Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
DoençasDoenças ExantemáticasExantemáticas São doenças infecciosas sistêmicas nas quais a erupção cutânea é a característica dominante. Podem ser virais, bacterianas, alérgicas, enfim, por várias causas. A primeira coisa a saber nas doenças exantemáticas é diferencias os tipos de lesão de pele. Fernanda Jorge Martins CONCEITO CLASSIFICAÇÃO DOS EXANTEMAS Exantema maculopapular morbiliforme: Pequenas maculos-pápulas eritematosas, avermelhadas, permeadas por pele sã, podendo confluir (os pontinhos se juntam, gerando lesões maiores). As máculas são manchas planas na pele e as pápulas são um pouco mais elevadas. As manchas somem à digito pressão. As lesões são de 3-10 cm. Exantema maculopapular urticariforme: Erupção papulo-eritematosa de contornos irregulares, mais frequentes em reações medicamentosas, alergias alimentares (urticária). São placas mais elevadas, grandes, ficam quentes. Exantema papulovesicular: Presença de pápulas e lesões elementares de conteúdo líquido (vesícula). A pápula é uma bolinha elevada. Exantema petequial ou purpúrico: Alterações vasculares com ou sem distúrbios de coagulação. São caracterizados por petéquias, caracterizadas por pontinhos vermelhinhos (ex: prova do laço). Petéquias não somem a digito pressão. Fase catarral: 3-5 dias, febre, tosse produtiva, coriza, conjuntivite, manchas de Koplik, fáceis sarapenta; Fase exantemática: 2-4 dias, ínicio na região retroauricular, se espalhando pela face, pescoço, MMSSS, tronco e MMII. Febre concordante; Após 4º dia: exantema vai diminuindo com aparecimento de descamação fina; Transmissibilidade: 4 a 6 dias ANTES do exantema. Sintomáticos; Antibiótico caso infecção bacteriana; ADM de vitamina A (pacientes de 6m a 2 anos), hospitalizados com complicações do sarampo e maiores de 6m imunodeprimidos. VACINA (até 72h após o contato! Se não sabe se tomou, toma de novo) OU Imunoglobulina Humana (imunodeprimidos). Otite média aguda; Pneumonia; Miocardite; Encefalite aguda (é necrosante no sarampo, acontece depois do diagnóstico); Panencefalite necrosane subaguda. Agente Etiológico: Morbilivirus; Transmissão: Aerossóis; Tempo de incubação: 10 a 12 dias; Clínica e evolução: Diagnóstico: Clínico, confirmado com sorologia (IgM, IgG). Notificação compulsória (mesmo sem a sorologia tem que notificar) Tratamento: Profilaxia: Complicações: SARAMPO ESCARLATINA Fase Prodrômica: 1-2 dias com febre alta e contínua, com linfadenopatia e enantema palatal; Fase Exantemática: até 1 semana de duração. 1-2 dias após a febre. Exantema pruriginoso e áspero, com sinal de Pastia (exacerbação do exantema nas dobras) e Filatov (palidez peri-oral). Língua em framboesa entre 3º e 4º dia. Em semanas inicia uma descamação lamelar. Na suspeita: faz ATB; Abscesso retrofaríngeo; Periamigdaliano; Otite; Sinusite; Febre reumática; GNDA. Agente Etiológico: Streptococcus pyogenes – B hemolítico grupo A; Epidemiologia: Frequentemente associada à faringite estreptocócica. A transmissão se dá desde o período prodrômico até 24 a 48 horas do início da terapêutica; Período de incubação: 2-4 dias; Clínica e evolução: Diagnóstico: Clínico, Swba de orofaringe (padrão ouro), ASLO +, leucocitose com desvio a esquerda Diagnóstico Diferencial: Doença de Calazar. Tratamento: - Penincilina Benzatina em dose única 600.00 UI até 25kg ou 1.200.000 UI maior que 25kg; - Amoxicilina VO. Profilaxia: Evitar contato com pessoas infectadas. Complicações: RUBÉOLA Fase Prodrômica: febre baixa, dor de garganta, coriza leve, linfadenopatia retroauricular, cervical e occipital, enantema palatal (vários pontinhos no palato); Fase Exantemática: 4-5 dias. Evolução crânio-caudal. Face e tronco no 1º dia. Exantema não descamativo; Em crianças raramente ocorre poliartralgia; TRÍADE CLÁSSICA: febre baixa, exantema e adenomegalia (linfonodos palpáveis). Sintomático; Imunoglobulinas em casos de trombocitopenia grave; Suspeita de rubéola congênita: ecocardiograma, estudo de audição, deslocamento de retina e TC de crânio. Agente Etiológico: Rubivírus; Transmissão: Por gotículas respiratórias no ar (tosse ou espirro); por saliva; Período de incubação: de 14 a 21 dias. Cínica e evolução: Diagnóstico: Clínico, confirmado por sorologia ou PCR em lactentes infestados por via congênita. Notificação compulsória. Tratamento: Profilaxia: VACINA (tríplice viral). Síndrome da rubéola congênita: alterações oftamologicas (catarata), alterações cardíacas (estenose de artéria pulmonar e persistência do canal arterial); Alterações auditivas; Alterações neurológicas. Complicações: ERITEMA INFECCIOSO Fase exantemática: Sintomáticos 1ªe 2ª fase; Não existe tratamento especifico e não existe vacina; 3º fase: não trata, só orienta. Artralgia e artrite; Púrpura trombocitopênica; Meningite asséptica; Aplasia medular (acontece priciplamnete em crianças que já tem doença prévia). Agente etiológico: Parvovírus B19 (principalmente na Amazônia); Período de incubação: 5-10 dias; Clínica e evolução: 1ª fase: febre baixa, cefaleia, sintomas de IVAS, linfadenopatia e mal estar. Eritema em bochechas e palidez peri-oral (face esbofeteada). 2ª fase: 15-17 dias após a infecção. Disseminação do eritema para extremidades proximais e superfícies extensoras. Palidez central das maculas – rendilhado. Sem descamação. 3ª fase recidiva ao exantema de 1-3 semanas, desencadeado por exposição solar, calor, stress, traumatismo, exercício. Diagnóstico: Clínico, não faz sorologia e hemograma vem inespecífico. Tratamento: Complicações: VARICELA Fase prodrômica: febre moderada por 1-2 dias, anorexia, mal-estar, cefaleia, dor abdominal; Fase exantemática: 48h após a fase prodrômica. Lesões polimórficas de irradiação centrípeta e predomínio em tronco. Lesões pruriginosas (aí vale a pena o anti-histaminico); Antiviral (Aciclovir): considerar nas primeiras 24h do aparecimento de lesões nos casos de pacientes maiores de 12 anos, imunodeprimidos e portadores de distúrbios crônicos cutâneos ou pulmonares. VACINA de vírus vivo atenuado; Imunoglobulina; Pessoas suscetíveis expostas devem receber VZIG (imunoglobulina para varicela-zoster) – até 72 h após a exposição; Vacina poderá ser feita em até 98h. Cutâneas (abscesso); Neurológicas (S.Reye, meningoencefalite (herpes vírus), ataxia cerebelar); Pulmonares (pneumonia viral, 6 dias após inicio do exantema, mais comum em adultos e imunossuprimidos); Agente etiológico: 1ª infecção: varicela; 2º infecção: herpes-zóster. Transmissão: Contato direto com pacientes infectados ou disseminação aérea do vírus; Período de incubação: de 10 a 12 dias; Clínica e evolução: → Síndrome febril associada a exantema maculo-papulo-vesiculo-pustulo-crostoso Diagnóstico: Clínico, Hemograma com leucopenia inicialmente e linfocitose posteriormente; Tratamento: Profilaxia: Complicações: EXANTEMA SÚBITO Fase prodrômica: Sinais de IVAS, rinorreia, faringite (sem pus), eritema conjuntival. Febre alta por 3-5 dias, irritabilidade. Manchas de Nagayama (raras; úlceras na junção úvula-palato); Fase exantemática: Surgimento súbito após o termino da febre. Dura em média 1-2 dias. Início em tronco → pescoço e face → MMSS. NÃO desce para MMII. Não é descamativo nem pruriginoso; Sintomáticos; Imunocomprometidos (raramente ocorre); Ganciclovir/cidofovir. Convulsão febril (quando acontece é bebê, é benigno); Uso inadequado e necessário de antibiótico e anti-histamínico. Agente etiológico: Herpes vírus hominis 6 e 7; Transmissão: Saliva; Epidemiologia: Viral da infância e a maioria das crianças acima de 2 a 3 anos tem sorologia positiva para HHV-6; Período de incubação: 10 a 15 dias; Clínica e evolução: → Exantema surge APÓS a febre alta. Diagnóstico: Clínico, Hemograma de padrão viral; Tratamento: Complicações: SOBRE ANTIBIÓTICOS Amoxicilina é um medicamento antibiótico usado no tratamento de diversas infecções bacterianas, como pneumonia, amigdalite e problemas no trato geniturinário; Antibióticos não são indicados para o tratamento do sarampo, porque não são capazes de melhorar ossintomas causados pelos vírus, mas podem ser indicados se o médico observar que existe alguma infecção bacteriana associada ao quadro clínico viral; As reações dermatológicas reativas são tratadas geralmente por alguns antibióticos quando há comprovação bacteriana (amoxicilina, sulfametoxazol-trimetropim, ampicilina, anti-inflamatório não esteroidal e anticonvulsivo) nos quais o exantema geralmente é morbiliforme e de aspecto maculopapular sem quadros graves como a síndrome de Stevens-Johnson e necrólise epidérmica tóxica. REFERÊNCIAS Manual de Dermatologia Clínica de Sampaio e Rivitti. Porto Alegre: Artes Médicas, 2014. WILLIAMS, B.A. et al. Current Geriatria: Diagnóstico e Tratamento. 2. ed. SILVA, Josenilson Antônio da et al. Abordagem diagnóstica das doenças exantemáticas na infância. Revista de Medicina e Saúde de Brasília, Brasília, v. 1, n. 1, p. 10-19, 2012. 1. 2. Pneumonia bacteriana: principal causa de óbito. DOENÇA MÃO-PÉ-BOCA Exantema e aftas em região oral, com odinofagia (dor da lesão é grande). Febre baixa e irritabilidade. Dói e coça muito; Febre 1-3 dias com dor de garganta e perda de apetite. Rash cutâneo pápulo vesicular (mão, pés, nádegas e boca). Lesões palmo plantar. Dura 2-4 semanas. Sintomáticos (orientar não ingerir alimentos ácidos). Agente etiológico: Vírus Coxsackie; Transmissão: Fecal-oral; Clínica e evolução: Diagnóstico: Clínico. Tratamento: MONONUCLEOSE INFECCIOSA 80% a 85%: dor de garganta com linfadenopatia, febre e hiperplasia linfática de faringe; 50%: exsudado branco-acinzentado em tonsila palatina; 30-50%: hepatoesplenomegalia; 3 – 8%: rash cutâneo, em geral é maculopapular, eritematoso, com textura de lixa fina. Agente etiológico: Vírus Epstein-Barr (vírus DNA): é um herpesvírus B-linfotrópico; Transmissão: Contato direto com secreções salivares do indivíduo portador; Período de incubação: Varia de 10 dias até 30-50 dias; Clínica e evolução: Diagnóstico: Clínico. Hemograma com leucocitose (+ grave), linfocitose e 10 a 20% de atipia, aumento de transaminases e bilirrubina. Isolamento viral. Tratamento: Terapia de suporte, exceto imunodeprimidos em que se recomenda aciclovir em altas doses.
Compartilhar