Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
Particularidades da Terapêutica Felina MSc Pillar Gomide do Valle Metabolismo de Drogas Um caso de adaptação não compreendida por veterinários! • FILO: Chordata. • CLASSE: Mammalia • ORDEM: Carnívora. • FAMÍLIA: Felidae. • NOME CIENTÍFICO: Felis catus. • CARACTERÍSTICAS: • Tempo de vida: até 20 anos. • Sexualmente maduro 9 ou 10 meses de idade. Mais um pouco de história • Osíris foi o primeiro Faraó e que ensinou aos homens as artes da agricultura e da civilização. • A partir daí iniciou-se a domesticação do gato que, segundo historiadores, data de mais de 9000 anos. • Os primeiros agricultores do Egito e de toda a região do crescente fértil viram no gato um auxiliar na manutenção dos grãos e cereais. • Eles eram muito importantes na caça aos ratos e aves que eram nocivos aos estoques de cereais dos egípcios. Mais um pouco de história • Acredita-se que o gato selvagem do Oriente Próximo (Felis silvestris lybica) seja o provável ancestral de todos os gatos. • É provável que as pessoas venham mantendo gatos como mascotes há mais de nove mil anos. • Os gatos foram tão importantes que, assim como os faraós, eles eram mumificados. • Existem muitas estátuas de bronze retratando a deusa gata Bastet. Mais um pouco de história • Como apenas uma das espécies de gato doméstico que existem atualmente (o gato abissínio) é semelhante a deusa-gata do Egito supõe-se que esta raça seja de origem egípcia. • Este gato apareceu pela primeira vez na Inglaterra, em 1868 e, talvez, seja descendente de um gato levado da Etiópia por algum diplomata inglês. O gato possui particularidades especiais • Originário de região desértica. • Oriundo de apenas uma região do planeta. • Carnívoro verdadeiro, com todas as suas adaptações para tal metabolismo. Gatos são adaptados a ambientes áridos. • O fato de concentrarem a urina visando manutenção de água corporal os predispõem a intoxicação por substancias potencialmente tóxicas solúveis em água • Isto é importante, por exemplo, na sua especial sensibilidade ao etilenoglicol. Gatos são adaptados a ambientes áridos. • Eles concentram a urina e se tornam especialmente sensíveis a drogas. • Cães e humanos desidratados também se tornam mais sensíveis a drogas hidrossolúveis. Gatos são adaptados a ambientes áridos. • Sua seletividade alimentar parece decorrer desta especial sensibilidade. • Entretanto, o homem os predispõem a fármacos, alimentos, acidificantes urinários..... Particularidades da Espécie • Seus hábitos de higiene os predispõe a intoxicação por meio de drogas tópicas. • O nº de radicais sulfidrílicos da cadeia β da molécula de hemoglobina dos animais está relacionado a susceptibilidade do animal à injuria oxidativa. • Enquanto humanos possuem apenas 2 radicais e os cães 4 , os gatos possuem 8 radicais sulfidrílicos e, portanto, são extremamente sensíveis ao estresse oxidativo e mais facilmente formam meta hemoglobina e corpúsculos de Heinz. • Corpúsculos de Heinz: Moléculas de hemoglobina desnaturada aderida a membrana do eritrócito e causando deformidades ao eritrócito. Particularidades da Espécie • É normal encontrar um pequeno número destas estruturas em sangue de felino. • O baço destes animais não é tão eficiente quando o de outras espécies em retirar estas células com inclusões da circulação. • Outras substancias que podem causar metahemoglobinemia em felinos é a benzocaína, o azul e metileno, fenoazopiridina, ácido para-aminobenzoico e cebolas. Particularidades da Espécie • O eritrócito dos felinos possui meia vida pequena, em relação a outras espécies domesticas (entre 66 a 79 dias) e isto eleva sua susceptibilidade anemias por depressores. • A elevada susceptibilidade dos gatos ao acetaminfeno esta relacionada a função deficiente (?) da conjugação com o Ac. glucurônico, diferentemente de humanos e cães que apresentam esta deficiência em hepatopatias. • A anemia induzida por cloranfenicol é reversível. Particularidades da Espécie • Via de conjugação com Ac. glicurônico é a mais importante via de detoxificação de xenobióticos. • Xenobióticos: Substâncias químicas estranhas a um organismo ou sistema biológico. • Por exemplo: esteroides, salicilatos, morfina e codeína. • Gatos domésticos, assim como leões e linces, possuem baixa atividade de glucuronil transferase • Não conseguem formar um número grande de conjugados com fenol, naftol ou morfina, mas formam com a bilirrubina , tiroxina, com vários esteróides e com a fenolftaleína. Particularidades da Espécie • Os gatos são altamente susceptíveis a intoxicação por aspirina (também dependente de Ac. glicurônico). • A meia vida deste fármaco em felinos e 3 a 4 vezes maior que no cão. Sensibilidade Felina • Gatos são extremamente sensíveis ao arsenicais, incluindo o arsenato de sódio dos inseticidas. • Gatos são extremamente sensíveis a inseticidas organoclorados de todos os tipos. • Gatos parecem ser sensíveis a maioria dos pesticidas a base de piretrinas e piretroides. • Gatos persas são mais susceptíveis que outras raças a banhos com inseticidas. • Gatos são completamente sensíveis a organofosforados. Conjugação de Ácidos Biliares. • A conjugação com a taurina existe em varias espécies animais. Entretanto, ela é especialmente ativa apenas em carnívoros. Gatos deficientes em taurina • Redução dos valores dos lipídeos. • Determinação dos níveis Séricos de colesterol em Gatos Submetidos à ração deficiente em Taurina. Almosny et al. Revista brasileira de ciência veterinária.1999. • A deficiência de arginina pode dificultar a síntese de outros metabólitos! Particularidades da Terapêutica • 1. Introdução • Extrapolação de indicações para o cão • Gatos não são pequenos cães!!! • Grande potencial: Reações adversas! • Evitar capsulas e comprimidos grandes. • Manipulação e diluições. Particularidades da Terapêutica • Absorção: • Discrepância na prescrição x administração • Mais sensíveis a odores e paladares • Tolerância do animal • Pratica e disponibilidade do proprietário • Demonstração na clinica • Comportamento de higiene: lambedura DROGAS DE USO TÓPICO • Fácil absorção: TOXICIDADE • Drogas lipossolúveis • Dose não controlada • CLOREXIDINE: Neurotoxicidade! Particularidades da Espécie • ABSORÇÃO VIA ORAL: • Alta primeiras 72h • Esvaziamento gástrico lento • Motilidade intestinal irregular • Elevado pH gástrico = acloridria • Dieta láctea = interação c/ drogas • Função biliar imatura = lipossolúveis • Antibióticos = alteração da flora Particularidades da Espécie • ABSORÇÃO POR VIA PARENTERAL • IM = reduzida massa muscular • IV = Preferível !!! • °T Ambiente = influencia na absorção • Retal = mais rápida de todas • Inalatória = absorção rápida Particularidades da Terapêutica • Distribuição: • VS: 70 mL/kg x 50 mL/kg Desidratação mais fácil Animais de deserto Particularidades da Espécie • DISTRIBUIÇÃO: • Elevado Fluido extracelular • Baixa Reserva de Gordura • Distribuição reduzida • Baixo nível Albumina • Baixo nível de Glicoproteína • Mais Forma livre e ativa da droga • REAÇÕES ADVERSAS!!! • Aumento da meia-vida da droga • Maior intervalo • Coração e Cérebro = Barreira Hematoncefálica • MAIS SUSCETÍVEIS A INTOXICAÇÕES Particularidades da Terapêutica • Metabolização: Fase 1: inativação, manutenção ou ativação. • Fármacos lipossolúveis ou apolares. Fase 2: conjugação • Glicuronização limitada. • Meia-vida prolongada de alguns fármacos. Particularidades da Espécie • TRANSFORMAÇÃO: • Sistema hepato-biliar imaturos • Baixa Depuração da droga • Aumento Meia-vida da droga • Aumento Concentração plasmática • Redução da dose em 30 a 50% e/ou aumento do intervalo • EXCREÇÃO: •Menor depuração • Meia-vida prolongada • Nefrotoxicidade mascarada Particularidades da Terapêutica • Excreção: mesmos cuidados em cães • Animais hipoproteinêmicos e com função renal prejudicada Fármacos: Reações adversas • 1. Formação lenta de glicuronídeos • Acido acetilsalicílico (Aspirina, Azulfin (D), Salicilato de Bismuto (D)) • Glicuronização limitada • Meia-vida prolongada, dose-dependente • 44,6 x 7,5 horas (gato x cão) • Inibe agregação plaquetária • Acidose metabólica: Ac. Lático • Hiperglicemia • ↓ Fluxo sangue para o estomago Fármacos: Reações adversas • Acido acetilsalicílico • Sinais de intoxicação: • > 300 μg/mL: – vomito, anorexia, febre, taquipneia, sialorreia – gastroenterite hemorrágica, icterícia – anemia, sinais neurológicos, óbito Tratando a intoxicação • 4 hs: – Indução do vômito. – Lavagem gástrica: bicarbonato de Sódio 3 a 4%. – Carvão ativado: 2g/kg orogástrico. • Ringer com lactato IV. • Bicarbonato de Sódio: 1 a 4 mEq/kg IV. • Ranitidina: 2,5 a 3,5 mg/kg IV, SC BID. • Sucralfato: 250 mg/gato PO BID. • Transfusão de sangue. Dosagens Recomendadas • Aspirina: 10,5 mg/kg a cada 48h • Azulfin: 5 a 10 mg/kg a cada 12horas • Salicilato de Bismuto: – 1 colher chá/100 mL de água filtrada (17,5mg/mL) – 1mL/kg PO ÷ 3-4 doses/3 dias AINES Elevado risco nefrotoxicidade Contra indicado > 6 semanas Outros AINES CONTRA INDICADOS • Ibuprofeno (Motrin), fenilbutazona (Mioflex), acido mefenamico (Ponstan), naproxeno (Flanax). • Toxicidade ocasional • Ibuprofeno: > 50mg/kg (Cão > 100mg/kg) • Glicuronização limitada • Vomito, depressão, letargia, gastrite, • IRA • Tratamento sintomático Opioides Droga de escolha Monitoramento constante Redução de 50% dosagem Opioides • Dependendo da dosagem e agente: • Excitação ou depressão • Morfina: 0,05 a 0,1 mg/kg SC, IM, IV q.4 h – Doses elevadas: excitação – efeito dopaminérgico. • Usar com fenotiazínicos. • Butorfanol: – 0,2 a 0,8 mg/kg SC, IM, IV q. 4h – 4 a 7 vezes mais potente do que a morfina – Analgésico fraco, leve depressão, midríase • Tramadol: 1,0 a 2,0 mg/kg PO BID/TID Opioides • Meperidina: 3,0 a 5,0 mg/kg SC, IM q. 1,5 a 2 h. – Transoperatório. • Buprenorfina: 0,005 a 0,02 mg/kg SC IM q. 8 h. – 30 a 100 vezes mais potente que a morfina. – Período de latência: 45 min. Opioides • Fentanil: 0,001 a 0,002 mg/kg IV q. 15 a 20 min • 75 vezes mais potente do que a morfina • Adesivos transdérmicos (Durogesic) • 12--‐24 hs para nível plasmático, trocar a cada 5 dias • 3,2 kg .........................nao recomendado • 3,2 a 6,8 kg.................25μg/h • 6,8 a 18,2kg...............50μg/h • 1. Tricotomia tórax lateral ou cervical dorsal • 2. Não usar álcool ou lavagem • 3. Remover o adesivo com cuidado • 4. Aplicar na área tricotomizada • 5. Comprimir por 2 minutos • 6. Bandagem? Anestésicos • TIOPENTAL: • Resposta exagerada • Gordura corporal • Metabolização hepática • Usar baixa dose! • DIAZEPAN/QUETAMINA • Excreção renal • Meia-vida prolongada Alguns Antibióticos • AMINOGLICOSÍDEOS: o Injúria renal o Difícil monitorar lesões renais • TETRACICLINA o Alterações ossos em crescimento o Esmalte dentário o Hepatotóxica • FLUOROQUINOLONAS o Destruição de cartilagens o Degeneração de retina > 5,0mg/Kg • SULFONAMIDAS: o Supressão de MO Alguns Antibióticos • METRONIDAZOL: o Ultrapassa a barreira hematoencefálica o Redução da dose o Aumento do intervalo • MAIS INDICADOS – BETA LACTÂMICOS - Intervalos de 12 horas Alguns Antibióticos • Cloranfenicol (Quemicetina®) • Deficiência metabolização hepática • Meia‐vida prolongada, dose‐dependente • Discrasias sanguíneas: – Hipoplasia medular – Vacuolização celular • Anorexia, vomito, diarreia, desidratação • Tratamento sintomático • Dosagem segura: 25 a 50 mg/gato PO BID 7‐10 dias (máximo)‐SNC Alguns Antibióticos • Estreptomicina® (Pentabiótico®) CONTRA‐INDICADA • Neurotoxico em gatos • Sinais neurológicos, perda da audição • Altas doses: parada respiratória • Cuidado com associações Antifúngico • Griseofulvina (Fulcin®) • Afeta células em replicação ativa • Associação com FIV • Gestantes: teratogênico • Anemia, leucopenia, vômito, diarreia • Prurido, febre, sinais neurológicos • Descontinuar terapia • Tratamento sintomático • Monitoração hematológica Drogas Cardiovasculares • DIFÍCIL DOSAGEM: • Imaturidade individual do SNA • Avaliar resposta ao tto • Monitoramento contínuo da função hemodinâmica • Elevações FC (dopamina, dobutamina): 9-10 semanas • Atropina/lidocaína: redução da resposta • MIOCÁRIO: • Aumento Débito cardíaco • Aumento Contratilidade/força de contração • NEONATO • Aumenta FC = Aumenta Débito Cardíaco • DROGAS que baixem FC DEVEM SER EVITADAS Acaricida • Benzoato de benzila (Acarsan®) - CONTRA‐INDICADO • Escabiose e pediculose humana • Toxico para gatos • Dor abdominal, vômito, diarreia • Convulsões, excitação • Banhos e suporte Organofosforados • CONTRA‐INDICADO • Gatos são mais sensíveis. • Coleiras antipulgas (diclorvos). • Acumulo de acetilcolina: • Miose, salivação e fasciculação muscular. • Convulsões, acidose metabólica. • Sulfato de Atropina: 0,1 a 0,2 mg/kg IV L q. 10 min. • Diminuição dos tremores: a cada 60 min. • Pralidoxima (Contrathion): 6 a 8 h 20 mg/kg IV repetir após 60 min. • Diazepam (Valium): 0,5 a 1,5 mg/kg IV IM. • Bicarbonato de Na: 5 mEq/kg IV 2,5 mEq/kg IV q. 10 a 20 min 1h. • Evitar fenotiazínicos, morfina e barbituratos. Enemas à base de fosfato (Fleet Enema®) • Contra indicados para cães e gatos • Absorção ativa do fosfato de sódio: • Hipernatremia, hipocalcemia, hiperfosfatemia • Depressão, ataxia, mucosas, pálidas • Vomito, gastroenterite hemorrágica, coma • Fluido: Dextrose 5% • Calcio (Gluconato de Ca): 5 a 10 mg/kg/h IV Iodo e Iodóforos • Toxico: lambeduras • Prostração, anorexia, úlceras linguais • Distúrbios gastrintestinais, hipotermia • Sintomático, demulcentes orais • Tópico: 1 a 10% necrose tecidual • Diluir! • 0,1 a 0,5% Compostos Fenólicos • Dipirona, Propofol (Diprivan), Hexaclorofeno. • Deficiência metabolização hepática • Conjugação com acido glicurônico • Detoxificação com sulfato • Acumulo de quinonas toxicas • Inibem “respiração” mitocondrial Dipirona: • Metabolizacao lenta em doses ↑ • 4‐metilaninoantipirina e 4‐aminoantipirina • 25 mg/kg SC, IM, IV q. 8--‐12 h Compostos Fenólicos Propofol • Não usar vários dias consecutivos Hexaclorofeno • Germicida, enemas • Permanece na pele após lavagem • Não usar em filhotes, feridas abertas • Não usar na insuficiência hepática e renal • Vomito, anúria, depressão, ataxia • Suporte, banhos, lavagem gástrica, catárticos Fármacos: Metemoglobina Suscetibilidade do eritrócito felino as lesões oxidativa. • Numero de grupos Hb‐sulfidril reativos: • Homem: 2 grupos • Cão: 4 grupos • Gato: 8 a 20 grupos GLUTATIÃO: GUARDIÃO DO ERITROCITO → OXIDADOS POR PEROXIDOS ENDOGENOS E REDUZIDO NOVAMENTE. • SUBSTÂNCIAS OXIDATIVAS → GLUTATIÃO = PROTEÇÃO → DEPLECAO DAS QUANTIDADES DE GLUTATIÃO → GRUPOS Hb-- ‐SULFIDRIL SÃO ATINGIDOS → OXIDAÇÃO DO FERRO DA HEMOGLOBINA: Fe 2+ Fe 3+ → ANEMIA HEMOLITICA, METEMOGLOBINEMIA E CORPUSCULOS DE HEINZ Fármacos: Metemoglobina • Paracetamol/Acetaminofen –fenacetina • CONTRA‐INDICADO • Tylenol, Dorico, Buscopan Plus • Antipirético e analgésico • 1 comp. 500mg ou 2 comp. 325 mg (4h) • 50 a 60 mg/kg (10 mg/kg *2) • Cão: 100 mg/kg = hepatotoxicidade • Deficiência das glicuroniltransferases • Acumulo de N –acetil–p–benzoquinona • GlutatiÃo hepático e dos eritrócitos esgotados • Lesões oxidativas: eritrócitos e hepatocelular • Paracetamol/Acetaminofen–fenacetina • Sinais Clínicos: Anorexia Vomito Ptialismo Edema subcutâneo Icterícia Cianose Taquipneia Hipotermia • Paracetamol/Acetaminofen –fenacetina • Tratamento: • Oxigenoterapia • Transfusões sanguíneas • Aparecimento dos efeitos tóxicos: • Metemoglobinemia: 2 a 4 hs • Corpúsculos de Heinz logo depois • Enzimas hepáticas: 24 a 36 hs • Objetivos do tratamento: • Repor glutatião • Metemoglobina → hemoglobina • Prevenir necrose hepática • Paracetamol/Acetaminofen –fenacetina • Indução do vomito (‐4h) • Carvão ativado: 2g/kg orogástrico (4--‐6h) • Fluidoterapia de suporte • N--‐acetilcisteina (Fluimucil): 140 – 280 mg/kg (0,7 mL a 20%) depois 70 – 140 mg/kg q. 4 hs IV lento (diluído dextrose 5%) ‐ 3 a 5 ttos ou PO (evitar com carvão ativado) se liga ao paracetamol: ↑ eliminação precursor de glutatião (cisteína). • Paracetamol/Acetaminofen –fenacetina • S--‐Adenosil--‐Metionina (SAMe) “nutracêutico” • Essencial em + de 40 reações • Ação anti-inflamatória/antioxidante - Reparação celular • Integridade de membranas celulares (física & funcional). • Indicações: – Intoxicação por paracetamol – Injurias necro‐inflamatórias – Prevenção ou tratamento de hepatotoxicose (farmacos, cobre) – Processos inflamatórios – Anemia decorrente de doença hepática • Doses: – Gatos: 180mg PO SID ou BID – Manipular capsulas entéricas – Administrar em jejum – Toxicidade: sem efeitos adversos • Paracetamol/Acetaminofen –fenacetina • Acido ascórbico (Vit. C): 30 mg/kg SC, IV q. 6hs – 7 doses (cianose) • Metemoglobina → hemoglobina • Cimetidina: 5-10 mg/kg PO, IV q 6-8h • Inibe oxidação citocromo p‐450 fígado • Forma metabolitos não tóxicos Intoxicação Intoxicação 24 horas após Fármacos: Metemoglobina • Benzocaína - CONTRA-INDICADA • Cepacaina, Colubiazol Spray • Dessensibilização da laringe - intubação • Controle de prurido • Mesmos sinais clínicos e tratamento • Usar xilocaína Fármacos: Metemoglobina • Antissépticos e analgésicos das vias urinárias • CONTRA-INDICADOS • Azul de metileno (Sepurin, Mictasol) • Fenazopiridina (Pyridium, Urotril) • Hemólise e Corpúsculos de Heinz • Dispneia, mucosas pálidas ou ictéricas • Urina: azulada ou alaranjada • Anemia: 2 a 15 dias (16,2 mg/gato/dia) • Transfusão sanguínea e suporte Fármacos: Cuidado!!! • Progestágenos sintéticos: tumor de mama • Enrofloxacina: cegueira, idosos, ↑ doses - Diluir se via SC, evitar via IV • Metronidazol: sinais SNC, ↑ doses - Não utilizar se debilitados ou hipoproteinêmicos • Azatioprina: imunossupressão grave • Cisplatina, fluoruracila: óbito Entenderam? Decoraram? Tá! Vamos resumir? Resumo AJUSTE DE DOSE • AAS • Opioides • Cloranfenicol • Griseofulvina • Iodo/iodoforos • Dipirona • Propofol • Hexaclorofeno Resumo Contra - Indicados • Alguns AINE’S • Estreptomicina • Benzoato de benzila • Organofosforados • Enemas - fosfato • Paracetamol • Benzocaína • Antissépticos urinários • Cisplatina, fluoruracila GATOS VOMITAM! Nem tudo é doença! Conclusões • O gato não pode ser visto como pequeno cão. • Instalações e atendimento diferenciado. • Comum haver intoxicações por medicações. • Particularidades de biotransformação. • Susceptibilidade de oxidação da hemoglobina. • Aumento do número de felinos atendidos. Literatura recomendada 1. The toxicity of selected therapeutic agent used in cats. Veterinary Medicine, v.75, n.7, p.1133--‐1141, 1980. 2. Drug therapy in cats. Mechanisms and avoidance of adverse drug reactions. Journal of the American Vetrerinary Medical Association, v. 196, n. 8, p.1297--‐1306,1990. 3. Metabolismo de drogas e terapêutica no gato: revisão. Clínica Veterinária, n.27, p.46--‐53, 2000. 4. Pharmacologic considerations in the cat. Feline Practice, v.22, n.2, p. 14‐18, 1994. 5. N--‐Acetylcysteine. Compendium on Continuing Education for the Practing Veterinarian, v.25, n.4, p.276--‐278, 2003. 6. The Effects of S --‐Adenosylmethionine on Clinical Pathology and Redox Potential in the Red Blood Cell, Liver, and Bile of Clinically Normal Cats. Journal of Veterinary Internal Medicine, v.19, n.3, p.303--‐314, 2005. 7. S--‐adenosylmethionine (SAMe) in a Feline Acetaminophen Model of Oxidative Injury. Journal of Feline Medicine and Surgery, v.5, n.2, p.69--‐75, 2003.
Compartilhar