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Música, sim, movimento e inclusão

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Prévia do material em texto

Thatiane Pires
Música, som,
movimento e inclusão
Sugestões de atividades 
lúdico-musicais
Música, som,
movimento e inclusão
Sugestões de atividades 
lúdico-musicais
Thatiane Pires
Niterói
Thatiane Maria Correia Ramos Pires
2016
6
AgradecimentosFicha Técnica
P 667 Pires, Thatiane Maria Correia Ramos
 Música, som, movimento e inclusão: sugestões de atividades 
 lúdico-musicais [recurso eletrônico] / Thatiane Maria Correia 
 Ramos Pires, Luciano Pires. – 1. ed. – Niterói: Autor, 2016.
 128 f.: il.; 28,50 cm.
 Modo de acesso: 
 http://www.inclusaopelamusica.com no formato PDF (Portable 
 Document Format). Este formato necessita do leitor de arquivos 
 Acrobat Reader ou outro programa compatível.
 Bibliografi a: p. 122-123.
 ISBN 978-85-921037-0-5
 1. Música na educação. 2. Inclusão escolar. 3. Jogo infantil. 
 4. Brincadeira. I. Pires, Luciano. II. Título.
 CDD 372.87
IDEALIZAÇÃO:
Thatiane Maria Correia Ramos Pires
ORIENTAÇÃO:
Prof.ª Dra. Cristina Lúcia Maia Coelho
PROJETO GRÁFICO, DIAGRAMAÇÃO E ILUSTRAÇÕES:
Thatiane Maria Correia Ramos Pires
FOTOS E EDIÇÃO DAS PARTITURAS:
Luciano Linhares Pires
Ficha de catalogação elaborada por Sandra Filgueiras (CRB 7 3861) com os dados fornecidos 
pela autora.
© Thatiane Maria Correia Ramos Pires
Reservados todos os direitos dessa publicação. Autoriza-se a reprodução total ou parcial 
da obra para fi ns educativos desde que a fonte seja citada.
7
Agradecimentos
À minha família: meus pais, Antonio Mateus de Ramos e Maria da Conceição 
Correia Ramos; irmãos, Viviane Aparecida Correia Ramos e Deyvidy Mateus 
Correia Ramos, por me incentivarem e me apoiarem sempre;
Ao meu marido Luciano Linhares Pires, por acreditar em minha capacidade, pela 
paciência e pelo amor;
Aos meus sogros Alziani Linhares Pires e José de Lima Pires, pelas palavras de 
apoio e carinho;
À minha orientadora, professora Cristina Lúcia Maia Coelho, pela paciência e 
disponibilidade para a realização deste trabalho;
Aos amigos do Conservatório Estadual de Música Lia Salgado, pelos anos de 
convivência e aprendizado, em especial à minha querida amiga Marília de Oliveira 
Barbosa Freitas, por me ensinar a ter coragem e determinação;
Aos professores e funcionários da Escola Municipal Santo Tomás de Aquino e do 
Centro Cultural do Complexo Henrique Lage - Faetec, por acreditarem em meu 
trabalho;
À diretora e à supervisora da Escola Municipal Jacinta Medela, onde foi realizada 
a coleta de dados, e às professoras que participaram desta pesquisa;
Aos colegas do mestrado, pela convivência e troca de experiências, em especial 
à Márcia Cristina Troly da Silva, pelo carinho e amizade;
À Rosa Kelma Carneiro, por me incentivar a cursar o mestrado;
À minha amiga Líliam Cafi ero Ameal, com quem sempre posso contar;
À Aimi Tanikawa de Oliveira e à Iolanda da Costa da Silva, pelo apoio e ajuda para 
realizar esta pesquisa;
Ao Leonardo Barroso da Silva, à Camila Pereira de Lemos e à Thayslane Pereira dos 
Santos Leite, pelo apoio no decorrer dos encontros da Ofi cina de Musicalização;
Aos professores do mestrado, pelos novos conhecimentos que possibilitaram a 
concretização deste trabalho;
À professora Rejany dos Santos Dominick, por aceitar o convite para ser a 
revisora da dissertação de mestrado e membro suplente da banca examinadora;
À professora Luciana Pires de Sá Requião, por aceitar o convite para participar 
da banca examinadora da dissertação de mestrado como membro externo; 
À professora Dagmar Mello e Silva, por aceitar o convite para participar da 
banca examinadora da dissertação de mestrado;
À professora Lúcia de Mello e Souza Lehmann, por aceitar o convite para 
participar da banca examinadora da dissertação de mestrado;
Aos alunos e ex-alunos, por me inspirarem e me ensinarem como ensinar;
Enfi m, a todos que contribuíram e torceram para a realização deste sonho.
8
JOGOS MUSICAIS.................................................. 23 
BRINCADEIRAS CANTADAS, RÍTMICAS E 
EXPRESSIVAS....................................................... 47 
CONSTRUÇÃO DE OBJETOS SONOROS E 
INSTRUMENTOS MUSICAIS................................... 71
SUGESTÕES DE LIVROS, CDs E SITES...................... 95
MATERIAL COMPLEMENTAR................................ 109
Avidade 1 - Sons do corpo............................................................................................................................ 26
Avidade 2 - Sonorização de história............................................................................................................. 28
Avidade 3 - Imitando um animal.................................................................................................................. 30
Avidade 4 - Dado animal.............................................................................................................................. 32
Avidade 5 - Cada cor um som....................................................................................................................... 34 
Avidade 6 - Caminho sonoro ....................................................................................................................... 36
Avidade 7 - Jogo da memória audiva......................................................................................................... 38
Avidade 8 - Caixa misteriosa........................................................................................................................ 40
Avidade 9 - O maestro................................................................................................................................. 42
Avidade 10 - Jogo da memória dos instrumentos musicais.......................................................................... 44
Avidade 11- Andando pela sala.................................................................................................................... 50
Avidade 12 - Passando a bola....................................................................................................................... 52
Avidade 13 - Guli guli................................................................................................................................... 54
Avidade 14 - Escravos de Jó.......................................................................................................................... 56
Avidade 15 - Boneca de lata......................................................................................................................... 58
Avidade 16 - Caranguejo.............................................................................................................................. 60
Avidade 17 - Brincadeira.............................................................................................................................. 62
Avidade 18 - Pula canguru........................................................................................................................... 64
Avidade 19 - A pulguinha............................................................................................................................. 66
Avidade 20 - Dança do bambolê.................................................................................................................. 68
Avidade 21 - Chocalho................................................................................................................................. 74
Avidade 22 - Tambor.................................................................................................................................... 76
Avidade 23 - Tambor do oceano...................................................................................................................78
Avidade 24 - Castanholas............................................................................................................................. 80
Avidade 25 - Pau-de-chuva.......................................................................................................................... 82
Avidade 26 - Reco-reco................................................................................................................................ 84
Avidade 27 - Trompa de conduíte................................................................................................................ 86
Avidade 28 - Violão de caixa......................................................................................................................... 88
Avidade 29 - Carrilhão com chaves.............................................................................................................. 90
Avidade 30 - Pulseira com guizos................................................................................................................. 92
PREFÁCIO............................................................ 11
APRESENTAÇÃO.................................................. 12
VAMOS FAZER MÚSICA?..................................... 14
MÚSICA, INCLUSÃO E DIVERSIDADE ................... 16
O JOGO E A BRINCADEIRA.................................. 20
Su
m
ár
io
Linguagem musical............................................................................................................ 14
Elementos musicais........................................................................................................... 15
9
JOGOS MUSICAIS.................................................. 23 
BRINCADEIRAS CANTADAS, RÍTMICAS E 
EXPRESSIVAS....................................................... 47 
CONSTRUÇÃO DE OBJETOS SONOROS E 
INSTRUMENTOS MUSICAIS................................... 71
SUGESTÕES DE LIVROS, CDs E SITES...................... 95
MATERIAL COMPLEMENTAR................................ 109
Avidade 1 - Sons do corpo............................................................................................................................ 26
Avidade 2 - Sonorização de história............................................................................................................. 28
Avidade 3 - Imitando um animal.................................................................................................................. 30
Avidade 4 - Dado animal.............................................................................................................................. 32
Avidade 5 - Cada cor um som....................................................................................................................... 34 
Avidade 6 - Caminho sonoro ....................................................................................................................... 36
Avidade 7 - Jogo da memória audiva......................................................................................................... 38
Avidade 8 - Caixa misteriosa........................................................................................................................ 40
Avidade 9 - O maestro................................................................................................................................. 42
Avidade 10 - Jogo da memória dos instrumentos musicais.......................................................................... 44
Avidade 11- Andando pela sala.................................................................................................................... 50
Avidade 12 - Passando a bola....................................................................................................................... 52
Avidade 13 - Guli guli................................................................................................................................... 54
Avidade 14 - Escravos de Jó.......................................................................................................................... 56
Avidade 15 - Boneca de lata......................................................................................................................... 58
Avidade 16 - Caranguejo.............................................................................................................................. 60
Avidade 17 - Brincadeira.............................................................................................................................. 62
Avidade 18 - Pula canguru........................................................................................................................... 64
Avidade 19 - A pulguinha............................................................................................................................. 66
Avidade 20 - Dança do bambolê.................................................................................................................. 68
Avidade 21 - Chocalho................................................................................................................................. 74
Avidade 22 - Tambor.................................................................................................................................... 76
Avidade 23 - Tambor do oceano................................................................................................................... 78
Avidade 24 - Castanholas............................................................................................................................. 80
Avidade 25 - Pau-de-chuva.......................................................................................................................... 82
Avidade 26 - Reco-reco................................................................................................................................ 84
Avidade 27 - Trompa de conduíte................................................................................................................ 86
Avidade 28 - Violão de caixa......................................................................................................................... 88
Avidade 29 - Carrilhão com chaves.............................................................................................................. 90
Avidade 30 - Pulseira com guizos................................................................................................................. 92
11
Prefácio
É com muita satisfação e orgulho que apresento este 
livro eletrônico de Thatiane Pires. A autora é minha aluna e 
orientanda no curso de Mestrado Profi ssional em Diversidade 
e Inclusão da UFF e por seu talento e responsabilidade aliados 
ao seu entusiasmo exigiu muito pouco de mim. Professora 
nata e extremamente criativa, envolve-se de corpo e alma no 
planejamento e execução de suas ofi cinas de musicalização. 
Sua experiência como professora de música a levou a construir 
este livro afi nado às tecnologias contemporâneas voltado para 
professores especializados ou não. Além de criar as atividades 
das ofi cinas, Thatiane se esmera nas ilustrações também de sua 
autoria. As ofi cinas propostas foram testadas empiricamente 
em turmas de licenciatura da Universidade Federal Fluminense 
assim como com professores da Fundação Municipal de Educação 
de Niterói. Por fi m, vale registrar que a ideia de inserir a música 
no cotidiano das escolas traz sem dúvida uma experiência que 
permite ao aluno construir conceitos de diferentes áreas do 
conhecimento a partir de sua ação de forma prazerosa e lúdica. 
As atividades de musicalização propostas colocam o aluno como 
protagonista do seu processo de construção do conhecimento 
levando-o ao desenvolvimento num espectro amplo desde 
dimensões físicas, psicomotoras até as sócio-afetivas. Em 
síntese, a presente obra nos remeteà linguagem musical 
como uma forma ímpar de expressão da sensibilidade humana. 
Dra. Cristina Lúcia Maia Coelho
Professora Associada de Psicologia da Educação 
da Faculdade de Educação e 
do Curso de Mestrado Profissional 
em Diversidade e Inclusão
Universidade Federal Fluminense - UFF
Apresentação
 Este livro digital é o produto fi nal 
da dissertação de mestrado que tem 
como título “Livro Digital: Sugestões de 
atividades lúdico-musicais”, desenvolvida 
durante o curso de Mestrado Profi ssional 
em Diversidade e Inclusão e que foi ofertado 
pelo Instituto de Biologia da Universidade 
Federal Fluminense, sob a orientação da 
Prof.ª Dra. Cristina Lúcia Maia Coelho. 
 Iniciamos a pesquisa com uma 
proposta de sensibilização musical 
de professores por meio da ofi cina de 
musicalização que ocorreu na Escola 
Municipal Jacinta Medela em Niterói 
entre os meses de agosto e novembro 
de 2015. Realizamos 4 encontros com 
temas diversifi cados que abrangeram: 
a música e suas possibilidades, vivência 
musical, construção de objetos sonoros 
e instrumentos musicais com materiais 
reaproveitáveis e confecção de materiais 
pedagógicos. Durante os encontros, os 
professores puderam vivenciar algumas das 
atividades descritas no presente material. 
13
e instrumentos musicais sempre de forma 
lúdica. Em algumas dessas atividades são 
apresentados brinquedos cantados que 
fazem parte da cultura musical brasileira e 
também canções autorais, possibilitando ao 
professor ampliar seu repertório musical. 
Procuramos propor, a cada página, uma 
atividade com o passo-a-passo de maneira 
clara para que o professor possa executá-
la com seus alunos na sala de aula inclusiva.
 Cabe ao professor, no entanto, usar 
as atividades contidas neste livro da melhor 
maneira que lhe convier, adaptando-as de 
acordo com as situações encontradas 
em seu dia-a-dia escolar. Ou seja, essas 
atividades não são fechadas e nem 
consideradas como uma “receita de bolo”, 
mas sim, podem ser reinventadas pelo 
professor.
 Após a apresentação das atividades 
é sugerido um vasto material que pode ser 
usado para enriquecer as aulas e também 
servir para aprimorar os conhecimentos 
sobre música e a inclusão de crianças com 
defi ciência no contexto educacional.
 No material complementar estão 
inseridos materiais que servem de recursos 
visuais para imprimir, recortar e usar como 
o professor quiser.
 Sabemos que o cotidiano escolar 
nos impõe diversos desafi os. Por isso, 
esperamos que este livro forneça um 
suporte valioso para o professor, permitindo 
a todas as crianças o acesso à música.
 Enfi m, este livro foi feito por um 
professor para outro professor!
Thatiane Pires
A intenção desta publicação é 
oferecer aos professores especializados 
ou não em música que atuam na Educação 
Infantil e nos Anos Iniciais do Ensino 
Fundamental sugestões didáticas que 
possibilitem uma interação com os alunos 
nas salas inclusivas por meio de atividades 
que proporcionem experiências sonoro-
musicais, lúdicas e criativas. 
 Os objetivos das atividades lúdico-
musicais contidas neste material são vários: 
desenvolver aspectos musicais, lúdicos, 
cognitivos, sensoriais, psicomotores, 
relacionais, afetivos e criativos. 
 Os educadores musicais que 
fundamentaram esse trabalho foram: 
Viviane Louro, que propõe jogos musicais e 
atividades pedagógicas inclusivas; Teca de 
Alencar Brito, com propostas para formação 
integral da criança; Émile Jacques-Dalcroze, 
que propõe uma metodologia baseada no 
movimento corporal e na escuta ativa; e 
Raymond Murray Schafer que aponta a 
importância da escuta atenta da paisagem 
sonora que nos cerca. Os aspectos da 
psicomotricidade também foram um eixo 
importante para o desenvolvimento e 
organização das atividades.
 Vale ressaltar que não há pretensões 
de que esta publicação seja um método de 
educação musical. Este livro tem como foco 
sensibilizar e motivar o professor, que é o 
mediador do aprendizado, a utilizar a música 
de forma mais constante na sala de aula 
que contemple a inclusão na diversidade.
 No decorrer do livro, são 
sugeridas atividades compostas por 
jogos, brincadeiras cantadas, rítmicas e 
expressivas, como também atividades que 
envolvem a construção de objetos sonoros 
Vamos fazer música?
14
Linguagem musical
 Estudos mencionam que a música 
sempre esteve presente na vida dos seres 
humanos desde as mais primitivas até as 
atuais civilizações, acompanhando-os em 
todos os momentos e situações cotidianas. 
Ela faz parte de todas as culturas, povos 
e nações, exercendo as mais variadas 
funções. Podemos notar que existe música 
para dormir, para dançar, para relaxar, para 
curar, para rituais religiosos, etc.
 Brito (2003, p. 25) afi rma que “a 
linguagem musical tem sido interpretada, 
entendida, defi nida de várias maneiras, 
em cada época e cultura, em sintonia com 
o modo de pensar, com os valores e as 
concepções estéticas vigentes”.
 Para Montanari (1993) o conceito 
de música é subjetivo e tem se modifi cado 
bastante com o passar dos anos, fi cando 
muito mais complexo. Ainda nesta linha 
de pensamento, Griffths (1995, p. 145) 
descreve que “a ideia de música mudou 
desde 1900”, onde “a gama de sons que 
se poderiam considerar musicais aumentou 
amplamente”. Dessa forma, a música que 
se conhece atualmente, “opera com todo e 
qualquer tipo de sons, até mesmo ruídos” 
(BRITO, 2003, p. 28).
 De acordo com o Referencial 
Curricular Nacional para a Educação Infantil 
(1998, p. 45) “a música é a linguagem que 
se traduz em formas sonoras capazes 
de expressar e comunicar sensações, 
sentimentos e pensamentos, por meio da 
organização e relacionamento expressivo 
entre o som e o silêncio”.
 Nos Parâmetros Curriculares 
Nacionais (PCN), a Arte é apresentada 
como área do conhecimento e de grande
importância no processo de ensino 
e aprendizagem. No que se refere à 
especifi cidade da música, é ressaltado que:
Para que a aprendizagem da música 
possa ser fundamental na formação 
de cidadãos é necessário que todos 
tenham a oportunidade de participar 
ativamente como ouvintes, intérpretes, 
compositores e improvisadores, dentro e 
fora da sala de aula (BRASIL, 2000, p. 77).
 Segundo Tavares e Cit (2013, p. 62), a
linguagem musical possibilita o ser humano
“criar, expressar-se, conhecer e até 
transformar a realidade”. Porém, conforme 
as autoras, “para se apropriar dessa 
linguagem, é necessário que seus sentidos 
sejam educados, formados e sensibilizados 
para que sua percepção sobre o mundo 
musical seja ampla e ele possa apreciar 
inúmeras manifestações musicais e criar 
suas próprias músicas”.
 Brito (2003) diz que no trabalho 
com crianças, a linguagem musical deve 
contemplar as seguintes atividades:
• trabalho vocal;
• interpretação e criação de canções;
• brinquedos cantados e rítmicos;
• jogos que reúnem som, movimento e 
dança;
• jogos de improvisação;
• sonorização de histórias;
• elaboração e execução de arranjos 
(vocais e instrumentais);
• invenções musicais (vocais e 
instrumentais);
• construção de instrumentos e 
objetos sonoros;
• registro e notação;
• escuta sonora e musical: escuta 
atenta, apreciação musical;
• refl exões sobre a produção e a 
escuta.
Música, som, movimento e inclusão
Elementos musicais
Para fazermos música, precisamos 
entender do que ela pode ser composta. 
 O som é uma vibração que se 
transforma em ondas sonoras e se propaga 
através do ar simultaneamente em todas as 
direções. “Acabam por atingir a membrana 
do tímpano, fazendo com que também 
se ponha a vibrar. Transformadas, então, 
em impulsos nervosos, as vibrações são 
transmitidas ao cérebro, que as identifi ca 
como tipos diferentes de som” (BENNETT, 
1998, p. 9). 
O silêncio também faz parte da 
música. No entanto, o silêncio absoluto 
não existe. (ROMANELLI et al., 2010). 
Segundo Romanelli et al. (2010, p. 78), 
isso acontece porque “nosso ouvido está 
permanentemente em alerta e o mundo no 
qual vivemos é repleto de sons”, por isso, 
haverá sempre um“ruído no fundo”. 
 Para Tavares e Cit (2013, p. 16), 
“o silêncio proporciona contrastes, 
lacunas para que o som exista e possa 
ser discriminado: vivemos num mundo de 
sons e silêncios e a música é construída 
considerando-se esses dois fenômenos”. 
 Os sons são produzidos de várias 
formas, nos quais são classifi cados em 4 
propriedades ou qualidades sonoras. São 
elas: 
• altura - se refere à frequência da 
onda sonora medida em Hertz (grave e 
agudo). 
• intensidade - é medida pela amplitude da 
onda sonora em decibéis (forte e fraco).
• duração - representa o tempo de vibração 
de um som (curto e longo). 
• timbre - é a qualidade sonora, é o que dá 
cor ao som. 
 Essas propriedades sonoras estão 
diretamente ligadas à música. Por exemplo, 
ao compor uma melodia, o compositor 
precisa utilizar notas musicais que são 
correspondidas pelas alturas do som 
(ROMANELLI et al., 2010).
 “O ruído é um som sem altura defi nida, 
resultante de vibrações irregulares. 
Exemplo: sons produzidos por máquinas, 
motores, batidas ou ranger de portas, 
do meio ambiente, mas também o som 
produzido por instrumentos como clavas, 
reco-reco, castanholas, etc” (BRITO, 
2003, p. 28, grifo nosso).
 “A palavra ritmo é usada para 
descrever os diferentes modos pelos quais 
um compositor agrupa os sons musicais, 
principalmente do ponto de vista da duração 
dos sons e de sua acentuação” (BENNETT, 
1986, p. 12). Em outras palavras, o 
ritmo é uma sucessão de sons curtos e 
longos dentro de uma marcação chamada 
pulsação. Pulsação ou pulso refere-se à 
divisão de sons regulares. Observando os 
batimentos do coração através do pulso 
percebe-se que as batidas ou pulsações 
são regulares. Na música os batimentos 
acontecem da mesma forma.
 A melodia é defi nida como uma 
“sequência de notas, de diferentes sons, 
organizadas numa dada forma de modo a 
fazer sentido musical para quem escuta” 
(BENNETT, 1986, p. 11). 
 Já a harmonia “ocorre quando duas 
ou mais notas de diferentes sons são 
ouvidas ao mesmo tempo, produzindo um 
acorde” (BENNETT, 1986, p. 11).
15
Música, Inclusão e Diversidade
16
 Atualmente, percebemos uma 
multiplicidade de questões que envolvem 
a educação. Porém, procuramos enfatizar 
aqui, dois aspectos: o renascimento da 
música no currículo escolar e o desafi o da 
inclusão na diversidade.
 No primeiro, observamos uma grande 
discussão a partir da promulgação da lei 
11.769/2008 que trata da regulamentação 
do ensino de música na educação básica, 
defi nindo que a música deverá ser conteúdo 
obrigatório, mas não exclusivo do currículo 
de Arte. Acreditamos que a aprovação 
dessa lei foi um grande avanço para a 
educação brasileira. Entretanto, constata-
se que ainda nem todas as escolas possuem 
um professor especialista em música, 
difi cultando a inserção do ensino de música 
na escola de forma efetiva.
 Na segunda, temos a discussão em 
torno da educação inclusiva, que passou 
a ser foco de atenção de várias nações 
devido à realização das Conferências 
Mundiais nos anos 90. A partir daí, foram 
assinados acordos internacionais e muitos 
foram transformados em leis, ofi cializando 
as políticas e ações voltadas à educação 
inclusiva. 
 Podemos destacar a Conferência 
Mundial sobre Educação Especial na 
cidade de Salamanca, onde elaborou-
se um documento mundial que trata de 
princípios, políticas e práticas na área das 
necessidades educativas especiais que 
tem como questão central a inclusão de 
crianças, jovens e adultos no sistema de 
ensino regular (UNESCO, 1994).
 Recentemente, foi aprovada a 
Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa 
com Defi ciência (Lei 13.149/2015), que 
considera a “pessoa com defi ciência” como
“aquela que tem impedimento de longo 
prazo de natureza física, mental, intelectual 
ou sensorial, o qual, em interação com uma
ou mais barreiras, pode obstruir sua 
participação plena e efetiva na sociedade 
em igualdade de condições com as demais 
pessoas” (BRASIL, 2015). 
 Pelo que observamos, a inclusão 
já está regulamentada. No entanto, para 
que a inclusão seja efetivada na prática 
do cotidiano escolar, garantida por lei, 
ainda são necessárias transformações 
estruturais e ações que de fato contribuam 
para a educação de qualidade, atendendo 
todas as crianças e respeitando suas 
diferenças. 
 Para Louro et al. (2009, p. 18) 
“incluir signifi ca não apenas colocar todos 
juntos, mas ter atitudes de respeito pelas 
diferenças, olhar para o outro, valorizar 
as potencialidades e, principalmente, 
reconhecer a diversidade como algo 
inerente ao ser humano”.
 Há um crescente aumento de 
matrículas de alunos com defi ciência 
nas escolas regulares. Por isso, o 
professor deve estar preparado para 
atuar no contexto da diversidade, sabendo 
compreender as capacidades básicas e 
necessidades de cada aluno. É importante 
que o professor tenha em sua formação 
conhecimentos específi cos, práticas 
ampliadas e adequadas. 
 A música se confi gura como uma 
grande aliada na educação para o processo 
de inclusão de crianças com defi ciência e 
na promoção da interação na diversidade 
escolar. 
 Percebemos, entretanto, que ainda há 
pouca literatura que tenha como destaque 
a utilização da música no contexto inclusivo. 
Música, som, movimento e inclusão
17
Por sua vez, Viviane Louro, musicista, 
educadora musical e pesquisadora de 
renome no cenário pedagógico musical 
inclusivo tem contribuído com suas obras
sobre educação musical e defi ciência 
no Brasil. Ela destaca que todas as 
pessoas podem aprender música.
No entanto, muitas pessoas ainda 
“acreditam que a pessoa com defi ciência 
só possa usufruir do fazer musical como 
atividade terapêutica ou reabilitacional” 
(LOURO et al., 2006, p. 19).
 Estamos certos que, para este 
público, a música perpassa a função 
somente como terapia e reabilitação. Ela 
possibilita a essas crianças desenvolver 
suas potencialidades em diferentes áreas 
e, principalmente, sua musicalidade.
De acordo com Louro et al. (2006, 
p. 82), ocasionalmente, são necessárias 
adaptações e adequações feitas pelos 
professores para “facilitar ou viabilizar 
a aprendizagem de alunos que possuem 
maiores difi culdades”. Estas adaptações 
são conceituadas pelos autores como 
Adaptações Pedagógicas.
 Dentre as Adaptações Pedagógicas, 
aquela que consiste na mais usada pelos 
professores é a adaptação do método de 
ensino e do material, isto é, “alterações na 
maneira de lecionar, no material utilizado 
para favorecer a compreensão dos alunos 
ou nas estratégias de ensino, levando em 
consideração as particularidades de cada 
um” (LOURO et al., 2006, p. 84).
 Conforme os mesmos autores, 
“cada aluno, seja com defi ciência ou não, 
possui sua própria história de vida, sua 
maneira de aprender, suas características 
físicas, psicológicas e culturais. Sendo 
assim, o ensino precisa ser efi ciente e
abarcar a diversidade” (LOURO et al. 2006, 
p. 82). 
 Neste contexto, as atividades lúdico-
musicais sugeridas nesta publicação podem
ser, se necessário, adaptadas de acordo 
com as necessidades de cada criança. 
Pois, cada criança é única e sempre haverá 
a necessidade de diferentes estratégias 
de aprendizado para desenvolver suas 
potencialidades.
 No entanto, entendemos que é 
preciso sensibilizar e instrumentalizar 
os professores para trabalharem com a 
música na sala de aula e também prepará-
los para atender da melhor forma possível 
as crianças com ou sem defi ciência. 
Pretendemos mostrar aos professores 
que a música é uma ferramenta que auxilia 
na inclusão das crianças com defi ciência, 
mas, principalmente, possibilita a 
interação de todas as crianças no contexto 
escolar. 
 A partir de um conhecimento da 
importância das atividades lúdico-musicais 
no contexto inclusivo, o professor pode ter 
um leque maior de possibilidades em suas 
práticas pedagógicas. A música amplia o 
campo de conhecimento, proporcionando a 
comunicação e a convivência na diversidade. 
 Por considerarmos a música um 
direito de toda criança, ela deve ser 
acessívelàs crianças com defi ciência, pois 
desempenha um papel importante em suas 
vidas. 
 A seguir, abordaremos pontos 
importantes sobre algumas características 
das defi ciências (intelectual, física, 
sensorial) e dicas para trabalhar com 
música no contexto inclusivo.
18
Deficiência Intelectual 
É “uma incapacidade caracterizada 
por limitações signifi cativas tanto no 
funcionamento intelectual (raciocínio, 
aprendizagem, resolução de problemas) 
e no comportamento adaptativo, que 
abrange uma gama de habilidades sociais 
e práticas cotidianas” (AAIDD - American 
Association on Intellectual and Developmental 
Disabilities). São várias as causas e fatores 
de risco que podem levar à defi ciência 
intelectual. Podem acontecer antes (pré-
natal), durante (perinatal) ou depois do 
nascimento (pós-natal) da criança. 
Dicas:
 
- As crianças com defi ciência intelectual 
necessitam de mais tempo para aprender. 
Dessa forma, é importante respeitar o 
tempo da criança ao realizar determinada 
atividade. Procure deixá-la fazer ou tentar 
fazer sozinha. Ajude quando realmente for 
necessário.
- Estabeleça uma rotina diária na sala de 
aula.
- Utilize recursos visuais como imagens, 
objetos e instrumentos musicais para 
favorecer a aprendizagem dessa criança. 
Estes recursos colaboram para a 
compreensão e assimilação de conceitos, 
principalmente os abstratos. 
- Repita sempre as atividades desenvolvidas 
na sala de aula.
- Incentive a criança com defi ciência 
intelectual a explorar os sons produzidos 
pelo seu corpo. Assim, ela estará sendo 
estimulada a compreender a si própria.
Deficiência Física
É uma “alteração completa ou parcial de um 
ou mais segmentos do corpo humano” que 
acarreta uma limitação do funcionamento 
físico-motor (BRASIL, 2004) ou da fala. 
A defi ciência física pode se apresentar 
em forma de: “paraplegia, paraparesia, 
monoplegia, monoparesia, tetraplegia, 
tetraparesia, triplegia, triparesia, 
hemiplegia, hemiparesia, ostomia, 
amputação ou ausência de membro, 
paralisia cerebral, nanismo, membros com 
deformidade congênita ou adquirida, exceto 
as deformidades estéticas e as que não 
produzam difi culdades para o desempenho 
de funções” (BRASIL, 2004);
Dicas:
- As crianças com algum comprometimento 
motor não passam por experiências de 
espaço iguais à outras crianças. Dessa 
forma, realize atividades para que elas 
vivenciem o movimento e desenvolvam a 
orientação espacial.
- As crianças com paralisia cerebral 
geralmente possuem comprometimento na 
fala, por isso, ouça sempre com paciência 
o que ela tem a dizer.
Deficiência Sensorial 
A Defi ciência Sensorial se divide em:
Deficiência Auditiva ou Surdez - “perda 
bilateral, parcial ou total, de quarenta 
e um decibéis (dB) ou mais, aferida por 
audiograma nas freqüências de 500Hz, 
1.000Hz, 2.000Hz e 3.000Hz” (BRASIL, 
2004);
Música, som, movimento e inclusão
19
Dicas:
- Posicione-se sempre de frente para a 
criança, mantendo um contato visual ao 
explicar uma determinada atividade.
- Utilize recursos visuais (cartazes, 
objetos) e corporais (vibração sonora) 
para favorecer sua aprendizagem. Estes 
recursos colaboram para a compreensão 
de conceitos, principalmente os abstratos.
Deficiência Visual – engloba tanto a cegueira, 
quanto a baixa visão.
“Cegueira, a qual a acuidade visual é igual 
ou menor que 0,05 no melhor olho, com a 
melhor correção óptica” (BRASIL, 2004); 
“Baixa visão, que signifi ca acuidade visual 
entre 0,3 e 0,05 no melhor olho, com a 
melhor correção óptica; os casos nos quais 
a somatória da medida do campo visual em 
ambos os olhos for igual ou menor que 60º, 
ou a ocorrência simultânea de quaisquer 
das condições anteriores” (BRASIL, 2004); 
Dicas:
- Estimule a criança com defi ciência visual 
a desenvolver a percepção auditiva por 
meio da discriminação de sons que estão 
à sua volta. Para isso, utilize bolas com 
guizos, bolas com cores contrastantes, 
instrumentos musicais, entre outros 
objetos sonoros. As atividades que têm o 
intuito de desenvolver a percepção auditiva 
favorecem outros campos, por exemplo, 
quando a criança está na rua, ela vai ouvir 
sons e perceber se estão próximos ou 
distantes.
- Realize atividades que necessitem de 
deslocamento, possibilitando a criança 
com defi ciência visual a percepção espacial. 
Para isso, deve-se eliminar todo tipo de 
barreira encontrada na sala de aula para 
sua segurança.
- Amplie o tamanho dos materiais para que 
a criança com baixa visão possa enxergar 
melhor as imagens. 
Observações:
- Antes de qualquer trabalho, é necessário 
que o professor saiba das necessidades 
e capacidades de cada aluno, por isso, 
converse inicialmente com os familiares, 
com a escola e com outros profi ssionais.
- Cada professor tem que conhecer sua 
realidade para desenvolver uma prática 
pedagógica em que favoreça a aprendizagem 
de todos.
- Converse com os demais alunos sobre as 
defi ciências e necessidades específi cas dos 
colegas.
- Ofereça atividades diversifi cadas contendo 
desafi os.
- Estas dicas são apenas “pontos de 
partida”, pois a interação com cada criança 
é que vai proporcionar a criação e recriação 
de possibilidades nas atividades.
- Lembre-se: o mais importante é a 
experiência, a vivência musical.
O jogo e a brincadeira
20
 O jogo e a brincadeira fazem parte da 
vida de toda criança, onde cada um tem suas 
especifi cidades e “dependendo do lugar e 
da época, os jogos assumem signifi cações 
distintas” (KISHIMOTO, 2011, p. 19). 
 Para Kishimoto (2011, p. 18) o jogo 
pode ser entendido como:
Muitos autores discutem a 
importância dos jogos e brincadeiras no 
contexto educacional que, segundo eles, 
podem ser usados como instrumentos de 
aprendizado na sala de aula. Kishimoto, por 
exemplo, considera o jogo educativo ou 
o brinquedo educativo como um “recurso 
que ensina, desenvolve e educa de forma 
prazerosa” (KISHIMOTO, 2011, p. 40).
 Conforme Kishimoto (2011, p. 41) o 
jogo educativo ou brinquedo educativo tem 
duas funções:
 A autora afi rma que a utilização 
do jogo na educação “signifi ca 
transportar para o campo do ensino-
aprendizagem condições para maximizar a
construção do conhecimento, introduzindo 
as propriedades do lúdico, do prazer, 
da capacidade de iniciação e ação ativa 
e motivadora” (KISHIMOTO, 2011, p. 
41). 
 Na concepção de Vygotsky o 
aprendizado e o desenvolvimento caminham 
juntos e estabelecem uma estreita 
relação com o jogo, criando uma zona de 
desenvolvimento proximal na criança. 
 Segundo o autor a zona de 
desenvolvimento proximal “é a distância 
entre o nível de desenvolvimento real, que 
se costuma determinar através da solução 
independente de problemas, e o nível de 
desenvolvimento potencial, determinado 
através da solução de problemas sob a 
orientação de um adulto ou em colaboração 
com companheiros mais capazes” 
(VYGOTISKY, 2007, p. 97).
 Teixeira (2010, p. 19) destaca 
que “o jogo e a brincadeira são distintos 
em vários aspectos, porém, ambos 
podem expressar brincadeira”. Ou seja, 
“o jogo é uma brincadeira com regras 
preestabelecidas e que exige certas
habilidades do jogador. A brincadeira é o 
brinquedo em ação e, nem sempre, exige 
um objeto brinquedo para acontecer - como 
as cirandas, por exemplo” (PINTO, 2003 
apud TEIXEIRA, p. 20).
 Kishimoto (2010, p. 1) afi rma que 
“ao brincar, a criança experimenta o poder 
de explorar o mundo dos objetos, das 
pessoas, da natureza e da cultura, para 
compreendê-lo e expressá-lo por meio de 
variadas linguagens”.
 No campo da arte, especifi camente da 
linguagem musical, os jogos e brincadeiras 
possibilitam a criança se expressar através 
do brincar, descobrindo o mundo ao seu 
1- o resultado de um sistema 
linguístico que funciona dentro 
de um contexto social;
2- um sistema de regras; e
3- um objeto.
• função lúdica: propicia diversão, 
prazer e até desprazer, quando 
escolhido voluntariamente;
• função educativa: ensina 
qualquer coisa que complete 
o indivíduo em seu saber, 
seus conhecimentos e suaapreensão do mundo.
Música, som, movimento e inclusão
21
redor. 
 De acordo com Bréscia (2011, p. 
78):
Por meio dos jogos e brincadeiras, parte-
se no nível sensorial, trabalhando o corpo 
de maneira natural até ser atingido o 
nível da sensiblidade, responsável pelo 
aprimoramento do trabalho, de maneira 
a coroar o processo num nível mental 
superior, no qual as experiências vividas 
serão compreendidas e teorizadas.
 A cultura brasileira dispõe de grande 
acervo onde são encontrados jogos e 
brinquedos cantados de diversas formas, 
pois eles fazem parte da vivência musical 
das crianças, seja elas com defi ciência ou 
não. Para o Referencial Curricular Nacional 
para a Educação Infantil (BRASIL, 1998, p. 
48):
Ouvir música, aprender uma canção, 
brincar de roda, realizar brinquedos
rítmicos, jogos de mãos etc., são 
atividades que despertam, estimulam
e desenvolvem o gosto pela atividade 
musical, além de atenderem a 
necessidades de expressão que passam
pela esfera afetiva, estética e cognitiva. 
Aprender música signifi ca integrar
experiências que envolvem a vivência, a 
percepção e a refl exão, encaminhando-
as para níveis cada vez mais elaborados.
 
 Nesta perspectiva, entendemos que 
as atividades musicais devem ser inseridas 
no contexto escolar de forma lúdica, 
proporcionando experiências para que a 
criança brinque, explore, recrie e reinvente 
o mundo em que vive. Gainza (1990, p. 22) 
diz que:
através do jogo musical espontâneo e do 
jogo educativo, a criança adquire novas 
experiências a partir da manipulação ativa 
da realidade que a rodeia, desfrutando, 
por consequência de uma crescente 
compreensão e capacidade de manipular 
tanto esta realidade como o seu mundo 
interior.
 Como já falamos, para que todas as 
crianças sejam incluídas e interajam nas 
atividades realizadas na sala de aula são 
necessárias, casualmente, adaptações. 
Dessa forma, tivemos a preocupação em 
propor adaptações dos jogos e brincadeiras 
para que todas as crianças possam brincar 
e aprender juntas. 
 As atividades lúdico-musicais foram 
selecionadas e fundamentadas a partir 
de propostas de educadores musicais, 
utilizando como princípio básico as
propriedades ou qualidades sonoras. Os 
aspectos da psicomotricidade também 
foram um eixo importante para o 
desenvolvimento e organização dessas 
atividades. Essas atividades têm o intuito 
de possibilitar a vivência do corpo, do 
movimento, do som e do ritmo por meio de 
jogos e brincadeiras, podendo representar 
importantes recursos para que as 
crianças com e sem defi ciência entrem 
em contato com o fazer musical, sejam 
favorecidas em seu desenvolvimento e em 
sua aprendizagem.
 Acreditamos que cada criança tem 
o seu papel nos jogos e todas elas são 
importantes. Dessa maneira, todas as 
crianças devem participar de alguma forma, 
garantindo a igualdade de oportunidades 
para que estejam todas juntas numa 
mesma atividade, numa mesma brincadeira, 
num mesmo jogo ou numa mesma canção.
 A seguir, serão descritas as 
atividades compostas por: jogos musicais; 
brincadeiras cantadas, rítmicas e 
expressivas; construção de objetos 
sonoros e instrumentos musicais. 
22
Jogos musicais
23
Jogos musicais
24
Música, som, movimento e inclusão
25
 Vivemos num mundo repleto de estímulos sonoros, visuais e táteis. Aqui, 
propomos atividades que possibilitam a criança a perceber esse mundo. 
 Partindo da exploração e experimentação do ambiente que a cerca por 
meio de jogos musicais, a criança será estimulada a vivenciar experiências 
sensoriais, consideradas essenciais para o seu desenvolvimento de forma 
integral.
 Em todas os jogos musicais são enfatizados os parâmetros sonoros 
ou qualidades sonoras. Em algum deles, por exemplo, propõe-se a exploração 
sonora corporal, possibilitando à criança conhecer e vivenciar diferentes 
maneiras de produção sonora com o próprio corpo: sons com as mãos, com os 
pés, com a boca e com a voz. Jogos desse tipo permitem à criança a tomada 
de consciência das várias partes do corpo, como também, a percepção de 
diferentes timbres produzidos pelo seu próprio corpo. Mesmo a criança surda 
percebe esses sons, pois todo o seu corpo vibra quando entra em contato com 
eles. 
 Visto que a música possibilita à criança a exploração do mundo pela 
percepção visual, auditiva e tátil, cabe ao professor promover atividades 
diversifi cadas no contexto escolar, estimulando os sentidos por meio dessas 
experiências sensoriais. Enfi m, a intenção é que as crianças tenham experiências 
que envolvam o contato direto com a música de forma ampla e criativa.
Atividade 1
 Nesta atividade, utilizaremos 
a exploração sonora do corpo e da 
voz, possibilitando a criança 
conhecer e vivenciar diferentes 
maneiras de produção sonora com 
o próprio corpo. 
 O professor poderá começar 
a atividade perguntando às 
crianças: Quais os sons que vocês 
conhecem? De onde vêm os sons? 
Será que o nosso corpo produz 
sons? De que maneira? Nosso 
corpo pode ser considerado um 
instrumento musical?
 A intenção é instigar as 
crianças a descobrirem sons do 
próprio corpo. Elas poderão 
experimentar:
Ÿ sons com as mãos
Ÿ
Ÿ sons com os dedos
Ÿ
Ÿ sons com os pés
Ÿ
Ÿ sons com a boca
 Esta atividade é indicada para 
a Educação Infantil, mas também 
pode ser realizada nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental.
Sons do Corpo
Chame a turma para brincar!
OBJETIVOS
Ü Desenvolver a percepção audiva e visual;
Ü Reconhecer as partes do corpo que produzem sons;
Ü Explorar os diferentes mbres que o corpo produz;
Ü Experimentar, descobrir e inventar sons com seu 
próprio corpo.
A percussão corporal é uma práca 
que uliza o corpo como recurso 
sonoro e musical, que pode ser 
encontrada em várias culturas.
Você sabia?
26
Pé
Palma
Estalo
Beijo
Como se joga
Comece falando que o nosso
corpo também é considerado um 
instrumento musical. 
Em seguida, peça para que as 
crianças explorem seu próprio corpo 
produzindo sons variados.
Imprima e recorte as 
 cartelas 1 e 2 que estão no material 
complementar. 
 Distribua os cartões. Incentive as 
crianças a criarem uma sequência 
sonora. Por m, peça para que cada 
criança execute a sequência sonora 
criada.
1
2
3
4
O grupo Barbatuques faz música ulizando sons com o 
próprio corpo.
Entre no site hp://www.barbatuques.com.br para saber 
mais informações sobre o grupo.
Para saber mais...
Cartelas 1 e 2 - páginas 113 a 115. 
Adaptações e recursos:
Para a criança com deficiência intelectual, ulize os recursos 
visuais. Explique de maneira clara a avidade para que ela 
entenda o que se deve fazer.
Para a criança cega, contorne com nta plásca as figuras 
dos cartões para que, ao secar, fiquem em alto-relevo, 
auxiliando na percepção tál. Se houver uma criança com 
baixa visão, amplie as figuras para que ela possa percebê-las.
No caso da criança com alguma limitação motora e que não 
se comunica verbalmente, crie códigos como, por exemplo, 
piscar os olhos, arregalar os olhos, fazer movimentos com a 
boca, etc.
Música, som, movimento e inclusão
27
Atividade 2
Sonorização de história
 Numa história sonora podem 
ser utilizados diversos recursos 
sonoros.Nesta atividade, as 
crianças poderão produzir sons 
com sua voz, com seu corpo, 
usando instrumentos musicais ou 
objetos sonoros.
 Uma outra possibilidade é 
usar diferentes histórias ou até 
mesmo criar uma história com as 
crianças, introduzindo sons que 
fazem parte do cotidiano, como 
por exemplo, buzinas de carro, 
pássaros, chuva, entre outros.
 Esta atividade é indicada para 
a Educação Infantil, mas também 
pode ser realizada nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental.
Vamos usar a imaginação!
OBJETIVOS
Ü Desenvolver a percepção audiva.
Ü Desenvolver a criavidade e a capacidade 
imaginava.
Ü Esmular a associação do som à imagem. 
Ü Desenvolver a linguagem.
Fonte: Brito, 2003
Adaptações e recursos:
Para a criança com surdez, sinalize em Libras a história. 
No caso da criança quenão verbaliza, ulize objetos sonoros 
e instrumentos musicais para fazer os efeitos na história.
Para a criança com deficiência visual, contorne com nta 
plásca as figuras dos cartões para que, ao secar, fiquem em 
alto-relevo e auxiliem na percepção tál.
Sonoplasa é uma técnica que usa 
recursos sonoros para contar uma 
história. A sonoplasa é muito usada 
em programas de rádio, peças 
teatrais e filmes. 
Você sabia?
28
Nas férias fui passear lá na fazenda da 
minha avó Naná. Chegando lá, conheci 
um vizinho e fiquei brincando com ele o 
resto da tarde. Vovó me chamou para 
entrar e tomar banho (*). No dia 
seguinte, acordamos bem cedinho e fui 
ajudar a vovó a cuidar dos animais. 
Primeiro, fomos rar o leite da vaca que 
mugia assim (*). Depois, fomos ao 
galinheiro onde vi muitos pinnhos (*) 
que piavam sem parar, galinhas e galos 
que faziam (*). Al imentamos os 
porquinhos (*). Passada algumas horas 
fomos alimentar os cavalos que faziam 
(*). Já no outro lado da fazenda havia 
um lago grande com panhos que 
nadavam dentro dele e não paravam de 
fazer (*). Já estava ficando tarde e vovó 
e eu fomos descansar para depois 
brincar novamente com o vizinho que 
nha conhecido.
Como se joga
Para tornar a brincadeira mais 
diverda apresente gravuras dos 
animais ao serem citados na história.
Outra dica legal é gravar a história 
com os efeitos sonoros feitos pelas 
crianças e em seguida apresentar a 
elas.
Explique que todos serão 
importantes ao contar a história.
Incentive as crianças a 
produzirem sons com a voz, com o 
corpo, com objetos sonoros ou com 
instrumentos musicais no
decorrer da história narrada.
Comece a narrar a história 
mudando a entonação da voz e 
valorizando as partes mais 
importantes.
1
2
3
(*) são os momentos de 
interrupções na história, 
nos quais as crianças 
deverão produzir os sons.
Na fazenda da vovó Naná
Dicas:
Cartela 3 - páginas 117 e 118. 
Música, som, movimento e inclusão
Atividade 2
Sonorização de história
 Numa história sonora podem 
ser utilizados diversos recursos 
sonoros.Nesta atividade, as 
crianças poderão produzir sons 
com sua voz, com seu corpo, 
usando instrumentos musicais ou 
objetos sonoros.
 Uma outra possibilidade é 
usar diferentes histórias ou até 
mesmo criar uma história com as 
crianças, introduzindo sons que 
fazem parte do cotidiano, como 
por exemplo, buzinas de carro, 
pássaros, chuva, entre outros.
 Esta atividade é indicada para 
a Educação Infantil, mas também 
pode ser realizada nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental.
Vamos usar a imaginação!
OBJETIVOS
Ü Desenvolver a percepção audiva.
Ü Desenvolver a criavidade e a capacidade 
imaginava.
Ü Esmular a associação do som à imagem. 
Ü Desenvolver a linguagem.
Fonte: Brito, 2003
Adaptações e recursos:
Para a criança com surdez, sinalize em Libras a história. 
No caso da criança que não verbaliza, ulize objetos sonoros 
e instrumentos musicais para fazer os efeitos na história.
Para a criança com deficiência visual, contorne com nta 
plásca as figuras dos cartões para que, ao secar, fiquem em 
alto-relevo e auxiliem na percepção tál.
Sonoplasa é uma técnica que usa 
recursos sonoros para contar uma 
história. A sonoplasa é muito usada 
em programas de rádio, peças 
teatrais e filmes. 
Você sabia?
29
Atividade 3
Imitando um animal
Vamos ver
quem consegue imitar
o animal 
que eu vou falar...
Como se joga
Incentive as crianças a imitarem 
a voz e o andar de um animal com 
movimentos corporais.
 
Primeiramente, cante a canção.
 
Em seguida, fale o nome de um animal 
para que todas as crianças façam a 
imitação.
1
2
3
OBJETIVOS
Ü Idenficar as vozes dos animais;
Ü Desenvolver a coordenação motora grossa;
Ü Desenvolver a expressividade;
Ü Esmular a linguagem oral.
Baixe a canção no site e ouça.
 Esta atividade tem como 
intenção a imitação dos animais 
por meio de sons vocais e/ou 
movimentos corporais.
 É indicada para a Educação 
Infantil, mas também pode ser 
realizada nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental.
30
Uma dica é introduzir os conceitos de 
altura (grave e agudo) e mbre, 
e s m u l a n d o a s c r i a n ç a s a 
idenficarem as vozes dos animais.
Para tornar a brincadeira mais 
diverda apresente imagens com os 
animais ao serem citados. No material 
complementar estão alguns exemplos 
de animais que podem ser usados 
nesta avidade.
Dicas:
Cartela 3 - páginas 117 e 118. 
Adaptações e recursos:
Se ver uma criança com surdez que saiba Libras, peça para 
ela fazer o sinal do animal.
No caso da criança que não verbaliza, peça para ela imitar os 
movimentos dos animais.
Para a criança com deficiência visual, contorne com nta 
plásca as figuras dos cartões para que, ao secar, fiquem em 
alto-relevo, auxiliando na percepção tál.
Música, som, movimento e inclusão
31
Atividade 4
 Nesta atividade, as crianças 
serão estimuladas a imitarem os 
animais por meio de sons vocais 
e/ou movimentos corporais.
 É ideal para a Educação 
Infantil, mas também pode ser 
realizada nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental.
Dado animal
Adaptações e recursos:
Para a criança com deficiência visual, contorne com nta 
plásca as figuras do dado para que, ao secar, fiquem em 
alto-relevo, auxiliando na percepção tál. A criança poderá 
ser orientada pelos colegas ao jogar o dado.
Se ver uma criança com surdez e que saiba Libras, peça para 
ela fazer o sinal do animal.
No caso da criança com alguma limitação motora, os colegas 
poderão ajudá-la a lançar o dado. Valorize as expressões 
faciais dessa criança.
OBJETIVOS
Ü Desenvolver a percepção sonora e visual;
Ü Desenvolver a coordenação motora grossa;
Ü Esmular a linguagem oral.
32
Como se joga
 
 Primeiramente, peça para as 
crianças formarem uma 
roda sentadas. 
 
Entregue o dado para a primeira 
criança. Ela deverá lançá-lo e vericar 
qual o animal foi sorteado.
1
2
 
Em seguida, a criança imitará 
o animal tirado no dado, 
reproduzindo o som e o andar dele.
3
Cartela 4 - páginas 121. 
Passe o dado para a próxima 
criança e assim, sucessivamente.
4
O d a d o t a m b é m p o d e s e r 
confeccionado com caixa de leite, 
feltro, entre outros materiais.
Use diferentes imagens para as 
crianças reproduzirem os sons: sons 
do codiano, sons da natureza e as 
partes do corpo que produzem som.
Dicas:
Música, som, movimento e inclusão
33
Como se joga
 
 Divida a turma em grupos e 
mostre a eles os cartões coloridos.
 Em seguida, peça para que cada 
grupo escolha uma cor. 
Explique que cada grupo deve criar um 
som para a cor escolhida.
 
 Coloque os cartões coloridos pelo 
chão, criando uma sequência sonora a 
ser feita com todos os grupos.
1
2
3
 
 Depois de repetir algumas vezes a 
atividade, diculte tocando um 
instrumento de percussão para que a 
sequência sonora seja realizada dentro 
de uma pulsação dada. 
4 Uma outra possibilidade é começar 
com apenas dois cartões com cores 
diferentes. Pode ser usada uma cor 
correspondendo ao silêncio e outra 
representando um som que será 
criado pela turma.
Dica:
Música, som, movimento e inclusão
Atividade 5
Cada cor um som
 Nesta atividade, as crianças 
usarão cartões coloridos para 
representar cada som criado por 
cada grupo. 
 Esta atividade promoverá o 
trabalho em grupo, pois as 
crianças criarão de forma coletiva 
e aprenderão a ouvir e respeitar 
as escolhas e opiniões diferentes 
das suas. 
 A l é m d i s s o , s e r ã o 
estimuladas a perceber utilizando 
os vários sentidos, onde cada cor 
representará um som criado por 
cada grupo.
 É indicada para ser realizada 
nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental.
OBJETIVOS
Ü Desenvolver a consciência corporal, a comunicação 
visual, a coordenação motora, a atenção, a noção de 
tempo e a agilidade de pensamento e decodificação.
Adaptações e recursos:
Para a criança com baixa visão, ulize cores fortes.
34
Como se joga
 
 Divida a turma em grupos emostre a eles os cartões coloridos.
 Em seguida, peça para que cada 
grupo escolha uma cor. 
Explique que cada grupo deve criar um 
som para a cor escolhida.
 
 Coloque os cartões coloridos pelo 
chão, criando uma sequência sonora a 
ser feita com todos os grupos.
1
2
3
 
 Depois de repetir algumas vezes a 
atividade, diculte tocando um 
instrumento de percussão para que a 
sequência sonora seja realizada dentro 
de uma pulsação dada. 
4 Uma outra possibilidade é começar 
com apenas dois cartões com cores 
diferentes. Pode ser usada uma cor 
correspondendo ao silêncio e outra 
representando um som que será 
criado pela turma.
Dica:
Música, som, movimento e inclusão
35
Atividade 6
 Nesta atividade, a criança 
terá oportunidade de usar outra 
expressão artística como o 
desenho. Para isso, a criança terá 
que buscar em sua memória algo 
que é familiarizado e que produz 
som, ou seja, ela deverá desenhar 
a partir dos sons percebidos em 
seu cotidiano e, posteriormente, 
reproduzi-los utilizando sons 
vocais. 
 Esta atividade pode ser 
realizada na Educação Infantil e 
nos anos inicias do Ensino 
Fundamental.
Caminho sonoro
OBJETIVOS
Ü Esmular a memória audiva; 
Ü Perceber os sons do codiano;
Ü Despertar a criavidade.
Adaptações e recursos:
Para a criança que não verbaliza, ulize objetos sonoros, 
instrumentos musicais ou até mesmo o corpo como fonte 
sonora.
No caso da criança cega, direcione-a no caminho sonoro. A 
medida que ela for andando, fale qual desenho está no papel 
para que ela reproduza o som.
36
Como se joga
 Disponibilize uma folha de papel 
pardo no chão. Peça para as crianças 
desenharem com giz de cera objetos, 
animais e/ou instrumentos musicais, 
compondo uma partitura sonora.
Em seguida, peça para que elas 
caminhem sobre a partitura sonora 
composta com os desenhos, 
reproduzindo os sons.
1
2
Uma outra opção é fazer os desenhos 
dos sons com giz branco (lousa) no 
chão do páo da escola.
Dica:
Música, som, movimento e inclusão
37
Atividade 7
 Nesta atividade, a criança 
desenvolverá principalmente a 
memór ia aud it iva, que é a 
capacidade de reter e recordar 
i n f o r m a ç õ e s c a p t a d a s 
auditivamente. Para isso, ao 
sacudir os potes, a criança deverá 
encontrar sons iguais. 
 Esta atividade é indicada 
para ser realizada na Educação 
Infantil e nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental. 
Jogo da memória 
auditiva
OBJETIVOS
Ü Desenvolver a memória audiva;
Ü Desenvolver a atenção e a concentração;
Adaptações e recursos:
Se houver alguma criança surda, pergunte se ela consegue 
senr a vibração sonora ao sacudir os potes.
No caso da criança com dificuldade motora, ajude-a a pegar 
os potes.
38
Como se joga
Peça ajuda para as crianças na 
decoração dos potes. 
Deve-se decorar os potes de forma 
que não seja possível ver o 
que está dentro.
Chegou a hora de jogar!
Primeiro, misture os potes. 
Depois, convide cada criança a sacudir 
os potes para encontrar sons iguais.
Vence quem achar mais pares.
2
3
Separe 8 potes iguais. 
Coloque dentro de cada pote a mesma 
quantidade de arroz, feijão, milho, 
botões, clips, etc.
Feche bem com ta adesiva.
1
Evite encher demais os potes para 
não abafar o som. 
Ulize outros materiais no lugar dos 
potes como, por exemplo, caixas de 
fósforo e latas de refrigerante. 
Pode-se colocar dentro também 
miçangas e guizos.
Faça uma coleção de sons usando 
diferentes materiais em cada pote.
Dicas:
Música, som, movimento e inclusão
Atividade 7
 Nesta atividade, a criança 
desenvolverá principalmente a 
memór ia aud it iva, que é a 
capacidade de reter e recordar 
i n f o r m a ç õ e s c a p t a d a s 
auditivamente. Para isso, ao 
sacudir os potes, a criança deverá 
encontrar sons iguais. 
 Esta atividade é indicada 
para ser realizada na Educação 
Infantil e nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental. 
Jogo da memória 
auditiva
OBJETIVOS
Ü Desenvolver a memória audiva;
Ü Desenvolver a atenção e a concentração;
Adaptações e recursos:
Se houver alguma criança surda, pergunte se ela consegue 
senr a vibração sonora ao sacudir os potes.
No caso da criança com dificuldade motora, ajude-a a pegar 
os potes.
39
Como se joga
Coloque dentro de uma caixa 
vários objetos. Podem ser colocados 
animais de borracha ou de pelúcia, 
instrumentos musicais e objetos 
sonoros.
Em seguida, solicite para cada 
criança colocar a mão dentro 
da caixa para tatear e sentir a 
textura e a forma do objeto ou pela 
percepção sonora, a m de descobrir 
qual é o objeto que pegou.
Após a criança descobrir e falar o 
nome do objeto, peça para retirá-lo da 
caixa para que todas vejam.
1
2
3
Faça uma abertura na tampa da 
caixa para que as mãos acessem 
com mais facilidade seu interior.
Pode-se também colocar dentro da 
caixa gravuras de animais, objetos 
do codiano, etc. Para isso, use os 
cartões que estão no material 
complementar.
Dicas:
Música, som, movimento e inclusão
Atividade 8
Caixa misteriosa
Adaptações e recursos:
No caso da criança com surdez, peça para ela sinalizar em 
Libras após descobrir qual é o objeto.
Se houver alguma criança com limitação motora, ajude-a a 
colocar a mão dentro da caixa. Se a criança não verbaliza, vá 
falando os objetos possíveis de serem achados na caixa. Ao 
descobrir, peça para ela piscar os olhos, por exemplo. 
Para a criança com deficiência intelectual, dê pistas para que 
ela consiga reconhecer o objeto.
OBJETIVOS
Ü Desenvolver o tato para o reconhecimento da forma 
e da textura dos objetos;
Ü Esmular a percepção audiva e visual;
Ü Despertar a curiosidade. 
 A atividade com a caixa 
mister iosa é um excelente 
recurso para desenvolver a 
percepção tátil e a percepção 
auditiva. Além disso, a criança 
aprende a respeitar a vez do 
colega, já que esta atividade 
n e c e s s i t a d a a t e n ç ã o e 
participação de toda a turma.
 É ideal para ser realizada na 
Educação Infantil.
40
Como se joga
Coloque dentro de uma caixa 
vários objetos. Podem ser colocados 
animais de borracha ou de pelúcia, 
instrumentos musicais e objetos 
sonoros.
Em seguida, solicite para cada 
criança colocar a mão dentro 
da caixa para tatear e sentir a 
textura e a forma do objeto ou pela 
percepção sonora, a m de descobrir 
qual é o objeto que pegou.
Após a criança descobrir e falar o 
nome do objeto, peça para retirá-lo da 
caixa para que todas vejam.
1
2
3
Faça uma abertura na tampa da 
caixa para que as mãos acessem 
com mais facilidade seu interior.
Pode-se também colocar dentro da 
caixa gravuras de animais, objetos 
do codiano, etc. Para isso, use os 
cartões que estão no material 
complementar.
Dicas:
Música, som, movimento e inclusão
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Como se joga
Solicite às crianças a fazerem uma 
roda.
Coloque os instrumentos 
no centro da roda para que cada 
criança escolha o seu. 
Deixe-as manusearem os 
instrumentos livremente, percebendo 
o timbre, a forma e a textura.
Converse com as crianças sobre o 
papel do maestro ou da maestrina 
numa orquestra. 
 Combine códigos para saberem 
quando os instrumentos serão 
tocados.
1
2
3
Peça para as crianças 
obedecerem os comandos do maestro.
Primeiro, seja você o maestro. Depois, 
pergunte às crianças quem quer ser o 
maestro. Vá revezando as crianças 
para todas sentirem como 
é ser um maestro.
4 Esmule as crianças a fazerem um 
rodízio dos instrumentos.
Caso não tenha instrumentos 
convencionais na escola, construa os 
instrumentos com toda a turma.
Pode-se trabalhar os conceitos de 
som e silêncio.
Dicas:
Música, som, movimento e inclusão
Atividade 9
 Esta ativ idade requer a 
participação de todas as criançasa m de entender o papel do 
maestro frente a uma orquestra. 
Para isso, é importante propor a 
troca das crianças para que cada 
uma exerça a função do maestro 
ou maestrina e possa comandar 
por meio dos movimentos todo a 
turma.
 Em relação às crianças que 
tocarão os instrumentos é 
n e c e s s á r i o a t e n ç ã o e 
concentração para obedecer os 
comandos do maestro. 
 Esta atividade pode ser 
realizada na Educação Infantil e 
nos anos iniciais do Ensino 
Fundamental.
O maestro
OBJETIVOS
Ü Trabalhar o pulso, o ritmo e o andamento;
Ü Conhecer, explorar e exper imentar vár ios 
instrumentos;
Ü Esmular a atenção;
M a e s t r o o u r e g e n t e é u m 
profissional que rege uma orquestra 
ou uma banda. Ele lidera e conduz 
um grupo de músicos por meio de 
gestos e ulizando uma batuta. 
Você sabia?
Adaptações e recursos:
Quando a criança com alguma limitação motora for o 
maestro, combine com ela e as outras crianças códigos por 
meio de pequenos movimentos ou piscando os olhos. 
Quando for tocar um instrumento, ajude a criança a pegá-lo. 
42
Como se joga
Solicite às crianças a fazerem uma 
roda.
Coloque os instrumentos 
no centro da roda para que cada 
criança escolha o seu. 
Deixe-as manusearem os 
instrumentos livremente, percebendo 
o timbre, a forma e a textura.
Converse com as crianças sobre o 
papel do maestro ou da maestrina 
numa orquestra. 
 Combine códigos para saberem 
quando os instrumentos serão 
tocados.
1
2
3
Peça para as crianças 
obedecerem os comandos do maestro.
Primeiro, seja você o maestro. Depois, 
pergunte às crianças quem quer ser o 
maestro. Vá revezando as crianças 
para todas sentirem como 
é ser um maestro.
4 Esmule as crianças a fazerem um 
rodízio dos instrumentos.
Caso não tenha instrumentos 
convencionais na escola, construa os 
instrumentos com toda a turma.
Pode-se trabalhar os conceitos de 
som e silêncio.
Dicas:
Música, som, movimento e inclusão
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Como se joga
Primeiro, imprima e recorte os 
cartões com as guras dos 
instrumentos musicais. 
Depois, embaralhe os cartões e 
coloque-os virados para baixo.
Peça para a primeira criança 
escolher dois cartões, 
mostrando para toda a turma
 o que tirou. 
1
2
3
Observe se a criança tirou 
guras iguais para ter 
direito de jogar novamente. 
Se não formarem par, a criança 
colocará os cartões no lugar, 
passando a vez para a próxima 
criança. Ganha quem achar o maior 
número de guras iguais.
4
5
TAM
BO
R
TAMBOR
FLAUTA-DOCE
FLAUTA-DOCE
PA
ND
EI
RO
PANDEIRO
Cartela 5 - páginas 119 e 120. 
Música, som, movimento e inclusão
Atividade 10
Jogo da memória dos 
instrumentos musicais
 Sabemos que o jogo da 
memória é uma importante 
ferramenta para a construção de 
conhecimentos em qualquer área 
de ensino.
 Nesta atividade, a criança 
fará o reconhecimento dos 
instrumentos musicais por meio 
das guras, podendo também 
identicar suas famílias. 
 Aqui, são introduzidos alguns 
instrumentos musicais como: 
auta-doce e saxofone (sopro), 
v i o lão (cordas ) e x i l o fone , 
triângulo, pandeiro e chocalho 
(percussão).
OBJETIVOS
Ü Conhecer instrumentos musicais e suas famílias;
Ü Esmular a memória, a percepção visual, a 
capacidade de observação e a concentração;
Ü Desenvolver o raciocínio-lógico.
Adaptações e recursos:
Para a criança cega, contorne com nta plásca as figuras 
dos cartões para que, ao secar, fiquem em alto-relevo e 
esmulem a percepção tál. 
Se houver uma criança com baixa visão, amplie as figuras 
para serem percebidas por ela.
No caso da criança com alguma limitação motora, cole os 
cartões no papelão ou em outro material para facilitar o 
manuseio.
XILO
FON
E
XILOFONE
VIOLÃ
O
VIOLÃO
 É indicada para ser realizada 
na Educação Infantil e nos anos 
iniciais do Ensino Fundamental.
44
Como se joga
Primeiro, imprima e recorte os 
cartões com as guras dos 
instrumentos musicais. 
Depois, embaralhe os cartões e 
coloque-os virados para baixo.
Peça para a primeira criança 
escolher dois cartões, 
mostrando para toda a turma
 o que tirou. 
1
2
3
Observe se a criança tirou 
guras iguais para ter 
direito de jogar novamente. 
Se não formarem par, a criança 
colocará os cartões no lugar, 
passando a vez para a próxima 
criança. Ganha quem achar o maior 
número de guras iguais.
4
5
TAM
BO
R
TAMBOR
FLAUTA-DOCE
FLAUTA-DOCE
PA
ND
EI
RO
PANDEIRO
Cartela 5 - páginas 119 e 120. 
Música, som, movimento e inclusão
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Brincadeiras cantadas, rítmicas 
e expressivas
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Brincadeiras cantadas, rítmicas 
e expressivas
48
Música, som, movimento e inclusão
49
 A escola tem um grande papel no resgate da cultura musical brasileira, 
que dispõe de grande acervo. As brincadeiras cantadas, também conhecidas 
como brinquedos cantados são importantes recursos facilitadores para o 
processo de ensino e aprendizagem de todas as crianças. Além disso, elas 
possibilitam o desenvolvimento da percepção rítmica, da coordenação motora, 
da criatividade e da expressividade.
 As atividades aqui sugeridas têm o intuito de vivenciar o ritmo partindo 
de movimentos corporais, considerado um importante elemento para que 
as crianças tenham o primeiro contato com a música, favorecendo seu 
desenvolvimento.
 Para Dalcroze, o movimento corporal é o fator essencial para o 
desenvolvimento rítmico do ser humano e contribui para o desenvolvimento da 
musicalidade (MARIANI, 2011). 
 Por esta razão, é importante que nas aulas o professor estimule a 
criança a se expressar através de seu corpo utilizando gestos e movimentos, 
dando oportunidade para que ela construa a noção de espaço e tempo em seu 
interior para possibilitar modifi cações corporais.
 Além de se apropriar da cultura em que as crianças vivem, as brincadeiras 
cantadas, rítmicas e expressivas possibilitam através do movimento a 
descoberta do próprio corpo e do espaço.
Atividade 11
 Ao fazer esta atividade na 
sala, a criança estará sendo 
estimulada para o entendimento 
do pulso, como também, de seu 
corpo no espaço. 
Uma possibilidade é criar 
comandos. Dentre os comando 
estão, por exemplo, fazer uma 
roda, duas rodas, em duplas, 
imitar um animal, entre outros.
O professor poderá usar sua 
imaginação!
 Esta atividade é ideal para ser 
realizada nos anos iniciais do 
Ensino Fundamental.
 
Andando pela sala
OBJETIVOS
Ü Trabalhar o pulso, o ritmo e o andamento;
Ü Desenvolver a noção de espaço e tempo;
Ü Desenvolver a percepção audiva;
Ü Esmular a atenção.
Adaptações e recursos:
Para a criança surda, mostre recursos visuais dos comandos 
como, por exemplo, uma folha com um círculo, sinalizando 
uma roda e uma folha com uma linha reta, sinalizando uma 
fila.
No caso da criança cega, guie-o ou peça para um colega guiá-
lo.
50
Como se brinca
 
 Inicialmente, peça para as crianças 
colocarem a mão no coração para 
senti-lo batendo. Em seguida, solicite 
para que elas andem livremente por 
toda a sala de acordo com as batidas 
de seu coração. 
1 
 
Toque um som forte no 
instrumento e depois interrompa o 
pulso marcado para propor um 
comando. 
Retome o pulso para que elas voltem 
a andar pela sala.
3
 Faça a marcação do pulso com 
 um instrumento de percussão. No 
decorrer da atividade mude o 
andamento sempre lembrando as 
crianças que elas terão que andar de 
acordo com as batidas do 
instrumento.
2
Música, som, movimento e inclusão
51
Atividade 12
Passando a bola
Vai passando a bola,
vai passando a bola.
Vai passando a bola,
vai passando a bola.
Para o lado direito,
para o lado direito.
Para o lado esquerdo,
para o lado esquerdo.
Agora a bola vai parar.
Como se brinca
Peça para as crianças fazerem 
uma roda permanecendo sentadas.
 As crianças deverão passar a bola 
para o colega conforme o lado pedido 
na canção. Quando for cantado o 
trecho , passarão a 
bola para o colega do lado direito. 
1
OBJETIVOS
Ü Desenvolver a percepção audiva e o pulso;
Ü Desenvolvera atenção, a coordenação motora e a 
lateralidade.
 
Ao cantar , as 
crianças mudarão de direção, tomando 
cuidado para a bola não cair no chão.
 A brincadeira termina ao parar a bola.
3
 As crianças deverão passar a bola 
 para o colega de acordo com a 
direção pedida pelo professor.
Quando for cantado o trecho
colega do lado direito. 
2
Baixe a canção no site e ouça.
52
Nesta avidade a criança terá 
noção de direita e esquerda. Repita 
a canção mudando a direção 
quantas vezes desejar. 
Dica:
Adaptações e recursos:
Para a criança cega, ulize bolas com guizos.
No caso da criança com limitações motoras, use bolas 
maiores rolando-as no chão.
Para a criança com deficiência intelectual, explique a 
avidade de forma clara. Se for necessário, repita várias 
vezes a avidade.
Música, som, movimento e inclusão
53
Atividade 13
Guli guli
Repetir 2 vezes
A á tá tá (mãos batendo nas coxas)
A á tá tá (mãos batendo nas coxas)
Guli guli guli guli (mão esquerda sobre a cabeça e 
 mão direita no queixo)
Á tá tá (mãos batendo na perna)
Repetir 2 vezes
Auê auê (mãos para cima balançando 
 de um lado para o outro)
Guli guli guli guli (mão esquerda sobre a cabeça e 
 mão direita no queixo)
Á tá tá (mãos batendo na perna)
Como se brinca
Inicialmente, solicite às crianças para 
que formem um círculo e quem de pé.
 
 
Ensine a letra da música cantando as 
partes separadamente e com 
repetições para a memorização. 
1
2
OBJETIVOS
Ü Desenvolver o pulso, o ritmo, a forma musical e a 
musicalidade.
Ü Desenvolver a coordenação motora, lateralidade e 
concentração.
Ü Resgatar e conhecer a cultura musical brasileira.
 
Em seguida, mostre os gestos para 
que as crianças repitam. Faça várias 
vezes para aprenderem.
3
Brinquedo cantado (Domínio Público). 
Ouça uma versão da canção disponível na Internet: 
hps://www.youtube.com/watch?v=wwnNCX4SngY
54
Dica:
Os gestos e movimentos podem ser 
diminuídos ou modificados para 
facilitar a brincadeira. 
Adaptações e recursos:
Para a criança surda, fique de frente para ela para que repita 
os gestos.
No caso da criança com limitações motoras, combine gestos 
mais fáceis e menores. Veja quais são suas possibilidades. 
Música, som, movimento e inclusão
55
Uma dica interessante é usar bambolês para 
delimitar os espaços. Cada criança ficará dentro 
de um bambolê formando uma roda. As crianças 
pularão de um bambolê para o outro conforme o 
pulso da música. Ao cantarem a palavra ra, as 
crianças pularão para fora dos bambolês e 
depois, ao cantarem a palavra bota, todas 
v o l t a r ã o p a r a d e n t r o d o s b a m b o l ê s , 
connuando a brincadeira.
Dica:
Adaptações e recursos:
Para a criança cega, ulize objetos que produzam sons, como 
por exemplo, caixinhas de fósforo com guizos dentro.
No caso da criança surda, fique em frente a criança para que 
ela possa reper os movimentos. 
Caso tenha uma criança com limitações motoras, peça para 
que o colega ao lado a ajude.
Para a criança com deficiência intelectual, repita várias vezes 
a avidade.
Música, som, movimento e inclusão
Atividade 14
Escravos de Jó
Escravos de Jó
jogavam caxangá
Tira bora
deixa car
Guerreiros com guerreiros
fazem zigue, zigue zá
Guerreiros com guerreiros
fazem zigue zigue zá.
Como se brinca
 Solicite para que as crianças 
quem em roda sentadas no chão.
Entregue um copo de plástico para 
cada criança.
 Comece cantando a canção. Em 
seguida, peça para que as crianças 
passem os copos com a mão direita 
para o colega do lado direito, pegando 
o copo passado pelo colega do lado 
esquerdo. 
 
 Ao cantar a palavra tira, as 
crianças deverão tirar os copos do 
chão e na palavra bota deverão deixar 
o copo no chão. 
 
 Logo, as crianças deverão continuar 
passando o copo até o zigue zigue zá, 
alternando para o lado direito, 
esquerdo e direito. 
1
2
3
4
OBJETIVOS
Ü Desenvolver o pulso e o ritmo;
Ü Desenvolver a atenção e concentração;
Ü Esmular o conhecimento da cultura musical 
brasileira.
Brinquedo cantado (Domínio Público). 
Ouça uma versão da canção disponível na Internet: 
hps://www.youtube.com/watch?v=I6LGAY6EJxU
56
Uma dica interessante é usar bambolês para 
delimitar os espaços. Cada criança ficará dentro 
de um bambolê formando uma roda. As crianças 
pularão de um bambolê para o outro conforme o 
pulso da música. Ao cantarem a palavra ra, as 
crianças pularão para fora dos bambolês e 
depois, ao cantarem a palavra bota, todas 
v o l t a r ã o p a r a d e n t r o d o s b a m b o l ê s , 
connuando a brincadeira.
Dica:
Adaptações e recursos:
Para a criança cega, ulize objetos que produzam sons, como 
por exemplo, caixinhas de fósforo com guizos dentro.
No caso da criança surda, fique em frente a criança para que 
ela possa reper os movimentos. 
Caso tenha uma criança com limitações motoras, peça para 
que o colega ao lado a ajude.
Para a criança com deficiência intelectual, repita várias vezes 
a avidade.
Música, som, movimento e inclusão
57
Atividade 15
Boneca de lata
Minha boneca de lata
Bateu com a cabeça no chão
Levou mais de uma hora
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui pra car boa
Minha boneca de lata
Bateu com o nariz lá no chão
Levou mais de duas horas
Pra fazer a arrumação
Desamassa aqui
Desamassa aqui
Pra car boa…
Como se brinca
Apresente a canção para as crianças. 
Cante com elas.
Estimule as crianças a 
reconhecerem as partes do corpo e a 
se expressarem por meio de gestos e 
movimentos corporais.
1
2
OBJETIVOS
Ü Desenvolver a musicalidade e a expressão corporal ;
Ü Trabalhar o esquema corporal por meio do 
reconhecimento das partes do corpo.
Brinquedo cantado (Domínio público). 
Ouça uma versão da canção disponível na Internet: 
hps://www.youtube.com/watch?v=T9FfvqOiJpk
58
Confeccione com as crianças uma boneca de 
lata. Assim, elas terão oportunidade de 
vivenciar outras expressões ar�s�cas na sala de 
aula.
Apresente as partes do corpo que serão 
cantadas na música. Pergunte às crianças onde 
fica a cabeça, o pé, o joelho, etc.
Dicas:
Adaptações e recursos:
Para a criança com deficiência intelectual, ulize recursos 
visuais como, por exemplo, figuras das partes do corpo.
No caso da criança surda, sinalize em Libras as partes do 
corpo no decorrer da música. Fique em frente a criança para 
que ela repita os gestos e movimentos.
Música, som, movimento e inclusão
59
Atividade 16
Caranguejo
Caranguejo não é peixe,
caranguejo peixe é;
Caranguejo só é peixe 
na enchente da maré.
Ora palma, palma, palma,
ora pé, pé, pé;
Ora roda, roda, roda,
caranguejo peixe é.
Como se brinca
Apresente a canção para as crianças.
 Peça para as crianças darem as mãos 
e fazerem uma roda.
Ao cantarem a segunda parte da 
canção, as crianças soltarão as mãos 
para baterem palmas, baterem os pés 
no chão e para darem uma 
volta no lugar.
1
2
OBJETIVOS
Ü Desenvolver o ritmo, o pulso e a musicalidade;
Ü Desenvolver a atenção, a coordenação motora, a 
lateralidade, a expressão corporal e a consciência do 
próprio corpo.
Brinquedo cantado (Domínio público). 
Ouça uma versão da canção disponível na Internet: 
hps://www.youtube.com/watch?v=gsSY0i_-Ypw
60
Peça para as crianças explorarem os 
sons com os pés e com as mãos 
antes de fazer esta avidade.
Ao cantar a canção, pode-se pedir 
para que as crianças cantem forte, 
fraco, etc.
Dicas:
Adaptações e recursos:
Para a criança com deficiência intelectual, repita a avidade 
várias vezes.
No caso da criança surda, fique em frente a criança para que 
ela repita os gestos e movimentos.
Caso tenha uma criança cega, conduza-a na avidade.
Música, som, movimento e inclusão
61
Dica:
Adaptações e recursos:
Para a criança com deficiência intelectual, repita várias

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