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Síndrome do Túnel do Carpo É uma combinação de alterações sensitivas e motoras, na área de abrangência do Nervo Mediano. ANATOMIA O túnel do carpo é formado dorsalmente pelos osso: Trapézio, trapezoide, capitato e hamato e volarmente pelo retináculo dos flexores. Através deste espaço passam nove tendões dos flexores e o nervo mediano. MÚSCULOS DA REGIÃO VOLAR 1. Pronador redondo 2. Flexor radial do carpo 3. Palmar longo 4. Flexor superficial dos dedos 5. Flexor ulnar do carpo Nervo Mediano: Ramo palmar do nervo mediano. DISTRIBUIÇÃO SENSITIVA Nervo Ulnar Mediano e Radial DISTRIBUIÇÃO SENSITIVA FISIOPATOLOGIA Aumento do volume de estruturas do interior do túnel carpal diminuindo o espaço existente para o nervo mediano levando a compressão; O aumento do volume e da pressão interna do túnel do carpo causa compressão da vasculatura perineural; Originando inicialmente congestão venosa e posteriormente obstrução arterial; Sintomas de parestesia e dor na distribuição sensorial do nervo mediano; Se a compressão persistir vai acontecer degeneração e fibrose com bloqueio “completo” da condução neural. CAUSAS DE ORIGEM NÃO OCUPACIONAL: → Traumatismos que por efeitos crônicos tardios levam a STC; → Processos patológicos na parede do canal que reduzem seu espaço: − Sequela da fratura distal do rádio; − Deslocamento dos ossos do carpo; − Artrite reumatoide; − Gravidez; − Diabetes melittus; − Lúpus eritematoso sistêmico. DE ORIGEM OCUPACIONAL: → Movimentos repetitivos que levam a tenossinovite crônica de flexores, como: trabalho com exigência de extensão/flexão ou desvios ulnar/radial do punho; → Compressão mecânica da base da mão com a utilização de força associada (martelar, alicate de corte); → Movimentos de pinça com uso da musculatura dos lumbricais; → Manutenção do punho flexionado por longos períodos; → Flexão da articulação metacarpo falangeana ao carregar peso. SINTOMAS − Dor difusa; − Parestesia; − Diminuição de força muscular; − Altera as funções sensitivas, evoluindo para alterações motoras e tróficas; − A queixa da parestesia se localiza na porção distal do braço/punho, irradiando-se com maior frequência para o dedo médio, não obstante, abrange também polegar, indicador e metade radial do anelar; − Aumento da parestesia à noite; − A dor ou sensação de desconforto pode ser percebida até o ombro; − O primeiro sinal de alteração motora é a diminuição de força do polegar pela manhã. EXAME FÍSICO SINAL DE TINEL: Sinal de digito percussão do túnel. Se a resposta é a sensação de choque elétrico irradiada até os dedos, sobretudo no dedo médio, é provável que ele apresente a síndrome. TESTE DE PHALEN: consiste em manter flexão forçada do punho por 1 a 2 minutos. Caso o paciente refira dormência o teste é positivo. TESTE DE PHALEN INVERTIDO; ELETRONEUROMIOGRAFIA PARA DIFERENCIAR SÍNDROME DO PRONADOR; SENSIBILIDADE; TRATAMENTO CONSERVADOR: − Imobilização do punho em posição neutra (até 5 dias); − Uso de anti-inflamatório; − Infiltração com corticóide; − Vitamina B6 (acelera a regeneração neural); − Fisioterapia. FISIOTERAPÊUTICO − Analgesia com ação anti- inflamatório; − Bio-estimulação local; − Contraste (edema); − Mobilização precoce (pós- operatório); − Destonizar flexores de dedos. ORIENTAÇÕES ERGONÔMICAS: − Evitar flexão/extensão ou desvios laterais excessiva; − Movimentos repetitivos; − Pausas. TRATAMENTO CIRURGICO − Parestesia constante; − Perda de sensibilidade; − Diminuição da força de oponência; − Hipotrofia; − Tempo da doença; − Tratamentos realizados; − Exame de imagem e eletroneuromiografia; COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS − Erro de conduta; − Recorrência da compressão; − Distrofia simpático-reflexa; − Cicatriz cirúrgica dolorosa; − Aderências impedindo a função do tendão.
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