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Aula 28 - Particularidades da terapêutica

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Particularidades da Terapêutica 
Felina 
MSc Pillar Gomide do Valle 
Metabolismo de Drogas 
Um caso de adaptação não compreendida por 
veterinários! 
• FILO: Chordata. 
• CLASSE: Mammalia 
• ORDEM: Carnívora. 
• FAMÍLIA: Felidae. 
• NOME CIENTÍFICO: Felis catus. 
• CARACTERÍSTICAS: 
• Tempo de vida: até 20 anos. 
• Sexualmente maduro 9 ou 10 meses de idade. 
Mais um pouco de história 
• Osíris foi o primeiro Faraó e que ensinou aos homens 
as artes da agricultura e da civilização. 
• A partir daí iniciou-se a domesticação do gato que, 
segundo historiadores, data de mais de 9000 anos. 
• Os primeiros agricultores do Egito e de toda a região 
do crescente fértil viram no gato um auxiliar na 
manutenção dos grãos e cereais. 
• Eles eram muito importantes na caça aos ratos e aves 
que eram nocivos aos estoques de cereais dos egípcios. 
Mais um pouco de história 
• Acredita-se que o gato selvagem do Oriente Próximo (Felis 
silvestris lybica) seja o provável ancestral de todos os gatos. 
• É provável que as pessoas venham mantendo gatos como 
mascotes há mais de nove mil anos. 
• Os gatos foram tão importantes que, assim como os faraós, eles 
eram mumificados. 
• Existem muitas estátuas de bronze retratando a deusa gata 
Bastet. 
Mais um pouco de história 
• Como apenas uma das espécies de gato doméstico que existem 
atualmente (o gato abissínio) é semelhante a deusa-gata do 
Egito supõe-se que esta raça seja de origem egípcia. 
• Este gato apareceu pela primeira vez na Inglaterra, em 1868 e, 
talvez, seja descendente de um gato levado da Etiópia por algum 
diplomata inglês. 
O gato possui particularidades especiais 
• Originário de região desértica. 
• Oriundo de apenas uma região do planeta. 
• Carnívoro verdadeiro, com todas as suas 
adaptações para tal metabolismo. 
Gatos são adaptados a ambientes áridos. 
• O fato de concentrarem a urina visando 
manutenção de água corporal os predispõem a 
intoxicação por substancias potencialmente 
tóxicas solúveis em água 
• Isto é importante, por exemplo, na sua especial 
sensibilidade ao etilenoglicol. 
Gatos são adaptados a ambientes áridos. 
• Eles concentram a urina e se tornam 
especialmente sensíveis a drogas. 
• Cães e humanos desidratados também se 
tornam mais sensíveis a drogas hidrossolúveis. 
Gatos são adaptados a ambientes áridos. 
• Sua seletividade alimentar parece decorrer 
desta especial sensibilidade. 
• Entretanto, o homem os predispõem a 
fármacos, alimentos, acidificantes urinários..... 
Particularidades da Espécie 
• Seus hábitos de higiene os predispõe a intoxicação por meio de 
drogas tópicas. 
• O nº de radicais sulfidrílicos da cadeia β da molécula de 
hemoglobina dos animais está relacionado a susceptibilidade do 
animal à injuria oxidativa. 
• Enquanto humanos possuem apenas 2 radicais e os cães 4 , os 
gatos possuem 8 radicais sulfidrílicos e, portanto, são 
extremamente sensíveis ao estresse oxidativo e mais facilmente 
formam meta hemoglobina e corpúsculos de Heinz. 
• Corpúsculos de Heinz: Moléculas de hemoglobina 
desnaturada aderida a membrana do eritrócito e causando 
deformidades ao eritrócito. 
 
Particularidades da Espécie 
• É normal encontrar um pequeno número destas estruturas 
em sangue de felino. 
• O baço destes animais não é tão eficiente quando o de outras 
espécies em retirar estas células com inclusões da circulação. 
• Outras substancias que podem causar metahemoglobinemia 
em felinos é a benzocaína, o azul e metileno, fenoazopiridina, 
ácido para-aminobenzoico e cebolas. 
Particularidades da Espécie 
• O eritrócito dos felinos possui meia vida pequena, em relação 
a outras espécies domesticas (entre 66 a 79 dias) e isto eleva 
sua susceptibilidade anemias por depressores. 
• A elevada susceptibilidade dos gatos ao acetaminfeno esta 
relacionada a função deficiente (?) da conjugação com o Ac. 
glucurônico, diferentemente de humanos e cães que 
apresentam esta deficiência em hepatopatias. 
• A anemia induzida por cloranfenicol é reversível. 
Particularidades da Espécie 
• Via de conjugação com Ac. glicurônico é a mais importante via de 
detoxificação de xenobióticos. 
• Xenobióticos: Substâncias químicas estranhas a um organismo ou 
sistema biológico. 
• Por exemplo: esteroides, salicilatos, morfina e codeína. 
• Gatos domésticos, assim como leões e linces, possuem baixa atividade 
de glucuronil transferase 
• Não conseguem formar um número grande de conjugados com fenol, 
naftol ou morfina, mas formam com a bilirrubina , tiroxina, com vários 
esteróides e com a fenolftaleína. 
Particularidades da Espécie 
• Os gatos são altamente susceptíveis a intoxicação por aspirina 
(também dependente de Ac. glicurônico). 
• A meia vida deste fármaco em felinos e 3 a 4 vezes maior que 
no cão. 
Sensibilidade Felina 
• Gatos são extremamente sensíveis ao arsenicais, incluindo o 
arsenato de sódio dos inseticidas. 
• Gatos são extremamente sensíveis a inseticidas organoclorados de 
todos os tipos. 
• Gatos parecem ser sensíveis a maioria dos pesticidas a base de 
piretrinas e piretroides. 
• Gatos persas são mais susceptíveis que outras raças a banhos com 
inseticidas. 
• Gatos são completamente sensíveis a organofosforados. 
Conjugação de Ácidos Biliares. 
• A conjugação com a taurina existe em varias espécies animais. 
Entretanto, ela é especialmente ativa apenas em carnívoros. 
Gatos deficientes em taurina 
• Redução dos valores dos lipídeos. 
• Determinação dos níveis Séricos de colesterol em Gatos 
Submetidos à ração deficiente em Taurina. Almosny et al. Revista 
brasileira de ciência veterinária.1999. 
• A deficiência de arginina pode dificultar a síntese de outros 
metabólitos! 
Particularidades da Terapêutica 
• 1. Introdução 
• Extrapolação de indicações para o cão 
• Gatos não são pequenos cães!!! 
• Grande potencial: Reações adversas! 
• Evitar capsulas e comprimidos grandes. 
• Manipulação e diluições. 
Particularidades da Terapêutica 
• Absorção: 
• Discrepância na prescrição x administração 
• Mais sensíveis a odores e paladares 
• Tolerância do animal 
• Pratica e disponibilidade do proprietário 
• Demonstração na clinica 
• Comportamento de higiene: lambedura 
DROGAS DE USO TÓPICO 
• Fácil absorção: TOXICIDADE 
• Drogas lipossolúveis 
• Dose não controlada 
• CLOREXIDINE: Neurotoxicidade! 
 
Particularidades da Espécie 
• ABSORÇÃO VIA ORAL: 
• Alta primeiras 72h 
• Esvaziamento gástrico lento 
• Motilidade intestinal irregular 
• Elevado pH gástrico = acloridria 
• Dieta láctea = interação c/ drogas 
• Função biliar imatura = lipossolúveis 
• Antibióticos = alteração da flora 
Particularidades da Espécie 
• ABSORÇÃO POR VIA PARENTERAL 
• IM = reduzida massa muscular 
• IV = Preferível !!! 
• °T Ambiente = influencia na absorção 
• Retal = mais rápida de todas 
• Inalatória = absorção rápida 
Particularidades da Terapêutica 
• Distribuição: 
• VS: 70 mL/kg x 50 mL/kg 
 Desidratação mais fácil 
 Animais de deserto 
Particularidades da Espécie 
• DISTRIBUIÇÃO: 
• Elevado Fluido extracelular 
• Baixa Reserva de Gordura 
• Distribuição reduzida 
• Baixo nível Albumina 
• Baixo nível de Glicoproteína 
• Mais Forma livre e ativa da droga 
• REAÇÕES ADVERSAS!!! 
• Aumento da meia-vida da droga 
• Maior intervalo 
• Coração e Cérebro = Barreira Hematoncefálica 
• MAIS SUSCETÍVEIS A INTOXICAÇÕES 
 
Particularidades da Terapêutica 
• Metabolização: 
 Fase 1: inativação, manutenção ou ativação. 
• Fármacos lipossolúveis ou apolares. 
 Fase 2: conjugação 
• Glicuronização limitada. 
• Meia-vida prolongada de alguns fármacos. 
Particularidades da Espécie 
• TRANSFORMAÇÃO: 
• Sistema hepato-biliar imaturos 
• Baixa Depuração da droga 
• Aumento Meia-vida da droga 
• Aumento Concentração plasmática 
• Redução da dose em 30 a 50% e/ou aumento do intervalo 
• EXCREÇÃO: 
•Menor depuração 
• Meia-vida prolongada 
• Nefrotoxicidade mascarada 
 
 
Particularidades da Terapêutica 
• Excreção: mesmos cuidados em cães 
• Animais hipoproteinêmicos e com função renal prejudicada 
Fármacos: Reações adversas 
• 1. Formação lenta de glicuronídeos 
• Acido acetilsalicílico (Aspirina, Azulfin (D), Salicilato de 
Bismuto (D)) 
• Glicuronização limitada 
• Meia-vida prolongada, dose-dependente 
• 44,6 x 7,5 horas (gato x cão) 
• Inibe agregação plaquetária 
• Acidose metabólica: Ac. Lático 
• Hiperglicemia 
• ↓ Fluxo sangue para o estomago 
Fármacos: Reações adversas 
• Acido acetilsalicílico 
• Sinais de intoxicação: 
• > 300 μg/mL: 
– vomito, anorexia, febre, taquipneia, sialorreia 
– gastroenterite hemorrágica, icterícia 
– anemia, sinais neurológicos, óbito 
Tratando a intoxicação 
• 4 hs: 
– Indução do vômito. 
– Lavagem gástrica: bicarbonato de Sódio 3 a 4%. 
– Carvão ativado: 2g/kg orogástrico. 
• Ringer com lactato IV. 
• Bicarbonato de Sódio: 1 a 4 mEq/kg IV. 
• Ranitidina: 2,5 a 3,5 mg/kg IV, SC BID. 
• Sucralfato: 250 mg/gato PO BID. 
• Transfusão de sangue. 
Dosagens Recomendadas 
• Aspirina: 10,5 mg/kg a cada 48h 
• Azulfin: 5 a 10 mg/kg a cada 12horas 
• Salicilato de Bismuto: 
– 1 colher chá/100 mL de água filtrada (17,5mg/mL) 
– 1mL/kg PO ÷ 3-4 doses/3 dias 
AINES 
Elevado risco nefrotoxicidade 
Contra indicado > 6 semanas 
Outros AINES 
CONTRA INDICADOS 
• Ibuprofeno (Motrin), fenilbutazona (Mioflex), acido mefenamico 
(Ponstan), naproxeno (Flanax). 
• Toxicidade ocasional 
• Ibuprofeno: > 50mg/kg (Cão > 100mg/kg) 
• Glicuronização limitada 
• Vomito, depressão, letargia, gastrite, 
• IRA 
• Tratamento sintomático 
Opioides 
Droga de escolha 
Monitoramento constante 
Redução de 50% dosagem 
 
 
Opioides 
• Dependendo da dosagem e agente: 
• Excitação ou depressão 
• Morfina: 0,05 a 0,1 mg/kg SC, IM, IV q.4 h 
– Doses elevadas: excitação – efeito dopaminérgico. 
• Usar com fenotiazínicos. 
• Butorfanol: 
– 0,2 a 0,8 mg/kg SC, IM, IV q. 4h 
– 4 a 7 vezes mais potente do que a morfina 
– Analgésico fraco, leve depressão, midríase 
• Tramadol: 1,0 a 2,0 mg/kg PO BID/TID 
 
Opioides 
• Meperidina: 3,0 a 5,0 mg/kg SC, IM q. 1,5 a 2 h. 
– Transoperatório. 
• Buprenorfina: 0,005 a 0,02 mg/kg SC IM q. 8 h. 
– 30 a 100 vezes mais potente que a morfina. 
– Período de latência: 45 min. 
 
 
Opioides 
• Fentanil: 0,001 a 0,002 mg/kg IV q. 15 a 20 min 
• 75 vezes mais potente do que a morfina 
• Adesivos transdérmicos (Durogesic) 
• 12--‐24 hs para nível plasmático, trocar a cada 5 dias 
• 3,2 kg .........................nao recomendado 
• 3,2 a 6,8 kg.................25μg/h 
• 6,8 a 18,2kg...............50μg/h 
• 1. Tricotomia tórax lateral ou cervical dorsal 
• 2. Não usar álcool ou lavagem 
• 3. Remover o adesivo com cuidado 
• 4. Aplicar na área tricotomizada 
• 5. Comprimir por 2 minutos 
• 6. Bandagem? 
Anestésicos 
• TIOPENTAL: 
• Resposta exagerada 
• Gordura corporal 
• Metabolização hepática 
• Usar baixa dose! 
• DIAZEPAN/QUETAMINA 
• Excreção renal 
• Meia-vida prolongada 
Alguns Antibióticos 
• AMINOGLICOSÍDEOS: 
o Injúria renal 
o Difícil monitorar lesões renais 
• TETRACICLINA 
o Alterações ossos em crescimento 
o Esmalte dentário 
o Hepatotóxica 
• FLUOROQUINOLONAS 
o Destruição de cartilagens 
o Degeneração de retina > 5,0mg/Kg 
• SULFONAMIDAS: 
o Supressão de MO 
Alguns Antibióticos 
• METRONIDAZOL: 
o Ultrapassa a barreira hematoencefálica 
o Redução da dose 
o Aumento do intervalo 
 
• MAIS INDICADOS – BETA LACTÂMICOS - Intervalos de 12 horas 
Alguns Antibióticos 
• Cloranfenicol (Quemicetina®) 
• Deficiência metabolização hepática 
• Meia‐vida prolongada, dose‐dependente 
• Discrasias sanguíneas: 
– Hipoplasia medular 
– Vacuolização celular 
• Anorexia, vomito, diarreia, desidratação 
• Tratamento sintomático 
• Dosagem segura: 25 a 50 mg/gato PO BID 7‐10 dias (máximo)‐SNC 
Alguns Antibióticos 
• Estreptomicina® (Pentabiótico®) CONTRA‐INDICADA 
• Neurotoxico em gatos 
• Sinais neurológicos, perda da audição 
• Altas doses: parada respiratória 
• Cuidado com associações 
Antifúngico 
• Griseofulvina (Fulcin®) 
• Afeta células em replicação ativa 
• Associação com FIV 
• Gestantes: teratogênico 
• Anemia, leucopenia, vômito, diarreia 
• Prurido, febre, sinais neurológicos 
• Descontinuar terapia 
• Tratamento sintomático 
• Monitoração hematológica 
Drogas Cardiovasculares 
• DIFÍCIL DOSAGEM: 
• Imaturidade individual do SNA 
• Avaliar resposta ao tto 
• Monitoramento contínuo da função hemodinâmica 
• Elevações FC (dopamina, dobutamina): 9-10 semanas 
• Atropina/lidocaína: redução da resposta 
• MIOCÁRIO: 
• Aumento Débito cardíaco 
• Aumento Contratilidade/força de contração 
• NEONATO 
• Aumenta FC = Aumenta Débito Cardíaco 
• DROGAS que baixem FC DEVEM SER EVITADAS 
 
Acaricida 
• Benzoato de benzila (Acarsan®) - CONTRA‐INDICADO 
• Escabiose e pediculose humana 
• Toxico para gatos 
• Dor abdominal, vômito, diarreia 
• Convulsões, excitação 
• Banhos e suporte 
Organofosforados 
• CONTRA‐INDICADO 
• Gatos são mais sensíveis. 
• Coleiras antipulgas (diclorvos). 
• Acumulo de acetilcolina: 
• Miose, salivação e fasciculação muscular. 
• Convulsões, acidose metabólica. 
• Sulfato de Atropina: 0,1 a 0,2 mg/kg IV L q. 10 min. 
• Diminuição dos tremores: a cada 60 min. 
• Pralidoxima (Contrathion): 6 a 8 h 20 mg/kg IV repetir após 60 min. 
• Diazepam (Valium): 0,5 a 1,5 mg/kg IV IM. 
• Bicarbonato de Na: 5 mEq/kg IV 2,5 mEq/kg IV q. 10 a 20 min 1h. 
• Evitar fenotiazínicos, morfina e barbituratos. 
Enemas à base de fosfato (Fleet Enema®) 
• Contra indicados para cães e gatos 
• Absorção ativa do fosfato de sódio: 
• Hipernatremia, hipocalcemia, hiperfosfatemia 
• Depressão, ataxia, mucosas, pálidas 
• Vomito, gastroenterite hemorrágica, coma 
• Fluido: Dextrose 5% 
• Calcio (Gluconato de Ca): 5 a 10 mg/kg/h IV 
Iodo e Iodóforos 
• Toxico: lambeduras 
• Prostração, anorexia, úlceras linguais 
• Distúrbios gastrintestinais, hipotermia 
• Sintomático, demulcentes orais 
• Tópico: 1 a 10% necrose tecidual 
• Diluir! 
• 0,1 a 0,5% 
Compostos Fenólicos 
• Dipirona, Propofol (Diprivan), Hexaclorofeno. 
• Deficiência metabolização hepática 
• Conjugação com acido glicurônico 
• Detoxificação com sulfato 
• Acumulo de quinonas toxicas 
• Inibem “respiração” mitocondrial 
 Dipirona: 
• Metabolizacao lenta em doses ↑ 
• 4‐metilaninoantipirina e 4‐aminoantipirina 
• 25 mg/kg SC, IM, IV q. 8--‐12 h 
Compostos Fenólicos 
 Propofol 
• Não usar vários dias consecutivos 
 Hexaclorofeno 
• Germicida, enemas 
• Permanece na pele após lavagem 
• Não usar em filhotes, feridas abertas 
• Não usar na insuficiência hepática e renal 
• Vomito, anúria, depressão, ataxia 
• Suporte, banhos, lavagem gástrica, catárticos 
Fármacos: Metemoglobina 
Suscetibilidade do eritrócito felino as lesões oxidativa. 
• Numero de grupos Hb‐sulfidril reativos: 
• Homem: 2 grupos 
• Cão: 4 grupos 
• Gato: 8 a 20 grupos 
GLUTATIÃO: GUARDIÃO DO ERITROCITO → OXIDADOS POR 
PEROXIDOS ENDOGENOS E REDUZIDO NOVAMENTE. 
• SUBSTÂNCIAS OXIDATIVAS → GLUTATIÃO = PROTEÇÃO → 
DEPLECAO DAS QUANTIDADES DE GLUTATIÃO → GRUPOS Hb--
‐SULFIDRIL SÃO ATINGIDOS → OXIDAÇÃO DO FERRO DA 
HEMOGLOBINA: Fe 2+ Fe 3+ → ANEMIA HEMOLITICA, 
METEMOGLOBINEMIA E CORPUSCULOS DE HEINZ 
Fármacos: Metemoglobina 
• Paracetamol/Acetaminofen –fenacetina 
• CONTRA‐INDICADO 
• Tylenol, Dorico, Buscopan Plus 
• Antipirético e analgésico 
• 1 comp. 500mg ou 2 comp. 325 mg (4h) 
• 50 a 60 mg/kg (10 mg/kg *2) 
• Cão: 100 mg/kg = hepatotoxicidade 
• Deficiência das glicuroniltransferases 
• Acumulo de N –acetil–p–benzoquinona 
• GlutatiÃo hepático e dos eritrócitos esgotados 
• Lesões oxidativas: eritrócitos e hepatocelular 
• Paracetamol/Acetaminofen–fenacetina 
• Sinais Clínicos: 
 Anorexia 
 Vomito 
 Ptialismo 
 Edema subcutâneo 
 Icterícia 
 Cianose 
 Taquipneia 
 Hipotermia 
• Paracetamol/Acetaminofen –fenacetina 
• Tratamento: 
• Oxigenoterapia 
• Transfusões sanguíneas 
• Aparecimento dos efeitos tóxicos: 
• Metemoglobinemia: 2 a 4 hs 
• Corpúsculos de Heinz logo depois 
• Enzimas hepáticas: 24 a 36 hs 
• Objetivos do tratamento: 
• Repor glutatião 
• Metemoglobina → hemoglobina 
• Prevenir necrose hepática 
• Paracetamol/Acetaminofen –fenacetina 
• Indução do vomito (‐4h) 
• Carvão ativado: 2g/kg orogástrico (4--‐6h) 
• Fluidoterapia de suporte 
• N--‐acetilcisteina (Fluimucil): 140 – 280 mg/kg (0,7 mL a 20%) 
depois 70 – 140 mg/kg q. 4 hs IV lento (diluído dextrose 5%) ‐ 3 a 
5 ttos ou PO (evitar com carvão ativado) se liga ao paracetamol: 
↑ eliminação precursor de glutatião (cisteína). 
• Paracetamol/Acetaminofen –fenacetina 
• S--‐Adenosil--‐Metionina (SAMe) “nutracêutico” 
• Essencial em + de 40 reações 
• Ação anti-inflamatória/antioxidante - Reparação celular 
• Integridade de membranas celulares (física & funcional). 
• Indicações: 
– Intoxicação por paracetamol 
– Injurias necro‐inflamatórias 
– Prevenção ou tratamento de hepatotoxicose (farmacos, cobre) 
– Processos inflamatórios 
– Anemia decorrente de doença hepática 
• Doses: 
– Gatos: 180mg PO SID ou BID 
– Manipular capsulas entéricas 
– Administrar em jejum 
– Toxicidade: sem efeitos adversos 
• Paracetamol/Acetaminofen –fenacetina 
• Acido ascórbico (Vit. C): 30 mg/kg SC, IV q. 6hs – 7 doses 
(cianose) 
• Metemoglobina → hemoglobina 
• Cimetidina: 5-10 mg/kg PO, IV q 6-8h 
• Inibe oxidação citocromo p‐450 fígado 
• Forma metabolitos não tóxicos 
Intoxicação 
Intoxicação 
24 horas após 
Fármacos: Metemoglobina 
• Benzocaína - CONTRA-INDICADA 
• Cepacaina, Colubiazol Spray 
• Dessensibilização da laringe - intubação 
• Controle de prurido 
• Mesmos sinais clínicos e tratamento 
• Usar xilocaína 
Fármacos: Metemoglobina 
• Antissépticos e analgésicos das vias urinárias 
• CONTRA-INDICADOS 
• Azul de metileno (Sepurin, Mictasol) 
• Fenazopiridina (Pyridium, Urotril) 
• Hemólise e Corpúsculos de Heinz 
• Dispneia, mucosas pálidas ou ictéricas 
• Urina: azulada ou alaranjada 
• Anemia: 2 a 15 dias (16,2 mg/gato/dia) 
• Transfusão sanguínea e suporte 
Fármacos: Cuidado!!! 
• Progestágenos sintéticos: tumor de mama 
• Enrofloxacina: cegueira, idosos, ↑ doses 
 - Diluir se via SC, evitar via IV 
• Metronidazol: sinais SNC, ↑ doses 
 - Não utilizar se debilitados ou hipoproteinêmicos 
• Azatioprina: imunossupressão grave 
• Cisplatina, fluoruracila: óbito 
Entenderam? 
Decoraram? 
Tá! Vamos resumir? 
Resumo 
AJUSTE DE DOSE 
• AAS 
• Opioides 
• Cloranfenicol 
• Griseofulvina 
• Iodo/iodoforos 
• Dipirona 
• Propofol 
• Hexaclorofeno 
Resumo 
Contra - Indicados 
• Alguns AINE’S 
• Estreptomicina 
• Benzoato de benzila 
• Organofosforados 
• Enemas - fosfato 
• Paracetamol 
• Benzocaína 
• Antissépticos urinários 
• Cisplatina, fluoruracila 
GATOS VOMITAM! 
Nem tudo é doença! 
Conclusões 
• O gato não pode ser visto como pequeno cão. 
• Instalações e atendimento diferenciado. 
• Comum haver intoxicações por medicações. 
• Particularidades de biotransformação. 
• Susceptibilidade de oxidação da hemoglobina. 
• Aumento do número de felinos atendidos. 
Literatura recomendada 
1. The toxicity of selected therapeutic agent used in cats. Veterinary Medicine, v.75, 
n.7, p.1133--‐1141, 1980. 
2. Drug therapy in cats. Mechanisms and avoidance of adverse drug reactions. Journal 
of the American Vetrerinary Medical Association, v. 196, n. 8, p.1297--‐1306,1990. 
3. Metabolismo de drogas e terapêutica no gato: revisão. Clínica Veterinária, n.27, 
p.46--‐53, 2000. 
4. Pharmacologic considerations in the cat. Feline Practice, v.22, n.2, p. 14‐18, 1994. 
5. N--‐Acetylcysteine. Compendium on Continuing Education for the Practing 
Veterinarian, v.25, n.4, p.276--‐278, 2003. 
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