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A u l a 2 : A V A L I A Ç Ã O D O A T L E T A Disciplina: Fisioterapia Esportiva Prof. Me. Leandro H. Bernardo INTRODUÇÃO • ESPECIFICDADE DA MODALIDADE →Avaliação depende da DEMANDA DO ESPORTE. – Prevenir que os processos lesivos se instalem, progridam ou reincidam; – Necessário entender quais exigências serão impostas ao sistema musculoesquelético durante a prática esportiva; – Promover ações que permitam caracterizar sua capacidade de resposta e essas exigências 2 I N T R O D U Ç Ã O 3 INTRODUÇÃO • OBJETIVOS: – Identificar fatores biomecânicos que possam predispor o atleta a lesões musculoesqueléticas; – Possibilitar aos profissionais da saúde a oportunidade de identificar condições tratáveis que possam interferir ou prejudicar a participação do atleta; – Planejam intervenções que levam à melhora do desempenho; 4 PLANEJAMENTO DA APP 5 PROCESSO DE AVALIAÇÃO • Atletas profissionais: avaliações devem ser repetidas sempre nas fases de pré-temporada ou pré-participação. → Para que haja tempo hábil para tratar possíveis lesões e não prejudique as competições. • Recomenda-se que as avaliações sejam feitas por volta de 6 semanas antes do início da competição. 6 ANAMNESE • História subjetiva do atleta: • Idade, sexo, etnia, tipo corporal. • Qual atividade de desporto e posição em que joga. • QP • Qual foi o mecanismo de lesão? (tipo de traumatismo e estrutura anatômica lesada). Qual o local? 7 ANAMNESE • História subjetiva do atleta: • Características da dor: – o paciente deve tentar descrever o tipo de dor. – A dor muda em momentos diferentes? – Dor que comumente desaparece com algumas atividades indica inflamação crônica. – Dor articular que aumenta ao longo do dia, sugere edema. • Respostas articulares: há instabilidade articular. – Parece que a articulação vai ceder? Ela trava e destrava? • Determinar lesão aguda ou crônica com base no tempo e frequência dos sintomas. 8 ANAMNESE • História subjetiva do atleta: • Presença de ruído ou sensação anormal quando lesionou? • História de lesão prévia correlacionada: lesões musculares, ligamentares, luxações, fraturas. – Sinais inflamatórios: edema e dores durante ou após uma competição ou treinamento. – Se positivo, dar maior atenção à região referida. • Tentou tratar a lesão? (Ex. Repouso, proteção, dispositivo de auxílio à deambulação, calor ou frio terapêutico, exercícios) • Prescrição ou medicações por conta própria. • Fatotes etiológicos e predisponentes. 9 ASPECTOS QUE DEVEM SER INVESTIGADOS NA ANAMNESE: Identificar fatores que possam contribuir ou prejudicar o desempenho e integridade física dos atletas. • Habitat e condições gerais: Avaliar piso, indumentária, acessórios e biomecânica do gestual desportivo. 10 ASPECTOS QUE DEVEM SER INVESTIGADOS NA ANAMNESE: • Calçados Esportivos: Indicados de acordo com as necessidades da prática de cada modalidade, pois influenciam diretamente no desempenho. 11 Bota para trilha Futebol de campo Futebol de salão Tênis para corredores Sapatilha para ginástica rítmica 12 13 14 15 16 https://www.youtube.com/watch?v=zvgM2HXv6-k 17 EXAME FÍSICO • Avaliação Física e Funcional direcionada à necessidade do atleta. • As variáveis testadas devem ser relevantes e os testes devem ser o mais específico possível para a atividade, exercício ou esporte. • Os testes devem ser confiáveis e válidos. 18 A P T I D Ã O F Í S I C A • MÚSCULO-ESQUELÉTICA: • Força • Resistência • Flexibilidade • MOTORA: • Agilidade • Equilíbrio • Potência • Velocidade 19 É PR ECISO ENTENDER A BI OMECÂNICA D O ESPORTE 20 TA BEL A UTILIZ ADA PA RA D ETERMINAR O C ONDICIONAMENTO ATLÉTICO PA RA ESPORTES ESPECÍFICOS 21 TA BEL A UTILIZ ADA PA RA D ETERMINAR O C ONDICIONAMENTO ATLÉTICO PA RA ESPORTES ESPECÍFICOS 22 INSPEÇÃO ESTÁTICA • O paciente deve despir-se, mantendo no máximo as peças íntimas; evitar constrangimentos. • Observá-lo em posição ortostática em todas as perspectivas (anterior, perfil, posterior). • Identificar: • Lesões externas; • Assimetrias; • Deformidades; • Posições viciosas; • Desvios posturais. 23 INSPEÇÃO ESTÁTICA • Presença de: edema, atrofia de tecidos moles, protusão (luxação), protuberância (fratura), alteração na coloração na pele (inflamação). 24 INSPEÇÃO ESTÁTICA • Inclinação lateral do tronco: escoliose, encurtamento de membros inferiores e atitudes antálgicas. Observar â de Tales. • Ombros desnivelados: escoliose ou patologias da escápula. • Hipertrofia unilateral: esportes que solicitam fisicamente mais de um dos membros. • Desnivelamento pélvico: escoliose lombar, encurtamento de membros inferiores, atitudes antálgicas ou atitudes viciosas provocadas por patologias do quadril, joelho ou pé. 25 INSPEÇÃO DINÂMICA • Observar a movimentação dos segmentos corporais do esqueleto axial e apendicular. • Observar limitações de ADM ou assimetrias. • Analisar a marcha. • Observar claudicação e possíveis alterações. 26 INSPEÇÃO DINÂMICA 27 INSPEÇÃO DINÂMICA • Marcha antálgica: diminuição da fase de apoio do lado doloroso e fase de balanço do outro membro é mais curta. Geralmente, acompanhada de um esboço de saltitar na tentativa de aliviar o peso. • O comprimento do passo e a velocidade são diminuidos. 28 PALPAÇÃO Palpação de tecidos moles e ossos • Início: pressão leve e mais distante do local referido. Ir aumentando a pressão e a proximidade. Comparar local lesionado e não lesionado. • Osso: Espaço anormal nas articulações, edema, desalinhamentos ou protuberâncias anormais. • Tecido mole: edema, caroço, espaço anormal, tensão muscular anormal, temperatura, textura e flexibilidade dos tecidos, contrações musculares ou tremores involuntários, diminuição de sensação (disestesia), dormência (anestesia) ou aumento de sensação (hiperestesia). • IDENTIFICAR: – Identificação de pontos dolorosos. – Alterações de sensibilidade, temperatura, volume, consistência, crepitações, ressaltos, estalidos, tônus, etc. 29 MENSURAÇÕES 1. Perimetria • Mensuração dos membros comparativamente. • Acompanhar a evolução do tratamento de algumas lesões e pós-cirúrgico, para a liberação do retorno aos esportes, após ganho comparativo. • Lembrar: diferenças de circunferência → esportes nos quais os membros são exigidos de forma diferente (ex. antebraço de tenista, coxa de jogadores de futebol). 30 2. Medida longitudinal • Verificar assimetrias entre os membros. • Medimos as diferenças de comprimentos entre pontos anatômicos comparativamente. • Pode ser observada diferenças em atletas jovens com distúrbio de crescimento. – Coxa: EIAS e bordo superior da coxa – MI: EIAS e maléolo medial 31 MENSURAÇÕES MENSURAÇÕES OBS.: Atitudes compensatórias com a discrepância de comprimento de MIs: • Membro mais longo com o joelho semifletido, conseguindo apoiar igualmente os pés (encurtamento funcional do membro). • Membro encurtado com o pé em equino (alongamento funcional do membro). 32 MENSURAÇÕES 3. MOBILIDADES ATIVA E PASSIVA • Mensuração comparativa e com uso de goniômetro para maior precisão. A. Mobilidade passiva: ADM sem influência da musculatura. A dor pode limitar. – Fornece informação sobre a integridade das superfícies articulares, extensibilidade da cápsula articular, ligamentos, músculos e a sensação final do movimento. 33 MENSURAÇÕES 3. MOBILIDADES ATIVA E PASSIVA B. Mobilidade ativa: depende da contração voluntária muscular. – Informação exata sobre a capacidade, coordenação e força muscular. – Comparar os resultados com o padrão de ADM de cada movimento articular. • ADM ativa depois passiva. Lado normal depois afetado. 34 35 VÍDEO L ABORATÓRIO DE BIOMECÂNICA 36 DESEMPENHO MUSCULAR DESEMPENHO MUSCULAR: Capacidade do musculo em realizar trabalho. Elementos do desempenho muscular:• Força; • Resistência • Potência; São influenciados por: • Intensidade; • Frequência; • Duração; 38 MENSURAÇÕES 4. FORÇA MUSCULAR • Capacidade do tecido contrátil de produzir tensão e uma força resultante baseada nas demandas colocadas sobre o músculo; • Maior força mensurável que pode ser exercida por um músculo ou grupo muscular para vencer a resistência durante um esforço máximo único; • Força funcional relaciona-se à habilidade do sistema neuromuscular de produzir, reduzir ou controlar as forças, contempladas ou impostas, durante as atividades funcionais, de modo suave e coordenado 39 MENSURAÇÕES 4. FORÇA MUSCULAR • Na avaliação de atletas os critérios são diferentes. • O teste de FM (grau 0 à 5) clássico pode ser considerado subjetivo e pouco ajuda em caso de atletas. → utiliza contrações isométricas, não reproduzindo o gesto esportivo; não fornece dados de força, potência e resistência muscular. • A dinamometria isocinética é bastante citada na literatura como forma padronizada de avaliação. 40 MENSURAÇÕES 4. FORÇA MUSCULAR • Dinamometria Isocinética (padrão ouro) • São definidos como exercícios de velocidade fixa com resistência adaptável. • Permite determinar as principais alterações de força potência e resistência muscular. • Vantagens: é a única forma de sobrecarga máxima em toda a ADM, confiabilidade, reprodutibilidade, supervisão objetiva e perigo mínimo, ↓ força compressiva na articulação. • Desvantagens: elevado custo, treinamento pessoal, não funcional. 41 MENSURAÇÕES – AV. ISOCINÉTICA https://www.youtube.com/watch?v=8XOznGMZADM 42 https://www.youtube.com/watch?v=8XOznGMZADM MENSURAÇÕES 5. RESISTÊNCIA MUSCULAR • É a capacidade de um grupo muscular executar contrações repetidas por um período de tempo ou manter o movimento por tempo prolongado. • “Resistência à fadiga” • EXEMPLOS DE TESTES: – Teste de Flexão de Braços (Push-Up); – Puxada em Suspensão na Barra; 43 MENSURAÇÕES 5. POTÊNCIA • É a capacidade de mover um peso (objeto ou corpo humano) ao longo de uma distância; • Exemplos de atividades de potência: – Arremesso de peso – Levantamento de peso – Subida de escada ou corrida – Salto em altura – Salto à distância – Salto com os dois membros inferiores • . 44 T E S T E S F U N C I O N A I S 45 FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN (FMS) • Teste clínico para avaliar movimentos fundamentais • Requer equilíbrio, estabilidade e mobilidade; • Constituído por 7 movimentos: • Score baseado no grau de compensação para completar o movimento: 46 FUNCTIONAL MOVEMENT SCREEN (FMS) • Teste clínico para avaliar movimentos fundamentais • Requer equilíbrio, estabilidade e mobilidade; • Constituído por 7 movimentos: • Score baseado no grau de compensação para completar o movimento: 47 SEBT (STAR EXCURSION BAL ANCE TEST) E Y-TEST 48 SEBT (STAR EXCURSION BALANCE TEST) 49 Y-TEST 50 Y-TEST 51 OBS.: Valores de referência para jovens saudáveis: 94,7 (+/- 7,0) → score composto; Ateltas com score composto menor que 94% apresentaram 6,5x mais chance de ter lesão em MMII; Assimetria maior que 4cm apresentaram mais chance de lesão; Atletas com menores scores em cada direção apresentaram mais chance de lesão; STEP DOWN • FRONTAL/ LATERAL – Pct com um pé no degrau (15 a 20cm) e o outro pendente que irá descer → observar compensações; 0-1 (bom)/ 2-3 (regular) 4-6 (ruim) 52 TESTES ADM: RIGIDEZ PASSIVA DE ROT. INTERNOS 53 TESTES ADM: LUNG TEST 54 TESTES ADM: AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO PASSIVA DO OMBRO 55 TESTES ADM: AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO PASSIVA DO OMBRO 56 • Valores de Referência – Rotação medial de ombro: • D: 52,97° • E: 61,93° • Assimetria de 14% – Rotação lateral de ombro: • D: 99,60° • E: 90,84° • Assimetria de 8% TESTES ADM: AVALIAÇÃO DA AMPLITUDE DE MOVIMENTO PASSIVA DO OMBRO 57 • Valores de Referência – Rotação medial de ombro: • D: 52,97° • E: 61,93° • Assimetria de 14% – Rotação lateral de ombro: • D: 99,60° • E: 90,84° • Assimetria de 8% OBS.: Y–TEST MMSS 58 TESTES MMII: PONTE PÉLVICA COM EXT. DE JOELHO 59 TESTES MMII: PONTE PÉLVICA COM EXT. DE JOELHO 60 DISFUNÇÕES ENCONTRADAS: TESTES MMII: PONTE PARA EXTENSORES DE QUADRIL 61 TESTES SALTO: DROP JUMP TEST 62https://www.youtube.com/watch?v=59ffcbAk4gE TESTES SALTO: SQUAT JUMP TEST 63https://www.youtube.com/watch?v=sVN_3FAs5go TESTES SALTO: HOP TEST 64 • Utilizado para verificar a função do joelho; • Pode ser usado como critério de alta e evolução de tratamento (LCA e outras) TESTES SALTO: HOP TEST 65https://www.youtube.com/watch?v=VUauqk9qLQA R EF ERÊNCIAS BI BLIOGRÁFICAS • ANDREWS, R. James, HARRELSON, L. Gray, WILK, E. Kevin. Reabilitação Física do Atleta, 3 ed. Rio de Janeiro: editora Elsevier Ltda., 2005. • HILLMAN, Kay Susan. Avaliação, Prevenção e Tratamento Imediato das Lesões Esportivas, 1 ed. brasileira. Editora Manole, 2002. • MARINHO, Bruno Ferreira; MARINS, João Carlos Bouzas. Teste de força/resistência de membros superiores: análise metodológica e dados normativos. Fisioter. mov., Curitiba , v. 25, n. 1, p. 219-230, Mar. 2012. • MATERKO, Wollner; NEVES, Carlos Eduardo Brasil; SANTOS, Edil Luis. Modelo de predição de uma repetição máxima (1RM) baseado nas características antropométricas de homens e mulheres. Rev Bras Med Esporte, Niterói , v. 13, n. 1, p. 27-32, Feb. 2007. • PRENTICE, W.E. & VOIGHT, M.L. Técnicas em reabilitação musculoesquelética. Porto Alegre:Artmed. 2003. 66 O B R I G A D O ! 67
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