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// L U M IN O TÉ C N IC A A P LI C A D A À P R O JE TO S LA E R TE G A LE S S O // L U M IN O TÉ C N IC A A P LI C A D A À P R O JE TO S LA E R TE G A LE S S O 5 Apresentação Iluminação é muito mais do que clarear um determinado ambiente através da luz artificial. Ela envolve aspectos importantes, como conforto, funcionalidade, clima, ambientação, efeitos cromáticos, economia de energia e até aspectos psicológicos. A luminotécnica é uma ciência que estabelece as relações entre o olho humano e os sistemas geradores de luz artificial, visando um maior conforto visual e sensação de bem-estar, nas mais diversas finalidades. Um bom projeto de Luminotécnica tem um papel fundamental no complemento de projeto de interiores e exteriores, pois, muitas vezes um ambiente está com boa distribuição, proporção adequada do mobiliário, cores bem distribuídas e, ainda assim, não apresenta um aspecto agradável. Isso ocorre porque não foi dada a devida atenção ao projeto de iluminação. Este material teórico, complementar ao curso presencial de Luminotécnica da ABRA, irá fornecer os principais fundamentos desse importante conteúdo, para que o futuro profissional tenha condições de projetar a luz em ambientes internos e externos, buscando atender as necessidades dos usuários. No entanto, é indispensável que, a partir destes trabalho conteúdos, o aluno tenha busque sempre a pesquisa, aliada à prática, para se aprimorar cada vez mais seus conhecimentos, inclusive quanto às novas tecnolologias. Laerte Galesso Diretor Geral ABRA - Academia Brasileira de Arte ÍNDICE PÁG. Apresentação..........................................05 Introdução.................................................07 Conceitos Básicos....................................08 Luz quente e Luz fria................................09 Potências..................................................11 Iluminação adequada...............................11 Tipos de iluminação.................................13 Suporte para lâmpadas............................18 Tipos de lâmpadas...................................21 Compactas integradas.............................23 Compactas não integradas......................25 Lâmpadas de descarga...........................29 Projeto de iluminação..............................32 Exemplos de projetos..............................33 Distribuição de luz direta.........................35 Normas Técnicas para Projetos de iluminação de Instalações elétricas.........35 Componentes..........................................37 Quando se pensa em iluminação, a primeira preocupação é com a claridade que se pretende proporcionar a um determinado local. No entanto, iluminação é muito mais do que clarear um ambiente através da luz artificial. Ela envolve aspectos como conforto, funcionalidade, clima e ambientação pretendidos, efeitos cromáticos, quantidade e qualidade da luz, economia de energia, perfil dos usuários e até questões psicológicas, pois cada pessoa tem uma reação diferente à claridade; algumas pessoas sentem- se bem em ambientes pouco iluminados, enquanto outras ficam deprimidas, preferindo ambientes bem iluminados. Muitas vezes, um ambiente está com boa distribuição, proporção adequada dos móveis, cores harmoniosas e, mesmo assim, a impressão não é agradável. O problema, com certeza está na iluminação, que pode estar muito clara, muito escura ou mal distribuída. A casa ou apartamento deve sempre ter um aspecto acolhedor, tanto para os moradores como para as visitas. E nenhum outro elemento contribui tanto para este quesito quanto uma boa iluminação. Aliás, a própria decoração depende da iluminação, porque os pontos de luz e tomadas já definem as posições de vários elementos, como mesas laterais, bancadas, etc. Por isso, a arquitetura precisa ser estudada com atenção, observando-se os nichos, os recortes, colunas, vigas, divisões de ambientes, etc. Lembre-se: uma iluminação agradável é aquela que clareia o ambiente sem agredir a visão das pessoas. Uma boa solução é utilizar luminárias que escondem as lâmpadas sem comprometer a luminosidade. Uma análise cuidadosa das condições de luz natural, que será controlada através de persianas e cortinas, também é fundamental e irá influir na quantidade necessária de luz artificial. A primeira coisa a fazer, é determinar a função do espaço a ser iluminado. Isto vai ajudar a definir o nível de claridade necessário; se o espaço será usado por mais de uma pessoa; quais atividades serão realizadas e as condições gerais do ambiente: luz natural, pé direito, tamanho do cômodo, cor das paredes, quantidade de móveis, idades e condições físicas das pessoas, etc. Algumas dicas 1. Procure combinar tipos diferentes de iluminação, mesmo num ambiente que pede muita luz; imagine uma pessoa ir até a cozinha durante a noite e ter de acender uma luz fluorescente. Isto pode agredir a visão e até atrapalhar o sono. 2. Use uma luz mais intimista para uma noite tranqüila na sala de estar e uma iluminação geral mais intensa para uma reunião com os amigos. 3. Uma luz dirigida valoriza uma peça de arte, enquanto que uma iluminação vinda de baixo para cima causa efeito teatral, projetando sombras interessantes nas paredes. 4. Os ambientes com móveis e pisos escuros precisam ser compensados com uma iluminação mais forte, em relação aos ambientes mais claros. 5. É preciso estar atento também à quantidade de calor que as lâmpadas emitem, evitando colocar lâmpadas que esquentam demais em locais onde as pessoas ficarão próximas. 6. As lâmpadas amarelas (quentes) são indicadas para as áreas íntimas e de pouca atividade, enquanto que as lâmpadas que reproduzem a luz do dia (frias), como as fluorescentes, são mais estimulantes, sendo indicadas para áreas de serviço e cozinhas. 7. A luz não faz curva, portanto, observe bem os elementos da arquitetura que poderão provocar sombras desagradáveis. 8. Nichos nas paredes, prateleiras e estantes 7 merecem uma atenção especial, podendo proporcionar ótimos efeitos de luz. 9. O rendimento da lâmpada (claridade) muitas vezes está associado ao tipo de luminária utilizado. 10. Varie a iluminação com luminárias fixas e móveis. 11. Sancas e tetos rebaixados de gesso são muito empregados nos projetos de iluminação. As sancas podem ser viradas para cima, com luz indireta, ou para baixo causando um efeito chamado de "parede lavada". 12. Evite usar luminárias com cores e tons que se destacam demais do teto ou paredes, a não ser no caso de uma peça clássica, como um lustre antigo. 13. A iluminação voltada para cima causa a sensação de amplitude no ambiente, principalmente na questão do pé direito. 14. Evite colocar a luz incidindo diretamente sobre superfícies brilhantes (refletoras) evitando ofuscamento desnecessário. 15. Varie as peças que ficarão fixas, como spots, pendentes e lustres, com luminárias soltas. Isto permite modificar a iluminação de acordo com a necessidade. Conceitos básicos de luminotécnica A Luminotécnica é a ciência que trata das questões pertinentes à iluminação através da luz artificial e dispõe de conteúdo suficiente para preencher muitas páginas e até mesmo um livro. Porém, vamos nos ater mais às questões principais de interesse do designer de interiores. Mas, é extremamente importante que o profissional desta área busque ampliar seus conhecimentos sobre este item indispensável do Design de Interiores, através de literatura especializada, cursos, palestras e muita pesquisa. Empresas como a Philips e Osram, GE, FLC, entre outras, dispõem de catálogos, sites e oferecem suporte técnico, cursos e oficinas para estudantes e profissionais da área. A cor e a luz As cores estão intimamente relacionadas à luz. Por isso, sempre que se aplicar os conceitos de iluminação, deve-se pensar nos efeitos cromáticose vice-versa. Como a luz contém todas as cores é ela que dá cor a tudo que vemos. Isto quer dizer que a cor de um determinado objeto depende da capacidade que a matéria tem, de absorver e refletir os raios luminosos. Primeiramente, precisamos compreender as diferenças entre "cor luz" e "cor pigmento". A primeira está relacionada às leis da física, enquanto que a segunda envolve as misturas das matérias (cores) entre si. A luz branca é divida em três cores primárias: Vermelho, Verde e Azul -diferente das tintas, que são Amarelo, Magenta e Ciano. A fração de cor que o objeto reflete é que lhe dá a cor real. Por exemplo, a maçã é vermelha; porque absorve todas as frações da luz exceto a vermelha: um objeto amarelo reflete as frações verde e vermelha da luz que, combinadas lhe dão a cor. Se um objeto reflete todas as cores (frações de luz) ele será branco; ao passo que se ele absorver todas será preto. (figura 1) Esta teoria é importante na hora de se calcular a quantidade de luz num determinado ambiente, pois toda iluminação gira em torno da temperatura das cores, que são divididas em duas categorias: quentes (vermelho, amarelo, laranja, marrom e seus derivados) e frias (verde, azul, violeta e seus derivados). O preto é considerado uma cor quente, enquanto que o branco é frio. Isto quer dizer que, quanto mais objetos escuros tiver, mais quente será o ambiente e será necessário mais luz para iluminá-lo e vice-versa. Por outro lado o espectro luminoso pode alterar profundamente a cor das paredes, cortinas, móveis e objetos que fazem parte da decoração. 8 A luz fluorescente, por exemplo, causa uma sensação de frieza, em comparação com a luz produzida pelas lâmpadas incandescentes. A relatividade cria efeitos interessantes, ao projetar sombras dos objetos nas paredes e teto. Portanto, seus efeitos devem ser planejados, levando-se em conta o clima que se pretende criar. Uma iluminação mais dirigida cria volumes, relevos ou sombras, sendo recomendado um ângulo de aproximadamente 45º em relação à visão. Com uma iluminação adequada a cada tipo de ambiente, a decoração é realçada, o trabalho e o lazer são garantidos e os olhos ficam protegidos. Outro item que não deve ser esquecido é o da economia de energia. 1 - Verde 2 - Vermelho 3 - Azul 4 - Amarelo 5 - Magenta 6 - Ciano 7 - Branco 1 2 3 4 5 6 7 Síntese Aditiva: Física = cor luz 1 - Amarelo 2 - Vermelho 3 - Azul 4 - Alaranjado 5 - Verde 6 - Violeta 7 - Preto Síntese Subtrativa = cor pigmento 1 2 3 4 5 6 7 Luz quente e luz fria A temperatura da luz não tem nada a ver com o calor das lâmpadas, mas sim ao tom de cor que elas proporcionam ao ambiente. Esta temperatura é medida em grau Kelvin (K), sendo que, quanto maior o número, mais fria é a luz que a lâmpada emite e vice-versa; uma lâmpada 2.700K, por exemplo, é quente, enquanto que uma de 7.000K é extremamente fria. Mesmo as lâmpadas fluorescentes em geral classificadas como frias, atualmente apresentam variações de grau Kelvin, chegando às similares incandescentes. Psicologicamente, a luz fria incentiva à atividade, enquanto que a quente proporciona relaxamento e conforto. As fontes de luz têm tonalidades que variam de aparência entre "quente" (rosada ou amarelada, até 3.000K) e "fria" (azulada, acima de 4.000K). (tabela 1). O Índice de Reprodução de Cores (IRC) é um termo usado para definir a capacidade que uma lâmpada tem de reproduzir as cores: quanto mais próximo este índice chegar do número 100, mais fiel será a reprodução das cores do ambiente iluminado. Conhecendo o IRC das lâmpadas, fica mais fácil obter os efeitos desejados com a iluminação, seja para manter fidelidade ou alterar as cores de móveis, paredes, e acessórios, em busca de efeitos inusitados. Em geral, as fluorescentes têm IRC entre 80 e 85, enquanto que as alógenas e incandescentes alcançam IRC 100. Atualmente existem lâmpadas fluorescentes que chegam a IRC 95, ou seja, bem próximo da reprodução fiel das cores (tabela 2). O IRC classifica a qualidade relativa da reprodução de cor e identifica a aparência como as cores dos objetos serão percebidas quando iluminados pela fonte em questão. Ex: as fluorescentes antigas deixavam as pessoas com aparência pálida. É importante também saber identificar as descrições contidas nas lâmpadas que se pretende usar nos ambientes. 9 Figura 1 TEMPERATURA DE COR QUENTE NEUTRA FRIA LUZ DO DIA FAIXA KELVIN 3.000 K 3.,500 K 4.100 K 5.000 K Efeitos associados e sensações Amigável, íntimo pessoal, exclusivo Amigável, convidativo, intenso Preciso, claro limpo, eficiente Brilhante, excitante, alerta TABELA 1 GRUPO ÍNDICE DE REPRODUÇÃO DE COR APARÊNCIA DE COR APLICAÇÕES APROPRIADAS 01 02 03 IRC igual ou maior que 85 IRC de 70 a 85 IRC menor que 70, porém com uma reprodução aceitável para uso em áreas gerais de trabalho. Fria Neutra Quente Fria Neutra Quente Indústrias têxteis gráficas e de tintas Galeria de arte, museus hospitais e joalherias Residências, restaurantes, hotéis e livrarias Indústrias leves, escritórios, escolas e magazines (em clima quente) Indústrias leves, escritórios, escolas e lojas Indústrias leves, escritórios, escolas e lojas (Clima quente) Interiores onde a eficiência é de maior importância do que a reprodução da cor TABELA 2 10 Potências Watts (W) (uóts) É a quantidade de energia consumida pela lâmpada: quanto mais alta a potência, mais claridade e, conseqüentemente, mais consumo de energia. As lâmpadas fluorescentes proporcionam uma iluminação similar às incandescentes, com um consumo cerca de quatro vezes inferior. Por exemplo, uma lâmpada fluorescente compacta de 15W ilumina igual a uma incandescente de 60W. Tensão Volt (V) É a quantidade de energia fornecida pela concessionária: 110V ou 220V. Lúmen (lm) É a quantidade de luz emitida por uma fonte luminosa na unidade de tempo pela lâmpada, o fluxo luminoso. Por exemplo, uma lâmpada incandescente de 40W é igual a 455 lm. Uma fluorescente de 40W emite uma claridade 6 vezes maior, ou seja, 2.700 lm. Lux (LX) É o fluxo luminoso emitido por uma unidade de superfície, isto é, a quantidade de luz que chega ao ponto desejado (luz resultante). Iluminação adequada A Comissão Internacional de Iluminação (CIE) estabelece valores mínimos de iluminação para a realização de tarefas específicas, adequados a cada tipo de trabalho. Estes valores são medidos em LUX, que é a unidade de iluminância e são baseados em uma pessoa com idade entre 40 e 55 anos executando tarefas (tabela 3). Conforme o avanço da idade, aumenta o nível de iluminação necessária (tabela 4.) Existem outros fatores que devem ser observados ao se projetar a iluminação de um ambiente: A. Contraste O uso de várias fontes de luz num mesmo ambiente produz pontos mais ou menos iluminados, realçando a idéia de três dimensões. B. Sombra A luz ressalta objetos e elementos tridimensionais (como esculturas, manequins, peças de design, etc.), dirigindo o olhar para os pontos desejados. C. Ofuscamento O mau posicionamento de lâmpadas causa reflexos desagradáveis para certas atividades, como assistir TV, usar o computador ou olhar no espelho. NÍVEIS DE ILUMINAÇÃO RECOMENDÁVEIS PARA INTERIORES (valores fornecidos para pessoas com idade entre 40 e 55 anos, praticando tarefas). Descrição da atividade Em (1x) Depósito....................................................................200 Circulação / Corredor / Escadas...............................150 Garagem...................................................................150 Residências (cômodos gerais).................................150 Sala de leitura (biblioteca)........................................500Sala de aula (escola)............................................... 300 Sala de espera (foyer)..............................................100 Escritório...................................................................500 Sala de desenho (Arq. / Eng.).................................1000 Editoras (impressoras)............................................1000 Loja (vitrines).......................................................... 1000 Lojas (sala de vendas)..............................................500 Padarias (sala de vendas)........................................200 Lavanderias..............................................................200 Restaurantes (geral)................................................150 Laboratórios.............................................................500 Museus (geral).........................................................100 Indústria (geral)........................................................200 Ind. / Montagem (atividade de precisão média).......500 Ind. / Inspeção (atividade de precisão média)........1000 Ind. / Soldagem ( atividade de precisão média)..... 2000 11 D. Reflexão Quando aplicado com cautela, o uso de espelhos pode ampliar a sensação de claridade no ambiente. E. Efeito cromático Determinadas cores ou materiais absorvem mais ou menos luz, influindo na qualidade da iluminação; por exemplo, ambiente com cor muito clara, resulta numa iluminação mais intensa, comparando-se com a mesma luz num ambiente com cores escuras (tabela 5). Referências para cálculos Para saber aproximadamente quantas lâmpadas serão colocadas em um ambiente, de acordo com o recomendado na tabela 2, é preciso estabelecer as grandezas e as principais unidades fotométricas: 01. Fluxo luminoso: Lúmen – (lm) 02. Iluminância: Lux – (L) 03. Área a ser iluminada: (A) Tomando-se por base um escritório com 45 m2 e usando lâmpadas fluorescentes com 1.800 lúmen, e sabendo que a claridade recomendada para escritórios é 500 Lux por m2 temos: 500 L x 45m2 = 22.500 L 1.800 lm = 12 Lâmpadas Idade Quantidade de Luz Aos 10 anos de idade...........................1 Aos 20 anos de idade...........................1,5 Aos 30 anos de idade...........................2 Aos 40 anos de idade...........................3 Aos 50 anos de idade...........................6 Aos 60 anos de idade.........................15 CONFORME O AVANÇO DA IDADE, AUMENTA O NÍVEL DE ILUMINAÇÃO NECESSÁRIA 12 GRAU DE REFLEXÃO DE CORES E MATERIAIS COR BRANCO PRETO CINZA MÉDIO AMARELO* AZUL* VERMELHO* VERDE* GRAU DE REFLEXÃO 70 a 80% 03 a 07% 20 a 50% 50 a 70% 20 a 40% 15 a 30% 20 a 40% 70 a 80% 03 a 07% 20 a 50% 50 a 70% (*) Dependendo dos tons das cores MATERIAL MADEIRA CONCRETO TIJOLO ROCHA . Fig. 4ILUMINAÇÃO INDIRETA Fig. 2ILUMINAÇÃO DIRETA - GERAL Fig. 3ILUMINAÇÃO DIRIGIDA Tipos de iluminação Existem diversas maneiras de se aplicar iluminação em ambientes, classificadas de acordo com os elementos e objetivos. Em quase todas as situações esses tipos são usados em conjunto, sendo que um complementa ou substitui o outro, dependendo do efeito almejado. Direta geral É uma iluminação, geralmente colocada no teto, cuja luz incide diretamente sobre os objetos, banhando de luz todo o ambiente. É uma luz "dura" e agressiva, não proporcionando efeitos agradáveis. Por isso, sempre são usados elementos translúcidos para suavizar um pouco. (figura 2) Dirigida Em geral, trata-se de uma luz dirigida para um centro de interesse, mais baixa e com pendentes que escondem as lâmpadas nas laterais, protegendo a vista. Provoca muita sombra, por isso precisa de outros tipos para completar (figura 3). Indireta Neste caso, a luz é colocada no alto e jogada para cima, proporcionando efeitos agradáveis. Como as cores escuras quase não refletem luz é aconselhável usar cores claras nas áreas que vão "rebater" a luz, geralmente o teto (figura 4). Semi-direta As lâmpadas são colocadas em luminárias, arandelas ou pendentes de material translúcido e com aberturas, de modo que parte da luz é direta, parte é indireta (figura 5). Geral Difusa A intensidade da luz é quebrada por um material semi-transparente, proporcionando um "banho de luz" em todo o ambiente, porém, menos agressivo e com menos claridade que a luz totalmente direta (figura 6). Indireta com sancas No ponto de gesso, foi colocada a importância das sancas no projeto de iluminação. Estes 13 Fig. 7ILUMINAÇÃO INDIRETA COM SANCA Fig. 6ILUMINAÇÃO GERAL DIFUSA elementos servem tanto para "esconder" as lâmpadas, oferecendo ótimos efeitos, quanto para abrigar refletores para iluminação complementar (figuras 7 e 8). Destaque É um ponto de luz - em geral com lâmpada especial que não aquece muito – que incide sobre uma obra de arte, móvel de estilo, coleção, etc., de modo que o elemento se destaque (figura 9). Parede Lavada Pode ser através de luminárias encostadas na parede ou a própria sanca invertida, causando um efeito suave e destacando a parede (figura 10). Cênica A luz é colocada de baixo para cima, às vezes embutida no próprio piso, degraus de escadas e jardineiras, ou em abajures, projetando sombras dos elementos próximos, com interessantes efeitos visuais (figura 11). Rebatida Trata-se também de uma iluminação indireta, na qual a luz é lançada sobre uma superfície e projetada no ambiente, produzindo efeito agradável (figura 12). Fig. 8ILUMINAÇÃO MISTA COM SANCA Fig. 5ILUMINAÇÃO SEMI-DIRETA 14 ILUMINAÇÃO DESTAQUE FIG. 9 FIG. 10ILUMINAÇÃO “PAREDE LAVADA” 15 ILUMINAÇÃO REBATIDA FIG. 12 FIG. 11 ILUMINAÇÃO CÊNICA 16 Direta e Difusa Mista Wall Washing (parede lavada) Indireta Destaque Cênica 17 Suportes paras lâmpadas Existem vários tipos de suportes para abrigar uma infinidade de tipos e modelos de lâmpadas. Esses suportes são chamados genericamente de "luminárias" e a relação entre a luminária e a lâmpada é muito importante para se obter os efeitos desejados; de nada adianta escolher uma luminária sofisticada se a lâmpada não é compatível e vice-versa. Mesmo no caso das arandelas, por exemplo, existem aquelas que produzem luz indireta, difusa ou semi-direta. A escolha por um determinado suporte depende do estilo da decoração e do efeito que se pretende conseguir. A relação entre custo, benefício, potência, durabilidade e economia não podem ser desprezados. Pendentes São suportes de pendurar, utilizados em qualquer ambiente desde salas de jantar, estar a dormitórios. Pode ir sozinho ou em conjunto, produzindo luz direta ou indireta (figura 13). Arandelas São acessórios presos às paredes, que em geral produzem iluminação semi-direta e indireta, com resultados agradáveis (figura 14). Pedestais Também chamadas de Colunas, são luminárias compostas de uma base no piso e uma coluna que leva a iluminação para o alto, algumas com alturas reguláveis. Produzem luz direta, indireta ou difusa e aceitam vários tipos de lâmpadas (Figura 16). Lustres Exclusivamente para pendurar no teto, possuem uma infinidade de modelos, desde os tradicionais até os modernos, de acordo com o estilo da decoração. Em geral, abrigam várias lâmpadas (Figura 17). Spots São muito utilizados na decoração, especialmente quando o projeto envolve o gesso. Podem ficar expostos ou embutidos, produzindo uma iluminação dirigida e regulável (figura 18). Abajures Além de serem utilizados para quebrar a luz produzindo uma iluminação difusa complementar, estes acessórios colaboram muito para embelezar o ambiente (Figura 15). Plafonier É um suporte de teto constituído geralmente por uma armação metálica que sustenta um vidro translúcido ou leitoso, produzindo uma iluminação geral e difusa (figura 19). PENDENTE FIGURA 13 ARANDELA FIGURA 14 Balizadores O balizador é um tipo de iluminação de sinalização que normalmente é utilizado no piso ou na parede.Pode ser usado em corredores, escadas, jardins, estacionamentos, entre outros. Pode ser utilizado também para fins decorativos. 18 LUMINÁRIA FIGURA 15 LUSTRE FIGURA 16 SPOT FIGURA 17 PLAFONIER FIGURA 18 19 Luminária de piso Arandelas Abajur Balizadores Pendentes Trilhos e Spots 20 Tipos de lâmpadas Até a década de 70, a iluminação residencial era constituída basicamente pelo uso de lâmpadas incandescentes, nas áreas sociais e íntimas, e fluorescentes tubulares comuns na cozinha e área de serviço. Hoje, devido aos avanços nessa área, projetos mais ousados e a necessidade de se economizar energia elétrica, existe uma infinidade de tipos de lâmpadas, desde a comum e antiga, chamada Standard, até as mais sofisticadas e atuais, como as fluorescentes compactas (PLs), as halógenas dicróicas, as chamadas lâmpadas de descarga (Vapor Metálico, Vapor de Sódio, Vapor de Mercúrio e Mista), entre outras. A qualidade da luz depende muito da finalidade. Por exemplo: as lâmpadas incandescentes deixam as cores fiéis e são mais aconchegantes do que as fluorescentes. Por outro lado, produzem uma luz amarelada, não sendo indicadas para ambientes de trabalho. Mesmo entre as fluorescentes, existem aquelas que têm mais poder de fidelidade às cores. O calor que a lâmpada emite também deve ser considerado. As halógenas, por exemplo, produzem mais calor, enquanto que as fluorescentes – chamadas luz fria pelo aspecto azulado e pela baixíssima quantidade de calor que emitem – são econômicas e eficientes, muito empregadas em locais de trabalho que precisam de boa iluminação, pois imitam a luz do dia. Na iluminação residencial, são usadas em cozinhas, escritórios, garagens, corredores e áreas de serviços. Para se ter idéia da economia que essas lâmpadas proporcionam, uma lâmpada fluorescente de 20 W equivale a uma lâmpada incandescente de 100 W. São oferecidas em várias cores e variedade de potência. As lâmpadas de descarga, que são mais utilizadas na iluminação industrial, comercial e pública, ganharam novas versões, passando a ser empregadas também em projetos de interiores, fachadas e jardins. A maioria dos modelos e tipos de lâmpadas são comuns às empresas do setor, mudando apenas algumas características e a sigla ou nome ou sigla como são chamadas; outras são exclusivas de cada empresa. O critério que vamos adotar é classificar cada lâmpada pelo seu formato e pelas características mais marcantes. Principais tipos e modelos Fluorescentes Até pouco tempo atrás as lâmpadas fluorescentes eram utilizadas mais em ambientes comerciais, cozinhas e áreas de serviços, como as chamadas tubulares convencionais. Com os avanços tecnológicos, preocupação com a economia de energia e tentativa de alcançar uma luz mais adequada à visão humana, novas e excelentes opções vêm sendo criadas, como as compactas integradas que se adaptam aos soquetes comuns de lâmpadas incandescentes. Inclusive, existem hoje fluorescentes que se aproximam do IRC 100, Índice de Reprodução de Cores considerado fiel às cores. Basicamente, as fluorescentes são divididas em Tubulares, Compactas Integradas e Compactas Não Integradas, sendo que, na integrada o reator já vem acoplado na lâmpada, diferente da tubular e da não integrada, cujos reatores são separados. Tubulares - São utilizadas principalmente em ambientes comerciais e residenciais. Em residências, são restritas às cozinhas e áreas de serviços, por apresentarem baixo consumo e grande capacidade de iluminação. Sua instalação pode ser feita em calhas embutidas, luminárias tubulares, trilhos, sancas para iluminação indireta ou solta, sendo que, neste último caso a luz se dispersa um pouco. São fornecidas de 15 a 110 W, em vários modelos e características que variam conforme o fabricante. Possuem IRC variável entre 66 e 85 e temperatura de cor média ou fria entre 4.000 e 5.000 K. Aceitam a tensão 110 ou 220 Volts. Suas principais vantagens são o baixo consumo, maior iluminação e vida útil relativamente alta (em torno de 7.500h). Como desvantagens não aceitam dimerizadores e a vida útil pode ser encurtada conforme o número de acendimento (figuras 19). 21 Convencional - São as tubulares mais comuns, usadas em calhas comerciais simples ou decorativas. Para residências, são utilizadas em luminárias apropriadas. Antes apresentadas com 20W e 40W, atualmente vêm sendo substituídas pelas de 16W e 36W, mais econômicas. Necessitam de reatores convencionais, que precisam de start de partida ou eletrônicos. Tipo HO - De uso restrito ao comércio e à indústria são tubulares longas (2,40m), que funcionam com reatores eletrônicos. Possuem 110W de potência, gerando uma luz branca e forte. Compacta - Trata-se de uma tubular menor e mais fina do que a convencional, com potência de 15W, geralmente usada em luminárias, balcões e vitrines. Circular comum - Estas lâmpadas são uma alternativa de substituição das incandescentes com o mesmo fluxo luminoso, maior durabilidade (até 7.500 horas) e com uma economia de até 60%. Diferentes das circulares compactas integradas, precisam de luminárias e reatores. Circular fina - É uma tubular com 16 mm de diâmetro, utilizada em conjunto com reator eletrônico, gerando uma iluminação eficiente e decorativa. Pode ser incorporada a sistemas de ar condicionado e sonorização, garantindo boa iluminação com economia. Tem, em média, 16.000 horas de duração. Retangular - O princípio de funcionamento desta lâmpada é um anel fechado, que permite que a descarga ocorra sem a utilização de eletrodos. A energia é injetada em um campo eletromagnético gerado externamente. Isso dá uma durabilidade média de 60.000 horas (até 14 anos), possibilitando sua utilização em locais de difícil acesso, como ambiente com pé direito alto, túneis, indústrias, etc. CONVENCIONAL TIPO HO COMPACTA FLUORESCENTES TUBULARES FIGURA 19 RETANGULAR CIRCULAR COMUMCIRCULAR FINA 22 Compactas integradas São lâmpadas de descarga fluorescentes de pequenas dimensões, com IRC em torno de 80 e temperatura variável entre quente e fria (2.700 a 4.000 K). São chamadas de "Integradas" porque já vêm com os reatores embutidos e possuem rosca que se adapta aos bocais das incandescentes, dispensando o uso de luminárias. Suas principais vantagens são a economia de até 80% em relação às incandescentes e vida útil longa (em torno de 8.000 a 10.000h). O custo inicial é a principal desvantagem, que pode ser compensada pela economia de energia e durabilidade da lâmpada. Possui diversos modelos: "U", espiral, mini, etc., com luz branca ou amarela, que se aproxima das incandescentes e propicia um clima mais aconchegante aos ambientes (figura 20). Formato "U" Apresentadas em 2, 3 e 4 "Us" variando conforme o tipo de luminária e a quantidade de Wats. Já vem acoplada a um reator eletrônico e dura em média 10 vezes mais se comparada a uma lâmpada comum. Pelo seu baixo consumo torna-se ideal para ambientes que precisem ser iluminados durante muito tempo. Disponíveis em duas cores: Branca, a mesma luminosidade da fluorescente, ideal para áreas de serviços, copa/cozinha, banheiros, garagens, saguão de condomínio, etc; e Amarela: a mesma luminosidade das lâmpadas incandescentes, ideais para salas de jantar, estar, dormitórios e qualquer outro local onde se deseja uma iluminação aconchegante. Circular Tem praticamente as mesmas características da anterior. Estas lâmpadas possuem um fluxo luminoso de 950 lm (22W) e 1350 lm (32W), com uma eficiência média de 42W/lm. A luz branca (day light) tem uma temperatura de cor de 6400K, enquanto que a luz amarela (warm light) tem 2700K. Em termos de equivalência, a lâmpada de 22W é semelhante a uma incandescente de 75W; a de 32W equivale a uma comum de 100W. Proporcionam muita luz com economia. Globo Com formato decorativo, alta eficiênciade luminosidade e economia de até 80% em relação às incandescentes comuns, essa lâmpada em forma de globo com vidro opaco irradia uma luz agradável sem causar ofuscamento. Apresentada em 15W de potência, que equivale a 75W, pode ser acoplada a uma luminária pendente ou colocada diretamente no teto. Refletora (aberta) Seu formato lembra um spot e o efeito é um facho direcionado de luz, com pouca irradiação de calor. Por isso, essa lâmpada é uma ótima opção para substituir as incandescentes refletoras com vantagens a curto prazo, pois o alto custo inicial pode ser compensado pela durabilidade e economia de energia. É composta de um refletor metalizado incorporado à lâmpada fluorescente compacta, que favorece a projeção da luz. Ideais para pé direito alto, galerias de arte e iluminação de destaque. Espiral Estas lâmpadas eletrônicas com bulbo em formato espiral proporcionam uma distribuição mais uniforme de luz e têm dimensões próximas às das incandescentes comuns. Mantêm os mesmos níveis de durabilidade e economia das anteriores e sua forma compacta permite que sejam utilizadas em abajures, plafoniers, spots, pendentes lustres e luminárias de embutir, adequando-se a todo tipo de ambiente. Leitosa compacta Seu formato lembra uma lâmpada comum. No entanto é uma lâmpada eletrônica compacta de longa durabilidade (8.000 horas), que proporciona uma iluminação suave e aconchegante. A luz amarela tem a mesma luminosidade da incandescente. Apresentada com 7, 9, 11 e 13W, representando 35, 40, 50 e 60W, respectivamente, gerando uma 23 grande economia de energia. São lâmpadas ideais para salas de jantar, estar e dormitórios. Refletora (fechada) No formato parecido com o da lâmpada Leitosa Flúor, a Refletora tem a frente de vidro especial, que permite a passagem da luz intensa refletida no bulbo revestido. As demais características são iguais à anterior. Temperatura de cor 3.500K. Assim como a lâmpada Flúor, não permite o uso de dimmer. FLUORESCENTES COMPACTAS INTEGRADAS CIRCULAR GLOBO REFLETORA (aberta) FIGURA 20 ESPIRAL 15 W = 75 W 20 W = 100 W 18 W = 75 W 24 W = 100 W 32 W = 150 W COMPARATIVO DE CONSUMO FORMATO “U” LEITOSA COMPACTA REFLETORA (fechada) FIGURA 20 24 Compactas Não Integradas Também são fluorescentes de pequeno, médio e grande porte, com baixo consumo de energia, IRC e temperatura de cor semelhantes às integradas. A maior diferença é que, ao invés de rosca, elas possuem 2 ou 4 pinos de encaixar. Além disso, o reator eletrônico é separado. A mais simples tem um feixe luminoso em forma de "U", que vai de 108 mm a 230 mm de comprimento (5 a 11W). São indicadas para locais com altura não superior a 3,00 m. A maior vantagem dessas lâmpadas é que podem ser colocadas em qualquer posição, ideais para locais com dificuldades de altura de embutimento. As lâmpadas de 2 e 3 "Us" têm potência maior, de 36 a 42W, que representam 170W e 200W, em comparação com as incandescentes, sendo indicadas para locais que necessitam de níveis de iluminação superior a 300 Lux. São indicadas para saguões de condomínios, shoppings, hotéis, etc. Existem também as mais longas no formato "U", que chegam até 80W de potência, com comprimento de 570 mm, indicadas para altura superiores, principalmente aqueles com limitações de instalações, pois podem ser colocadas no sentido horizontal em luminárias refletoras, com ótimo aproveitamento de luz (figura 21). COMPACTAS NÃO INTEGRADAS FIGURA 21 Incandescentes As incandescentes são lâmpadas compostas por um bulbo de vidro com um filamento metálico dentro, que funciona como uma resistência com passagem da corrente elétrica, produzindo luminosidade. Possuem IRC 100, portanto, reproduzem fielmente as cores e temperatura de cor quente (abaixo de 3.000 K). São as lâmpadas mais utilizadas em residências e jardins. As principais vantagens são baixo custo, ignição imediata, são dimerizáveis, além do já citado IRC de alta fidelidade às cores. Como desvantagens estão o alto consumo de energia e a pouca vida útil, que gira em torno de 1.000h (figura 22). Standard É a mais comum de todas as lâmpadas, apresentada em vidro transparente, mas nem por isso deixa de ser eficiente. É usada tanto para iluminação direta quanto para indireta, em luminárias, lustres, abajures, plafons, etc. Anti-Inseto Possui o mesmo formato Standard, com bulbo A60 revestido internamente com uma camada especial, que produz radiação pouco visível aos insetos. Baixa Tensão Também no formato Standard, é uma lâmpada de 12 volts e 60 W, ideal para fazendas, sítios e locais de baixa tensão. Bulbo prateado A parte mais larga do bulbo recebe um revestimento especial, que impede a passagem e projeta a luz para cima. A iluminação se dá através de reflexo. Soft Com bulbo revestido na cor leitosa, ideal para iluminação geral, proporcionando uma luz suave e a sensação de conforto em quartos, salas e ambientes comerciais. Podem ser dimerizadas. 25 Refletora (Mini Spot) São lâmpadas especiais refletoras, ideais para iluminação de destaque em residências, hotéis e estabelecimentos comerciais. Apresentadas nas opções bulbo prateado e dou-rado, valoriza objetos, ambientes e peças de arte. Vela É apresentada em duas versões: lisa (menor) e balão (maior), e recebe este nome devido ao seu formato. É muito usada em luminá-rias de estilo, como lustres, candelabros e abajures. Bolinha Pode ser de vidro transparente, leitoso, colorido ou com bulbo prateado, indicada para fogão, geladeira, lustres, camarins, etc. Globo Parecido com o modelo Bolinha, porém de maior dimensão. Próprio para luminárias pendentes ou modelo de mesa, pois aquecem menos o ambiente. Defletora espelhada Parecida com a Refletora, é a única cuja luz sai em direção ao soquete que deve ser feito de porcelana, pois o de baquelite aquece o ambiente em demasia. STANDARD VELA BOLINHA COLORIDA ANTI-INSETO BAIXA TENSÃO REFLETORA (Mini Spot) SOFT BOLINHA FILAMENTO REFORÇADO BULBO PRATEADO FIGURA 22 LÂMPADAS INCANDESCENTES 26 Halógenas São lâmpadas incandescentes especiais e recebem este nome devido ao gás halógênio, que proporciona a luz ficar mais branca, e que com o filamento em tungstênio, tem maior vida útil. Em condições normais, podem chegar a uma vida útil de até 4.000 horas. As halógenas emitem muito calor, por isso algumas são dotadas de cápsulas e refletores especiais que fazem com que o fluxo luminoso seja projetado para trás, diminuindo o calor emitido pela lâmpada. São sensíveis ao toque. Por outro lado, emitem luz mais branca e têm vida útil mais longa que as incandescentes comuns (figura 23). Dicróica As lâmpadas dicróicas recebem este nome graças ao refletor dicróico no qual é acoplada a lâmpada halógena. Esse projetor é espelhado, multifacetado, com ângulo de abertura de 36°, o que diminui o calor emitido pela lâmpada. As dicróicas possuem luz branca, ótima reprodução de cor e temperatura de cor quente, em torno de 3.000 K. Sua vida útil é longa, podendo chegar até a 4.000 horas. Operam diretamente na rede elétrica, substituindo com facilidade as incandescentes, com economia de 25% a 40%. São apresentadas na versão 50W e tensão de 12V, necessitando de um transformador que faça a conversão da energia de 110 ou 220V para 12V. São utilizadas para destacar e valorizar objetos decorativos, vitrines e obras de arte, sendo muito empregadas em projetos comerciais e residenciais. Não alteram as cores dos objetos e podem ser usadas com dimer. Quando utilizadas para iluminação externa como paisagismo ou fachadas, precisam de luminárias vedadas. Palito São halógenas com grande capacidade de iluminação e ótima reprodução de cor. São bipolares e emitem temperaturas de cor quente, em torno de 3.000K. Não necessitam de transformador e podem ser ligadas em 110 ou 220V. Seu suporte é um projetor que aumenta o desempenho e pode ser interno ou externo. O uso dessas lâmpadas é bem versátil, desde lumináriasinternas tipo pedestal e arandelas, para iluminação indireta, até fachadas, vitrines, estacionamentos, etc. Oferecem ótima segurança, pois sua base tem os contatos protegidos por isolantes de porcelana. Não necessitam de reator, podendo ser ligadas diretamente na corrente elétrica. São muito sensíveis ao toque, por isso não devem ser seguradas com as mãos sem proteção. Quando usadas externamente, necessitam de um refletor lacrado com vidro. Podem ser usadas com dimmer e são encontradas nas potências de Wats 200, 300, 500 e 1000. PAR Estas lâmpadas possuem um bulbo de vidro reforçado acoplado a um refletor parabólico revestido de alumínio. Têm base de rosca, que se adapta aos soquetes comuns. Não necessitam de transformador e podem ser ligadas em 110 ou 220V. Produzem um facho de luz branco e brilhante, ideal para iluminação de destaque. Têm uma ótima reprodução de cores e acendimento imediato. Podem ser usadas com dimmer e proporcionam em média 60% a mais de luz no centro do facho, gerando uma economia de energia de até 25%. Ideal para atrair o público em lojas, valorizando detalhes e objetos em vitrines. Suas principais vantagens em relação às incandescentes comuns são: luz mais branca; vida útil mais longa (até 2.500 horas); o facho pode ser aberto ou fechado para destacar objetos; podem ser usadas em áreas externas sem a necessidade de luminária; economia de 25% de energia. A desvantagem é o custo inicial, bem mais alto que as incandescentes comuns. São recomendadas para iluminação de destaque, pois melhoram a iluminação sem alterar as instalações. É muito utilizada em áreas molhadas (presença de vapor) 27 pois, ao contrário das dicróicas, as ondas de calor são projetadas para frente. Cápsula É uma lâmpada compacta com base bipino e anticorrosiva, com opção de bulbo transparente ou revestido. Utilizam baixa pressão e possuem bloqueador de raios ultravioleta. São dimerizáveis e operam em tensão 127 e 220V, proporcionando uma iluminação elegante e sofisticada. Ideais para iluminação decorativa de residências, hotéis, lojas e luminárias de mesa. Spot É uma lâmpada halógena com bulbo feito de vidro especial, que reduz a radiação ultravioleta, e seu refletor multifacetado conduz a luz em ângulos bem fechados. Pode ser dimerizável, porém necessita de transformador. Pelo fato de absorver a emissão de raios ultravioleta, este mini spot reduz o desbotamento das cores. Por isso, pode ser utilizado para destacar obras de arte e pequenos objetos. Sua maior desvantagem é o calor que emite, HALÓGENA DICRÓICA HALÓGENA PALITO A LUZ REFLETIDA REDUZ O DESBOTAMENTO DAS CORES E AUMENTA O CALOR IRRADIADO. PAR - HALÓGENA AR HALÓGENA TIPO SPOT FIGURA 23 LÂMPADAS HALÓGENAS CÁPSULA REFLETORA 28 Estes tipos de lâmpadas são muito utilizados em projetos comerciais, lojas fachadas, monumentos, outdoor, etc. (figura 24). Tubular (MH-T) Lâmpadas de multi-vapor metálico com luz branca e colorida, consistem de um tubo contendo vapor de mercúrio em alta pressão e componente metálico envolvido por um bulbo tubular de vidro duro e base de rosca tipo padrão. Disponíveis nas cores vermelho, azul, verde e violeta. Têm altos fluxos luminosos, reduzindo a quantidade de luminárias, pois dispensam o uso de filtros coloridos que diminuem o fluxo e exigem mais luminárias. São ideais para fachadas e iluminação de efeitos. Lâmpadas de descarga Multi-Vapor Metálico São lâmpadas de descarga de alta pressão, indicadas para locais que exigem uma iluminação mais intensa, com custo de energia mais baixo. Apresentadas em vários formatos, têm um índice de reprodução de cores entre 75 e 85 e temperatura de cor neutra de 3.000K. Além das vantagens já mencionadas, vale destacar que estas lâmpadas emitem pouco calor. Como desvantagens estão a necessidade de reatores, a ignição lenta e o reacendimento – depois de apagada, a lâmpada pode demorar de 5 a 15min para reacender. DUPLO TERMINAL FIGURA 24 COM PINOS TUBULAR OVÓIDE REFLETORA TUBO CERÂMICO LÂMPADAS DE MULTI-VAPOR METÁLICO 29 FIGURA 25 VAPOR DE SÓDIO LÂMPADA MISTA FIGURA 27 Vapor de Sódio É um tubo de descarga composto de Sódio, Mercúrio e Xenônio, utilizado como gás de partida. Econômica e com vida útil longa, é ideal para iluminação pública, industrial, pátios e estacionamentos (figura 25). Lâmpada Mista Sistema Misto é uma lâmpada que possui um filamento em um tubo de descarga, ligados diretamente à corrente elétrica. Não necessita de reator, por isso substitui com vantagens lâmpadas incandescentes de alta potência. Tem boa reprodução de cores e é indicada para grandes lojas, supermercados, etc. Apresentadas em 160, 220 e 250W (figura 26). Vapor de Mercúrio Lâmpadas de vapor de mercúrio em alta pressão possuem um bulbo de vidro revestido, contendo um gás que mantém a temperatura, e um tubo contendo vapor de mercúrio. Produz uma luz fria, branca azulada, com reprodução de cor razoável. (figura 27). Tipos e Modelos especiais Provavelmente, enquanto concluímos este ponto, novos modelos e tipos de lâmpadas já estejam chegando no mercado. Empresas como a Philips, Osram, GE, FLC, entre outras, têm modelos exclusivos e estão sempre fazendo novos lançamentos buscando acompanhar as evoluções tecnológicas na área. Por isso, reforçamos a importância de o profissional estar sempre atualizado, para inserir nos seus projetos e oferecer aos seus clientes as melhores opções nesta importante área do Design de Interiores, Paisagismo e Arquitetura. VAPOR DE MERCÚRIO FIGURA 26 30 MÓDULOS DE LEDS FIGURA 28 LED Criado pela indústria eletrônica, em 1962, para indicação luminosa em eletrodomésticos, o LED é aquele pontinho de luz geralmente verde ou vermelho que aparece em DVDs, computadores, aparelhos de som, etc. Foi inventado pelo engenheiro norteamericano Nick Holoniyak Jr, na época funcionário da empresa General Electric, e vem sendo constantemente aprimorado pelos fabricantes; tem se tornado mais eficiente em termos de luminosidade, possibilitando cada vez mais o seu uso na iluminação de ambientes. As principais vantagens do LED (que em inglês quer dizer Diodo Emissor de Luz) são o baixo consumo de energia, a vida útil longa e a alta eficiência de luminosidade, além de possibilitar uma gama de cores, através da combinação das três primárias da luz (vermelho, verde e azul). Por enquanto, seu uso restringe-se à sinalização de pisos, balizamentos e efeitos auxiliares da iluminação convencional e somente os especialistas têm acesso. O preço alto também ainda é um empecilho, mas a tendência é que, com o crescimento da demanda, o preço caia e essa válvula eletrônica emissora de luz revolucione a iluminação. Os Leds são componentes semicondutores que convertem energia elétrica diretamente em luz, substituindo a aplicação de lâmpadas convencionais. Apresentam melhor efeito visual (luzes coloridas), baixo consumo de energia e longa durabilidade. Por estas e outras características, os Leds vêm adquirindo grande preferência entre os profissionais da área, que agora dispõem de um novo e excelente recurso para os seus projetos (figura 28). 31 Projeto de iluminação O projeto de iluminação deve ser elaborado de maneira bem detalhada, somente para os profissionais que irão executar o trabalho; quer dizer, não existe a necessidade de se fazer um projeto de apresentação para o cliente. Além das questões estéticas, escolha dos modelos e tipos de lâmpadas e suportes, é preciso fazer os cálculos para se estabelecer as quantidades exatas de lumes que o ambiente necessita; um ambiente muito iluminado é tão prejudicial quanto um com iluminação insuficiente. Além da planta com cotas, eventualmente um corte e detalhamento, é preciso fazer uma Legenda, especificando cada símbolo representado no projeto, especificação do suporte, tipo de lâmpada, quantidade de Wats, modelos de tomadas, interruptores, etc. (tabela 6). Spx S Syx Sx Plafon no tetopara lâmpada incandescente de 100W Plafon de embutir direcional para lâmpada dicróica de 50W - 36° downligth lâmpada fluorescente compacta 2x18W Pendente lâmpada halógena 100W Plafon de vidro jateado para lâmpada fuorescente compacta 2x18W Calha para lâmpada fluorescente 2 x 36W - L= 1.20m Varal para lâmpada dicróica 50W Tomada baixa 110V - h=30cm Tomada baixa 220V - h=30cm Tomada alta 220V - h=110cm Tomada alta 110V - h=110cm Ponto para telefone na parede h=30cm ponto para telefone no piso Ponto para interfone na parede h=30cm ou 180cm Ponto para interfone no piso Central de telefonia Arandela de vidro jateado para lâmpada halógena de 100W Toamda para piso 110V Tomada para piso 220V Interruptor Simples - acende o ponto “x” Interruptor Paralelo - acende o ponto “x” Interruptor de duas teclas Disjuntor - acende o ponto “x” Botão campainha Cigarra Ponto de antena para TV e FM Central de Som Caixa acústica Q.D.L. - Quadro de Luz Circuito sobe Circuito desce Eletroduto parrede e teto Eletroduto no piso Fase, Retorno, Terra, Neutro Dx C S TV SOM TEL TABELA 6 - SIMBOLOGIA DE LUMINOTÉCNICA OBS: Os simbolos aqui apresentados podem ser criados ou modificados a critério do projetista, desde que todas as pranchas de Luminotécnica estejam acompanhadas de legenda com a simbologia adotada. 32 Exemplos de Projetos 01. Cozinha No projeto de iluminação, é ideal que cada ambiente seja feito separadamente, com o respectivo Memorial Descritivo e a legenda. Neste projeto de cozinha, o forro foi rebaixado em 15 cm para que a iluminação pudesse ser embutida (figuras 29 e 30). Iluminação direta O objetivo é banhar uniformemente todo o ambiente. Por isso foram usados downlights para lâmpadas fluorescentes compactas de 18W, com temperatura de cor quente 2.700K. Iluminação de destaque O objetivo é aumentar o nível de iluminação sobre as bancadas de trabalho e valorizar a estante de vidro ao lado da bancada de refeições. Será feita através de plafons direcionais de embutir para lâmpadas dicróicas de 50W. Sobre a bancada de refeições, um pendente para lâmpada incandescente de 60W. Interruptores A iluminação direta é acionada por dois interruptores paralelos (SpA), sendo um colocado na entrada da cozinha e outro na saída para a área de serviço. A iluminação direcional sobre as bancadas de trabalho é acionada por um interruptor simples (SB) e a iluminação sobre a bancada de refeições e sobre a estante é acionada pelo interruptor SC. Tomadas Foram previstas três tomadas altas de 110W, para geladeira, freezer e sobre a bancada para refeições.; para o fogão e a máquina de lavar louças, duas tomadas baixas de 110W e para o aquecedor e o triturador, localizados debaixo da pia, duas tomadas baixas de 220W. FIGURA 29 33 Sp Sx DOWNLIGHT EMBUTIDO PARA 1 LÂMPADA FLUORESCENTE COMPACTA DE 26W, COM VIDRO DIFUSOR JATEADO EMBUTIDO DIRECIONÁVEL PARA LÂMPADA DICRÓICA DE 50W PENDENTE DE ALUMÍNIO ESCOVADO PARA LÂMPADA PAR 20 DE 50W TOMADA BAIXA DE 110V TOMADA BAIXA DE 220V TOMADA ALTA DE 110V TOMADA ALTA DE 220V INTERRUPTOR PARALELO INTERRUPTOR SIMPLES LEGENDA FIGURA 30 34 Profundidade Neste caso deve-se descontar a profundidade do armário, que é de 35cm, pois ele está rente ao forro reduzindo visualmente a profundidade da cozinha. 2,50m – 0,35m = 2,15m divididos por dois pontos de luz = 1,08m entre os pontos de luz e 0,54m do ponto até o armário e a parede oposta. Distribuição da luz direta Largura Sabendo que a iluminação direta deve banhar uniformemente todo o ambiente deve-se fazer com que a distância entre os pontos de luz seja o dobro da distância do ponto de luz até as paredes: 4,00m de largura divididos por 2 pontos de luz = 2,00m entre os pontos e 1,00m dos pontos até as paredes. Memorial de cálculo A cozinha em questão tem 10m2 e adotamos como nível mínimo 20W por m2, portanto o ambiente deveria totalizar no mínimo 200W. Considerando que cada downlight tenha duas lâmpadas de 18W, teremos 2 x 18 x 4 = 144W. Além disso, teremos sobre a bancada de trabalho três lâmpadas dicróicas de 50W, totalizando 150W. Somando as duas iluminações, teremos 294W, ou seja, 50% a mais do que o necessário. Resumo: Iluminação mínima recomendada para o ambiente: 20W/m2 x 10m2 = 200W. Iluminação real instalada: 2 lâmpadas de 18W x 4 suportes = 144W + 3 lâmpadas de 50W = 150W. Total 294W. 02. Home Office Projeto dimensionado para ambiente de trabalho multifuncional, voltado para atividades de artes plásticas, design de interiores e ciências humanas. Na bancada de trabalho (canto superior esquerdo), foram previstos pontos para a conexão de mesa de luz, equipamento de fax- scanner-impressora, telefones, computador, modem e luminária. Na parede lateral esquerda encontram-se os pontos para TV a cabo e aparelhagem de som. Na parede lateral direita estão distribuídos os pontos de iluminação orientável embutida (mini dicróica), arcondicionado, tomadas para luminárias de leitura e interruptores paralelos. Para o ponto de iluminação central foi utilizado um plafon de luz indireta quadrado, com quatro lâmpadas halógenas lapisfira tipo J, 78 mm, 130 V, 100 W. (figura 69). Normas Técnicas para Projetos de Iluminação e Instalações Elétricas A Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) regulamenta as especificações para projetos de iluminação e instalações elétricas em ambientes. No entanto, estas normas levam em conta somente a relação de W por m2 e foi elaborada há anos, quando ainda não existiam lâmpadas halógenas nem fluorescentes compactas. Portanto, ao aplicar as normas abaixo, deve-se levar em conta a eficiência destas lâmpadas modernas. Por exemplo: uma lâmpada dicróica de 50W tem um fluxo luminoso 50% maior do que uma incandescente de 100W. Recomendações Para os primeiros 6m2 de um ambiente são necessários 100W de iluminação. Para cada 4m2 restante são necessários 60W. 35 Dependendo do tipo de ambiente, existe uma variação quanto a Norma Técnica Brasileira, a saber: Salas 25W m2; Dormitórios 10 a 20W m2 Banheiros e Cozinhas 20W m2; Escritórios e Consultórios 30W m2 Exemplo Para um ambiente de 14m2 teremos: 100W para os primeiros 6m2 120W para os 8m2 restantes Totalizando 220W, poderíamos usar: 4 lâmpadas de 60W ou 5 lâmpadas de 50W ou . 3 lâmpadas de 100W Tomada Baixa - h=0,30 - 110V Tomada Média - h=0,60 a 0,80m - 110V Tomada Alta - h=0,80 a 1,20m - 110V TV Cabo - h=0,80 Ar Condicionado - h=2,30 - 220V Telefone - h=0,60 Interruptor Paralelo 3 teclas - Acende Ponto ABC - h=0,60 Interruptor Paralelo Acende Ponto A Plafond Luz Indireta Quadrado Spot Emb. Quadrado Minidicróica Orientável Spot Emb. Quadrado Minidicróica Orientável c AR C S//A S//ABC l B C A LEGENDA FIGURA 69 36 Reatores Reator é uma espécie de conversor, usado em todas as lâmpadas fluorescentes, para adaptar a voltagem da lâmpada à corrente elétrica, sendo que nas tubulares é instalado separadamente. Existem atualmente dois tipos de reatores: o eletromagnético convencional e o eletrônico. Os reatores eletrônicos são mais modernos e vêm substituindo os convencionais, pois apresentam inúmeras vantagens: economizam energia; ampliam a vida útil da lâmpada; não tem ruídos; não causam efeito estroboscópio; fator de potência altíssimo; múltipla alimentação; peso e volume bem inferiores; desligamento automático quando acaba a vida útil da lâmpada; circuitos inteligentes e facilidade de instalação. Transformador Geralmente de maior porte que o reator, cumpre a mesma função em outros tipos de lâmpadas, como as de vapor de sódio. Dimmer É uma espécie de potenciômetro, que regula a intensidade da luz. É especialmente útil para ambientes que não possuem muitos pontos de luz, pois esta pode ser controlada conforme a necessidade Start Trata-se de um componente, usado entre o reator convencional e a lâmpada, cuja finalidade é impulsionar o acendimento da lâmpada fluorescente. Disjuntor É uma espécie de interruptor,instalado geralmente no quadro de força, usado como ponte de ligação entre a corrente e os aparelhos. Faz a distribuição dos setores e quando há uma sobrecarga desliga-se automaticamente, evitando curto-circuito. É preciso que a amperagem seja compatível com a corrente elétrica. Componentes São peças, acessórios e equipamentos complementares em um projeto de elétrica ou iluminação, como fios e cabos, tomadas, interruptores, etc. É muito importante que estes componentes sejam de ótima qualidade e compatíveis com as cargas que irão receber. Tomadas Qualquer ambiente deve ter pelo menos uma tomada. O ideal é que seja instalada uma tomada para cada 6 metros lineares. Por exemplo: um ambiente de 3,00m x 4,00m precisa ter no mínimo 3 tomadas. Deve-se observar se o aparelho a ser conectado é trifásico ou monofásico. Interruptores A distribuição dos interruptores deve ser feita com base na somatória das potências dos pontos de luz que irão acender. Sabemos que a potência é resultante da tensão da rede multiplicada pela intensidade da corrente elétrica. P = U x I P = Potência U = Tensão fornecida pela rede (110 ou 220V) I = Intensidade da corrente elétrica Exemplo Para adicionar 30 lâmpadas dicróicas de 50W, sabendo que o transformador consome 5W e a tensão da rede é de 110V. Dicróica + Transformador = 1 Aparelho de 55W, U = 110W - I = 10A Cálculo para potência dos Aparelhos: 55W x 30 Aparelhos = 1.650W Cálculo para potência admissível por interruptor: 110V x 10ª = P 1.100W Portanto, para 30 lâmpadas são necessários 2 interruptores. 37 LA E R TE G A LE S S O Todos os direitos reservados É proibida a reprodução e a utilização sem a expressa autorização da ABRA - Academia Brasileira de Arte. São Paulo, Julho de 2019. Editado por: ABRA - Academia Brasileira de Arte Elaboração : Laerte Galesso Montagem Final: Carlos Eduardo Mendonça Revisão Geral: Paulo Merino // LUMINOTÉCNICA APLICADA À PROJETOS Este caderno tem por objetivo transmitir os principais Fundamentos de Projetos Luminotécnicos, aplicados na etapa de iluminação dos Projetos de Interiores. É indicado a estudantes do curso Técnico em Design de Interiores.
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