo de voçoroca.
DESAFIO 13: Relação do ambiente e a ocorrência de voçorocas
Após uma determinada empresa de mineração descobrir que em determinado município brasileiro havia excelentes oportunidades de extração de pedras areníticas, não demorou para a mesma se instalar. A prefeitura Municipal, através de incentivos fiscais, colaborou e agilizou a instalação da mesma. Logo, não aumentou apenas o número de vagas de trabalho, e sim, toda a economia local se desenvolveu rapidamente.
No ano 2000, estima-se que no município viviam cerca de 20 mil habitantes, e atualmente, estima-se que vivam no município mais de 300 mil habitantes. Com isto, não foi apenas a área urbana que cresceu, mas sim, teve-se um aumento significativo das áreas rurais, pois é preciso produzir mais para alimentar toda a população.
Acompanhe na imagem os problemas que atualmente estão assolando o município.
Como você é o fiscal municipal do meio ambiente, foi lhe dado a ordem de tentar descobrir o que está ocasionando a formação destas voçorocas. Dessa forma, e baseado nas informações colocadas, você deverá redigir um pequeno relatório técnico, apontando as causas.
Padrão de resposta esperado
Em relação ao aumento e ao agravamento dos casos de voçorocas nas imediações do município, estas estão relacionadas, basicamente, a três casos que acabam por envolver os outros dois problemas:
1) Tipo de solo: como no município ocorre a extração de pedras areníticas, é provável que o solo seja do tipo arenoso. Isso também se confirma pelo fato de ser necessário realizar constantemente a irrigação das lavouras. Esse tipo de solo é extremamente sensível a erosão, pois apresenta uma estrutura contínua, ou seja, não há a presença de agregados individualizados. Em outras palavras, os solos arenosos possuem grãos de areia soltos, geralmente sem agregação. Essa estrutura contínua recebe o nome técnico de estrutura particular (grãos soltos). Devido à ausência de elementos agregadores (matéria orgânica e/ou argila), esses solos apresentam alto risco de sofrer o processo erosivo, já que os grãos de areia são facilmente destacados pela ação da água, estando assim aptos a serem carregados por ela.
2) Desmatamentos e queimadas: como ocorreu um grande aumento, tanto da área urbana como da área rural, bem como os índices de casos de doenças respiratórias serem bastante elevados, o solo fica totalmente exposto às intempéries. Com isso, ocorre a diminuição da infiltração de água no solo e o aumento do escoamento superficial, o que acarreta o aumento e a expansão das voçorocas.
3) Uso incorreto dos solos: como a cidade cresceu rapidamente e provavelmente sem controle, ocupando áreas de encostas, além de suprimir a vegetação nativa, ocorre o aumento do escoamento superficial devido à impermeabilização dos solos. Com isso, a água pluvial forma caminhos preferenciais, e atrelado a um solo arenoso, tem-se o agravamento dos casos de voçorocas. Esse problema explica o porquê das bombas de captação de água estarem constantemente entupidas, pois os sedimentos acabam parando no recursos hídricos, ocasionando o assoreamento dos mananciais.
DESAFIO 14: Isolamento da área de contribuição da formação da voçoroca
Sabe-se que a formação de voçorocas tem uma forte relação com o uso do solo e está relacionada, principalmente, com a evolução do processo erosivo em locais que apresentam suscetibilidade a esses fenômenos.
Sr. Antônio é proprietário rural em uma cidade do RS há alguns anos e convive, atualmente, com uma problemática ambiental que o tem preocupado muito, pois coloca seu terreno em risco.
Veja na imagem a seguir o problema enfrentado pelo Sr. Antônio.
Com medo de perder mais áreas agrícolas, você, gestor ambiental, foi procurado para auxiliá-lo nessa tarefa. Ele visa sanar as seguintes dúvidas:
a) Exatamente o que está acontecendo nas áreas do Sr. Antônio? O que pode estar agravando esse problema?
b) A tendência é a situação se estagnar em algum momento ou será agravada com o passar do tempo?
c) Como ele pode resolver essa situação de forma inicial?
Quais respostas você poderia fornecer ao seu cliente? Justifique cada uma.
Padrão de resposta esperado
a) Nas terras do Sr. Antônio está ocorrendo a erosão por voçorocas. Trata-se de um fenômeno geológico que consiste na formação de grandes buracos de erosão causados pela água da chuva e por intempéries em solos.
O que está agravando esse passivo ambiental é que o local, como um todo, não apresenta cobertura vegetal significativa que consiga segurar as partículas do solo. Além disso, a área apresenta uma pequena inclinação, o que favorece ainda mais a formação de voçorocas, pois as águas escoam mais rapidamente pelo solo, favorecendo a formação de caminhos. Por fim, o Sr. Antônio colocou no local uma grande quantidade de gado, os quais acabam compactando os solos. Devido a isso,menos água se infiltra nos solos e, por consequência, aumenta-se o escoamento superficial das águas da chuva.
b) Infelizmente, a tendência é apenas piorar com o passar do tempo se não forem tomadas as medidas mitigadoras. A propriedade do Sr. Antônio irá perder cada vez mais solos, o que interfere diretamente na sua qualidade e sua fertilidade.
c) Resolver esse problema não é fácil e leva bastante tempo para remediar a situação. De forma inicial, o Sr. Antônio deve isolar a área, não permitindo que o gado (ou as máquinas agrícolas pesadas) passem nas proximidades das áreas erodidas.
Essa medida visa evitar o pisoteamento da área, ocasionando na compactação do solo e, consequentemente, na diminuição da permeabilidade do solo, aumentando assim o escoamento superficial das águas.
Como segunda medida, Antônio deve construir pequenos canais acima da voçoroca para conter a maior parcela de água e fazer com que esta seja escoada para as laterais, não permitindo que a água entre na área erodida. Com essa prática, evita-se que a água da chuva venha em grande quantidade e com força para dentro da voçoroca, fatores fundamentais para o agrave da situação.
Como terceira etapa, é recomendável que o produtor rural coloque pedras de diferentes tamanhos e solos locais no interior da voçoroca. É indicado também o plantio de espécies vegetais nativas, tanto dentro, como no entorno da voçoroca. Com isso, haverá a diminuição da erosão pluvial.

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