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Epidemiologia__de_Doencas__de_Plantas

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Epidemiologia de Doenças de Plantas 
Os objetivos da primeira aula são : 
Introduzir os conceitos de epidemiologia,enfocando a importância dos 
estudos epidemiológicos das doenças de plantas;comparar os conceitos 
de doença versus epidemiologia( estudo de doenças em populações de 
plantas); mostrar o surgimento de espécies novas de fungos (A.grandis 
em batata);enfocar os componentes do tetredro da doença e sua 
influência na ocorrência de epidemias; abordar a curva do progresso da 
doença e seus componentes. 
Os objetivos da segunda aula são : conceitos de patometria,quantificação 
de doenças,importância da acurácia,precisão e reprodutibilidade na 
avaliação de doenças,importância do conhecimento dos estádios 
fenológicos,métodos diretos de avaliação de doenças,escalas descritivas e 
escalas diagramáticas,uso de sensoriamento remoto,conceitos de 
doenças juros simples (monocíclicas) e juros compostos (policíclicas). 
Company Profile • June 2010 • Slide 2 
Epidemiologia de Doenças de Plantas 
Fitopatologia Especial – IB 238 
Prof.Luís Azevedo - 2017 
Company Profile • June 2010 • Slide 3 
Tópicos : 
• Fundamentos e conceitos de epidemiologia 
• Conceitos de endemia, epidemia e pandemia 
• Processos monocíclico e policíclico 
• Fatores do tetraedro da doença que interferem na 
epidemia 
• Quantificação de doenças (patometria) 
• Utilização de escalas diagramáticas 
• Classificação epidemiológica de doenças 
• Curvas de progresso da doença 
• Princípios epidemiológicos aplicados ao controle de 
doenças 
 Ferrugem da Soja 
DA SAFRA DE 2002 A SAFRA DE 2013 
 US$ 25.000.000.000,00 
 Ferrugem da Soja 
Company Profile • June 2010 • Slide 6 
Conceitos : 
• As epidemias de doenças de plantas resultam 
da combinação dos fatores: 
 
- Uma população de plantas hospedeiras 
suscetíveis 
- Uma população de patógenos virulentos ou 
agressivos 
- Sob condições ambientes favoráveis por um 
período de tempo longo 
- Interferência do ser humano 
Company Profile • June 2010 • Slide 7 
Conceitos de Epidemiologia 
• Epidemiologia é a ciência que estuda as doenças 
epidêmicas. (VAN DER PLANK,1963) 
 
 
• Epidemiologia é o estudo das populações do 
patógeno,nas populações de hospedeiros e da doença 
resultante dessa interação,sob a influência do 
ambiente e da interferência do homem. (KRANZ,1974). 
Company Profile • June 2010 • Slide 8 
Conceito de Epidemiologia 
 
Epidemiologia é o ramo ecológico da Fitopatologia.Trata das 
populações de plantas e dos patógenos e de suas 
dinâmicas.Essas dinâmicas resultam de suas interações com os 
fatores do ambiente e a interferência de várias atividades dos 
homens,incluindo o controle de doenças. 
Prof.Dr.Kranz, 2004 
Company Profile • June 2010 • Slide 9 
Objetivos da Epidemiologia: 
 
• a) estudar a evolução das doenças em populações do 
hospedeiro; 
• b) avaliar os prejuízos absolutos e relativos causados pelas 
doenças nas culturas; 
• c) avaliar os efeitos da resistência do hospedeiro, medidas 
sanitárias, uso de fungicidas e outras medidas de controle das 
doenças; 
• d) avaliar a eficiência técnica e econômica das medidas de 
controle em cada etapa sobre os agroecossistemas; 
• e) estabelecer estratégias de controle das doenças e aperfeiçoá-
las para a proteção das culturas. 
Company Profile • June 2010 • Slide 10 
Conceitos de Epidemia e Endemia 
• EPIDEMIA : é utilizado para expressar o desenvolvimento de 
doenças em populações de plantas em intensidade e/ou extensão. 
• Exemplos :Ferrugem da soja;Greening;Sigatoka Negra e Ferrugem 
Alaranjada da Cana- de- Açúcar 
 
 
 
• ENDEMIA : é utilizado para caracterizar uma doença sempre 
presente numa determinada área geográfica;sem estar em 
expansão. 
• Exemplos : 
• Ferrugem do cafeeiro,doenças de final de ciclo da soja, ramularia do 
algodoeiro,requeima da batata e tomate. 
FUNDAMENTOS E CONCEITOS 
Testemunha Aproach Prima (R1...) 
Aproach Prima+Unizeb Gold (R1...) 
Safra 12/13 
Campo Verde - MT 
Surgimento de espécies mais 
virulentas de fungos 
 Cultura da Batata 
 Pinta Preta 
 Alternaria grandis 
Pinta Preta – Alternaria grandis 
Sintomas em folíolos de batata 
Company Profile • June 2010 • Slide 15 
Conceito de Epidemia e Endemia 
• EPIDEMIA POLIÉTICA : epidemias que 
necessitam de anos para mostrar significativo 
aumento na intensidade da doença.Ex.Greening 
dos citros 
 
• PANDEMIA : epidemias que ocupam uma área 
extremamente grande,de tamanho quase 
continental. 
• Ex:Ferrugem da soja 
Ferrugem da soja no mundo 
EXEMPLO DE PANDEMIA 
1934 
1902 
1957 
1940 
1966 
1934 
1998 
2001 
1999 
2004 
2001 
2002 
2003 1996 
2004 
Company Profile • June 2010 • Slide 17 
Triângulo da Doença 
• Gaumann (1951) : condições para uma epidemia. 
 
• HOSPEDEIRO: acúmulo de indivíduos suscetíveis e 
hospedeiros alternativos. 
 
• PATÓGENO: possuir alta capacidade infectiva, isto 
é,alto potencial epidêmico. 
 
• AMBIENTE: condições climáticas ótimas para o seu 
desenvolvimento. 
Componentes da Epidemia 
Company Profile • June 2010 • Slide 18 
EPIDEMIA 
H 
P 
A 
- Acúmulo de hospedeiros suscetíveis 
- Propensão do hospedeiro para a doença 
- Presença de hospedeiros alternativos 
- Alto potencial epidêmico 
- Presença de patógeno agressivo 
- Alta capacidade reprodutiva 
- Eficiente dispersão 
- Não haver restrições para o desenvolvimento 
Condições ótimas 
para desenvolvimento 
Company Profile • June 2010 • Slide 19 
Componentes da Epidemia 
 
• Conceito de epidemiologia : Figura tradicional 
do TRIÂNGULO da doença 
• Conceito de epidemiologia : o atual é 
representado por um TETRAEDRO ( ZADOKS & 
SHEIN,1980) 
Company Profile • June 2010 • Slide 20 
Tetraedro da Epidemiologia 
MANEJO DA 
CULTURA 
VULNERABILIDADE FAVORABILIDADE 
A 
SH 
PATOGENICIDADE 
P H 
T 
E 
M 
P 
O 
EPIDEMIA 
- Monocultura 
- Grandes áreas de cultivo 
- Técnicas de cultivo 
- Máximo potencial genético 
VULNERABILIDADE 
Requeima da Batata 
P.infestans 
• As Conseqüências foram brutais : 
• 2 milhões de mortos e mais de 1 milhão de 
imigrantes 
• A população da Irlanda que era de 8,3 mihões em 
1846 passou para 5,2 mio 30 anos depois 
Company Profile • June 2010 • Slide 23 
Exemplos de Epidemias Importantes 
no Brasil 
• O MOSAICO DA CANA-DE-ACÚCAR –Década de 20 
• TRISTEZA DOS CITROS - 1940 
• CANCRO CÍTRICO – 1957 
• O CARVÃO DA CANA-DE-ACÚCAR 
• O MAL DAS FOLHAS DA SERINGUEIRA 
• CLOROSE VARIAGADA DOS CITROS 
• FERRUGEM ASIÁTICA DA SOJA 
• GREENING DOS CITROS 
Company Profile • June 2010 • Slide 24 
Exemplos de Epidemias Recentes no 
Brasil 
• FERRUGEM DA SOJA Pakopsora pachyrhizi 
• SIGATOKA NEGRA Micosphaerella fijiensis 
• MORTE SÚBITA EM CITROS 
• GREENING DOS CITROS (HLB) 
• Ferrugem Alaranjada da Cana de Açúcar P.koenni 
 
Company Profile • June 2010 • Slide 25 
Vai ocorrer ferrugem com a 
mesma intensidade que a safra 
passada? 
2006/2007 
2007/2008 
Ferrugem alaranjada chegou no Brasil com grande agressividade em 
variedades suscetíveis 
Prejuízos de 20 à 40% na produção 
FERRUGEM ALARANJADA DA CANA-DE-AÇÚCAR 
 
EROSÃO GENÉTICA DE CULTIVARES ADAPTADAS 
 
MUITO PLANTADAS NO ESTADO DE S.PAULO 
 
EXEMPLO : RB 454 ; RB 3150 
Company Profile • June 2010 • Slide 30 
CONDIÇÕES QUE AFETAM O 
DESENVOLVIMENTO DE EPIDEMIAS 
 
1- Fatores Relacionados ao Hospedeiro 
 
a) níveis de resistência genética ou suscetibilidade do 
hospedeiro 
b) grau de uniformidade genética das plantas 
hospedeiras 
c) tipo de cultura 
d) idade da planta hospedeira. 
 
Company Profile • June 2010 • Slide 31 
CONDIÇÕES QUE AFETAM O 
DESENVOLVIMENTO DE EPIDEMIAS 
1- Fatores Relacionados ao Hospedeiro 
Resistência genética das plantas aos patógenos 
-O nível de resistência genética ou suscetibilidade do hospedeiro constitui importante fator no 
desenvolvimento de epidemias. 
- Variabilidade genéticatanto do hospedeiro como do 
patógeno. 
- Da pressão de seleção, resultante da co-evolução dos patógenos e hospedeiros, surgem 
patógenos com novos genes de virulência, estabelecendo novas raças fisiológicas, capazes de 
vencer os genes de resistência. Exemplos no Brasil. 
 
- Cultivares multilinhas. 
-As várias linhas, numa cultivar multilinha, têm genes ou diferentes sistemas genéticos que 
atuam sobre os genes de virulência das raças do patógeno para qual esta multilinha foi criada. 
Company Profile • June 2010 • Slide 32 
CONDIÇÕES QUE AFETAM O 
DESENVOLVIMENTO DE EPIDEMIAS 
1- Fatores Relacionados ao Hospedeiro 
Resistência genética das plantas aos patógenos 
 
- Grande número de casos em que as raças fisiológicas são estáveis por um longo 
período tem sido relacionado e poucas raças têm sido definidas dentro das 
populações desses patógenos. 
- Um bom exemplo é a murcha do algodoeiro, causada por F.oxysporum 
f.sp.vasinfectum. Apenas 4 raças distintas foram encontradas: duas nos Estados 
Unidos,uma na Índia e outra do Egito. 
- Essas raças são estáveis, e a resistência das cultivares de algodão a Fusarium 
permanece duradoura por muitas décadas. 
- A murcha da ervilha (F.oxysporum f.sp.pisi) e a murcha do repolho (F.oxysporum 
f.sp.conglutians) são outros exemplos de patogenicidade estável. 
Company Profile • June 2010 • Slide 33 
CLASSIFICAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA 
RESISTÊNCIA 
 
• Monogênica,oligogênica ou poligênica, de 
acordo com o número de genes envolvidos. 
• Também pode ser classificada de acordo com sua 
efetividade contra as raças do patógeno. No primeiro 
caso, temos a resistência vertical (ou raça-
específica). 
• No segundo caso temos a resistência horizontal 
(ou raça-não-específica). 
Company Profile • June 2010 • Slide 34 
Resistência genética das plantas aos 
patógenos 
a) RESISTÊNCIA VERTICAL ( RESISTÊNCIA RAÇA – ESPECÍFICA) 
 
- É determinada por um ou pouco genes. 
- É controlada monogenicamente, é utilizada para raças específicas dos patógenos e, na 
maioria da vezes, tem curta duração no controle eficiente das doenças devido ao fato de ser 
quebrada pelo aparecimento de novas raças do patógeno. 
 
b)RESISTÊNCIA HORIZONTAL (RESISTÊNCIA RAÇA – NÃO ESPECÍFICA) 
- É poligênica, tipo de resistência controlada por muito genes, cuja atuação individual é de 
baixa 
- Parece ser herdada de forma semelhante aos caracteres quantitativos, como produtividade, 
qualidade,precocidade etc. 
- Uma das vantagens do uso da resistência horizontal é a sua estabilidade e 
durabilidade.Entretanto, sua natureza complexa a torna difícil de ser explorada nos 
programas de melhoramento. 
Company Profile • June 2010 • Slide 35 
 Grau de uniformidade genética das plantas 
hospedeiras 
 
 - Plantas hospedeiras geneticamente uniformes, principalmente em 
relação a genes associados com a resistência a doenças, são cultivadas em grandes 
áreas, existe uma grande probabilidade de uma nova raça do patógeno aparecer e 
infectar seu genoma, resultando numa epidemia. 
 - A monocultura é utilizada em grandes áreas e é composta 
por cultivares suscetíveis, as epidemias se desenvolvem rapidamente, de 
maneira incontrolável. 
 • Tipo de cultura 
 Em culturas anuais, como feijão, arroz, milho, algodão e hortaliças, as epidemias 
desenvolvem muito mais rapidamente (normalmente em poucas semanas) que em 
cultivos perenes (cafeeiro), como fruteiras e essências florestais. 
 Nessas culturas, as epidemias demoram mais tempo para se desenvolverem.Como 
exemplo, citam-se a ferrugem do cafeeiro,a tristeza dos citros e o mal-das-folhas da 
seringueira. 
1- Fatores Relacionados ao Hospedeiro 
Company Profile • June 2010 • Slide 36 
 Idade da planta hospedeira 
 
 - Tombamentos de plântulas causadas por Rhizoctonia solani, os hospedeiros 
(ou suas partes) são suscetíveis somente durante o estádio inicial de 
crescimento, tornando-se resistentes no estádio adulto (resistência adulta). 
 - Infecções de flores ou frutos por Botrytis e Glomerella, e em todas as 
infecções pós-colheita, partes das plantas são resistentes durante o estádio de 
crescimento e na fase inicial do estádio adulto, mas tornam-se suscetíveis 
próximo à maturação. 
 - Contudo, em outras doenças, como requeima da batata (causada por 
Phytophthora infestans) e pinta preta do tomateiro (causada por Alternaria 
solani), um período de suscetibilidade juvenil durante o estádio de 
crescimento da planta é seguido por um período de relativa resistência no 
início do estádio adulto e depois suscetibilidade após a maturação. 
1- Fatores Relacionados ao Hospedeiro 
Tombamento em Soja 
Tombamento e Morte de plantas por Rhizoctonia solani 
TOMBAMENTO 
Damping- off 
R.solani 
ALGODÃO 
Company Profile • June 2010 • Slide 39 
1- Fatores Relacionados ao Hospedeiro 
ESTADO NUTRICIONAL DA PLANTA E DESENVOLVIMENTO 
DE DOENÇAS 
- Tem sido observado que, em solos com boa fertilização e equilíbrio de nutrientes, 
as perdas causadas pelas doenças são menores do que em solos com limitações 
nutricionais. 
- Muitos elementos minerais requeridos para o crescimento das plantas podem favorecer 
ou desfavorecer o desenvolvimento de determinadas doenças.Esses elementos minerais 
estão diretamente envolvidos em todos os mecanismos de defesa,como componentes de 
células,substratos, enzimas e carregadores de elétrons ou como ativadores, inibidores e 
reguladores de metabólitos. 
Company Profile • June 2010 • Slide 40 
1- Fatores Relacionados ao Hospedeiro 
ESTADO NUTRICIONAL DA PLANTA E DESENVOLVIMENTO 
DE DOENÇAS 
- Não é possível generalizar o efeito de um nutriente em particular para todas as 
combinações patógeno-hospedeiro. 
- A interação entre o patógeno, o hospedeiro,o ambiente e o tempo é que 
determina como a doença é afetada pela nutrição.Um único nutriente pode 
favorecer uma doença e reduzir outra. 
- A disponibilidade do elemento mineral para a planta e o seu efeito sobre a 
doença são dependentes de sua forma e solubilidade, da presença de 
competidores, de associações microbiológicas e de fatores ambientais,como: 
pH,umidade,ervas daninhas, cultura antecedente, temperatura e aeração, além 
de produtos químicos utilizados na condução da cultura. 
BRUSONE 
Pyricularia grisea 
 Excesso de adubação nitrogenada no plantio; 
 Espaçamentos adensados; 
 Alta densidade de semeadura; 
 Período de molhamento (12 -16 horas); 
 Baixa luminosidade; 
 
Condições favoráveis ao desenvolvimento da EPIDEMIA 
Company Profile • June 2010 • Slide 42 
Manejo Integrado da Brusone 
 Arroz de Terras Altas 
• Plantio de cultivares precoces no cedo 
• Aração profunda no 2 - 3 ano 
• Plantio uniforme ( 2 cm) 
• Uso de sementes sadias 
• Semeadura contrária ao vento 
• Plantio em menor tempo possível 
PRÁTICAS CULTURAIS ( 1 ) 
Company Profile • June 2010 • Slide 43 
Manejo Integrado da Brusone 
 Arroz de Terras Altas 
• Evitar altas doses de Nitrogênio 
• Adubação nitrogenada somente no 
primórdio floral 
• Densidade de semeadura 
• Evitar plantios escalonados 
PRÁTICAS CULTURAIS ( 2 ) 
Company Profile • June 2010 • Slide 44 
2- Fatores relacionados ao patógeno 
 
• a)nível de virulência e agressividade; 
• b) quantidade de inóculo próximo ao hospedeiro; 
• c) tipo de reprodução e modo de disseminação. 
 
 
 
 - Nível de virulência e agressividade 
 VIRULÊNCIA de um isolado do patógeno está associada à 
quantidade de doença induzida no hospedeiro. 
 AGRESSIVIDADE está associada à velocidade no aparecimento 
dos sintomas da doença. 
Company Profile • June 2010 • Slide 45 
2- Fatores relacionados ao patógeno 
- Quantidade de inóculo próximo ao hospedeiro 
 Quanto maior a quantidade de propágulos do patógeno (células bacterianas, esporos ou 
esclerócios fúngicos, ovos de nematóides, plantas infectadas por vírus, etc.) dentro ou 
próximo das áreas cultivadas com as plantas hospedeiras, maior quantidade deinóculo 
chegará ao hospedeiro e com maior rapidez, aumentando muito as chances de uma 
epidemia. 
 
- Tipo de reprodução 
 Patógenos que possuem alta capacidade de reprodução, incluindo alta produção de inóculo e 
ciclos de vida curto, mas sucessivos, características de patógenos policíclicos (ex.: fungos 
causadores de ferrugens, míldios e manchas foliares), têm capacidade de causar grandes e 
freqüentes epidemias, o que normalmente não acontece com patógenos que não formam 
ciclos de vida sucessivos, característica de patógenos monocíclicos (ex: fungos causadores de 
murchas vasculares e carvões). 
 
- Ecologia e modo de disseminação do inóculo 
 Patógenos que produzem seu inóculo na superfície de partes aéreas de hospedeiros (ex: 
fungos causadores de ferrugens, míldios e manchas foliares), têm capacidade de dispersar 
esse inóculo facilmente e a várias distâncias, resultando em epidemias mais freqüentes e 
sérias do que aqueles que se reproduzem dentro da planta (ex: fungos e bactérias que 
infectam o sistema vascular, fitoplasmas, vírus e protozoários) ou que necessitam de vetores 
para a sua disseminação. 
Company Profile • June 2010 • Slide 46 
MOFO BRANCO DO FEIJOEIRO 
Company Profile • June 2010 • Slide 47 
3- Fatores relacionados ao ambiente 
 
 
• As variáveis ambientais que mais afetam o 
desenvolvimento de epidemias são : 
 
 
a) o período de água livre na folha 
b) a umidade relativa do ar 
c) a temperatura 
Company Profile • June 2010 • Slide 48 
3- Fatores relacionados ao ambiente 
• Umidade 
• Umidade prolongada ou freqüente, seja na forma de orvalho, 
chuva ou mesmo umidade relativa é fator predominante no 
desenvolvimento da maioria das epidemias causadas por 
fungos, bactérias e nematóides, pois facilita a reprodução e a 
disseminação da maioria dos patógenos. 
• Em alguns casos, no entanto, fitopatógenos habitantes do 
solo, como Fusarium e Streptomyces, são mais severos em 
climas secos. 
• Alta umidade do solo é importante para certos fungos como 
Phytophthora e Pythium. 
OÍDIOS – NÃO PRECISAM DE UMIDADE 
EXCEÇÃO ENTRE OS FUNGOS 
Company Profile • June 2010 • Slide 50 
3-Fatores realacionados ao ambiente 
 Temperatura 
• Epidemias são em geral favorecidas por temperaturas mais altas ou mais baixas 
que a faixa ótima de temperatura para a planta, pois reduzem o nível de 
resistência do hospedeiro. Estas plantas tornam-se fracas e predispostas à doença, 
uma vez que o patógeno permanece vigoroso e mais forte que o hospedeiro. 
• O efeito mais comum da temperatura em epidemias, no entanto, é sobre o 
patógeno durante as fases de germinação de esporos, eclosão de nematóides, 
penetração no hospedeiro, crescimento ou reprodução, colonização e 
esporulação. 
• Quando a temperatura permanece favorável durante estas fases, os patógenos 
policíclicos completam o ciclo da doença em menos tempo, resultando em mais 
ciclos durante a estação de cultivo. 
Company Profile • June 2010 • Slide 51 
Germinação e penetração 
Infecção 
Diferenciação Urédias 
8 – 280 C 
15 – 250 C** 
Água livre 
20 – 250 C** 
Água livre 
6 h 
Deposição 
7 a 9 dias 
Liberação uredosporos 
9 a 10 dias 
Ciclo da Doença e Epidemiologia: 
Ferrugem da Soja 
Company Profile • June 2010 • Slide 52 
3- Fatores relacionados ao ambiente 
• • Luminosidade A qualidade e quantidade de luz disponível ao hospedeiro 
afeta a fotossíntese e, conseqüentemente, as reservas nutritivas, afetando 
também a sua reação a uma determinada doença. 
• • pH O pH influencia tanto as plantas como os patógenos. Se um pH 
desfavorecer a planta, poderá favorecer o patógeno. Em geral, os fungos 
desenvolvem-se bem numa faixa de pH entre 4.5 a 6.5, enquanto bactérias 
preferem de 6.0 a 8.0. 
• 
Company Profile • June 2010 • Slide 53 
4-Fatores relacionados ao homem 
 
 Seleção e preparo do local de plantio 
 Campos mal drenados e, consequentemente, com aeração do solo deficiente, especialmente se 
próximos a outros campos infestados, tendem a favorecer o aparecimento e desenvolvimento de 
epidemias. Além disso, o histórico da área selecionada para o plantio em relação à ocorrência de 
doenças é fundamental, pois poderá evitar aumento de níveis de doenças e prevenir epidemias. 
 Seleção do material de propagação 
 O uso de sementes, mudas e outros materiais propagativos contaminados com patógenos 
aumentam a quantidade de inóculo inicial dentro com campo de cultivo e favorecem 
grandemente o desenvolvimento de epidemias. O uso de materiais propagativos isentos de 
patógenos ou tratados, podem reduzir drasticamente as chances de epidemias. 
 Práticas culturais 
 Monocultura contínua, grandes áreas plantadas com uma mesma variedade, altos níveis de 
fertilização nitrogenada, manutenção de restos culturais no campo, plantio adensado, irrigação 
excessiva e injúrias pela aplicação de herbicidas, dentre outras práticas inadequadas, aumentam a 
possibilidade e a severidade de epidemias. 
 
 Introdução de novos patógenos 
 A facilidade e a freqüência de viagens ao redor do mundo têm aumentado o movimento de 
sementes, tubérculos, estacas e outros materiais. Esses eventos aumentam a possibilidade de 
introdução de patógenos em áreas onde o hospedeiro não teve chance de evoluir para resistência 
a estes patógenos, o que resulta freqüentemente em epidemias severas. 
Company Profile • June 2010 • Slide 54 
Epidemiologia da Requeima 
• TEMPERATURA 
germinação indireta do esporângio (12 - 15 ºC) 
germinação direta do esporângio(24 ºC) 
• infecção dos zoosporos (12 -15 º C ) 
• Colonização do tecido : 23 º C 
• Paralização do crescimento : > 30 º C 
Company Profile • June 2010 • Slide 55 
Epidemiologia da Requeima 
UMIDADE 
- germinação :10 -12horas de molhamento a 10º C - 
15º C ( 2 - 5 horas) 
- penetração do tubo germinativo :2 horas a 15º 
C - 25º C 
- crescimento do micélio :17º C - 21ºC > -
>esporulação : 100 UR% e 16 - 22º C 
- viabilidade dos esporângios :< 80 UR% 
Company Profile • June 2010 • Slide 56 
Tetraedro de Doenças 
MANEJO DA 
CULTURA 
VULNERABILIDADE FAVORABILIDADE 
A 
SH 
PATOGENICIDADE 
P H 
T 
E 
M 
P 
O 
DOENÇA 
Company Profile • June 2010 • Slide 57 
PROCESSOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 A- Processo Monocíclico 
 
• A epidemia é formada por uma série de processos 
biológicos, que são os PROCESSOS 
EPIDEMIOLÓGICOS. 
• Estes processos são os ciclos de infecção e cada ciclo é 
denominado de PROCESSO MONOCÍCLICO. 
• Desta forma, uma epidemia é formada por uma 
sequência de processos monocíclicos que, em 
conjunto, constituem um PROCESSO POLICÍCLICO. 
17/07/2013 
Company Profile • June 2010 • Slide 58 
PROCESSOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 A- Processo Monocíclico 
 
 - Um processo monocíclico é formado de macroprocessos tais 
como: infecção, esporulação e disseminação .Os macroprocessos 
isoladamente não são cíclicos, somente fazem parte do processo 
cíclico. 
 - Cada macroprocesso é formado de vários microprocessos.Dessa 
forma, o macroprocesso infecção engloba a 
germinação,penetração e colonização como microprocessos. 
 - Estes podem ser subdivididos em submicroprocessos, 
subdividindo-se a nível de vários fenômenos celulares, desde 
que contribuem para o crescimento do patógeno. 
UREDINIÓSPOROS 
APRESSÓRIO 
UREDIA 
UREDINIÓSPOROS 
TUBO GERMINATIVO 
Germinação: 
 1h - 80% 
 2h - 91% 
PENETRAÇÃO DIRETA  10 a 12 h 
 9 dias  8 semanas 
Esporulação: 
Início - 4 a 7 dias 
Máximo - 12 dias 
Ciclo de Vida da ferrugem-asiática 
•Temp. ótima = 16 a 24 °C 
Company Profile • June 2010 • Slide 60 
INF 
ESP 
LES 
DIS 
INF 
ESP 
DIS 
LES 
processo monocíclico 
processo monocíclico 
(ciclo de infecção) 
tempo 
p
ro
p
o
rç
ão
 d
e
 d
o
e
n
ça
 
processo policíclico 
Figura 5. Curva de progresso da doença.A proporção (X) no eixo vertical é protada contra o tempo(T) no 
eixo horizontal 
Company Profile • June 2010 • Slide 61 
PROCESSOS EPIDEMIOLÓGICOS- Patógenos Monocíclicos 
 
 - Os patógenos monocíclicos infectam o hospedeiro durante a 
estação de cultivo e não ocorre produção de novos propágulos para 
futuras infecções até o final da mesma estação. 
 - Um exemplo bem comum é Fusarium oxysporum.No caso da 
murcha-de-fusário, os clamidosporos estão presentes no solo numa 
densidade que resulta em certo número de plantas infectadas. 
• Ao final da estação,novos clamidosporos ficam no solo,aumentando a 
densidade destes no solo,constituindo-se inóculo para o próximo 
plantio. 
 - Outro exemplo é o Mofo Branco do feijoeiro. 
 
INICIO DO FOCO 
PLANTA COM SINTOMA 
INÍCIO DO FOCO 
Company Profile • June 2010 • Slide 63 
PROCESSOS EPIDEMIOLÓGICOS 
 B- Patógenos Policíclicos 
 
 - Os patógenos policíclicos produzem novas gerações de inóculo 
durante toda a estação de crescimento da planta, de forma que 
novas infecções estão sendo constantemente produzidas. 
 Vários exemplos podem ser citados de patógenos policíclicos, entre 
eles os agentes causais das ferrugens,requeima e míldios. 
 
 - Um exemplo muito citado de patógeno plicíclico é Phytophthora 
infestans, que produz novos esporângios alguns dias após cada 
infecção.Outro exemplo é Phakopsora pachyrhizi. 
 
 Requeima 
 
Phythophthora infestans 
Foto : Luís Azevedo,2004 
Company Profile • June 2010 • Slide 65 
MICROPROCESSOS E MACROPROCESSOS DE 
P.infestans 
1 2 3 4 
PENETRAÇÃO 
DOS ESPOROS 
INÍCIO DE 
INFECÇÃO TECIDO 
COLONIZAÇÃO 
DO TECIDO 
REPRODUÇÃO 
DO FUNGO 
DURAÇÃO : 4 – 7 DIAS 
Company Profile • June 2010 • Slide 66 
B- PROCESSO POLICÍCLICO 
- As epidemias são definidas como o crescimento de uma população de 
patógenos virulentos numa população de hospedeiros num determinado tempo e 
espaço. 
Considerando-se uma população de unidades infectivas, cada ciclo de infecção se 
interliga a outros,ocorrendo simultaneamente diversas sequências de CICLOS 
DE INFECÇÃO. 
 
- Uma epidemia envolve, portanto, uma série de processos monocíclicos.Esta 
série de processos monocíclicos irá constituir um PROCESSO 
POLICÍCLICO. 
Company Profile • June 2010 • Slide 67 
INF 
ESP 
LES 
DIS 
INF 
ESP 
DIS 
LES 
processo monocíclico 
processo monocíclico 
(ciclo de infecção) 
tempo 
p
ro
p
o
rç
ão
 d
e
 d
o
e
n
ça
 
processo policíclico 
Figura 5. Curva de progresso da doença.A proporção (X) no eixo vertical é protada contra o tempo(T) no 
eixo horizontal 
Company Profile • June 2010 • Slide 68 
OS PRINCÍPIOS DE CONTROLE E A ABORDAGEM EPIDEMIOLÓGICA 
• Vanderplank,1963 – Análise Epidemiológica 
X = proporção de doença em um tempo t; 
 
Taxa de infecção aparente (r) : taxa média de infecção uma doença; 
 
Quantidade de inóculo inicial (xo) : quantidade de inóculo inicial 
para iniciar uma doença; 
 
Tempo (t) : tempo pelo qual o hospedeiro esteve exposto ao patógeno 
x = xo.exp.r t 
Company Profile • June 2010 • Slide 69 
 Estratégias Epidemiológicas de 
Controle 
•1- eliminar ou reduzir o inóculo inicial (xo) 
ou atrasar seu desenvolvimento; 
•2-diminuir a taxa de infecção aparente (r); 
•3- encurtar o tempo (período de exposição) 
da cultura ao patógeno 
Company Profile • June 2010 • Slide 70 
 Estratégias Epidemiológicas 
 
- Diminuição do número de propágulos na área da cultura 
- Retardar o máximo o início da epidemia (fase inicial do 
desenvolvimento da doença) 
- Melhor resultado para as doenças monocíclicas ou 
 patógenos necrotróficos 
Manejo da doença pela redução do inóculo inicial (xo) 
(Medidas Sanitárias ou Profiláticas) 
 
Company Profile • June 2010 • Slide 71 
14|09|11 
a) Resistência vertical ((Uromyces phaseoli var. typica), a antracnose do feijoeiro 
(Colletotrichum lindemuthianum), a brusone do arroz (Pyricularia grisea), as 
ferrugens do trigo (folha e colmo) (Puccinia recondita f.sp. tritici e Puccinia 
graminis f.sp. tritici) 
b) Tratamento de sementes com fungicidas (Pyricularia grisea, Phoma sorghina, 
Phaeoisariopsis griseola, Colletotrichum lindemuthianum, Bipolaris sorokiniana, 
Drechslera tritici-repentis, Ustilago tritici, Drechslera teres, Cercospora kikuchii, 
Cercospora sojina) 
c) Rotação da cultura (queima da haste da soja (Phomopsis sojae), antracnose da 
soja (Colletotrichum truncatum), antracnose e mancha angular do feijão 
(Colletotrichum lindemuthianum e Phaeoisariopsis griseola), brusone 
(Pyricularia grisea) e cercosporioses do amendoim (Cercospora arachidicola e 
Cercosporidium personatum) 
d) Métodos sanitários ( poda dos ramos em frutíferas de clima temperado) 
e) Cultura de meristemas ( culturas propagadas assexuadamente – ornamentais) 
f) Enterrio dos restos culturais e aração profunda (fungos do solo) 
Manejo da doença pela redução do inóculo inicial 
 (Medidas Sanitárias ou Profiláticas) 
 
Company Profile • June 2010 • Slide 72 
Manejo de doenças pela redução da 
taxa de infecção aparente (r) 
a) Resistência parcial (soja,feijão,milho) 
b) Remoção de plantas doentes durante o ciclo 
cultural (gomose) 
c)Aplicações preventivas e sistemáticas de 
fungicidas protetores e sistêmicos 
d) Manejo do ambiente (Requeima) 
e) Redução do transporte do inóculo 
secundário (transpalntio,desbrota,capação e 
poda) 
 
 2 a. Aula de EPIDEMIOLOGIA 
 
Quantificação de Doenças de Plantas 
Quantificação de Doenças de 
Plantas 
Ferrugem do Milho 
Quantificação de Doenças 
• A quantificação de doenças é denominada 
PATOMETRIA . 
• A doença normalmente é quantificada baseando-se 
na intensidade dos sintomas e/ou sinais. 
Quantificação de Doenças 
 
a) estudar o desenvolvimento de uma curva do progresso da 
doença ou de epidemias; 
b)avaliação da resistência de cultivares a patógenos em 
programas de melhoramento; 
c)comparação da eficácia de fungicidas no controle de doenças; 
d) determinação do timing de aplicação de fungicidas no 
controle de doenças; 
e) a determinação de perdas em rendimentos de grãos em 
função da intensidade da doença(nível de dano econômico) 
Características Desejáveis na 
Avaliação de Doenças 
• A avaliação de doença deve ser caracterizada pela, acurácia, 
precisão e reprodutibilidade. 
 
 
• O círculo central corresponde às quantidades reais de doença.Se 
as flechas são colocadas como na Fig.1a, o atirador é acurado e 
preciso.Se as flechas são colocadas como na Fig.1b, o atirador é 
preciso (baixa variabilidade), porém não é acurado.Na Fig.1 
c,verifica-se que o atirador não é acurado e nem preciso. 
Acurácia, Precisão,Reprodutibidade 
Company Profile • June 2010 • Slide 79 
... 
.... 
... 
... ... 
... 
... 
... ... 
... 
PRECISO E ACURADO 
PRECISO 
IMPRECISO E NÃO-ACURADO 
(a) 
(b) 
(c) 
Características Desejáveis numa 
Avaliação de Doenças 
• ACURÁCIA refere-se à proximidade dos valores 
quantificados em uma amostra em relação aos valores 
verdadeiros. 
 
• PRECISÃO refere-se à repetibilidade dos valores 
associados à amostra, com a menor variação possível 
entre si. 
06/02/2013 
Características Desejáveis na 
Avaliação de Doenças 
- ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DA CULTURA 
 
- DATA OU CARACTERIZAÇÃO DOS COMPONENTES DO CLIMA 
 
- METODOLOGIA USADA NA AVALIAÇÃO 
 
- TREINAMENTO DO AVALIADOR (PROGRAMA DISTRAIN – USDA) 
 Semanas após a emergência
V4V4 V12V12V8V8
Grãos
Leitosos
Grãos
LeitososFloresc.Floresc.V0V0
 FANCELLI (1986) FANCELLI (1986)
00 11 22 33 44 55 66 77 88 101099
ESTÁDIOS FENOLÓGICOS DA CULTURA DE MILHOESTÁDIOS FENOLÓGICOS DA CULTURA DE MILHO
00 22 44 66 88 1010 1212 2424 3636 4848 5555
 Dias após a polinização Dias após a polinização
V. FASE VEGETATIVA 
 
Vc. Da emergência a cotilédones abertos 
Vi. Primeiro nó; folhas unifolioladas abertas 
V2. Segundo nó; primeiro trifólio aberto 
V3. Terceiro nó; segundo trifólio aberto 
Vn Enésimo (último) nó com trifólio aberto, antes da floração 
 
R. FASE REPRODUTIVA (OBSERVAÇÃO NA HASTE PR[NCIPAL) 
 
R1. inicio da floração: até 50% das plantas com uma flor 
R2. Floração plena: maioria dosracemos com flores abertas 
R3. Final da floração: vagens com até 1~5 cm de comprimento 
R4. Maioria das vagens no terço superior com 2 4 cm, sem grãos perspetiveis 
R5.l Grãos perceptíveis ao tato a 10% de enchimento da vagem 
R5.2 Maioria das vagens com 10% - 25% de enchimento 
R5.3 Maioria das vagens entre 25% e 50% de enchimento 
R5.4 Maioria das vagens entre 50% e 75% de enchimento 
R5.5 Maioria das vagens entre 75% e 100% de enchimento 
R6. Vagens com enchimento pleno (100%) e folhas verdes 
 
R7.1 Início a 50% de amarelecimento das folhas 
R7.2 Entre 50% e 75% de folhas amarelas 
R7.3 Mais de 75% de folhas amarelas 
R8.1 Início a 50% de desfolha 
R8.2 Mais de 50% de desfolha à precolheita 
R9. Maturação de colheita 
Estádios fenológicos da cultura da soja 
Performance 2002/03 
•Syngenta Programs 
 Vc V1 Vn R1 R2 R3 R4 R5 R6 R7 R8 
---------- Fase Vegetativa ---------- ---------------- Fase Reprodutiva ----------- 
OÍDIO 
FERRUGEM 
RHIZOCTONIA 
DFC 
ANTRACNOSE 
Timing 
de Proteção 
Critico 
Estádios Fenológicos e Doenças 
. Fase Descrição Estádio 
V 
E 
G 
E 
T 
A 
T 
I 
V 
A 
Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta os 
cotilédones ao nível do solo V1 
Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta as duas 
primárias (folhas simples – apresentam um único folíolo) 
completamente desenvolvidas) 
V2 
Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta a primeira 
folha composta (três folíolos) completamente desenvolvida V3 
Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta a terceira 
folha composta (três folíolos) completamente desenvolvida V4 
R 
E 
P 
R 
O 
D 
U 
T 
I 
V 
A 
Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo 
menos um botão floral R5 
Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo 
menos uma flor aberta R6 
Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo 
menos uma vagem R7 
Fase em que 50% das plantas da área semeada apresenta pelo 
menos uma vagem cheia R8 
Ponto de maturidade fisiológica R9 
Estádios Fenológicos da Cultura do Feijão 
Company Profile • June 2010 • Slide 87 
Estádios fenológicos da batata e ocorrência de doenças 
MANCHA 
ASFALTO REQUEIMA 
CANELA PRETA 
 PINTA PRETA 
PLANTIO FASE VEGETATIVA TUBERIZAÇÃO MATURAÇÃO COLHEITA 
Características Desejáveis na 
Avaliação de Doenças 
• Um dos erros mais comuns na avaliação de doenças é a 
tendência a superestimação ou subestimação da 
doença. 
• Essa tendência se mantém durante todo o processo de 
avaliação.Se o avaliador é treinado para distinguir o que é 
tecido sadio e qual é a proporção de um em relação ao outro, 
isso leva a uma avaliação mais acurada. 
• Outro problema que surge da ilusão proporcionada pela 
relação entre tamanho e número de lesão, pois folhas com 
muitas lesões de pequeno tamanho aparentam ter mais 
doença que aquelas com poucas lesões de tamanho maior. 
Doenças do milho 
Métodos de avaliação 
• Treinamento para avaliação 
D
o
e
n
ç
a
s
 d
o
 m
il
h
o
 
Prof.Marcelo Canteri - UEL 
02/05/11 
Doenças do milho 
Métodos de avaliação 
• Treinamento para avaliação 
D
o
e
n
ç
a
s
 d
o
 m
il
h
o
 
Company Profile • June 2010 • Slide 91 
14|09|11 
Métodos Diretos de Avaliação de Doenças 
• As estimativas da incidência e da severidade e as técnicas de 
sensoriamento remoto,são as mais utilizadas na quantificação 
de doenças. 
• Os métodos mais utilizados são : escalas descritivas, escalas 
diagramáticas,contagem de número e diâmetro de lesões, 
relação entre incidência-severidade,análise de imagens e 
sensoriamento remoto. 
• Os métodos de avaliação que utilizam análise de imagens e 
sensoriamento remoto ainda apresentam limitações, devido 
principalmente ao custo dos equipamentos que são 
utilizados,como câmeras digitais,scanners e radiômetro de 
múltiplo espectro. 
• Incidência - % de plantas doentes em uma amostra 
• Severidade - % da área ou volume de tecidos 
coberto por sintomas ou sinais (área foliar 
infectada) 
Avaliação de Doenças 
MÉTODOS DIRETOS 
• Em programas de melhoramento é comum o uso de escalas 
de notas que variam, por exemplo de 0 a 6; em que 0 indica 
ausência total de doença e 6 sua intensidade máxima, que 
muitas vezes representa a morte da planta. 
• Este tipo de escala é útil em teste de seleção de variedades 
resistentes, porém de pouco valor para estudos 
epidemiológicos. 
• Uma avaliação inadequada é aquela em que não existem 
valores quantitativos e sim qualitativos, como índices de 
doença classificados por valores qualitativos como leve, 
moderado e alto. 
Métodos Diretos de Avaliação de Doenças 
Métodos Diretos de Avaliação de Doenças 
 Quantificação da Incidência 
 
 - A incidência é avaliada pela porcentagem de plantas, frutos e 
ramos infectados. 
 
 - A incidência é de fácil utilização ,prática e rápida.Só não é tão 
precisa para avaliar doenças foliares, apesar do seu uso para 
tal fim. 
 
Métodos Diretos de Avaliação de Doenças 
 Quantificação da Severidade 
 
 - A severidade é determinada avaliando-se a porcentagem de área de 
tecido doente (sintomas e / ou sinais visíveis).É o parâmetro mais usado 
para a quantificação de doenças de plantas, porque expressa, com mais 
precisão, o dano real causado pelo patógeno. 
 
 - Para facilitar a avaliação da severidade de doenças, várias estratégias têm 
sido propostas, dentre as quais se destacam a utilização de escalas 
descritivas, de escalas diagramáticas e de imagens de vídeo por 
computador. 
Doenças do milho 
Mancha de Phaeosphaeria 
• avaliações em campo e em condições controladas 
• trocas gasosas - LI-6400 
• severidade quantificada com medidor de área foliar - LI-3000 
LI-6400 
D
o
e
n
ç
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 m
il
h
o
 
Doenças do milho 
Métodos de avaliação 
• Escalas para planta toda 
• Escalas terço médio da sétima folha 
• Treinamento para avaliação 
Planta toda 
Agroceres 
D
o
e
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ç
a
s
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 m
il
h
o
 
Company Profile • June 2010 • Slide 98 
• Escalas descritivas 
• Embora simples, são as mais utilizadas, principalmente para 
avaliar resistência de plantas a doenças.Consistem, 
essencialmente, em classificar a intensidade da doença. 
• Escalas descritivas utilizam chaves com certo número de graus 
para quantificar doenças. Cada grau da escala deve ser 
apropriadamente descrito ou definido. São numerosos os 
exemplos de utilização de escalas descritivas. 
• Algumas são bastante úteis e largamente empregadas, pois 
representam uma metodologia uniforme de coleta de dados. 
Métodos Diretos de Avaliação de Doenças 
FONTE: CIA, et al, 1982b 
Escala de Notas 
Nota 1 sem sintomas; 
Nota 2
planta com folhas do ponteiro apresentando manchas
necrosadas pequenas (manchas estreladas); 
Nota 3
planta com redução dos internódios no ponteiro, além das
manchas pequenas; 
Nota 4
planta com superbrotamento no ponteiro, além das
manchas, mas sem redução acentuada do porte; 
Nota 5
planta com superbrotamento, manchas e redução
acentuada do porte. 
RAMULOSE 
Nota 2 Nota 3 Nota 4 
Nota 5 
RAMULOSE 
Company Profile • June 2010 • Slide 101 
 
• Escalas diagramáticas são representações ilustradas de uma 
série de plantas ou parte de plantas com sintomas em 
diferentes níveis de severidade. 
 
 
 
 
• Essas escalas constituem-se na principal ferramenta de 
avaliação da severidade para muitas doenças. Embora 
algumas críticas tenham sido feitas com relação à rigidez 
dos níveis das escalas, seu uso tem sido bem sucedido. 
 
ESCALAS DIAGRAMÁTICAS 
06/02/2013 
NI = 0 NI = 1,0 NI = 2,0 
NI = 3,0 NI = 4,0 NI = 5,0 
ESCALA DIAGRAMÁTICA PARA AVALIAR A FERRUGEM 
DA SOJA (Phakopsora pachyrhizi) 
 ESCALA DESCRITIVANI:Nível de Infecção 
 
 % DE ÁREA FOLIAR INFECTADA (%AFI),NO FOLÍOLO OU TRIFÓLIO 
MAIS INFECTADO, NA PLANTA AMOSTRADA 
 
 NI = 0: AUSÊNCIA DE SINTOMA 
 NI = 1,0: ATÉ 10% AFI 
 NI = 2,0: DE 11% A 25% AFI 
 NI = 3,0: DE 26% A 50% AFI 
 NI = 4,0: DE 51% A 75% AFI 
 NI = 5,0: > 75% AFI 
 
Company Profile • June 2010 • Slide 104 
14|09|11 
 ESCALA DESCRITIVA 
 
 Nível de infecção – NI: 
 
 % DE ÁREA FOLIAR INFECTADA (%AFI), 
 NO FOLÍOLO OU TRIFÓLIO 
 MAIS INFECTADO, 
 NA PLANTA AMOSTRADA 
 
 NI = 0: AUSÊNCIA DE SINTOMA 
 NI = 1,0: ATÉ 10% AFI 
 NI = 2,0: DE 11% A 25% AFI 
 NI = 3,0: DE 26% A 50% AFI 
 NI = 4,0: DE 51% A 75% AFI 
 NI = 5,0: > 75% AFI 
 02/05/11 
Escala diagramática para avaliar a severidade 
da ferrugem asiática. 
Fonte: Godoy et al. 2003 
Escala de notas para avaliação da resistência à ferrugem do eucalipto (Eucalyptus 
sp.), com quatro classes de severidade: S0 =imunidade ou reação de 
hipersensibilidade do tipo “fleck” ou necrótico; S1 = pústulas < 0,8 mm de diâmetro; 
S2 = pústulas de 0,8 a 1,6 mm de diâmetro; e S3 = pústulas > 1,6 mm de diâmetro. 
Escalas diagramáticas para a Requeima(batata) 
 Pinta Preta (Alternaria solani ) e tomate 
Fonte : Azevedo,1998 – Manual de Quantificação de Doenças de Plantas 
Oídio das Cucurbitáceas Crestamento Gomoso 
Fonte : Azevedo,1998 – Manual de Quantificação de Doenças de Plantas 
ESCALAS DIAGRAMÁTICAS 
Doenças do milho 
Mancha Foliar 
D
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h
o
 
Doenças do milho 
Mancha de helminthosporium 
D
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 m
il
h
o
 
Company Profile • June 2010 • Slide 111 
Quantificação da Severidade 
• • Análise de imagens de vídeo por computador 
• A geração e análise de imagens de cores e formas diferentes, 
com determinação de sua área e perímetro, estão entre as 
operações facilmente realizadas por computadores. 
• Este sistema consiste na obtenção da imagem de uma 
amostra com câmera de vídeo, transferência desta imagem 
para microcomputador através de um conversor e análise da 
imagem gerada com avaliação das áreas sadia e doente. 
• Com tal tipo de sistema, podem ser obtidas estimativas não 
subjetivas da quantidade de doença, mesmo com amostras de 
folhas compostas de bordos recortados. 
Company Profile • June 2010 • Slide 112 
Quantificação da Severidade 
• • Sensoriamento remoto 
• Por sensoriamento remoto entende-se um conjunto de técnicas capaz de propiciar 
informações de um objeto sem que haja contato físico com este objeto. As 
propriedades radiantes de tecido de plantas sadias diferem daquelas de tecidos de 
plantas doentes. 
• Em geral, tecidos infectados apresentam menor reflectância na região do 
infravermelho (comprimento de onda maior que 0,7 µm) quando comparados com 
tecidos sadios. Assim a avaliação de doenças pode ser realizada com qualquer 
instrumento capaz de quantificar as diferenças de reflectância desta faixa do 
espectro. 
• As técnicas disponíveis para quantificação de doenças incluem fotografia aérea, 
onde podem ser utilizados diferentes combinações de filmes, filtros e câmeras, e 
radiômetros. 
• O uso de filmes coloridos infravermelhos tem fornecido o maior número de 
resultados promissores na avaliação de doenças por fotografia aérea, embora esta 
técnica tenha a desvantagem de não ser específica para doenças, uma que a 
reflectância do infravermelho pode ser afetada por outros fatores, como estresse 
hídrico e maturidade dos tecidos das plantas. 
Imagem mostra vigor vegetativo 
 de área tratada com Azoxistrobina Wisconsin - USA - 
AGO/1999 
Vigor Planta 
Saudável 
Doente 
AZOXISTROBINA 
Company Profile • June 2010 • Slide 114 
Métodos Indiretos de Avaliação de Doenças 
• A avaliação direta de doenças é difícil de ser realizada quando os sintomas 
observados na planta envolvem apenas redução de vigor, diminuição de produção 
ou enfezamento. Isto é muito comum nas doenças causadas por vírus e 
nematóides. A principal estratégia utilizada para quantificar este tipo de doença é 
a determinação da POPULAÇÃO DO PATÓGENO. 
• Com relação às viroses, existem muitos exemplos em que a presença do agente 
causal não está relacionada com a presença de sintomas visíveis. A avaliação deste 
tipo de doença é feita com técnicas de diagnose, como indexação do vírus em 
plantas indicadoras ou técnicas serológicas. Métodos sensíveis de serologia têm 
permitido, inclusive, a quantificação de partículas virais no hospedeiro, o que está 
de certa forma relacionado à severidade da doença. O teste imuno-enzimático 
conhecido por ELISA tem sido utilizado com este objetivo. 
• Para nematóides, a população patogênica é avaliada através de métodos 
específicos envolvendo amostragem de solo e raízes com posterior extração e 
contagem de indivíduos. Os dados obtidos desta forma servem tanto na 
orientação de medidas de controle quanto na estimativa de danos causados por 
estes organismos. 
Company Profile • June 2010 • Slide 115 
Programa DISTRAIN (Disease Trainning) 
 
-Treinamento de avaliadores 
- oito doenças foliares de cereais (ferrugens,oídio, 
-Septoriose,escaldadura,helminthosporiose, 
-mancha em rede. 
-Simulação de imagens 
Company Profile • June 2010 • Slide 116 
 Etapas na quantificação de doenças 
1- Amostragem de unidades doentes com sintomas e sinais 
(cova,planta,ramos,frutos,sementes, etc.) 
 
- Caminhada em W OU Z dentro da cultura 
- Parcelas experimentais ( marcar as plantas) 
- Plantas pequenas ( amostragem de toda a planta) 
- Plantas grandes (ramos marcados) 
 
2 – avaliação da severidade (escalas diagramáticas) 
 
3- Avaliação dos estádios fenológicos (crescimento das 
plantas) 
Classificação Epidemiológica de Doenças 
• A teoria da classificação epidemiológica de doenças, 
desenvolvida por Vanderplank em 1963 e utilizada até hoje, é 
baseada na analogia entre crescimento de capital (dinheiro) e 
crescimento de doença. 
• Dois tipos de crescimento de capital podem ser considerados: 
a juros simples e a juros compostos. Vejamos um exemplo na 
Tabela 2, no qual dispomos de um capital inicial (y0) de R$ 
100,00 e uma taxa de rendimento mensal de 10% (r = 0,1). 
Tabela 2. Demonstração de rendimentos por juros simples e 
compostos, considerando um capital (Y0) de R$ 100,00 e uma taxa de 
rendimento (dx) mensal de 10% (r = 0,1). 
Tempo - 
meses 
Juros Simples 
Y = yo + yo . r. t 
Juros Compostos 
Y = yo . exp r.t 
(t) Capital dx Capital dx 
(R$) (R$/ mês) (R$/(R$) mês) 
1 110 10 110 10 
2 120 10 122 12 
3 130 10 135 13 
... ... ... ... ... 
58 680 10 33.029 3.142 
59 690 10 36.503 3.474 
60 700 10 40.343 3.840 
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14|09|11 
Tabela 2. Demonstração de rendimentos por juros simples e 
compostos, considerando um capital (Y0) de R$ 100,00 e uma taxa de 
rendimento (dx) mensal de 10% (r = 0,1). 
Tempo - 
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Juros Simples 
Y = yo + yo . r. t 
Juros Compostos 
Y = yo . exp r.t 
(t) Capital dx Capital dx 
(R$) (R$/ mês) (R$/(R$) mês) 
1 110 10 110 10 
2 120 10 122 12 
3 130 10 135 13 
... ... ... ... ... 
58 680 10 33.029 3.142 
59 690 10 36.503 3.474 
60 700 10 40.343 3.840 
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• Numa abordagem epidemiológica, taxas de juros tornam-se taxas de infecção e 
capital torna-se doença, sendo caracterizados dois grupos: doenças de juros 
simples e doenças de juros compostos. 
 
• No caso de doenças de juros simples, também denominadas doenças monocíclicas, plantas 
infectadas durante o ciclo da cultura não servirão de fonte de inóculo para novas infecçõesdurante o mesmo ciclo. 
• É o caso típico da murcha-de-fusário do tomateiro, cujo agente causal (Fusarium oxysporum 
f.sp. lycopersici) . O aumento gradativo do número de plantas doentes durante o ciclo da 
cultura não é devido, primariamente, à movimentação do patógeno a partir de plantas 
doentes a novos sítios de infecção e, sim, ao inóculo original, no caso da doença citada 
anteriormente, devido a clamidosporos previamente existentes no solo. 
 
• No caso de doenças de juros compostos, também denominadas doenças policíclicas, plantas 
infectadas durante o ciclo da cultura servirão de fonte de inóculo para novas infecções 
durante o mesmo ciclo. 
• É o caso típico da requeima das folhas da batata, cujo agente causal (Phytophthora infestans 
), em condições favoráveis, pode produzir uma geração a cada 5 dias. Essa situação é análoga 
ao crescimento de capital a juros compostos, ou seja, plantas doentes rendem novas plantas 
doentes durante o ciclo da cultura. Para que isto ocorra, está implícita uma movimentação do 
patógenos a partir de plantas doentes em direção a novos sítios de infecção.

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