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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Regras técnicas de interpretação representam o instrumental utilizado pelo estudioso do Direito para por em funcionamento seu trabalho de interprete e o meio pelo qual ele apreende e compreende o sistema jurídico e seu funcionamento.
Linguagem própria de cada ciência: eliminação de ambiguidades da linguagem natural de uso comum.
Conhecimento geral da lei X linguagem técnica
	
	
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Gramatical: funda-se nas regras de lingüística. O primeiro contato é através da norma jurídica em sua função semântica e linguistica.
		Inter-relacionamento entre palavras, termos, expressões e proposições corresponde a função sintática.
		Quando as palavras, termos, expressões e proposições apontam significados corresponde a função semântica.
		Quando as palavras, termos, expressões e proposições são usados por pessoas e para pessoas num contexto social é a função pragmática.
Lógica: busca apreciar o conteúdo da norma através de raciocínios lógicos, levando em consideração os instrumentos que a própria lógica oferece para o ato de intelecção (art. 282, II CPC) ex: quem pode o mais pode o menos; exceções são interpretadas estritamente.
Sistemática: considera o sistema em que se insere a norma avaliando-lhe dentro do ordenamento jurídico. O interprete não poderá isolar um artigo, inciso ou parágrafo na interpretação de norma jurídica. Hierarquia, coesão e unidade são pressupostos.
Histórica: averiguação dos precedentes da lei: como surgiu, por que surgiu, condições sociais do momento da edição, justificativas do projeto, motivos políticos, etc.
Teleológica: leva em consideração os fins a que se destina a norma. A finalidade da norma passa a ser o parâmetro no qual deve se enquadrar a interpretação(art. 5º CC). Alguns doutrinadores também denominam de axiológica quando são evidenciados princípios maiores, como na fixação do sentido de justiça, bem comum, fim social. Esses termos possuem carga valorativa e buscam pensar e adaptar a norma às necessidades sociais vigentes à época da interpretação.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Efeitos da Interpretação
Interpretação declarativa/especificadora: se limita ao sentido da norma interpretada, sem ampliar ou restringir seu alcance. Sentido é tautológico e o resultado da interpretação confunde com o texto da própria norma;
Restritiva: o sentido e o alcance apresentado pela expressão literal da norma é restringido
Extensiva: amplia o sentido e o alcance da norma em relação ao que dispõe literalmente.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Critérios de interpretação:
Interpretação pública: realizada pelos agentes do Poder Público.
Legislativa (autêntica):
Judicial:
Administrativa:
Interpretação privada: a cargo de particulares.
Própria:
Doutrinária: jurisconsultos
Casuística:profissionais do direito
Imprópria: o agente não está oficialmente autorizado a realizar o trabalho interpretativo.
Costumeira: pública e privada porque advém do grupo social como um todo. Inconsciente coletivo
Orientação Filosófica:
Dogmática: Legalista; Conceptualista; Analítica
Zetética: teleológica, sociológica, axiológica, realista
Crítica: sociológica, política, epistemológica
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
Hermenêutica X Interpretação
A interpretação corresponde aos procedimentos intelectuais voltados para a compreensão das leis, a consideração dos fatos aos quais se aplicam e a efetiva aplicação.
A hermenêutica tem sido conceituada como parte da ciência jurídica que estuda os processos de interpretação da lei em sentido amplo.
Para Vicente Ráo (O Direito e a vida dos Direitos) o que distingue a hermenêutica da interpretação e da aplicação é a diferença que vai da teoria ciência a sua prática. Interpretação e aplicação correspondem à técnica, enquanto que a hermenêutica corresponde é a ciência.
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INTRODUÇÃO AO ESTUDO DO DIREITO
In claris non fit interpretatio: não se faz 	interpretação para o que está claro. Por este princípio deve-se evitar a busca inútil de sentidos que a norma não tem.
Clara ou não sempre há a necessidade de determinar o sentido da lei, pois as palavras são plurívocas, ou seja, nunca têm um só sentido. Ainda que as palavras continuem as mesmas, as condições da própria vida se modificam.

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