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GABRIEL GALDINO DE ARAUJO WAUEVERTON BRUNO WYLLIAN N. SILVA @fisioterapiaresponde RESUMOS PRÁTICOS RESUMIDA ❑ TENS ❑ MICROCORRENTE ❑ CORRENTE FES E RUSSA ❑ ONDAS CURTAS ❑ MICROONDAS ❑ ULTRASSOM ❑ LASER ❑ HIPOTERMOTERAPIA ❑ HIPERTERMOTERAPIA ❑ INFRAVERMELHO 1 ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 2 SUMÁRIO INTRODUÇÃO .................................................................................. 3 TENS ................................................................................................ 4 MICROCORRENTES ......................................................................... 6 FES ................................................................................................. 10 CORRENTE RUSSA ......................................................................... 12 ONDAS CURTAS ............................................................................. 14 MICROONDAS ............................................................................... 17 LASER ............................................................................................ 19 ULTRASSOM .................................................................................. 21 HIPOTERMOTERAPIA .................................................................... 23 HIPERTERMOTERAPIA .................................................................. 26 INFRAVERMELHO .......................................................................... 30 ANEXOS ......................................................................................... 31 REFERÊNCIAS ................................................................................. 32 ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 3 As manifestações clínicas promovidas pelo trauma conjugam numa série de sinais e sintomas, tais como: ✓ A dor; ✓ O edema; ✓ As alterações tróficas e vasomotoras; ✓ A limitação da mobilidade articular; ✓ Atrofia muscular e óssea. A dor, pode ser referida de várias formas e pode associar-se ao edema e a mudança de temperatura local. A intensidade da dor pode ser avaliada através da Escala Visual Analógica – EVA, que varia de 0-10, sendo 0 a ausência total de dor e 10 como dor total insuportável. A escala apontara valores subjetivos, porém sua aplicação é importante para avaliar o grau de eficácia do tratamento executado. A escala deverá ser mostrada ao paciente sendo solicitado que este identifique o quanto de dor está sentindo no momento. Em suma, deve-se ter conhecimento da fisiologia da dor para aplicação do recursos eletrotermofototerápicos. Os agentes físicos terapêuticos (Térmico, Mecânico ou Eletromagnético) geram um tipo de energia que será liberada por um determinado equipamento, que em seguida absorvida por um tipo especifico de tecido biológico. Essas energias ao interagirem com os tecidos biológicos vão gerar respostas primárias (resposta química a nível celular) e secundária (nível tecidual). As respostas inicialmente serão a nível químico, consideradas essenciais para o desenvolvimento do processo terapêutico. Um exemplo bem prático é o efeito analgésico gerado pela eletroestimulação da TENS à nível sensorial que promove a liberação do aminoácido GABA (Gama-aminobutírico) responsável pelo “fechamento” do portão da dor. INTRODUÇÃO Lei ou princípio de Schultz-Arndt Estímulo(DOSE) x Reação(RESPOSTA) “não se produzem reações ou alterações nos tecidos se a energia absorvida é insuficiente para estimular os tecidos”. O princípio de Schultz-Arndt enfatiza, por exemplo, que o Laser poderá tanto produzir a estimulação como a inibição do processo cicatricial, tudo dependerá da dosimetria empregada, caso seja suficiente ou em excesso. Trauma Dor Limitação do Movimento Hipotonicidade Muscular por Desuso Instabilidade Articular O tratamento inadequado poderá agravar o processo inflamatório com repercussões neste ciclo. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 4 TENS – ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA TRANSCUTÂNEA O termo TENS provém do inglês: Transcutaneous Electrical Nervous Stimulation, que traduzindo significa – Estimulação Elétrica Nervosa Transcutânea. O Ácido gama-amiinobutírico (GABA – Gamma-Amino-Butyric Acid) é o principal neurotransmissor inibidor do sistema nervoso central, e desempenha um papel importante na regulação da excitabilidade neuronal ao longo de todo o sistema nervoso, portanto, a liberação desse neurotransmissor na substância gelatinosa ocorre no nível da inervação sensorial através dos estímulos elétricos do TENS que acarretará no “fechamento do portão” inibindo a condução da dor. O TENS possui quatro tipos clássicos de correntes: ✓ Convencional; ✓ Acupuntura; ✓ Breve-intenso; ✓ Burst. Os níveis de eletroestimulação (sensorial ou mortora) tem relação direta com: ✓ A frequência da corrente; ✓ O valor do tempo de duração do pulso elétrico; ✓ A intensidade; ✓ Tempo necessário de estimulação; ✓ Distribuição correta dos eletrodos. A teoria das comportas postulada por Melzack e Wall (1965) tornou-se base para o entendimento do controle elétrico da dor. A base do efeito do TENS, conforme a teoria das comportas é a hiperestimulação das fibras aferentes do tipo A de grande diâmetro, mielinizadas, permitindo a condução elétrica rápida, para que em seguida ocorra o bloqueio da transmissão das fibras do tipo C de pequeno calibre e não mielinizadas, nas comportas do corno posterior da medula, gerando desta forma a redução ou até mesmo a inibição do quadro álgico. Pesquisas apontam que a estimulação elétrica também pode estimular a produção de endorfinas, produzida pela glândula hipófise, na qual tem seu papel na modulação da dor. A liberação de endorfinas terá maior eficácia com a estimulação de baixa frequência (2 a 10 Hz) e moderada intensidade (doses no limite suportável para o paciente, implicando, quase sempre, em leves contrações musculares, mas sem sustentação). Parâmetros que devem ser ajustados: ✓ Frequência medida em Hz; ✓ Largura de pulso elétrico medida em µs; ✓ Intensidade ou amplitude da corrente medida em mA; ✓ Tempo de estimulação medida em minutos. A avaliação correta do quadro álgico levará aos parâmetros de estimulação. Tem aparelhos que possui o modo TENS VIF ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 5 A definição de dor aguda ou crônica são necessárias para que possam ser definidos os parâmetros corretos no equipamento e o tipo de inervação que a corrente irá estimular. Para que ocorra o fechamento do portão da dor, através da secreção do aminoácido GABA na substância gelatinosa é necessário programar frequências entre 90 e 130 Hz, indicado para dores agudas, cujos pulsos serão somatórios, promovendo sensação característica de formigamento, devido a estimulação a nível sensorial. A inervação sensorial é estimulada com pulsos entre 20 e 50 µs e a inervação motora com pulsos maiores, entre 180 a 250 µs. Para produção ou excreção de β- endorfina será necessário empregar frequências abaixo de 10 Hz, indicado para dores crônicas, cujos os pulsos são isolados, favorecendo leves contrações musculares (estimulação a nível motor), aceleração do metabolismo e relaxamento muscular. PARÂMETROS TENS CONVENCIONAL Frequência de Pulso: 90 - 130 Hz Duração do Pulso: 20 – 50 µs Intensidade: confortável Tempo: mínimo 30 min Sensação: ligeiro formigamento ou parestesia sem contração muscular ✓ Utilizado em dores agudas TENS ACUPUNTURA Frequência de Pulso: 2 – 10 Hz Duração do Pulso:180 – 250 µs Intensidade: moderada ou elevada Tempo: 20 a 30 min Sensação: contrações musculares rítmicas (visíveis). ✓ Utilizado em dores crônicas TENS BREVE-INTENSO é caracterizado pelo uso de frequência, duração dos pulsos e intensidades elevados, com estímulos sensoriais e motores gerando contrações tetânicas. Frequência de Pulso: 90 – 130 Hz Duração do Pulso: 180 – 250 µs Intensidade: “elevada” Tempo: 10 – 15 min Sensação: fasciculações musculares nãorítmicas, ou contrações tetânicas. ✓ Utilizado para analgesia localizada e imediata TENS BURST OU TRENS DE PULSO consiste na modulação de uma frequência mais elevada para outra mais baixa a fim de diminuir a impedância cutânea e tornar os estímulos mais eficazes e confortáveis. Frequência Portadora: 80 – 120 Hz Frequência de Trens de Pulso: 2 – 5 Hz Duração do Pulso:180 – 220 µs Intensidade: variável de elevado para fraco Tempo: 30 a 40 min Sensação: contrações musculares rítmicas, acompanhadas de parestesias. ✓ Utilizado em dores subagudas e crônicas ANALGESIA: Através dos mecanismos de liberação de beta-endorfinas e o fechamento do portão da dor (teoria das comportas) através da liberação do neurotransmissor GABA na substância gelatinosa. RELAXAMENTO MUSCULAR: A TENS motor, promove o relaxamento das fibras musculares com objetivo de descontraturar e diminuir o quadro álgico, a retirada de toxinas e melhora do metabolismo local. EFEITOS FISIOLÓGICOS ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 6 PARÂMETROS SUGESTIVOS DE TRATAMENTO COM TENS Parâmetros Dor Aguda Dor Crônica Frequência 90 – 130 (120Hz) 2 – 10 (6Hz) Duração do Pulso 20 – 50 µs 180 – 250 µs Intensidade Formigamento Contrações Visíveis Tempo 30-60-120’ 20 e 30’ Colocação dos Eletrodos Dermátomos Grupo muscular Alguns princípios devem ser seguidos quanto a colocação dos eletrodos e quanto ao número de eletrodos: ✓ Sobre o dermátomo doloroso; ✓ Sobre a inervação mais superficial e proximal a dor; ✓ Acima e abaixo da zona dolorosa; ✓ Bilateral a zona dolorosa; ✓ Sobre o ponto gatilho; ✓ Grupo muscular; ✓ Associar tens com calor; ✓ Dores de origem desconhecida; ✓ Região próxima aos olhos; ✓ Marca-passo cardíaco; ✓ Primeiro trimestre de gestação; ✓ Pacientes: AVC, AIT e Epilepsia deve-se evitar aplicação na região da cabeça e face. CONTRAINDICAÇÕES ✓ ELETRODOS PARALELOS; ✓ ELETRODOS TRANSVERSAIS; ✓ ELETRODOS CRUZADOS – aplicação tetrapolar cruzada; ✓ ELETRODOS NO TRAJETO DA DOR – um dos eletrodos devem estar localizado na proeminência da raiz nervosa. Ex: lombociatalgia. ✓ Dores pós-operatórias; ✓ Cervicalgias; ✓ Lombalgias; ✓ Dores por compressão tumoral; ✓ Dores articulares; ✓ Bursites; ✓ Tendinites; ✓ Miosites; ✓ Ciatalgias; ✓ Artrites; FORMAS DE APLICAÇÃO COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS INDICAÇÕES Os eletrodos usados são de diferentes tipos, eletrodos de carbono – esses eletrodos necessitam de um gel eletro-condutor na sua superfície. A sua fixação se dá através de fitas adesivas ou faixas elásticas, o que se torna difícil sua aplicação em determinadas áreas e eletrodos autoadesivos – são de fácil aplicação e não necessitam de gel e nem fitas para sua fixação. O gel eletro-condutor deve ter propriedades coesivas, hipoalérgicas e boa condutância elétrica. Nas últimas décadas, alguns autores observaram que além do efeito analgésico, a TENS pode promover alteração da temperatura cutânea , aumento do fluxo sanguíneo local, e liberação de neuropeptídeos vasodilatadores. Tais eventos podem estar relacionados aos efeitos da TENS no reparo tecidual, no que se refere à cicatrização de feridas e à viabilidade de retalhos cutâneos. PARÂMETROS Frequência – 2 a 5 Hz Largura de Pulso – 200 a 250 us Tempo – 50 a 60 min Os eletrodos são aplicados de forma cruzada. A corrente deve atravessar a ferida. Machado, et al (2016) e Machado, et al (2017) ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 7 MICROCORRENTES A introdução das microcorrentes como agente terapêutico se deve a sua capacidade de interagir de forma natural com os componentes celulares e nesse sentido restabelecer as capacidades energéticas, em especial, favorecer a condutância e capacitância celular, fator que tem atribuído o nome de bioestimulação ou terapia bioelétrica devido à sua capacidade para estimular a fisiologia celular. MICROCORRENTE CORRENTE ALTERNADA DESPOLARIZADA MICROGALVÂNICA CORRENTE MONOFÁSICA POLARIZADA MICRO = μA O termo “micro” é comum entre essas duas correntes, e está relacionada somente com a intensidade da corrente (microamperagem = μA). Microcorrente é uma corrente aplicada a uma intensidade muito baixa. Trata- se de um tipo de eletroestimulação que utiliza correntes com parâmetros de intensidade na faixa dos microamperes e são de baixa frequência, podendo apresentar correntes contínuas (com definição de pólo positivo e negativo) ou alternadas (inversão de polaridade). DEFINIÇÃO HISTÓRICO ✓ Em 1977 comprovou-se um auxílio na aceleração na consolidação óssea com o uso da microcorrentes. ✓ Em 1982 foi apresentado o mecanismo de ação das microcorrentes, onde demonstrou o. aumento da concentração de ATP, aumento da síntese de proteína, aceleração do transporte através da membrana celular e outros efeitos a nível intracelular. ✓ Em 1983 demonstrou-se a biossíntese de colágeno dérmico e epidérmico em porquinhhos de laboratórios, com uso das microcorrentes. MICROCORRENTES ▪ MET – Microcurrent Eletrical Therapy; ▪ MENS – Microcurrent Eletrical Neuromuscular Stimulators; ▪ Low-Intensity Stimulators. A aplicação dos aparelhos de microcorrentes ocorre em níveis que não se consegue ativar as fibras nervosas sensoriais subcutâneas, consequentemente, os pacientes não tem nenhuma percepção da sensação de formigamento tão comumente associada com aplicação eletroterápicos. ✓ Os controles de intensidade normalmente permitem um ajuste de amplitude em torno de 10 a 900 microamperes. ✓ Os controles de frequência geralmente permitem ajusta-la de 0,5 Hz a 900 Hz. CARACTERÍSTICAS Observação: 1 miliamper = 1000 microamperes ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 8 RESTABELECIMENTO DA BIOELETRICIDADE TECIDUAL: o trauma afeta o potencial elétrico das células do tecido lesionado. A correta aplicação das microcorrentes em um local lesado pode aumentar o fluxo de corrente endógena. Isto permite à área traumatizada recuperar sua capacitância. Com isso, a resistência do tecido lesionado é reduzida, permitindo a entrada da bioeletricidade entrar para a área para restabelecer a homeostase. EFEITOS FISIOLÓGICOS SÍNTESE DE ATP (ADENOSINATRIFOSFATO): A síntese de ATP é um fator essencial no processo de cura. Grande quantidade de ATP, a principal fonte de energia celular, são requeridas para controlar funções primárias como o movimento dos minerais vitais, como sódio, potássio, magnésio e cálcio, para dentro e para fora das células. A microcorrente atua diretamente na síntese de ATP, levando a um aumento do ATP celular local em ate 500%. Em condições patológicas ocorre um desiquilíbrio no gradiente iônico de ambos os lados da membrana plasmática celular. Tecidos lesionados tem resistência elétrica mais alta e também são pobres em ATP. A impedância elétrica causa uma redução no suprimento sanguíneo, oxigênio e nutrientes para o tecido, resultando em hipóxia local, isquemia e metabólitos nocivos que levam à dor. Como a microcorrente reabastece o nível de ATP, os nutrientes podem novamente fluir para dentro das células lesionadas e os resíduos dos produtos metabólitos podem fluir para fora das células. Isto é primordial para o desenvolvimento saudável dos tecidos. A ATP abastece os tecidos de energia necessária para produzir novas proteínas e aumentar o transporte de íons através da membrana. SÍNTESE DE PROTEÍNAS E TRANSPORTE ATIVO DE AMINOÁCIDOS: os aminoácidos são moléculas de certa forma grandes para sofrer difusão através dos poros das membranas celular. Então, o único transporte significativo e facilitador pra essa substância para o interior da célula é através do transporte ativo. O aumento de ATP disponível para a célula aumenta o transporte de aminoácidos e consequentemente aumenta a síntese de proteínas. Estes processos são fundamentais para o desenvolvimento saudável dos tecidos. AÇÃO NO SISTEMA LINFÁTICO: uma função do sistema linfático é a devolver as proteínas plasmáticas do liquido intersticial de volta à circulaçãosanguínea. A microcorrente aumenta a mobilização de proteína para o sistema linfático. Quando são aplicadas microcorrentes em tecidos traumatizados, proteínas carregadas são postas em movimento, e a migração para o interior dos tubos linfáticos torna-se acelerada. A pressão osmótica dos canais linfáticos é então aumentada, acelerando a absorção de fluido do espaço intersticial. transporte ativo é o que ocorre através da membrana celular com gasto de energia. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 9 Em consequência do restabelecimento da bioeletricidade tecidual, o Sistema Nervoso Central transmite uma mensagem de diminuição do quadro álgico, diminuição esta que e gradativa e cumulativa. EFEITOS TERAPÊUTICOS O intracrescimento dos fibroblastod e o alinhamento das fibras de colágeno foram incrementados com a estimulação de microcorrentes (corrente contínua – 20 e 100 microampères). A resposta máxima dos fibroblastos foi observada nas proximidades do catodo. Num processo de cicatrização o polo negativo de uma corrente direta deve ser colocado sobre a ferida por sua ação bactericida. Quando a ferida deixar de ser infectada inverte-se a polaridade do eletrodo sobre a mesma, para que o polo positivo possa fazer a promoção do reparo tecidual. ANALGESIA ACELERAÇÃO DO PROCESSO DE REPARAÇÃO TECIDUAL Embora a maioria dos estudos mencionam que usa-se o polo negativo para inibir o crescimento bacteriano e polo positivo para promover a cura, estudos recentes mencionam o uso de correntes que alternam entre o polo positivo e o polo negativo (correntes unipolares). REPARO ÓSSEO – AUMENTO DA OSTEOGÊNESE Eletrodos de aço com 5 a 20 microampères obtiveram respostas positivas em relação ao crescimento ósseo. REDUÇÃO DE EDEMA Podem ocorrer respostas positivas na resolução do edema, devido ação no sistema linfático, com o aumento da absorção do liquido intersticial.TÉCNICA DE APLICAÇÃO Deve ser aplicada preferencialmente sobre o local da região a ser tratada. Os efeitos das microcorrentes são cumulativos, normalmente devem ser realizadas várias sessões para que sejam alcançados os resultados finais. Porém, os resultados iniciais podem ser vistos durante ou após as primeiras sessões. PARÂMETROS DE MODULAÇÃO Frequência: - 100 a 200 Hz – para áreas mais superficiais (pele, tendões e músculos superficiais). - 600 a 1000 – tecidos mais profundos. Intensidade: 80 a 100 microampères. Intensidades entre 80 e 160 microampères obteve efeitos positivos no reparo tecidual. INDICAÇÕES ✓ Feridas; ✓ Rupturas miotendinosas; ✓ Tendinites; ✓ Tenossinovites; ✓ P.O imediato; ✓ Úlceras de decúbito; ✓ Síndromes dolorosas; ✓ Fraturas. ✓ Recuperação de queimaduras; ✓ Fisioterapia dermatofuncional (estética).CONTRAINDICAÇÕES Revitalização facial ✓ Alergia ou irritação à corrente elétrica; ✓ Sobre o útero gravídico; ✓ Eixo de marcapasso. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 10 ESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR - CORRENTE FES E RUSSA A Funtional Eletrical Stimulation (FES) ou Estimulação Elétrica Funcional (EEF) – é uma técnica destinada a produzir contrações mediantes trens de pulso em grupos musculares que desencadearão movimentos e atividades e atividades de vida diária, tais como: ficar em pé, andar, etc. A Estimulação Elétrica Funcional é uma forma de tratamento que utiliza a corrente elétrica para provocar a contração de músculos paralisados ou enfraquecidos decorrentes de lesões do neurônio motor superior. Nos pacientes imobilizados (longos períodos de imobilização) a FES pode ajudar a retardar e tratar as atrofias muscular por desuso, manter ou ganhar a amplitude dos movimentos articulares e combater as contraturas, reduzindo assim, o tempo de recuperação funcional do indivíduo. A FES tem como base a produção de contração através de estimulação elétrica, que despolariza o nervo motor, produzindo uma resposta sincrônica em todas as unidades motoras do músculo. CARACTERÍSTICAS DO APARELHO Os aparelhos podem ser portáteis ou clínicos, e devem possui os seguintes controles de ajustes: ▪ Largura de Pulso: em ms ou µs (microssegundo ou milissegundo); ▪ Frequência: em Hz (Hertz); ▪ Tempo de Subida (RISE) do trem de pulsos; ▪ Tempo de Descida (DECAY) do trem de pulsos; ▪ Tempo ON: tempo de contração muscular; ▪ Tempo OFF: tempo de repouso muscular; ▪ Intensidade da corrente: em mA (miliampére) – deve ser suficiente para produzir uma contração ampla e uniforme dos musculo para auxiliar o movimento e amplificar o esforço voluntário do paciente. Deve-se ter cuidado com intensidade alta, pois causa desconforto. ✓ FREQUÊNCIAS elevadas, acima de 150 Hz, acarretam fadiga muscular. ✓ DURAÇÃO DE PULSO abaixo de 100 µs ou 0,1 ms, são pouco eficazes para gerar contração muscular. ✓ FREQUÊNCIAS muito baixas, abaixo de 10 Hz, não permitem contração muscular eficiente. ✓ DURAÇÃO DE PULSO superior a 500 µs ou 0,5 ms produzem sensações desagradáveis. As fibras musculares de contração rápida, que se contraem preferencialmente em resposta a estimulação elétrica, fadigam-se e atrofiam rapidamente com desuso. O uso precoce da FES pode resultar em uma recuperação funcional mais rápida e maiores ganhos de força do que com exercício somente. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 11 Os eletrodos são colocados na superfície da pele e usados em pares. Um eletrodo é colocado sobre o ponto motor do músculo e o outro na extremidade distal ou proximal para completar o circuito elétrico. FES SINCRONIZADO: neste modo sincronizado os dois canais executam a estimulação ao mesmo tempo. FES RECÍPROCO: neste modo recíproco os dois canais executam a estimulação de modo alternado. FIBRAS MUSCULARES DO TIPO I ▪ Vermelhas (tônicas); ▪ Velocidade de contração lenta; ▪ Maior capacidade de metabolismo aeróbico; ▪ Responsáveis pela contração estática ou postural. FIBRAS MUSCULARES DO TIPO II ▪ Brancas (fásicas); ▪ Velocidade de contração rápida; ▪ Anaeróbio e pouca resistência á fadiga por serem pobres em hemoglobina; ▪ Responsáveis pelas contrações dinâmicas com movimentos breves e pouca força. ▪ Frequência: 0 – 10 Hz: Aquecimento muscular 30 – 40 Hz: Fibras do tipo I 60 – 80 ou 100 Hz: Fibras do tipo II 110 – 150 Hz: Potencialização muscular ▪ Largura de Pulso ou Duração do Pulso: As indicações terapêuticas mais frequentes na técnica FES são pulsos com duração de 200 – 500 us ou 0,2 a 0,5 ms. Geralmente, o tempo OFF é 2x o tempo ON, e o tempo de descida (DECAY) é igual ao tempo de subida (RISE). PARÂMETROS INDICAÇÕES ✓ Espasticidade – A eletroestimulação é empregada no controle da espasticidade devido ao mecanismo de inervação recíproca (excitação de um grupo muscular com inibição dos seus antagonistas). A FES é indicada na espasticidade leve a moderada; ✓ Hemiplegia (AVE) – A FES promove recondicionamento muscular, redução da espasticidade e reorganização do padrão motor; ✓ Facilitação Neuromuscular; ✓ Substituição Ortótica; ✓ Lesão Medular; ✓ Esclerose Múltipla / Esclerose Lateral Amiotrófica; ✓ Hipotrofia por Desuso. CONTRAINDICAÇÕES ✓ Sobre seio carotídeo; ✓ Sobre área cardíaca; ✓ Espasticidade grave; ✓ Eixo do marca-passo; ✓ Desnervação motora entre a medula e a área; ✓ Epilepsia; ✓ Gravidez; ✓ Osteoporose severa. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 12 CORRENTE RUSSA A estimulação motora significa produção de contração muscular pelo uso do estímulo elétrico, podendo ser uma estimulação da via de inervação motora para obter uma contração muscular. Características da corrente russa: é uma corrente alternada, com frequência portadora entre 2500 Hz e 5000 Hz (média frequência), modulada em bursts, com baixa frequência e é utilizada com fins excitomotores. Na nossa musculatura foram observados basicamente 2 tipos de fibras musculares: fásicas e tônicas, ou brancas e vermelhas, sendo as brancas de velocidade e as vermelhas de sustentação. MODO DE EMISSÃO DA CORRENTE PELOS CANAISESPECIFICAÇÕES DA CORRENTE RUSSA FREQUÊNCIA PORTADORA – 2500 Hz e 4000 Hz, é uma corrente de média frequência que vai gerar a corrente de baixa frequência para a estimulação muscular. FREQUÊNCIA DE MODULAÇÃO – é a frequência de ciclos por segundo, ou seja, é a corrente de baixa frequência que será utilizada para a estimulação muscular. Normalmente varia de 0 a 150 Hz, mas alguns aparelhos trazem um parâmetro fixo de 50 Hz. Modo sincronizado – todos os canais funcionam ao mesmo tempo, ou seja, executam simultaneamente o tempo escolhido de RISE, ON, DECAY e OFF. Modo recíproco – os canais funcionam de forma alternada (a corrente é emitida em um grupo de canais, normalmente a metade do número total, enquanto os canais restantes ficam inoperantes). Modo sequencial – A corrente é emitida através dos canais de forma sequencial. É utilizada normalmente para drenagem de líquidos. O primeiro canal só cessa a passagem do estímulo quando o segundo estiver passando por estimulação, com isso, não há possibilidade de refluxo de líquido. Modo desobstrução – a estimulação é feita de um canal para outro de maneira sequencial e de forma crescente, e em seguida de maneira inversa, de forma sequencial decrescente. Modo contínuo – a corrente é emitida em todos os canais ao mesmo tempo de forma ininterrupta. Quando selecionado o modo contínuo, os parâmetros RISE, ON, DECAY e OFF são desativados. É utilizado geralmente para analgesia. Portanto, terá uma sensação constante da corrente. TRONCO E MEMBROS SUPERIORES QUADRIL E MEMBROS INFERIORES Fibras Tônicas (Tipo I) Largura de Pulso (us) 250 Largura de Pulso (us) 255 Frequência (Hz) 35 a 50 Frequência (Hz) 50 a 80 Fibras Mistas Largura de Pulso (us) 250 Largura de Pulso (us) 255 Frequência (Hz) 50 a 80 Frequência (Hz) 50 a 80 Fibras Fásicas (Tipo II) Largura de Pulso (us) 250 Largura de Pulso (us) 255 Frequência (Hz) 65 a 100 Frequência (Hz) 65 a 100 SUGESTÃO DE PARÂMETROS - FES Fonte: @fisioterapeutaconcurseira Tempo ON – 6s Tempo OFF – 12s Rise – 3s Decay – 2s O tempo de eletroestimulação – 20 min ou até 30 min. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 13 PARÂMETROS ✓ Para estimular as fibras tônicas (musculatura estática) - 20 a 30 Hz. ✓ Para estimular as fibras fásicas (que realize uma função mais dinâmica) - 50 a 150 Hz. ✓ Intensidade – a intensidade a ser utilizada deve produzir um alto nível de contração, ou seja, uma contração muscular forte. ✓ Tempo de contração (tempo ON) – é o tempo de sustentação da contração, normalmente vai de 0 a 30 segundos. ✓ Tempo de repouso (tempo OFF) – quando não há contração, normalmente vai de 0 a 30 seg. ✓ RISE (tempo de subida do pulso) – regula a velocidade da contração, ou seja, o tempo desde o começo até a máxima contração muscular, tempos altos produzem uma contração mais lenta e gradual. Tempos pequenos produzem uma contração mais repentina (súbita), a rampa de subida do pulso varia de 1 a 20 seg. ✓ DECAY (tempo de descida do pulso) – Regula a velocidade com que a contração diminui, ou seja, o tempo de desde a máxima contração ate o relaxamento muscular, a rampa de descida varia de 1 a 20 seg. DOSIMETRIA O tempo de repouso não pode ser inferior ao tempo de contração para possibilitar uma recuperação do músculo eletroestimulado. ▪ Prevenção de hipotrofia muscular; ▪ Escultura corporal estética (auxilia); ▪ Redução de edema crônico; ▪ Potencialização muscular em atletas. INDICAÇÕES POSICIONAMENTO DOS ELETRODOS Os eletrodos geralmente são colocados sobre a origem e a inserção muscular, entretanto, a resposta contrátil tende ser maior quando os eletrodos estão sobre os pontos motores. Os eletrodos autoadesivos são os mais recomendados e mais adequados. Os pontos motores são caracterizados por áreas de maior excitabilidade na pele, e que consequentemente, necessitam de menor quantidade de corrente para que haja uma excitação neuromuscular. A eletroestimulação por ser realizada associada ao exercício isotônico dinâmico (contração voluntária). Vantagens das correntes de média frequência, em relação as de baixa frequência: - Impedância menor, devido maior frequência; - Desconforto diminuído, devido menor impedância oferecida; - Estimulação mais eficaz devido o recrutamento maior do numero de fibras. O músculo é essencialmente plástico e responde de acordo com a demanda específica. Esta é a base para se estabelecer os parâmetros corretos, visando alcançar um objetivo específico. Plasticidade da fibra muscular – o tamanho da fibra muscular pode mudar e as fibras podem se converter em outro tipo. Mudanças no tipo de músculo esquelético ocorrem em resposta à frequência de estimulação. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 14 ONDAS CURTAS DIATERMIA POR ONDAS CURTAS Diatermia – é uma técnica que consiste em elevar a temperatura dos tecidos pela passagem de uma corrente de alta frequência através de uma região do corpo. O calor é produzido pela resistência dos tecidos à passagem da corrente elétrica. ONDAS CURTAS – é uma corrente de alta frequência (frequência operacional), cerca de 27,12 MHZ com pulsos seinoidais, e produz ondas eletromagnéticas. Nessa frequência se perdem efeitos químicos e biológicos da excitação neuromuscular. EFEITO JOULE – que é a geração de calor proporcionada pela passagem da corrente de alta frequência pelas estruturas orgânicas (tecidos com elevado conteúdo de água, como sangue e o tecido muscular). As moléculas de água, íons e proteínas submetem-se a rotações e oscilações à passagem do campo elétrico gerando calor. COMANDOS BÁSICOS DO APARELHO ▪ Reguladores de potência: varia entre 100 a 1000 watt. ▪ Duração do pulso ou largura do pulso: 25 a 400 us | 400 - 600 us. ▪ Regulador de Frequência – 15 a 800 Hz. O regulador de frequência só será utilizado, quando se tratar de um gerador de Ondas Curtas Pulsado. ▪ Temporizador em min: 10, 15 ou 20 min. ▪ Sintonizador. DOSIMETRIA DO ONDAS CURTAS: Escala de Schliephake Calor muito débil (GRAU I) – imediatamente abaixo da sensação de calor ou abaixo do limiar de sensibilidade. Calor débil (GRAU II) – é a sensação de calor imediatamente perceptível. Calor médio (GRAU III) – é a sensação clara e agradável de calor. Calor forte (GRAU IV) – é a sensação de calor no limite da tolerância. ONDAS CURTAS CONTÍNUO – a emissão contínua sempre estará gerando elevação térmica com valores percebíveis pelo paciente e nesses casos suas indicações estarão reservadas para os processos crônicos. X ONDAS CURTAS PULSADO – ocorre através da interrupção das ondas continuas. São chamadas também de ondas atérmicas (ondas curtas sem o efeito térmico), entretanto há controvérsias com relação a isso, pois depende da frequência que é implantada, frequência elevada pode gerar algum efeito térmico. Indicado para fases agudas e subagudas. A dose é a quantidade de energia térmica produzida durante um certo período de tempo sobre uma determinada região, a qual resultará os efeitos terapêuticos. É muito importante que o profissional esteja presente todo tempo da geração de energia, orientando constantemente o paciente para que não movimente o segmento tratado e que relate a sensação térmica no caso da emissão contínua, pois trata-se de um procedimento somatório de energia absorvida, ou seja, quanto mais tempo de exposição, maior será a produção térmica. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 15 EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS ✓ Aumento da vascularização periférica com a formação de neovasos; ✓ Aumento da atividade celular e no número de células na zona da lesão; ✓ Aumento dos depósitos de colágeno e de sua orientação; ✓ Aumento dos depósitos de fibrina e de sua orientação; ✓ Redução de edema (fase aguda) e do processo inflamatório; ✓ Diminuição do tempo de reabsorção dos hematomas; ✓ Melhora o nível de polarização da membrana celular; ✓ Aumento do crescimento e da reparação nervosa periférica. ✓Efeito anti-inflamatório; ✓ Efeito antiespasmódico; ✓ Efeito analgésico; ✓ Diminuição da rigidez articular; ✓ Aumento da extensão do tecido conectivo; EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS DO OCP PARÂMETROS Ondas Curtas Pulsado Fase aguda: Frequência – entre 20 e 50 Hz. Potência média – de até 20 W. Dose sublimiar. Tempo – 10 a 15 minutos. Fase subaguda: Frequência – entre 80 e 150 Hz. Potência média – acima de 20 W. Dose limiar. Tempo – 15 a 20 minutos. Fase crônica: Frequência – entre 150 a 300 Hz ou modo contínuo (ondas curtas contínuo). Tempo – 10 a 20 minutos / até 30 min. No caso Ondas Curtas de emissão pulsada, existe uma formula que permite determinar o valor dessa energia e para tal é necessário conhecer os seguintes parâmetros disponíveis no equipamento: Wm = potência média (Watt) Wp = potência de pico (Watt) Dp = duração do pulso (ms) que varia de 0,4 a 0,6 ms. F = frequência em Hz. Com essas informações poderemos chegar aos valores de potência permitidos para tratar os processos inflamatórios agudos e subagudos. A dosagem estabelecida para OCP na literatura internacional apresenta duas denominações, limiar e sublimiar, determinadas pela equação da potência média e também pela sensação subjetiva. Wm = Wp x Dp x F A dose sublimiar não deve ultrapassar a geração de 20W de potência real, não deve promover sensação perceptível pelo paciente e está indicada para processos inflamatórios agudos. A dose limiar promove efeito térmico levemente perceptível, essa dosimetria esta indicada para processos na fase aguda. Infelizmente, alguns equipamentos não apresentam estes comandos com precisão. Sistema de segurança para o ondas curtas – GAIOLA DE FARADAY ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 16 TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DOS ELETRODOS O sinal de ondas curtas se aplica mediantes dois eletrodos capacitivos, com duas variantes. ✓ Placas Capacitadoras Flexíveis; ✓ Eletrodos de Schiliephake TÉCNICA CAPACITIVA TÉCNICA INDUTIVA PLACAS CAPACITADORAS FLEXÍVEIS São placas metálicas flexíveis revestidas com almofada de material plástico, borracha, feltro ou espuma. Possuem tamanhos variados (pequeno, médio e grande). E o espaço entre a pele e o eletrodo é feito com toalha ou cobertor (esse eletrodo não poderá estar em contato direto com a pele, necessita de um tecido não sintético, especialmente feltro). ELETRODOS SCHILIEPHAKE São discos metálicos planos acoplados a “braços” mecânicos que permitem movimentos universais facilitando os posicionamentos dos eletrodos nos segmentos corporais a ser tratado. São cobertos com um envoltório de vidro, plástico, ou borracha, onde mantém uma distância entre a pele e a placa capacitadora. TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO DOS ELETRODOS (MÉTODO CAPACITIVO) Transversal (contraplanar) – um eletrodo lateralmente e outro medialmente, ou um eletro anterior e o outro posterior. Longitudinal – Um eletrodo na parte anterior da coxa (região distal) e o outro na região plantar (paciente sentado). Coplanar – Eletrodo no mesmo plano. Este método promove uma terapêutica mais superficial. Deve-se respeitar uma distancia mínima de 8 a 10 cm entre as placas. A terapia por ondas curtas utilizando o método indutivo será aplicado por um único eletrodo. Trata-se de um eletrodo circular conhecido como bobina ou tambor. Funciona como uma antena que transmite o campo eletromagnético para o interior dos tecidos. Essa modalidade produz maior aquecimento no tecido muscular. INDICAÇÕES ✓ Afecções traumáticas (contusão, entorse, etc.); ✓ Afecções musculares (mialgia, contratura, espasmo, rupturas, etc.); ✓ Bursite, tendinite e capsulite; CONTRAINDICAÇÕES ✓ Paciente portador de marca-passo; ✓ Gestantes, incluindo o profissional; ✓ Regiões hemorrágicas; ✓ Paciente com febre, mesmo o OCP; ✓ Região pré-cordial. ✓ Áreas isquêmicas por insuficiência circulatória, ex: pé diabético. ✓ Pacientes com osteosínteses metálicas; ✓ Áreas com alterações sensitivas; ✓ Tromboses/aterosclerose; ✓ Tumores malignos; ✓ Doenças com degeneração de cartilagem articular. Nas patologias reumatológicas com características degenerativas (artrite reumatoide, espondilite anquilosante, osteoartrite) a enzima colagenase é liberada por leucócitos polimorfonucleares, que destroem o colágeno na cartilagem articular. Com OC, a colagenase se torna mais ativa, devido aumento da temperatura local; ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 17 MICROONDAS A diatermia por microondas é capaz de produzir aumento de temperatura tecidual, quando a mesma passa pela resistência oferecida pelos tecidos, a isto denominamos conversão. O aquecimento produzido pela diatermia por microondas pode ser observado tanto na superfície da pele, quanto nos tecidos mais profundos, O termo mais apropriado quando utilizamos as ondas eletromagnéticas na faixa das microondas com fins terapêuticos, é a diatermia por microondas, onde diatermia significa "produção de calor através de”. A diatermia por microondas, é utilizada a fim de aumentar a temperatura tecidual dentro da faixa terapêutica e alcançar os efeitos desejados para o paciente. Pela sua eficiência na penetração nos tecidos do organismo, a diatermia por microondas é considerada como um tratamento de calor profundo. 0 aparelho utilizado na produção de microondas é composto de: 1) Uma válvula magnetron multicavitária; 2) Um cabo coaxial para a transmissão de energia de alta freqüência até uma antena; 3) Um sistema de direcionamento para a transmissão da energia (através do ar) até o paciente. As microondas são uma forma de radiação eletromagnética, e assim como as ondas curtas, as microondas também fazem parte do espectro eletromagnético, cuja sua freqüência esta na faixa de 2450 MHz e comprimento de onda de 12,25 cm. Ela situa-se entre as ondas curtas e as radiações geradas pelas lâmpadas infravermelhas. EFEITOS FISIOLÓGICOS Os efeitos fisiológicos e terapêuticos da diatermia por microondas são semelhantes à diatermia por ondas-curtas, sendo que o ondas curtas alcança uma maior profundidade do que o microondas. A diatermia por microondas poderá penetrar cerca de 3 cm de profundidade. A utilização da diatermia por microondas nos tecidos, visa o aumento do metabolismo local (Lei de Van’T Hoff), aumento do fluxo sangüíneo, vasodilatação, aumento do aporte de oxigênio, antiflogístico/antiinflamatório, analgésico, relaxamento das fibras musculares, acelera a retirada de catabólitos do local lesionado (prostaglandinas, bradicininas, histamina e ácido láctico), diminuição da viscosidade do sangue. O princípio de aquecimento das microondas no organismo, é baseado na vibração e no atrito intermolecular, principalmente nos tecidos com grande teor de água e eletrólitos. DOSIMETRIA Vai depender da intensidade de energia aplicada versus o tempo de duração. Assim como na diatermia por ondas curtas, a quantificação é subjetiva e baseia-se na sensação de calor referida pelo paciente. Temos como parâmetros o seguinte: ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 18 SENSAÇÃO I - Não sente calor - 10 a 40% de potência II - Início de sensação calórica - 40 a 80 % de potência III- Sensação agradável de calor - 80 a 100 % de potência IV- Sensação desagradável de calor - 100 a 120 % de potência Como a sensação térmica do paciente é o principal referencial, o bom senso deve ser utilizado. Comumente os distúrbios subagudos são tratados com baixas doses e uma sensação térmica branda, durante 3 a 8 minutos. Já os distúrbios crônicos são tratados por uma sensação de aquecimento confortável, durante 5 a 15 minutos. A duração e frequência dos tratamentos dependeram dos objetivos e metas terapêuticas. PREPARAÇÃO DO PACIENTE 1. Explique a finalidade do tratamento, e que o paciente nunca deverá sentir-se "quente" no local tratado; 2. Faça um teste para a sensibilidade dolorosa e térmica do paciente, pois ele pode apresentar déficit; 3. Posicione o paciente adequadamentee confortavelmente; 4. Retire todo material metálico do paciente a fim de evitar queimaduras ou interferência da energia; 5. O local a ser tratado deve estar desnudo; 6. Ponha em prática as leis do quadrado inverso e co- seno. Mantenha uma distância entre o aplicador e a pele do paciente. Dependendo da intensidade utilizada, esta distância pode variar entre 2 e 15 cm. Caso exista saliências ósseas no local de tratamento, tomar cuidado com o superaquecimento desta estrutura. 7. Instrua o paciente para não se mover durante o tratamento, pois mudanças de posição poderão aumentar ou diminuir a quantidade de calor recebida, devido a alteração da distância e/ou direção dos raios; 8. Aumente lentamente a intensidade do aparelho, para que seja dado ao paciente tempo suficiente de se acostumar aos efeitos da terapia; 9. Alerte ao paciente sobre os perigos do superaquecimento; 10. Regule o timer do aparelho para o tempo desejado; 11. Ajuste o controle de potência; 12. Depois do aparelho ligado, não tocar no aplicador; 13. De tempo em tempo, pergunte se a temperatura está agradável e sem riscos para queimaduras; 14. Tomar muito cuidado com aplicações em idades extremas INDICAÇÕES • Analgesia; • Acelerar a cicatrização de tecidos; • Reabsorção de hematomas e edemas; • Estimular a circulação sangüínea; • Relaxamento muscular; • Aumento da extensibilidade do colágeno, aumentando amplitude de movimento; • Entorse sub-agudas ou crônicas; • Distensão muscular; • Tendinite; Tenossinovite; • Lombalgia e lombociatalgia; • Pós-imobilização; CONTRAINDICAÇÕES ✓ Tumores malignos; ✓ Não submeter ao tratamento pacientes portadores de marcapassos e mulheres gestantes; ✓ Áreas próximas ao coração, sobre lesões hemorrágicas, área isquêmica, alteração da sensibilidade, olhos e testículos; Alguns estudos também referem alterações de crescimento nas placas epifisárias, sendo assim contraindicado em crianças. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 19 LASER A denominação LASER é o acrônimo de “Light Amplification by Stimulated Emission of Radiation” (Luz Amplificada por Emissão Estimulada de Radiação). As moléculas do tecido capazes de absorver radiação luminosa são denominadas cromóforos. Essa correspondência de interação dos tecidos com a luz é referida pela lei de Grotthus-Draper. A potência tem fundamental importância nos efeitos gerados, assim poderá ser classificado em LASER de ALTA, MÉDIA e BAIXA potência. ✓ LASER DE ALTA POTÊNCIA poderá produzir temperaturas acima de 100°C. ✓ LASER DE MÉDIA POTÊNCIA gera efeito térmico nas áreas tratadas cuja temperatura tecidual se elevará em torno de 60°. ✓ LASER DE BAIXA POTÊNCIA não gera efeito térmico, e somente a fonte de luz (espectro) que estimulará os fotorreceptores não especializados produzindo os efeitos de fotobioestimulação e a partir de então ocorre a conversão da energia luminosa em energia bioquímica, seja inibindo a transmissão de dor ou estimulando os processos de regeneração tecidual. São divididos em efeitos primários ou diretos, secundários ou indiretos e terapêuticos. EFEITOS PRIMÁRIOS OU DIRETOS DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA: ✓ Efeito Bioquímico; Liberação de substâncias pré-formadas: - Bradicinina e Histamina - substâncias vasodilatadoras - B-endorfinas - diminuição da sensação dolorosa; Serotonina - Estimula a produção de ATP; - Inibição da produção de prostaglandinas - Aumenta o número de leucócitos e da atividade fagocitária e produção de glicina e prolina. ✓ Efeito Bioelétrico; - Através da estimulação da produção de ATP potencializa ou normaliza a ação da bomba de Na/K. ✓ Efeito Bioenergético; - Reposição da energia orgânica perdida, restabelecendo a normalidade funcional. EFEITOS SECUNDÁRIOS OU INDIRETOS DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA: São provocados pelos efeitos primários ou diretos: ✓ Estímulo à microcirculação ✓ Estímulo ao trofismo celular EFEITOS TERAPÊUTICOS DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA: ▪ Antiinflmatório; ▪ Antiedematoso; ▪ Cicatrizante; ▪ Analgésico. EFEITOS FISIOLÓGICOS Os principais cromóforos cutâneos naturais são a água, a melanina, a hemoglobina e a oxihemoglobina. Laser de Gases – uma câmara que possui uma mistura gasosa é atravessada por uma corrente elétrica, produzindo choque entre os átomos. Laser de Diodo – o laser é a partir da estimulação elétrica de um diodo semicondutor. EFEITO DOSE Analgésico 2 a 4 J/cm² Antiinflamatório 1 a 3 J/cm² Cicatrizante 3 a 6 J/cm² Circulatório 1 a 3 J/cm² ✓ Laser de Hélio-Neônio (He-Ne); ✓ Laser de Arsenieto de Gálio (As-Ga); ✓ Laser de Arsenieto de Gálio-Alumínio (AsGaAl); ✓ Laser Indio-Gálio-Alumínio-Fósforo (InGaAlP ou AlGaInP). Para conhecer o tempo de aplicação necessário para uma certa dose de radiação laser, o fisioterapeuta deverá saber: ✓ Qual a dose (J/cm²) deseja aplicar; ✓ Conhecer a potência (em watts) de emissão utilizada (fornecida pelo fabricante do aparelho); ✓ Conhecer o tamanho da área (em cm²) a ser tratada; ✓ Tempo (segundos). Quando a aplicação for por varredura, normalmente são usado os lasers vermelhos (HeNe e InGaAlP), o tempo deve ser calculado. TIPOS DE LASER UTILIZADOS NA FISIOTERAPIA Há uma maior efetividade do laser vermelho (He-Ne/InGaAlP) em lesões superficiais e maior efetividade do laser invisível (As-Ga/AsGaAl) em lesões profundas. Aplicação por pontos (de forma pontual): consiste na irradiação de um determinado ponto sobre o corpo do paciente. São necessários vários pontos para que toda área a ser tratada seja irradiada, e normalmente a distância de um ponto para outro é de 1cm. Aplicação por varredura: consiste na aplicação onde se realiza movimentos, fazendo com que a caneta aplicadora “varra” toda a região a ser tratada. DOSIMETRIA A dosagem é medida em Joules/cm². FASE DOSE Aguda 1 a 3 J/cm² Subaguda 3 a 4 J/cm² Crônica 5 a 7 J/cm² ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 20 FORMA DE APLICAÇÃO T(s) = Dose desejada(J/cm²) x Área (cm²) Potência (w) Nos aparelhos vendidos atualmente, o tempo de aplicação já vem pré-determinado para o uso nas aplicações por ponto. E, quanto maior a potência, menor o tempo de aplicação necessário em uma área. INDICAÇÕES Tendinite; Bursite; Fascite; Sinovite; Artrite; Artrose; Pós cirurgia plástica; Acne; Ulceras por Pressão, etc. Nas aplicações pontuais, geralmente sobre tendões, grupos musculares, ossos, deve-se buscar o fechamento da área com diversos pontos. Se possível, buscar irradiar toda a estrutura a ser tratada. O método varredura somente deverá ser utilizado em pequenas lesões cutâneas. A caneta deverá sempre ser mantida na posição perpendicular à área. CONTRAINDICAÇÕES Tumores; Irradiação sobre os olhos; Úlceras ou feridas infectadas. No campo terapêutico, denominamos ultrassom(US) as oscilações cinéticas ou mecânicas produzidas por um transdutor vibratório que se aplica sobre a pele, atravessando-a e penetrando no organismo em diferentes profundidades. Os sons de frequência abaixo de 20Hz e acima de 20.00 Hz são inaudíveis ao ouvido humano, sendo denominados, respectivamente, INFRA-SONS e ULTRA- SONS. Tecidos com alto conteúdo de proteínas absorvem o US mais prontamente do que aqueles com conteúdo de gordura alto, e quanto maior a frequência maior a absorção. A absorção das ondas sonoras vai depender basicamente de dois fatores: frequência da onda sonora, e as características do tecido. O transdutor da onda ultrassônica é o termo que designa todo dispositivo que converte a energia eletromagnética em energia mecânica. A transformação da corrente elétrica em energia mecânica ou vice-versa se denominou EFEITO PIEZOELÉTRICO. O tamanho do transdutor é conhecido como E.R.A (Effective Radiating Area = Área Efetiva de Emissão). O tamanho dessa área de contato é medida em cm² e consequentemente terá relação com o tempo do tratamento, ou seja, quanto menor a ERA maior o tempo de tratamento, ou vice-versa. A intensidadede emissão do ultrassom não é uniforme em toda superfície do transdutor. ✓ Efeito Mecânico: micromassagem celular - A movimentação dos tecidos aumenta a circulação de fluidos intra e extracelulares, facilitando a retirada de catabólitos e a oferta de nutrientes; ✓ Aumento da Permeabilidade da Membrana: alteração no potencial da membrana e aceleração dos processos osmóticos (difusão), e consequente aumento do metabolismo. Este efeito é a base para fonoforese; ✓ Efeito Térmico: A quantidade de calor depende de alguns fatores – o regime de emissão (modo continuo produz maior calor que o pulsado), a intensidade, a frequência e a duração do tratamento. ✓ Vasodilatação: liberação de substancias vasoativas como histamina; ✓ Aumento do metabolismo: Lei de Van’t Hoff; ✓ Ação Tixotrópica; ✓ Aumento das atividades dos fibroblastos; ✓ Aumento da síntese de colágeno; ✓ Aumento da síntese de proteína; ✓ Estimulação da angiogênese; (Os 4 últimos são importantes no processo de reparação tecidual) ✓ Aumenta as propriedades viscoelásticas dos tecidos conjuntivos, facilitando o alongamento. ULTRASSOM EFEITOS FISIOLÓGICOS Anti-inflamatório; Analgésico; Antiedematoso; Regenerador Tecidual; Regenerador Ósseo. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA EFEITOS TERAPÊUTICOS 21 ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 22 US PULSADO (3MHz) 16 Hz 100 Hz CONTÍNUO (1MHz) US Pulsado 16 Hz Fase Aguda US Pulsado 100 Hz Fase Subaguda US Contínuo Fase Crônica A Dosimetria do US é a quantidade de energia que deve ser emitida e absorvida numa determinada área e tempo, medida em W/cm². DOSES RECOMENDADAS PARA USO DO ULTRASSOM Dose baixa 0,1 a 0,3 W/cm² Dose média 0,4 a 0,6 W/cm² Dose alta 0,7 a 1,2 W/cm² No US utiliza-se frequências de: ✓ 1MHz (profundo): músculos, tendões articulações. ✓ 3MHz (superficial): tratar tecido cutâneo e adiposo. As ondas ultrassônicas não se transmite no ar, por isso deve utilizar um agente de acoplamento (Exemplo: GEL). Os movimentos com o transdutor podem ser: ▪ Circular; Longitudinal ou Transversal. O transdutor deverá estar em contato constante com a pele, com movimentos lentos e rítmicos, exercendo pressão constante contra a pele. ▪ Contato Direto; ▪ Subaquática; ▪ Bolsa de Água. FORMA DE APLICAÇÃO Fraturas; Epicondilites; Lombalgias; Pontos-gatilho; Contraturas, etc. ▪ US Contínuo (térmico); ▪ US Pulsado (atérmico), O US possui um parâmetro chamado Ciclo de Trabalho. O Ciclo de Trabalho ou taxa de repetição, também conhecido como duty cycle corresponde à relação de trabalho do pulso (ON) e pausa (OFF) . Possui valores em percentual 5%, 10%, 20% e 50% (principais valores 5 e 10%) e de relação proporcional (2:8; 1:9; etc.). O valor duty cicle permite incrementar a dosimetria para aumentar a profundidade de penetração da onda ultrassônica sem aumentar ou produzir elevação da temperatura tecidual. Essa opção está indicada principalmente para lesões especialmente na fase aguda, mais profundas, considerando a frequência de 1 MHz e 3 MHz. INDICAÇÕES CONTRAINDICAÇÕES Neoplasias; Gravidez; “Implante Metálico”; Olhos, Marcapasso etc. MODO DE EMISSÃO TEMPO DE APLICAÇÃO O tempo máximo de aplicação por área de tratamento é de 15 minutos, este tempo refere-se a uma área tratada de 75 – 100 cm² (superfície máxima a ser tratada), e estar relacionado com o tamanho da ERA. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 23 HIPOTERMOTERAPIA A hipotermoterapia ou crioterapia é um dos principais recursos recomendado no tratamento imediato de lesões musculares. O principal objetivo é reduzir a temperatura tecidual pela retirada de energia calórica, reduzindo assim o metabolismo local e a necessidade de consumo de oxigênio pelos tecidos. CRIOTERAPIA Processo inflamatório é uma reação do organismo a uma lesão dos tecidos. Em um processo inflamatório a região atingida fica avermelhada e quente, isto ocorre devido a um aumento do fluxo do sangue (mediado pela histamina) para o local, na área inflamada. Também ocorre o acúmulo de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos, macrófagos e linfócitos), com dor localizada mediada por certas substâncias químicas (Bradicinina) produzidas pelo organismo. O aumento do fluxo do sangue produz edema que ocorre a partir do aumento da permeabilidade vascular aos componentes do sangue, o que leva ao extravasamento do líquido intravascular para o espaço intersticial extracelular A crioterapia reduz os riscos de lesão por hipóxia secundária se aplicado logo após as lesões traumáticas, pois diminui as necessidades de oxigênio das células localizadas na região traumática em virtude de diminuição da oferta de sangue. EFEITOS FISIOLÓGICOS ✓ Vasoconstrição nos vasos sanguíneos cutâneos - a velocidade em que essa vasoconstricção ocorre indica que é um reflexo do sistema nervoso autônomo disparado pela estimulação dos receptores térmicos na pele. A viscosidade sanguínea aumenta devido ao resfriamento e isto também contribui para a redução da perfusão sanguínea. ✓ Redução do espasmo muscular por um mecanismo reflexo e não direto, inibindo a condução nervosa periférica, principalmente quando utilizada por períodos de tempo prolongado. ✓ A redução da temperatura reduz a velocidade de transmissão sensorial, podendo levar até a um bloqueio de condução do nervo sensorial. Sendo assim as sensações cutâneas são reduzidas com a aplicação do frio. ✓ A redução do metabolismo celular, isto traz para os tecidos lesionados uma condição de sobrevivência maior, e consequentemente um reparo mais rápido da lesão. ✓ Redução da dor; A crioterapia diminui a liberação das substâncias que perpetuam a inflamação (histamina). A vasodilatação induzida pelo frio é uma reação de proteção aos tecidos dos danos causados pelo resfriamento. Devemos iniciar a crioterapia ainda na fase aguda, nos primeiros 5 (cinco) minutos após lesão, a fim de alcançar todos os benefícios da terapia. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 24 O tipo de resfriamento deste método é superficial, e a vantagem e que a proteção de borracha evita desconforto para pacientes sensíveis ao frio. O tempo de aplicação está em torno de 20 minutos. Nesta técnica a temperatura da bolsa também tende a subir pela troca calórica com os tecidos aquecidos do corpo. Em relação ao local de aplicação, pode ser em qualquer região do corpo. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO BOLSAS DE BORRACHA COMPRESSAS FRIA (água fria) ou PANQUECA FRIA (gelo) É a técnica mais utilizada na crioterapia, pela facilidade na obtenção e aplicação do resfriamento até mesmo pelos pacientes em seus domicílios. Na compressa fria molhamos uma toalha em água fria (com pedras de gelo) e dobramos em forma de uma compressa, e aplicamos diretamente no local. Na panqueca fria ou panqueca de gelo, executamos o mesmo procedimento da compressa fria, só que adicionamos dentro da toalha, gelo moído. Dobra-se a toalha em forma de panqueca e aplica-se diretamente na região a ser tratada. A duração das duas técnicas estão em torno de 25 minutos. SACO COM GELO Esta técnica é bastante eficaz para tratamentos superficiais e profundos. E colocado gelo dentro de um saco plástico de textura fina. O gelo deve ser moído ou triturado. Devemos evitar o gelo em cubo, pois dificulta a moldagem em extremidades. Retiramos o ar do saco plástico, fechando-o em seguida para a sua aplicação. A duração do tratamento está em torno de 20 minutos. BANHO DE IMERSÃO É a imersão, em água gelada, de um segmento corporal. Normalmente se usa um recipiente grande, que possa conter o segmento a ser tratado, cheio de água, e onde são adicionadas, pedras de gelo, até que chegue à temperatura desejada para a terapia; 1ºC a 5ºC para áreas menores e 10ºC a 15ºC para áreas maiores. Normalmente utiliza-se 30 min de imersão para pequenas áreas e 20 min para áreas maiores. SPRAY O Spray é uma técnica de resfriamento que promove a redução da dor, modificandoa entrada sensorial da dor. À aplicação tópica no controle da dor miofascial, movimento limitado, espasmo muscular e controle de dor, lesões no esporte, torcicolo, entorse do tornozelo etc. A aplicação deve ser feita a uma distancia de 20 a 30cm e deve-se tomar cuidado com os olhos e inalação. A crioimersão consiste na imersão do corpo ou segmento corporal em água com gelo. Esta técnica vem sendo amplamente utilizada por diversos atletas, inclusive por lutadores, com objetivo de reduzir dores musculares, edemas e otimizar a recuperação pós-treino. BANHO DE CONTRASTE ÁGUA QUENTE X ÁGUA FRIA Os primeiros 5 min, coloca-se o segmento na água quente, em seguida intercala-se em 1 em 1 minuto por 30 minutos (total), onde os últimos 3 minutos são realizados na água fria. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 25 A aplicação do frio de curta duração sobre a pele induz no músculo que a atividade da unidade motora aumente facilitando a contração voluntaria em pacientes com parestesia de origem central. A pele e o músculo subjacente formam uma unidade funcional, 0 qual torna possível estimular o músculo através da pele. CRIOESTIMULAÇÃO CRIOCINÉTICA Sua maior evolução aconteceu na área esportiva. Hoje a criocinética constitui uma das formas mais eficientes de tratamento nas lesões esportivas agudas. A técnica consiste do uso do frio para promover o resfriamento local a ser tratado e permitir o exercício ativo progressivo, sem dor. COLD PACK – BOLSA TERMOGEL Técnica: Pega-se um pedaço de gelo (que caiba na mão) que não possua superfícies pontiagudas, passe, de forma vigorosa, de 1 a 3 vezes sobre o músculo comprometido, no sentido da contração muscular, e solicite ao paciente que contraia o músculo estimulado em seguida. Pode-se associar com a crioestimulação, o reflexo de estiramento e o tapping, visando potencializar a estimulaçãomuscular O pacote de gel, consiste em uma bolsa de vinil ou material plástico resistente contendo uma substância gelatinosa capaz de absorver e manter a baixa temperatura. O pacote de gel é mantido a uma temperatura abaixo de zero grau, e quando utilizado na terapia mantém esta mesma temperatura, por um período de tempo de aproximadamente 30 a 60 minutos. Está indicado para tratamento de lesões superficiais e profundas. O seu aquecimento, devido a retirada de calor do corpo, é lento e consegue manter seu valor terapêutico pelo período de tempo que durar a terapia. A fim de prevenirmos possíveis danos que este nível de temperatura pode causar a pele, a duração da terapia deve ser no máximo de 20 minutos. INDICAÇÕES ▪ Espasticidade; ▪ Edema; ▪ Entorses; ▪ Contusões; ▪ Traumatismos agudos, sub-agudos e crônicos; ▪ Coto de amputados; ▪ Processos inflamatórios (bursites, tendinites, capsulites, sinovites, etc.); ▪ Artrose; ▪ Artrite reumatoide; ▪ Pós-cirurgias; ▪ Pré-cinesioterapia. ▪ Hipersensibilidade ao frio; ▪ Urticária ao frio; ▪ Acrocianoses (doença vascular que deixa a pele das mãos com uma coloração azulada ou roxa (cianose); ▪ Doença de Raynaud (doença que afeta o fluxo sanguíneo nas extremidades do corpo humano quando submetidos a uma mudança de temperatura inferior) ▪ Alterações circulatórias. ▪ Alterações cardiovasculares graves; Hipertensão arterial severa não controlada. CONTRAINDICAÇÕES ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 26 HIPERTERMOTERAPIA CONDUÇÃO EVAPORAÇÃO CONVECÇÃO RADIAÇÃO MODALIDADES E AGENTES TERMOTERAPÊUTCOS MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA TÉRMICA CONDUÇÃO CONVECÇÃO RADIAÇÃO OU IRRADIAÇÃO CONVERSÃO Compressas Duchas Infravermelho Radiofrequência Bolsas Térmicas Saunas Forno de Bier Ondas Curtas Parafina Estufas Microondas Ultrassom O calor superficial é a forma terapêutica em que o calor do exterior é transferido para a pele por meio de condução, convecção ou radiação, e não se reflete nos tecidos mais profundos, ex: tecido muscular subjacente. CALOR SUPERFICIAL Pelo menos três fatores determinam as reações fisiológicas da hipertermoterapia: MODALIDADES TERAPÊUTICAS DE CALOR SUPERFICIAL Nível de temperatura tecidual. A faixa terapêutica aproximada é de 39º a 45ºC. Duração da elevação de temperatura tecidual e a velocidade da elevação da temperatura. As reações térmicas se pronunciam desde poucos minutos, podendo levar tempos maiores e tem relação com a forma de transferência térmica que é própria de cada agente. Tamanho da área tratada. Áreas menores respondem mais rápida e homogeneamente aos efeitos térmicos. ✓ FORNO DE BEER; ✓ BANHO DE PARAFINA; ✓ TURBILHÃO; ✓ COMPRESSAS QUENTES; ✓ BOLSAS TÉRMICAS. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 27 Ao submeter alguns tecidos às diferentes modalidades de hipertermoterapia estaremos produzindo determinados efeitos fisiológicos que terão importância terapêutica: ✓ Aumento da temperatura local; ✓ Hiperemia e vasodilatação – o fluxo sanguíneo é aumentado devido à dilatação arteriolar e capilar pelo efeito térmico direto ou por mecanismos reflexos axônicos; ✓ Eliminação de resíduos metabólicos; ✓ Relaxamento muscular por via reflexa sensitiva – está relacionado com a atividade das fibras gama no músculo e pelos pulsos inibitórios a partir dos órgãos tendíneos de golgi. ✓ Liquefação de fibroses e edemas densos; ✓ Ativação do sistema nervoso vegetativo – o sistema neurovegetativo responde simplesmente com vasodilatação local se o calor for moderado; ou frente ao calor mais intenso responderá com ativação do sistema linfático (drenagem) e vasodilatação, exceto nos casos de edema severo onde os sistemas de evacuação estarão inibidos; ✓ Resposta do mecanismo de autorregulação térmica - Caso a intensidade de calor gerada seja moderada, haverá estimulação do sistema parassimpático que responde com suor, sedação e relaxamento muscular. Se a intensidade do calor é alta, ocorrerá predomínio do simpático e então aparecerá sinal de dor, irritação cutânea e contratura muscular de defesa. EFEITOS FISIOLÓGICOS Em casos de contraturas articulares, a aplicação térmica diminui a rigidez articular e o desconforto do paciente e também altera positivamente as propriedades viscoelásticas das articulações. O uso da hipertermoterapia sobre o nervo periférico promove aumento do umbral nociceptivo na região suprida pelo nervo. O sistema nervoso vegetativo controla processos da vida funções como: digestão, respiração, sistema cardiovascular, renal e glandular. É a porção do sistema nervoso que atua, independentemente da vontade, do encéfalo e da medula espinal, regulando as funções vitais e as secreções dos órgãos internos. Umbral Nociceptivo - é um receptor sensorial que envia sinal causando a percepção da dor. CONTRAINDICAÇÕES A hipertermoterapia possui contraindicações absolutas e relativas: ✓ Regiões com alteração de sensibilidade térmica, ou seja, comprometimentos por denervações ou outras alterações neurológicas; ✓ Processos inflamatórios agudos; ✓ Pós-operatório imediato; ✓ Paciente inconsciente; ✓ Região hemorrágica; ✓ Próximo a glândulas importantes, em especial a tireóide; ✓ Febre; ✓ Artrite Reumatóide em fase aguda; ✓ Tratamento com anticoagulantes; ✓ Suspeita de processos tumorais; ✓ Nas regiões próximas de tromboflebites e varizes; ✓ Gravidez; ✓ DIU metálico e período menstrual, para as aplicações sobre a região uterina; ✓ Suprimento vascular inadequado (isquemia). Serve de alerta e atenção ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 28 FORNO DE BEER Quando o paciente é introduzido no seu interior, cobre-se o equipamento com um cobertor de flanela, para que haja um mínimo de perda de calor do forno para o meio externo, através das aberturas existentes em suas extremidades. Os fornos são equipados com um termostato que mantém, a temperatura constante dentro do forno, provendo maior segurança terapêutica. A temperatura de tratamento dependerá de alguns fatores como: normoestesia térmica, sensibilidade do paciente ao calor eárea a ser tratada. Uma faixa de aplicação confiável fica em torno de 45 a 60 °C, isto produzirá nos tecidos a elevação da temperatura em torno de 40 a 45 °C. Outro fato importante é o tempo de aplicação. Para que o efeito terapêutico seja atingido nos tecidos, é importante que o tempo de aplicação fique em torno de 20 a 30 minutos. Tempos inferiores podem não serem suficientes para se conseguir os objetivos de tratamento. CUIDADOS: • Verificar a sensibilidade térmica • Retirar os objetos metálicos ou plásticos da área a ser tratada • Verificar a pele antes e depois da aplicação • Não permita que paciente durma, pois diminui a percepção térmica • Alertar sobre o risco de queimadura BANNHO DE PARAFINA É um dos dispositivos mais antigos da hipertermoterapia utilizados pela fisioterapia. Consiste em uma peça confeccionada em madeira, em forma de “U” ou hemicilindro, aberto nas duas extremidades, forrado internamente com uma camada de material isolante e contendo em ambos os lados de sua face interna resistores de níquel-cromo, protegidos por uma placa de ardósia, a qual tem a finalidade de evitar o contato direto do paciente com os resistores, evitando queimadura e eletrocussão. É uma forma de transferência de calor superficial, em que se usa a parafina derretida misturada com óleo mineral a uma temperatura entre 52°C a 54°C, com fins terapêuticos. A parafina é uma substância branca, em forma de cera, obtida da destilação do petróleo. Sua forma de transmissão de calor é feita pela condução. Os aparelhos de aquecimento da parafina, para uso profissional, são recipientes providos de termostato para controlar a temperatura, geralmente ajustados no seu ponto de fusão. O ponto de fusão da parafina gira em torno de 54°C. O equipamento necessário para a realização do banho de parafina é composto por um tanque de aço inoxidável, de vários tamanhos, e um sistema de aquecimento com resistência elétrica ou “banho Maria”, para o derretimento da parafina. No interior do recipiente se coloca parafina no estado sólido. Se agrega uma parte de óleo mineral (vaselina ou glicerina) para cada dez partes de parafina. Esta união de óleo mineral com parafina permite maior maleabilidade da parafina e acelera seu derretimento. TÉCNICAS DE APLICAÇÃO ✓ Imersão contínua; ✓ Imersão repetida; ✓ Enfaixamento; ✓ Pincelamento. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 29 IMERSÃO CONTÍNUA TURBILHÃO Coloca-se a área a ser tratada em uma cuba de parafina, com temperatura em torno de 42° a 50°C durante 30 minutos, sem retirar da cuba. É uma forma de termoterapia associada à hidroterapia em que se usa a água de forma turbilhonada, a uma pressão e temperatura preestabelecidas, com finalidade terapêutica. Os efeitos benéficos produzidos pelos banhos de turbilhão resultam da ação combinada do calor e da suave massagem do turbilhonamento da água. Sua forma de transferência de calor é convecção. A água deve estar a uma temperatura entre 38° C e 40° C, pois assim produz- se: ✓ Vasodilatação; ✓ Aumento da circulação sanguínea; ✓ Diminuição da pressão arterial; ✓ Aumento do metabolismo; ✓ Sedação e analgesia. A bolsa termogel é aquecida em um banho de água quente de aproximadamente 75°C, envolvida em uma toalha ou outro material apropriado e então aplicada ao corpo. A temperatura final da compressa deve ficar em torno de 40-42°C. IMERSÃO REPETIDA Coloca-se o segmento a ser tratado no tanque de parafina, se for a mão, preferencialmente com os dedos estendidos e abduzidos. Em seguida retire-o e aguarde de 3 a 5 segundos repetindo o processo durante 6 a 10 vezes até formar uma “luva de parafina”. Por cima desta luva enrole um plástico ou uma toalha a fim de manter a temperatura local entre 20 e 30 minutos. ENFAIXAMENTO Passar a parafina com o auxílio de um pincel na área a ser tratada. Enfaixar uma vez a região com atadura; colocar outra camada de parafina por cima da atadura e enfaixar novamente, realizando o processo sucessivamente por 7 a 8 vezes/faixas. O paciente permanece com a faixa durante 20 a 30 minutos. Com a ajuda de um pincel, formar uma camada espessa de parafina na área a ser tratada. Depois cobrir com um plástico ou toalha a fim de manter a temperatura. Duração do tratamento entre 20 e 30 minutos. O método de pincelamento é utilizado com menor frequência e esta indicado para as regiões difíceis de mergulhar diretamente na parafina líquida como ombro, joelho, cotovelo, etc. Também está indicada aos pacientes que apresentam muita sensibilidade ao calor e que não suportam a imersão direta. PINCELAMENTO Após o uso da parafina medidas de higiene devem ser tomadas. COMPRESSAS QUENTES Tais compressas precisam ser substituídas após aproximadamente 5 minutos. Deve-se mergulhar a toalha em água quente, e logo em seguida retirá-la. Deve-se fazer uma leve torcedura na toalha a fim de retirar o excesso de água. Se for conveniente, pode-se repetir o processo 2 ou 3 vezes. Dobrar a toalha, para que fique num tamanho adequado com a área a ser tratada, e aplicar a compressa diretamente no local a ser tratado por 20 a 25 minutos. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 30 INFRAVERMELHO Os agentes físicos luminosos estão classificados dentro do espectro eletromagnético cuja projeção de um valor de medida. A luz acima de 750 nm sai no campo da percepção visual recaindo no espectro infravermelho (IV). A radiação infravermelha é classificada como uma radiação termogênica. Vale lembrar que é um agente termoterápico de calor superficial. A radiação infravermelho constitui uma forma de aquecimento cuja penetração é bastante controvertida, havendo um consenso de atingir pequena profundida, em torno de 3 a 5 mm. EFEITOS FISIOLÓGICOS Seus efeitos fisiológicos ocorrem à nível local. Eritema de rápido aparecimento ocasionado por vasodilatação cutânea em função do aumento da temperatura local. A intensidade do infravermelho é maior quando a superfície a ser tratada esta formando um ângulo reto com o gerador. À medida que os raios incidem numa direção oblíqua em relação à superfície corporal, essa intensidade diminui. EFEITOS TERAPÊUTICOS ✓ Antiinflamatório e de cicatrização – devido o maior aporte de nutrientes e células de defesa, decorrente do aumento do fluxo sanguíneo. ✓ Analgesia; ✓ Relaxamento muscular – pela maior irrigação sanguínea, facilitando a preparação para cinesioterapia. ▪ A dosimetria é controlada através da sensação subjetiva do paciente, geralmente, orientado a manifestar sensação agradável de calor. ▪ O tempo de duração do tratamento varia entre 20 a 30 minutos. ▪ Distância entre a lâmpada e a área a ser tratada varia entre 30 cm até 1 metro. PARÂMETROS INDICAÇÕES ✓ Contraturas musculares; ✓ Redução do espasmo muscular; ✓ Alívio de dor. CONTRAINDICAÇÕES ✓ Áreas isquêmicas; ✓ Distúrbios de sensibilidade; ✓ Edemas; ✓ Hemorragias superficiais; ✓ Neoplasias; ✓ Infecções superficiais; ✓ Aplicação sobre os olhos. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 31 1. AGNE, Jones Eduardo. Eletrotermofototerapia. 4. ed. Santa Maria, RS. 2017. 2. MACHADO, A. F P. et al. Effect of high- and low-frequency transcutaneous electrical nerve stimulation on angiogenesis and myofibroblast proliferation in acute excisional wounds in rat skin. Advances in Skin & Wound Care. v. 29, n. 8, p. 357- 363. 2016. 3. MACHADO, A. F P. et al. Effect of high- and low-frequency transcutaneous electrical nerve stimulation (TENS) on angiogenesis and wound contraction in acute excisional wounds in rat skin. Fisioter Mov. v. 30, n.4, p. 671-680, oct/dec. 2017. 4. SÁ, Vagner Willian Batista. Prescrevendo Recursos da Eletrotermofototerapia em Fisioterapia. Rio de Janeiro. 2007. ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 32 REFERÊNCIAS
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