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TERRAS DEVOLUTAS

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AGRÁRIO 
 
TERRAS DEVOLUTAS: são terras que estão para serem devolvidas, que até podem estar na posse do 
particular, mas não o pertence. 
- Art. 20, inciso II, CF – terras devolutas são bens da UNIÃO, aquelas indispensáveis à defesa das fronteiras 
– NÃO INTEGRA O PATRIMÔNIO DO PARTICULAR. 
Art. 20. São bens da União: 
II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias 
federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; 
 
- Art. 26, inciso IV, CF – o que não for devoluta da União, será do Estado 
Art. 26. Incluem-se entre os bens dos Estados: 
IV - as terras devolutas não compreendidas entre as da União. 
 
- Art. 225, §5°, CF – necessárias à proteção dos ecossistemas naturais 
Art. 225. Todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial 
à sadia qualidade de vida, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de defendê-lo e preservá- lo para 
as presentes e futuras gerações. 
§ 5º São indisponíveis as terras devolutas ou arrecadadas pelos Estados, por ações discriminatórias, necessárias à 
proteção dos ecossistemas naturais. 
 
- Art. 118, CF – destinadas a reforma agrária 
Art. 188. A destinação de terras públicas e devolutas será compatibilizada com a política agrícola e com o plano 
nacional de reforma agrária. 
 
As terras devolutas são consideradas bens públicos? 
 Sim, são consideradas bens públicos, mas sob essa denominação, o Art. 98 do CC estabelece que 
são bens das pessoas jurídicas de direito público interno. 
Art. 98. São públicos os bens do domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos 
os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. 
 
Categoria dos bens – Art. 99, CC 
I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; 
➢ Uso comum do povo, estradas, praças, ambulância 
II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da 
administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; 
➢ Uso especial, fim do Estado, prédio de uma escola, hospitais 
III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de 
direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. 
➢ De certo modo, chega em “mãos” do Estado, por um direito real ou pessoal 
 
 
 
 
 
Art. 100, CC - Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem 
a sua qualificação, na forma que a lei determinar. 
 
➢ Bens públicos de uso comum e especial – INALIENÁVEIS, enquanto preservar condição 
➢ Bens públicos dominicais – ALIENÁVEIS, desde que tenha previsão 
Art. 102, CC - Os bens públicos não estão sujeitos a usucapião. 
 
• Bens públicos NÃO estão sujeitos a USUCAPIÃO – não podem ser adquiridos por usucapião 
 
Art. 183, § 3º, CF - Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
Art. 191, p.ú, CF - Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião. 
 
• Imóveis públicos não serão adquirios por usucapião (comum, especial, dominical) 
 
As terras devolutas são bens públicos. 
Para que o Estado tenha de volta a terra, uma vez constatada que a terra é devoluta e por isso deve 
ser devolvida ao Estado, abre-se a realização de um procedimendo chamado DISCRIMINATÓRIO, ou 
melhor, “procedimento adminstrativo driscriminatório”, e na sua inviabilidade, AÇÃO DISCRIMINATÓRIA – 
meio que o Estado tem de ter de volta a terra. 
 
MATRÍCULA: é a individualização do imóvel, localização, medidas, o histórico e dentro da matrícula tem o 
registro e a averbação. Sistema jurídico reinante no país, apta a comprovar a propriedade. A matrícula, 
registro e a averbação estão previstos na lei de registro públicos (Lei 6.015/76). 
REGISTRO: quem é dono, quando altera a titularidade (separação dos donos) 
AVERBAÇÃO: modificações, alterações referente ao imóvel 
 
• Nem todo imóvel possui matrícula e nem toda matrícula espelha uma realidade jurídica; 
• O registro de imóveis é regido, dentre outros, pelo princípio da continuidade, ou seja, apenas aquele 
que figurava como proprietário do imóvel tem a capacidade de aliená-lo a outrem; 
• O Estado “pega de volta” a terra através da ação discriminatória, jamais por usucapião por se tratar 
de um bem público, não pode alegar usucapião, se algum particular estiver na posse da terra 
devoluta a ser devolvida para o Estado, será indenizado pelas benfeitorias úteis e necessárias. 
 
TERRAS DEVOLUTAS 
➢ São bens públicos, categoria a parte, não inseridas em bem comum, especial ou dominical, é uma 
categoria própria. 
 
O processo discriminatório, que é um meio judicial que o Estado dispõe para separar as terras que 
são públicas daquelas que são particulares, não se anima pelo espirito privatista de adquirir terras, já que 
para o Estado é indiferente ter mais ou menos terras. Em verdade, portanto, a ação discriminatória visa 
 
 
regularizar a situação dos posseiros nela localizados, transformando-o em proprietário de direito. É o que se 
percebe do previsto nos artigos 97 a 102 do Estatudo da Terra. 
Cabe ressaltar que a ação discriminatória tembém tem por principío cessar conflitos sociais. 
Importante observar: 
o O Estado não sai a procura do que é ou não terra devoluta, pois a ele nada acrescenta; 
o Na discussão do domínio, e alegando o Estado que a terra é sua, cabe a ele provar essa 
situação jurídica, pois se não o fizer, reconhece-se a propriedade em favor do possuidor. 
 
Exceção de usucapião: A exceção de usucapião ou de domínio é meio de defesa substancial utilizado pelo 
possuidor que seja demandado em ação petitória ou possessória, desde que atenda às exigências de 
alguma das modalidades de usucapião. 
 Em regra, não há usucapião de terras devolutas, no entanto, o artigo 97, inciso II e artigo 98 do 
Estatuto da Terra, é possível que a terra seja adquirida nos termos que estão previstos nos artigos, pois é 
de interesse do Estado que a terra tenha o melhor aproveitamento, desde que cumpra os requisitos 
previstos. 
 Se já é reconhecido como terra da União e do Estado, se sabe que é público e a pessoa ficar na 
posse mansa e pacífica, não pode usucarpir. 
Art. 97, II, Estatuto da terra - todo o trabalhador agrícola que, à data da presente Lei, tiver ocupado, por um ano, 
terras devolutas, terá preferência para adquirir um lote da dimensão do módulo de propriedade rural, que for 
estabelecido para a região, obedecidas as prescrições da lei. 
Art. 98, Estatuto da terra - Todo aquele que, não sendo proprietário rural nem urbano, ocupar por dez anos 
ininterruptos, sem oposição nem reconhecimento de domínio alheio, tornando-o produtivo por seu trabalho, e tendo 
nele sua morada, trecho de terra com área caracterizada como suficiente para, por seu cultivo direto pelo lavrador e 
sua família, garantir-lhes a subsistência, o progresso social e econômico, nas dimensões fixadas por esta Lei, para 
o módulo de propriedade, adquirir-lhe-á o domínio, mediante sentença declaratória devidamente transcrita.

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