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Prévia do material em texto

ARTE EDUCAÇÃO MUSICAL E 
CULTURA DIGITAL
CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD
Arte Educação Musical e Cultura Digital – Prof. Ms. Adriano de Carvalho Batista
Olá! Meu nome é Adriano de Carvalho Batista. Sou mestre em 
Música pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, 
com área de concentração em Harmonia e Música Popular e, 
também, bacharel em Música pela Faculdade de Artes Alcântara 
Machado (2000). Sou professor do curso de Licenciatura em 
Música da Faculdade Paulista de Artes (FPA-SP) desde 2004 e fui 
coordenador pedagógico do curso de Música da Faculdade 
Paulista de Artes entre 2006 e 2010. Atuei como coordenador 
artístico-pedagógico no Programa Vocacional da Prefeitura 
Municipal de São Paulo, nas edições de 2009 a 2011. Músico e 
instrumentista (guitarrista), desenvolvo trabalho de pesquisa 
sobre a evolução da improvisação na guitarra jazzística. Tenho experiência em Educação 
Musical e em Educação Superior, na área de "Música e Performance".
E-mail: adriano.jazzguitar@gmail.com
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
ARTE EDUCAÇÃO MUSICAL E 
CULTURA DIGITAL
Adriano de Carvalho Batista
Batatais
Claretiano
2015
Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação
© Ação Educacional Claretiana, 2013 – Batatais (SP)
Versão: ago./2015
 
 
 
 
 
 
707 B336a 
 
      Batista, Adriano de Carvalho 
      Arte educação musical e cultura digital / Adriano de Carvalho Batista – Batatais, SP :  
Claretiano, 2015. 
               134 p.   
 
                ISBN: 978‐85‐8377‐361‐0 
      1. Tecnologia musical. 2. Gravação de áudio. 3. Edição de partituras. 4. Software musical. 
      5. MIDI. I. Arte educação musical e cultura digital.  
       
 
 
 
 
                                                                                                                                                                 CDD 707 
Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional
Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves
Preparação 
Aline de Fátima Guedes
Camila Maria Nardi Matos 
Carolina de Andrade Baviera
Cátia Aparecida Ribeiro
Dandara Louise Vieira Matavelli
Elaine Aparecida de Lima Moraes
Josiane Marchiori Martins
Lidiane Maria Magalini
Luciana A. Mani Adami
Luciana dos Santos Sançana de Melo
Patrícia Alves Veronez Montera
Raquel Baptista Meneses Frata
Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli
Simone Rodrigues de Oliveira
Bibliotecária 
Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11
Revisão
Cecília Beatriz Alves Teixeira
Eduardo Henrique Marinheiro
Felipe Aleixo
Filipi Andrade de Deus Silveira
Juliana Biggi
Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz
Rafael Antonio Morotti
Rodrigo Ferreira Daverni
Sônia Galindo Melo
Talita Cristina Bartolomeu
Vanessa Vergani Machado
Projeto gráfico, diagramação e capa 
Eduardo de Oliveira Azevedo
Joice Cristina Micai 
Lúcia Maria de Sousa Ferrão
Luis Antônio Guimarães Toloi 
Raphael Fantacini de Oliveira
Tamires Botta Murakami de Souza
Wagner Segato dos Santos
Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer 
forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na 
web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do 
autor e da Ação Educacional Claretiana.
Claretiano - Centro Universitário
Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000
cead@claretiano.edu.br
Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006
www.claretianobt.com.br
SUMÁRIO
COnTEúDO InTRODuTóRIO
1. InTRODuçãO ................................................................................................... 9
2. GLOSSáRIO DE COnCEITOS ............................................................................ 12
3. ESquEMA DOS COnCEITOS-CHAVE ................................................................ 14
4. REFERÊnCIAS BIBLIOGRáFICAS ...................................................................... 15
5. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................ 16
unIDADE 1 – TECnOLOGIA MuSICAL
1. InTRODuçãO ................................................................................................... 19
2. COnTEúDO BáSICO DE REFERÊnCIA .............................................................. 19
2.1. MúSICA E TECnOLOGIA ............................................................................ 19
2.2. GRAVAçãO DIGITAL E AnALóGICA .......................................................... 25
2.3. HARDwARE E SOFTwARE ......................................................................... 32
3. COnTEúDO DIGITAL InTEGRADOR ................................................................. 44
3.1. MúSICA E TECnOLOGIA ............................................................................ 44
3.2. GRAVAçãO AnALóGICA E DIGITAL E MIDI .............................................. 45
3.3. InSTRuMEnTOS ELETRônICOS ............................................................... 45
4. quESTÕES AuTOAVALIATIVAS ........................................................................ 46
5. COnSIDERAçÕES .............................................................................................. 47
6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................ 48
7. REFERÊnCIAS BIBLIOGRáFICAS ...................................................................... 49
unIDADE 2 – GRAVAçãO DE áuDIO – AuDACITy E MP3MyMP3
1. InTRODuçãO ................................................................................................... 53
2. COnTEúDO BáSICO DE REFERÊnCIA .............................................................. 53
2.1. GRAVAçãO DE áuDIO ............................................................................... 53
2.2. MP3MyMP3 ............................................................................................... 54
2.3. AuDACITy ................................................................................................... 67
3. COnTEúDO DIGITAL InTEGRADOR ................................................................. 74
3.1. GRAVAçãO DE áuDIO ............................................................................... 74
4. quESTÕES AuTOAVALIATIVAS ........................................................................ 75
5. COnSIDERAçÕES .............................................................................................. 76
6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................ 77
7. REFERÊnCIAS BIBLIOGRáFICAS ...................................................................... 77
unIDADE 3 – PRInCíPIOS DE TEORIA MuSICAL E EDITORAçãO DE 
PARTITuRAS DIGITAIS
1. InTRODuçãO ................................................................................................... 81
2. COnTEúDO BáSICO DE REFERÊnCIA .............................................................. 81
2.1. ELEMEnTOS BáSICOS DA TEORIA MuSICAL OCIDEnTAL....................... 81
2.2. EDITORAçãO DE PARTITuRAS DIGITAIS – MuSESCORE ........................ 89
3. COnTEúDO DIGITAL InTEGRADOR ................................................................. 105
3.1. ELEMEnTOS BáSICOS DA TEORIA MuSICAL .......................................... 105
3.2. EDITORAçãO DE PARTITuRAS DIGITAIS .................................................. 106
4. quESTÕES AuTOAVALIATIVAS ........................................................................ 107
5. COnSIDERAçÕES .............................................................................................. 108
6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................ 108
7. REFERÊnCIASBIBLIOGRáFICAS ...................................................................... 109
unIDADE 4 – TECnOLOGIA E EDuCAçãO MuSICAL
1. InTRODuçãO ................................................................................................... 113
2. COnTEúDO BáSICO DE REFERÊnCIA .............................................................. 113
2.1. TECnOLOGIA nA EDuCAçãO MuSICAL ................................................. 113
3. COnTEúDO DIGITAL InTEGRADOR ................................................................. 127
3.1. TECnOLOGIA nA EDuCAçãO MuSICAL .................................................. 127
3.2. softwarEs nA EDuCAçãO MuSICAL ................................................... 128
4. quESTÕES AuTOAVALIATIVAS ........................................................................ 129
5. COnSIDERAçÕES FInAIS .................................................................................. 130
6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................ 131
7. REFERÊnCIAS BIBLIOGRáFICAS ...................................................................... 132
Conteúdo 
A utilização da informática compreendendo os distintos recursos e usos do com-
putador para o estudo da música e seus fundamentos teóricos e práticos e produ-
ção musical no que se refere à criação, à performance e à apreciação. Aplicação e 
configuração de formatos de arquivos, áudio analógico e digital e mídias. Repro-
dução de áudio. Gravação de áudio. Edição de áudio. Exemplos de software com 
o foco para a Música e sua didática.
Bibliografia Básica
BRASIL. Ministério da Educação. Programa Nacional de Informática na Educação. 
Brasília: MEC, 1997.
FRITSCH, E. F. MEPsoM: método de ensino de programação sônica para músicos. Porto 
Alegre: Instituto de Informática da universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002. 
(Tese de Doutorado em Ciência da Computação).
VALIATI, E. R. A.; FLORES, L. V.; MILETTO, E. M.; PIMEnTA, M. S. Avaliação de interfaces 
em software educacional: comparando experiências em dois protótipos sucessivos. In: 
XXVIII COnFERÊnCIA LATInO-AMERICAnA DE InFORMáTICA, 2002, Montevideo. anais 
do Info uyCLEI 2002. 
Bibliografia Complementar
JAnOTTI JR., J.; LIMA, T.R.; PIRES, V. (Org.). Dez anos a mil: mídia e música popular massiva 
em tempos de internet. Porto Alegre: Simplíssimo, 2011.
LÉVy, P. O que é o Virtual?. São Paulo: Editora 34, 1996.
MILETTO, E. M.; FRITSCH, E. F.; FLORES, L. V.; LOPES, n.; COSTALOnGA, L. L.; PIMEnTA, 
M. S. Rumo ao portal de música computacional e eletrônica. In: FóRuM DO CEnTRO DE 
LInGuAGEM MuSICAL, 5, 2002, São Paulo. anais... 2002. v. 1. p. 104-107.
VILLARES, F. Novas Mídias Digitais (Audiovisual, Games e Música) – Impactos Políticos, 
Econômicos e Sociais. Rio de Janeiro: E Papers, 2008. 
wInCKLER, M. A. A.; nEMETZ, F.; LIMA, J. V. Interação entre aprendiz e computador: 
métodos para desenvolvimento e avaliação de interfaces. In: TAROuCO, L. M. R. (Ed.). 
Tecnologia Digital na Educação. Porto Alegre: universidade Federal do Rio Grande do Sul, 
2000. (Pós-graduação em Informática na Educação).
CI
Conteúdo
Introdutório
É importante saber
Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes:
Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deve-
rá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes neces-
sárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais 
conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o 
fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um 
campo de saber.
Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se-
lecionados nas Bibliotecas Virtuais universitárias conveniadas ou disponibilizados 
em sites acadêmicos confiáveis. São chamados "Conteúdos Digitais Integradores" 
porque são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Re-
ferência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos com-
plementares) e a leitura de "navegação" (hipertexto), como também garantem a 
abrangência, a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são 
conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito de avaliação. 
9
Claretiano - Centro Universitário
© Conteúdo Introdutório
1. InTRODUçãO
O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não 
faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equili-
bradas. O estudo das "ciências da educação" não faz educadores. 
Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem. O que 
se pode fazer é ajudá-los a nascer (Rubem Alves).
Seja bem-vindo!
Neste estudo, discutiremos a utilização dos recursos tecno-
lógicos e das novas Tecnologias de Informação e Comunicação – 
TICs na atuação do músico e do educador musical. Para isso, abor-
daremos a utilização de alguns softwares de edição e gravação de 
áudio, assim como programas de edição de partituras digitais, e 
contextualizaremos o papel dessas novas tecnologias no processo 
de ensino-aprendizagem em Música, a fim de buscar metodolo-
gias atualizadas que se ajustem às mudanças de uma sociedade 
em constante desenvolvimento (BRITO, 2001, p. 6).
A contextualização da prática musical, bem como de seus re-
cursos educacionais, a partir da utilização das novas tecnologias, é 
uma necessidade que o músico/educador musical tem, e ele está 
cada vez mais impelido a buscar os conhecimentos necessários e 
o domínio técnico das principais ferramentas que possibilitem um 
diálogo mais efetivo com práticas contemporâneas de criação e 
ensino musical. 
Segundo Peraya (2002, p. 49), uma nova tecnologia "não 
constitui em si uma revolução metodológica, mas reconfigura o 
campo do possível". Assim, além de os recursos tecnológicos per-
mitirem a possibilidade de simularmos a educação presencial por 
meio de novas mídias, também permitem que novas possibilidades 
de aprendizagem sejam criadas a partir da exploração das carac-
terísticas inerentes às tecnologias empregadas (ALMEIDA, 2003). 
Mas o que é tecnologia?
Segundo o dicionário on-line Houaiss, tecnologia é a "teoria 
geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital10
meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da ativi-
dade humana (indústria, ciência etc.)". 
quanto à sua origem etimológica, a palavra vem do grego 
tekhnología – tratado ou dissertação sobre uma arte, exposição 
das regras de uma arte, e é formada a partir do radical grego tekhno 
– (de tékhnē – arte, artesanato, indústria, ciência) e do radical 
grego logía (de logos – linguagem, proposição). Sancho (1998, 
p. 17) define tecnologia como o "conjunto de conhecimentos 
que permite a nossa intervenção no mundo", o "conjunto de 
ferramentas físicas ou de instrumentos, psíquicas ou simbólicas", 
e as ferramentas "sociais ou organizadoras"; e, tecnologias 
educacionais, como as "ferramentas intelectuais, organizadoras 
e de instrumentos à disposição de, ou criados pelos diferentes 
envolvidos no planejamento, na prática e na avaliação do ensino" 
(SAnCHO apud KRuEGER, 2006, p. 76).
Com base no exposto, quando nos referimos ao uso da tec-
nologia na música, estamos falando dos conhecimentos necessá-
rios em relação aos novos meios de produção e ensino de música, 
os quais sofreram uma profunda modificação a partir dos avanços 
tecnológicos do século 20, especialmente com a popularização dos 
computadores pessoais e do desenvolvimento da internet. 
Com esses novos avanços, tarefas que antes demandavam 
altos custos e processos complexos se tornaram acessíveis a es-
tudantes e educadores musicais. É o caso da gravação e edição de 
áudio, por exemplo. A partir do download de softwares gratuitos 
na internet, podemosgravar e editar arquivos de áudio, escrever 
partituras digitais, produzir trilhas sonoras para vídeos, editar mú-
sicas já gravadas e compartilhar todo esse conteúdo com músicos 
e educadores em diversas regiões do planeta. 
no entanto, "mais importante que saber quais teclas devem 
ser acionadas, é saber o que pode ser realizado com as tecno-
logias" (GOHn, 2012, p. 7). Para Papert (apud CunHA, 1998), o 
efeito da presença do computador em nossas vidas deve girar em 
11
Claretiano - Centro Universitário
© Conteúdo Introdutório
torno de como podemos repensar nosso mundo na presença da 
tecnologia emergente. Ou seja, "o que nós faremos com o com-
putador" e não "o que o computador fará conosco" (PAPERT apud 
CunHA; MARTInS, 1998, p. 2). 
Atentos a isso, trabalharemos os conceitos sobre a utilização 
de tais recursos tecnológicos, também, a partir de um viés filo-
sófico, procurando entender em que medida o recurso utilizado 
possibilita ao indivíduo uma mudança de paradigma em relação ao 
seu objeto de estudo – no caso a música e seu processo de ensino-
-aprendizagem, transformando sua maneira de fazer, analisar e 
sintetizar tais objetos. 
Na Unidade 1, abordaremos alguns aspectos relacionados 
ao que podemos chamar de Tecnologia Musical. Serão definidos 
alguns conceitos básicos como hardware e software, além de tra-
çarmos uma breve evolução do desenvolvimento tecnológico na 
história da música. 
Na Unidade 2, serão abordados os conceitos básicos de edi-
ção de áudio do software Audacity e do programa Mp3myMp3. 
Espera-se que, ao final do estudo da unidade 2, você seja capaz 
de fazer o download e a instalação dos programas citados, além de 
manipular diferentes arquivos de áudio, inserindo efeitos, crian-
do loops, editando arquivos de músicas já gravadas, entre outras 
possibilidades. Além das orientações técnicas sobre os programas, 
serão apontadas diferentes possibilidades do uso desses recur-
sos na criação musical, assim como em seu processo de ensino e 
aprendizagem.
na unidade 3, trabalharemos o software MuseScore. Este 
programa consiste em um potente editor de partituras digitais, 
com o qual você será capaz de escrever partituras para os mais 
diversos grupos instrumentais, imprimi-las com aspecto profissio-
nal, podendo salvar o arquivo em diferentes formatos, como PDF 
e MIDI. O MuseScore é uma importante ferramenta e será extre-
mamente útil no decorrer de todo o curso, uma vez que muitos 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital12
trabalhos e exercícios, de diferentes estudos, serão feitos com a 
sua utilização. 
É importante ressaltar que o principal objetivo do estudo 
desses programas é traçar um panorama geral da sua utilização, 
mostrando os recursos básicos de seu funcionamento. A intenção 
não é fazer com que você domine completamente os recursos de 
utilização dos softwares, o que, por si só, não seria suficiente para 
este breve estudo. Além disso, por se tratar de um assunto ligado à 
tecnologia, sua informação está associada aos avanços e transfor-
mações que acontecem cada vez mais rápido, o que nos leva a crer 
que, em um futuro próximo, muito do conteúdo abordado neste 
livro já estará obsoleto, relacionado a uma tecnologia ultrapassada 
para as próximas gerações. 
E, por fim, na Unidade 4, conceituaremos a utilização dos 
recursos tecnológicos musicais no âmbito da educação musical. 
Nessa unidade, abordaremos o papel da tecnologia e as principais 
possibilidades que ela oferece na atuação do educador musical. 
Além disso, será dada uma relação de outros programas que po-
dem ser utilizados como recursos educacionais em música, além 
dos expostos nas unidades 2 e 3. 
Então, vamos iniciar este caminho juntos?! Desejamos a 
você bom estudo e ótimas reflexões. 
2. GlOSSÁRIO DE COnCEITOS 
O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e pre-
cisa das definições conceituais, possibilitando um bom domínio 
dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento 
dos temas tratados.
1) A/D: acrônimo de Analógico/Digital. Termo geralmente 
usado para designar um conversor ou uma conversão de 
sinal analógico para digital.
13
Claretiano - Centro Universitário
© Conteúdo Introdutório
2) Amostra (Sample): representação digital de um som ob-
tida na conversão de um sinal analógico. 
3) Analógico: termo que significa que um sinal elétrico, um 
circuito, um controle, um aparelho ou sistema qualquer 
acompanha, de forma semelhante (análoga) e contínua, 
a variação de grandeza dos parâmetros a que se refere. 
4) Bit: acrônimo de dígito binário – binary digit, em inglês. 
Termo que representa, no código binário, a unidade mí-
nima de informação possível, isto é, 0 ou 1. 
5) CD-ROM: acrônimo de Disco Compacto de Memória ape-
nas para Leitura – Compact Disc-Read Only Memory, em 
inglês. unidade que contém informações digitais armaze-
nadas apenas para a leitura, não podendo ser salvas. 
6) Controlador MIDI: emissor de sinais MIDI. 
7) D/A: acrônimo de Digital/Analógico. Termo geralmente 
usado para designar um conversor ou uma conversão de 
sinal digital para analógico. 
8) Digital: termo com que se define a informação operada 
exclusivamente por meio de código binário. 
9) Equalizador: efeito utilizado em processamento de áu-
dio que enfatiza ou atenua frequências de um sinal. 
10) Frequência: em acústica, o termo significa o número de 
ciclos completos de oscilação de uma onda sonora que 
ocorre em um determinado período de tempo. Sua uni-
dade de medida, em ciclos por segundos, é o Hertz (Hz). 
11) Interface: elemento que proporciona o fluxo de informa-
ções entre dois sistemas, podendo ser uma ligação física 
ou lógica entre as partes.
12) MIDI: acrônimo de Interface Digital para Instrumento 
Musical – Musical Instrument Digital Interface, em in-
glês. Padrão de comunicação de programas e equipa-
mentos musicais entre si.
13) Plug-in: programa de computador que emula aparelhos 
eletrônicos de processamento de som. 
14) Sampler: instrumento musical eletrônico, geralmente 
controlado via MIDI, que grava amostras digitais, mani-
pula e toca sons. 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital14
15) Sequenciador: aparelho eletrônico ou programa de 
computador capaz de gerar uma sucessão de eventos 
predeterminada. 
3. ESqUEMA DOS COnCEITOS-ChAVE
Como você pode observar, o Esquema a seguir possibilita 
uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo. Ao 
segui-lo, você poderá transitar entre um e outro conceito desta 
obra e descobrir o caminho para construir o seu conhecimento. 
Por exemplo: o conceito de Tecnologia Musical que trabalharemos 
deve ser entendido a partir de suas relações com as diferentes 
possibilidades de atuação das novas tecnologias no fazer artísti-
co e pedagógico do músico/educador. "O progresso científico traz 
avanços no fazer musical, e das necessidades deste fazer, a tecno-
logia sai em busca de soluções". (CunHA; MARTInS, 1998, p. 1). A 
partir dessa ideia, na qual a música e a tecnologia percorrem uma 
via de mão dupla, nos aproximamos de um conceito contemporâ-
neo de fazer artístico e de educação musical no qual os objetivos 
finais são decisivos no tipo de tecnologia a ser utilizada. Segundo 
Cunha e Martins (1998, p. 2): 
Ao longo do século XX a separação entre os setores da criação e do 
ensino musical cresceu vertiginosamente. Aproximá-los deve ser a 
meta atual de todo profissional da área, educadores e músicos. 
Assim, dos avanços tecnológicos, surge a necessidade 
da adaptação artística, diante das novas possibilidades. E, da 
produção, surge a necessidade de uma educação musical que 
esteja alinhada a essa nova realidade. 
15
Claretiano - Centro Universitário
© Conteúdo Introdutório
Figura 1 Esquema de conceitos-chave de Arte Educação Musical e Cultura 
Digital.
4.REFERÊnCIAS BIBlIOGRÁFICAS
ALMEIDA, M. E. B. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos 
ambientes digitais de aprendizagem. Revista da Faculdade de Educação da USP, São 
Paulo, 2003. 
ALVES, R. Educação dos sentidos e mais. Campinas: Versus, 2005.
CunHA, G.; MARTInS, M. C. Tecnologia, produção e educação musical: descompassos e 
desafinos. Campinas: núcleo de Informática Aplicada à Educação, 1998.
GOHN, D. Tecnologias digitais para educação musical. São Carlos: UFSCar, 2012. 
______. Educação musical a distância: abordagens e experiências. São Paulo: Cortez, 
2011. 
______. Aspectos tecnológicos da experiência musical. Revista do Programa de Pós-gra-
duação Stricto Senso da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de 
Goiás, Goiânia, 2007, v. 7. 
KRuEGER, S. E. Educação musical apoiada pelas novas tecnologias de educação: 
pesquisas, práticas e formação de docentes. Porto Alegre: Revista da Abem, 2006. 
PERAyA, D. O ciberespaço: um dispositivo de comunicação e de formação midiatizada. 
Porto Alegre: Artmed, 2002. 
SANCHO, J. M. Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: ArtMed, 1889. 
ZuBEn, P. Música e tecnologia: o som e seus novos instrumentos. São Paulo: Irmãos 
Vitale, 2004. 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital16
5. E-REFERÊnCIAS
ABEM – ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE EDuCAçãO MuSICAL. Homepage. Disponível em: 
<http://abemeducacaomusical.com.br/index.asp>. Acesso em: 30 jul. 2014.
BRITO, T. A. Koellheuter educador: o homem como objetivo da educação musical. 
Disponível em: http://www.galileo.edu/esa/files/2011/12/3.-O-HuMAnO-COMO-
OBJETIVO-DA-EDuCA%C3%87%C3%83O-MuSICAL-Teca-Brito.pdf
Dicionário online Houaiss Beta. Disponível em: <http://houaiss.uol.com.br/>.
MúSICA HODIE. Homepage. Disponível em: <http://www.musicahodie.mus.br/index.
php>. Acesso em: 30 jul. 2014. 
1Tecnologia musical
Objetivos
• Compreender a relação do desenvolvimento da tecnologia com a evolução 
da música.
• Definir os principais conceitos sobre tecnologia musical.
• Contextualizar o uso da tecnologia na composição e educação musical. 
• Desenvolver um olhar crítico aos recursos tecnológicos diante das atividades 
do músico nos dias atuais. 
Conteúdos
• Música e tecnologia.
• Hardware e software em Música.
• Protocolo MIDI.
• Instrumentos Musicais Eletrônicos.
• Educação Musical e Tecnologia. 
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir:
1) não deixe de recorrer aos materiais descritos no Conteúdo Digital Integra-
dor. 
2) Pratique os conceitos estudados, testando e verificando os conteúdos em 
exercícios práticos. 
3) uma boa reflexão acerca do surgimento da tecnologia pode ser observado 
no filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, do cineasta Stanley Kubrick (1968).
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1. InTRODUçãO
Nesta unidade, mergulharemos no mundo da tecnologia 
aplicada à Música, percorrendo um pequeno desenvolvimento 
histórico dessa relação. Mostraremos de que forma os avanços 
tecnológicos influenciaram na mudança de paradigma em relação 
à composição e à educação musical.
Falaremos dos principais meios de registro e reprodução de 
áudio, bem como dos materiais de hardware e software necessá-
rios à utilização de tais recursos.
O conteúdo desta unidade servirá de base para você com-
preender e contextualizar os assuntos abordados no decorrer des-
te estudo. 
2. COnTEúDO BÁSICO DE REFERÊnCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta de forma sucin-
ta os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão in-
tegral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo 
Digital Integrador. 
2.1. Música e Tecnologia
[...] comecei a conceber a música como sendo espacial, como cor-
pos sonoros movendo-se no espaço, concepção que desenvolvi 
gradualmente e fiz a minha. Compreendi logo que seria difícil ou 
impossível exprimir com os meios colocados à minha disposição as 
idéias que me ocorriam. [...] nosso alfabeto é pobre e ilógico. A mú-
sica, que poderia ser viva e vibrante, necessita de novos meios de 
expressão, e apenas a Ciência pode introduzir nela a seiva jovem. 
[...] Sonho com instrumentos que obedeçam ao pensamento – os 
quais, sustentado pela florescência de timbres inimagináveis, per-
mitirão a eles qualquer combinação que eu escolha para impor e 
submeter às exigências do meu ritmo interno (VARÈSE in MORAES 
apud CunHA; MARTInS, 1998, p. 3).
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Atualmente, quando nos referimos à tecnologia, geralmen-
te, temos a impressão de estarmos lidando com "técnicas que en-
volvem conhecimentos modernos e complexos". Além disso, tam-
bém relacionamos o termo ao avanço técnico dos mais diversos 
equipamentos e ferramentas que se fazem cada vez mais presen-
tes nas mais diferentes tarefas do nosso cotidiano, como os com-
putadores cada vez mais avançados, os smartphones, a internet, 
entre outros. 
"A importância da tecnologia em nosso cotidiano nem pre-
cisa ser discutida: sem ela, não nos organizamos, não nos loco-
movemos, não nos comunicamos mais, não nos pensamos mais" 
(ZuBEn, 2004, p. 3). Ainda para o mesmo autor, "[...] muito embo-
ra, apenas o presente nos dê a impressão de modernidade e com-
plexidade, a arte de se fazer música no Ocidente sempre esteve 
associada à tecnologia " (ZuBEn, 2004, p. 10). 
Refletindo um pouco mais acerca do sentido etmológico da 
palavra "tecnologia", temos a sua origem a partir da junção de dois 
termos gregos: tekhno – que significa arte, ofício, técnica, habili-
dade e logía – estudo. O termo pode ser entendido como o estudo 
das técnicas ou habilidades que propicia a criação de bens e ser-
viços para facilitar a adaptação do ser humano em seu ambiente. 
uma adaptação no sentido de atender tanto às necessidades bási-
cas quanto aos desejos humanos. nesse sentido, podemos consi-
derar que a tecnologia, com sua evolução, mostra-se, na verdade, 
como fruto da evolução da mente humana (GOMES, 2012). 
na Figura 1, podemos observar que, para a construção des-
ses instrumentos, foi aplicada uma tecnologia específica. 
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Figura 1 Flauta de Osso.
A relação do desenvolvimento tecnológico com a própria 
evolução da música é bem mais antiga do que normalmente acre-
ditamos ser. E toda essa evolução tecnológica foi acompanhada de 
uma nova postura do indivíduo em relação ao seu fazer artístico. 
Segundo Gohn (2007), nenhuma invenção tecnológica é comple-
tamente neutra, pois a existência de um novo artefato, mecanis-
mo ou sistema sempre provoca mudanças de pensamento e no-
vas visões de mundo. Logo, as facilidades surgidas em relação às 
diferentes maneiras de produção, consumo e aprendizagem em 
música, a partir de diferentes tecnologias, criaram novas concep-
ções artísticas e de educação nas diferentes áreas do conhecimen-
to musical. 
Dentre os exemplos da "ausência de neutralidade" em rela-
ção aos avanços tecnológicos citados por Gohn está o surgimento 
dos óculos, em meados do século 12, que refutou a ideia de que o 
indivíduo estaria fadado às consequências de um desgaste natural 
do corpo humano ou problemas de nascença tidos como irreversí-
veis. A partir daquele instante, muitos sofrimentos e desconfortos 
já não seriam mais considerados normais, e os progressos científi-
cos representariam uma luta contra processos usuais da natureza 
(GOHn, 2007). 
Além do surgimento dos óculos, podemos citar a invenção 
do telégrafo, no final do século 19. Até o seu surgimento, o tempo 
para uma determinada informação chegar ao seu destino estava 
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vinculado ao tempo gasto no traslado dessa informação por seu 
portador.Em muitos casos, tal informação, ao chegar ao seu des-
tino, já não tinha mais a mesma relevância. O telégrafo provocou 
uma profunda mudança na relação das pessoas com a informa-
ção. A partir dessa nova tecnologia, verificou-se uma mudança de 
comportamento em relação à maneira como as pessoas se comu-
nicavam. Informações que talvez não tivessem tanta importância 
passaram a ser veiculadas pelo simples fato de que elas poderiam 
ser veiculadas de uma forma mais simples e rápida. "O telégrafo 
transformou a informação em mercadoria, uma "coisa" que podia 
ser vendida e comprada independente de seu uso ou significado" 
(POSTMAn apud GOHn, 2007, p. 12).
A escrita musical como tecnologia 
No campo musical, podemos considerar o surgimento da es-
crita musical, um dos principais avanços tecnológicos pelos quais 
a Música passou. 
Antes do surgimento da escrita musical, podemos dizer que 
a transmissão de conhecimentos sobre música acontecia, basica-
mente, por meio da tradição oral e de um processo de imitação. 
O surgimento da notação musical causou a primeira grande revo-
lução nos processos de transmissão do conhecimento musical. A 
única maneira de aprender com um mestre era estar presente fisi-
camente junto a ele (GOHn, 2011, p. 58). 
Além das novas condições de acesso ao conteúdo artístico-
-musical de diferentes artistas em diferentes regiões, benefician-
do de forma significativa o processo de ensino-aprendizagem em 
música, o surgimento da escrita relaciona-se ao próprio desen-
volvimento da música. A partir do momento em que as ideias de 
um compositor assumem esse caráter físico, a criação passa por 
um processo de racionalidade decorrente do planejamento que 
a notação musical possibilita, contribuindo para a criação de uma 
música mais complexa, como no caso do surgimento da polifonia 
vocal do século 11 e 12 (wEBER apud GOHn, 1995). 
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O desenvolvimento musical e, por consequência, o desen-
volvimento da escrita – que se tornou cada vez mais complexa – 
criou a necessidade de os estudantes estarem capacitados para a 
decodificação do material musical impresso. Segundo Gohn (2011, 
p. 62), "um aprendiz de música, que anteriormente iria concen-
trar seus estudos na produção de sons, deveria também aprender 
a interpretar os sinais gráficos que representavam aqueles sons". 
A música escrita tornou-se, também, um suporte importante, um 
meio para a sua gravação. 
A tecnologia na produção dos instrumentos
Relacionando o uso da tecnologia aplicada ao desenvolvi-
mento dos instrumentos musicais, podemos dizer que, desde os 
mais primitivos instrumentos musicais já criados pelo homem, a 
tecnologia aplicada ao seu aperfeiçoamento sempre esteve ligada 
à busca por novas sonoridades, novas formas de expressão, fun-
cionalidade e durabilidade (RATTOn, 2009). 
Exemplo notório dessa tecnologia aplicada ao desenvolvi-
mento instrumental pode ser observado no mecanismo de pro-
dução do som do piano. Por volta de 1700, o fabricante italiano 
de instrumentos musicais Bartolomeo Cristofori (1655-1731) criou 
um mecanismo em que as cordas eram percutidas por martelos e 
não pinçadas como no cravo, abrindo inúmeras possibilidades de 
nuances interpretativas. 
A tecnologia na gravação de sons
Outro avanço tecnológico importante na área musical se deu 
em decorrência do surgimento dos meios de gravação sonora. O 
primeiro passo nesse sentido foi dado no final do século 19 com 
a invenção do fonógrafo por Thomas Edison. Essa nova tecnologia 
possibilitava que a música fosse gravada e pudesse ser ouvida sem 
a presença de músicos tocando ao vivo. 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital24
A criação do fonógrafo transformou as relações de consumo 
e disseminação musical. Transformou-se em um "divisor de águas" 
entre um mundo em que o acesso musical estava restrito à neces-
sidade da presença do músico tocando ao vivo, e outro mundo, 
no qual as pessoas tinham acesso a esse conteúdo sem a presen-
ça física do intérprete ou do compositor, podendo ouvir a música 
quantas vezes quisesse. Essa nova postura em relação ao objeto 
artístico provocou, inclusive, mudanças no próprio conteúdo mu-
sical, como observa Phillip:
Se gravações do período pré-guerra são notavelmente como per-
formances ao vivo, muitas performances da segunda metade do 
século vinte são notavelmente como gravações. Controle e clare-
za de detalhes tornaram-se a prioridade na performance moder-
na, nas salas de concerto assim como no estúdio (PHILLIP, 1992, p. 
231).
Digitalização da música
Outro passo importante no avanço tecnológico musical foi 
o advento da digitalização da música, o que, associado ao desen-
volvimento dos meios de transmissão midiáticos, como o rádio, a 
televisão e, mais recentemente, a internet, fez com que diversos 
processos em relação à composição, produção, apreciação, ensi-
no-aprendizagem e, até mesmo, a performance musical sofressem 
profundas mudanças. 
Com as leituras propostas no Tópico 3.1, você notará que 
a evolução tecnológica repercutiu desde a produção até a apre-
ciação desta arte que é a música. Selecionamos alguns materiais 
de estudo para que você possa compreender melhor essa par-
ceria entre tecnologia e música. Antes de prosseguir para o pró-
ximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar 
o conteúdo estudado. 
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2.2. gravação digiTal e analógica
Basicamente, na tecnologia analógica de gravação, a forma 
da onda sonora é registrada de maneira análoga à forma da onda 
do sinal original. Esse registro é feito em um suporte físico como 
um disco de vinil, uma fita cassete, ou gravadores de rolo profissio-
nais utilizados em estúdios de gravação. O principal equipamento 
utilizado para a captação e conversão do som em sinal elétrico é o 
microfone. Nos meios analógicos de gravação e reprodução sono-
ra, o conteúdo gravado é acessado de maneira linear. Por exemplo, 
para acessarmos um determinado ponto de uma gravação em fita 
cassete, é preciso rodar a fita até o ponto desejado. 
Já a tecnologia digital se refere à linguagem dos computado-
res, em que o sinal analógico é convertido por meio de um conversor 
A/D – Analógico para Digital, em uma linguagem numérica binária 
formada pelos números 0 e 1. Dá-se o nome de bit à representação 
mínima de informação expressa no código binário (0 ou 1). 
Nas transmissões digitais, o agrupamento de oito bits repre-
senta 1 byte. Na conversão de sinal analógico para digital, o sinal 
é analisado e são coletadas amostras (samples), periodicamente, 
em curtos intervalos de tempo. A amostra é registrada utilizando-
-se uma representação numérica que equivale à intensidade do 
sinal original em uma posição no tempo. 
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Fonte: Zuben (2004, p. 43).
Figura 2 Gráfico de frequência de amostragem.
Assim como na gravação analógica, o sinal convertido em 
representações numéricas na tecnologia digital é armazenado em 
suportes físicos, como o HD de um computador. 
Uma vez registradas, tais informações podem ser manipula-
das de diversas formas por meio de processos de edição sonora, 
além do fato de possuírem uma vida útil muito maior em relação 
ao registro analógico, não se desgastando com o uso intensivo des-
tes dados.
Outro aspecto importante em relação à informação digital é 
a sua facilidade de transmissão. Uma vez feita a conversão do sinal 
analógico para o digital, o intercâmbio das informações por dife-
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rentes equipamentos e sistemas é feito de maneira extremamente 
rápida, quase que instantaneamente. 
Assim, depois que uma transcrição do meio analógico é feita para 
o meio digital, qualquerinformação é facilmente transferida de um 
sistema a outro, através de cópias perfeitas, em que todas são ori-
ginais. Por exemplo, um CD pode ser copiado para o disco rígido 
de um computador, as músicas compactadas para o padrão MP3, 
enviadas por e-mail e transferidas para outro computador, descom-
pactadas e em seguida colocadas em outro CD. Com este procedi-
mento, dois CDs com dados idênticos podem ser produzidos em 
poucos minutos, em duas regiões distantes do planeta. Com o su-
porte analógico, a gravação teria que viajar fisicamente até o local 
de destino (GOHn, 2007, p. 20). 
A digitalização do material sonoro e consequentemente a fa-
cilidade de manipulação e transmissão pela qual a música passou 
criaram inúmeras possibilidades de novas relações de consumo e 
produção musical. Atualmente, para se ter acesso à música produ-
zida nas mais diferentes regiões do planeta, nos mais diferentes 
estilos, e por compositores desconhecidos da grande mídia, basta 
que você saiba acessar a informação que está procurando e o con-
teúdo estará disponível, desde que você esteja conectado à rede. 
Com a popularização dos computadores pessoais, a tecnolo-
gia digital possibilitou que cada vez mais e mais pessoas, sejam es-
tudantes, professores ou apenas diletantes, tenham contato com 
as inúmeras possibilidades de manipulação e compartilhamento 
do material sonoro; especialmente em relação ao processo de 
ensino-aprendizagem, essa nova tecnologia abriu as portas para 
maior troca de informações entre professores e aprendizes, e des-
tes com todo o globo. 
Diferentes mídias e formatos são utilizados para o armazena-
mento de dados de áudio digital. Nos Quadros 1 e 2, estão listados 
os principais suportes físicos e os formatos utilizados atualmente:
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Quadro 1 – Mídias para Áudio Digital.
Mídia Sigla Descrição
Pen drive
Dispositivo portátil de armazenamento 
de informações digitais que utiliza 
memória flash (chip de memória de 
computador que mantém informações 
armazenadas sem a necessidade de 
uma fonte de energia). É acessível por 
meio de portas uSB. Sua capacidade 
varia, geralmente, de 2GB a 64GB. 
HD Acrônimo de Disco Rígido (Hard Disc)
Unidade de armazenamento de 
informações digitais, composta, 
geralmente, por placas fixas de 
alumínio. 
HD externo
Acrônimo de Disco Rígido 
(Hard Disc)
Unidade de armazenamento similar ao 
HD, só que funciona como um periférico 
sendo possível transportá-lo, assim 
como os pen drives. Possui capacidade 
que varia de 250GB a 1TB (Terabyte). 
CD Acrônimo de Disco Compacto (Compact Disc)
unidade em que informações digitais 
(textos, imagens e sons) estão 
armazenadas para serem lidas em um 
sistema de reprodução apropriado.
CD-R
Acrônimo de Disco 
Compacto Regravável 
(Compact Disc – 
recordable). 
unidade em que informações digitais 
(textos, imagens e sons) podem ser 
gravadas para leitura em um sistema de 
reprodução apropriado. Lançado pela 
Sony, em 1990. 
MD Acrônimo de Minidisco (Mini Disc)
unidade de tamanho reduzido em que 
informações digitais são armazenadas 
para serem lidas em um sistema de 
reprodução apropriado. Lançado pela 
Sony, em 1991. 
DVD
Acrônimo de Disco Digital 
Versátil (Digital Versatile 
Disc). 
Unidade de armazenamento de 
informações (textos, imagens e sons) de 
maior capacidade que o CD. 
DVD-R
Acrônimo de Disco Digital 
Versátil Regravável (Digital 
Versatile Disc Recordable). 
Unidade de armazenamento de 
informações (textos, imagens e sons) 
de maior capacidade que o CD que 
possibilita o apagamento e a regravação 
dos dados impressos na mídia.
DAT
Acrônimo de Fita de Áudio 
Digital (Digital Audio Tape)
Fita magnética para armazenamento 
de dados utilizado em estúdios 
profissionais de gravação.
Fonte: adaptado de Zuben (2004). 
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Quadro 2 – Formatos para Áudio Digital.
Mídia Sigla Descrição
PCM
Acrônimo do 
inglês Pulse Code 
Modulation
Formato utilizado nos CDs de áudio 
e em fitas DAT. O formato PCM não 
comprime os dados e pode ser lido 
por muitos programas de computador.
wAV
Formato padrão do Windows/
PC. Normalmente utilizado sem 
compressão de dados. Pode ser 
codificado facilmente para outros 
formatos como o MP3. 
Sound Designer II 
(SD2)
Padrão desenvolvido pela empresa 
de áudio digital Digidesign. O SD2 é o 
formato mais utilizado nos aplicativos 
que funcionam em computadores 
Macintosh. Trabalha exclusivamente 
sem compressão de dados.
AIFF
Acrônimo do 
inglês Audio 
Interchangeable File 
Format. 
É o formato padrão dos computadores 
da Apple. Pode ser codificado 
facilmente para o padrão wAV.
MP3 MPEG Audio Layer III
Formato de arquivo comprimido com 
qualidade próxima ao CD. Como não 
possui dispositivo de proteção contra 
cópias, é muito utilizado na troca 
de arquivos piratas pela internet. 
O MP3 é um padrão de codificação 
para áudio e vídeo digital criado 
pela Motion Picture Experts Group – 
MPEG.
WMA
Acrônimo do inglês 
Windows Media 
Player
Formato de propriedade da empresa 
Microsoft e utilizado pelo programa 
Windows Media Player.
Real áudio
Formato bastante utilizado na internet 
devido à sua alta taxa de compressão 
de dados. Requer a utilização do 
programa Real Player para ser ouvido. 
Fonte: adaptado de Zuben (2004). 
O Protocolo MIDI
O surgimento do protocolo MIDI foi uma das principais ino-
vações tecnológicas na relação entre música e tecnologia. 
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Basicamente, o MIDI é um sistema de comunicação, um 
conjunto de especificações padrão utilizado pelos fabricantes de 
equipamentos eletrônicos musicais que possibilita que tais equi-
pamentos, mesmo de diferentes marcas, possam se conectar 
com total compatibilidade. O protocolo surgiu por volta de 1982, 
quando os engenheiros da Sequential Circuits, Roland Corporation 
e Oberheim Electronics começaram a trabalhar num padrão que 
permitiria a integração de instrumentos de qualquer fabricante. 
Esse padrão se tornou o MIDI 1.0 (MAnCInI, 2006). 
O termo MIDI é um acrônimo de Musical Instrument Digital 
Interface – Interface Digital para Instrumentos Musicais e se rela-
ciona às especificações técnicas que definem a linguagem de co-
municação MIDI, os dispositivos de conexão dos equipamentos e, 
também, o formato para criação de arquivos MIDI (ZuBEn, 2004). 
A comunicação entre os aparelhos via MIDI é feita por ca-
bos de cinco pinos conhecidos como DIn, e utilizam as conexões 
padronizadas de entrada e saída, respectivamente MIDI In e MIDI 
OuT. 
Uma das principais características e motivo de muitas confu-
sões sobre a linguagem MIDI é que as informações que são trans-
mitidas não são sinais de áudio, como o que acontece em uma gra-
vação analógica. São informações digitais que definem a nota que 
foi tocada (altura), a sua intensidade (indicada pelo termo velocity) 
e a sua duração. Ou seja, o MIDI é um protocolo de comunicação, 
um conjunto de comandos que circulam entre dispositivos MIDI 
dando ordens a eles sobre o que devem fazer. 
Com a popularização dos computadores pessoais, em 1984, 
a Roland Corporation lançou no mercado uma placa de interface 
MIDI para computadores, denominada MPu401. O desenvolvi-
mento de placas e interfaces de comunicação MIDI para compu-
tadores integrou definitivamente o uso desse equipamento ao 
universo musical. A partir daí, diversos softwares começaram a 
substituir, com qualidade e eficiência, aparelhos eletrônicos como 
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sequenciadores, sintetizadores, samplers, além de possibilitar o 
surgimento dos editores de partitura, arranjadores automáticos, 
entre outros. 
A possibilidadede conexão via MIDI permitiu a entrada definitiva 
da informática na Música, com o desenvolvimento dos primeiros 
programas de sequenciamento e notação para computadores pes-
soais (ZuBEn, 2004). 
O surgimento dos sintetizadores, samplers e outros equi-
pamentos virtuais impulsionou o desenvolvimento de aparelhos 
que facilitassem a manipulação desses programas, uma vez que o 
mouse do computador não se mostrava uma boa opção de manu-
seio em muitas funções. Assim, surgiram os Controladores MIDI, 
equipamentos responsáveis pela emissão dos sinais MIDI que con-
trolam as funções do software. Os controladores podem ser tecla-
dos, baterias eletrônicas, sequenciadores, consoles com botões de 
ajuste como faders e knobs, guitarras MIDI etc. 
um arquivo gravado na linguagem MIDI pode ser acessado 
em qualquer aparelho que reconheça esse padrão de comunica-
ção, preservando-se os mesmos timbres utilizados. Isso foi possí-
vel a partir da criação do General MIDI – GM, um padrão adotado 
pelos fabricantes que define a localização de cada um dos timbres 
dos instrumentos dentro de um banco de dados específico. 
Principais termos em relação ao sistema MIDI ––––––––––––
1) Interface MIDI: equipamento ou placa de computador que permite dois 
sistemas ou equipamentos diferentes se comunicarem de conectores pa-
drões.
2) Mensagem MIDI: são mensagens enviadas entre equipamentos MIDI por 
meio das interfaces adequadas. Essas mensagens podem ser de notas 
musicais ou comandos específicos de configuração de cada equipamen-
to. As mensagens (eventos) musicais mais simples que podem ser trans-
mitidas ou recebidas pelas interfaces MIDI são: ativação e desativação 
de notas.
3) Dispositivo MIDI: é todo dispositivo capaz de receber, enviar e interpretar 
o padrão MIDI. Os mais comuns encontrados atualmente são os sinteti-
zadores, baterias eletrônicas, módulos de som e computadores dotados 
de interface MIDI.
4) Cabos MIDI: um cabo MIDI é composto de três fios, sendo um para enviar 
mensagens, outro para receber e outro (uma malha condutora) utiliza-
© Arte Educação Musical e Cultura Digital32
do como referência para interligação dos circuitos eletrônicos entre dois 
equipamentos MIDI.
5) Conectores MIDI: são conectores tipo DIN de cinco pinos, comumente 
utilizados em equipamentos de áudio. Para ligação no cabo MIDI, são 
utilizados apenas três destes pinos (os pinos 2, 4 e 5). Os pinos quatro e 
cinco são conectados ao par de fios e o pino 2 é ligado à malha condutora. 
Para evitar interferências, é aconselhável utilizar cabos com comprimento 
máximo de 1,6m. Bons cabos MIDI podem chegar até a 5m. Acima dessa 
metragem não se garante que a informação enviada será recebida cor-
retamente.
6) MIDI IN: essa porta recebe a informação vinda de outro dispositivo MIDI. 
Ele apenas recebe informações, não sendo capaz de enviá-las.
7) MIDI OUT: essa porta se encarrega de enviar mensagens de um dispositi-
vo MIDI para outro. Ele só envia mensagens e não é capaz de recebê-las.
8) MIDI TRHU: essa porta retransmite a mensagem recebida na porta MIDI 
IN, ou seja, funciona como uma extensão, uma cópia, da entrada MIDI IN. 
Assim, MIDI THRU é uma porta de saída.
Fonte: adaptado de Machado (2001).
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
Com as leituras propostas no Tópico 3.2, sobre gravação 
analógica e digital e MIDI, você poderá compreender melhor os 
sistemas de gravação sonora. Antes de prosseguir para o próxi-
mo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o 
conteúdo estudado.
2.3. Hardware e sofTware
Para compreendermos as diversas possibilidades que a ma-
nipulação de áudio digital nos oferece, é importante definirmos 
dois conceitos fundamentais para a tecnologia aplicada à música 
– o hardware e o software. 
Os hardwares referem-se ao conjunto de equipamentos ele-
trônicos formados por computadores, tablets, smartphones e to-
dos os dispositivos que se conectam a esses equipamentos, como, 
microfones, pendrives, mouses, teclados, placas de som, processa-
dores de efeito, amplificadores, mesas de som, entre outros. Ou 
seja, os hardwares são equipamentos constituídos fisicamente por 
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placas de circuitos, discos, componentes eletrônicos, chips, fios, 
conectores e invólucros de plástico ou metal.
Já os softwares são os programas usados em equipamentos 
de hardware, ou seja, são os responsáveis por transmitir o con-
junto de informações necessárias ao funcionamento do hardware. 
Software, logiciário ou suporte lógico é uma sequência de instru-
ções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecio-
namento ou modificação de um dado/informação ou acontecimen-
to. Software também é o nome dado ao comportamento exibido 
por essa seqüência de instruções quando executada em um com-
putador ou máquina semelhante. Software também é um produto 
e é desenvolvido pela Engenharia de software, e inclui não só o 
programa de computador propriamente dito, mas também manu-
ais e especificações. Para fins contábeis e financeiros, o Software é 
considerado um bem de capital (OFICInA nET, 2014). 
Vamos agora conhecer um pouco dos principais equipamen-
tos de hardware e os diferentes tipos de software utilizados como 
recursos tecnológicos para a prática do músico/educador musical. 
Hardware
Microfones 
Atualmente, já é possível encontrar no mercado microfones 
profissionais a um preço mais acessível. Microfones para compu-
tadores não são indicados para gravações, em que se necessita de 
uma qualidade maior de captação de áudio. Esses aparelhos são 
indicados para a utilização em chats, conferências, ligações que 
utilizam a tecnologia "voIP", e, em alguns casos, é possível gravar a 
voz falada. Para conectar o microfone ao computador, é necessária 
uma placa de áudio. Essa interface, que também é um dispositivo 
de hardware, é a responsável por decodificar o sinal captado pelo 
microfone em uma linguagem que você possa manipular o áudio 
em softwares apropriados. Ou seja, é a ponte entre o microfone/
instrumento e o computador.
© Arte Educação Musical e Cultura Digital34
Assim como os microfones, também é possível encontrar no 
mercado interfaces de áudio de boa qualidade a um preço mais 
acessível, algumas, inclusive, que se conectam ao computador 
pela entrada uSB. Basicamente, os modelos mais comuns de mi-
crofones são os dinâmicos e condensadores. Os microfones dinâ-
micos são os mais comuns e versáteis, usados em gravações e em 
shows ao vivo. São mais resistentes e captam menos os sons do 
ambiente. Já os condensadores são mais sensíveis e conseguem 
um padrão de qualidade bem superior aos dinâmicos. Porém, cap-
tam mais ruídos externos.
Figura 3 Microfone Dinâmico. Figura 4 Microfone Condensador.
Mesa de som 
A mesa de som, também chamada de "mixer", é o equipa-
mento responsável por receber os diferentes sinais sonoros dos 
microfones e instrumentos conectados a ela e mixá-los (misturá-
-los). Ou seja, ela possibilita que, em um único alto-falante, sejam 
ouvidos os sons de diferentes instrumentos ao mesmo tempo. A 
mesa de som também é responsável por balancear e equalizar os 
diferentes sinais, além de adicionar efeitos ao sinal original. Di-
versos softwares musicais possuem mesas de som virtuais com as 
mesmas funções de uma mesa física. 
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Figura 5 Mesa de som.
Instrumentos eletrônicos 
O avanço tecnológico na área musical ao longo do século 20 
foi marcado pelo surgimento de diversos instrumentos eletrônicos 
que influenciaram, entre outras coisas, no surgimento de novas 
estéticas musicais a partir do dessas novas tecnologias, abrindo 
novas perspectivas para a expressão musical. 
Dentre os principais instrumentos que surgiram a partirdo 
advento da eletricidade, podemos citar o Telharmonium, criado 
por Thaddeus Cahill (1867-1934), em 1906; o Theremin, de Leon 
Theremin (1896-1993), de 1919; o instrumento criado por Mauri-
ce Martenot (1898-1981), em 1928, conhecido como Ondas Mar-
tenot e o primeiro órgão eletrônico, o Hammond, inventado por 
Laurens Hammond, em 1929. 
Entretanto, talvez o instrumento eletrônico de maior rele-
vância criado nesse período tenha sido o de Robert Moog, conside-
rado o primeiro sintetizador analógico da história. Embora outros 
similares tivessem sido feitos antes dele, o Moog tornou-se muito 
popular em razão de seu baixo custo de fabricação em relação aos 
demais equipamentos de geração eletrônica de som. 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital36
Basicamente, um sintetizador possibilita ao compositor e ao 
intérprete a função de síntese sonora, ou seja, a manipulação do 
som em seus diferentes aspectos, por meio de processos de fil-
tragem harmônica (alteração no timbre) e controles de amplitude 
(dinâmica). Os parâmetros são controlados por botões e chaves no 
painel do sintetizador, permitindo um total domínio no processo 
da síntese sonora. 
Inicialmente, os sintetizadores eram equipamentos mono-
fônicos, ou seja, capazes de produzir apenas uma nota de cada 
vez. Isso só foi superado a partir da década de 1970, com o surgi-
mento dos microprocessadores, que passaram a ser utilizados em 
sintetizadores digitais, nos quais a síntese sonora passou a ser feita 
digitalmente. Esses instrumentos possuem uma capacidade mui-
to maior de armazenamento de timbres, além de possuírem uma 
melhor qualidade sonora. Embora os sintetizadores, geralmente, 
estejam associados a instrumentos de teclado, outros instrumen-
tos também podem oferecer tais recursos, a partir de outros meios 
de controle. É o caso das guitarras sintetizadas. 
Além dos sintetizadores, outro tipo de hardware importante 
na vida profissional do músico/educador musical são os chamados 
"controladores", que são teclados que não possuem timbres pró-
prios, mas que controlam os timbres de outros equipamentos, in-
clusive os utilizados por programas de computador. Além dos con-
troladores, podemos inserir, nessa categoria, as workstations, que 
são sintetizadores capazes de criar e editar arranjos automáticos, 
como em um gravador multipista. 
37
Claretiano - Centro Universitário
© U1 - Tecnologia musical
Figura 6 Sintetizador.
Com as leituras propostas no Tópico 2.3, selecionamos 
alguns vídeos por meio dos quais você poderá conhecer um 
pouco mais sobre os instrumentos eletrônicos. É fundamental 
que você conheça bem esses instrumentos em uma sociedade 
digitalizada como é a nossa. Antes de prosseguir para o próxi-
mo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o 
conteúdo estudado. 
Software
Existem diversas categorias de softwares de música. Tais 
categorias são divididas em relação ao tipo de recurso que o software 
oferece, de acordo com os objetivos que se necessita. Por exemplo, 
softwares de gravação, softwares de edição de áudio, de edição 
de partituras digitais, entre outros. Há softwares especificamente 
com objetivos educacionais. Os recursos que caracterizam um 
determinado programa, muitas vezes, são disponibilizados em 
outros, como uma função secundária dentro do programa. Essa 
tentativa de categorização busca relacionar os programas a partir de 
suas funções nas quais o software apresenta mais recursos. 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital38
Editores de áudio
Os programas editores de áudio são softwares utilizados 
no processamento do som. Com esses programas, é possível adi-
cionarmos os mais diferentes efeitos ao material sonoro original. 
Efeitos como compressão, reverberação, delay, eco, alteração da 
altura, equalização, fade in fade out, tremolo, normalização, entre 
outros. 
Aprofunde seus conhecimentos
Como estudo complementar a este assunto, pesquise sobre os 
efeitos mencionados e veja o que cada um modifica no som. 
Além disso, com esses softwares, é possível cortar, copiar e 
colar diferentes trechos do arquivo, criando sequências musicais 
que podem ser usadas com finalidades educacionais e composi-
cionais. O principal exemplo dessa função é a criação de loops, ou 
seja, um trecho musical que se repete continuamente. 
Os editores de áudio também possibilitam a eliminação 
de ruídos quando, por exemplo, discos de vinil são digitalizados 
e gravados em outras mídias como o CD. Permitem, também, a 
gravação, mas não possuem os mesmos recursos de um gravador 
multipista, uma vez que, nos editores de áudio, os recursos são 
direcionados para a manipulação de um arquivo sonoro (GOHn, 
2012). Em ambos os casos – editor de áudio e gravador multipis-
ta, é possível visualizar o gráfico formado pelas ondas sonoras do 
arquivo. Essa visualização pode ser facilmente expandida, possibi-
litando que edições sejam feitas em regiões extremamente espe-
cíficas do arquivo. 
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Claretiano - Centro Universitário
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Figura 7 Editor de Áudio.
A seguir, estão listados os principais editores de áudio utili-
zados atualmente:
1) Sound Forge;
2) Audacity;
3) Mp3myMp3;
4) Goldwave;
5) Fruit Loops;
6) Samplitude Prox. 
Características de um software
Com uma busca rápida na internet, é possível conhecer um pouco 
mais dos recursos e características de cada software. 
Editores de partituras digitais
São softwares cuja finalidade é a escrita e edição de parti-
turas musicais em formato digital. A grande maioria desses pro-
gramas possibilita que a música escrita seja tocada por diferentes 
instrumentos. Geralmente, possuem um banco de dados com vá-
© Arte Educação Musical e Cultura Digital40
rios sons sintetizados. Além disso, a música pode ser gravada em 
diferentes formatos, como o MP3 ou wAV, ou ser salva em arquivo 
MIDI, possibilitando que o arquivo seja aberto, por exemplo, em 
um gravador multipista. 
Os editores de partitura trouxeram inúmeras facilitações em 
relação à notação musical. A partitura digital possibilita uma série 
de recursos, pois, se ela fosse trabalhada no papel, demandaria 
maior tempo para ser finalizada. Isso ocorre no caso da transposi-
ção. A partir de alguns poucos comandos, é possível transpor uma 
partitura inteira para qualquer tonalidade desejada. Além disso, 
podemos controlar o andamento em que a música é reproduzida, 
o que se torna um importante expediente ao estudo de repertó-
rio, e as partituras também podem ser impressas com qualidade 
profissional.
Figura 8 Editor de partituras.
Entre os principais editores de partitura disponíveis atual-
mente, temos:
41
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© U1 - Tecnologia musical
1) Finale;
2) Sibelius;
3) MuseScore;
4) Encore.
Gravadores multipista
Os gravadores multipista são programas que possibilitam a 
gravação de diversos canais de áudio e MIDI, com o objetivo de 
combiná-los, visando a uma produção musical completa. Também 
possuem muitos dos recursos encontrados em editores de áudio. 
O número de canais disponíveis, muitas vezes, é limitado somente 
pela memória do computador. O surgimento dos gravadores mul-
tipista causou uma revolução nos sistemas de gravação de áudio e 
está associado à necessidade criativa de músicos e compositores 
que se viam limitados quando precisavam gravar várias vozes e di-
ferentes instrumentos em uma mesma gravação. Nesses casos, os 
produtores encontravam algumas saídas que possibilitavam a gra-
vação de mais instrumentos, mesmo com um número limitado de 
canais. É o caso do overdubbing. Nessa técnica, utilizavam-se dois 
gravadores; enquanto um reproduzia o que já tinha sido gravado, 
o outro registrava esses sons novamente, acrescidos de novos 
sons tocados pelo intérprete, acompanhando a primeira gravação 
(GOHn, 2013).Outra técnica empregada é a chamada bouncing ou 
ping-pong. Esse recurso consiste em mixar, em um único canal, di-
versas pistas já gravadas, liberando os canais para novos registros. 
Nos gravadores multipista, cada músico pode gravar seu ins-
trumento separadamente. Além disso, cada canal pode ser edita-
do separadamente, possibilitando melhoramentos no áudio para 
cada pista gravada. Todos possuem comandos de mute e solo, que 
possibilitam que você escolha um único canal ou canais distintos 
para serem reproduzidos. 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital42
Figura 9 Gravador Multipista.
Os principais gravadores multipista utilizados na produção 
musical atualmente são:
1) ProTools;
2) Sonar;
3) Logic;
4) Cubase;
5) Garage Band. 
Arranjadores automáticos
São programas que criam arranjos automáticos a partir de 
uma sequência harmônica predeterminada. O arranjo é programado 
a partir da escolha de algum estilo musical predefinido pelo usuário. 
nesses programas, é possível modificar os instrumentos que estão 
tocando o arranjo, assim como alterar o andamento da música. São 
exemplos de arranjadores automáticos o Band-in-a-Box e o Jammer. 
Arranjadores automáticos são softwares muito usados como 
ferramentas de estudo do tipo play-a-long, que, entre outras coi-
sas, é um excelente recurso para o estudo da improvisação. Exis-
tem os teclados do tipo workstation, que também são arranjado-
res automáticos.
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© U1 - Tecnologia musical
Figura 10 Arranjador Automático.
Softwares musicais específicos
Além das categorias de softwares musicais apresentadas an-
teriormente, existem inúmeros softwares musicais que agregam 
muito das características desses programas, mas que têm funções 
mais específicas em relação a uma determinada tarefa musical. É o 
caso, por exemplo, do software GuitarPro. Esse programa é muito 
utilizado por professores e estudantes de guitarra, pois possibilita 
a reprodução de diversos arquivos de partituras transcritas para 
esse formato, que são reproduzidas pelo programa, possibilitando 
a visualização da música na pauta ou em tablatura. 
Tablatura –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
É um sistema de escrita utilizado por instrumentos de corda e trastes, no qual 
cada linha representa uma das cordas do instrumento e sobre elas são escritos 
números que indicam o número da "casa" em que a nota deve ser tocada.
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
nessa mesma linha, temos, também, o PowerTab, um editor 
exclusivo de partituras em tablatura; e outro software interessan-
te é o Mp3myMp3. Este é um software que se propõe a gravar, 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital44
utilizando o computador, qualquer som diretamente no formato 
de MP3 ou wAV. Assim, com a utilização de um microfone conec-
tado em um computador ou mesmo com aqueles embutidos em 
notebooks, você pode utilizar seu computador como um gravador 
digital. 
Vídeo complementar –––––––––––––––––––––––––––––––––
Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. 
• Para assistir ao vídeo, pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoau-
la, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso 
(Graduação), a categoria (Disciplinar) e a Disciplina (Arte Educação Musical 
e Cultura Digital – Complementar 1). 
• Para assistir ao vídeo, pelo seu CD, clique no Botão Vídeos Complementares 
e selecione: Arte Educação Musical e Cultura Digital – Complementar 1. 
––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––
3. COnTEúDO DIGITAl InTEGRADOR
O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição ne-
cessária e indispensável para você compreender integralmente os 
conteúdos apresentados nesta unidade.
3.1. Música e Tecnologia
A evolução tecnológica proporcionou diversas mudanças em 
relação à atividade do músico/educador musical, nas mais diversas 
áreas do fazer musical e surgiram, inclusive, diferentes estéticas 
desse fazer artístico. 
A seguir, você encontrará alguns textos e vídeos que lhe aju-
darão a compreender e criar importantes reflexões sobre essa an-
tiga parceria entre música e tecnologia.
• LIBERAL, H. S. Tecnologia – quem, onde, como, pra quê. 
Fragmentos do filme – 2001: Uma Odisséia no Espaço. 
Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=_
mJT_jwPauc>. Acesso em: 1 ago. 2014. 
45
Claretiano - Centro Universitário
© U1 - Tecnologia musical
• METHEny, P. Band of Robots. Disponível em: <http://
www.youtube.com/watch?v=T32wjS92e_s>. Acesso em: 
1 ago. 2014. 
• GOHn, D. Aspectos Tecnológicos da Experiência Musical. 
Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/
musica/article/view/3295>. Acesso em: 1 ago. 2014.
3.2. gravação analógica e digiTal e Midi
Com o advento da gravação sonora, a partir do surgimento 
do fonógrafo, no final do século 19, até os recursos da gravação 
digital, profundas modificações ocorreram na maneira de produ-
zir, consumir, divulgar e compartilhar música. Com a evolução dos 
meios de comunicação midiáticos como o rádio, a TV e a internet, 
fez surgir o conceito de "música como água" (KuSEK; LEOnHARD 
apud GOHN, 2005). 
Selecionamos, a seguir, alguns vídeos e textos que o ajuda-
rão a refletir sobre a evolução dos sistemas de gravação sonora. 
• PARSOn, A. Art Science of Sound Recording: A Brief History 
of Recording. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=jgnZMZCKoa8>. Acesso em: 1 ago. 2014. 
• MAnCInI, O. uma Breve História do MIDI. Disponível em: 
<http://www.iar.unicamp.br/disciplinas/am005_2003/
midi.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2014. 
• GOnçALVES, R. A. A degeneração progressiva do som: a 
relação entre analógico e digital. Disponível em: <http://
www.ifch.unicamp.br/cteme/txt/analogicoDigital.pdf>. 
Acesso em: 1 ago. 2014. 
3.3. insTruMenTos eleTrônicos
Desde o surgimento dos instrumentos mais primitivos até os 
avançados sintetizadores, a tecnologia sempre esteve associada 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital46
ao desenvolvimento de novos instrumentos que possibilitassem 
aos compositores e intérpretes explorarem ao máximo sua expres-
sividade artística. 
A seguir, você encontrará alguns vídeos e textos que lhe aju-
darão a compreender um pouco essa relação, além de entender 
um pouco mais sobre a evolução dos instrumentos eletrônicos. 
• THE nEw SOunD OF MuSIC – Documentary part. 
1. BBC. Disponível em: <http://www.youtube.com/
watch?v=6MsyOe7xCqg>. Acesso em: 1 ago. 2014. 
• MuSEu VIRTuAL DO SInTETIZADOR. Linha do tempo. 
Disponível em: <http://www.ufrgs.br/mvs/>. Acesso em: 
1 ago. 2014. 
• BODO, R. P. P. Dispositivos Móveis como Instrumentos 
Musicais. Disponível em: <http://grenoble.ime.usp.
br/~gold/cursos/2012/movel/mono-1st/2006-3_
Roberto.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2014. 
4. qUESTÕES AUTOAVAlIATIVAS
A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para 
você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em res-
ponder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos es-
tudados para sanar as suas dúvidas.
1) Podemos considerar como um dos principais avanços tecnológicos na área 
da educação musical:
a) o surgimento do fonógrafo.
b) o surgimento do telégrafo.
c) o surgimento da escrita musical.
d) o surgimento da energia elétrica.
2) A gravação digital tornou possível um avanço significativo no registro sono-
ro, e possibilitou, também, o surgimento de tecnologias de processamento 
e edição de áudio. São mídias de gravação digital:
a) disco vinil e CD.
b) fita DAT e MD.
c) gravadores de fitas magnéticas e fitas cassete.
d) DVD e fonógrafo. 
47
Claretiano - Centro Universitário
© U1 - Tecnologia musical
3) O avanço tecnológico na área musical ao longo do século 20 foi marcado 
pelo surgimento de diversos instrumentos eletrônicos que influenciaram, 
entreoutras coisas, no surgimento de novas estéticas musicais a partir des-
sas novas tecnologias. Esse avanço também abriu novas perspectivas para a 
expressão musical. Podemos citar a invenção de um instrumento cujo som 
é produzido ao aproximarmos as mãos de duas antenas. A primeira controla 
a altura do som, e a segunda, o volume. qual o nome deste instrumento? 
a) Sintetizador Moog.
b) Telharmonium.
c) Ondas Martenot.
d) Theremin.
Gabarito 
Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au-
toavaliativas propostas:
1) c. 
2) b.
3) d.
5. COnSIDERAçÕES
Chegamos ao final da unidade 1, na qual você teve a opor-
tunidade de mergulhar no universo da tecnologia aplicada à mú-
sica. Além de um breve panorama da relação da tecnologia com 
a música ao longo da história, foram apresentados os principais 
meios de gravação sonora, bem como os principais equipamentos 
de hardware e os diferentes tipos de softwares utilizados nas mais 
diferentes áreas da produção musical. 
O Conteúdo Digital Integrador é fundamental para ampliar 
seu conhecimento sobre o assunto. Se você ainda não o estudou, 
antes de prosseguir para a unidade 2, é importante que você faça 
o estudo desse material criteriosamente selecionado para a sua 
formação. 
na unidade 2, você aprenderá a manipular os softwares de 
edição sonora Audacity e Mp3myMp3. 
© Arte Educação Musical e Cultura Digital48
6. E-REFERÊnCIAS
 lista de figuras
Figura 1 Flauta de osso. Disponível em: <http://forum.batera.com.br/forum_posts.
asp?TID=67254&title=encontrado-instrumentos-musicais-mais-antigos>. Acesso em: 1 
ago. 2014. 
Figura 3 Microfone dinâmico. Disponível em: <http://www.shure.com.br/padrao/padrao.
php?link=produtos&categoria=E024&linha=C0306&produto=10460006>. Acesso em: 1 
ago. 2014. 
Figura 4 Microfone condensador. Disponível em: <http://www.shure.com.br/padrao/
padrao.php?link=produtos&categoria=E024&linha=C0310&produto=10460461>. 
Acesso em: 1 ago. 2014. 
Figura 5 Mesa de som. Disponível em: <http://www.sxc.hu/photo/832437>. Acesso em: 
1 ago. 2014.
Figura 6 Sintetizador. Disponível em: <http://www.sxc.hu/photo/1382575>. Acesso em: 
1 ago. 2014. 
Figura 7 Editor de áudio. Disponível em: <http://osenhordasmids.blogspot.com.
br/2010/05/mudar-o-tom-dos-playback-mp3-no-soud.html>. Acesso em: 1 ago. 2014. 
Figura 8 Editor de Partituras. Disponível em: <www.sibelius.com>. Acesso em: 8 jan. 
2014. 
Figura 9 Gravador multipista. Disponível em: <http://homepga.blogspot.com.
br/2012/06/pro-tools.html>. Acesso em: 8 jan. 2014. 
Figura 10 Arranjador automático. Disponível em: <http://www.pgmusic.com/>. Acesso 
em: 8 jan. 2014. 
Sites pesquisados
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Acesso em: 8 jan. 2014. 
BODO, R. P. P. Dispositivos móveis como instrumentos musicais. Disponível em: <http://
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DOuRADO, D. D. A utilização do protocolo MIDI em sistemas de aprendizado musical via 
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MAnCInI, O. Uma breve história do MIDI. Disponível em: <http://www.iar.unicamp.br/
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OFICInA nET. Tipos de software – você realmente sabe o que é um Software? Disponível 
em: <http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1908/tipos_de_software_-_voce_
realmente_sabe_o_que_e_um_software>. Acesso em: 8 jan. 2014. 
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Claretiano - Centro Universitário
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GOMES, C. A. Recursos tecnológicos e musicais. Varginha: unIS, 2011. 
MORAES, J. J. Música da modernidade: origens da música de nosso tempo. São Paulo: 
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ZuBEn, P. Música e tecnologia: o som e seus novos instrumentos. São Paulo: Irmãos 
Vitale, 2004. 
Claretiano - Centro Universitário
2Gravação de áudio – Audacity e Mp3MyMp3
Objetivos
• Desenvolver um olhar crítico aos recursos tecnológicos diante das atividades 
do músico nos dias atuais.
• Manipular, de forma básica, os principais recursos do software de gravação e 
edição de áudio – Audacity. 
• Manipular, de forma básica, os principais recursos do software de gravação 
– Mp3myMp3.
• Utilizar os recursos estudados como ferramenta na criação de novos mate-
riais que ajudem na prática pedagógica do educador. 
Conteúdos
• Música e tecnologia.
• Gravação de áudio.
• Edição de áudio.
• MP3.
Orientações para o estudo da unidade
Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia a orientação a seguir:
1) Explore novas ferramentas e recursos de cada software, mesmo que não 
tenham sido mostrados nesta unidade. Lembre-se de que a curiosidade e a 
prática de experimentar novas possibilidades são um excelente método para 
descobrir o que os programas oferecem.
Claretiano - Centro Universitário
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Claretiano - Centro Universitário
© U2 - Gravação de áudio – Audacity e Mp3MyMp3
1. InTRODUçãO 
Nesta unidade, começaremos a trabalhar, na prática, alguns 
recursos que a tecnologia musical oferece para a prática do músi-
co/educador musical. Para isso, estudaremos os principais concei-
tos e ferramentas na gravação de arquivos de áudio a partir dos 
softwares Mp3myMp3 e Audacity. Além disso, veremos algumas 
das principais ferramentas de edição de áudio que o ajudarão a 
manipular tais arquivos com finalidades artísticas e pedagógicas. 
Serão apresentados, também, os materiais necessários para 
se realizar uma produção musical no computador, como a instala-
ção do software e os dispositivos de hardware que serão utiliza-
dos. 
2. COnTEúDO BÁSICO DE REFERÊnCIA
O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucin-
ta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão in-
tegral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo 
Digital Integrador.
2.1. gravação de áudio
na criação de arquivos de áudio, utilizamos os softwares de 
gravação e edição. A partir desses programas, e utilizando alguns 
recursos básicos de hardware, é possível gravar diretamente no 
computador por meio de uma entrada de áudio. Uma vez captura-
do o som, o arquivo pode ser salvo em diferentes formatos, como 
Mp3 ou wav, para que ele possa ser editado posteriormente. 
Atualmente, há uma variedade muito grande

Outros materiais