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Embrio defeitos congenitos

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EMBRIOLOGIA
DEFEITOS CONGÊNITOS
· Defeitos congênitos = anomalias congênitas = defeitos do nascimento: são distúrbios estruturais, comportamentais, funcionais e metabólicos existentes por ocasião do nascimento.
· Teratologia: ramo da ciência que estuda as causas, mecanismos e padrão dos defeitos congênitos
· Teratógeno ou agente teratogênio: qualquer agente capaz de formar anomalias congênitas, ou aumentar a incidência da anomalia na população
· Se acontecer qualquer anormalidade cromossômica nas primeiras duas primeiras semanas ocorre o aborto espontâneo
*Período embrionário: da primeira a oitava semana.
*Período fetal: da oitava até o parto
· O período embrionário é o período da organogênese, os órgãos estão se formando. Então da terceira a oitava semana é o período crítico do desenvolvimento.
· Existem 3 tipos de teratógenos: físicos, químicos e biológicos.
Físicos: radiação, 
Químico: drogas lícitas e ilícitas
Biológico: microrganismos, como vírus, bactérias, etc
· O teratógeno tem que agir no período crítico para causar a anomalia congênita
*Na década de 60 muitas mulheres usavam um medicamento para náusea chamado talidomida, mas quando o medicamento era tomado no momento em que os braços do bebê estavam se formando, o medicamento agia ali e não deixava os membros se formarem, causando amelia (ausência de membro) ou meromelia (metade dos membros). Esse é um caso de um teratógeno químico
*Rubéola: se a infecção acontecer no período crítico do desenvolvimento dos ouvidos ou olhos causa surdez ou catarata. Se a infecção ocorrer antes ou depois dessa fase não afeta o feto
· Tipos de anomalias congênitas
· Malformação: é a nível genético, o erro começou na gametogênese, como o ovócito que recebeu 24 cromossomos, ou só recebeu 22 cromossomos, isso também pode ocorrer por fatores ambientais. Ocorre durante a organogênese. Podem resultar em ausência total ou parcial de uma estrutura ou alterações de sua configuração normal.
· Perturbação: ocorrem alterações morfológicas devido a exposição a teratógenos
· Deformação: resultam de forças mecânicas que moldam parte do feto por um período de tempo prolongado, como os pés tortos, que são causados pela compressão na cavidade amniótica. Envolvem frequentemente o sistema musculoesquelético. Outro exemplo é a espinha bífida que ocorre quando a parte caudal do tubo neural não se fecha.
· Displasia: células se organizam de forma anormal, dando origem a um tecido anormal
*Agentes tóxicos podem causar aplasia
*Aplasia = agenesia: não formação de um órgão ou estrutura anatômica
· Causas das anomalias congênitas
Os defeitos congênitos podem também ser causados por fatores ambientais, fatores genéticos ou causados pela interação do ambiente com a suscetibilidade genética da pessoa.
· Fatores genéticos: anormalidades cromossômicas (numérico, estrutural ou mutação)
· Fatores ambientais: físicos, químicos e biológico
· Herança multifatorial: fator genético + fatores ambientais
· FATORES GENÉTICOS
Ocorrem por um mal funcionamento da mitose ou da meiose.
· Anormalidades numéricas:
Monossomia: um cromossomo a menos. Um espermatozoide com 22 cromossomos fecundou um ovócito com 23 cromossomos (45, X - Síndrome de Turner)
Trissomia: pode ocorrer tanto nos cromossomos autossomos como nos sexuais, a pessoa tem 47 cromossomos.
LEGENDA DA IMAGEM: meiose normal no homem e anormal na mulher. Na mulher uma célula com 46 cromossomos ao sofrer a primeira meiose, ocorre a não disjunção dos cromossomos, os cromossomos não se dividem corretamente. Uma célula fica com 24 e uma com 22. Na segunda meiose a célula com 24 cromossomos da origem a 2 células com 24 cromossomos. Quando o ovócito com 24 for fecundado por um espermatozoide com 23 vai dar origem a um zigoto com 47 cromossomos.
*Trissomias autossômicas: 
Trissomia do 21: Síndrome de Down 
-A síndrome de Down não ocorre só por trissomia, pode ocorrer também por mosaicismo (recebe 2 linhagens celulares, algumas células tem 46 cromossomos outras tem 47 – tem características mais brandas), ou por translocação.
-Quanto maior a idade da mãe, maior a probabilidade de ter um filho com síndrome de Down
Trissomia do 18: Síndrome de Edwards
Trissomia do 13: Síndrome de Patau
**Síndrome: conjunto de sinais e sintomas que configuram uma patologia.
*Trissomia dos cromossomos sexuais:
47 XXX: é do sexo feminino, e tem leve retardo mental
47 XXY: Síndrome de Klinefelter, sexo masculino. Não produz espermatozoides, tem os membros inferiores desproporcionalmente grandes, tem inteligência abaixo do normal e a maioria tem ginecomastia (na puberdade os seios se desenvolvem)
47 XYY: sexo masculino, apresentam comportamento agressivo 
*Tetrassomia: 
Mulheres: 48 XXXX
Homens: 48 XXXY ou 48 XXYY
*Pentassomia: 5 cromossomos sexuais
Mulheres: 49 XXXXX
Homens: 49 XXXYY ou 49 XXXXY
-Quanto maior o número de cromossomos sexuais maior o nível de retardo mental
*Aneuploidia: indivíduo portador de um número de cromossomos que não é múltiplo do número haploide 23, tem 45 ou 47 cromossomos. 
45 cromossomos = hipodiplóide: Síndrome de Turner (45, X). Tem fenótipo feminino.
47 cromossomos = hiperdiploide
*Poliploidia: nunca nascem. Indivíduos portadores do número de cromossomos que é um múltiplo do número haploide 23, que não é 46, pode ser 69 (se for fruto de uma dispermia) ou 92 (quando 2 zigotos se fundem e formam um embrião tretaploide)
Tetraploidia (92 cromossomos):
Embriões tetraploides abortam precocemente
Pode resultar da fusão de 2 zigotos
As causas são por falha mitótica no início do desenvolvimento embrionário
· Anormalidades cromossômicas estruturais
Resulta de quebra de cromossomos seguidos por reconstituição com uma combinação anormal
Os cromossomos se quebram e na hora deles se reconstruírem eles se combinam anormalmente. Fatores ambientais como radiação, drogas, produtos químicos e vírus causam essa anormalidade estrutural
Os cromossomos são constituídos por um braço curto (p) e um braço longo (q). Cada região (p e q) é dividida em subdivisões. A través da técnica de bandeamento é possível visualizar esses cromossomos.
*Translocação: quando uma parte de um cromossomo, ao se quebrar, se liga a outro cromossomo. Ex: quando uma parte do cromossoma 14 se liga ao cromossoma 21 causando a síndrome de Down
*Deleção: quando uma parte do cromossomo se perde. Ex: Síndrome do Miado de Gato, quando uma parte do braço curto do cromossoma 5 se perde. (46 XX 5p-, ou 46 XY 5p-)
*Microdeleção: Ex: Síndrome de Angelman. Deleção do cromossoma 15 na região q12, se a mutação for poveniente da mãe, se for proveniente do pai é síndrome de Prader-Willi.
*Duplicação: existe parte de um cromossomo duplicado dentro deste cromossomo é menos lesiva que as deleções
*Inversão: o seguimento de um cromossomo é invertido 
*Isocromossomos: as cromátides separam o cromossomo na horizontal e não na vertical
· Anomalias causadas por genes mutantes
Envolve a perda ou a troca da função de um gene
Os agentes ambientais que podem acarretar as mutações são grandes doses de radiação e alguns compostos químicos carcinogênicos. 
Ex: acondroplasia, o gene que produz a proteína que estimula o crescimento dos ossos longos sofre uma mutação e causa a acondroplasia.
Ex 2: síndrome do X frágil, causa deficiência intelectual moderada, é um disturbio do espectro autista
· Anomalias causadas por fatores ambientais 
Princípios básicos da teratogênese:
· A constituição genética do embrião
· Estágio de desenvolvimento quando ocorre a exposição ao teratógeno (da terceira a oitava semana)
· A dose e a duração da exposição
*Os períodos críticos do desenvolvimento humano são os períodos da divisão, da diferenciação celular e da morfogênese (ponto máximo)
Teratogênese por drogas 
· Tabagismo: restrição do crescimento intrauterino, baixo peso no nascimento, defeitos cardíacos, pode ocorrer hipóxia fetal crônica
· Cafeína: não é considerado um teratógeno humano, mas não há garantia de que um grande consumo materno seja seguro para o embrião.
· Álcool: síndrome do alcoolismo fetal, leva a alterações do crescimentoe da morfogênese do feto, microcefalia, defeitos articulares, doenças cardíacas, nariz curto, lábios finos
· Andrógenos e Progestógenos: pode estimular a genitália do feto de forma anormal, genitália externa ambígua
· Anticoagulantes (warfarina): hipoplasia nasal, epífises mosqueadas, falanges hipoplásicas, anomalias oculares e deficiência mental
· Antibióticos: tetraciclina faz com que os dentes da criança nasçam manchados. Estreptomicina e dihidroestreptomicina pode causar surdez
· Anticonvulsivantes: Síndrome da hidantoína fetal, deficiência mental, microcefalia, restrição do crescimento intrauterino
· Antieméticos
· Agentes antineoplásicos: aminopterina – o bebê nasce anencéfalo, vive por poucos minutos
· Corticosteroides: tem risco mínimo ou inexistente, mas não deve ser usado nas últimas semanas de gravidez
· Inibidores da Enzima Conversora de Angiotensina (agente anti-hipertensivo)
· Insulina e drogas hipoglicemiantes: 
· Ácido retinóico (Vitamina A), risco de aborto espontâneo entre a terceira e quarta semana, dismorfia cranial, fenda palatina, defeitos cardiovasculares
· Salicilatos (AAS): são potencialmente prejudiciais para o embrião ou para o feto
· Tranquilizantes: meromelia ou amelia. Pode causar também micromelia (membros pequenos e curtos) ou focomelia (“membros de foca”)
· Drogas ilícitas (LSD, maconha, cocaína): cocaína causa restrição do crescimento intrauterino, prematuridade, microcefalia, infarto cerebral, distúrbios neurocomportamentais. Maconha altera os padrões de sono do bebê 
Teratogênese por compostos químicos:
· Mercúrio orgânico: atrofia encefálica, convulsões e deficiência mental
· Chumbo
· Bifelinas Policloradas: restrição do crescimento intrauterino, alterações da cor da pele
Teratogênese por compostos químicos ambientais:
· Rubéola: restrição do crescimento intrauterino, anormalidades cardíacas e de grandes vasos, microcefalia, surdez, catarata, glaucoma, deficiência mental, osteopatias, defeitos dentários
· Citomegalovírus: microcefalia, coriorretinite, pera auditiva, retardo do desenvolvimento mental e psicomotor, hepatoesplenomegalia, hidrocefalia, paralisia cerebral
· Vírus do Herpes Simples (HSV): vesículas e cicatrizes na pele, coriorretinite, hepatomegalia, petéquias, anemia hemolítica, hidroanencefalia 
· Varicela: cicatrizes cutâneas, defeitos neurológicos, paralisia de membros, hidrocefalia, convulsões, catarata, deficiência mental, anomalias esqueléticas
· HIV: probabilidade de transmissão para o bebê, podendo causar a AIDS, falha do crescimento
· Toxoplasmose: alterações destrutivas no encéfalo, corioretinite, deficiência mental, microcefalia e hidrocefalia. Nos estágios iniciais da gravides pode causar a morte do feto
· Sífilis congênita: se não tratar pode causar surdes, dentes e ossos anormais, hidrocefalia, deficiência mental
Teratogênese por radiação: altos níveis de radiação causam microcefalia, deficiência mental, anomalias esqueléticas, retardo do crescimento e catarata.
· Fatores maternos como teratógenos
Diabetes mellitus: quando não é controlado pode causar aborto espontâneo. Recém nascidos de mães diabéticas geralmente nascem grandes (macrossomia), e apresentam maior risco de anomalias encefálicas, defeitos esqueléticos, e defeitos congênitos cardíacos
Deficiência de fenilalanina: causa fenilcetonúria (erro inato do metabolismo), tem maior risco de microcefalia, defeitos cardíacos, deficiência mental e restrição do crescimento intrauterino
Deficiência de ácido fólico: maior risco de defeitos do tubo neural (espinha bífida)
· Teratogênese por fatores mecânicos
O líquido amniótico absorve pressões mecânicas, protegendo o embrião da maioria dos traumas externos. Uma quantidade reduzida de líquido amniótico pode resultar na deformação mecânica dos membros. 
Deformações podem ser causadas por qualquer fator que restrinja a mobilidade do feto e produza compressão prolongada em uma postura anormal.
Amputações intrauterinas ou outras anomalias causadas pela constrição local durante o crescimento fetal pode resultar de bandas amnióticas, que são faixas finas ou anéis de tecido formadas por ruptura do âmnio durante o início da gravidez.

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