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ARTE EDUCAÇÃO MUSICAL E CULTURA DIGITAL CURSOS DE GRADUAÇÃO – EAD Arte Educação Musical e Cultura Digital – Prof. Ms. Adriano de Carvalho Batista Olá! Meu nome é Adriano de Carvalho Batista. Sou mestre em Música pela Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, com área de concentração em Harmonia e Música Popular e, também, bacharel em Música pela Faculdade de Artes Alcântara Machado (2000). Sou professor do curso de Licenciatura em Música da Faculdade Paulista de Artes (FPA-SP) desde 2004 e fui coordenador pedagógico do curso de Música da Faculdade Paulista de Artes entre 2006 e 2010. Atuei como coordenador artístico-pedagógico no Programa Vocacional da Prefeitura Municipal de São Paulo, nas edições de 2009 a 2011. Músico e instrumentista (guitarrista), desenvolvo trabalho de pesquisa sobre a evolução da improvisação na guitarra jazzística. Tenho experiência em Educação Musical e em Educação Superior, na área de "Música e Performance". E-mail: adriano.jazzguitar@gmail.com Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação ARTE EDUCAÇÃO MUSICAL E CULTURA DIGITAL Adriano de Carvalho Batista Batatais Claretiano 2015 Fazemos parte do Claretiano - Rede de Educação © Ação Educacional Claretiana, 2013 – Batatais (SP) Versão: ago./2015 707 B336a Batista, Adriano de Carvalho Arte educação musical e cultura digital / Adriano de Carvalho Batista – Batatais, SP : Claretiano, 2015. 134 p. ISBN: 978‐85‐8377‐361‐0 1. Tecnologia musical. 2. Gravação de áudio. 3. Edição de partituras. 4. Software musical. 5. MIDI. I. Arte educação musical e cultura digital. CDD 707 Corpo Técnico Editorial do Material Didático Mediacional Coordenador de Material Didático Mediacional: J. Alves Preparação Aline de Fátima Guedes Camila Maria Nardi Matos Carolina de Andrade Baviera Cátia Aparecida Ribeiro Dandara Louise Vieira Matavelli Elaine Aparecida de Lima Moraes Josiane Marchiori Martins Lidiane Maria Magalini Luciana A. Mani Adami Luciana dos Santos Sançana de Melo Patrícia Alves Veronez Montera Raquel Baptista Meneses Frata Rosemeire Cristina Astolphi Buzzelli Simone Rodrigues de Oliveira Bibliotecária Ana Carolina Guimarães – CRB7: 64/11 Revisão Cecília Beatriz Alves Teixeira Eduardo Henrique Marinheiro Felipe Aleixo Filipi Andrade de Deus Silveira Juliana Biggi Paulo Roberto F. M. Sposati Ortiz Rafael Antonio Morotti Rodrigo Ferreira Daverni Sônia Galindo Melo Talita Cristina Bartolomeu Vanessa Vergani Machado Projeto gráfico, diagramação e capa Eduardo de Oliveira Azevedo Joice Cristina Micai Lúcia Maria de Sousa Ferrão Luis Antônio Guimarães Toloi Raphael Fantacini de Oliveira Tamires Botta Murakami de Souza Wagner Segato dos Santos Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução, a transmissão total ou parcial por qualquer forma e/ou qualquer meio (eletrônico ou mecânico, incluindo fotocópia, gravação e distribuição na web), ou o arquivamento em qualquer sistema de banco de dados sem a permissão por escrito do autor e da Ação Educacional Claretiana. Claretiano - Centro Universitário Rua Dom Bosco, 466 - Bairro: Castelo – Batatais SP – CEP 14.300-000 cead@claretiano.edu.br Fone: (16) 3660-1777 – Fax: (16) 3660-1780 – 0800 941 0006 www.claretianobt.com.br SUMÁRIO COnTEúDO InTRODuTóRIO 1. InTRODuçãO ................................................................................................... 9 2. GLOSSáRIO DE COnCEITOS ............................................................................ 12 3. ESquEMA DOS COnCEITOS-CHAVE ................................................................ 14 4. REFERÊnCIAS BIBLIOGRáFICAS ...................................................................... 15 5. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................ 16 unIDADE 1 – TECnOLOGIA MuSICAL 1. InTRODuçãO ................................................................................................... 19 2. COnTEúDO BáSICO DE REFERÊnCIA .............................................................. 19 2.1. MúSICA E TECnOLOGIA ............................................................................ 19 2.2. GRAVAçãO DIGITAL E AnALóGICA .......................................................... 25 2.3. HARDwARE E SOFTwARE ......................................................................... 32 3. COnTEúDO DIGITAL InTEGRADOR ................................................................. 44 3.1. MúSICA E TECnOLOGIA ............................................................................ 44 3.2. GRAVAçãO AnALóGICA E DIGITAL E MIDI .............................................. 45 3.3. InSTRuMEnTOS ELETRônICOS ............................................................... 45 4. quESTÕES AuTOAVALIATIVAS ........................................................................ 46 5. COnSIDERAçÕES .............................................................................................. 47 6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................ 48 7. REFERÊnCIAS BIBLIOGRáFICAS ...................................................................... 49 unIDADE 2 – GRAVAçãO DE áuDIO – AuDACITy E MP3MyMP3 1. InTRODuçãO ................................................................................................... 53 2. COnTEúDO BáSICO DE REFERÊnCIA .............................................................. 53 2.1. GRAVAçãO DE áuDIO ............................................................................... 53 2.2. MP3MyMP3 ............................................................................................... 54 2.3. AuDACITy ................................................................................................... 67 3. COnTEúDO DIGITAL InTEGRADOR ................................................................. 74 3.1. GRAVAçãO DE áuDIO ............................................................................... 74 4. quESTÕES AuTOAVALIATIVAS ........................................................................ 75 5. COnSIDERAçÕES .............................................................................................. 76 6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................ 77 7. REFERÊnCIAS BIBLIOGRáFICAS ...................................................................... 77 unIDADE 3 – PRInCíPIOS DE TEORIA MuSICAL E EDITORAçãO DE PARTITuRAS DIGITAIS 1. InTRODuçãO ................................................................................................... 81 2. COnTEúDO BáSICO DE REFERÊnCIA .............................................................. 81 2.1. ELEMEnTOS BáSICOS DA TEORIA MuSICAL OCIDEnTAL....................... 81 2.2. EDITORAçãO DE PARTITuRAS DIGITAIS – MuSESCORE ........................ 89 3. COnTEúDO DIGITAL InTEGRADOR ................................................................. 105 3.1. ELEMEnTOS BáSICOS DA TEORIA MuSICAL .......................................... 105 3.2. EDITORAçãO DE PARTITuRAS DIGITAIS .................................................. 106 4. quESTÕES AuTOAVALIATIVAS ........................................................................ 107 5. COnSIDERAçÕES .............................................................................................. 108 6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................ 108 7. REFERÊnCIASBIBLIOGRáFICAS ...................................................................... 109 unIDADE 4 – TECnOLOGIA E EDuCAçãO MuSICAL 1. InTRODuçãO ................................................................................................... 113 2. COnTEúDO BáSICO DE REFERÊnCIA .............................................................. 113 2.1. TECnOLOGIA nA EDuCAçãO MuSICAL ................................................. 113 3. COnTEúDO DIGITAL InTEGRADOR ................................................................. 127 3.1. TECnOLOGIA nA EDuCAçãO MuSICAL .................................................. 127 3.2. softwarEs nA EDuCAçãO MuSICAL ................................................... 128 4. quESTÕES AuTOAVALIATIVAS ........................................................................ 129 5. COnSIDERAçÕES FInAIS .................................................................................. 130 6. E-REFERÊnCIAS ................................................................................................ 131 7. REFERÊnCIAS BIBLIOGRáFICAS ...................................................................... 132 Conteúdo A utilização da informática compreendendo os distintos recursos e usos do com- putador para o estudo da música e seus fundamentos teóricos e práticos e produ- ção musical no que se refere à criação, à performance e à apreciação. Aplicação e configuração de formatos de arquivos, áudio analógico e digital e mídias. Repro- dução de áudio. Gravação de áudio. Edição de áudio. Exemplos de software com o foco para a Música e sua didática. Bibliografia Básica BRASIL. Ministério da Educação. Programa Nacional de Informática na Educação. Brasília: MEC, 1997. FRITSCH, E. F. MEPsoM: método de ensino de programação sônica para músicos. Porto Alegre: Instituto de Informática da universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2002. (Tese de Doutorado em Ciência da Computação). VALIATI, E. R. A.; FLORES, L. V.; MILETTO, E. M.; PIMEnTA, M. S. Avaliação de interfaces em software educacional: comparando experiências em dois protótipos sucessivos. In: XXVIII COnFERÊnCIA LATInO-AMERICAnA DE InFORMáTICA, 2002, Montevideo. anais do Info uyCLEI 2002. Bibliografia Complementar JAnOTTI JR., J.; LIMA, T.R.; PIRES, V. (Org.). Dez anos a mil: mídia e música popular massiva em tempos de internet. Porto Alegre: Simplíssimo, 2011. LÉVy, P. O que é o Virtual?. São Paulo: Editora 34, 1996. MILETTO, E. M.; FRITSCH, E. F.; FLORES, L. V.; LOPES, n.; COSTALOnGA, L. L.; PIMEnTA, M. S. Rumo ao portal de música computacional e eletrônica. In: FóRuM DO CEnTRO DE LInGuAGEM MuSICAL, 5, 2002, São Paulo. anais... 2002. v. 1. p. 104-107. VILLARES, F. Novas Mídias Digitais (Audiovisual, Games e Música) – Impactos Políticos, Econômicos e Sociais. Rio de Janeiro: E Papers, 2008. wInCKLER, M. A. A.; nEMETZ, F.; LIMA, J. V. Interação entre aprendiz e computador: métodos para desenvolvimento e avaliação de interfaces. In: TAROuCO, L. M. R. (Ed.). Tecnologia Digital na Educação. Porto Alegre: universidade Federal do Rio Grande do Sul, 2000. (Pós-graduação em Informática na Educação). CI Conteúdo Introdutório É importante saber Esta obra está dividida, para fins didáticos, em duas partes: Conteúdo Básico de Referência (CBR): é o referencial teórico e prático que deve- rá ser assimilado para aquisição das competências, habilidades e atitudes neces- sárias à prática profissional. Portanto, no CBR, estão condensados os principais conceitos, os princípios, os postulados, as teses, as regras, os procedimentos e o fundamento ontológico (o que é?) e etiológico (qual sua origem?) referentes a um campo de saber. Conteúdo Digital Integrador (CDI): são conteúdos preexistentes, previamente se- lecionados nas Bibliotecas Virtuais universitárias conveniadas ou disponibilizados em sites acadêmicos confiáveis. São chamados "Conteúdos Digitais Integradores" porque são imprescindíveis para o aprofundamento do Conteúdo Básico de Re- ferência. Juntos, não apenas privilegiam a convergência de mídias (vídeos com- plementares) e a leitura de "navegação" (hipertexto), como também garantem a abrangência, a densidade e a profundidade dos temas estudados. Portanto, são conteúdos de estudo obrigatórios, para efeito de avaliação. 9 Claretiano - Centro Universitário © Conteúdo Introdutório 1. InTRODUçãO O estudo da gramática não faz poetas. O estudo da harmonia não faz compositores. O estudo da psicologia não faz pessoas equili- bradas. O estudo das "ciências da educação" não faz educadores. Educadores não podem ser produzidos. Educadores nascem. O que se pode fazer é ajudá-los a nascer (Rubem Alves). Seja bem-vindo! Neste estudo, discutiremos a utilização dos recursos tecno- lógicos e das novas Tecnologias de Informação e Comunicação – TICs na atuação do músico e do educador musical. Para isso, abor- daremos a utilização de alguns softwares de edição e gravação de áudio, assim como programas de edição de partituras digitais, e contextualizaremos o papel dessas novas tecnologias no processo de ensino-aprendizagem em Música, a fim de buscar metodolo- gias atualizadas que se ajustem às mudanças de uma sociedade em constante desenvolvimento (BRITO, 2001, p. 6). A contextualização da prática musical, bem como de seus re- cursos educacionais, a partir da utilização das novas tecnologias, é uma necessidade que o músico/educador musical tem, e ele está cada vez mais impelido a buscar os conhecimentos necessários e o domínio técnico das principais ferramentas que possibilitem um diálogo mais efetivo com práticas contemporâneas de criação e ensino musical. Segundo Peraya (2002, p. 49), uma nova tecnologia "não constitui em si uma revolução metodológica, mas reconfigura o campo do possível". Assim, além de os recursos tecnológicos per- mitirem a possibilidade de simularmos a educação presencial por meio de novas mídias, também permitem que novas possibilidades de aprendizagem sejam criadas a partir da exploração das carac- terísticas inerentes às tecnologias empregadas (ALMEIDA, 2003). Mas o que é tecnologia? Segundo o dicionário on-line Houaiss, tecnologia é a "teoria geral e/ou estudo sistemático sobre técnicas, processos, métodos, © Arte Educação Musical e Cultura Digital10 meios e instrumentos de um ou mais ofícios ou domínios da ativi- dade humana (indústria, ciência etc.)". quanto à sua origem etimológica, a palavra vem do grego tekhnología – tratado ou dissertação sobre uma arte, exposição das regras de uma arte, e é formada a partir do radical grego tekhno – (de tékhnē – arte, artesanato, indústria, ciência) e do radical grego logía (de logos – linguagem, proposição). Sancho (1998, p. 17) define tecnologia como o "conjunto de conhecimentos que permite a nossa intervenção no mundo", o "conjunto de ferramentas físicas ou de instrumentos, psíquicas ou simbólicas", e as ferramentas "sociais ou organizadoras"; e, tecnologias educacionais, como as "ferramentas intelectuais, organizadoras e de instrumentos à disposição de, ou criados pelos diferentes envolvidos no planejamento, na prática e na avaliação do ensino" (SAnCHO apud KRuEGER, 2006, p. 76). Com base no exposto, quando nos referimos ao uso da tec- nologia na música, estamos falando dos conhecimentos necessá- rios em relação aos novos meios de produção e ensino de música, os quais sofreram uma profunda modificação a partir dos avanços tecnológicos do século 20, especialmente com a popularização dos computadores pessoais e do desenvolvimento da internet. Com esses novos avanços, tarefas que antes demandavam altos custos e processos complexos se tornaram acessíveis a es- tudantes e educadores musicais. É o caso da gravação e edição de áudio, por exemplo. A partir do download de softwares gratuitos na internet, podemosgravar e editar arquivos de áudio, escrever partituras digitais, produzir trilhas sonoras para vídeos, editar mú- sicas já gravadas e compartilhar todo esse conteúdo com músicos e educadores em diversas regiões do planeta. no entanto, "mais importante que saber quais teclas devem ser acionadas, é saber o que pode ser realizado com as tecno- logias" (GOHn, 2012, p. 7). Para Papert (apud CunHA, 1998), o efeito da presença do computador em nossas vidas deve girar em 11 Claretiano - Centro Universitário © Conteúdo Introdutório torno de como podemos repensar nosso mundo na presença da tecnologia emergente. Ou seja, "o que nós faremos com o com- putador" e não "o que o computador fará conosco" (PAPERT apud CunHA; MARTInS, 1998, p. 2). Atentos a isso, trabalharemos os conceitos sobre a utilização de tais recursos tecnológicos, também, a partir de um viés filo- sófico, procurando entender em que medida o recurso utilizado possibilita ao indivíduo uma mudança de paradigma em relação ao seu objeto de estudo – no caso a música e seu processo de ensino- -aprendizagem, transformando sua maneira de fazer, analisar e sintetizar tais objetos. Na Unidade 1, abordaremos alguns aspectos relacionados ao que podemos chamar de Tecnologia Musical. Serão definidos alguns conceitos básicos como hardware e software, além de tra- çarmos uma breve evolução do desenvolvimento tecnológico na história da música. Na Unidade 2, serão abordados os conceitos básicos de edi- ção de áudio do software Audacity e do programa Mp3myMp3. Espera-se que, ao final do estudo da unidade 2, você seja capaz de fazer o download e a instalação dos programas citados, além de manipular diferentes arquivos de áudio, inserindo efeitos, crian- do loops, editando arquivos de músicas já gravadas, entre outras possibilidades. Além das orientações técnicas sobre os programas, serão apontadas diferentes possibilidades do uso desses recur- sos na criação musical, assim como em seu processo de ensino e aprendizagem. na unidade 3, trabalharemos o software MuseScore. Este programa consiste em um potente editor de partituras digitais, com o qual você será capaz de escrever partituras para os mais diversos grupos instrumentais, imprimi-las com aspecto profissio- nal, podendo salvar o arquivo em diferentes formatos, como PDF e MIDI. O MuseScore é uma importante ferramenta e será extre- mamente útil no decorrer de todo o curso, uma vez que muitos © Arte Educação Musical e Cultura Digital12 trabalhos e exercícios, de diferentes estudos, serão feitos com a sua utilização. É importante ressaltar que o principal objetivo do estudo desses programas é traçar um panorama geral da sua utilização, mostrando os recursos básicos de seu funcionamento. A intenção não é fazer com que você domine completamente os recursos de utilização dos softwares, o que, por si só, não seria suficiente para este breve estudo. Além disso, por se tratar de um assunto ligado à tecnologia, sua informação está associada aos avanços e transfor- mações que acontecem cada vez mais rápido, o que nos leva a crer que, em um futuro próximo, muito do conteúdo abordado neste livro já estará obsoleto, relacionado a uma tecnologia ultrapassada para as próximas gerações. E, por fim, na Unidade 4, conceituaremos a utilização dos recursos tecnológicos musicais no âmbito da educação musical. Nessa unidade, abordaremos o papel da tecnologia e as principais possibilidades que ela oferece na atuação do educador musical. Além disso, será dada uma relação de outros programas que po- dem ser utilizados como recursos educacionais em música, além dos expostos nas unidades 2 e 3. Então, vamos iniciar este caminho juntos?! Desejamos a você bom estudo e ótimas reflexões. 2. GlOSSÁRIO DE COnCEITOS O Glossário de Conceitos permite uma consulta rápida e pre- cisa das definições conceituais, possibilitando um bom domínio dos termos técnico-científicos utilizados na área de conhecimento dos temas tratados. 1) A/D: acrônimo de Analógico/Digital. Termo geralmente usado para designar um conversor ou uma conversão de sinal analógico para digital. 13 Claretiano - Centro Universitário © Conteúdo Introdutório 2) Amostra (Sample): representação digital de um som ob- tida na conversão de um sinal analógico. 3) Analógico: termo que significa que um sinal elétrico, um circuito, um controle, um aparelho ou sistema qualquer acompanha, de forma semelhante (análoga) e contínua, a variação de grandeza dos parâmetros a que se refere. 4) Bit: acrônimo de dígito binário – binary digit, em inglês. Termo que representa, no código binário, a unidade mí- nima de informação possível, isto é, 0 ou 1. 5) CD-ROM: acrônimo de Disco Compacto de Memória ape- nas para Leitura – Compact Disc-Read Only Memory, em inglês. unidade que contém informações digitais armaze- nadas apenas para a leitura, não podendo ser salvas. 6) Controlador MIDI: emissor de sinais MIDI. 7) D/A: acrônimo de Digital/Analógico. Termo geralmente usado para designar um conversor ou uma conversão de sinal digital para analógico. 8) Digital: termo com que se define a informação operada exclusivamente por meio de código binário. 9) Equalizador: efeito utilizado em processamento de áu- dio que enfatiza ou atenua frequências de um sinal. 10) Frequência: em acústica, o termo significa o número de ciclos completos de oscilação de uma onda sonora que ocorre em um determinado período de tempo. Sua uni- dade de medida, em ciclos por segundos, é o Hertz (Hz). 11) Interface: elemento que proporciona o fluxo de informa- ções entre dois sistemas, podendo ser uma ligação física ou lógica entre as partes. 12) MIDI: acrônimo de Interface Digital para Instrumento Musical – Musical Instrument Digital Interface, em in- glês. Padrão de comunicação de programas e equipa- mentos musicais entre si. 13) Plug-in: programa de computador que emula aparelhos eletrônicos de processamento de som. 14) Sampler: instrumento musical eletrônico, geralmente controlado via MIDI, que grava amostras digitais, mani- pula e toca sons. © Arte Educação Musical e Cultura Digital14 15) Sequenciador: aparelho eletrônico ou programa de computador capaz de gerar uma sucessão de eventos predeterminada. 3. ESqUEMA DOS COnCEITOS-ChAVE Como você pode observar, o Esquema a seguir possibilita uma visão geral dos conceitos mais importantes deste estudo. Ao segui-lo, você poderá transitar entre um e outro conceito desta obra e descobrir o caminho para construir o seu conhecimento. Por exemplo: o conceito de Tecnologia Musical que trabalharemos deve ser entendido a partir de suas relações com as diferentes possibilidades de atuação das novas tecnologias no fazer artísti- co e pedagógico do músico/educador. "O progresso científico traz avanços no fazer musical, e das necessidades deste fazer, a tecno- logia sai em busca de soluções". (CunHA; MARTInS, 1998, p. 1). A partir dessa ideia, na qual a música e a tecnologia percorrem uma via de mão dupla, nos aproximamos de um conceito contemporâ- neo de fazer artístico e de educação musical no qual os objetivos finais são decisivos no tipo de tecnologia a ser utilizada. Segundo Cunha e Martins (1998, p. 2): Ao longo do século XX a separação entre os setores da criação e do ensino musical cresceu vertiginosamente. Aproximá-los deve ser a meta atual de todo profissional da área, educadores e músicos. Assim, dos avanços tecnológicos, surge a necessidade da adaptação artística, diante das novas possibilidades. E, da produção, surge a necessidade de uma educação musical que esteja alinhada a essa nova realidade. 15 Claretiano - Centro Universitário © Conteúdo Introdutório Figura 1 Esquema de conceitos-chave de Arte Educação Musical e Cultura Digital. 4.REFERÊnCIAS BIBlIOGRÁFICAS ALMEIDA, M. E. B. Educação a distância na internet: abordagens e contribuições dos ambientes digitais de aprendizagem. Revista da Faculdade de Educação da USP, São Paulo, 2003. ALVES, R. Educação dos sentidos e mais. Campinas: Versus, 2005. CunHA, G.; MARTInS, M. C. Tecnologia, produção e educação musical: descompassos e desafinos. Campinas: núcleo de Informática Aplicada à Educação, 1998. GOHN, D. Tecnologias digitais para educação musical. São Carlos: UFSCar, 2012. ______. Educação musical a distância: abordagens e experiências. São Paulo: Cortez, 2011. ______. Aspectos tecnológicos da experiência musical. Revista do Programa de Pós-gra- duação Stricto Senso da Escola de Música e Artes Cênicas da Universidade Federal de Goiás, Goiânia, 2007, v. 7. KRuEGER, S. E. Educação musical apoiada pelas novas tecnologias de educação: pesquisas, práticas e formação de docentes. Porto Alegre: Revista da Abem, 2006. PERAyA, D. O ciberespaço: um dispositivo de comunicação e de formação midiatizada. Porto Alegre: Artmed, 2002. SANCHO, J. M. Para uma tecnologia educacional. Porto Alegre: ArtMed, 1889. ZuBEn, P. Música e tecnologia: o som e seus novos instrumentos. São Paulo: Irmãos Vitale, 2004. © Arte Educação Musical e Cultura Digital16 5. E-REFERÊnCIAS ABEM – ASSOCIAçãO BRASILEIRA DE EDuCAçãO MuSICAL. Homepage. Disponível em: <http://abemeducacaomusical.com.br/index.asp>. Acesso em: 30 jul. 2014. BRITO, T. A. Koellheuter educador: o homem como objetivo da educação musical. Disponível em: http://www.galileo.edu/esa/files/2011/12/3.-O-HuMAnO-COMO- OBJETIVO-DA-EDuCA%C3%87%C3%83O-MuSICAL-Teca-Brito.pdf Dicionário online Houaiss Beta. Disponível em: <http://houaiss.uol.com.br/>. MúSICA HODIE. Homepage. Disponível em: <http://www.musicahodie.mus.br/index. php>. Acesso em: 30 jul. 2014. 1Tecnologia musical Objetivos • Compreender a relação do desenvolvimento da tecnologia com a evolução da música. • Definir os principais conceitos sobre tecnologia musical. • Contextualizar o uso da tecnologia na composição e educação musical. • Desenvolver um olhar crítico aos recursos tecnológicos diante das atividades do músico nos dias atuais. Conteúdos • Música e tecnologia. • Hardware e software em Música. • Protocolo MIDI. • Instrumentos Musicais Eletrônicos. • Educação Musical e Tecnologia. Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia as orientações a seguir: 1) não deixe de recorrer aos materiais descritos no Conteúdo Digital Integra- dor. 2) Pratique os conceitos estudados, testando e verificando os conteúdos em exercícios práticos. 3) uma boa reflexão acerca do surgimento da tecnologia pode ser observado no filme 2001: Uma Odisséia no Espaço, do cineasta Stanley Kubrick (1968). Claretiano - Centro Universitário 19 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical 1. InTRODUçãO Nesta unidade, mergulharemos no mundo da tecnologia aplicada à Música, percorrendo um pequeno desenvolvimento histórico dessa relação. Mostraremos de que forma os avanços tecnológicos influenciaram na mudança de paradigma em relação à composição e à educação musical. Falaremos dos principais meios de registro e reprodução de áudio, bem como dos materiais de hardware e software necessá- rios à utilização de tais recursos. O conteúdo desta unidade servirá de base para você com- preender e contextualizar os assuntos abordados no decorrer des- te estudo. 2. COnTEúDO BÁSICO DE REFERÊnCIA O Conteúdo Básico de Referência apresenta de forma sucin- ta os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão in- tegral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo Digital Integrador. 2.1. Música e Tecnologia [...] comecei a conceber a música como sendo espacial, como cor- pos sonoros movendo-se no espaço, concepção que desenvolvi gradualmente e fiz a minha. Compreendi logo que seria difícil ou impossível exprimir com os meios colocados à minha disposição as idéias que me ocorriam. [...] nosso alfabeto é pobre e ilógico. A mú- sica, que poderia ser viva e vibrante, necessita de novos meios de expressão, e apenas a Ciência pode introduzir nela a seiva jovem. [...] Sonho com instrumentos que obedeçam ao pensamento – os quais, sustentado pela florescência de timbres inimagináveis, per- mitirão a eles qualquer combinação que eu escolha para impor e submeter às exigências do meu ritmo interno (VARÈSE in MORAES apud CunHA; MARTInS, 1998, p. 3). © Arte Educação Musical e Cultura Digital20 Atualmente, quando nos referimos à tecnologia, geralmen- te, temos a impressão de estarmos lidando com "técnicas que en- volvem conhecimentos modernos e complexos". Além disso, tam- bém relacionamos o termo ao avanço técnico dos mais diversos equipamentos e ferramentas que se fazem cada vez mais presen- tes nas mais diferentes tarefas do nosso cotidiano, como os com- putadores cada vez mais avançados, os smartphones, a internet, entre outros. "A importância da tecnologia em nosso cotidiano nem pre- cisa ser discutida: sem ela, não nos organizamos, não nos loco- movemos, não nos comunicamos mais, não nos pensamos mais" (ZuBEn, 2004, p. 3). Ainda para o mesmo autor, "[...] muito embo- ra, apenas o presente nos dê a impressão de modernidade e com- plexidade, a arte de se fazer música no Ocidente sempre esteve associada à tecnologia " (ZuBEn, 2004, p. 10). Refletindo um pouco mais acerca do sentido etmológico da palavra "tecnologia", temos a sua origem a partir da junção de dois termos gregos: tekhno – que significa arte, ofício, técnica, habili- dade e logía – estudo. O termo pode ser entendido como o estudo das técnicas ou habilidades que propicia a criação de bens e ser- viços para facilitar a adaptação do ser humano em seu ambiente. uma adaptação no sentido de atender tanto às necessidades bási- cas quanto aos desejos humanos. nesse sentido, podemos consi- derar que a tecnologia, com sua evolução, mostra-se, na verdade, como fruto da evolução da mente humana (GOMES, 2012). na Figura 1, podemos observar que, para a construção des- ses instrumentos, foi aplicada uma tecnologia específica. 21 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical Figura 1 Flauta de Osso. A relação do desenvolvimento tecnológico com a própria evolução da música é bem mais antiga do que normalmente acre- ditamos ser. E toda essa evolução tecnológica foi acompanhada de uma nova postura do indivíduo em relação ao seu fazer artístico. Segundo Gohn (2007), nenhuma invenção tecnológica é comple- tamente neutra, pois a existência de um novo artefato, mecanis- mo ou sistema sempre provoca mudanças de pensamento e no- vas visões de mundo. Logo, as facilidades surgidas em relação às diferentes maneiras de produção, consumo e aprendizagem em música, a partir de diferentes tecnologias, criaram novas concep- ções artísticas e de educação nas diferentes áreas do conhecimen- to musical. Dentre os exemplos da "ausência de neutralidade" em rela- ção aos avanços tecnológicos citados por Gohn está o surgimento dos óculos, em meados do século 12, que refutou a ideia de que o indivíduo estaria fadado às consequências de um desgaste natural do corpo humano ou problemas de nascença tidos como irreversí- veis. A partir daquele instante, muitos sofrimentos e desconfortos já não seriam mais considerados normais, e os progressos científi- cos representariam uma luta contra processos usuais da natureza (GOHn, 2007). Além do surgimento dos óculos, podemos citar a invenção do telégrafo, no final do século 19. Até o seu surgimento, o tempo para uma determinada informação chegar ao seu destino estava © Arte Educação Musical e Cultura Digital22 vinculado ao tempo gasto no traslado dessa informação por seu portador.Em muitos casos, tal informação, ao chegar ao seu des- tino, já não tinha mais a mesma relevância. O telégrafo provocou uma profunda mudança na relação das pessoas com a informa- ção. A partir dessa nova tecnologia, verificou-se uma mudança de comportamento em relação à maneira como as pessoas se comu- nicavam. Informações que talvez não tivessem tanta importância passaram a ser veiculadas pelo simples fato de que elas poderiam ser veiculadas de uma forma mais simples e rápida. "O telégrafo transformou a informação em mercadoria, uma "coisa" que podia ser vendida e comprada independente de seu uso ou significado" (POSTMAn apud GOHn, 2007, p. 12). A escrita musical como tecnologia No campo musical, podemos considerar o surgimento da es- crita musical, um dos principais avanços tecnológicos pelos quais a Música passou. Antes do surgimento da escrita musical, podemos dizer que a transmissão de conhecimentos sobre música acontecia, basica- mente, por meio da tradição oral e de um processo de imitação. O surgimento da notação musical causou a primeira grande revo- lução nos processos de transmissão do conhecimento musical. A única maneira de aprender com um mestre era estar presente fisi- camente junto a ele (GOHn, 2011, p. 58). Além das novas condições de acesso ao conteúdo artístico- -musical de diferentes artistas em diferentes regiões, benefician- do de forma significativa o processo de ensino-aprendizagem em música, o surgimento da escrita relaciona-se ao próprio desen- volvimento da música. A partir do momento em que as ideias de um compositor assumem esse caráter físico, a criação passa por um processo de racionalidade decorrente do planejamento que a notação musical possibilita, contribuindo para a criação de uma música mais complexa, como no caso do surgimento da polifonia vocal do século 11 e 12 (wEBER apud GOHn, 1995). 23 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical O desenvolvimento musical e, por consequência, o desen- volvimento da escrita – que se tornou cada vez mais complexa – criou a necessidade de os estudantes estarem capacitados para a decodificação do material musical impresso. Segundo Gohn (2011, p. 62), "um aprendiz de música, que anteriormente iria concen- trar seus estudos na produção de sons, deveria também aprender a interpretar os sinais gráficos que representavam aqueles sons". A música escrita tornou-se, também, um suporte importante, um meio para a sua gravação. A tecnologia na produção dos instrumentos Relacionando o uso da tecnologia aplicada ao desenvolvi- mento dos instrumentos musicais, podemos dizer que, desde os mais primitivos instrumentos musicais já criados pelo homem, a tecnologia aplicada ao seu aperfeiçoamento sempre esteve ligada à busca por novas sonoridades, novas formas de expressão, fun- cionalidade e durabilidade (RATTOn, 2009). Exemplo notório dessa tecnologia aplicada ao desenvolvi- mento instrumental pode ser observado no mecanismo de pro- dução do som do piano. Por volta de 1700, o fabricante italiano de instrumentos musicais Bartolomeo Cristofori (1655-1731) criou um mecanismo em que as cordas eram percutidas por martelos e não pinçadas como no cravo, abrindo inúmeras possibilidades de nuances interpretativas. A tecnologia na gravação de sons Outro avanço tecnológico importante na área musical se deu em decorrência do surgimento dos meios de gravação sonora. O primeiro passo nesse sentido foi dado no final do século 19 com a invenção do fonógrafo por Thomas Edison. Essa nova tecnologia possibilitava que a música fosse gravada e pudesse ser ouvida sem a presença de músicos tocando ao vivo. © Arte Educação Musical e Cultura Digital24 A criação do fonógrafo transformou as relações de consumo e disseminação musical. Transformou-se em um "divisor de águas" entre um mundo em que o acesso musical estava restrito à neces- sidade da presença do músico tocando ao vivo, e outro mundo, no qual as pessoas tinham acesso a esse conteúdo sem a presen- ça física do intérprete ou do compositor, podendo ouvir a música quantas vezes quisesse. Essa nova postura em relação ao objeto artístico provocou, inclusive, mudanças no próprio conteúdo mu- sical, como observa Phillip: Se gravações do período pré-guerra são notavelmente como per- formances ao vivo, muitas performances da segunda metade do século vinte são notavelmente como gravações. Controle e clare- za de detalhes tornaram-se a prioridade na performance moder- na, nas salas de concerto assim como no estúdio (PHILLIP, 1992, p. 231). Digitalização da música Outro passo importante no avanço tecnológico musical foi o advento da digitalização da música, o que, associado ao desen- volvimento dos meios de transmissão midiáticos, como o rádio, a televisão e, mais recentemente, a internet, fez com que diversos processos em relação à composição, produção, apreciação, ensi- no-aprendizagem e, até mesmo, a performance musical sofressem profundas mudanças. Com as leituras propostas no Tópico 3.1, você notará que a evolução tecnológica repercutiu desde a produção até a apre- ciação desta arte que é a música. Selecionamos alguns materiais de estudo para que você possa compreender melhor essa par- ceria entre tecnologia e música. Antes de prosseguir para o pró- ximo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado. 25 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical 2.2. gravação digiTal e analógica Basicamente, na tecnologia analógica de gravação, a forma da onda sonora é registrada de maneira análoga à forma da onda do sinal original. Esse registro é feito em um suporte físico como um disco de vinil, uma fita cassete, ou gravadores de rolo profissio- nais utilizados em estúdios de gravação. O principal equipamento utilizado para a captação e conversão do som em sinal elétrico é o microfone. Nos meios analógicos de gravação e reprodução sono- ra, o conteúdo gravado é acessado de maneira linear. Por exemplo, para acessarmos um determinado ponto de uma gravação em fita cassete, é preciso rodar a fita até o ponto desejado. Já a tecnologia digital se refere à linguagem dos computado- res, em que o sinal analógico é convertido por meio de um conversor A/D – Analógico para Digital, em uma linguagem numérica binária formada pelos números 0 e 1. Dá-se o nome de bit à representação mínima de informação expressa no código binário (0 ou 1). Nas transmissões digitais, o agrupamento de oito bits repre- senta 1 byte. Na conversão de sinal analógico para digital, o sinal é analisado e são coletadas amostras (samples), periodicamente, em curtos intervalos de tempo. A amostra é registrada utilizando- -se uma representação numérica que equivale à intensidade do sinal original em uma posição no tempo. © Arte Educação Musical e Cultura Digital26 Fonte: Zuben (2004, p. 43). Figura 2 Gráfico de frequência de amostragem. Assim como na gravação analógica, o sinal convertido em representações numéricas na tecnologia digital é armazenado em suportes físicos, como o HD de um computador. Uma vez registradas, tais informações podem ser manipula- das de diversas formas por meio de processos de edição sonora, além do fato de possuírem uma vida útil muito maior em relação ao registro analógico, não se desgastando com o uso intensivo des- tes dados. Outro aspecto importante em relação à informação digital é a sua facilidade de transmissão. Uma vez feita a conversão do sinal analógico para o digital, o intercâmbio das informações por dife- 27 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical rentes equipamentos e sistemas é feito de maneira extremamente rápida, quase que instantaneamente. Assim, depois que uma transcrição do meio analógico é feita para o meio digital, qualquerinformação é facilmente transferida de um sistema a outro, através de cópias perfeitas, em que todas são ori- ginais. Por exemplo, um CD pode ser copiado para o disco rígido de um computador, as músicas compactadas para o padrão MP3, enviadas por e-mail e transferidas para outro computador, descom- pactadas e em seguida colocadas em outro CD. Com este procedi- mento, dois CDs com dados idênticos podem ser produzidos em poucos minutos, em duas regiões distantes do planeta. Com o su- porte analógico, a gravação teria que viajar fisicamente até o local de destino (GOHn, 2007, p. 20). A digitalização do material sonoro e consequentemente a fa- cilidade de manipulação e transmissão pela qual a música passou criaram inúmeras possibilidades de novas relações de consumo e produção musical. Atualmente, para se ter acesso à música produ- zida nas mais diferentes regiões do planeta, nos mais diferentes estilos, e por compositores desconhecidos da grande mídia, basta que você saiba acessar a informação que está procurando e o con- teúdo estará disponível, desde que você esteja conectado à rede. Com a popularização dos computadores pessoais, a tecnolo- gia digital possibilitou que cada vez mais e mais pessoas, sejam es- tudantes, professores ou apenas diletantes, tenham contato com as inúmeras possibilidades de manipulação e compartilhamento do material sonoro; especialmente em relação ao processo de ensino-aprendizagem, essa nova tecnologia abriu as portas para maior troca de informações entre professores e aprendizes, e des- tes com todo o globo. Diferentes mídias e formatos são utilizados para o armazena- mento de dados de áudio digital. Nos Quadros 1 e 2, estão listados os principais suportes físicos e os formatos utilizados atualmente: © Arte Educação Musical e Cultura Digital28 Quadro 1 – Mídias para Áudio Digital. Mídia Sigla Descrição Pen drive Dispositivo portátil de armazenamento de informações digitais que utiliza memória flash (chip de memória de computador que mantém informações armazenadas sem a necessidade de uma fonte de energia). É acessível por meio de portas uSB. Sua capacidade varia, geralmente, de 2GB a 64GB. HD Acrônimo de Disco Rígido (Hard Disc) Unidade de armazenamento de informações digitais, composta, geralmente, por placas fixas de alumínio. HD externo Acrônimo de Disco Rígido (Hard Disc) Unidade de armazenamento similar ao HD, só que funciona como um periférico sendo possível transportá-lo, assim como os pen drives. Possui capacidade que varia de 250GB a 1TB (Terabyte). CD Acrônimo de Disco Compacto (Compact Disc) unidade em que informações digitais (textos, imagens e sons) estão armazenadas para serem lidas em um sistema de reprodução apropriado. CD-R Acrônimo de Disco Compacto Regravável (Compact Disc – recordable). unidade em que informações digitais (textos, imagens e sons) podem ser gravadas para leitura em um sistema de reprodução apropriado. Lançado pela Sony, em 1990. MD Acrônimo de Minidisco (Mini Disc) unidade de tamanho reduzido em que informações digitais são armazenadas para serem lidas em um sistema de reprodução apropriado. Lançado pela Sony, em 1991. DVD Acrônimo de Disco Digital Versátil (Digital Versatile Disc). Unidade de armazenamento de informações (textos, imagens e sons) de maior capacidade que o CD. DVD-R Acrônimo de Disco Digital Versátil Regravável (Digital Versatile Disc Recordable). Unidade de armazenamento de informações (textos, imagens e sons) de maior capacidade que o CD que possibilita o apagamento e a regravação dos dados impressos na mídia. DAT Acrônimo de Fita de Áudio Digital (Digital Audio Tape) Fita magnética para armazenamento de dados utilizado em estúdios profissionais de gravação. Fonte: adaptado de Zuben (2004). 29 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical Quadro 2 – Formatos para Áudio Digital. Mídia Sigla Descrição PCM Acrônimo do inglês Pulse Code Modulation Formato utilizado nos CDs de áudio e em fitas DAT. O formato PCM não comprime os dados e pode ser lido por muitos programas de computador. wAV Formato padrão do Windows/ PC. Normalmente utilizado sem compressão de dados. Pode ser codificado facilmente para outros formatos como o MP3. Sound Designer II (SD2) Padrão desenvolvido pela empresa de áudio digital Digidesign. O SD2 é o formato mais utilizado nos aplicativos que funcionam em computadores Macintosh. Trabalha exclusivamente sem compressão de dados. AIFF Acrônimo do inglês Audio Interchangeable File Format. É o formato padrão dos computadores da Apple. Pode ser codificado facilmente para o padrão wAV. MP3 MPEG Audio Layer III Formato de arquivo comprimido com qualidade próxima ao CD. Como não possui dispositivo de proteção contra cópias, é muito utilizado na troca de arquivos piratas pela internet. O MP3 é um padrão de codificação para áudio e vídeo digital criado pela Motion Picture Experts Group – MPEG. WMA Acrônimo do inglês Windows Media Player Formato de propriedade da empresa Microsoft e utilizado pelo programa Windows Media Player. Real áudio Formato bastante utilizado na internet devido à sua alta taxa de compressão de dados. Requer a utilização do programa Real Player para ser ouvido. Fonte: adaptado de Zuben (2004). O Protocolo MIDI O surgimento do protocolo MIDI foi uma das principais ino- vações tecnológicas na relação entre música e tecnologia. © Arte Educação Musical e Cultura Digital30 Basicamente, o MIDI é um sistema de comunicação, um conjunto de especificações padrão utilizado pelos fabricantes de equipamentos eletrônicos musicais que possibilita que tais equi- pamentos, mesmo de diferentes marcas, possam se conectar com total compatibilidade. O protocolo surgiu por volta de 1982, quando os engenheiros da Sequential Circuits, Roland Corporation e Oberheim Electronics começaram a trabalhar num padrão que permitiria a integração de instrumentos de qualquer fabricante. Esse padrão se tornou o MIDI 1.0 (MAnCInI, 2006). O termo MIDI é um acrônimo de Musical Instrument Digital Interface – Interface Digital para Instrumentos Musicais e se rela- ciona às especificações técnicas que definem a linguagem de co- municação MIDI, os dispositivos de conexão dos equipamentos e, também, o formato para criação de arquivos MIDI (ZuBEn, 2004). A comunicação entre os aparelhos via MIDI é feita por ca- bos de cinco pinos conhecidos como DIn, e utilizam as conexões padronizadas de entrada e saída, respectivamente MIDI In e MIDI OuT. Uma das principais características e motivo de muitas confu- sões sobre a linguagem MIDI é que as informações que são trans- mitidas não são sinais de áudio, como o que acontece em uma gra- vação analógica. São informações digitais que definem a nota que foi tocada (altura), a sua intensidade (indicada pelo termo velocity) e a sua duração. Ou seja, o MIDI é um protocolo de comunicação, um conjunto de comandos que circulam entre dispositivos MIDI dando ordens a eles sobre o que devem fazer. Com a popularização dos computadores pessoais, em 1984, a Roland Corporation lançou no mercado uma placa de interface MIDI para computadores, denominada MPu401. O desenvolvi- mento de placas e interfaces de comunicação MIDI para compu- tadores integrou definitivamente o uso desse equipamento ao universo musical. A partir daí, diversos softwares começaram a substituir, com qualidade e eficiência, aparelhos eletrônicos como 31 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical sequenciadores, sintetizadores, samplers, além de possibilitar o surgimento dos editores de partitura, arranjadores automáticos, entre outros. A possibilidadede conexão via MIDI permitiu a entrada definitiva da informática na Música, com o desenvolvimento dos primeiros programas de sequenciamento e notação para computadores pes- soais (ZuBEn, 2004). O surgimento dos sintetizadores, samplers e outros equi- pamentos virtuais impulsionou o desenvolvimento de aparelhos que facilitassem a manipulação desses programas, uma vez que o mouse do computador não se mostrava uma boa opção de manu- seio em muitas funções. Assim, surgiram os Controladores MIDI, equipamentos responsáveis pela emissão dos sinais MIDI que con- trolam as funções do software. Os controladores podem ser tecla- dos, baterias eletrônicas, sequenciadores, consoles com botões de ajuste como faders e knobs, guitarras MIDI etc. um arquivo gravado na linguagem MIDI pode ser acessado em qualquer aparelho que reconheça esse padrão de comunica- ção, preservando-se os mesmos timbres utilizados. Isso foi possí- vel a partir da criação do General MIDI – GM, um padrão adotado pelos fabricantes que define a localização de cada um dos timbres dos instrumentos dentro de um banco de dados específico. Principais termos em relação ao sistema MIDI –––––––––––– 1) Interface MIDI: equipamento ou placa de computador que permite dois sistemas ou equipamentos diferentes se comunicarem de conectores pa- drões. 2) Mensagem MIDI: são mensagens enviadas entre equipamentos MIDI por meio das interfaces adequadas. Essas mensagens podem ser de notas musicais ou comandos específicos de configuração de cada equipamen- to. As mensagens (eventos) musicais mais simples que podem ser trans- mitidas ou recebidas pelas interfaces MIDI são: ativação e desativação de notas. 3) Dispositivo MIDI: é todo dispositivo capaz de receber, enviar e interpretar o padrão MIDI. Os mais comuns encontrados atualmente são os sinteti- zadores, baterias eletrônicas, módulos de som e computadores dotados de interface MIDI. 4) Cabos MIDI: um cabo MIDI é composto de três fios, sendo um para enviar mensagens, outro para receber e outro (uma malha condutora) utiliza- © Arte Educação Musical e Cultura Digital32 do como referência para interligação dos circuitos eletrônicos entre dois equipamentos MIDI. 5) Conectores MIDI: são conectores tipo DIN de cinco pinos, comumente utilizados em equipamentos de áudio. Para ligação no cabo MIDI, são utilizados apenas três destes pinos (os pinos 2, 4 e 5). Os pinos quatro e cinco são conectados ao par de fios e o pino 2 é ligado à malha condutora. Para evitar interferências, é aconselhável utilizar cabos com comprimento máximo de 1,6m. Bons cabos MIDI podem chegar até a 5m. Acima dessa metragem não se garante que a informação enviada será recebida cor- retamente. 6) MIDI IN: essa porta recebe a informação vinda de outro dispositivo MIDI. Ele apenas recebe informações, não sendo capaz de enviá-las. 7) MIDI OUT: essa porta se encarrega de enviar mensagens de um dispositi- vo MIDI para outro. Ele só envia mensagens e não é capaz de recebê-las. 8) MIDI TRHU: essa porta retransmite a mensagem recebida na porta MIDI IN, ou seja, funciona como uma extensão, uma cópia, da entrada MIDI IN. Assim, MIDI THRU é uma porta de saída. Fonte: adaptado de Machado (2001). –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– Com as leituras propostas no Tópico 3.2, sobre gravação analógica e digital e MIDI, você poderá compreender melhor os sistemas de gravação sonora. Antes de prosseguir para o próxi- mo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado. 2.3. Hardware e sofTware Para compreendermos as diversas possibilidades que a ma- nipulação de áudio digital nos oferece, é importante definirmos dois conceitos fundamentais para a tecnologia aplicada à música – o hardware e o software. Os hardwares referem-se ao conjunto de equipamentos ele- trônicos formados por computadores, tablets, smartphones e to- dos os dispositivos que se conectam a esses equipamentos, como, microfones, pendrives, mouses, teclados, placas de som, processa- dores de efeito, amplificadores, mesas de som, entre outros. Ou seja, os hardwares são equipamentos constituídos fisicamente por 33 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical placas de circuitos, discos, componentes eletrônicos, chips, fios, conectores e invólucros de plástico ou metal. Já os softwares são os programas usados em equipamentos de hardware, ou seja, são os responsáveis por transmitir o con- junto de informações necessárias ao funcionamento do hardware. Software, logiciário ou suporte lógico é uma sequência de instru- ções a serem seguidas e/ou executadas, na manipulação, redirecio- namento ou modificação de um dado/informação ou acontecimen- to. Software também é o nome dado ao comportamento exibido por essa seqüência de instruções quando executada em um com- putador ou máquina semelhante. Software também é um produto e é desenvolvido pela Engenharia de software, e inclui não só o programa de computador propriamente dito, mas também manu- ais e especificações. Para fins contábeis e financeiros, o Software é considerado um bem de capital (OFICInA nET, 2014). Vamos agora conhecer um pouco dos principais equipamen- tos de hardware e os diferentes tipos de software utilizados como recursos tecnológicos para a prática do músico/educador musical. Hardware Microfones Atualmente, já é possível encontrar no mercado microfones profissionais a um preço mais acessível. Microfones para compu- tadores não são indicados para gravações, em que se necessita de uma qualidade maior de captação de áudio. Esses aparelhos são indicados para a utilização em chats, conferências, ligações que utilizam a tecnologia "voIP", e, em alguns casos, é possível gravar a voz falada. Para conectar o microfone ao computador, é necessária uma placa de áudio. Essa interface, que também é um dispositivo de hardware, é a responsável por decodificar o sinal captado pelo microfone em uma linguagem que você possa manipular o áudio em softwares apropriados. Ou seja, é a ponte entre o microfone/ instrumento e o computador. © Arte Educação Musical e Cultura Digital34 Assim como os microfones, também é possível encontrar no mercado interfaces de áudio de boa qualidade a um preço mais acessível, algumas, inclusive, que se conectam ao computador pela entrada uSB. Basicamente, os modelos mais comuns de mi- crofones são os dinâmicos e condensadores. Os microfones dinâ- micos são os mais comuns e versáteis, usados em gravações e em shows ao vivo. São mais resistentes e captam menos os sons do ambiente. Já os condensadores são mais sensíveis e conseguem um padrão de qualidade bem superior aos dinâmicos. Porém, cap- tam mais ruídos externos. Figura 3 Microfone Dinâmico. Figura 4 Microfone Condensador. Mesa de som A mesa de som, também chamada de "mixer", é o equipa- mento responsável por receber os diferentes sinais sonoros dos microfones e instrumentos conectados a ela e mixá-los (misturá- -los). Ou seja, ela possibilita que, em um único alto-falante, sejam ouvidos os sons de diferentes instrumentos ao mesmo tempo. A mesa de som também é responsável por balancear e equalizar os diferentes sinais, além de adicionar efeitos ao sinal original. Di- versos softwares musicais possuem mesas de som virtuais com as mesmas funções de uma mesa física. 35 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical Figura 5 Mesa de som. Instrumentos eletrônicos O avanço tecnológico na área musical ao longo do século 20 foi marcado pelo surgimento de diversos instrumentos eletrônicos que influenciaram, entre outras coisas, no surgimento de novas estéticas musicais a partir do dessas novas tecnologias, abrindo novas perspectivas para a expressão musical. Dentre os principais instrumentos que surgiram a partirdo advento da eletricidade, podemos citar o Telharmonium, criado por Thaddeus Cahill (1867-1934), em 1906; o Theremin, de Leon Theremin (1896-1993), de 1919; o instrumento criado por Mauri- ce Martenot (1898-1981), em 1928, conhecido como Ondas Mar- tenot e o primeiro órgão eletrônico, o Hammond, inventado por Laurens Hammond, em 1929. Entretanto, talvez o instrumento eletrônico de maior rele- vância criado nesse período tenha sido o de Robert Moog, conside- rado o primeiro sintetizador analógico da história. Embora outros similares tivessem sido feitos antes dele, o Moog tornou-se muito popular em razão de seu baixo custo de fabricação em relação aos demais equipamentos de geração eletrônica de som. © Arte Educação Musical e Cultura Digital36 Basicamente, um sintetizador possibilita ao compositor e ao intérprete a função de síntese sonora, ou seja, a manipulação do som em seus diferentes aspectos, por meio de processos de fil- tragem harmônica (alteração no timbre) e controles de amplitude (dinâmica). Os parâmetros são controlados por botões e chaves no painel do sintetizador, permitindo um total domínio no processo da síntese sonora. Inicialmente, os sintetizadores eram equipamentos mono- fônicos, ou seja, capazes de produzir apenas uma nota de cada vez. Isso só foi superado a partir da década de 1970, com o surgi- mento dos microprocessadores, que passaram a ser utilizados em sintetizadores digitais, nos quais a síntese sonora passou a ser feita digitalmente. Esses instrumentos possuem uma capacidade mui- to maior de armazenamento de timbres, além de possuírem uma melhor qualidade sonora. Embora os sintetizadores, geralmente, estejam associados a instrumentos de teclado, outros instrumen- tos também podem oferecer tais recursos, a partir de outros meios de controle. É o caso das guitarras sintetizadas. Além dos sintetizadores, outro tipo de hardware importante na vida profissional do músico/educador musical são os chamados "controladores", que são teclados que não possuem timbres pró- prios, mas que controlam os timbres de outros equipamentos, in- clusive os utilizados por programas de computador. Além dos con- troladores, podemos inserir, nessa categoria, as workstations, que são sintetizadores capazes de criar e editar arranjos automáticos, como em um gravador multipista. 37 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical Figura 6 Sintetizador. Com as leituras propostas no Tópico 2.3, selecionamos alguns vídeos por meio dos quais você poderá conhecer um pouco mais sobre os instrumentos eletrônicos. É fundamental que você conheça bem esses instrumentos em uma sociedade digitalizada como é a nossa. Antes de prosseguir para o próxi- mo assunto, realize as leituras indicadas, procurando assimilar o conteúdo estudado. Software Existem diversas categorias de softwares de música. Tais categorias são divididas em relação ao tipo de recurso que o software oferece, de acordo com os objetivos que se necessita. Por exemplo, softwares de gravação, softwares de edição de áudio, de edição de partituras digitais, entre outros. Há softwares especificamente com objetivos educacionais. Os recursos que caracterizam um determinado programa, muitas vezes, são disponibilizados em outros, como uma função secundária dentro do programa. Essa tentativa de categorização busca relacionar os programas a partir de suas funções nas quais o software apresenta mais recursos. © Arte Educação Musical e Cultura Digital38 Editores de áudio Os programas editores de áudio são softwares utilizados no processamento do som. Com esses programas, é possível adi- cionarmos os mais diferentes efeitos ao material sonoro original. Efeitos como compressão, reverberação, delay, eco, alteração da altura, equalização, fade in fade out, tremolo, normalização, entre outros. Aprofunde seus conhecimentos Como estudo complementar a este assunto, pesquise sobre os efeitos mencionados e veja o que cada um modifica no som. Além disso, com esses softwares, é possível cortar, copiar e colar diferentes trechos do arquivo, criando sequências musicais que podem ser usadas com finalidades educacionais e composi- cionais. O principal exemplo dessa função é a criação de loops, ou seja, um trecho musical que se repete continuamente. Os editores de áudio também possibilitam a eliminação de ruídos quando, por exemplo, discos de vinil são digitalizados e gravados em outras mídias como o CD. Permitem, também, a gravação, mas não possuem os mesmos recursos de um gravador multipista, uma vez que, nos editores de áudio, os recursos são direcionados para a manipulação de um arquivo sonoro (GOHn, 2012). Em ambos os casos – editor de áudio e gravador multipis- ta, é possível visualizar o gráfico formado pelas ondas sonoras do arquivo. Essa visualização pode ser facilmente expandida, possibi- litando que edições sejam feitas em regiões extremamente espe- cíficas do arquivo. 39 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical Figura 7 Editor de Áudio. A seguir, estão listados os principais editores de áudio utili- zados atualmente: 1) Sound Forge; 2) Audacity; 3) Mp3myMp3; 4) Goldwave; 5) Fruit Loops; 6) Samplitude Prox. Características de um software Com uma busca rápida na internet, é possível conhecer um pouco mais dos recursos e características de cada software. Editores de partituras digitais São softwares cuja finalidade é a escrita e edição de parti- turas musicais em formato digital. A grande maioria desses pro- gramas possibilita que a música escrita seja tocada por diferentes instrumentos. Geralmente, possuem um banco de dados com vá- © Arte Educação Musical e Cultura Digital40 rios sons sintetizados. Além disso, a música pode ser gravada em diferentes formatos, como o MP3 ou wAV, ou ser salva em arquivo MIDI, possibilitando que o arquivo seja aberto, por exemplo, em um gravador multipista. Os editores de partitura trouxeram inúmeras facilitações em relação à notação musical. A partitura digital possibilita uma série de recursos, pois, se ela fosse trabalhada no papel, demandaria maior tempo para ser finalizada. Isso ocorre no caso da transposi- ção. A partir de alguns poucos comandos, é possível transpor uma partitura inteira para qualquer tonalidade desejada. Além disso, podemos controlar o andamento em que a música é reproduzida, o que se torna um importante expediente ao estudo de repertó- rio, e as partituras também podem ser impressas com qualidade profissional. Figura 8 Editor de partituras. Entre os principais editores de partitura disponíveis atual- mente, temos: 41 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical 1) Finale; 2) Sibelius; 3) MuseScore; 4) Encore. Gravadores multipista Os gravadores multipista são programas que possibilitam a gravação de diversos canais de áudio e MIDI, com o objetivo de combiná-los, visando a uma produção musical completa. Também possuem muitos dos recursos encontrados em editores de áudio. O número de canais disponíveis, muitas vezes, é limitado somente pela memória do computador. O surgimento dos gravadores mul- tipista causou uma revolução nos sistemas de gravação de áudio e está associado à necessidade criativa de músicos e compositores que se viam limitados quando precisavam gravar várias vozes e di- ferentes instrumentos em uma mesma gravação. Nesses casos, os produtores encontravam algumas saídas que possibilitavam a gra- vação de mais instrumentos, mesmo com um número limitado de canais. É o caso do overdubbing. Nessa técnica, utilizavam-se dois gravadores; enquanto um reproduzia o que já tinha sido gravado, o outro registrava esses sons novamente, acrescidos de novos sons tocados pelo intérprete, acompanhando a primeira gravação (GOHn, 2013).Outra técnica empregada é a chamada bouncing ou ping-pong. Esse recurso consiste em mixar, em um único canal, di- versas pistas já gravadas, liberando os canais para novos registros. Nos gravadores multipista, cada músico pode gravar seu ins- trumento separadamente. Além disso, cada canal pode ser edita- do separadamente, possibilitando melhoramentos no áudio para cada pista gravada. Todos possuem comandos de mute e solo, que possibilitam que você escolha um único canal ou canais distintos para serem reproduzidos. © Arte Educação Musical e Cultura Digital42 Figura 9 Gravador Multipista. Os principais gravadores multipista utilizados na produção musical atualmente são: 1) ProTools; 2) Sonar; 3) Logic; 4) Cubase; 5) Garage Band. Arranjadores automáticos São programas que criam arranjos automáticos a partir de uma sequência harmônica predeterminada. O arranjo é programado a partir da escolha de algum estilo musical predefinido pelo usuário. nesses programas, é possível modificar os instrumentos que estão tocando o arranjo, assim como alterar o andamento da música. São exemplos de arranjadores automáticos o Band-in-a-Box e o Jammer. Arranjadores automáticos são softwares muito usados como ferramentas de estudo do tipo play-a-long, que, entre outras coi- sas, é um excelente recurso para o estudo da improvisação. Exis- tem os teclados do tipo workstation, que também são arranjado- res automáticos. 43 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical Figura 10 Arranjador Automático. Softwares musicais específicos Além das categorias de softwares musicais apresentadas an- teriormente, existem inúmeros softwares musicais que agregam muito das características desses programas, mas que têm funções mais específicas em relação a uma determinada tarefa musical. É o caso, por exemplo, do software GuitarPro. Esse programa é muito utilizado por professores e estudantes de guitarra, pois possibilita a reprodução de diversos arquivos de partituras transcritas para esse formato, que são reproduzidas pelo programa, possibilitando a visualização da música na pauta ou em tablatura. Tablatura ––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– É um sistema de escrita utilizado por instrumentos de corda e trastes, no qual cada linha representa uma das cordas do instrumento e sobre elas são escritos números que indicam o número da "casa" em que a nota deve ser tocada. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– nessa mesma linha, temos, também, o PowerTab, um editor exclusivo de partituras em tablatura; e outro software interessan- te é o Mp3myMp3. Este é um software que se propõe a gravar, © Arte Educação Musical e Cultura Digital44 utilizando o computador, qualquer som diretamente no formato de MP3 ou wAV. Assim, com a utilização de um microfone conec- tado em um computador ou mesmo com aqueles embutidos em notebooks, você pode utilizar seu computador como um gravador digital. Vídeo complementar ––––––––––––––––––––––––––––––––– Neste momento, é fundamental que você assista ao vídeo complementar. • Para assistir ao vídeo, pela Sala de Aula Virtual, clique no ícone Videoau- la, localizado na barra superior. Em seguida, selecione o nível de seu curso (Graduação), a categoria (Disciplinar) e a Disciplina (Arte Educação Musical e Cultura Digital – Complementar 1). • Para assistir ao vídeo, pelo seu CD, clique no Botão Vídeos Complementares e selecione: Arte Educação Musical e Cultura Digital – Complementar 1. –––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––––– 3. COnTEúDO DIGITAl InTEGRADOR O Conteúdo Digital Integrador representa uma condição ne- cessária e indispensável para você compreender integralmente os conteúdos apresentados nesta unidade. 3.1. Música e Tecnologia A evolução tecnológica proporcionou diversas mudanças em relação à atividade do músico/educador musical, nas mais diversas áreas do fazer musical e surgiram, inclusive, diferentes estéticas desse fazer artístico. A seguir, você encontrará alguns textos e vídeos que lhe aju- darão a compreender e criar importantes reflexões sobre essa an- tiga parceria entre música e tecnologia. • LIBERAL, H. S. Tecnologia – quem, onde, como, pra quê. Fragmentos do filme – 2001: Uma Odisséia no Espaço. Disponível em: <http://www.youtube.com/watch?v=_ mJT_jwPauc>. Acesso em: 1 ago. 2014. 45 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical • METHEny, P. Band of Robots. Disponível em: <http:// www.youtube.com/watch?v=T32wjS92e_s>. Acesso em: 1 ago. 2014. • GOHn, D. Aspectos Tecnológicos da Experiência Musical. Disponível em: <http://www.revistas.ufg.br/index.php/ musica/article/view/3295>. Acesso em: 1 ago. 2014. 3.2. gravação analógica e digiTal e Midi Com o advento da gravação sonora, a partir do surgimento do fonógrafo, no final do século 19, até os recursos da gravação digital, profundas modificações ocorreram na maneira de produ- zir, consumir, divulgar e compartilhar música. Com a evolução dos meios de comunicação midiáticos como o rádio, a TV e a internet, fez surgir o conceito de "música como água" (KuSEK; LEOnHARD apud GOHN, 2005). Selecionamos, a seguir, alguns vídeos e textos que o ajuda- rão a refletir sobre a evolução dos sistemas de gravação sonora. • PARSOn, A. Art Science of Sound Recording: A Brief History of Recording. Disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=jgnZMZCKoa8>. Acesso em: 1 ago. 2014. • MAnCInI, O. uma Breve História do MIDI. Disponível em: <http://www.iar.unicamp.br/disciplinas/am005_2003/ midi.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2014. • GOnçALVES, R. A. A degeneração progressiva do som: a relação entre analógico e digital. Disponível em: <http:// www.ifch.unicamp.br/cteme/txt/analogicoDigital.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2014. 3.3. insTruMenTos eleTrônicos Desde o surgimento dos instrumentos mais primitivos até os avançados sintetizadores, a tecnologia sempre esteve associada © Arte Educação Musical e Cultura Digital46 ao desenvolvimento de novos instrumentos que possibilitassem aos compositores e intérpretes explorarem ao máximo sua expres- sividade artística. A seguir, você encontrará alguns vídeos e textos que lhe aju- darão a compreender um pouco essa relação, além de entender um pouco mais sobre a evolução dos instrumentos eletrônicos. • THE nEw SOunD OF MuSIC – Documentary part. 1. BBC. Disponível em: <http://www.youtube.com/ watch?v=6MsyOe7xCqg>. Acesso em: 1 ago. 2014. • MuSEu VIRTuAL DO SInTETIZADOR. Linha do tempo. Disponível em: <http://www.ufrgs.br/mvs/>. Acesso em: 1 ago. 2014. • BODO, R. P. P. Dispositivos Móveis como Instrumentos Musicais. Disponível em: <http://grenoble.ime.usp. br/~gold/cursos/2012/movel/mono-1st/2006-3_ Roberto.pdf>. Acesso em: 1 ago. 2014. 4. qUESTÕES AUTOAVAlIATIVAS A autoavaliação pode ser uma ferramenta importante para você testar o seu desempenho. Se encontrar dificuldades em res- ponder às questões a seguir, você deverá revisar os conteúdos es- tudados para sanar as suas dúvidas. 1) Podemos considerar como um dos principais avanços tecnológicos na área da educação musical: a) o surgimento do fonógrafo. b) o surgimento do telégrafo. c) o surgimento da escrita musical. d) o surgimento da energia elétrica. 2) A gravação digital tornou possível um avanço significativo no registro sono- ro, e possibilitou, também, o surgimento de tecnologias de processamento e edição de áudio. São mídias de gravação digital: a) disco vinil e CD. b) fita DAT e MD. c) gravadores de fitas magnéticas e fitas cassete. d) DVD e fonógrafo. 47 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical 3) O avanço tecnológico na área musical ao longo do século 20 foi marcado pelo surgimento de diversos instrumentos eletrônicos que influenciaram, entreoutras coisas, no surgimento de novas estéticas musicais a partir des- sas novas tecnologias. Esse avanço também abriu novas perspectivas para a expressão musical. Podemos citar a invenção de um instrumento cujo som é produzido ao aproximarmos as mãos de duas antenas. A primeira controla a altura do som, e a segunda, o volume. qual o nome deste instrumento? a) Sintetizador Moog. b) Telharmonium. c) Ondas Martenot. d) Theremin. Gabarito Confira, a seguir, as respostas corretas para as questões au- toavaliativas propostas: 1) c. 2) b. 3) d. 5. COnSIDERAçÕES Chegamos ao final da unidade 1, na qual você teve a opor- tunidade de mergulhar no universo da tecnologia aplicada à mú- sica. Além de um breve panorama da relação da tecnologia com a música ao longo da história, foram apresentados os principais meios de gravação sonora, bem como os principais equipamentos de hardware e os diferentes tipos de softwares utilizados nas mais diferentes áreas da produção musical. O Conteúdo Digital Integrador é fundamental para ampliar seu conhecimento sobre o assunto. Se você ainda não o estudou, antes de prosseguir para a unidade 2, é importante que você faça o estudo desse material criteriosamente selecionado para a sua formação. na unidade 2, você aprenderá a manipular os softwares de edição sonora Audacity e Mp3myMp3. © Arte Educação Musical e Cultura Digital48 6. E-REFERÊnCIAS lista de figuras Figura 1 Flauta de osso. Disponível em: <http://forum.batera.com.br/forum_posts. asp?TID=67254&title=encontrado-instrumentos-musicais-mais-antigos>. Acesso em: 1 ago. 2014. Figura 3 Microfone dinâmico. Disponível em: <http://www.shure.com.br/padrao/padrao. php?link=produtos&categoria=E024&linha=C0306&produto=10460006>. Acesso em: 1 ago. 2014. Figura 4 Microfone condensador. Disponível em: <http://www.shure.com.br/padrao/ padrao.php?link=produtos&categoria=E024&linha=C0310&produto=10460461>. Acesso em: 1 ago. 2014. Figura 5 Mesa de som. Disponível em: <http://www.sxc.hu/photo/832437>. Acesso em: 1 ago. 2014. Figura 6 Sintetizador. Disponível em: <http://www.sxc.hu/photo/1382575>. Acesso em: 1 ago. 2014. Figura 7 Editor de áudio. Disponível em: <http://osenhordasmids.blogspot.com. br/2010/05/mudar-o-tom-dos-playback-mp3-no-soud.html>. Acesso em: 1 ago. 2014. Figura 8 Editor de Partituras. Disponível em: <www.sibelius.com>. Acesso em: 8 jan. 2014. Figura 9 Gravador multipista. Disponível em: <http://homepga.blogspot.com. br/2012/06/pro-tools.html>. Acesso em: 8 jan. 2014. Figura 10 Arranjador automático. Disponível em: <http://www.pgmusic.com/>. Acesso em: 8 jan. 2014. Sites pesquisados ARAuJO, J.; REBELO, T.; KARAM, w. MP3 – uma história de sucesso. Disponível em: <http://www.img.lx.it.pt/~fp/cav/ano2006_2007/MEEC/Trab_1/Paper_MP3.pdf>. Acesso em: 8 jan. 2014. BODO, R. P. P. Dispositivos móveis como instrumentos musicais. Disponível em: <http:// grenoble.ime.usp.br/~gold/cursos/2012/movel/mono-1st/2006-3_Roberto.pdf>. Acesso em: 8 jan. 2014. DOuRADO, D. D. A utilização do protocolo MIDI em sistemas de aprendizado musical via computador. Disponível em: <http://www.jogosmusicais.com.br/projeto.pdf>. Acesso em: 8 jan. 2014. MAnCInI, O. Uma breve história do MIDI. Disponível em: <http://www.iar.unicamp.br/ disciplinas/am005_2003/midi.pdf>. Acesso em: 8 jan. 2014. OFICInA nET. Tipos de software – você realmente sabe o que é um Software? Disponível em: <http://www.oficinadanet.com.br/artigo/1908/tipos_de_software_-_voce_ realmente_sabe_o_que_e_um_software>. Acesso em: 8 jan. 2014. 49 Claretiano - Centro Universitário © U1 - Tecnologia musical PORTOwEB. O que é a Escola de Frankfurt. Disponível em: <http://pessoal.portoweb. com.br/jzago/frankfurt.htm>. Acesso em: 18 set. 2010. PHILLIP, R. Implications for the future. In: Early recordings and musical style: changing tastes in instrumental performance, 1900-1950. new york: Cambridge university Press, 1992. RATTOn, M. B. Novas tecnologias aplicadas à música. Disponível em: <http://www. music-center.com.br/ftp/novas_Tecnologias_Aplicadas_a_Musica_MRatton.pdf>. Acesso em: 8 jan. 2014. 7. REFERÊnCIAS BIBlIOGRÁFICAS 2001: uMA ODISSÉIA nO ESPAçO. Produção de Stanley Kubrick. EuA: warner Bros., 1968. GOHN, D. Tecnologias digitais para educação musical. São Carlos: UFSCar, 2012. ______. Educação musical a distância: abordagens e experiências. São Paulo: Cortez, 2011. ______. Aspectos tecnológicos da experiência musical. Revista do Programa de Pós- graduação Stricto-Senso da Escola de Música e Artes Cênicas da universidade Federal de Goiás. v. 7, 2007. ______. A tecnologia na música. Disponível em: <http://www.portcom.intercom.org.br/ pdfs/149801003222230945765212217541460451734.pdf>. Acesso em: 08 jan. 2014. GOMES, C. A. Recursos tecnológicos e musicais. Varginha: unIS, 2011. MORAES, J. J. Música da modernidade: origens da música de nosso tempo. São Paulo: Brasiliense, 1983. MACHADO, A. C. Tradutor de arquivos MIDI para texto utilizando linguagem funcional CLEAN. Uberlândia: UFU, 2001. PHILLIP, Robert. Implications for thr Future. In: Early Recordings and Musical Style: changing tastes in instrumental performance, 1900-1950. new york: Cambridge University Press, 1992. ZuBEn, P. Música e tecnologia: o som e seus novos instrumentos. São Paulo: Irmãos Vitale, 2004. Claretiano - Centro Universitário 2Gravação de áudio – Audacity e Mp3MyMp3 Objetivos • Desenvolver um olhar crítico aos recursos tecnológicos diante das atividades do músico nos dias atuais. • Manipular, de forma básica, os principais recursos do software de gravação e edição de áudio – Audacity. • Manipular, de forma básica, os principais recursos do software de gravação – Mp3myMp3. • Utilizar os recursos estudados como ferramenta na criação de novos mate- riais que ajudem na prática pedagógica do educador. Conteúdos • Música e tecnologia. • Gravação de áudio. • Edição de áudio. • MP3. Orientações para o estudo da unidade Antes de iniciar o estudo desta unidade, leia a orientação a seguir: 1) Explore novas ferramentas e recursos de cada software, mesmo que não tenham sido mostrados nesta unidade. Lembre-se de que a curiosidade e a prática de experimentar novas possibilidades são um excelente método para descobrir o que os programas oferecem. Claretiano - Centro Universitário 53 Claretiano - Centro Universitário © U2 - Gravação de áudio – Audacity e Mp3MyMp3 1. InTRODUçãO Nesta unidade, começaremos a trabalhar, na prática, alguns recursos que a tecnologia musical oferece para a prática do músi- co/educador musical. Para isso, estudaremos os principais concei- tos e ferramentas na gravação de arquivos de áudio a partir dos softwares Mp3myMp3 e Audacity. Além disso, veremos algumas das principais ferramentas de edição de áudio que o ajudarão a manipular tais arquivos com finalidades artísticas e pedagógicas. Serão apresentados, também, os materiais necessários para se realizar uma produção musical no computador, como a instala- ção do software e os dispositivos de hardware que serão utiliza- dos. 2. COnTEúDO BÁSICO DE REFERÊnCIA O Conteúdo Básico de Referência apresenta, de forma sucin- ta, os temas abordados nesta unidade. Para sua compreensão in- tegral, é necessário o aprofundamento pelo estudo do Conteúdo Digital Integrador. 2.1. gravação de áudio na criação de arquivos de áudio, utilizamos os softwares de gravação e edição. A partir desses programas, e utilizando alguns recursos básicos de hardware, é possível gravar diretamente no computador por meio de uma entrada de áudio. Uma vez captura- do o som, o arquivo pode ser salvo em diferentes formatos, como Mp3 ou wav, para que ele possa ser editado posteriormente. Atualmente, há uma variedade muito grande
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