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DOENÇAS EXANTEMÁTICAS

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Ped -> 09/03 
ASPECTOS GERAIS 
• Doença infecciosa sistêmica com manifestações cutâneas 
• Dificuldade no diagnóstico 
• Diferenciar de doenças não infecciosas com manifestações cutâneas 
 
SITUAÇÕES DE RISCO 
• Gestantes suscetíveis expostas a doença exantemática (rubéola, 
parvovírus, varicela, sarampo, CMV, vírus Epstein-Barr) -> infecção e 
doença grave no concepto 
• Pacientes imunossuprimidos: disseminação e formas graves 
• Doenças exantemáticas em populações que convivem em ambiente 
fechado (creches, escolas, enfermarias pediátricas) -> disseminação 
rápida da doença 
• Doenças de notificação compulsória: sampo, meningococcemia, febre 
purpúrica brasileira, leptospirose, dengue e febre tifóide 
FISIOPATOLOGIA 
 
• Ação direta do agente na pele 
• Liberação de seus produtos tóxicos 
• Combinação dos dois mecanismos 
• Indução de respostas imunológicas e/ou inflamatórias 
 Pele 
• Vaso dilatação 
• Vasoclusão 
• Vasculite 
• Extravasamento de hemácias e leucócitos 
• Edema 
• Necrose local 
CLASSIFICAÇÃO DOS EXANTEMAS 
• Maculopapulares 
o Morbiliformes 
▪ Pequenas maculopapulares eritematosas (3-10mm) 
avermelhadas, com pele sã de permeio, podendo 
confluir 
o Rubeoliforme 
▪ Exantema semelhante ao morbiliforme, porém de 
coloração rósea, com pápulas pouco menores 
o Escarlatiniformes 
▪ Eritema difuso, micropapular, vermelho vivo, sem 
solução de continuidade, poupando a região perioral 
e áspero (sensação de lixa) 
o Urticariforme 
▪ Erupção pápulo-eritematosa de contornos 
irregulares 
▪ Comum em reação medicamentosa 
• Papulovesiculares 
o Presença de pápula e lesões elementares de conteúdo líquido 
(vesículas) 
o Localizado: herpes simples e zoster 
o Generalizado: impetigo, molusco contagioso (poxvírus), eritema 
tóxico do RN (vesicular), síndrome mão-pé-boca (coxsackie) 
▪ Varicela, varíola, impetigo, estrófulo, dermatite 
herpetiforme, molusco contagioso, brucelose, 
tuberculose, enterovirose, candidíase sistêmica 
• Petequial ou purpúrico 
o Resulta de alterações vasculares com ou sem distúrbio de 
plaquetas e de coagulação 
• Nodular ou ulcerativo 
o Infecções bacterianas 
▪ Hanseníase 
▪ Tuberculose cutânea 
o Clamídia (psitacose) 
o Infecções fúngicas 
▪ Candidíase sistêmica 
▪ Histoplasmose 
▪ Esporotricose 
DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL 
• Importância da história e anamnese 
o Idade? 
o Quando e como iniciaram as lesões de pele? 
o Lesões de pele aconteceram associadas a outros sinais e 
sintomas? 
o Lesões de pele pioraram com algum fator associado? 
o Criança recebia alguma medicação antes do início das lesões 
de pele? 
o Esquema vacinal está completo? 
o Alguma vacina foi aplicada recentemente? 
o Viajou recentemente ou teve contato com alguma pessoa que 
teve lesão similar? 
• Faixa etária 
Adultos e adolescentes Pré-escolar 
e escolar 
Pré-escolar Lactente 
Mononucleose infecciosa 
Sífilis secundária 
Micoplasma pneumoniae 
Leptospirose 
Sarampo modificado e/ou 
atípico 
Rubéola 
Sampo 
clássico 
Escarlatina 
Febre 
maculosa 
Síndrome de 
Kawasaki 
Enteroviroses 
Exantema 
súbito 
• Manifestações prodrômicas 
o Manifestações catarrais (rinorreia, tosse e conjuntivite) e 
febre, quatro dias antes do exantema 
▪ Sarampo 
o Irritabilidade, temperatura elevada por três a quatro dias 
seguida de queda em lise antes do aparecimento do rash 
▪ Exantema súbito 
o Manifestações respiratórias leves com adenomegalia 
retroauricular e suboccipital 
▪ Rubéola 
o Febre elevada acompanhada de vômitos e irritabilidade, seguida 
de exantema petequial ou purpúrico 
▪ Meningococcemia 
• Uso de medicamentos 
o Reação de hipersensibilidade manifestando erupções 
exantemáticas -> brometos, iodetos, barbitúricos, 
hidantoinatos e antimicrobianos 
o Reações cutâneas como um exantema morbiliforme ou maculo 
papuloso 
• Antecedente imunitários 
o Doenças exantemáticas, preveníveis por vacina -> sarampo, 
rubéola, varicela 
o Podem ser afastadas do diagnóstico diferencial quando 
paciente já apresentou a doença ou está adequadamente 
imunizado 
• Procedência e fontes de contágio 
o Regiões endêmicas para certas doenças ou detém seu vetor 
transmissor 
▪ Dengue, Chikungunya, Zika 
o Situações ambientais ou climáticas com chuvas e enchentes 
▪ Leptospirose 
o Viagens recentes, contato com animais e hábitos rurais 
▪ Sarampo, rubéola, meningococcemia 
o Investigação de contato prévio domiciliar, creche ou escola 
com pacientes portadores de doenças transmissíveis 
▪ Sarampo, rubéola, meningococcemia 
o Exposição à doença sexualmente transmissíveis com 
manifestações cutâneas na fase aguda 
▪ Infecção primária pelo HIV, ou tardia, sífilis 
secundária 
• Situações epidemiológicas 
o Exantemas do sarampo e rubéola* 
o Casos de febre de exantema, para detecção precoce, 
notificação oportuna e resposta rápida frente à suspeita de 
sarampo, assegurando a interrupção da circulação do vírus 
• Importância do exame físico 
o Paciente totalmente despido, de preferência sob luz natural 
o Análise minuciosa dos aspectos morfológicos, topográficos e 
evolutivos do exantema, bem como sinais diagnósticos ou 
patognomônicos 
o Estado geral 
▪ Prostração, febre elevada e comprometimento do 
estado geral e exantema maculo papular 
• Sarampo 
▪ Bom estado geral e exantema maculo papular 
• Rubéola e exantema súbito 
▪ Presença de toxemia, choque e exantema 
petequial 
• Septicemia bacteriana 
(meningococcemia, febre maculosa, 
estafilococcias e estreptococcias) 
o Associação com adenomegalia e/ou hepatoesplenomegalia 
▪ Sífilis, rubéola, CMV, mononucleose, toxoplasmose, 
infecção aguda pelo HIV, síndrome de Kawasaki 
o Presença atual ou pregressa de conjuntivite associada com 
exantema maculo papular 
▪ Sarampo, síndrome de Kawasaki, leptospirose e 
febre purpúrica brasileira 
o Presença de Faringoamigdalite membranosa 
▪ Mononucleose ou escarlatina 
o Sinais inflamatórias articulares 
▪ Rubéola, dengue, Chikungunya, síndrome de 
Kawasaki e meningococcemia 
o Descamação lamelar de pele 
▪ Escarlatina, síndrome de Kawasaki, síndrome do 
choque tóxico estafilocócico 
o Exantema petequial ou purpúrico associada a sopro cardíaco 
▪ Endocardite bacterina 
o Sinais e sintomas de comprometimento neurológico 
▪ Vírus herpes simples 2, enterovírus (coxsackie e 
echovírus, N. meningitidis, L. monocytogenes, H. 
influenzae, Toxoplasma gondii e Leptospira sp 
o Sinais e sintomas de comprometimento pulmonar 
▪ Adenovírus, vírus herpes simples 1, varicela-
zoster, EBV, sarampo, C. psittaci. M. pneumoniae, 
N. meningitidis, M. tuberculosis, C. immitis, H. 
capsulatum, C. neoformans 
o Envolvimento cardiovascular 
▪ Síndrome de Kawasaki e endocardite bacteriana 
• Sinais característicos e/ou patognomônicos 
o Manchas de Koplik: sarampo 
o Sinais de Filatov, Pastia e língua em framboesa: escarlatina 
o Face esbofeteada: eritema infeccioso 
o Língua em framboesa, fissuras labiais, edema e descamação 
das mãos: síndrome de Kawasaki 
o Adenomegalia: síndrome de Kawasaki 
• Exames laboratoriais 
Sarampo Pesquisa de IgM específica e reação em 
cadeia da polimerase (PCR) 
Rubéola Pesquisa de IgM, elevação de IgG e PCR 
Roséola 
infantum/exantema 
súbito 
Sorologia e PCR 
Exantema infeccioso Sorologia e PCR 
Varicela Microscopia eletrônica, sorologia e PCR 
para casos atípicos 
Coxsackie, síndrome 
mão-pé-boca 
Cultura de células para pesquisa de vírus 
nas fezes, secreção de orofaringe e 
líquor; sorologia na fase 
aguda/convalescente 
Dengue Detecção do vírus por PCR e de 
antígeno viral NS1 e sorologia 
Zika Sorologia e PCR 
Chikungunya Sorologia e PCR 
Escarlatina Teste rápido para pesquisa de antígeno 
do estreptococo beta-hemolítico do 
grupo A em orofaringe e cultura de 
orofaringe 
Meningococcemia Bacterioscopia, cultura e látex do líquor 
Febre maculosa Hemocultura, sorologia, sendo a 2ª 
amostra colhida de 14-21 dias após 
primeirae PCR 
Síndrome de Kawasaki Não há marcador laboratorial específico 
• Exantema maculopapular morbiliforme crânio caudal 
• Viral respiratória e sistêmica grave 
• Clínica: febre alta, tosse, rinorreia, hiperemia conjuntival, exantema 
morbiliforme, manchas de Koplik 
• Evolução 
o Período de incubação: 10-12 
o Fase catarral: 3-5 dias, febre, tosse produtiva, coriza, 
conjuntivite, manchas de Koplik, fáceis “sarapenta” 
o Fase exantemática: 2-4 dias, início na região retroauricular, se 
espalhando pela face, pescoço, MMSS, tronco e MMII 
▪ Após 4º dia o exantema começa a diminuir com 
aparecimento de descamação fina 
• Diagnóstico 
o Clínico, confirmado por sorologia 
o Notificação compulsória 
• Tratamento 
o Sintomáticos 
o ATB caso tenha coinfecção bacteriana 
• Profilaxia 
o Vacina ou imunoglobulina humana (<6meses) 
• Complicações 
o Otite média aguda, pneumonia, miocardite, encefalite aguda, 
panencefalite esclerosante subaguda 
• Exantema maculopapular rubeoliforme crânio caudal 
• Doença viral benigna em crianças, mas está relacionada a abortos, 
natimortos e más-formações congênitas 
• Clínica: tríade (febre baixa, exantema, adenomegalia), esplenomegalia, 
enantema petequial em palato mole, leucopenia e artralgia 
• Evolução 
o Período de incubação: 14-21 dias 
o Fase prodrômica: febre baixa, dor de garganta, coriza leve, 
linfadenopatia retroauricular, cervical e occipital 
o Fase exantemática: 4-5 dias, face e tronco no 1º dia, 
exantema não descamativo 
• Diagnóstico: clínico, confirmado por sorologia, notificação compulsória 
• Tratamento: sintomático, imunoglobulinas em casos de trombocitopenia 
grave 
• Profilaxia: vacina 
• Complicações: trombocitopenia, artrite e encefalite (raro), rubéola 
congênita (surdez, cardiopatia, catarata e microcefalia) 
 
 
 
• Exantema maculopapular 
• Doença viral benigna, autolimitada 
• Faixa etária: 6 meses e 3 anos (95%) 
• Clínica: febre alta com aparecimento do exantema pós término da febre 
• Evolução 
o Período de incubação: 10-15 dias 
o Período prodrômico: sinais de IVAS, rinorreia, faringite, 
eritema conjuntival, febre alta por 3-5 dias, irritabilidade 
o Fase exantemática: aparecimento súbito após o término da 
febre, dura em média 1-2 dias; tronco -> pescoço e face -> 
MMSS 
• Diagnostico: clínico, hemograma de padrão viral 
• Tratamento: sintomático 
• Complicações: convulsão febril 
• Doença benigna autolimitada 
• Faixa etária: 5-10 anos 
• Clínica: fácies esbofeteada ou eritema em asa de borboleta, aspecto 
rendilhado 
• Evolução 
o Período de incubação: 5-10 dias 
o Fase exantemática 
▪ 1ª fase/fase esbofeteada: febre baixa, cefaleia, 
sintomas de IVAS, linfadenopatia e mal-estar, 
eritema em bochechas e palidez perioral 
▪ 2ª fase: 15-17 dias após infecção, disseminação do 
eritema para extremidades proximais e 
superfícies extensoras, palidez central das 
máculas (rendilhado), sem descamação 
▪ 3ª fase: recidiva do exantema de 1-3 semanas, 
desencadeado por exposição solar, calor, stress, 
traumatismo, exercício 
• Diagnóstico: clínico, não há exame laboratorial específico 
• Tratamento: sintomático 
• Complicações: artralgia e artrite, púrpura trombocitopênica, meningite 
asséptica 
• Exantema maculopapular escarlatiniforme 
• Exantema puntiforme e áspero -> aspecto de lixa 
• Faixa etária: > 2anos 
• Clínica: febre, amigdalite, odinofagia, cefaleia, hiporexia, sinal de Filatov e 
Pastia, língua em framboesa, descamação em placas 
• Evolução 
o Período de incubação: 2-4 dias 
o Período prodrômico: 1-2 dias com febre alta e contínua, 
linfadenopatia e enantema palatal 
o Período exantemático: até 1 semana de duração, exantema 
pruriginoso e áspero, com sinal Filatov (palidez perioral) e 
Pastia (exacerbação do exantema nas regiões de dobras), 
língua em framboesa entre 3º e 4º dia; após 1 semana, 
descamação lamelar 
• Diagnóstico: clínico e laboratorial (swab de orofaringe – padrão ouro; 
ASLO+; leucocitose com desvio a esquerda) 
• Tratamento: penicilina ou amoxicilina 
• Complicações: abscesso retro faríngeo, periamigdaliano, otite, sinusite, 
febre reumática, GNDA 
• Doença exantemática pápulo-vesicular 
• Altamente contagiosa e muito prevalente em nosso meio, antes da 
introdução da vacina 
• Faixa etária: pré-escolares, escolares e adultos suscetíveis 
• Transmissão por gotículas respiratórias em aerossol e contato direto 
• Etiologia: vírus varicela-zoster 
o 1ª infecção: varicela 
o 2ª infecção: herpes-zoster 
• Clínica: febre e exantema máculo-pápulo-vésico-pústulo-crostoso 
• Evolução 
o Período de incubação: 10-21 dias 
o Fase prodrômica: febre moderada por 1-2 dias, anorexia, mal-
estar, cefaleia, dor abdominal 
o Fase exantemática: 48h após a fase prodrômica, aprecem 
lesões polimórficas de irradiação centrípeta e predomínio em 
tronco, com prurido 
• Diagnóstico: clínico, sorologia específica para VZV (gpElisa e FAMA), 
hemograma com leucopenia inicialmente e linfocitose posteriormente 
• Tratamento: sintomático e alívio do prurido (loção de calamina), aciclovir 
(imunocomprometidos) 
• Profilaxia: vacina e imunoglobulina 
• Complicações: cutâneas, neurológicas (meningoencefalite, ataxia cerebelar, 
mielite transversa e neuropatia periférica), pulmonares (pneumonia viral), 
evolução para necrose de pele 
• Transmissão: fecal-oral 
• Faixa etária: latente e pré-escolar 
• Clínica: enantema e aftas em região oral, com odinofagia, febre baixa e 
irritabilidade 
• Evolução 
o Febre 3-5 dias com dor de garganta e perda de apetite 
o Rush cutâneo pápulo-vesicular acometendo mão, pés, nádegas 
e boca 
o Duração de 2-4 semanas 
• Diagnóstico: clínico 
• Tratamento: sintomático

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