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Apostila ELETROTERMOFOTOTERAPIA

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GABRIEL GALDINO DE ARAUJO
WAUEVERTON BRUNO WYLLIAN N. SILVA
@fisioterapiaresponde
RESUMOS PRÁTICOS
RESUMIDA
❑ TENS
❑ MICROCORRENTE
❑ CORRENTE FES E RUSSA
❑ ONDAS CURTAS
❑ MICROONDAS
❑ ULTRASSOM
❑ LASER
❑ HIPOTERMOTERAPIA
❑ HIPERTERMOTERAPIA
❑ INFRAVERMELHO
1
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 2
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO .................................................................................. 3
TENS ................................................................................................ 4
MICROCORRENTES ......................................................................... 6
FES ................................................................................................. 10
CORRENTE RUSSA ......................................................................... 12
ONDAS CURTAS ............................................................................. 14
MICROONDAS ............................................................................... 17
LASER ............................................................................................ 19
ULTRASSOM .................................................................................. 21
HIPOTERMOTERAPIA .................................................................... 23
HIPERTERMOTERAPIA .................................................................. 26
INFRAVERMELHO .......................................................................... 30
ANEXOS ......................................................................................... 31
REFERÊNCIAS ................................................................................. 32
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 3
As manifestações clínicas promovidas pelo
trauma conjugam numa série de sinais e
sintomas, tais como:
✓ A dor;
✓ O edema;
✓ As alterações tróficas e vasomotoras;
✓ A limitação da mobilidade articular;
✓ Atrofia muscular e óssea.
A dor, pode ser referida de várias formas e
pode associar-se ao edema e a mudança de
temperatura local.
A intensidade da dor pode ser avaliada através
da Escala Visual Analógica – EVA, que varia de
0-10, sendo 0 a ausência total de dor e 10
como dor total insuportável. A escala apontara
valores subjetivos, porém sua aplicação é
importante para avaliar o grau de eficácia do
tratamento executado. A escala deverá ser
mostrada ao paciente sendo solicitado que este
identifique o quanto de dor está sentindo no
momento. Em suma, deve-se ter conhecimento
da fisiologia da dor para aplicação do
recursos eletrotermofototerápicos.
Os agentes físicos terapêuticos
(Térmico, Mecânico ou
Eletromagnético) geram um tipo de
energia que será liberada por um
determinado equipamento, que em
seguida absorvida por um tipo
especifico de tecido biológico. Essas
energias ao interagirem com os
tecidos biológicos vão gerar respostas
primárias (resposta química a nível
celular) e secundária (nível tecidual).
As respostas inicialmente serão a nível
químico, consideradas essenciais para
o desenvolvimento do processo
terapêutico. Um exemplo bem
prático é o efeito analgésico gerado
pela eletroestimulação da TENS à
nível sensorial que promove a
liberação do aminoácido GABA
(Gama-aminobutírico) responsável
pelo “fechamento” do portão da
dor.
INTRODUÇÃO
Lei ou princípio de Schultz-Arndt
Estímulo(DOSE) x Reação(RESPOSTA)
“não se produzem reações ou 
alterações nos tecidos se a energia 
absorvida é insuficiente para 
estimular os tecidos”.
O princípio de Schultz-Arndt enfatiza,
por exemplo, que o Laser poderá tanto
produzir a estimulação como a inibição
do processo cicatricial, tudo
dependerá da dosimetria empregada,
caso seja suficiente ou em excesso.
Trauma
Dor
Limitação do 
Movimento
Hipotonicidade
Muscular por 
Desuso
Instabilidade
Articular
O tratamento 
inadequado 
poderá agravar o 
processo 
inflamatório com 
repercussões neste 
ciclo.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 4
TENS – ESTIMULAÇÃO ELÉTRICA NERVOSA 
TRANSCUTÂNEA
O termo TENS provém do inglês:
Transcutaneous Electrical Nervous
Stimulation, que traduzindo significa –
Estimulação Elétrica Nervosa
Transcutânea.
O Ácido gama-amiinobutírico (GABA –
Gamma-Amino-Butyric Acid) é o principal
neurotransmissor inibidor do sistema
nervoso central, e desempenha um papel
importante na regulação da excitabilidade
neuronal ao longo de todo o sistema
nervoso, portanto, a liberação desse
neurotransmissor na substância gelatinosa
ocorre no nível da inervação sensorial
através dos estímulos elétricos do TENS
que acarretará no “fechamento do portão”
inibindo a condução da dor.
O TENS possui quatro tipos clássicos
de correntes:
✓ Convencional;
✓ Acupuntura;
✓ Breve-intenso;
✓ Burst.
Os níveis de eletroestimulação (sensorial
ou mortora) tem relação direta com:
✓ A frequência da corrente;
✓ O valor do tempo de duração do
pulso elétrico;
✓ A intensidade;
✓ Tempo necessário de estimulação;
✓ Distribuição correta dos eletrodos.
A teoria das comportas postulada por
Melzack e Wall (1965) tornou-se base
para o entendimento do controle elétrico
da dor. A base do efeito do TENS,
conforme a teoria das comportas é a
hiperestimulação das fibras aferentes do
tipo A de grande diâmetro, mielinizadas,
permitindo a condução elétrica rápida,
para que em seguida ocorra o bloqueio da
transmissão das fibras do tipo C de
pequeno calibre e não mielinizadas, nas
comportas do corno posterior da medula,
gerando desta forma a redução ou até
mesmo a inibição do quadro álgico.
Pesquisas apontam que a estimulação
elétrica também pode estimular a produção
de endorfinas, produzida pela glândula
hipófise, na qual tem seu papel na
modulação da dor. A liberação de
endorfinas terá maior eficácia com a
estimulação de baixa frequência (2 a 10
Hz) e moderada intensidade (doses no
limite suportável para o paciente,
implicando, quase sempre, em leves
contrações musculares, mas sem
sustentação).
Parâmetros que devem ser ajustados:
✓ Frequência medida em Hz;
✓ Largura de pulso elétrico medida em µs;
✓ Intensidade ou amplitude da corrente
medida em mA;
✓ Tempo de estimulação medida em
minutos.
A avaliação correta do quadro álgico
levará aos parâmetros de estimulação.
Tem aparelhos que possui o modo TENS VIF
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 5
A definição de dor aguda ou crônica são necessárias para que possam ser definidos os
parâmetros corretos no equipamento e o tipo de inervação que a corrente irá estimular.
Para que ocorra o fechamento do portão da
dor, através da secreção do aminoácido
GABA na substância gelatinosa é necessário
programar frequências entre 90 e 130 Hz,
indicado para dores agudas, cujos pulsos
serão somatórios, promovendo sensação
característica de formigamento, devido a
estimulação a nível sensorial.
A inervação sensorial é estimulada com pulsos entre 20 e 50 µs
e a inervação motora com pulsos maiores, entre 180 a 250 µs.
Para produção ou excreção de β-
endorfina será necessário empregar
frequências abaixo de 10 Hz, indicado
para dores crônicas, cujos os pulsos
são isolados, favorecendo leves
contrações musculares (estimulação a
nível motor), aceleração do metabolismo
e relaxamento muscular.
PARÂMETROS
TENS CONVENCIONAL
Frequência de Pulso: 90 - 130 Hz
Duração do Pulso: 20 – 50 µs
Intensidade: confortável
Tempo: mínimo 30 min
Sensação: ligeiro formigamento ou
parestesia sem contração muscular
✓ Utilizado em dores agudas
TENS ACUPUNTURA
Frequência de Pulso: 2 – 10 Hz
Duração do Pulso:180 – 250 µs
Intensidade: moderada ou elevada
Tempo: 20 a 30 min
Sensação: contrações musculares rítmicas
(visíveis).
✓ Utilizado em dores crônicas
TENS BREVE-INTENSO
é caracterizado pelo uso de frequência, 
duração dos pulsos e intensidades 
elevados, com estímulos sensoriais e 
motores gerando contrações tetânicas.
Frequência de Pulso: 90 – 130 Hz
Duração do Pulso: 180 – 250 µs
Intensidade: “elevada”
Tempo: 10 – 15 min
Sensação: fasciculações musculares
nãorítmicas, ou contrações tetânicas.
✓ Utilizado para analgesia localizada
e imediata
TENS BURST OU TRENS DE PULSO
consiste na modulação de uma frequência mais 
elevada para outra mais baixa a fim de diminuir 
a impedância cutânea e tornar os estímulos 
mais eficazes e confortáveis. 
Frequência Portadora: 80 – 120 Hz
Frequência de Trens de Pulso: 2 – 5 Hz
Duração do Pulso:180 – 220 µs
Intensidade: variável de elevado para fraco
Tempo: 30 a 40 min
Sensação: contrações musculares rítmicas,
acompanhadas de parestesias.
✓ Utilizado em dores subagudas e crônicas
ANALGESIA: Através dos mecanismos de liberação de beta-endorfinas
e o fechamento do portão da dor (teoria das comportas) através da
liberação do neurotransmissor GABA na substância gelatinosa.
RELAXAMENTO MUSCULAR: A TENS motor, promove o relaxamento
das fibras musculares com objetivo de descontraturar e diminuir o quadro
álgico, a retirada de toxinas e melhora do metabolismo local.
EFEITOS
FISIOLÓGICOS
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 6
PARÂMETROS SUGESTIVOS DE TRATAMENTO COM TENS
Parâmetros Dor Aguda Dor Crônica
Frequência 90 – 130 (120Hz) 2 – 10 (6Hz)
Duração do Pulso 20 – 50 µs 180 – 250 µs
Intensidade Formigamento Contrações Visíveis
Tempo 30-60-120’ 20 e 30’
Colocação dos 
Eletrodos
Dermátomos Grupo muscular
Alguns princípios devem ser seguidos
quanto a colocação dos eletrodos e quanto
ao número de eletrodos:
✓ Sobre o dermátomo doloroso;
✓ Sobre a inervação mais superficial e
proximal a dor;
✓ Acima e abaixo da zona dolorosa;
✓ Bilateral a zona dolorosa;
✓ Sobre o ponto gatilho;
✓ Grupo muscular;
✓ Associar tens com calor;
✓ Dores de origem desconhecida;
✓ Região próxima aos olhos;
✓ Marca-passo cardíaco;
✓ Primeiro trimestre de gestação;
✓ Pacientes: AVC, AIT e Epilepsia
deve-se evitar aplicação na região
da cabeça e face.
CONTRAINDICAÇÕES
✓ ELETRODOS PARALELOS;
✓ ELETRODOS TRANSVERSAIS;
✓ ELETRODOS CRUZADOS – aplicação
tetrapolar cruzada;
✓ ELETRODOS NO TRAJETO DA DOR –
um dos eletrodos devem estar
localizado na proeminência da raiz
nervosa. Ex: lombociatalgia.
✓ Dores pós-operatórias;
✓ Cervicalgias;
✓ Lombalgias;
✓ Dores por compressão tumoral;
✓ Dores articulares;
✓ Bursites;
✓ Tendinites;
✓ Miosites;
✓ Ciatalgias;
✓ Artrites;
FORMAS DE APLICAÇÃO
COLOCAÇÃO DOS ELETRODOS INDICAÇÕES
Os eletrodos usados são de diferentes tipos, eletrodos de carbono – esses eletrodos
necessitam de um gel eletro-condutor na sua superfície. A sua fixação se dá através de
fitas adesivas ou faixas elásticas, o que se torna difícil sua aplicação em determinadas
áreas e eletrodos autoadesivos – são de fácil aplicação e não necessitam de gel e nem
fitas para sua fixação.
O gel eletro-condutor deve ter propriedades coesivas, hipoalérgicas e boa condutância elétrica.
Nas últimas décadas, alguns autores observaram que além do efeito analgésico, a TENS pode
promover alteração da temperatura cutânea , aumento do fluxo sanguíneo local, e liberação de
neuropeptídeos vasodilatadores. Tais eventos podem estar relacionados aos efeitos da TENS no
reparo tecidual, no que se refere à cicatrização de feridas e à viabilidade de retalhos cutâneos.
PARÂMETROS
Frequência – 2 a 5 Hz
Largura de Pulso – 200 
a 250 us
Tempo – 50 a 60 min
Os eletrodos são 
aplicados de forma 
cruzada. A corrente 
deve atravessar a ferida.
Machado, et al (2016) e Machado, et al (2017)
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 7
MICROCORRENTES
A introdução das microcorrentes como
agente terapêutico se deve a sua
capacidade de interagir de forma natural
com os componentes celulares e nesse
sentido restabelecer as capacidades
energéticas, em especial, favorecer a
condutância e capacitância celular, fator
que tem atribuído o nome de bioestimulação
ou terapia bioelétrica devido à sua
capacidade para estimular a fisiologia
celular.
MICROCORRENTE CORRENTE ALTERNADA DESPOLARIZADA
MICROGALVÂNICA CORRENTE MONOFÁSICA POLARIZADA
MICRO = μA
O termo “micro” é comum entre essas
duas correntes, e está relacionada
somente com a intensidade da corrente
(microamperagem = μA).
Microcorrente é uma corrente aplicada
a uma intensidade muito baixa. Trata-
se de um tipo de eletroestimulação que
utiliza correntes com parâmetros de
intensidade na faixa dos microamperes
e são de baixa frequência, podendo
apresentar correntes contínuas (com
definição de pólo positivo e negativo) ou
alternadas (inversão de polaridade).
DEFINIÇÃO
HISTÓRICO
✓ Em 1977 comprovou-se um auxílio na
aceleração na consolidação óssea com
o uso da microcorrentes.
✓ Em 1982 foi apresentado o mecanismo de
ação das microcorrentes, onde
demonstrou o. aumento da
concentração de ATP, aumento da
síntese de proteína, aceleração do
transporte através da membrana
celular e outros efeitos a nível
intracelular.
✓ Em 1983 demonstrou-se a biossíntese
de colágeno dérmico e epidérmico em
porquinhhos de laboratórios, com uso das
microcorrentes.
MICROCORRENTES
▪ MET – Microcurrent Eletrical Therapy;
▪ MENS – Microcurrent Eletrical Neuromuscular Stimulators;
▪ Low-Intensity Stimulators.
A aplicação dos aparelhos de
microcorrentes ocorre em níveis que
não se consegue ativar as fibras
nervosas sensoriais subcutâneas,
consequentemente, os pacientes não tem
nenhuma percepção da sensação de
formigamento tão comumente associada
com aplicação eletroterápicos.
✓ Os controles de intensidade
normalmente permitem um ajuste de
amplitude em torno de 10 a 900
microamperes.
✓ Os controles de frequência
geralmente permitem ajusta-la de 0,5
Hz a 900 Hz.
CARACTERÍSTICAS
Observação: 1 miliamper = 1000
microamperes
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 8
RESTABELECIMENTO DA BIOELETRICIDADE TECIDUAL: o trauma afeta o potencial
elétrico das células do tecido lesionado. A correta aplicação das microcorrentes em um
local lesado pode aumentar o fluxo de corrente endógena. Isto permite à área
traumatizada recuperar sua capacitância. Com isso, a resistência do tecido lesionado é
reduzida, permitindo a entrada da bioeletricidade entrar para a área para restabelecer a
homeostase.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
SÍNTESE DE ATP (ADENOSINATRIFOSFATO):
A síntese de ATP é um fator essencial no processo
de cura. Grande quantidade de ATP, a principal
fonte de energia celular, são requeridas para
controlar funções primárias como o movimento dos
minerais vitais, como sódio, potássio, magnésio e
cálcio, para dentro e para fora das células. A
microcorrente atua diretamente na síntese de ATP,
levando a um aumento do ATP celular local em ate
500%.
Em condições patológicas
ocorre um desiquilíbrio no
gradiente iônico de ambos os
lados da membrana
plasmática celular. Tecidos
lesionados tem resistência
elétrica mais alta e também são
pobres em ATP.
A impedância elétrica causa uma
redução no suprimento sanguíneo,
oxigênio e nutrientes para o tecido,
resultando em hipóxia local,
isquemia e metabólitos nocivos que
levam à dor.
Como a microcorrente reabastece o nível
de ATP, os nutrientes podem novamente fluir
para dentro das células lesionadas e os
resíduos dos produtos metabólitos podem fluir
para fora das células. Isto é primordial para o
desenvolvimento saudável dos tecidos.
A ATP abastece os tecidos de energia necessária para produzir novas proteínas e
aumentar o transporte de íons através da membrana.
SÍNTESE DE PROTEÍNAS E
TRANSPORTE ATIVO DE AMINOÁCIDOS:
os aminoácidos são moléculas de certa forma
grandes para sofrer difusão através dos poros
das membranas celular. Então, o único
transporte significativo e facilitador pra
essa substância para o interior da célula é
através do transporte ativo. O aumento de
ATP disponível para a célula aumenta o
transporte de aminoácidos e
consequentemente aumenta a síntese de
proteínas. Estes processos são fundamentais
para o desenvolvimento saudável dos tecidos.
AÇÃO NO SISTEMA LINFÁTICO: uma
função do sistema linfático é a devolver as
proteínas plasmáticas do liquido intersticial
de volta à circulaçãosanguínea. A
microcorrente aumenta a mobilização de
proteína para o sistema linfático. Quando
são aplicadas microcorrentes em tecidos
traumatizados, proteínas carregadas são
postas em movimento, e a migração para
o interior dos tubos linfáticos torna-se
acelerada. A pressão osmótica dos canais
linfáticos é então aumentada, acelerando
a absorção de fluido do espaço intersticial.
transporte ativo é o que ocorre através da membrana celular com gasto de energia.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 9
Em consequência do restabelecimento da
bioeletricidade tecidual, o Sistema Nervoso
Central transmite uma mensagem de
diminuição do quadro álgico, diminuição esta
que e gradativa e cumulativa.
EFEITOS TERAPÊUTICOS 
O intracrescimento dos fibroblastod e o
alinhamento das fibras de colágeno foram
incrementados com a estimulação de
microcorrentes (corrente contínua – 20 e
100 microampères). A resposta máxima
dos fibroblastos foi observada nas
proximidades do catodo.
Num processo de cicatrização o polo
negativo de uma corrente direta deve
ser colocado sobre a ferida por sua
ação bactericida. Quando a ferida
deixar de ser infectada inverte-se a
polaridade do eletrodo sobre a mesma,
para que o polo positivo possa fazer a
promoção do reparo tecidual.
ANALGESIA ACELERAÇÃO DO PROCESSO DE 
REPARAÇÃO TECIDUAL
Embora a maioria dos estudos mencionam
que usa-se o polo negativo para inibir o
crescimento bacteriano e polo positivo para
promover a cura, estudos recentes
mencionam o uso de correntes que
alternam entre o polo positivo e o polo
negativo (correntes unipolares).
REPARO ÓSSEO – AUMENTO DA 
OSTEOGÊNESE
Eletrodos de aço com 5 a 20 microampères
obtiveram respostas positivas em relação ao
crescimento ósseo.
REDUÇÃO DE EDEMA
Podem ocorrer respostas positivas na
resolução do edema, devido ação no
sistema linfático, com o aumento da
absorção do liquido intersticial.TÉCNICA DE APLICAÇÃO
Deve ser aplicada preferencialmente sobre
o local da região a ser tratada.
Os efeitos das microcorrentes são
cumulativos, normalmente devem ser
realizadas várias sessões para que sejam
alcançados os resultados finais. Porém,
os resultados iniciais podem ser vistos
durante ou após as primeiras sessões.
PARÂMETROS DE MODULAÇÃO
Frequência:
- 100 a 200 Hz – para áreas mais superficiais
(pele, tendões e músculos superficiais).
- 600 a 1000 – tecidos mais profundos.
Intensidade: 80 a 100 microampères.
Intensidades entre 80 e 160 microampères
obteve efeitos positivos no reparo tecidual.
INDICAÇÕES
✓ Feridas;
✓ Rupturas miotendinosas;
✓ Tendinites;
✓ Tenossinovites;
✓ P.O imediato;
✓ Úlceras de decúbito;
✓ Síndromes dolorosas;
✓ Fraturas.
✓ Recuperação de
queimaduras;
✓ Fisioterapia
dermatofuncional
(estética).CONTRAINDICAÇÕES
Revitalização facial
✓ Alergia ou irritação à corrente elétrica;
✓ Sobre o útero gravídico;
✓ Eixo de marcapasso.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 10
ESTIMULAÇÃO NEUROMUSCULAR -
CORRENTE FES E RUSSA 
A Funtional Eletrical Stimulation (FES)
ou Estimulação Elétrica Funcional (EEF) –
é uma técnica destinada a produzir
contrações mediantes trens de pulso em
grupos musculares que desencadearão
movimentos e atividades e atividades de
vida diária, tais como: ficar em pé, andar,
etc.
A Estimulação Elétrica Funcional é
uma forma de tratamento que utiliza a
corrente elétrica para provocar a
contração de músculos paralisados ou
enfraquecidos decorrentes de lesões do
neurônio motor superior.
Nos pacientes imobilizados (longos
períodos de imobilização) a FES pode
ajudar a retardar e tratar as atrofias
muscular por desuso, manter ou ganhar a
amplitude dos movimentos articulares e
combater as contraturas, reduzindo assim,
o tempo de recuperação funcional do
indivíduo.
A FES tem como base a produção de
contração através de estimulação elétrica,
que despolariza o nervo motor,
produzindo uma resposta sincrônica em
todas as unidades motoras do músculo.
CARACTERÍSTICAS DO APARELHO
Os aparelhos podem ser portáteis ou
clínicos, e devem possui os seguintes
controles de ajustes:
▪ Largura de Pulso: em ms ou µs
(microssegundo ou milissegundo);
▪ Frequência: em Hz (Hertz);
▪ Tempo de Subida (RISE) do trem de pulsos;
▪ Tempo de Descida (DECAY) do trem de
pulsos;
▪ Tempo ON: tempo de contração muscular;
▪ Tempo OFF: tempo de repouso muscular;
▪ Intensidade da corrente: em mA
(miliampére) – deve ser suficiente para
produzir uma contração ampla e uniforme
dos musculo para auxiliar o movimento e
amplificar o esforço voluntário do
paciente. Deve-se ter cuidado com
intensidade alta, pois causa desconforto.
✓ FREQUÊNCIAS elevadas, acima de
150 Hz, acarretam fadiga muscular.
✓ DURAÇÃO DE PULSO abaixo de 100
µs ou 0,1 ms, são pouco eficazes
para gerar contração muscular.
✓ FREQUÊNCIAS muito baixas, abaixo
de 10 Hz, não permitem contração
muscular eficiente.
✓ DURAÇÃO DE PULSO superior a 500
µs ou 0,5 ms produzem sensações
desagradáveis.
As fibras musculares de contração
rápida, que se contraem
preferencialmente em resposta a
estimulação elétrica, fadigam-se e
atrofiam rapidamente com desuso. O
uso precoce da FES pode resultar em
uma recuperação funcional mais rápida
e maiores ganhos de força do que com
exercício somente.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 11
Os eletrodos são colocados na superfície
da pele e usados em pares. Um eletrodo é
colocado sobre o ponto motor do
músculo e o outro na extremidade distal ou
proximal para completar o circuito elétrico.
FES SINCRONIZADO: neste modo sincronizado os dois canais executam a estimulação
ao mesmo tempo.
FES RECÍPROCO: neste modo recíproco os dois canais executam a estimulação de
modo alternado.
FIBRAS MUSCULARES 
DO TIPO I
▪ Vermelhas (tônicas);
▪ Velocidade de contração lenta;
▪ Maior capacidade de metabolismo aeróbico;
▪ Responsáveis pela contração estática ou postural.
FIBRAS MUSCULARES 
DO TIPO II
▪ Brancas (fásicas);
▪ Velocidade de contração rápida;
▪ Anaeróbio e pouca resistência á fadiga por serem pobres 
em hemoglobina;
▪ Responsáveis pelas contrações dinâmicas com movimentos 
breves e pouca força.
▪ Frequência:
0 – 10 Hz: Aquecimento muscular
30 – 40 Hz: Fibras do tipo I
60 – 80 ou 100 Hz: Fibras do tipo II
110 – 150 Hz: Potencialização muscular
▪ Largura de Pulso ou Duração do
Pulso:
As indicações terapêuticas mais frequentes
na técnica FES são pulsos com duração de
200 – 500 us ou 0,2 a 0,5 ms.
Geralmente, o tempo OFF é 2x o tempo
ON, e o tempo de descida (DECAY) é igual
ao tempo de subida (RISE).
PARÂMETROS
INDICAÇÕES
✓ Espasticidade – A eletroestimulação é empregada no controle da espasticidade devido
ao mecanismo de inervação recíproca (excitação de um grupo muscular com
inibição dos seus antagonistas). A FES é indicada na espasticidade leve a moderada;
✓ Hemiplegia (AVE) – A FES promove recondicionamento muscular, redução da
espasticidade e reorganização do padrão motor;
✓ Facilitação Neuromuscular;
✓ Substituição Ortótica;
✓ Lesão Medular;
✓ Esclerose Múltipla / Esclerose Lateral Amiotrófica;
✓ Hipotrofia por Desuso.
CONTRAINDICAÇÕES
✓ Sobre seio carotídeo;
✓ Sobre área cardíaca;
✓ Espasticidade grave;
✓ Eixo do marca-passo;
✓ Desnervação motora entre a medula e a
área;
✓ Epilepsia;
✓ Gravidez;
✓ Osteoporose severa.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 12
CORRENTE RUSSA
A estimulação motora significa
produção de contração muscular pelo
uso do estímulo elétrico, podendo ser
uma estimulação da via de inervação
motora para obter uma contração muscular.
Características da corrente russa: é uma
corrente alternada, com frequência
portadora entre 2500 Hz e 5000 Hz (média
frequência), modulada em bursts, com baixa
frequência e é utilizada com fins
excitomotores.
Na nossa musculatura foram observados
basicamente 2 tipos de fibras musculares:
fásicas e tônicas, ou brancas e vermelhas,
sendo as brancas de velocidade e as
vermelhas de sustentação.
MODO DE EMISSÃO DA CORRENTE 
PELOS CANAISESPECIFICAÇÕES DA CORRENTE RUSSA
FREQUÊNCIA PORTADORA – 2500 Hz e
4000 Hz, é uma corrente de média frequência
que vai gerar a corrente de baixa frequência
para a estimulação muscular.
FREQUÊNCIA DE MODULAÇÃO – é a
frequência de ciclos por segundo, ou seja, é a
corrente de baixa frequência que será utilizada
para a estimulação muscular. Normalmente
varia de 0 a 150 Hz, mas alguns aparelhos
trazem um parâmetro fixo de 50 Hz.
Modo sincronizado – todos os canais
funcionam ao mesmo tempo, ou seja,
executam simultaneamente o tempo
escolhido de RISE, ON, DECAY e OFF.
Modo recíproco – os canais funcionam de
forma alternada (a corrente é emitida em um
grupo de canais, normalmente a metade do
número total, enquanto os canais restantes
ficam inoperantes).
Modo sequencial – A corrente é emitida
através dos canais de forma sequencial. É
utilizada normalmente para drenagem de
líquidos. O primeiro canal só cessa a
passagem do estímulo quando o segundo
estiver passando por estimulação, com isso,
não há possibilidade de refluxo de líquido.
Modo desobstrução – a estimulação é feita
de um canal para outro de maneira
sequencial e de forma crescente, e em
seguida de maneira inversa, de forma
sequencial decrescente.
Modo contínuo – a corrente é emitida em
todos os canais ao mesmo tempo de forma
ininterrupta. Quando selecionado o modo
contínuo, os parâmetros RISE, ON, DECAY
e OFF são desativados. É utilizado
geralmente para analgesia. Portanto, terá
uma sensação constante da corrente.
TRONCO E MEMBROS 
SUPERIORES
QUADRIL E MEMBROS 
INFERIORES
Fibras Tônicas
(Tipo I)
Largura de Pulso (us) 250 Largura de Pulso (us) 255
Frequência (Hz) 35 a 50 Frequência (Hz) 50 a 80
Fibras 
Mistas
Largura de Pulso (us) 250 Largura de Pulso (us) 255
Frequência (Hz) 50 a 80 Frequência (Hz) 50 a 80
Fibras Fásicas
(Tipo II)
Largura de Pulso (us) 250 Largura de Pulso (us) 255
Frequência (Hz) 65 a 100 Frequência (Hz) 65 a 100
SUGESTÃO DE PARÂMETROS - FES
Fonte: @fisioterapeutaconcurseira
Tempo ON – 6s
Tempo OFF – 12s
Rise – 3s
Decay – 2s
O tempo de 
eletroestimulação 
– 20 min ou até 
30 min.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 13
PARÂMETROS
✓ Para estimular as fibras tônicas (musculatura estática) - 20 a 30 Hz.
✓ Para estimular as fibras fásicas (que realize uma função mais dinâmica) - 50 a 150 Hz.
✓ Intensidade – a intensidade a ser utilizada deve produzir um alto nível de contração, ou
seja, uma contração muscular forte.
✓ Tempo de contração (tempo ON) – é o tempo de sustentação da contração,
normalmente vai de 0 a 30 segundos.
✓ Tempo de repouso (tempo OFF) – quando não há contração, normalmente vai de 0 a
30 seg.
✓ RISE (tempo de subida do pulso) – regula a velocidade da contração, ou seja, o
tempo desde o começo até a máxima contração muscular, tempos altos produzem uma
contração mais lenta e gradual. Tempos pequenos produzem uma contração mais
repentina (súbita), a rampa de subida do pulso varia de 1 a 20 seg.
✓ DECAY (tempo de descida do pulso) – Regula a velocidade com que a contração
diminui, ou seja, o tempo de desde a máxima contração ate o relaxamento muscular, a
rampa de descida varia de 1 a 20 seg.
DOSIMETRIA
O tempo de repouso não pode ser
inferior ao tempo de contração para
possibilitar uma recuperação do
músculo eletroestimulado.
▪ Prevenção de hipotrofia muscular;
▪ Escultura corporal estética (auxilia);
▪ Redução de edema crônico;
▪ Potencialização muscular em atletas.
INDICAÇÕES
POSICIONAMENTO DOS 
ELETRODOS
Os eletrodos geralmente são
colocados sobre a origem e a
inserção muscular, entretanto, a
resposta contrátil tende ser maior
quando os eletrodos estão sobre os
pontos motores.
Os eletrodos autoadesivos são os
mais recomendados e mais
adequados.
Os pontos motores são
caracterizados por áreas de maior
excitabilidade na pele, e que
consequentemente, necessitam de
menor quantidade de corrente para
que haja uma excitação
neuromuscular.
A eletroestimulação por ser realizada associada
ao exercício isotônico dinâmico (contração
voluntária).
Vantagens das correntes de média frequência,
em relação as de baixa frequência:
- Impedância menor, devido maior frequência;
- Desconforto diminuído, devido menor
impedância oferecida;
- Estimulação mais eficaz devido o recrutamento
maior do numero de fibras.
O músculo é essencialmente plástico e responde de
acordo com a demanda específica. Esta é a base para
se estabelecer os parâmetros corretos, visando
alcançar um objetivo específico.
Plasticidade da fibra muscular – o tamanho da fibra
muscular pode mudar e as fibras podem se converter
em outro tipo. Mudanças no tipo de músculo
esquelético ocorrem em resposta à frequência de
estimulação.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 14
ONDAS CURTAS
DIATERMIA POR ONDAS CURTAS
Diatermia – é uma técnica que consiste em
elevar a temperatura dos tecidos pela
passagem de uma corrente de alta
frequência através de uma região do corpo.
O calor é produzido pela resistência dos
tecidos à passagem da corrente elétrica.
ONDAS CURTAS – é uma corrente de alta
frequência (frequência operacional), cerca
de 27,12 MHZ com pulsos seinoidais, e
produz ondas eletromagnéticas. Nessa
frequência se perdem efeitos químicos e
biológicos da excitação neuromuscular.
EFEITO JOULE – que é a geração
de calor proporcionada pela passagem
da corrente de alta frequência pelas
estruturas orgânicas (tecidos com
elevado conteúdo de água, como
sangue e o tecido muscular). As
moléculas de água, íons e proteínas
submetem-se a rotações e oscilações
à passagem do campo elétrico
gerando calor.
COMANDOS BÁSICOS DO APARELHO
▪ Reguladores de potência: varia entre
100 a 1000 watt.
▪ Duração do pulso ou largura do
pulso: 25 a 400 us | 400 - 600 us.
▪ Regulador de Frequência – 15 a 800
Hz. O regulador de frequência só será
utilizado, quando se tratar de um
gerador de Ondas Curtas Pulsado.
▪ Temporizador em min: 10, 15 ou 20 min.
▪ Sintonizador.
DOSIMETRIA DO ONDAS CURTAS: 
Escala de Schliephake
Calor muito débil (GRAU I) –
imediatamente abaixo da sensação de
calor ou abaixo do limiar de sensibilidade.
Calor débil (GRAU II) – é a sensação de
calor imediatamente perceptível.
Calor médio (GRAU III) – é a sensação
clara e agradável de calor.
Calor forte (GRAU IV) – é a sensação de
calor no limite da tolerância.
ONDAS CURTAS CONTÍNUO – a emissão
contínua sempre estará gerando elevação
térmica com valores percebíveis pelo
paciente e nesses casos suas indicações
estarão reservadas para os processos
crônicos.
X
ONDAS CURTAS PULSADO – ocorre
através da interrupção das ondas continuas.
São chamadas também de ondas atérmicas
(ondas curtas sem o efeito térmico),
entretanto há controvérsias com relação a
isso, pois depende da frequência que é
implantada, frequência elevada pode gerar
algum efeito térmico. Indicado para fases
agudas e subagudas.
A dose é a quantidade de energia térmica
produzida durante um certo período de
tempo sobre uma determinada região, a
qual resultará os efeitos terapêuticos.
É muito importante que o profissional esteja
presente todo tempo da geração de energia,
orientando constantemente o paciente para que
não movimente o segmento tratado e que relate
a sensação térmica no caso da emissão
contínua, pois trata-se de um procedimento
somatório de energia absorvida, ou seja, quanto
mais tempo de exposição, maior será a
produção térmica.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 15
EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS
✓ Aumento da vascularização periférica com a
formação de neovasos;
✓ Aumento da atividade celular e no número de
células na zona da lesão;
✓ Aumento dos depósitos de colágeno e de sua
orientação;
✓ Aumento dos depósitos de fibrina e de sua
orientação;
✓ Redução de edema (fase aguda) e do
processo inflamatório;
✓ Diminuição do tempo de reabsorção dos
hematomas;
✓ Melhora o nível de polarização da membrana
celular;
✓ Aumento do crescimento e da reparação
nervosa periférica.
✓Efeito anti-inflamatório;
✓ Efeito antiespasmódico;
✓ Efeito analgésico;
✓ Diminuição da rigidez articular;
✓ Aumento da extensão do tecido
conectivo;
EFEITOS FISIOLÓGICOS E TERAPÊUTICOS DO OCP
PARÂMETROS
Ondas Curtas Pulsado
Fase aguda:
Frequência – entre 20 e 50 Hz.
Potência média – de até 20 W.
Dose sublimiar.
Tempo – 10 a 15 minutos.
Fase subaguda:
Frequência – entre 80 e 150 Hz.
Potência média – acima de 20 W.
Dose limiar.
Tempo – 15 a 20 minutos.
Fase crônica:
Frequência – entre 150 a 300 Hz ou
modo contínuo (ondas curtas contínuo).
Tempo – 10 a 20 minutos / até 30 min.
No caso Ondas Curtas de emissão pulsada,
existe uma formula que permite determinar o
valor dessa energia e para tal é necessário
conhecer os seguintes parâmetros disponíveis
no equipamento:
Wm = potência média (Watt)
Wp = potência de pico (Watt)
Dp = duração do pulso (ms) 
que varia de 0,4 a 0,6 ms.
F = frequência em Hz.
Com essas informações poderemos chegar aos
valores de potência permitidos para tratar os
processos inflamatórios agudos e
subagudos.
A dosagem estabelecida para OCP na literatura
internacional apresenta duas denominações,
limiar e sublimiar, determinadas pela equação
da potência média e também pela sensação
subjetiva.
Wm = Wp x Dp x F
A dose sublimiar não deve
ultrapassar a geração de 20W de
potência real, não deve promover
sensação perceptível pelo paciente e
está indicada para processos
inflamatórios agudos.
A dose limiar promove efeito térmico
levemente perceptível, essa
dosimetria esta indicada para
processos na fase aguda.
Infelizmente, alguns equipamentos
não apresentam estes comandos com
precisão.
Sistema de segurança para o ondas
curtas – GAIOLA DE FARADAY
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 16
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO DOS ELETRODOS 
O sinal de ondas curtas se aplica mediantes
dois eletrodos capacitivos, com duas
variantes.
✓ Placas Capacitadoras Flexíveis;
✓ Eletrodos de Schiliephake
TÉCNICA CAPACITIVA TÉCNICA INDUTIVA
PLACAS CAPACITADORAS FLEXÍVEIS
São placas metálicas flexíveis revestidas
com almofada de material plástico, borracha,
feltro ou espuma. Possuem tamanhos
variados (pequeno, médio e grande). E o
espaço entre a pele e o eletrodo é feito com
toalha ou cobertor (esse eletrodo não
poderá estar em contato direto com a pele,
necessita de um tecido não sintético,
especialmente feltro).
ELETRODOS SCHILIEPHAKE
São discos metálicos planos acoplados a
“braços” mecânicos que permitem
movimentos universais facilitando os
posicionamentos dos eletrodos nos
segmentos corporais a ser tratado. São
cobertos com um envoltório de vidro, plástico,
ou borracha, onde mantém uma distância
entre a pele e a placa capacitadora.
TÉCNICA DE UTILIZAÇÃO DOS ELETRODOS 
(MÉTODO CAPACITIVO)
Transversal (contraplanar) – um eletrodo
lateralmente e outro medialmente, ou um
eletro anterior e o outro posterior.
Longitudinal – Um eletrodo na parte
anterior da coxa (região distal) e o outro na
região plantar (paciente sentado).
Coplanar – Eletrodo no mesmo plano. Este
método promove uma terapêutica mais
superficial. Deve-se respeitar uma distancia
mínima de 8 a 10 cm entre as placas.
A terapia por ondas curtas utilizando o
método indutivo será aplicado por um
único eletrodo. Trata-se de um eletrodo
circular conhecido como bobina ou
tambor. Funciona como uma antena que
transmite o campo eletromagnético
para o interior dos tecidos. Essa
modalidade produz maior aquecimento
no tecido muscular.
INDICAÇÕES
✓ Afecções traumáticas (contusão,
entorse, etc.);
✓ Afecções musculares (mialgia,
contratura, espasmo, rupturas, etc.);
✓ Bursite, tendinite e capsulite;
CONTRAINDICAÇÕES
✓ Paciente portador de marca-passo;
✓ Gestantes, incluindo o profissional;
✓ Regiões hemorrágicas;
✓ Paciente com febre, mesmo o OCP;
✓ Região pré-cordial.
✓ Áreas isquêmicas por insuficiência
circulatória, ex: pé diabético.
✓ Pacientes com osteosínteses metálicas;
✓ Áreas com alterações sensitivas;
✓ Tromboses/aterosclerose;
✓ Tumores malignos;
✓ Doenças com degeneração de
cartilagem articular.
Nas patologias reumatológicas com
características degenerativas (artrite
reumatoide, espondilite anquilosante,
osteoartrite) a enzima colagenase é liberada
por leucócitos polimorfonucleares, que
destroem o colágeno na cartilagem articular.
Com OC, a colagenase se torna mais ativa,
devido aumento da temperatura local;
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 17
MICROONDAS
A diatermia por microondas é capaz de
produzir aumento de temperatura
tecidual, quando a mesma passa pela
resistência oferecida pelos tecidos, a isto
denominamos conversão. O aquecimento
produzido pela diatermia por microondas
pode ser observado tanto na superfície da
pele, quanto nos tecidos mais profundos,
O termo mais apropriado quando utilizamos
as ondas eletromagnéticas na faixa das
microondas com fins terapêuticos, é a
diatermia por microondas, onde diatermia
significa "produção de calor através de”.
A diatermia por microondas, é utilizada a
fim de aumentar a temperatura tecidual
dentro da faixa terapêutica e alcançar os
efeitos desejados para o paciente. Pela
sua eficiência na penetração nos tecidos
do organismo, a diatermia por microondas
é considerada como um tratamento de
calor profundo.
0 aparelho utilizado na produção de
microondas é composto de:
1) Uma válvula magnetron multicavitária;
2) Um cabo coaxial para a transmissão de
energia de alta freqüência até uma
antena;
3) Um sistema de direcionamento para a
transmissão da energia (através do ar)
até o paciente.
As microondas são uma forma de
radiação eletromagnética, e assim como
as ondas curtas, as microondas também
fazem parte do espectro eletromagnético,
cuja sua freqüência esta na faixa de 2450
MHz e comprimento de onda de 12,25
cm. Ela situa-se entre as ondas curtas e
as radiações geradas pelas lâmpadas
infravermelhas.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Os efeitos fisiológicos e terapêuticos da
diatermia por microondas são semelhantes
à diatermia por ondas-curtas, sendo que o
ondas curtas alcança uma maior
profundidade do que o microondas. A
diatermia por microondas poderá
penetrar cerca de 3 cm de
profundidade. A utilização da diatermia
por microondas nos tecidos, visa o
aumento do metabolismo local (Lei de
Van’T Hoff), aumento do fluxo sangüíneo,
vasodilatação, aumento do aporte de
oxigênio, antiflogístico/antiinflamatório,
analgésico, relaxamento das fibras
musculares, acelera a retirada de
catabólitos do local lesionado
(prostaglandinas, bradicininas, histamina e
ácido láctico), diminuição da viscosidade
do sangue.
O princípio de aquecimento das
microondas no organismo, é baseado na
vibração e no atrito intermolecular,
principalmente nos tecidos com grande
teor de água e eletrólitos.
DOSIMETRIA
Vai depender da intensidade de energia
aplicada versus o tempo de duração.
Assim como na diatermia por ondas
curtas, a quantificação é subjetiva e
baseia-se na sensação de calor referida
pelo paciente. Temos como parâmetros o
seguinte:
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 18
SENSAÇÃO
I - Não sente calor - 10 a 40% de potência
II - Início de sensação calórica - 40 a 80 % de potência
III- Sensação agradável de calor - 80 a 100 % de potência
IV- Sensação desagradável de calor - 100 a 120 % de potência
Como a sensação térmica do paciente é o principal referencial, o bom senso deve ser
utilizado. Comumente os distúrbios subagudos são tratados com baixas doses e uma
sensação térmica branda, durante 3 a 8 minutos. Já os distúrbios crônicos são
tratados por uma sensação de aquecimento confortável, durante 5 a 15 minutos. A
duração e frequência dos tratamentos dependeram dos objetivos e metas terapêuticas.
PREPARAÇÃO DO PACIENTE
1. Explique a finalidade do tratamento, e que o
paciente nunca deverá sentir-se "quente" no local
tratado;
2. Faça um teste para a sensibilidade dolorosa e
térmica do paciente, pois ele pode apresentar déficit;
3. Posicione o paciente adequadamentee
confortavelmente;
4. Retire todo material metálico do paciente a fim de
evitar queimaduras ou interferência da energia;
5. O local a ser tratado deve estar desnudo;
6. Ponha em prática as leis do quadrado inverso e co-
seno. Mantenha uma distância entre o aplicador e a
pele do paciente. Dependendo da intensidade
utilizada, esta distância pode variar entre 2 e 15 cm.
Caso exista saliências ósseas no local de tratamento,
tomar cuidado com o superaquecimento desta
estrutura.
7. Instrua o paciente para não se mover durante o
tratamento, pois mudanças de posição poderão
aumentar ou diminuir a quantidade de calor recebida,
devido a alteração da distância e/ou direção dos raios;
8. Aumente lentamente a intensidade do aparelho,
para que seja dado ao paciente tempo suficiente de se
acostumar aos efeitos da terapia;
9. Alerte ao paciente sobre os perigos do
superaquecimento;
10. Regule o timer do aparelho para o tempo desejado;
11. Ajuste o controle de potência;
12. Depois do aparelho ligado, não tocar no aplicador;
13. De tempo em tempo, pergunte se a temperatura
está agradável e sem riscos para queimaduras;
14. Tomar muito cuidado com aplicações em idades
extremas
INDICAÇÕES
• Analgesia;
• Acelerar a cicatrização de tecidos; 
• Reabsorção de hematomas e 
edemas; 
• Estimular a circulação sangüínea; 
• Relaxamento muscular; 
• Aumento da extensibilidade do 
colágeno, aumentando amplitude de 
movimento;
• Entorse sub-agudas ou crônicas; 
• Distensão muscular; 
• Tendinite; Tenossinovite; 
• Lombalgia e lombociatalgia; 
• Pós-imobilização;
CONTRAINDICAÇÕES
✓ Tumores malignos;
✓ Não submeter ao tratamento
pacientes portadores de
marcapassos e mulheres
gestantes;
✓ Áreas próximas ao coração, sobre
lesões hemorrágicas, área
isquêmica, alteração da
sensibilidade, olhos e testículos;
Alguns estudos também referem
alterações de crescimento nas
placas epifisárias, sendo assim
contraindicado em crianças.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 19
LASER
A denominação LASER é o acrônimo de
“Light Amplification by Stimulated Emission
of Radiation” (Luz Amplificada por
Emissão Estimulada de Radiação).
As moléculas do tecido capazes de
absorver radiação luminosa são
denominadas cromóforos. Essa
correspondência de interação dos
tecidos com a luz é referida pela lei de
Grotthus-Draper.
A potência tem fundamental importância nos
efeitos gerados, assim poderá ser
classificado em LASER de ALTA, MÉDIA e
BAIXA potência.
✓ LASER DE ALTA POTÊNCIA poderá
produzir temperaturas acima de 100°C.
✓ LASER DE MÉDIA POTÊNCIA gera
efeito térmico nas áreas tratadas cuja
temperatura tecidual se elevará em torno
de 60°.
✓ LASER DE BAIXA POTÊNCIA não gera
efeito térmico, e somente a fonte de luz
(espectro) que estimulará os
fotorreceptores não especializados
produzindo os efeitos de
fotobioestimulação e a partir de então
ocorre a conversão da energia luminosa
em energia bioquímica, seja inibindo a
transmissão de dor ou estimulando os
processos de regeneração tecidual.
São divididos em efeitos primários ou
diretos, secundários ou indiretos e
terapêuticos.
EFEITOS PRIMÁRIOS OU DIRETOS
DO LASER DE BAIXA POTÊNCIA:
✓ Efeito Bioquímico;
Liberação de substâncias pré-formadas:
- Bradicinina e Histamina - substâncias
vasodilatadoras
- B-endorfinas - diminuição da sensação
dolorosa;
Serotonina
- Estimula a produção de ATP;
- Inibição da produção de prostaglandinas
- Aumenta o número de leucócitos e da
atividade fagocitária e produção de
glicina e prolina.
✓ Efeito Bioelétrico;
- Através da estimulação da produção de
ATP potencializa ou normaliza a ação da
bomba de Na/K.
✓ Efeito Bioenergético;
- Reposição da energia orgânica perdida,
restabelecendo a normalidade funcional.
EFEITOS SECUNDÁRIOS OU
INDIRETOS DO LASER DE BAIXA
POTÊNCIA:
São provocados pelos efeitos primários ou
diretos:
✓ Estímulo à microcirculação
✓ Estímulo ao trofismo celular
EFEITOS TERAPÊUTICOS DO LASER
DE BAIXA POTÊNCIA:
▪ Antiinflmatório;
▪ Antiedematoso;
▪ Cicatrizante;
▪ Analgésico.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Os principais cromóforos cutâneos naturais
são a água, a melanina, a hemoglobina e a
oxihemoglobina.
Laser de Gases – uma câmara que possui uma
mistura gasosa é atravessada por uma corrente
elétrica, produzindo choque entre os átomos.
Laser de Diodo – o laser é a partir da
estimulação elétrica de um diodo semicondutor.
EFEITO DOSE
Analgésico 2 a 4 J/cm²
Antiinflamatório 1 a 3 J/cm²
Cicatrizante 3 a 6 J/cm²
Circulatório 1 a 3 J/cm²
✓ Laser de Hélio-Neônio (He-Ne);
✓ Laser de Arsenieto de Gálio (As-Ga);
✓ Laser de Arsenieto de Gálio-Alumínio
(AsGaAl);
✓ Laser Indio-Gálio-Alumínio-Fósforo
(InGaAlP ou AlGaInP).
Para conhecer o tempo de aplicação necessário
para uma certa dose de radiação laser, o
fisioterapeuta deverá saber:
✓ Qual a dose (J/cm²) deseja aplicar;
✓ Conhecer a potência (em watts) de emissão
utilizada (fornecida pelo fabricante do
aparelho);
✓ Conhecer o tamanho da área (em cm²) a ser
tratada;
✓ Tempo (segundos).
Quando a aplicação for por varredura,
normalmente são usado os lasers
vermelhos (HeNe e InGaAlP), o tempo
deve ser calculado.
TIPOS DE LASER UTILIZADOS NA 
FISIOTERAPIA
Há uma maior efetividade do laser
vermelho (He-Ne/InGaAlP) em lesões
superficiais e maior efetividade do laser
invisível (As-Ga/AsGaAl) em lesões
profundas.
Aplicação por pontos (de forma pontual):
consiste na irradiação de um determinado
ponto sobre o corpo do paciente. São
necessários vários pontos para que toda área
a ser tratada seja irradiada, e normalmente a
distância de um ponto para outro é de 1cm.
Aplicação por varredura: consiste na
aplicação onde se realiza movimentos,
fazendo com que a caneta aplicadora “varra”
toda a região a ser tratada.
DOSIMETRIA
A dosagem é medida em Joules/cm².
FASE DOSE
Aguda 1 a 3 J/cm²
Subaguda 3 a 4 J/cm²
Crônica 5 a 7 J/cm²
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 20
FORMA DE APLICAÇÃO
T(s) = Dose desejada(J/cm²) x Área (cm²)
Potência (w)
Nos aparelhos vendidos atualmente, o
tempo de aplicação já vem pré-determinado
para o uso nas aplicações por ponto. E,
quanto maior a potência, menor o tempo de
aplicação necessário em uma área.
INDICAÇÕES
Tendinite; Bursite; Fascite; Sinovite; Artrite;
Artrose; Pós cirurgia plástica; Acne; Ulceras
por Pressão, etc.
Nas aplicações pontuais, geralmente
sobre tendões, grupos musculares,
ossos, deve-se buscar o fechamento
da área com diversos pontos. Se
possível, buscar irradiar toda a
estrutura a ser tratada.
O método varredura somente deverá
ser utilizado em pequenas lesões
cutâneas.
A caneta deverá sempre ser mantida
na posição perpendicular à área.
CONTRAINDICAÇÕES
Tumores; Irradiação sobre os olhos; Úlceras
ou feridas infectadas.
No campo terapêutico, denominamos
ultrassom(US) as oscilações cinéticas ou
mecânicas produzidas por um transdutor
vibratório que se aplica sobre a pele,
atravessando-a e penetrando no organismo
em diferentes profundidades.
Os sons de frequência abaixo de 20Hz e
acima de 20.00 Hz são inaudíveis ao
ouvido humano, sendo denominados,
respectivamente, INFRA-SONS e ULTRA-
SONS.
Tecidos com alto conteúdo de proteínas
absorvem o US mais prontamente do que
aqueles com conteúdo de gordura alto, e
quanto maior a frequência maior a
absorção.
A absorção das ondas sonoras vai
depender basicamente de dois fatores:
frequência da onda sonora, e as
características do tecido.
O transdutor da onda ultrassônica é o
termo que designa todo dispositivo que
converte a energia eletromagnética em
energia mecânica. A transformação da
corrente elétrica em energia mecânica ou
vice-versa se denominou EFEITO
PIEZOELÉTRICO.
O tamanho do transdutor é conhecido
como E.R.A (Effective Radiating Area =
Área Efetiva de Emissão). O tamanho
dessa área de contato é medida em cm² e
consequentemente terá relação com o
tempo do tratamento, ou seja, quanto
menor a ERA maior o tempo de tratamento,
ou vice-versa. A intensidadede emissão
do ultrassom não é uniforme em toda
superfície do transdutor.
✓ Efeito Mecânico: micromassagem
celular - A movimentação dos tecidos
aumenta a circulação de fluidos intra e
extracelulares, facilitando a retirada de
catabólitos e a oferta de nutrientes;
✓ Aumento da Permeabilidade da
Membrana: alteração no potencial da
membrana e aceleração dos processos
osmóticos (difusão), e consequente
aumento do metabolismo. Este efeito é a
base para fonoforese;
✓ Efeito Térmico: A quantidade de calor
depende de alguns fatores – o regime de
emissão (modo continuo produz maior
calor que o pulsado), a intensidade, a
frequência e a duração do tratamento.
✓ Vasodilatação: liberação de substancias
vasoativas como histamina;
✓ Aumento do metabolismo: Lei de Van’t
Hoff;
✓ Ação Tixotrópica;
✓ Aumento das atividades dos
fibroblastos;
✓ Aumento da síntese de colágeno;
✓ Aumento da síntese de proteína;
✓ Estimulação da angiogênese;
(Os 4 últimos são importantes no
processo de reparação tecidual)
✓ Aumenta as propriedades
viscoelásticas dos tecidos conjuntivos,
facilitando o alongamento.
ULTRASSOM
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Anti-inflamatório;
Analgésico;
Antiedematoso;
Regenerador Tecidual;
Regenerador Ósseo.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA
EFEITOS TERAPÊUTICOS
21
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 22
US
PULSADO 
(3MHz)
16 Hz
100 Hz
CONTÍNUO 
(1MHz)
US Pulsado 16 Hz Fase Aguda
US Pulsado 100 Hz Fase Subaguda
US Contínuo Fase Crônica
A Dosimetria do US é a quantidade de
energia que deve ser emitida e absorvida
numa determinada área e tempo, medida
em W/cm².
DOSES RECOMENDADAS PARA 
USO DO ULTRASSOM 
Dose baixa 0,1 a 0,3 W/cm²
Dose média 0,4 a 0,6 W/cm²
Dose alta 0,7 a 1,2 W/cm²
No US utiliza-se frequências de:
✓ 1MHz (profundo): músculos, tendões
articulações.
✓ 3MHz (superficial): tratar tecido cutâneo
e adiposo.
As ondas ultrassônicas não se transmite no
ar, por isso deve utilizar um agente de
acoplamento (Exemplo: GEL). Os
movimentos com o transdutor podem ser:
▪ Circular; Longitudinal ou Transversal.
O transdutor deverá estar em contato
constante com a pele, com movimentos
lentos e rítmicos, exercendo pressão
constante contra a pele.
▪ Contato Direto;
▪ Subaquática;
▪ Bolsa de Água.
FORMA DE APLICAÇÃO
Fraturas;
Epicondilites;
Lombalgias;
Pontos-gatilho;
Contraturas, etc.
▪ US Contínuo (térmico);
▪ US Pulsado (atérmico),
O US possui um parâmetro chamado
Ciclo de Trabalho. O Ciclo de Trabalho
ou taxa de repetição, também conhecido
como duty cycle corresponde à relação
de trabalho do pulso (ON) e pausa (OFF)
. Possui valores em percentual 5%, 10%,
20% e 50% (principais valores 5 e 10%) e
de relação proporcional (2:8; 1:9; etc.).
O valor duty cicle permite incrementar a
dosimetria para aumentar a
profundidade de penetração da onda
ultrassônica sem aumentar ou produzir
elevação da temperatura tecidual. Essa
opção está indicada principalmente para
lesões especialmente na fase aguda,
mais profundas, considerando a
frequência de 1 MHz e 3 MHz.
INDICAÇÕES
CONTRAINDICAÇÕES
Neoplasias;
Gravidez;
“Implante Metálico”;
Olhos, Marcapasso etc.
MODO DE EMISSÃO
TEMPO DE APLICAÇÃO
O tempo máximo de aplicação por área
de tratamento é de 15 minutos, este
tempo refere-se a uma área tratada de 75
– 100 cm² (superfície máxima a ser tratada), e
estar relacionado com o tamanho da ERA.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 23
HIPOTERMOTERAPIA
A hipotermoterapia ou crioterapia é um dos
principais recursos recomendado no
tratamento imediato de lesões musculares.
O principal objetivo é reduzir a
temperatura tecidual pela retirada de
energia calórica, reduzindo assim o
metabolismo local e a necessidade de
consumo de oxigênio pelos tecidos.
CRIOTERAPIA
Processo inflamatório é uma reação do organismo a uma lesão dos tecidos. Em um
processo inflamatório a região atingida fica avermelhada e quente, isto ocorre devido a um
aumento do fluxo do sangue (mediado pela histamina) para o local, na área inflamada.
Também ocorre o acúmulo de células provenientes do sistema imunológico (leucócitos,
macrófagos e linfócitos), com dor localizada mediada por certas substâncias químicas
(Bradicinina) produzidas pelo organismo.
O aumento do fluxo do sangue
produz edema que ocorre a
partir do aumento da
permeabilidade vascular aos
componentes do sangue, o que
leva ao extravasamento do
líquido intravascular para o
espaço intersticial extracelular
A crioterapia reduz os riscos de
lesão por hipóxia secundária se
aplicado logo após as lesões
traumáticas, pois diminui as
necessidades de oxigênio das
células localizadas na região
traumática em virtude de
diminuição da oferta de sangue.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
✓ Vasoconstrição nos vasos sanguíneos cutâneos -
a velocidade em que essa vasoconstricção ocorre
indica que é um reflexo do sistema nervoso autônomo
disparado pela estimulação dos receptores térmicos
na pele. A viscosidade sanguínea aumenta devido ao
resfriamento e isto também contribui para a redução
da perfusão sanguínea.
✓ Redução do espasmo muscular por um mecanismo
reflexo e não direto, inibindo a condução nervosa
periférica, principalmente quando utilizada por
períodos de tempo prolongado.
✓ A redução da temperatura reduz a velocidade de
transmissão sensorial, podendo levar até a um
bloqueio de condução do nervo sensorial. Sendo
assim as sensações cutâneas são reduzidas com a
aplicação do frio.
✓ A redução do metabolismo celular, isto traz para
os tecidos lesionados uma condição de sobrevivência
maior, e consequentemente um reparo mais rápido da
lesão.
✓ Redução da dor;
A crioterapia diminui a
liberação das substâncias que
perpetuam a inflamação
(histamina).
A vasodilatação induzida
pelo frio é uma reação de
proteção aos tecidos dos danos
causados pelo resfriamento.
Devemos iniciar a crioterapia
ainda na fase aguda, nos
primeiros 5 (cinco) minutos
após lesão, a fim de alcançar
todos os benefícios da terapia.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 24
O tipo de resfriamento deste método é
superficial, e a vantagem e que a proteção de
borracha evita desconforto para pacientes
sensíveis ao frio. O tempo de aplicação está
em torno de 20 minutos. Nesta técnica a
temperatura da bolsa também tende a subir
pela troca calórica com os tecidos aquecidos
do corpo. Em relação ao local de aplicação,
pode ser em qualquer região do corpo.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
BOLSAS DE BORRACHA
COMPRESSAS FRIA (água fria) ou 
PANQUECA FRIA (gelo)
É a técnica mais utilizada na crioterapia,
pela facilidade na obtenção e aplicação do
resfriamento até mesmo pelos pacientes em
seus domicílios. Na compressa fria
molhamos uma toalha em água fria (com
pedras de gelo) e dobramos em forma de
uma compressa, e aplicamos diretamente no
local. Na panqueca fria ou panqueca de
gelo, executamos o mesmo procedimento da
compressa fria, só que adicionamos dentro da
toalha, gelo moído. Dobra-se a toalha em
forma de panqueca e aplica-se diretamente
na região a ser tratada. A duração das duas
técnicas estão em torno de 25 minutos.
SACO COM GELO
Esta técnica é bastante eficaz para
tratamentos superficiais e profundos. E
colocado gelo dentro de um saco plástico de
textura fina. O gelo deve ser moído ou
triturado. Devemos evitar o gelo em cubo,
pois dificulta a moldagem em extremidades.
Retiramos o ar do saco plástico, fechando-o
em seguida para a sua aplicação. A duração
do tratamento está em torno de 20 minutos.
BANHO DE IMERSÃO
É a imersão, em água gelada, de um
segmento corporal. Normalmente se
usa um recipiente grande, que possa
conter o segmento a ser tratado, cheio
de água, e onde são adicionadas, pedras
de gelo, até que chegue à temperatura
desejada para a terapia; 1ºC a 5ºC
para áreas menores e 10ºC a 15ºC
para áreas maiores. Normalmente
utiliza-se 30 min de imersão para
pequenas áreas e 20 min para áreas
maiores.
SPRAY
O Spray é uma técnica de resfriamento
que promove a redução da dor,
modificandoa entrada sensorial da dor. À
aplicação tópica no controle da dor
miofascial, movimento limitado,
espasmo muscular e controle de dor,
lesões no esporte, torcicolo, entorse
do tornozelo etc. A aplicação deve ser
feita a uma distancia de 20 a 30cm e
deve-se tomar cuidado com os olhos e
inalação.
A crioimersão consiste na imersão do
corpo ou segmento corporal em água com
gelo. Esta técnica vem sendo amplamente
utilizada por diversos atletas, inclusive por
lutadores, com objetivo de reduzir
dores musculares, edemas e otimizar a
recuperação pós-treino.
BANHO DE CONTRASTE
ÁGUA QUENTE X ÁGUA FRIA
Os primeiros 5 min, coloca-se o segmento
na água quente, em seguida intercala-se
em 1 em 1 minuto por 30 minutos (total),
onde os últimos 3 minutos são realizados
na água fria.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 25
A aplicação do frio de curta duração sobre a
pele induz no músculo que a atividade da
unidade motora aumente facilitando a
contração voluntaria em pacientes com
parestesia de origem central. A pele e o
músculo subjacente formam uma unidade
funcional, 0 qual torna possível estimular o
músculo através da pele.
CRIOESTIMULAÇÃO CRIOCINÉTICA
Sua maior evolução aconteceu na área
esportiva. Hoje a criocinética constitui
uma das formas mais eficientes de
tratamento nas lesões esportivas
agudas. A técnica consiste do uso do
frio para promover o resfriamento local
a ser tratado e permitir o exercício
ativo progressivo, sem dor.
COLD PACK – BOLSA TERMOGEL
Técnica: Pega-se um pedaço de gelo
(que caiba na mão) que não possua
superfícies pontiagudas, passe, de forma
vigorosa, de 1 a 3 vezes sobre o músculo
comprometido, no sentido da contração
muscular, e solicite ao paciente que contraia o
músculo estimulado em seguida. Pode-se
associar com a crioestimulação, o reflexo
de estiramento e o tapping, visando
potencializar a estimulaçãomuscular
O pacote de gel, consiste em uma bolsa de
vinil ou material plástico resistente contendo
uma substância gelatinosa capaz de absorver
e manter a baixa temperatura. O pacote de
gel é mantido a uma temperatura abaixo de
zero grau, e quando utilizado na terapia
mantém esta mesma temperatura, por um
período de tempo de aproximadamente 30 a
60 minutos. Está indicado para tratamento
de lesões superficiais e profundas. O seu
aquecimento, devido a retirada de calor do
corpo, é lento e consegue manter seu valor
terapêutico pelo período de tempo que durar
a terapia. A fim de prevenirmos possíveis
danos que este nível de temperatura pode
causar a pele, a duração da terapia deve
ser no máximo de 20 minutos.
INDICAÇÕES
▪ Espasticidade;
▪ Edema;
▪ Entorses;
▪ Contusões;
▪ Traumatismos agudos, sub-agudos e
crônicos;
▪ Coto de amputados;
▪ Processos inflamatórios (bursites,
tendinites, capsulites, sinovites, etc.);
▪ Artrose;
▪ Artrite reumatoide;
▪ Pós-cirurgias;
▪ Pré-cinesioterapia.
▪ Hipersensibilidade ao frio;
▪ Urticária ao frio;
▪ Acrocianoses (doença vascular que
deixa a pele das mãos com uma
coloração azulada ou roxa (cianose);
▪ Doença de Raynaud (doença que
afeta o fluxo sanguíneo nas
extremidades do corpo humano quando
submetidos a uma mudança de
temperatura inferior)
▪ Alterações circulatórias.
▪ Alterações cardiovasculares graves;
Hipertensão arterial severa não
controlada.
CONTRAINDICAÇÕES
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 26
HIPERTERMOTERAPIA
CONDUÇÃO EVAPORAÇÃO CONVECÇÃO RADIAÇÃO
MODALIDADES E AGENTES TERMOTERAPÊUTCOS
MECANISMOS DE TRANSFERÊNCIA TÉRMICA
CONDUÇÃO CONVECÇÃO RADIAÇÃO OU IRRADIAÇÃO CONVERSÃO
Compressas Duchas Infravermelho Radiofrequência
Bolsas Térmicas Saunas Forno de Bier Ondas Curtas
Parafina Estufas Microondas
Ultrassom
O calor superficial é a forma terapêutica
em que o calor do exterior é transferido
para a pele por meio de condução,
convecção ou radiação, e não se reflete
nos tecidos mais profundos, ex: tecido
muscular subjacente.
CALOR SUPERFICIAL
Pelo menos três fatores determinam as
reações fisiológicas da hipertermoterapia:
MODALIDADES TERAPÊUTICAS DE 
CALOR SUPERFICIAL
Nível de temperatura tecidual. A faixa
terapêutica aproximada é de 39º a 45ºC.
Duração da elevação de temperatura
tecidual e a velocidade da elevação da
temperatura. As reações térmicas se
pronunciam desde poucos minutos,
podendo levar tempos maiores e tem
relação com a forma de transferência
térmica que é própria de cada agente.
Tamanho da área tratada. Áreas
menores respondem mais rápida e
homogeneamente aos efeitos térmicos.
✓ FORNO DE BEER;
✓ BANHO DE PARAFINA;
✓ TURBILHÃO;
✓ COMPRESSAS QUENTES;
✓ BOLSAS TÉRMICAS.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 27
Ao submeter alguns tecidos às diferentes
modalidades de hipertermoterapia estaremos
produzindo determinados efeitos fisiológicos
que terão importância terapêutica:
✓ Aumento da temperatura local;
✓ Hiperemia e vasodilatação – o fluxo
sanguíneo é aumentado devido à dilatação
arteriolar e capilar pelo efeito térmico direto
ou por mecanismos reflexos axônicos;
✓ Eliminação de resíduos metabólicos;
✓ Relaxamento muscular por via reflexa
sensitiva – está relacionado com a atividade
das fibras gama no músculo e pelos pulsos
inibitórios a partir dos órgãos tendíneos de
golgi.
✓ Liquefação de fibroses e edemas densos;
✓ Ativação do sistema nervoso vegetativo
– o sistema neurovegetativo responde
simplesmente com vasodilatação local se o
calor for moderado; ou frente ao calor mais
intenso responderá com ativação do sistema
linfático (drenagem) e vasodilatação, exceto
nos casos de edema severo onde os
sistemas de evacuação estarão inibidos;
✓ Resposta do mecanismo de
autorregulação térmica - Caso a
intensidade de calor gerada seja moderada,
haverá estimulação do sistema
parassimpático que responde com suor,
sedação e relaxamento muscular. Se a
intensidade do calor é alta, ocorrerá
predomínio do simpático e então aparecerá
sinal de dor, irritação cutânea e contratura
muscular de defesa.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Em casos de contraturas articulares, a
aplicação térmica diminui a rigidez articular e o
desconforto do paciente e também altera
positivamente as propriedades viscoelásticas
das articulações.
O uso da hipertermoterapia sobre o
nervo periférico promove aumento do
umbral nociceptivo na região suprida
pelo nervo.
O sistema nervoso vegetativo controla 
processos da vida funções como: digestão, 
respiração, sistema cardiovascular, renal e 
glandular. É a porção do sistema nervoso
que atua, independentemente da vontade, 
do encéfalo e da medula espinal, regulando 
as funções vitais e as secreções dos 
órgãos internos.
Umbral Nociceptivo - é um receptor 
sensorial que envia sinal causando a 
percepção da dor.
CONTRAINDICAÇÕES
A hipertermoterapia possui
contraindicações absolutas e relativas:
✓ Regiões com alteração de
sensibilidade térmica, ou seja,
comprometimentos por denervações
ou outras alterações neurológicas;
✓ Processos inflamatórios agudos;
✓ Pós-operatório imediato;
✓ Paciente inconsciente;
✓ Região hemorrágica;
✓ Próximo a glândulas importantes, em
especial a tireóide;
✓ Febre;
✓ Artrite Reumatóide em fase aguda;
✓ Tratamento com anticoagulantes;
✓ Suspeita de processos tumorais;
✓ Nas regiões próximas de
tromboflebites e varizes;
✓ Gravidez;
✓ DIU metálico e período menstrual,
para as aplicações sobre a região
uterina;
✓ Suprimento vascular inadequado
(isquemia).
Serve de alerta e atenção
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 28
FORNO DE BEER
Quando o paciente é introduzido no seu interior,
cobre-se o equipamento com um cobertor de
flanela, para que haja um mínimo de perda de
calor do forno para o meio externo, através das
aberturas existentes em suas extremidades. Os
fornos são equipados com um termostato que
mantém, a temperatura constante dentro do
forno, provendo maior segurança terapêutica.
A temperatura de tratamento dependerá de alguns
fatores como: normoestesia térmica, sensibilidade
do paciente ao calor eárea a ser tratada. Uma
faixa de aplicação confiável fica em torno de 45 a
60 °C, isto produzirá nos tecidos a elevação da
temperatura em torno de 40 a 45 °C. Outro fato
importante é o tempo de aplicação. Para que o
efeito terapêutico seja atingido nos tecidos, é
importante que o tempo de aplicação fique em
torno de 20 a 30 minutos. Tempos inferiores
podem não serem suficientes para se conseguir os
objetivos de tratamento.
CUIDADOS:
• Verificar a sensibilidade térmica
• Retirar os objetos metálicos ou plásticos da área a ser
tratada
• Verificar a pele antes e depois da aplicação
• Não permita que paciente durma, pois diminui a
percepção térmica
• Alertar sobre o risco de queimadura
BANNHO DE PARAFINA
É um dos dispositivos mais antigos da
hipertermoterapia utilizados pela fisioterapia.
Consiste em uma peça confeccionada em
madeira, em forma de “U” ou hemicilindro,
aberto nas duas extremidades, forrado
internamente com uma camada de material
isolante e contendo em ambos os lados de sua
face interna resistores de níquel-cromo, protegidos
por uma placa de ardósia, a qual tem a finalidade
de evitar o contato direto do paciente com os
resistores, evitando queimadura e eletrocussão.
É uma forma de transferência de
calor superficial, em que se usa a
parafina derretida misturada com
óleo mineral a uma temperatura
entre 52°C a 54°C, com fins
terapêuticos. A parafina é uma
substância branca, em forma de
cera, obtida da destilação do
petróleo. Sua forma de
transmissão de calor é feita pela
condução. Os aparelhos de
aquecimento da parafina, para uso
profissional, são recipientes providos
de termostato para controlar a
temperatura, geralmente ajustados
no seu ponto de fusão. O ponto de
fusão da parafina gira em torno de
54°C.
O equipamento necessário para a
realização do banho de parafina é
composto por um tanque de aço
inoxidável, de vários tamanhos, e
um sistema de aquecimento com
resistência elétrica ou “banho Maria”,
para o derretimento da parafina. No
interior do recipiente se coloca
parafina no estado sólido. Se agrega
uma parte de óleo mineral (vaselina
ou glicerina) para cada dez partes
de parafina. Esta união de óleo
mineral com parafina permite
maior maleabilidade da parafina e
acelera seu derretimento.
TÉCNICAS DE APLICAÇÃO
✓ Imersão contínua;
✓ Imersão repetida;
✓ Enfaixamento;
✓ Pincelamento.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 29
IMERSÃO CONTÍNUA TURBILHÃO
Coloca-se a área a ser tratada em uma cuba
de parafina, com temperatura em torno de 42° a
50°C durante 30 minutos, sem retirar da cuba.
É uma forma de termoterapia
associada à hidroterapia em que se usa
a água de forma turbilhonada, a uma
pressão e temperatura
preestabelecidas, com finalidade
terapêutica. Os efeitos benéficos
produzidos pelos banhos de turbilhão
resultam da ação combinada do calor e
da suave massagem do
turbilhonamento da água. Sua forma de
transferência de calor é convecção. A
água deve estar a uma temperatura
entre 38° C e 40° C, pois assim produz-
se:
✓ Vasodilatação;
✓ Aumento da circulação sanguínea;
✓ Diminuição da pressão arterial;
✓ Aumento do metabolismo;
✓ Sedação e analgesia.
A bolsa termogel é aquecida em um
banho de água quente de
aproximadamente 75°C, envolvida em uma
toalha ou outro material apropriado e então
aplicada ao corpo. A temperatura final da
compressa deve ficar em torno de 40-42°C.
IMERSÃO REPETIDA
Coloca-se o segmento a ser tratado no tanque
de parafina, se for a mão, preferencialmente
com os dedos estendidos e abduzidos. Em
seguida retire-o e aguarde de 3 a 5 segundos
repetindo o processo durante 6 a 10 vezes até
formar uma “luva de parafina”. Por cima desta
luva enrole um plástico ou uma toalha a fim de
manter a temperatura local entre 20 e 30
minutos.
ENFAIXAMENTO
Passar a parafina com o auxílio de um pincel
na área a ser tratada. Enfaixar uma vez a região
com atadura; colocar outra camada de parafina
por cima da atadura e enfaixar novamente,
realizando o processo sucessivamente por 7 a 8
vezes/faixas. O paciente permanece com a
faixa durante 20 a 30 minutos.
Com a ajuda de um pincel, formar uma camada
espessa de parafina na área a ser tratada.
Depois cobrir com um plástico ou toalha a fim
de manter a temperatura. Duração do
tratamento entre 20 e 30 minutos. O método de
pincelamento é utilizado com menor
frequência e esta indicado para as regiões
difíceis de mergulhar diretamente na
parafina líquida como ombro, joelho,
cotovelo, etc. Também está indicada aos
pacientes que apresentam muita
sensibilidade ao calor e que não suportam a
imersão direta.
PINCELAMENTO
Após o uso da parafina medidas de higiene 
devem ser tomadas.
COMPRESSAS QUENTES
Tais compressas precisam ser
substituídas após aproximadamente 5
minutos. Deve-se mergulhar a toalha
em água quente, e logo em seguida
retirá-la. Deve-se fazer uma leve
torcedura na toalha a fim de retirar o
excesso de água. Se for conveniente,
pode-se repetir o processo 2 ou 3
vezes. Dobrar a toalha, para que fique
num tamanho adequado com a área a
ser tratada, e aplicar a compressa
diretamente no local a ser tratado por
20 a 25 minutos.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 30
INFRAVERMELHO
Os agentes físicos luminosos estão
classificados dentro do espectro
eletromagnético cuja projeção de um valor
de medida. A luz acima de 750 nm sai no
campo da percepção visual recaindo no
espectro infravermelho (IV).
A radiação infravermelha é classificada
como uma radiação termogênica. Vale
lembrar que é um agente termoterápico
de calor superficial.
A radiação infravermelho constitui uma
forma de aquecimento cuja penetração é
bastante controvertida, havendo um
consenso de atingir pequena profundida,
em torno de 3 a 5 mm.
EFEITOS FISIOLÓGICOS
Seus efeitos fisiológicos ocorrem à nível
local. Eritema de rápido aparecimento
ocasionado por vasodilatação cutânea em
função do aumento da temperatura local.
A intensidade do infravermelho é maior
quando a superfície a ser tratada esta
formando um ângulo reto com o gerador.
À medida que os raios incidem numa
direção oblíqua em relação à superfície
corporal, essa intensidade diminui.
EFEITOS TERAPÊUTICOS
✓ Antiinflamatório e de cicatrização –
devido o maior aporte de nutrientes e
células de defesa, decorrente do
aumento do fluxo sanguíneo.
✓ Analgesia;
✓ Relaxamento muscular – pela maior
irrigação sanguínea, facilitando a
preparação para cinesioterapia.
▪ A dosimetria é controlada através da
sensação subjetiva do paciente,
geralmente, orientado a manifestar
sensação agradável de calor.
▪ O tempo de duração do tratamento
varia entre 20 a 30 minutos.
▪ Distância entre a lâmpada e a área a
ser tratada varia entre 30 cm até 1
metro.
PARÂMETROS
INDICAÇÕES
✓ Contraturas musculares;
✓ Redução do espasmo muscular;
✓ Alívio de dor.
CONTRAINDICAÇÕES
✓ Áreas isquêmicas;
✓ Distúrbios de sensibilidade;
✓ Edemas;
✓ Hemorragias superficiais;
✓ Neoplasias;
✓ Infecções superficiais;
✓ Aplicação sobre os olhos.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 31
1. AGNE, Jones Eduardo. Eletrotermofototerapia. 4. ed. Santa
Maria, RS. 2017.
2. MACHADO, A. F P. et al. Effect of high- and low-frequency
transcutaneous electrical nerve stimulation on angiogenesis
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3. MACHADO, A. F P. et al. Effect of high- and low-frequency
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4. SÁ, Vagner Willian Batista. Prescrevendo Recursos da
Eletrotermofototerapia em Fisioterapia. Rio de Janeiro.
2007.
ELETROTERMOFOTOTERAPIA RESUMIDA 32
REFERÊNCIAS

Outros materiais