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Universidade de São Paulo 
 
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo 
 
Pós-Graduação – Área de Concentração: Tecnologia da Arquitetura 
 
 
 
 
 
 
 
O Concreto: sua origem, sua história. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Disciplina: Tecnologia do Concreto Aplicado à Arquitetura e Urbanismo 
AUT 5837 
 
 
Professora: Dra. Fabiana Oliveira 
Aluno: Jeferson Bunder 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Junho de 2016 
 
 
 
2 
 
1. Introdução 
 
 
Este relatório para a disciplina - Tecnologia do Concreto aplicado à 
Arquitetura e Urbanismo - tem por objetivo destacar momentos históricos da 
humanidade pelo ponto de vista da evolução do concreto armado. Para abordar os 
aspectos pré-históricos e históricos do concreto é importante previamente 
compreender a sua própria definição, além dos materiais que o originam. 
O Concreto é um material composto a partir da mistura de cimento, areia, 
pedra e água, dosados criteriosamente, com eventuais aditivos que potencializam 
suas características pré-definidas, além de adições que tem por objetivo transformar 
suas características originais. Já o cimento é um material composto a partir da 
mistura de clínquer, gesso e adições, assim como o concreto, também dosados 
criteriosamente durante a sua fabricação. Por último, o clínquer é um composto 
produzido através de processo industrializado, originado da extração de minério de 
calcário, argila e minério de ferro. Seu processo culmina com a queima destes 
materiais ao ponto de fusão, como ocorre na natureza com as lavas de vulcão. 
Assim como a criação do cimento teve sua origem e inspiração, a partir da 
Pozolana, que são argilas contendo cinzas da lava de vulcão, o concreto também 
pode ser considerado em sua origem natural como rocha sedimentar. 
Antes da existência do cimento e do concreto como conhecemos atualmente, 
estes materiais já existiam a milhares de anos na natureza. O homem desde seus 
primórdios sobre o planeta, sempre necessitou de local para habitar e se proteger. 
A rocha com suas características de rigidez, resistência e durabilidade sempre 
despertou interesse ao ser humano, e é a partir deste fato que pontuo aqui o 
primeiro marco na pré-história do concreto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
2. O concreto e sua pré-história 
 
No final do período Neolítico e inicio da Idade do Bronze (entre os anos 8.000 
a 4.000 anos antes de Cristo), estudos arqueológicos apontam que as primeiras 
construções com pedras foram executadas principalmente nas regiões da costa do 
Atlântico e do Mediterrâneo na Europa. São monumentos que tinham a função de 
templo ou de câmaras mortuárias com três tipos de formações megalíticas: as 
galerias cobertas, ou dolmens (Fig. 01), espécie de corredor que possibilita o acesso 
a uma tumba; os menires (Fig. 02), que são pedras gigantes cravadas verticalmente 
no solo, encontrados isoladamente ou em fileiras; e os cromlech (Fig. 03) que são 
menires dispostos em círculo. 
 
 
 Fig. 01 – Dolmens Fig. 02 – Menires Fig. 03 – Cromlech 
 Fonte: Internet DP. Fonte: Internet DP Fonte: Internet DP. 
 
Durante o Império Egípcio (3.000 a 1.000 anos antes de Cristo), embora o 
barro misturado com palha para fabricação de tijolos e a argamassas de gipsita e de 
cal eram largamente utilizados na construção de mastabas (construção precedente 
às pirâmides), a primeira grande construção em pedras ocorreu com a pirâmide 
escalonada (Fig. 04). Considerada a primeira grande obra de concreto natural 
(rochas calcarias), foi projetada também pelo primeiro arquiteto da humanidade, 
Imhopet, encomendada pelo faraó Djoser. Esta pirâmide escalonada deu origem às 
demais pirâmides com sua forma tradicionalmente conhecida. Sua construção, de 62 
metros de altura, ocorreu aproximadamente no ano de 2.660 antes de Cristo, ao 
norte da África, as margens do rio Nilo em Saqqra, no Egito. 
 
4 
 
 
Fig. 04: Pirâmide Escalonada 
Fonte:Internet DP 
 
Na Grécia Antiga (800 anos antes de Cristo) as construções comuns dessa 
época eram compostas por tijolos de barro ou pedras. As pedras eram assentadas 
com argila ou diretamente umas sobre as outras e reforçadas com madeira. Já as 
grandes obras, como o templo Parthenon (Fig. 05) as pedras eram precisamente 
assentadas sem argamassa, porém com grampos ou tarugos de ferro para os 
vedos. Nas colunas, eram pinos de madeira que faziam a junção de sua 
composição. O sistema estrutural trilítico composto de colunas, arquitraves e 
cobertura já se assemelhava ao sistema moderno de pilares, vigas e laje. 
 
 
Fig. 05: Templo Parthenon 
Fonte: Internet DP 
 
 
5 
 
3. O concreto e sua história: a origem 
 
É no Império Romano (300 anos antes de Cristo) que nasce a primeira 
concepção do concreto. O concreto romano é uma composição de agregados (cacos 
de pedras calcárias como mármores), areia, cal, Pozolana e água. A Pozolana, 
como já dito anteriormente, é um material silicioso (rocha) de origem vulcânica 
encontrada em abundancia na época, em Pozzuoli, região do vulcão Vesúvio. 
O Império Romano é marcado por grande evolução construtiva com 
surgimento de novas formas abobadadas, intensa utilização de arcos além de 
plataformas de concreto como fundações e fôrmas de madeira para o concreto 
romano. A exemplo dessa evolução, obras como aqueduto Pont Du Gard (Fig.6), Via 
Apia (Fig. 07), Coliseu (Fig. 08), demonstram esse domínio técnico construtivo. O 
grande destaque é a construção do Pantheon (Fig. 09), datada entre 118 e 128 
depois de Cristo, com uma cúpula de 45 metros de diâmetro, executada em concreto 
romano e revestida com mármores e tijolos. 
 
 
Fig. 06: Pont du Gard Fig. 07: Via Apia 
 Fonte: Internet DP Fonte:Internet DP 
 
Fig.08: Coliseu Fig. 09: Pantheon 
 Fonte: Internet DP Fonte: Internet DP 
 
6 
 
Entre o Século V e século XV, na Idade Média pouco ocorreu como evolução 
expressiva do ponto de vista do concreto e da tecnologia construtiva que poderia ser 
destacado. Fatos expressivos começam a surgir a partir do Renascimento (Século 
XVI ao século XVIII). Em 1.576, na Holanda são publicados os fundamentos da 
estática por Simon Stevinus no livro “Mathematicorum Hipomnemata de Statica”; em 
1.678 na Inglaterra, Robert Hooke estabelece os “Fundamentos da Elasticidade” 
através de experimentos com molas; já em 1.757 na Suiça, Leonhard Euler, 
estabelece uma fórmula para determinação da carga máxima que poderia ser 
aplicada a uma coluna antes dela flambar. 
A reconstrução do Forol de Eddystone,(Fig.10) realizado de 1756 à 1793 na 
Inglaterra, também foi considerada um marco na evolução histórica do concreto. O 
projeto foi elaborado por aquele que é considerado o primeiro Engenheiro Civil do 
mundo, John Smeaton (Fig. 11), que determinou as características fundamentais 
para o cimento hidráulico através de seus experimentos. 
 
 
 Fig.10: Projeto Farol Eddystone Fig.11: Eng. John Smeaton 
 Fonte: Internet DP Fonte: Internet DP 
 
A primeira associação da pedra ao ferro aparece em 1770, na construção da 
Igreja de Santa Genoveva (Fig.12) em Paris, com os primeiros indícios de 
entendimento e compreensão de esforços de tração e compressão na estrutura, o 
que viria a ser no futuro o concreto armado. O Pantheon de Paris, como também é 
conhecido, foi projetado pelo arquiteto Jacques Germain Soufflot (Fig 13), que 
 
7 
 
demonstrava grande senso de entendimento do encaminhamento das cargas na 
estrutura e resistência dos materiais.Fig 12: Igreja Santa Genoveva Fig. 13 Jacques Germain Soufflot 
 Fonte:Internet DP Fonte:Internet DP 
 
Fatos importantes também ocorreram em 1.775 na França, quando Charles 
Augustin Coulomb estabelece os fundamentos da teoria das vigas; em 1.780 na 
Inglaterra, Brian Higgins publica “Experimentos e observações realizados com o 
Intuito de melhorar a arte de compor e aplicar cimentos calcários e preparar 
argamassas”. 
Em 1.796, também na Inglaterra, James Parker patenteia um cimento 
hidráulico natural, conhecido como “Cimento Romano” ou “Cimento de Parker”, 
elaborado a partir da pedra de nome Septaria (com núcleo argiloso) que levadas ao 
forno, trituradas e peneiradas, são transformadas no referido cimento. 
 
 
4. A Revolução Industrial e alguns fatos importantes 
 
Mais adiante, durante a Revolução Industrial, mais fatos importantes 
ocorreram ao logo do século XIX. Em 1818 na França, o Engenheiro Louis Joseph 
Vicat realizou uma série de experimentos e publicou estudos e conclusões de seus 
ensaios realizados sobre cimentos. Ele investigou fatores para resultar em uma 
argamassa capaz de endurecer sob a água e desenvolveu um método para 
 
8 
 
determinar o tempo de pega e endurecimento do cimento, baseado na penetração 
de uma agulha numa amostra de pasta de cimento fresco - Aparelho de Vicat. 
(Fig.14). Também projetou em 1822 a primeira ponte de cimento artificial do planeta, 
sem pozolana em suas fundações, com extensão de 180 metros, com vãos de 22 
metros, e sem armação, apenas concreto – a Ponte de Souillac, hoje Ponte Louis 
Vicat sobre o Rio Dordogne (Fig.15). 
 
Fig.14: Aparerelho de Vicat Fig 15: Ponte de Souillac (1822) / Ponte LouisVicat 
 Fonte: Internet DP Fonte: Internet DP 
 
Um grande marco na história do concreto ocorreu em 1.824 na Inglaterra, 
quando Joseph Aspdin (fig.16), patenteia sua criação com o nome de Cimento 
Portlant (Fig.17), descrevendo a queima do calcário e argila triturados e misturados 
a altas temperaturas até que o CO² fosse liberado. O material obtido era moído 
obtendo-se um fino pó, porém ainda não se tinha tecnologia para a fabricação do 
clínquer com as temperaturas atuais. 
 
Fig.16: Joseph Aspdin Fig.17: Patente Cimento Portland 
Fonte: Internet DP Fonte: Internet DP 
 
9 
 
Na década de 1.830 na Europa, o termo Concreto foi estabelecido para uma 
massa sólida em que o cimento, areia, água e pedra são combinados. 
Em 1845 na Inglaterra, Isaac Charles Johnson, da Empresa JB White and 
Sons, após realizar muitas pesquisas para melhorar a qualidade do cimento, 
Johnson aumentou a temperatura de queima da argila e calcário para 1400 °C 
produzindo o Clínquer pela primeira vez na história. 
Durante a segunda metade do século XIX ocorreu grande evolução 
tecnológica na Alemanha com estudos e ensaios sistemáticos de resistência à 
tração e compressão do cimento, mais qualidade do cimento e grande avanço em 
projetos de fornos e uniformidade do clínquer. 
Na década de 1850, Joseph Louis Lambot (Fig.18), realizou uma serie de 
experimentos de cimento aliado ao ferro. Expõe um barco construído de cimento e 
ferro (Fig. 19) na Exposição Mundial de Paris, em 1855 e solicitou patente de seus 
projetos. Para muitos historiadores Lambot é considerado o pai do Concreto 
Armado. 
 
 
Fig. 18: Joseph L. Lambot Fig. 19: Barco de cimento armado. 
Fonte: Internet DP Fonte: Internet DP 
 
Outro grande marco ao longo da história ocorreu quando Joseph Monier (Fig. 
20) executou a primeira ponte de concreto armado do mundo em 1875 na França, 
com 16,50 metros de comprimento por 4 metros de largura (Fig. 21). Monier também 
realizou uma série de experimentos com o concreto unido ao ferro e sem muito 
conhecimento teórico patenteou o método de construção de vigas de concreto com 
armação. 
 
10 
 
 
 Fig. 20: Joseph Monier Fig. 21: Primeira ponte de concreto armado 
 Fonte:Internet DP Fonte:Internet DP 
 
Em 1877 Thaddeus Hyatt, na Inglaterra publicou “Um relato de alguns 
experimentos com concreto de cimento Portland combinado com ferro, como 
material de construção”. Já em 1878 patenteia a armação reticulada e peças pré-
moldadas para lajes e vigas. Hyatt foi considerado principal referência do 
conhecimento dos fundamentos estruturais do concreto com armação. 
Em 1885 Fredeick Ransome patenteia o primeiro forno rotativo para 
fabricação de cimento, revolucionando a produção de cimento no mundo. Mais tarde 
em 1902, seu filho Ernest L. Ransome adquiriu duas patentes ligadas à melhoria de 
reforços estruturais em concreto armado. 
O primeiro grande empreendedor imobiliário foi o francês François 
Hennebique, que após patentear uma série de sistemas construtivos em estruturas 
de concreto em 1892, criou uma equipe técnica de consultores para atuação em 
diferentes partes do mundo. Nos primeiros sete anos ele executou com sua equipe 
mais de 3000 projetos, sendo 100 pontes por ano aproximadamente. Em 1909 sua 
organização já tinha 62 escritórios espalhados pelo mundo. Hennebique obteve seu 
sucesso graças a sua notável técnica de administração e marketing. 
 
5. A Idade Moderna do século XX - Após a Revolução 
 
Em 1901, o Professor e Engenheiro Emil Morsch, realizou uma série de 
publicações de artigos que estabeleceram as bases científicas do concreto armado. 
Suas teorias tornaram-se referência na área por mais de meio século. Entre as 
 
11 
 
numerosas honrarias recebidas estão a de sócio honorário do “Institution of 
structural Engineers” em 1913 e a de “honorary doctorates” das Universidades de 
Stuttgart em 1912 e de Zurique em 1929. 
Um grande marco histórico também ocorreu em 1901, quando foi construído 
em Paris à Rua Donton, 1, no bairro de Quartier Latin, um edifício de sete 
pavimentos (Fig.22), com instalação da empresa e residência de François 
Hennebique, já citado anteriormente. Esta obra é considerada o primeiro Edifício de 
concreto armado, construído com pilares, vigas e lajes, demonstrando (na época) 
ser seguro o novo sistema construtivo. 
 
 
Fig.22: Edifício Hennebique 
Fonte: Internet DP 
 
Em 1903 foi projetado pelo escritório Elzner & Anderson Arquitetura e 
Ransome Estruturas, o edifício Ingalls Building (Fig.23). Construído nos Estados 
Unidos, ele é considerado o primeiro aranha-céu de concreto armado do mundo, 
com 16 andares. O edifício é corporativo, possui 64 metros de altura e sua obra foi 
executada em oito meses. 
O sistema de construção pré-fabricada surge com experimentos e estudos de 
John E. Conzelman na década de 1910, nos Estados Unidos. Em 1911 é construído 
edifício de cinco andares para Empresa National Lead Company, em Missouri, em 
sistema pré-fabricado. 
 
 
12 
 
No inicio do século XX com enorme expansão do uso do concreto armado, 
junto com esta nova tecnologia cresciam também acidentes e falhas construtivas 
decorrentes de projetos inadequados, falhas de execução e materiais de baixa 
qualidade. As primeiras publicações de normas de projeto e execução de estruturas 
em concreto armado ocorreram em 1903 na Suíça e na Alemanha, em 1906 na 
França, em 1907 na Inglaterra, em 1910 nos Estados Unidos e em 1931 no Brasil. 
É durante os anos 1920 e 1930 que surgem as primeiras usinas de concreto 
(Fig.24). Com a introdução do concreto pré-misturado nas obras, a qualidade do 
concreto passa ser mais controlada ajudando obter também mais qualidade 
construtivadas grandes obras da época. 
 
 
 Fig.23: Edifício Ingalls Building Fig.24: Usina de Concreto 
 Fonte: Internet DP Fonte:Internet DP 
 
6. Continuando no Século XX - Grandes Edifícios no Brasil 
 
O primeiro arranha-céu do Brasil foi o Edifício Sampaio Moreira (Fig.25), com 
50 metros de altura, construído em São Paulo à Rua Líbero Badaró. Datado de 
1924, ele foi projetado pelos arquitetos Christiano Stockler e Samuel das Neves. Seu 
título durou até 1929, quando o Edifício A Noite (Fig.26), com 102 metros de altura, 
tomou sua posição no Rio de Janeiro. O Edifício A Noite foi projetado pelo arquiteto 
Joseph Gire e sua estrutura calculada pelo engenheiro Emilio H. Baugart. 
 
13 
 
Em 1931 o Edifício Martinelli (Fig.27), assume o posto de Edifício mais alto do 
Brasil com 106 metros de altura. O Edifício Martinelli foi construído na região central 
da cidade de São Paulo pelo também engenheiro Giuseppe Martinelli e o arquiteto 
austríaco Willian Fillinger. 
Em 1947 é encerrada a disputa (de forma representativa) até os dias de hoje, 
com a construção do Edifício Altino Arantes (Fig.28), projetado pelo arquiteto Plínio 
Botelho do Amaral, também construído na região central de São Paulo, com 161 
metros de altura. 
 
 
 Fig.25: Edif. Sampaio Moreira Fig.26: Edif. A Noite 
 Fonte: Internet DP Fonte: Internet DP 
 
 
 Fig. 27: Edif. Martinelli Fig.28: Edif. Altino Arantes 
 Fonte: Internet DP Fonte:Internet DP 
 
 
 
14 
 
7. Ainda no Século XX - Alguns mestres da Arquitetura Modernista 
 
Com perfeita compreensão das possibilidades estruturais do concreto armado 
e a sua plasticidade, foi durante o século XX que grandes arquitetos mostraram ao 
mundo, que a arquitetura é verdadeiramente a arte de construir. Aparentes desafios 
da lei da gravidade, surgiram nesse momento como uma nova era da construção 
moderna com ícones da arquitetura aqui destacados. 
O arquiteto Charles-Édouard Jeanneret-Gris, ou simplesmente Le Corbusier, 
como é conhecido, formulou uma nova linguagem arquitetônica formalizados em 
Ville Savoye, em 1928 (Fig.29) com planta e fachada livres da estrutura construção 
sobre pilotis e teto-terraço. Já na Capela Notre Dame Du Haut (Fig.30), em 
Ronchamp é demonstrado toda a possível plasticidade do concreto armado em 
1955. 
 
 
Fig. 29: Ville Savoye Fig. 30: Capela Notre Dame Du Haut 
Fonte: Internet DP Fonte: Internet DP 
 
Um dos conceitos centrais da obra do arquiteto Frank Lloyd Wright é que o 
projeto deve ser individual, de acordo com sua localização e finalidade. Como um 
desdobramento da arquitetura moderna, a Casa da Cascata de 1939 (fig.31), tornou-
se uma figura chave da arquitetura orgânica. Outro destaque em suas obras é o 
Museu Solomon R. Guggenheim de Nova York, finalizado em 1959. 
Felix Candela, arquiteto espanhol, dividiu etapas de sua vida profissional 
entre Espanha, México e Estados Unidos. Candela demonstra através de suas obras 
seu profundo conhecimento e compreensão do comportamento das estruturas de 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_moderna
https://pt.wikipedia.org/wiki/Arquitetura_org%C3%A2nica
 
15 
 
concreto armado. Destaca-se em suas obras o restaurante Los Manantiales (Fig.32) 
de 1956, no México. 
 
 
 Fig. 31. Casa da Cascata Fig. 32: Restaurante Los Manantiales 
 Fonte: Ineternet DP Fonte: Internet DP 
 
Certamente o arquiteto que mais explorou as possibilidades construtivas do 
concreto armado foi Oscar Ribeiro de Almeida Niemeyer Soares Filho, ou 
simplesmente Oscar Niemeyer. Elogiado por ser um escultor de monumentos, é 
considerado um dos maiores arquitetos da modernidade. Com tantas obras 
importantes no Brasil e no mundo, é difícil elencar algumas para sintetizá-lo, porém 
seus projetos mais conhecidos são os edifícios cívicos de Brasília como o 
Congresso Nacional de 1960 (Fig.33), Palácio do Planalto de 1960 (Fig.34), o 
Palácio da Alvorada de 1958 (Fig.35), além da Catedral de Brasília de 1970 (Fig.36) 
e do Museu de Arte Contemporânea de Niterói de 1996 (Fig.37). 
 
 
Fig. 33: Congresso Nacional de Brasília Fig. 34: Palácio do Planalto de Brasília 
Fonte: Internet DP Fonte:Internet DP 
 
16 
 
 
Fig. 35: Palácio da Alvorada de Brasília Fig. 36: Catedral de Brasília 
Fonte: Internet DP Fonte:Internet DP 
 
Fig. 37: Museu de Arte Contemporânea de Niterói 
Fonte: Internet DP 
 
8. Algumas grandes obras e um novo desafio no próximo capítulo 
 
O Cristo Redentor (Fig.38) é um marco de concreto armado revestido com 
pedra sabão e eleito uma das Sete Maravilhas do Mundo Moderno em 2007. O 
monumento construído entre 1922 e 1931, foi concebido pelo engenheiro 
brasileiro Heitor da Silva Costa em colaboração com os franceses, o escultor Paul 
Landowski e o engenheiro Albert Caquot. A estátua em trinta metros de altura, sem 
contar os oito metros do pedestal, e seus braços totalizam 28 metros de largura. 
A Torre CN (Fig.39) é o principal cartão postal de Toronto, atraindo mais de 
dois milhões de visitantes anualmente. Entre 1976 e 2007 foi a maior torre do mundo 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Heitor_da_Silva_Costa
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Landowski
https://pt.wikipedia.org/wiki/Paul_Landowski
https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Albert_Caquot&action=edit&redlink=1
 
17 
 
com 554 metros de altura, e sua execução consumiu 40.500 metros cúbicos de 
concreto. 
A Usina Hidroelétrica de Itaipu (Fig.40) fez parte da lista oficial de candidatas 
para as Sete Maravilhas do Mundo Moderno (Revista Popular Mechanics USA, 
1995). Para sua construção iniciada em 1975, foram utilizados 12.570.000 metros 
cúbicos de concreto até sua finalização, em 1982. Comparando a construção da 
hidrelétrica com o Eurotúnel (que liga França e Reino Unido sob o Canal da Mancha) 
foram utilizados quinze vezes mais concreto, e o volume de escavações foram oito 
vezes maior. 
 
 
 Fig. 38: Cristo Redentor Rio de Janeiro Fig. 39: CN Tower Toronto 
 Fonte: pt.wikipedia.org Fonte: pt.wikipedia.org 
 
 
 Fig. 40: Hidroelétrica de Itaipú – Brasil/Paraguai 
Fonte: pt.wikipedia.org 
 
 
Atualmente o Edifício Burj Khalifa (Fig.41) em Dubai, nos Emirados Árabes 
Unidos, é considerado o mais edifício alto do mundo, com altura de 828 metros e 
163 andares. Para a sua construção em 2011, foram consumidos 330.000 metros 
https://pt.wikipedia.org/wiki/Sete_maravilhas_do_Mundo_Moderno
https://pt.wikipedia.org/wiki/Eurot%C3%BAnel
https://pt.wikipedia.org/wiki/Fran%C3%A7a
https://pt.wikipedia.org/wiki/Reino_Unido
https://pt.wikipedia.org/wiki/Canal_da_Mancha
 
18 
 
cúbicos de concreto e 55.000 toneladas de vergalhão de aço, além de obter o 
recorde de bombeamento de concreto com 606 metros de altura. 
 
 
 
Fig. 41: Edifício Burj Khalifa, Dubai 
Fonte:Ineternet DP 
 
Como curiosidade segue o consumo de concreto utilizado para a execução de 
algumas obras brasileiras como o Rodoanel de São Paulo com 800.000 metros 
cúbicos; a Transposição Rio São Francisco consumiu 1.300.000 metros cúbicos; a 
Hidroelétrica de Jirau2.800.000 metros cúbicos; a Hidroelétrica de Santo Antonio 
3.200.000 metros cúbicos; a Usina de Belo Monte 3.700.000 metros cúbicos. Já as 
obras da copa do mundo de 2014 consumiram 5.100.000 metros cúbicos e nos 
últimos sete anos o consumo cresceu 180% no Brasil e serão 72.300.000 metros 
cúbicos em 2.017. 
 
 
 
 
 
 
19 
 
9. Herói ou Vilão - O que faz o concreto ser especial? 
 
 Revolucionou a arte de projetar e construir estruturas a partir de sua criação 
 É o mais importante material estrutural da construção civil do planeta 
 Transformou a história da humanidade em qualidade de vida e 
desenvolvimento 
 Depois da água é o material mais consumido pelo homem 
 A sua fabricação é responsável pela maior geração de poluentes direta e 
indiretamente, degradação da natureza, além de ser o maior gerador de 
resíduos futuros no planeta. 
 
 Tókio Seul 
 
 Cidade do México São Paulo 
 
 Nova York Mumbai 
Maiores Cidades do Planeta, 2016 - Fontes: Internet DP 
 
20 
 
Bibliografia 
 
 CARVALHO, João Dirceu, Um pouco sobre a história do concreto, Centro de Tecnologia 
Departamento de Engenharia Civil, DEC, Universidade. Estadual de Maringa, PR, 2008. 
  HELENE, Paulo; ANDRADE, Tibério. Concreto de Cimento Portland. Materiais de 
Construção Civil e Princípios de Ciência e Engenharia dos Materiais, Ed. Ibracon, São 
Paulo, 2007. Disponível em < http://www.phd.eng.br/wp-content/uploads/2014/07/lc48.pdf> 
Acesso em 26/06/2016. 
  KAEFER, Luis Fernando, A Evolução do Concreto Armado, São Paulo, 1998. Disponível 
em <http://wwwp.feb.unesp.br/lutt/Concreto%20Protendido/HistoriadoConcreto.pdf> Acesso 
em 26/06/2016. 
  NEVILLE, A. M., Propriedades do Concreto, Ed. Bookman, 5. Edição, Porto Alegre, 2016. 
  PEDROSO, Fabio Luis, Concreto: As origens e a evolução do material construtivo Mais 
usado pelo homem, Revista Concreto e Construções, IBRACON, n.53, jan, fev, Mac, 2009. 
  TORAYA, Juan de las Cuevas. Un siglo de Cemento en Latinoamérica, Instituto Mexicano 
del Cemento y el Concreto – IMCYC, Mexico, 1999 Disponível em < 
http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/03.028/748/pt> Acesso em 26/06/2016. 
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