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CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá, Vamos iniciar a nossa aula com a resolução de uma questão muito importante e que derrubou muita gente no concurso do TRT de Goiás. Trata-se da figura do “gato” no meio rural. Observem, atentamente, as explicações da questão 1. Noções de Direito do Trabalho: Questão 35: Os “turmeiros” ou “gatos” que agenciam o trabalho do “bóia-fria” (A) não estabelecem com ele vínculo empregatício, não sendo equiparados a empregador. (B) estabelecem com ele vínculo empregatício em razão da subordinação jurídica existente. (C) estabelecem com ele vínculo empregatício em razão da subordinação econômica existente. (D) estabelecem com ele vínculo empregatício, sendo equiparados a empregador, na forma da Consolidação das Leis do Trabalho. (E) estabelecem com ele vínculo empregatício uma vez que suportam o risco do negócio em razão da capacidade econômico-financeira existente. Comentários: “Os chamados turmeiros ou gatos, que agenciam o trabalho do bóia-fria, não estabelecem com ele vínculo empregatício, sendo, portanto, inadmissível invocar o art. 4º da Lei 5.889/73, para equipará-los a empregador” (Alice Monteiro de Barros) Portanto, os gatos ou “turmeiros” são os agenciadores dos fazendeiros que, em nome destes, fazem a intermediação da mãodeobra entre o empregador rural e o bóia-fria. Este tipo de trabalhador não poderá ser considerado empregador, por isso não estabelecem com o bóia-fria vínculo de emprego. Técnico Judiciário TRT/GO 2008 CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 2 Questão 36: Após a edição da Constituição Federal de 1988, a contratação irregular de trabalhador, por meio de empresa interposta, (A) gera vínculo de emprego apenas com os órgãos da Adminis- tração Pública indireta ou fundacional. (B) gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional. (C) gera vínculo de emprego apenas com os órgãos da Administração Pública direta. (D) gera vínculo de emprego apenas com os órgãos da Administração Pública indireta. (E) não gera vínculo de emprego com os órgãos da Administração Pública direta, indireta ou fundacional. Comentários: De acordo com a Súmula 331 do TST que trata da terceirização, a contratação de irregular de trabalhador por empresa interposta não gerará vínculo de emprego com Órgãos da Administração pública direta, indireta ou fundacional (Súmula 331, II do TST) Súmula 331 do TST I - A contratação de trabalhadores por empresa interposta é ilegal, formando-se o vínculo diretamente com o tomador dos serviços, salvo no caso de trabalho temporário (Lei nº 6.019, de 03.01.1974). II - A contratação irregular de trabalhador, mediante empresa interposta, não gera vínculo de emprego com os órgãos da administração pública direta, indireta ou fundacional (art. 37, II, da CF/1988). III - Não forma vínculo de emprego com o tomador a contratação de serviços de vigilância (Lei nº 7.102, de 20.06.1983) e de conservação e limpeza, bem como a de serviços especializados ligados à atividade-meio do tomador, desde que inexistente a pessoalidade e a subordinação direta. IV - O inadimplemento das obrigações trabalhistas, por parte do empregador, implica a responsabilidade subsidiária do tomador dos serviços, quanto àquelas obrigações, inclusive quanto aos órgãos da administração direta, das autarquias, das fundações públicas, das empresas públicas e das sociedades de economia mista, desde que hajam participado da relação processual e constem também do título executivo judicial (art. 71 da Lei nº 8.666, de 21.06.1993). CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 3 Em relação a este tema é bom lembrar a Súmula 363 do TST! Súmula 363 do TST A contratação de servidor público, após a CF/1988, sem prévia aprovação em concurso público, encontra óbice no respectivo art. 37, II e § 2º, somente lhe conferindo direito ao pagamento da contraprestação pactuada, em relação ao número de horas trabalhadas, respeitado o valor da hora do salário mínimo, e dos valores referentes aos depósitos do FGTS. A Súmula 363 do TST estabelece as verbas que serão devidas quando reconhecida a nulidade de um contrato de trabalho com a Administração sem a prévia existência de um concurso público. São elas: os depósitos do FGTS e os salários referentes às horas trabalhadas. Questão 37: Mariana, Janaina e Dora são empregadas da empresa MAR, exercendo, ambas, a função de auxiliar administrativo. Ontem Mariana contrariou ordens gerais da empresa constantes no regulamento interno e fumou cigarros no ambiente de trabalho; Janaina contrariou ordem específica de seu superior hierárquico, deixando de elaborar os relatórios administrativos que lhe foram solicitados, e Dora utilizou o telefone da empresa para efetuar ligações para o “disque sexo”. Nestes casos, Mariana, Janaina e Dora praticaram, respectivamente, atos de (A) indisciplina, insubordinação e incontinência de conduta. (B) insubordinação, insubordinação e incontinência de conduta. (C) indisciplina, indisciplina e incontinência de conduta. (D) desídia, insubordinação e indisciplina. (E) desídia, indisciplina e incontinência de conduta. Comentários: Vamos relembrar as hipóteses de justa causa do empregado, elencadas no art. 482 da CLT! a) Improbidade: é a violação de dever moral por parte do empregado, abrange tudo o que é desonesto e que o empregado pratique; b) Incontinência de conduta ou mau procedimento: vida irregular, conduta incompatível com o cargo ocupado, desregramento de conduta sexual. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 4 c) Negociação habitual por conta própria ou alheia sem permissão do empregador e quando constituir ato de concorrência à empresa para a qual trabalha o empregado, ou for prejudicial ao serviço: É importante frisar que neste caso é imprescindível a existência conjunta de dois requisitos para que possa ser aplicada ao empregado a justa causa: a ausência de permissão do empregador e constituir concorrência para a empresa. Ressalta-se que caso a concorrência for prejudicial ao serviço ser concorrência com a empresa. d) Condenação criminal do empregado, passada em julgado, caso não tenha havido suspensão da execução da pena: É importante tomar cuidado com a necessidade de ocorrer o trânsito em julgado da sentença e de não ter ocorrido a suspensão da execução da pena, o que a doutrina chama de “sursis”. e) Desídia no desempenho das respectivas funções: Desídia seria uma síntese de faltas leves, como por exemplo, as modalidades de culpa como imprudência, negligência ou imperícia. f) Embriaguez habitual ou em serviço: Ressalta-se que a embriaguez em serviço basta ocorrer um a única vez, porém fora do serviço será preciso afetar o desempenho do empregado no trabalho, portanto terá que ser habitual. g) Violação de segredo da empresa: A doutrina questiona se é necessário haver o prejuízo para a empresa com a violação. Porém para uma prova objetiva basta considerar que a simples violação de segredo da empresa, por si só, já acarretaria a aplicação da penalidade de justa causa. h) ato de indisciplina ou de insubordinação: Indisciplina é o descumprimento de ordens genéricas, ou seja, dirigidas a todos os empregados. Insubordinação é o descumprimento de ordens específicas, dirigida diretamente a um empregado individualmente. Porém, o empregado não estaráobrigado a cumprir ordens ilegais, moralmente ilegítimas, que o diminuam ou o coloquem em grave risco. i) abandono de emprego: Configura-se com a existência dos seguintes requisitos: a) faltas reiteradas consecutivas; b) faltas injustas e não abonadas; c) “animus abandonandi”, ou seja, a intenção de abandonar. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 5 j) ato lesivo da honra ou da boa fama praticado no serviço, contra qualquer pessoa, ou ofensas físicas, nas mesmas condições, salvo em caso de legítima defesa, própria ou de outrem: Praticado contra as pessoas que freqüentam o estabelecimento, como os clientes, por exemplo. k) ato lesivo da honra e boa fama ou ofensas físicas praticadas contra o empregador e superiores hierárquicos, salvo em caso de legítima defesa própria ou de outrem: Praticado contra empregadores e prepostos. l) prática constante de jogos de azar: a prática reiterada de jogos de azar dará ensejo à aplicação da pena de justa causa ao obreiro. Pelo exposto, chegaremos à conclusão de que Mariana praticou a falta de indisciplina e Janaína praticou a falta de insubordinação. Ao passo que Dora praticou incontinência de conduta. Questão 38: No trabalho com produtos perecíveis que devem ser acondicionado sem refrigeradores e não podem ser interrompidos, sob pena da deterioração do produto, a empresa (A) só poderá prorrogar a jornada de trabalho do empregado com expressa autorização do Ministério Público do Trabalho, devendo remunerar o adicional devido. (B) poderá prorrogar a jornada de trabalho do empregado desde que conste em acordo individual, acordo ou convenção coletiva, devendo remunerar o adicional devido. (C) poderá prorrogar a jornada de trabalho do empregado desde que conste em acordo individual, acordo ou convenção coletiva, sendo dispensada a remuneração do adicional devido. (D) não poderá prorrogar a jornada de trabalho do empregado por expressa vedação legal em razão da natureza da atividade desenvolvida e da preservação da saúde do obreiro. (E) poderá prorrogar a jornada de trabalho do empregado independentemente de acordo individual, acordo ou convenção coletiva, devendo remunerar o adicional devido. Comentários: De acordo com o art. 61, parágrafo 1º da CLT, a prorrogação da jornada de trabalho em decorrência da realização de serviços cuja inexecução possa acarretar prejuízo, como é a hipótese do caso em tela, poderá ocorrer independentemente de acordo individual, convenção coletiva ou acordo coletivo. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 6 Neste caso, será devido o adicional de horas extraordinárias de no mínimo 50%. Portanto, está correta a letra E. Questão 39: Considere as assertivas abaixo a respeito do salário família: I. O salário família não é devido aos trabalhadores avulsos por não se enquadrarem na condição de empregados. II. O salário-família é devido por quotas de modo que o empregado receba tantas quotas quantas sejamos filhos, enteados ou tutelados. III. Para ter direito ao salário-família é necessário que o filho do empregado seja menor de 16 anos ou inválido de qualquer idade. IV. Na hipótese de marido e mulher serem empregados e possuírem mais de um contrato de trabalho, ser-lhes-ão devidas tantas quotas quantos forem os contratos. Está correto o que consta APENAS em (A) I e II. (B) II e IV. (C) I e III. (D) II, III e IV. (E) I e IV. Comentários: Letra B A assertiva I está incorreta porque o salário família é devido ao segurado empregado e ao trabalhador avulso. Ele não será devido ao empregado doméstico. A assertiva III está errada porque a idade limite para o recebimento do salário-família é para o filho de até 14 anos de idade e não de 16 anos. Questão 40: A empresa SOL necessita contratar empregado para a execução de serviço específico, ou seja, técnico especializado na implantação de equipamento altamente sofisticado. Nesse caso, a empresa (A) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo determinado, desde que pelo prazo máximo de dois anos, sendo vedada qualquer prorrogação contratual dentro deste período. (B) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo determinado, desde que pelo prazo máximo de um ano, permitida uma única prorrogação contratual dentro deste período. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 7 (C) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo determinado, desde que pelo prazo máximo de dois anos, permitida uma única prorrogação contratual dentro deste período. (D) poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo determinado, desde que pelo prazo máximo de um ano, permitida no máximo duas prorrogações contratuais dentro deste período. (E) não poderá elaborar um contrato individual de trabalho com prazo determinado por expressa vedação legal, caracterizando típica contratação de empregado por prazo indeterminado. Comentários: A regra é a de que os contratos sejam pactuados por prazo indeterminado, atendendo então ao princípio da continuidade da relação de emprego, somente por exceção será admitido o contrato de prazo determinado. Contratos de prazo determinado ou a termo são os contratos celebrados por tempo certo ou determinado ou pelo menos de previsão aproximada, como o contrato de safra. As partes já sabem o início e o término do contrato. O Contrato de prazo determinado não poderá ser estipulado por período superior a 2 anos (art. 445 da CLT). Art. 445 da CLT O contrato de trabalho por prazo determinado não poderá ser estipulado por mais de 2 (dois) anos, observada a regra do art. 451. Parágrafo único - O contrato de experiência não poderá exceder de 90 (noventa) dias Art. 451 da CLT O contrato de trabalho por prazo determinado que, tácita ou expressamente, for prorrogado mais de uma vez passará a vigorar sem determinação de prazo. Art. 443 da CLT O contrato individual de trabalho poderá ser acordado tácita ou expressamente, verbalmente ou por escrito e por prazo determinado ou indeterminado. § 1º - Considera-se como de prazo determinado o contrato de trabalho cuja vigência dependa de termo prefixado ou da execução de serviços especificados ou ainda da realização de certo acontecimento suscetível de previsão aproximada. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 8 § 2º - O contrato por prazo determinado só será válido em se tratando: a) de serviço cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo; b) de atividades empresariais de caráter transitório; c) de contrato de experiência. Por serviços cuja natureza ou transitoriedade justifique a predeterminação do prazo, devemos entender que a necessidade da mão-de-obra é transitória para a empresa. Tal fato ocorrerá quando houver excesso de demanda para substituição de pessoal ou para atender período transitório da atividade. Exemplificando: O empregado que será contratado para cobrir as férias ou a licença-médica de outro empregado. Por atividade empresarial de caráter transitório devemos entender a transitoriedade da atividade da empresa que de tempos em tempos ficará paralisada e não a atividade do empregado. Outro exemplo é o da assertiva, uma vez que a implantação de um equipamento de informática é um serviço transitório. Portanto está correta a letra C. Questão 41: Considere: I. Veículo fornecido ao empregado pelo serviço desenvolvido, utilizado inclusive nos fins de semanae período de férias, como economia salarial do laborista. II. Vestuários fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço. III. Educação, em estabelecimento de ensino de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula,mensalidade, anuidade, livros e material didático. IV. Assistência médica e hospitalar, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde. NÃO são considerados salário in natura as utilidades fornecidas pelo empregador indicadas APENAS em CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 9 (A) II e IV. (B) I e III. (C) I, II e III. (D) II, III e IV. (E) I e IV. Comentários: Letra D. O veículo será considerado salário utilidade porque a assertiva I fala que o empregado irá utilizá-lo, no final de semana. Relembrando: Não são consideradas como salário as seguintes parcelas: seguro de vida, previdência privada, assistência médica, hospitalar, odontológica, transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, educação em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, vestuário fornecido aos empregados e utilizado no local de trabalho. Art. 458 da CLT Além do pagamento em dinheiro,compreende-se no salário, para todos os efeitos legais, a alimentação, habitação, vestuário ou outras prestações in natura que a empresa, por força do contrato ou do costume, fornecer habitualmente ao empregado. Em caso algum será permitido o pagamento com bebidas alcoólicas ou drogas nocivas. § 2º - Para os efeitos previstos neste artigo, não serão consideradas como salário as seguintes utilidades concedidas pelo empregador: I - vestuários, equipamentos e outros acessórios fornecidos aos empregados e utilizados no local de trabalho, para a prestação do serviço; II - educação, em estabelecimento de ensino próprio ou de terceiros, compreendendo os valores relativos a matrícula, mensalidade, anuidade, livros e material didático; III - transporte destinado ao deslocamento para o trabalho e retorno, em percurso servido ou não por transporte público; IV - assistência médica, hospitalar e odontológica, prestada diretamente ou mediante seguro-saúde; V - seguros de vida e de acidentes pessoais; VI - previdência privada; CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 10 Questão 42: O aviso prévio (A) somente indenizado integrará o tempo de serviço do empregado. (B) somente trabalhado integrará o tempo de serviço do empregado. (C) trabalhado ou indenizado integrará sempre o tempo de serviço do empregado. (D) trabalhado ou indenizado integrará em determinadas hipóteses previamente previstas em lei o tempo de serviço do empregado. (E) não integrará, em qualquer hipótese, o tempo de serviço do empregado, por expressa determinação legal. Comentários: De acordo com a Súmula 305 do TST, podemos afirmar que o aviso prévio seja trabalhado ou indenizado, está sujeito à contribuição para o FGTS. Portanto, sobre o valor do aviso prévio o empregador de- verá depositar 8% na conta vinculada do trabalhador. Súmula 305 do TST O pagamento relativo ao período de aviso prévio, trabalhado ou não, está sujeito a contribuição para o FGTS. Noções de Direito Processual do Trabalho: Questão 43: Os Tribunais Regionais do Trabalho compõem-se de, no mínimo, sete juízes, recrutados, quando possível, na respectiva região, e nomeados pelo Presidente (A) do respectivo Tribunal Regional do Trabalho. (B) da República. (C) do Tribunal Superior do Trabalho. (D) do Supremo Tribunal Federal. (E) do Senado Federal. Comentários: Vamos relembrar a organização e composição dos Tribunais Regionais do Trabalho: ⇒ São órgãos de segundo grau de jurisdição. ⇒ Compõem-se de no mínimo 7 juízes (art.115, CRFB/88). ⇒ Nomeados pelo Presidente da República dentre brasileiros com mais de 30 e menos de 65 anos, sendo a escolha mediante lista sêxtupla das respectivas classes, que serão encaminhadas ao Tribunal que elaborará lista tríplice e encaminhará ao Presidente da República que em 20 dias escolherá um de seus integrantes para nomeação. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 11 ⇒ 1/5 dentre advogados com mais de dez anos de efetiva atividade profissional e membros do ministério Público do Trabalho com mais de dez anos de efetivo exercício. ⇒ Os demais mediante promoção de juízes do trabalho por antiguidade e merecimento, alternadamente. Questão 44: De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário (A) será distribuído de imediato ao Procurador do Trabalho designado, que terá o prazo de dez dias para encaminhá-lo ao relator, com a emissão de parecer escrito. (B) será distribuído de imediato ao relator designado, que deverá encaminhá-lo para o revisor no prazo máximo de 15 dias contados da distribuição. (C) terá parecer escrito do representante do Ministério Público, que deverá apresentá-lo no prazo máximo de dez dias contados do recebimento do processo. (D) será distribuído de imediato ao relator designado, que deverá liberá-lo para pauta de julgamento no máximo em 30 dias contados da distribuição. (E) terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Comentários: Letra E (art. 895, parágrafo 1º, IV da CLT). A seguir transcreverei para vocês um trecho do meu livro “Exame de Ordem/2ª fase”: Relembrando: “O procedimento sumaríssimo está regulamentado pelos artigos 852-A ao 852-I da CLT e abaixo, para fácil compreensão, vocês encontrarão um quadro esquemático, com as principais peculiaridades do Procedimento Sumaríssimo. As principais características principais do Procedi- mento sumaríssimo são: • Cada parte poderá apresentar no máximo duas testemunhas. • Apreciação do pedido em 15 dias no máximo. • Audiência una. • Proibida a citação por edital. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 12 • Dispensado o relatório da sentença que será proferida em audiência. • Procedimento sumaríssimo não se aplica aos ente públicos. • Parecer oral do Ministério Público do Trabalho nos recursos ordinários. Não poderá ser aplicado o procedimento sumaríssimo nas causas em que figuram os órgãos da administração direta, autárquica e fundacional. Aplica-se o procedimento sumaríssimo às empresas públicas e sociedades de economia mista. As ações submetidas ao procedimento sumaríssimo deverão ser apreciadas num prazo máximo de 15 dias do seu ajuizamento. O processo submetido ao procedimento sumaríssimo deverá ser instruído e julgado em audiência única, exceto se a critério do juiz for impossível não interromper a audiência quando a parte contrária tiver que manifestar-se sobre documentos juntados pela outra parte. O Procedimento sumaríssimo somente terá lugar nas ações trabalhistas individuais cujo valor da causa seja superior a dois salários e inferior a 40 salários mínimos. A prova pericial somente será cabível quando a prova do fato a exigir ou for legalmente imposta como por ex. o art. 195 CLT. Aplica-se o procedimento sumaríssimo somente aos dissídi- os individuais cujo valor não exceda a 40 vezes o salário-mínimo. Nas ações enquadradas no procedimento sumaríssimo o pedido deverá ser certo ou determinado indicando o valor correspondente, sendo liquido. Não se fará citação por edital nas ações submetidas ao procedimentosumaríssimo. O autor deverá indicar corretamente o nome e endereço do reclamado. Se não o fizer, o processo será extinto sem o julgamento do mérito e o autor será condenado ao pagamento das custas sobre o valor da causa. Todos os incidentes e exceções que puderem interferir no prosseguimento da audiências e do processo deverão ser decididos de plano. As demais questões serão decididas na sentença. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 13 Cada parte somente poderá apresentar duas testemunhas. Só haverá intimação de testemunhas que comprovadamente convidada pela parte não comparecer a audiência. O juiz é dispensado de fazer o relatório nas sentenças sujeitas ao procedimento sumaríssimo. Questão 45: Dentre integrantes do Ministério Público do Trabalho, com mais de trinta e cinco anos de idade e de cinco anos na carreira, o Procurador-Geral do Trabalho será nomeado pelo (A) Procurador-Geral da República, para um mandato de dois anos, permitida uma recondução. (B) Presidente da República, para um mandato de dois anos, per- mitida uma recondução. (C) Procurador-Geral da República, para um mandato de três anos, vedada a recondução. (D) Presidente da República, para um mandato de três anos, vedada a recondução. (E) Presidente do Supremo Tribunal Federal, para um mandato de três anos, permitida uma recondução. Comentários: O Procurador Geral do Trabalho será nomeado pelo Procurador Geral da República, dentre integrantes da Instituição, com mais de trinta e cinco anos de idade e de cinco anos de carreira, de acordo com que estabelece o art. 88 da Lei complementar 75/93. Relembrando: O Procurador Geral do Trabalho é o chefe do Ministério Público do Trabalho. O art. 128 da CF/88 divide o Ministério Público em dois segmentos: o Ministério Público da União e os Ministérios Públicos dos Estados. O Ministério Público da União (MPU) divide-se em 4 ramos: ¾ Ministério Público Federal; ¾ Ministério Público do Trabalho; ¾ Ministério Público Militar; ¾ Ministério Público do Distrito Federal e Territórios. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 14 São Órgãos do Ministério Público do Trabalho: ⇒ Procurador-Geral do Trabalho; ⇒ Colégio de Procuradores do Trabalho; ⇒ Conselho Superior do Ministério Público do Trabalho; ⇒ Câmara de Coordenação e Revisão do Ministério Público do Trabalho; ⇒ Corregedoria do Ministério Público do Trabalho; ⇒ Subprocuradores-Gerais do trabalho; ⇒ Os Procuradores Regionais do Trabalho. ⇒ Os Procuradores do Trabalho Questão 46: Anulada Questão 47: A empresa W foi intimada de decisão de magistrado na execução de sentença proferida na reclamação trabalhista promovida por José, seu ex-empregado. Neste caso, a empresa W terá (A) dez dias para interpor Agravo de Instrumento, sendo que os prazos processuais contam-se com inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento. (B) oito dias para interpor Agravo de Petição, sendo que os prazos processuais contam-se com inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento. (C) oito dias para interpor Recurso Ordinário, sendo que os prazos processuais contam-se com inclusão do dia do começo e exclusão do dia do vencimento. (D) dez dias para interpor Agravo de Instrumento, sendo que os prazos processuais contam-se com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. (E) oito dias para interpor Agravo de Petição, sendo que os prazos processuais contam-se, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do vencimento. Comentários: Letra E (art. 775 c/c 895 da CLT) O prazo para a interposição do recurso ordinário é de 8 dias contados da data da intimação da sentença. A contagem do prazo, de acordo com o art. 775 da CLT é feita com a exclusão do dia do começo e a inclusão do dia do vencimento. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 15 Questão 48: Marta ingressou com reclamação trabalhista em face da empresa G, fornecendo à causa o valor de R$ 30.000,00. Em audiência, as partes se compuseram amigavelmente e a empresa G se obrigou a efetuar o pagamento de R$ 15.000,00 à vista para Marta. Neste caso, de acordo coma Consolidação das Leis do Trabalho, considerando que a totalidade do acordo refere-se a verbas com natureza salariais, as custas processuais incidirão à base de 2% sobre (A) R$ 15.000,00, sendo que, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes. (B) R$ 15.000,00, sendo que, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá à empresa reclamada. (C) R$ 15.000,00, sendo que, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá à empregada reclamante. (D) R$ 30.000,00, sendo que, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes. (E) R$ 30.000,00, sendo que, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá à empresa reclamada. Comentários: As custas processuais incidirão à base de 2% e serão calculadas, na forma disposta no art. 789 da CLT: ¾ Quando houver acordo ou condenação, sobre o respectivo valor; ¾ Quando houver extinção do processo, sem julgamento do mérito, ou julgado totalmente improcedente o pedido, sobre o valor da causa; ¾ No caso de procedência do pedido formulado em ação declaratória e em ação constitutiva, sobre o valor da causa; ¾ Quando o valor for indeterminado, sobre o que o juiz fixar. Em caso de acordo, as custas serão pro rata, ou seja, rateadas em partes iguais,caso não seja convencionado outra coisa pelas partes, porém o juiz poderá dispensar o empregado do pagamento de custas. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 16 Art. 789 da CLT § 3º - Sempre que houver acordo, se de outra forma não for convencionado, o pagamento das custas caberá em partes iguais aos litigantes. Questão 49: De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, em regra, da decisão interlocutória proferida por magistrado em exceção de suspeição (A) caberá recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho competente no prazo de oito dias. (B) não caberá recurso, cabendo exame apenas no recurso que couber da decisão final. (C) caberá recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho no prazo de oito dias. (D) caberá agravo de instrumento para o Tribunal Regional do Trabalho competente no prazo de dez dias. (E) caberá recurso ordinário para o Tribunal Regional do Trabalho competente no prazo de dez dias. Comentários: A assertiva abordou a literalidade da CLT, não se referindo às exceções da Súmula 214 do TST. Perceberam como a banca indicou o entendimento que estava querendo? Relembrando: No Processo do Trabalho as decisões interlocutórias não serão recorríveis de imediato, conforme estabelece o art. 893 § 1º da CLT, que somente permite apreciação das mesmas no recurso da decisão definitiva, geralmente no recurso ordinário. Decisão Interlocutória é o ato pelo qual o juiz no curso do processo resolve questão incidente. Art. 893 da CLT Das decisões são admissíveis os seguintes recursos: I - embargos; II - recurso ordinário; III- recurso de revista; IV- agravo. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 17 § 1º - Os incidentes do processo são resolvidos pelo próprio Juízo ou Tribunal, admitindo-se a apreciação do merecimentodas decisões interlocutórias somente em recursos da decisão definitiva. A Súmula 214 do TST traz hipóteses de exceção ao princípio da irrecorribilidade das decisões interlocutórias, quando o TRT proferir decisão interlocutória contrária a alguma Súmula e OJ do TST a parte poderá recorrer desta decisão. Quando a decisão interlocutória for passível de recurso para o mesmo Tribunal a parte prejudicada poderá recorrer desta decisão e quando for acolhida exceção de incompetência territorial relativa (estudaremos na aula sobre exceção, contestação e reconvenção) com remessa do processo para outro TRT a parte poderá recorrer da decisão interlocutória. Neste sentido a Súmula 214 do TST! Súmula 214 do TST Na Justiça do Trabalho, nos termos do art. 893, § 1º, da CLT, as decisões interlocutórias não ensejam recurso imediato, salvo nas hipóteses de decisão: a) de Tribunal Regional do Trabalho contrária à Súmula ou Orientação Jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho; b) suscetível de impugnação mediante recurso para o mesmo Tribunal; c) que acolhe exceção de incompetência territorial, com a remessa dos autos para Tribunal Regional distinto daquele a que se vincula o juízo excepcionado, consoante o disposto no art. 799, § 2º, da CLT. Questão 50: Considere as assertivas abaixo a respeito do procedimento sumaríssimo no processo do trabalho: I. Os dissídios individuais, cujo valor não exceda a sessenta vezes o salário mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação, ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. II. Todas as provas serão produzidas na audiência de instrução e julgamento, ainda que não requeridas previamente. III. Sobre os documentos apresentados por uma das partes manifestar-se-á imediatamente a parte contrária, com a interrupção obrigatória da audiência por no máximo dez minutos. IV. Nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo não se fará citação por edital, incumbindo ao autor a correta indicação do nome e endereço do reclamado. CURSO ON-LINE – DIREITO DO TRABALHO EM EXERCÍCIOS - FCC PROFESSORA: DÉBORAH PAIVA www.pontodosconcursos.com.br 18 De acordo com a Consolidação das Leis do Trabalho, é correto o que consta APENAS em (A) I, II e IV. (B) I e III. (C) II e IV. (D) III e IV. (E) I e II. Comentários: Letra C. O erro da assertiva I é o valor de 60 vezes o salário mínimo, porque a CLT, em seu art. 852-A, fala em 40 vezes o salário-mínimo. O erro da assertiva III é que o art. 852-H da CLT fala “sem interrupção da audiência” e a assertiva fala com a interrupção obrigatória da audiência. ............................................................................................................... Gabarito: 35. A 40. C 45. A 36. E 41. D 47. E 37. A 42. C 48. A 38. E 43. B 49. B 39. B 44. E 50. C Obs. A questão 46 foi anulada. ............................................................................................................... Bem a nossa aula chegou ao final! Até a próxima aula, Bons estudos, Abraços, Déborah Paiva
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