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ESPONDILITE ANQUILOSANTE FISIOTERAPIA MUSCULOESQUELÉTICA Espondilite Anquilosante É uma doença inflamatória crônica, que ainda não tem cura e que afeta as articulações do esqueleto axial, especialmente as da coluna, quadril, joelhos e ombros. A inflamação também pode atingir outras partes do corpo, como os olhos (GONÇALVES, 2021). As vértebras na coluna se fundem, ficando menos flexível, o que resulta numa postura curvada para a frente. A espondilite anquilosante afeta mais homens que mulheres. Os sinais e sintomas da doença normalmente começam logo no início da fase adulta. Apesar de ainda não existir cura para espondilite anquilosante, com o tratamento adequado é possível diminuir a dor e minimizar os demais sintomas da doença (GONÇALVES, 2021). https://www.minhavida.com.br/saude/temas/espondilite-anquilosante Etiologia É uma doença autoimune não possui uma causa específica conhecida, no entanto, fatores genéticos parecem estar envolvidos. Em particular, as pessoas que possuem um gene chamado HLA- B27 apresentam um risco acrescido de desenvolver espondilite anquilosante. No entanto, apenas algumas pessoas com este antigénio desenvolvem a doença. (DOMINGUES , 2021) Alguns fatores aumentam exponencialmente o risco de desenvolvimento de espondilite anquilosante, são eles: Etiologia Sexo Masculino Idade Hereditariedade(Genética) (DOMINGUES, 2021) Fisiopatologia A lesão básica da EA é a entesite, caracterizada pelo acometimento das ênteses. É uma reação inflamatória crônica com erosão do osso adjacente, seguida por um processo também crônico de reparação tecidual, durante o qual costuma haver neoformação óssea e evolução para anquilose. A articulação mais característica e precocemente envolvida é a sacroilíaca. Além dela, outras articulações com forte componente ligamentar são acometidas: quadril e coluna vertebral. (SANAR, 2022). Coluna vertebral; Articulações sacroilíacas; Joelhos; Tornozelos; Inflamar onde o tendão se liga ao osso (entesite); A Espondilite Anquilosante atinge algumas partes do corpo, principalmente: 1. 2. 3. 4. 5. Espondilite Anquilosante Anatomia Patológica Fonte: Google Imagens Sinais e Sintomas No início, a espondilite anquilosante costuma causar dor nas nádegas, possivelmente se espalhando pela parte de trás das coxas e pela parte inferior da coluna. Um lado é geralmente mais doloroso do que o outro. Essa dor tem origem nas articulações sacroilíacas (entre o sacro e a pélvis). Os especialistas sabem que a doença é cerca de 300 vezes mais frequente em pessoas que herdam um determinado grupo sanguíneo dos glóbulos brancos, quando comparadas com aquelas que não possuem esse marcador genético, denominado HLA-B27. Cerca de 90% dos pacientes brancos com espondilite anquilosante são HLA-B27 positivos. A teoria mais aceita é a de que a doença possa ser desencadeada por uma infecção intestinal naquelas pessoas geneticamente predispostas a desenvolvê- las, ou seja, portadoras do HLA-B27. A espondilite anquilosante é um tipo de inflamação que afeta os tecidos conjuntivos, caracterizando-se pela inflamação das articulações da coluna e das grandes articulações, como quadris, ombros e outras regiões. Dores na coluna que surgem de modo lento ou insidioso durante algumas semanas, associadas à rigidez matinal da coluna, que diminui de intensidade durante o dia. A dor persiste por mais de três meses, melhora com exercício e piora com repouso. Fonte: Google Imagens Alguns pacientes sentem-se globalmente doentes – sentem-se cansados, perdem apetite e peso e podem ter anemia. A inflamação das articulações entre as costelas e a coluna vertebral pode causar dor no peito, que piora com a respiração profunda, sentida ao redor das costelas, podendo ocorrer diminuição da expansibilidade do tórax durante a respiração profunda (FIOCRUZ, 2020). Exames Complementares O diagnostico da EA é clínico, portanto no caso de suspeitas deve-se consultar um especialista. Existem alguns testes e exames que auxiliam na definição do quadro, sendo eles: Proteína C reativa Hemograma HLA-B27 Exames de imagens Exames Complementares Apesar dos exames de imagens não serem de grande ajuda no inicio dos sintomas, eles são importantes no decorrer do caso para que ocorra um diagnostico mais preciso, sendo eles os mais comuns: Radiografias Tomografias Ressonância magnética Exame Físico Quanto ao exame físico, existem alguns questionarios que podem ajudar a saber o nível de funcionalidade do paciente. Além disso é importante avaliar mobilidade e rigidez da coluna. Limitação na expansão da caixa torácica Limitação na amplitude de movimento nos planos Avaliar mobilidade de algumas articulações periféricas (de acordo com a queixa do paciente) Tratamento (DUTTON, 2010) O objetivo é manter a mobilidade da coluna e das articulações envolvidas o máximo de tempo possível e evitar o enrijecimento da coluna em posição cifótica inaceitável. Um programa de exercícios é importante para esses pacientes manterem os movimentos funcionais da coluna. Deve ser seguido um regime estrito de exercícios diários que incluem: exercícios de posicionamento e de extensão espinal. exercícios respiratórios. exercícios para as articulações periféricas. Tratamento (DUTTON, 2010) Os pacientes devem deitar várias vezes por dia em decúbito ventral por cinco minutos e ser incentivados a dormir em colchões duros e evitar deitar-se na posição lateral. A natação é o esporte mais recomendável. Tratamento (DUTTON, 2010) CASO CLÍNICO Ficha de Avaliação Nome: C.J.C Idade: 42 anos Diagnóstico cinético funcional: Espondilite Anquilosante Queixa Principal: Paciente com queixa de cervicalgia e dificuldade para olhar na horizontal. Apresenta histórico de espondilite anquilosante em tratamento por reumatologia. BASDAI Meios de avaliação ASQoL DFI Body ChartBASFI Fonte: VIALLE, 2022 Apresenta desequilíbrio do tronco para frente e dificuldade de visão horizontal. A espinografia de perfil evidencia o desequilíbrio sagital. A radiografia de coluna torácica mostra o aumento da cifose regional, e a radiografia de coluna cervical mostra a mobilidade residual adequada. Exames Complementares Espinografia de perfil Radiografias de perfil mostrando o cálculo de correção Fonte: VIALLE, 2022 Exames Complementares Radiografias de perfil, neutra e dinâmica de coluna cervical Fonte: VIALLE, 2022 Exames Complementares Radiografias pós-operatórias de frente e de perfil Foto intraoperatória mostrando a postura final Fonte: VIALLE, 2022 Objetivos Diminuir a dor, a rigidez e a fadiga; Manter e aumentar a mobilidade do tronco e das articulações periféricas; Melhorar ou manter as condições respiratórias e o condicionamento físico; Aumentar a força dos músculos, do tronco e dos membros; Educar e orientar o paciente; Melhorar a qualidade de vida. Aplicação de TENS 100Hz por 20 min para promover o ganho de flexibilidade US com duração de 20 a 40 min na região da dor caso a algia esteja acima de 7 Mobilização para retração de cintura escapular Alongamento de musculatura anterior de tronco Abdominais reto e cruzado Tratamento Respiração torácica e abdominal Inspire profundamente através da boca expire lentamente também pela boca Inspire fortemente enquanto exerce uma pressão significativa com as mãos no peito para exercer uma força muscular com resistência na inspiração. Postura ereta Realizar os exercícios 5 dias por semana Tratamento Técnica Bad Ragaz Técnica Watsu Hidroterapia As atividades na água podem ajudar muito no processo de reabilitação. Devido ao fato de exercícios na água acontecerem com menor impacto, permite a melhor e mais rápida recuperação além de evitar que ocorram novas lesões. Tratamento Tratamento O fisioterapeuta irá colocar a mão sobre a testa do paciente solicitando que ele faça força anteriormente. O fisioterapeura irá colocar sua mão atrás da cabeça do paciente enquanto o mesmo faz força posteriormente. O mesmoacontecerá lateralmente contra a resistência da mão do fisioterapeuta. Fortalecimento isométrico Mantenha por dez segundos, repetindo o processo três vezes. Tratamento Mantenha por cinco segundos, repita o exercício cinco vezes. Mantenha por cinco segundos, repita o exercício 8-10 vezes. Tratamento Mantenha por dez segundos, repita o exercício cinco vezes. Tratamento Mantenha por cinco segundos, repita o exercício 5 vezes. Tratamento Referências DE SANTANA, Josimari Melo. Tratamento hidrocinesioterapêutico em pessoa com espondilite ancilosante Hydrotherapeutic treatment for case of ankilosing spondylitis. -, Fisioterapia Brasil -, ano 2005, v. 6, ed. 5, p. 388 391, 5 set. 2005. DOMINGUES, Vital Da Silva. Espondilite anquilosante. Saúde e Bem-Estar. 2021. DUTTON, Mark. Fisioterapia Ortopédica: Exame, Avaliação e Intervenção. 2. ed. Poto Alegre: Artmed, 2010. ESPONDILITE ANQUILOSANTE: SINTOMAS, SINAIS E TRATAMENTO. BIO FIOCRUZ. 2022. FOCHESSATTO, Filho L, BARROS, E. Medicina Interna na Prática Clínica. Porto Alegre: Artmed; 2013. GONÇALVES, Célio Roberto. Espondilite anquilosante: sintomas, diagnóstico e tem cura? Minha Vida. São Paulo, 2021. SANAR. Resumos: espondilite anquilosante | Ligas. Editora SANAR, 2022. VIALLE, Dr. Emiliano; VIALLE, Dr. Luiz Roberto; GÓMEZ, Dr. Juan David Castro. Espondilite anquilosante: osteotomias: Doenças Inflamatórias, Metabólicas e Genéticas. Programa de Formação Continua AOSpine. 2022.
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