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HISTÓRIA DAS TÉCNICAS CONSTRUTIVAS NO BRASIL, NA VISÃO DO ARQUITETO Victor Gabriel Cabral da Rocha 1 Daniella Maciel 2 Isabella Rosa Pfeiffer 3 Ivan Moreno 4 Arthur Sousa 5 Juan Molina 6 Professor: Murilo Monfort de Mello 7 Resumo: Este documento apresenta a história das técnicas construtivas ao decorrer dos anos e como elas foram utilizadas e popularizadas ou não no contexto do Brasil. A construção civil está presente desde os primórdios da humanidade, quando os pré-históricos usavam as cavernas como forma de abrigo e proteção contra animais. Com o passar do tempo e a evolução dos povos, se fez necessário o abrigo e suas proteções, e foi assim que começaram a cercar as primeiras cidades com muralhas. Neste documento, terá os materiais utilizados desde o período pré- colonial até os dias de hoje, mostrando o desenvolvimento das técnicas e suas vantagens e desvantagens. Palavras-chave: Técnicas Construtivas; História; Arquitetura; Construções. 1 Graduando em Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade Veiga de Almeida, campus Tijuca. Pesquisa sobre a história das técnicas construtivas no Brasil, na visão do arquiteto. victor_cabral_rocha@outlook.com. 2 Graduanda em Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade Veiga de Almeida, campus Tijuca. Pesquisa sobre a história das técnicas construtivas no Brasil, na visão do arquiteto. arq.danimaciel@gmail.com. 3Graduando em Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade Veiga de Almeida, campus Tijuca. Pesquisa sobre a história das técnicas construtivas no Brasil, na visão do arquiteto. isabella.pfeiffer@hotmail.com. 4 Graduando em Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade Veiga de Almeida, campus Tijuca. Pesquisa sobre a história das técnicas construtivas no Brasil, na visão do arquiteto. morenoivan2000@gmail.com. 5 Graduando em Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade Veiga de Almeida, campus Tijuca. Pesquisa sobre a história das técnicas construtivas no Brasil, na visão do arquiteto. arthursousa290403@gmail.com. 6 Graduando em Arquitetura e Urbanismo, pela Universidade Veiga de Almeida, campus Tijuca. Pesquisa sobre a história das técnicas construtivas no Brasil, na visão do arquiteto. Juanmolinarj@gmail.com. 7 Professor de Arquitetura e Urbanismo, na Universidade Veiga de Almeida, campus Tijuca. Pesquisa sobre a história das técnicas construtivas no Brasil, na visão do arquiteto. mailto:victor_cabral_rocha@outlook.com mailto:arq.danimaciel@gmail.com mailto:isabella.pfeiffer@hotmail.com mailto:morenoivan2000@gmail.com mailto:arthursousa290403@gmail.com mailto:Juanmolinarj@gmail.com 1. Introdução. Para entender história das técnicas construtivas em qualquer lugar do mundo, é preciso perceber a necessidade de se criar um abrigo do início da humanidade. O homem por sua natureza procura meios para a sua sobrevivência, sendo assim, na pré-história os homens não tinham moradias fixas, visto que quando as fontes de alimento acabavam no local onde eles estavam, eles tinham que procurar outro local em busca de novas condições de sobrevivência. Em certo momento eles resolveram se abrigar em grutas e cavernas, para proteger da chuva, do sol intenso, do frio e de possíveis animais que poderiam atacá-los. Não se sabe ao certo a quanto tempo esses povos surgiram e evoluíram, mas algum tempo depois, eles tiveram necessidade de construírem uma sociedade e se fixarem em certos locais. Como por exemplo, os indígenas no Brasil, criaram construções simples, com os principais elementos construtivos sendo obtidos na natureza sem tecnologia e usando mão de obra indígena. Mais tarde no período colonial, chega elementos construtivos portugueses, que por motivos de clima e mão de obra tiveram que se adaptar ao Brasil e ao povo que aqui vivia. E assim, ao decorrer das décadas, tecnologias foram surgindo e transformando as técnicas construtivas trazendo benefícios e malefícios a sociedade e a natureza. 2. Desenvolvimento 2.1. Arquitetura indígena no Brasil. Antes da chegada dos colonizadores portugueses em nosso país, os povos indígenas que aqui habitavam já realizavam construções impressionantes. Mas, com a precariedade de dados históricos disponíveis e uma grande diversidade de cultural, fica muito difícil destacar cada uma em particular. Sendo assim, de forma geral a arquitetura indígena trazia técnicas consideradas avançadas para a época, além de serem verdadeiras expressões artísticas. Em relação a organização, as construções formavam aldeias chamadas ‘’tabas’’, onde eram, e são até os dias de hoje, distribuídas de forma ortogonal garantindo uma grande praça central. Já as casas ao redor são as ‘’malocas’’ (casa grande) e as ‘’ocas’’ (casa individual). Destacando os elementos construtivos, as aldeias indígenas têm como principal característica a arquitetura sustentável, onde otimiza os recursos naturais e usam materiais integralmente biodegradáveis, deixando de gerar impactos negativos ao meio ambiente. Mas, é importante ressaltar que nos diferentes povos indígenas há diferenças nas técnicas de construção de suas habitações e que a maioria das unidades fica rente ao solo, mas, em regiões pantanosas, há registros de palafitas. Os materiais mais presentes nesse tipo de construção são: • Troncos de madeira, que são a base das casas, utilizado na armação de toda estrutura para sustentar as paredes e coberturas. • Gravetos, sendo as ripas, como observamos nos telhados convencionais, sendo dispostas de maneira espalhada para sustentar as folhas de árvores que cobrem tudo. • Cipós, que tem papel importante, tanto nas amarrações das junções e encontros das estruturas quanto na cobertura de palhas. • Palhas, usadas em conjunto como telhado e parede, agindo como isolante térmico e proteção para chuvas. • Argila, aplicada nos pisos internos das casas com a função de absorver o impacto dos pés nas danças e rituais. Figura 1: Amarração de cipós nas estruturas de madeira Fonte: Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Rio Grande do Norte. Disponível em: https://www.caurn.gov.br/?p=10213. Acesso em: 12 de setembro de 2022. 2.2. Arquitetura colonial. Após a chegada e a permanência dos portugueses, todas as construções feitas de 1500 até 1822 são chamadas de arquitetura colonial, com grande influência portuguesa devido aos novos costumes que chegam junto com eles. E junto disso também técnicas e culturas da Europa que são adaptadas às condições materiais e socioeconômicas do local. A geografia da região determinava os materiais disponíveis, juntamente com a qualidade de mão de obra, dos trabalhadores livres ou escravos, que também incorporavam técnicas indígenas e africanas. As principais características dessa arquitetura são: construções uniformes e na maioria térreas (apoiadas umas nas outras), falta de vegetação, ruas delimitadas sem calçadas e irregulares, telhados de duas águas que fazia com que a água da chuva caísse na frente e nos fundos da construção. Edifícios mais imponentes como igrejas possuíam maior atenção estilístico, na https://www.caurn.gov.br/?p=10213 forma e no acabamento da matéria prima. A arquitetura colonial utilizou diversas técnicas como: alvenaria, adobe, tijolos cerâmicos, pedra, cantaria taipa de pilão, pau-a-pique, enxaimel, tabique e barro. Detalhadas e separadas abaixo: Alvenaria: técnica de confecção de muros utilizando tijolos, lajotas ou pedras de mão, juntos entre si por meio de uma argamassa. Nesse período, as argamassas eram feitas de cal e areia ou de barro. 1.1. Adobe: uma lajota feita de barro com dimensões aproximadas de 20 x 20 x 40 cm, compactados manualmente em formas de madeira, que eram colocadas para secar na sombra alguns dias para depois expor ao sol. O barro é composto por uma certa contagem de argila e areia para ter o equilíbrio e não ficar nem quebradiça,nem plástica. Pode-se acrescentar fibras vegetais ou estrume para melhorar sua resistência. Depois de prontas, são assentadas com barro e revestidas com reboco de argamassa de cal e areia. Figura 2: Adobe. Confecção e assentamento Fonte: Coisa de Arquitetura. Disponível em: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas- construtivas-do-periodo-colonial-i/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. 1.2. Tijolos Cerâmicos: Feito de argila, o tijolo difere do adobe por ser menor e por ser cozido em fornos em altas temperaturas. Sua durabilidade é tão boa quanto a pedra. Porém por a infraestrutura ser muito precária, essa técnica era reservada apenas para as telhas. As alvenarias de tijolos somente vão ficar comuns no século XIX. Figura 3: Alvenaria de tijolos Fonte: Coisa de Arquitetura. Disponível em: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas- construtivas-do-periodo-colonial-i/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ 1.3. Pedra: Era o material que dava maior resistência aos muros, porque era utilizada nas fortificações, igrejas monumentais e nas construções oficiais. As pedras utilizadas eram calcárias, arenitos ou pedra de rio e granitos. As pedras eram de tamanho variável, até 40 cm e com acabamento irregular, também, na alvenaria de pedra seca, que dispensa argamassa. Esta técnica é mais utilizada para muros exteriores. As pedras de mão, maiores, contornadas por pedras menores recebe o nome de cangicado. Figura 4 - Alvenaria de pedra. Fonte: Coisa de Arquitetura. Disponível em: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas- construtivas-do-periodo-colonial-i/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. Cantaria: Era uma pedra lavrada ou aparelhada geralmente em paralepípedos, sem o auxílio de argamassa. Apesar de ser um serviço sofisticado, que exige profissional bastante habilitado, já existe a um tempo. Os templos gregos e romanos, as grandes catedrais medievais foram, em sua maioria, executadas em cantaria. Porém, devido à dificuldade de mão de obra qualificada e devido ao custo, a cantaria não era utilizada na totalidade do edifício, e sim utilizada nos edifícios mais nobres, em geral como reforço nos cantos de edifícios grandes e nas vergas de portais e janelas. Pouquíssimos edifícios foram construídos exclusivamente em cantaria, sendo um exemplo preservado a Casa-Forte de Garcia d'Ávila na Bahia, erguida em sua maior parte no início dos anos 1600. Mesmo nos séculos seguintes poucas igrejas foram construídas com fachadas integralmente de pedra. Figura 5: Aparelho de cantaria e aparelho misto de cantaria e alvenaria de pedra. Fonte: Coisa de Arquitetura. Disponível em: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas- construtivas-do-periodo-colonial-i/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ Taipa de Pilão: Foi o material mais utilizado nas construções coloniais no Brasil, por ter em abundância a matéria prima, o barro vermelho, ser fácil de executar, a durabilidade e as boas condições de proteção que oferece ao fazer a manutenção. Quando bem utilizada apresenta um baixo consumo de energia no processo de fabricação. Além dessas características, a taipa possui uma ótima inércia térmica, ideal para o clima do litoral brasileiro, e permite trocas de umidade com o meio externo. Nesta técnica, o barro é amassado por um pilão e colocado em formas de madeira, os taipais. Esses taipais são estruturados por tábuas e montantes de madeira, juntos por meio de cunhas em baixo, e torniquete em cima. O tamanho é aproximadamente 1m de altura por 3 a 4m lateralmente. Figura 6 - Taipal e pilão. Fonte: Coisa de Arquitetura. Disponível em: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas- construtivas-do-periodo-colonial-i/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. Semelhante ao adobe, tem que ser uma mistura bem dosada para não perder a rigidez. A secagem durava de 4 a 6 meses. O barro é posto em pequenas quantidades e em camadas seguidas de aproximadamente 20 cm, que depois diminuía a 10 ou 15 cm. A taipa de pilão foi mais utilizada em São Paulo e Goiás. Figura 6 - Execução da taipa de pilão. Fonte: Coisa de Arquitetura. Disponível em: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas- construtivas-do-periodo-colonial-i/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ Pau-a-Pique: entre seus nomes, estão: taipa de sebe, taipa de mão, barro armado ou taipa de sopapo, são diversos nomes para um dos sistemas mais utilizados tanto nos tempos da colônia como ainda hoje em construções rurais, devido a suas qualidades – baixíssimo custo (todos os materiais são naturais), resistência e durabilidade. Conhecido dos indígenas e dos negros africanos, utilizado no Nordeste, nos Massapés e em Minas. Consiste em uma estrutura mestra de peças de madeira, cuja seção pode variar 50 x 50 cm, 40 x 40 cm até 20 x 20 cm composta de esteios – peças verticais enterradas no solo, baldrames – peças horizontais inferiores, e frechais – peças horizontais superiores. Era o processo mais simples e rápido de assentar elementos verticais, basicamente varas ou toras, muito próximas, com base incinerada evitando apodrecimento pela umidade do terreno. Figura 6 - Construção em pau-a-pique rustica. Fonte: Coisa de Arquitetura. Disponível em: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas- construtivas-do-periodo-colonial-i/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. Enxaimel: Semelhante ao sistema anterior, este caso os vãos entre os esteios, estes também denominados enxaiméis, e as madres, baldrames e frechais, é reforçado com peças inclinadas nos cantos ou na diagonal dos quadros. Estas peças têm o nome de cruz de Santo André ou aspas francesas. O vão é preenchido com adobe ou mesmo tijolos. Esta técnica é também milenar, utilizada na Europa medieval, e muito popular no sul do país. Figura 6 - Construção em pau-a-pique rustica. Fonte: Coisa de Arquitetura. Disponível em: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas- construtivas-do-periodo-colonial-i/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ Tabique: consiste numa estrutura de vigas de madeira revestida por tábuas. É um sistema de grande facilidade e simplicidade em sua execução. Para os sistemas, as madeiras mais utilizadas na época eram de aroeira, braúna, ipê, peroba, jatobá, entre outras. Figura 6 - Tabique. Fonte: Coisa de Arquitetura. Disponível em: https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas- construtivas-do-periodo-colonial-i/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. Após a vinda da família Real, consequentemente foi trazido a forma e a cara europeia para o Brasil, esse estilo tende a lembrar obras dos romanos, com arco e colunas, com isso deu início ao movimento conhecido como a missão francesa, querendo transformar nossa cidade uma segunda França. Essa nova arquitetura foi importante na história da construção no Brasil pelo fato dos avanços que fomos obrigados a dar perante essa nova maneira de construir, visando muito a simetria e dando ênfase as colunas, trazendo-as a uma figura de destaque. e trouxe o melhor manejo com as pedras sofisticadas. Porém essa arquitetura ficou restrita apenas a famílias mais ricas do Brasil por ser uma obra que dependia muito de materiais da Europa. Na arquitetura urbana a clareza tinha destaque. Era caracterizada pela simplicidade formal, com cornijas e platibandas como recurso formal, as paredes, de pedra ou tijolo, eram pintadas de cores mais simples, como o branco, rosa, amarelo e azul-pastel, sua entra tinha um formato únicos, com colunas, escadarias, frontões e se preocupava com a decoração interna com revestimentos e pinturas. Em geral as linhas básicas da composição eram marcadas por pilastras, sobre as quais, nas platibandas, resolver-se objetos de louça do Porto, como figuras representando os continentes, as virtudes etc. Janelas e portas eram interessantes pelo fato de começar a usar pedras em seu entorno e arrematadas em arco pleno, com isso trazendo essa técnica desse arco perfeito e no vidro acima dessa porta e janela contia uma rosácea mais ou menos complicadas, com vidros coloridos. Esse movimento voltado para o campo, teve sua característica muito próxima da parte residencial urbana, porém com a parte interna da sua decoração semelhante à da corte, pelo fato de o pessoal do campo te uma forte economia com https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ https://coisasdaarquitetura.wordpress.com/2010/09/06/tecnicas-construtivas-do-periodo-colonial-i/ a exploração do café. Com esse estilo o concreto tomou vez no Brasil, não o armado no jeito que utilizamos hoje em dia, era apenas uma mistura que endurecia em contato com a água sem o uso de aço, igual os romanos faziam a muito tempo, e era bastante utilizado nas fundações. Hoje, pelo mundo contemporâneo se importar mais com rapidez e sustentabilidade, novas formas de construir foram surgindo e tomando espaço, essas técnicas construtivas são hoje as principais utilizadas nas edificações: 2.3. O período republicano. Por mais que nesse período o Brasil tenha recentemente proclamado sua república (1889), ainda sim existia uma grande influência europeia, principalmente na arquitetura e nas técnicas construtivas, onde na época predominava a alvenaria de tijolos. Com o passar do tempo, tijolos maciços e alicerces começaram a ser cada vez mais comuns nas construções naquela era. Nos meados de 1903, as vedações começaram a ser cimento, cal , areia ou saibro, e em 1920 se começou a afastar as paredes dos alicerces para se pôr alguns meios entre eles como placas de asfalto, lâminas de chumbo e tijolos assentados com cimento ou cal. No começo da utilização de alvenaria de tijolos, as paredes tinham tendências a ficarem exageradamente grossas, isso pode ser devido a demasiada influência da alvenaria da Europa , porém pelo ajuste feito em relação a altura da parede com o número de pavimentos, isso se corrigiu com o passar do tempo. No início da Era Vargas (1930-1945), a alvenaria de blocos e concreto armado passou a ser a mais predominante em nosso território, até mesmo nas menores estruturas, grande parte disso por ingerências da Alemanha. Entretanto, com o passar do tempo, a alvenaria em si passou a ser mais um recurso de vedação do que um importante parte da funcionalidade estrutural, a alvenaria só foi retomar sua função na estrutura quando passou a ser mais aprofundada e estudada em meados de 1960. Figura 7 - Bloco alvenaria estrutural concreto Fonte: Ipora Blocos. Disponível em: http://www.iporablocos.com.br/bloco-alvenaria-estrutural-concreto.html. Acesso em: 12 de setembro de 2022. http://www.iporablocos.com.br/bloco-alvenaria-estrutural-concreto.html Durante a Ditadura Militar (1964-1985) se manteve a alvenaria de blocos e concreto armado, que até atualmente é uma das mais utilizadas, porém acabou ganhando uma “concorrente” que é a mais conhecida alvenaria convencional. Essas duas predominam hoje em dia no Brasil por fatores como acesso, versatilidade e custo-benefício. 2.4. O concreto armado. O concreto armado foi criado por Joseph Monier em 1849, na França. Monier uniu o concreto simples a barras de aço, que passam por dentro do molde de concreto, com perfeita aderência entre os dois materiais, combinando a capacidade à tração do metal e à compressão do concreto para suportar elevadas cargas a que forem submetidos. Ele recebeu a patente por essa invenção em 1867. Figura 8 - Concreto armado: processo de mistura da água com cimento e componentes Fonte: Viva Decora. Disponível em: https://www.vivadecora.com.br/pro/concreto-armado/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. No Brasil, no entanto, essa técnica construtiva só passou a ser utilizada no início do século seguinte. É de 1904 que se tem a primeira notícia do uso dessa modalidade estrutural, usada no Rio de Janeiro. O “cimento armado” (noome do do material naquela época) era empregado em edifícios residenciais em Copacabana pela chamada “Empreza de Construcções Civis”, sob responsabilidade do engenheiro Carlos Poma. Essa empresa obteve em 1892 uma patente para utilização do cimento armado, uma variante do sistema Monier. Devido ao sucesso com o uso desse material, Carlos Poma executou diversas outras obras, como prédios, muros, fundações, reservatórios d’água e escadas. Em 1924, houve uma associação entre a empresa Wayss & Freytag e a Companhia Construtora em Cimento Armado, possibilitando um grande desenvolvimento do concreto armado no país e a formação de engenheiros brasileiros. https://www.vivadecora.com.br/pro/concreto-armado/ As estruturas foram muito bem aceitas, sendo, até hoje, o tipo de estrutura mais utilizado no Brasil. “Apesar da baixa complexidade na execução, são necessários cuidados para garantir qualidade e segurança”, afirma o engenheiro estrutural Narbal Marcellino, professor da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). “Bons conhecimentos das propriedades do material, dos fundamentos de projeto, das normas nacionais e internacionais e da tecnologia de execução são indispensáveis para a construção de estruturas de concreto seguras e duráveis”, alerta. O concreto estrutural pode ser fornecido por usinas ou preparado no próprio local da obra. A resistência à compressão é o principal fator que define a sua qualidade. “Para isso, é preciso uma dosagem do concreto, ou traço, que consiste em estabelecer a quantidade de componentes que resultem na resistência estabelecida pelo projeto. No Brasil, existem empresas especializadas neste trabalho e, quando as peças são feitas no canteiro, pode-se contratar este tipo de serviço. Porém, o mais comum é obter oconcreto feito em usinas, onde existe uma possibilidade maior de manter o controle da dosagem com o uso de balanças e caminhões betoneiras que fornecem o material preparado, com as propriedades do concreto garantidas”, afirma Marcellino. Figura 9 - Petronas towers, edifício comercial mais alto do mundo construído em concreto armado. Fonte: Samsung C&T. Disponível em http://news.samsungcnt.com/the-towers-at-twenty-how-the-petronas- towers-are-still-reshaping-malaysia-2/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. O concreto evoluiu muito desde de sua criação. Para se adaptar a novos desafios, o homem criou uma infinidade de tipos de concretos, utilizando uma enorme variedade de cimentos, agregados, adições, aditivos e formas de aplicação (armado, protendido, projetado,...). Encontramos concreto na fundação de plataformas petrolíferas nos oceanos ou enterrado a centenas de metros abaixo da terra em fundações, túneis e minas. O grande desafio da tecnologia de concreto atualmente parece ser aumentar a durabilidade das estruturas, recuperar estruturas danificadas e em entender o complexo mecanismo químico e mecânico dos http://news.samsungcnt.com/the-towers-at-twenty-how-the-petronas-towers-are-still-reshaping-malaysia-2/ http://news.samsungcnt.com/the-towers-at-twenty-how-the-petronas-towers-are-still-reshaping-malaysia-2/ cimentos e concretos. Para isto, uma nova geração de concretos está sendo desenvolvida, métodos tradicionais de execução e cálculos de concreto estão sendo revistos, teorias não- lineares e da mecânica do fraturamento estão sendo desenvolvidas. 2.5. As recentes inovações das técnicas construtivas. 2.5.1. Contêineres O uso de contêineres deu sua origem visando o grande tráfego que existe em nosso planeta após as exportações mundiais ficarem enormes, visando uma nova utilização a esse material, com isso a reciclagem desse metal ficou muito fácil e com um bom destino. Essa forma de se construir tomou grande proporção com um grande movimento artístico arquitetônico, querendo provar que conseguimos viver com menos e com mobilidade. Com o passar do tempo os contêineres foram tomando notoriedade e começaram a unir um ao outro proporcionando casas maiores e mais confortáveis, e com isso criando casas mais baratas e recicladas. Essa técnica acelerou construções e deu uma nova possibilidade para construções temporárias, podendo desmontar e montar em outro local. Figura 10 - Transformação do uso do contêiner na arquitetura. Fonte: Minha Casa Container. Disponível em: https://minhacasacontainer.com/2017/10/03/surgimento-do- conteiner-na-construcao-civil/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. 2.5.2. Wood Frame Essa técnica chegou ao Brasil somente por volta dos anos 90, porém já eram bastante utilizadas na américa do norte, consiste no uso da madeira maciça no processo da montagem da estrutura e com chapas de madeira reflorestada fazendo o revestimento, o uso dessa técnica foi provado ser mais econômica do que a alvenaria, por ser sua instalação mais rápida economizando na mão de obra e sendo sustentável por não ter um grande desperdício, senda bem calculado, porém ainda a muito preconceito no Brasil por nossas raízes portuguesas e achar que o material de madeira não ser muito resistente e no Brasil ser oriunda de casas mais https://minhacasacontainer.com/2017/10/03/surgimento-do-conteiner-na-construcao-civil/ https://minhacasacontainer.com/2017/10/03/surgimento-do-conteiner-na-construcao-civil/ humilde. As edificações em Wood Frame possuem os seguintes componentes: Montantes: pilares horizontais de madeira. Travessas: peças estruturais horizontais em madeira. Barroteamentos: Assoalho: chapas de OSB com espessura superior às da vedação, totalizando 18,3 mm. de torção. Fita impermeável de borracha: faz a proteção entre fundação e peças de madeira com contato elas. Mãos-francesas: unindo as extremidades. Placas cimentícias: dando a possibilidade de molhar. Figura 11 – Componentes do Wood Frame. Fonte: Engenharia de projetos. Disponível em: http://blogengenhariadeprojetos.blogspot.com/2017/02/wood- frame-construcao-rapida-e-eficiente.html. Acesso em: 12 de setembro de 2022. 2.5.3. Steel Frame Originou se do wood frame, tem a mesma base só que ao invés de madeira é usado o aço na estrutura, mas a chapa de revestimento é a mesma. Esse vem crescendo no Brasil por ter menos desconfiança dos brasileiros. Figura 12 – Componentes do Wood Frame. Fonte: Master Wall. Disponível em: https://www.masterwall.com.br/steel-frame/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. 3. Conclusão Como nos sabemos as técnica contrutivas estão em constante evolução, no Brasil novas formas de construção estão cada vez mais sendo usadas, um bom exemplo para essa nova http://blogengenhariadeprojetos.blogspot.com/2017/02/wood-frame-construcao-rapida-e-eficiente.html http://blogengenhariadeprojetos.blogspot.com/2017/02/wood-frame-construcao-rapida-e-eficiente.html https://www.masterwall.com.br/steel-frame/ técnica é o uso de contêineres, Os projetos feitos em estruturas de container chegam a ser 35% mais baratos do que as construções em alvenaria. Para montar uma estrutura desse modelo, não é preciso água, cimento, areia, tijolo, ferro, e outras matérias primas. Mesmo a utilização de containers sendo mais barata e viavel do que a utilização de alvenaria, no Brasil a presenca de construções em alvenaria e mais presente. No futuro essas tecnicas construtivas terao um uso maior no Brasil, pelo fato de estarmos sempre em evolução e cada vez mais estao surgindo ideias sustentaveis. O Brasil tem criado uma preocupacao maior com a sustentabilidade, que colocou nosso pais no topo de um ranking bastante importante. Segundo o U.S. Green Building Council (USGBC), o país ocupa o 4º lugar no ranking dos países e regiões fora dos Estados Unidos com mais projetos buscando a certificação LEED. São cerca de 640 projetos que totalizam mais de 18,96 milhões de metros quadrados que se adequam a estes padrões. O Leadership in Energy and Environmental Design (LEED) é um sistema internacional de certificação e orientação ambiental para edificações utilizado em mais de 160 países. Ele possui o intuito de incentivar a transformação dos projetos, obra e operação, sempre com foco na sustentabilidade de suas atuações. Considerando as diferentes necessidades para cada uma das quatro tipologias (Novas Construções e Grandes Reformas, Interiores, Operação e Manutenção de Empreendimentos Existentes e Bairros), são analisadas áreas como Localização e Transporte, Terrenos Sustentável, Eficiência do Uso da Água, Energia e Atmosfera, Materiais e Recursos, Qualidade Ambiental Interna, Inovação e Processos e Créditos de Prioridade Regional. Durante a producao do projeto nos conseguimos entender e descubrir novas tecnicas construtivas e perceber que algumas dessas tecnicas ainda usamos nos dias de hoje, como por exxemplo uso da alvenaria e concreto armado. Mas com citado acima estamos em constante evolucao e esperamos que da vez mais as construcoes se tornem sustentaveis. Referências. AECweb. Concreto armado é solução durável e econômica. Disponível em: https://www.aecweb.com.br/revista/materias/concreto-armado-e-solucao-duravel-e- economica/6993. Acesso em: 12 de setembro de 2022. CAU/RN. Arquitetura Indígena no Brasil. Disponível em: https://www.caurn.gov.br/?p=10213. Acesso em: 12 de setembro de 2022. COLIN, Silvio Vilela. Técnicas Construtivas do Período Colonial. CRUZ, Thalita. A história da arquitetura no Brasil. Disponível em:https://www.vivadecora.com.br/pro/arquitetura-no-brasil/. Acesso em: 12 de setembro de 2022. KAEFER, Luís. A evolução do concreto armado. Disponível em: https://wwwp.feb.unesp.br/lutt/Concreto%20Protendido/HistoriadoConcreto.pdf. Acesso em: 12 de setembro de 2022. RIBEIRO, Nelson. As técnicas construtivas e as intervençoes urbanísticas. Disponível em: https://anpuh.org.br/uploads/anais-simposios/pdf/2019- 01/1548206368_f262188b14048269fb43940166537273.pdf. Acesso em: 12 de set. de 2022. SATO, Luana. A evolução das técnicas construtivas em São Paulo: Residências unifamiliares de alto padrão. Disponível em: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/3/3146/tde-11082011- 140108/publico/Dissertacao_Luana_Sato.pdf. Acesso em: 12 de setembro de 2022. Protainer. Surgimento do contêiner na construção civil. Disponível em: https://www.protainer.com.br/post/surgimento-do-cont%C3%AAiner-na- constru%C3%A7%C3%A3o-civil. Acesso em: 12 de setembro de 2022. Escola Engenharia. Wood Frame: o que é, características, vantagens e desvantagens. Disponível em: https://www.escolaengenharia.com.br/wood-frame/. 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