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Direito Administrativo II 6º período - 2021 bens públicos A cerca da definição de bens públicos, pode-se tomar por empréstimo aquela oferecida pelo Código Civil em seu art. 98: Art. 98. São bens públicos os bens de domínio nacional pertencentes às pessoas jurídicas de direito público interno; todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem. Nesse sentido, pode-se definir bens públicos como todos aqueles pertencentes às pessoas jurídicas de direito público, integrantes da Administração direta e indireta, e aqueles que, embora não pertencentes a essas pessoas, estejam afetados à prestação de serviços públicos, o que acabaria por abranger, também, os bens diretamente relacionados aos serviços públicos executados por concessionários e permissionários. DEFINIÇÃO LEGAL São públicos os bens do domínio nacional pertencentes à União, aos Estados ou aos Municípios. Todos os outros são particulares, seja qual for a pessoa a que pertencerem (art. 98 do Código Civil). CRITÉRIO Personalidade jurídica atribuída à pessoa. EXTENSÃO • União; • Estados, Distrito Federal e Territórios; • Municípios; • autarquias, inclusive as associações públicas; • demais entidades de caráter público criadas por lei. REFLEXOS Exclusão das pessoas jurídicas de direito privado, ainda que integrantes da Administração Pública. classificação dos bens públicos: Os bens públicos apresentam diversos critérios de classificação, dentre os quais se destaca aquele previsto pelo art. 99 do Código Civil. Art. 99. São bens públicos: I - os de uso comum do povo, tais como rios, mares, estradas, ruas e praças; II - os de uso especial, tais como edifícios ou terrenos destinados a serviço ou estabelecimento da administração federal, estadual, territorial ou municipal, inclusive os de suas autarquias; III - os dominicais, que constituem o patrimônio das pessoas jurídicas de direito público, como objeto de direito pessoal, ou real, de cada uma dessas entidades. O Código Civil considera pessoa jurídica de direito público interno aquelas relacionadas no art. 41, quais sejam: a União; os Estados, o Distrito Federal e os Territórios; os Municípios; as autarquias, inclusive as associações públicas; as demais entidades de caráter público criadas por lei. Direito Administrativo II 6º período - 2021 Parágrafo único. Não dispondo a lei em contrário, consideram-se dominicais os bens pertencentes às pessoas jurídicas de direito público a que se tenha dado estrutura de direito privado. Os bens de uso comum são destinados ao uso indistinto de todos e podem assumir um caráter gratuito ou oneroso na direta dependência das leis estabelecidas pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal. Art. 103. O uso comum dos bens públicos pode ser gratuito ou retribuído, conforme for estabelecido legalmente pela entidade a cuja administração pertencerem. Os bens de uso especial são aqueles afetados a determinado serviço ou a um estabelecimento público. Esses bens também são de utilização gratuita ou onerosa na forma prevista pelo art. 103 do Código Civil. Os bens dominicais são denominados “próprios do Estado”, uma vez que não apresentam nenhuma destinação pública definida. Representam seu patrimônio disponível, por não estarem aplicados, ou melhor, afetados nem a um uso comum nem a um uso especial, e em relação a eles o Poder Público exerce poderes de proprietário, incidindo direitos reais e pessoais. Por força das características por eles apresentadas, são os únicos que não necessitam de desafetação no momento em que o Poder Público cogitar de sua alienação. Portanto, o critério adotado para melhor compreensão da classificação apresentada pelo Código Civil é o de sua destinação, expressão que apresenta como sinônimos técnicos afetação ou consagração. Assim, afetar ou consagrar um bem significa conferir a ele uma destinação, assim como desafetar ou desconsagrar implica retirar dele a destinação até então existente, figuras que só poderão incidir sobre bens de uso comum e bens de uso especial. CLASSIFICAÇÃO CRITÉRIO Destinação atribuída ao bem. ESPÉCIES • BENS DE USO COMUM: são destinados ao uso indistinto de todos e podem assumir caráter gratuito ou oneroso na direta dependência das leis estabelecidas pela União, Estados, Municípios e Distrito Federal. • BENS DE USO ESPECIAL: são aqueles afetados a determinado serviço ou a um estabelecimento público, de uso gratuito ou oneroso. • BENS DOMINICAIS: são denominados “próprios do Estado”, uma vez que não apresentam nenhuma destinação pública definida. Representam seu patrimônio disponível por não estarem afetados nem a um uso comum nem a um uso especial, e em relação a eles o Poder Público exerce poderes de proprietário, incidindo direitos reais e pessoais. São as chamadas terras vazias ou devolutas, às quais as pessoas comum do povo não têm acesso. USO Gratuito ou oneroso (art. 103 do Código Civil). Direito Administrativo II 6º período - 2021 regime jurídico dos bens públicos: O regime jurídico ao qual estão submetidos os bens públicos lhe conferem quatro características importantes: inalienabilidade, impenhorabilidade, imprescritibilidade e não onerabilidade. • Inalienabilidade: como regra geral, essa característica impede sejam os bens públicos alienados, isto é, não podem ser eles vendidos, permutados ou doados, em vista dos interesses representados, que são os da coletividade. Essa regra geral acaba sendo excepcionada, desde que preenchidos os requisitos exigidos pelo legislador, consoante na redação dos arts. 100 e 101. Art. 100. Os bens públicos de uso comum do povo e os de uso especial são inalienáveis, enquanto conservarem a sua qualificação, na forma que a lei determinar. Art. 101. Os bens públicos dominicais podem ser alienados, observadas as exigências da lei. Nesse sentido, os requisitos mencionados podem ser descritos da seguinte forma: caracterização do interesse público; necessidade de prévia avaliação para evitar que o bem público possa ser alienado por preços muito abaixo daqueles praticados pelo mercado; necessidade, como regra geral, de abertura de licitação na modalidade de concorrência pública ou mesmo por meio do leilão; necessidade de autorização legislativa em se tratando de bens imóveis; necessidade de sua desafetação conforme sua natureza. Requisitos necessários para alienação de um bem público: - VENDA: contrato por meio do qual uma das partes transfere a propriedade de um bem a outra mediante preço certo e em dinheiro. Exige o cumprimento de: autorização legislativa quando se tratar de bens imóveis, desafetação, avaliação prévia e licitação. - DOAÇÃO: contrato pelo qual uma pessoa, por liberalidade, transfere bem de seu patrimônio para o de outra, que o aceita, podendo se dar com encargo ou não, quando recebe o nome de doação pura. Só se aperfeiçoa com a aceitação do donatário, apresentando a necessária comprovação de lei autorizadora, desafetação, avaliação prévia e licitação, exceto feita àquela direcionada para órgão ou pessoa integrante da própria Administração Pública. - DAÇÃO: entrega de um bem, que não seja dinheiro, para equacionar dívida anterior, só se aperfeiçoando com o consentimento do credor em recebê-la em substituição à prestação devida e exigindo o cumprimento de lei autorizadora e prévia avaliação, sendo desnecessária a licitação por ter destinatário certo. Desafetação se deve entender como a retirada do bem da destinação específica anteriormente a ele atribuída, o que, via de regra, ocorre no bojo da própria lei que autoriza sua alienação. A necessidade de desafetação se apresenta para os chamados bens de uso comum e para os de uso especial, sendo dispensada, por razões óbvias, para os chamados bens dominicais, por não estarem eles atrelados a nenhuma finalidade específica.Em relação aos bens móveis, exige-se a caracterização do interesse público, de avaliação prévia, além de licitação na modalidade de leilão. Direito Administrativo II 6º período - 2021 - PERMUTA: modalidade de alienação por meio da qual as partes transferem e recebem um bem que se substitui reciprocamente em seu patrimônio, exigindo a lei autorizadora e prévia avaliação, sendo também desnecessária a licitação. - INVESTIDURA: incorporação de área pública isoladamente inaproveitável. Essa modalidade de alienação exige lei autorizadora e avaliação prévia, dicando dispensada a realização de licitação, a menos que exista mais de um proprietário de área lindeira interessado na aquisição. - LEGITIMAÇÃO DE POSSE: transferência de domínio de terra devoluta ocupada por longo tempo por particular que nela se instala, cultivando-a ou levantando edificação para seu uso. • Impenhorabilidade: essa característica dos bens públicos impede que eles sejam, como regra geral, oferecidos em garantia para o cumprimento das obrigações contraídas pela Administração Pública. Em princípio, impede que recaia sobre eles a penhora, e essa regra não se apresenta de maneira gratuita, porque deriva diretamente da diretriz estabelecida pela Constituição Federal em seu art. 100. Destarte, o referido dispositivo constitucional estabelece que a execução contra a Fazenda Pública será feita por meio de sentença judicial, obedecendo-se à ordem cronológica da apresentação dos precatórios. • Imprescritibilidade: essa característica impede que recaia sobre os bens públicos o usucapião, independentemente da natureza deles, encontrando amparo na Constituição Federal, tanto para os imóveis urbanos quanto para os rurais. • Não onerabilidade: essa característica impede a incidência sobre os bens públicos de qualquer ônus real, em razão dos interesses da coletividade. REGIME JURÍDICO CARACTERÍSTICAS • INALIENABILIDADE: como regra geral, impede sejam os bens públicos alienados, isto é, não podem ser eles vendidos, permutados ou doados, em vista dos interesses aqui representados, que são os da coletividade. Excepcionalmente será ela permitida, atendidas as exigências estabelecidas nos arts. 100 e 101 do Código Civil. • IMPENHORABILIDADE: impedem sejam os bens públicos oferecidos em garantia para o cumprimento das obrigações contraídas pela Administração Pública. • IMPRESCRITIBILIDADE: impede recaia sobre os bens públicos a usucapião, independentemente da natureza deles, encontra amparo na CF, tanto para os imóveis urbanos, bem como no CC e Súmula 340 do STF. • NÃO ONERABILIDADE: impede a incidência sobre bens públicos de qualquer ônus real. uso dos bens públicos: Os bens públicos são administrados pelas pessoas políticas que detêm sua propriedade, de acordo com as prescrições estabelecidas na Constituição Federal. Como consequência, de um lado a elas não é atribuído o poder de administrá-los, o que compreende a faculdade de utilizá-los segundo sua Direito Administrativo II 6º período - 2021 natureza e destinação, e de outro há também a obrigação de conservação e aprimoramento, consoante o disposto no art. 23, III e IV, da CF. Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; IV - impedir a evasão, a destruição e a descaracterização de obras de arte e de outros bens de valor histórico, artístico ou cultural; Assim, a omissão dessas pessoas quanto à correta utilização dos bens, de igual sorte, permitindo sua deterioração, importa em responsabilização, na medida em que se revela comportamentos incompatíveis com o princípio da indisponibilidade dos bens e interesses públicos. Nesse contexto, perfeitamente possível que o Poder Público competente estabeleça regras para a correta utilização dos bens. Da mesma forma, os particulares que forem se utilizar desses bens, em situações incomuns, também deverão solicitar autorização do Poder Público. Instrumentos por meio dos quais pode a Administração repassar para terceiros o seu uso: - AUTORIZAÇÃO: autorização pode ser definida como ato administrativo, unilateral, discricionário e precário, por meio do qual a autoridade administrativa faculta, no interesse do particular, sem licitação, o uso de um bem público para utilização em caráter episódico, precário, de curtíssima duração. Dessa forma, em razão de sua precariedade, pode ela ser desfeita a qualquer momento sem pagamento de indenização. - PERMISSÃO: permissão pode ser definida como ato unilateral, precário e discricionário, pelo qual a Administração faculta a terceiros, por meio de licitação, o uso de um bem público para fins de interesse coletivo. - CONCESSÃO: concessão pode ser definido como contrato administrativo por meio do qual o Poder Público transfere, por prazo certo e determinado, mediante licitação na modalidade única de concorrência pública, o uso de um bem para terceiros, visando ao cumprimento de uma finalidade específica nos termos e condições fixados no ajuste. Percebe-se que o grau de precariedade aqui é inexistente, uma vez que essa transferência realiza-se por meio de contrato administrativo, que apresenta como característica comum a existência de prazo certo e determinado, o que impede seja ele desfeito, a qualquer momento, sem que se possa cogitar do pagamento de indenização e, por fim, a necessidade de abertura de licitação na modalidade única de concorrência pública. - CONCESSÃO DE DIREITO REAL: concessão de direito real pode ser definida como um contrato por meio do qual se transfere, como direito real, o uso remunerado ou gratuito de um imóvel não edificado, mediante licitação na modalidade única de concorrência pública. Só poderá ter por objetivo a edificação, a urbanização, a industrialização e o cultivo da terra, revestindo-se de ilegalidade sua utilização para qualquer outra finalidade. - CESSÃO: cessão pode ser definida como a transferência do uso de certo bem de um órgão para outro, dentro da mesma pessoa política, por tempo certo e determinado. Essa forma de transferência não é remunerada e dispensa autorização legislativa e licitação, aperfeiçoando-se por simples termo de cessão. Direito Administrativo II 6º período - 2021 USO DOS BENS PÚBLICOS LEGITIMIDADE São administrados pelas pessoas políticas que detêm a sua propriedade, de acordo com as prescrições estabelecidas na Constituição Federal. OMISSÃO A omissão dessas pessoas quanto à correta utilização dos bens, permitindo sua deterioração, importa em responsabilidade, na medida em que revela comportamentos incompatíveis com o princípio da indisponibilidade dos bens e interesses públicos. INSTRUMENTOS PARA A TRANSFERÊNCIA DE USO • AUTORIZAÇÃO DE USO: ato administrativo, unilateral, discricionário e precário, por meio do qual a autoridade administrativa faculta, no interesse do particular, sem licitação, o uso de um bem público para utilização em caráter episódico, precário, de curtíssima duração. • PERMISSÃO DE USO: ato unilateral, precário e discricionário, pelo qual a Administração faculta a terceiros, por meio de licitação, o uso de um bem público para fins de interesse público. • CONCESSÃO DE USO: contrato administrativo por meio do qual o Poder Público transfere, por prazo certo e determinado, mediante licitação na modalidade única de concorrência pública, o uso de um bem para terceiros, visando ao cumprimento de uma finalidade específica nos termos e condições fixados no ajuste. • CONCESSÃO DE DIREITO REAL DE USO: contrato por meio do qual se transfere, como direito real, o uso remunerado ou gratuito de um imóvel não edificado, mediante licitação na modalidade única de concorrência pública. • CESSÃODE USO: importa na transferência do uso de certo bem de um órgão para outro, dentro da mesma pessoa política, por tempo certo e determinado. espécies de bens públicos: Cada uma das pessoas integrantes de nossa Federação possui bens públicos que ficam sob sua responsabilidade. Nesse contexto, a Constituição Federal optou por relacionar as espécies de bens de maneira expressa, a teor do disposto em seu art. 20. Art. 20. São bens da União: I - os que atualmente lhe pertencem e os que lhe vierem a ser atribuídos; II - as terras devolutas indispensáveis à defesa das fronteiras, das fortificações e construções militares, das vias federais de comunicação e à preservação ambiental, definidas em lei; III - os lagos, rios e quaisquer correntes de água em terrenos de seu domínio, ou que banhem mais de um Estado, sirvam de limites com outros países, ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham, bem como os terrenos marginais e as praias fluviais; IV - as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental federal, e as referidas no art. 26, II; V - os recursos naturais da plataforma continental e da zona econômica exclusiva; VI - o mar territorial; VII - os terrenos de marinha e seus acrescidos; VIII - os potenciais de energia hidráulica; IX - os recursos minerais, inclusive os do subsolo; X - as cavidades naturais subterrâneas e os sítios arqueológicos e pré-históricos; Direito Administrativo II 6º período - 2021 XI - as terras tradicionalmente ocupadas pelos índios. Modalidades de bens públicos: • Bens terrestres: - TERRAS DEVOLUTAS: em relação aos bens terrestres, a primeira figura relacionada pela Constituição compreende as chamadas terras devolutas, expressão sinônima de terras vazias, ou seja, aquelas que não estão afetadas nem a uma finalidade de uso comum, nem a uma finalidade de uso especial, razão pela qual foram inseridas na categoria de bens dominiais, representado, por esse aspecto, o patrimônio disponível do Estado. As terras devolutas, que integram o patrimônio da União, são aquelas relacionadas no inciso II do art. 20, voltadas ao atingimento das seguintes finalidades: preservação ambiental e defesa de fronteiras, de fortificações militares e de vias federais de comunicação. - TERRAS TRADICIONALMENTE OCUPADAS PELOS ÍNDIOS: relacionadas no inciso XI do art. 20, pertencem ao patrimônio da União, que nessa qualidade é a responsável pela sua demarcação, restando para os índios apenas o seu usufruto. - FAIXA DE FRONTEIRA: compreende a faixa de terra com largura de 150 km voltada à defesa de nossas fronteiras, a teor do disposto no art. 20, §2º, da CF. • Bens aquaviários: - MAR TERRITORIAL: o mar territorial corresponde a uma faixa de 12 milhas, contadas do litoral continental, sobre a qual o Estado exerce poderes de soberania. - ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA: é uma faixa de 12 a 200 milhas, sobre a qual o Estado exerce poderes de exploração dos recursos naturais do mar - PLATAFORMA CONTINENTAL: é o prolongamento natural das terras da superfície sob a água do mar. Trata-se da porção de terras submersas que apresenta a mesma estrutura geológica das terras do continente. - LAGOS E RIOS: pertencem ao patrimônio da União os lagos e os rios que banharem mais de um Estado, fizerem limite com outro país ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham. - TERRENOS DE MARINHA: são formados pela porção de terras banhadas pelas águas dos rios navegáveis ou pelas águas do mar. - ILHAS: as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluída, destas, as que contenham a sede de Municípios, exceto aquelas áreas afetadas ao serviço público e a unidade ambiental. • Subsolo: nesta categoria estão todas as riquezas minerais, além dos sítios arqueológicos e pré-históricos, a teor do disposto nos incisos IX e X do art. 20. • Bens estaduais e os integrantes do patrimônio nacional. Direito Administrativo II 6º período - 2021 ESPÉCIES DE BENS PERTENCENTES À UNIÃO BENS TERRESTRES • TERRAS DEVOLUTAS: aquelas relacionadas no inciso II do art. 20, voltadas ao atingimento das seguintes finalidades: preservação ambiental e defesa de fronteiras, de fortificações militares e de vias federias de comunicação. • TERRAS TRADICIONALMENTE OCUPADAS PELOS ÍNDIOS: relacionadas no inciso XI do art. 20, pertencem ao patrimônio da União, que nessa qualidade é a responsável por sua demarcação, restando para os índios apenas o seu usufruto. • FAIXA DE FRONTEIRA: compreende a faixa de terra com largura de 150 km voltada à defesa de nossas fronteiras. BENS AQUAVIÁRIOS • MAR TERRITORIAL: corresponde a uma faixa de 12 milhas, contadas do litoral continental, sobre o qual o Estado exerce poder de soberania. • ZONA ECONÔMICA EXCLUSIVA: faixa de 12 a 200 milhas, sobre a qual o Estado exerce poderes de exploração dos recursos naturais do mar. • PLATAFORMA CONTINENTAL: é o prolongamento natural das terras da superfície sob a água do mar. • LAGOS E RIOS: pertencem ao patrimônio da União os lagos e rios que banharem mais de um Estado, fizerem limite com outro país ou se estendam a território estrangeiro ou dele provenham. • TERRENOS DA MARINHA: são formados pela porção de terras banhadas pelas águas dos rios navegáveis ou pelas águas do mar. • ILHAS: pertencem ao patrimônio da União as ilhas fluviais e lacustres nas zonas limítrofes com outros países; as praias marítimas; as ilhas oceânicas e as costeiras, excluídas, destas, as que contenham a sede de Munícipios, exceto aquelas áreas afetadas no serviço público e a unidade ambiental federal. SUBSOLO Pertencem ao patrimônio da União todas as riquezas minerais, além de os sítios arqueológicos e pré-históricos, a teor do disposto nos incisos IX e X do art. 20. BENS ESTADUAIS São aqueles relacionados no art. 26 da Constituição: • as águas superficiais ou subterrâneas, fluentes, emergentes e em depósito, ressalvadas, neste caso, na forma da lei, as decorrentes de obras da União; • as áreas, nas ilhas oceânicas e costeiras, que estiverem no seu domínio, excluídas aquelas sob domínio da União, Municípios ou terceiros; • as ilhas fluviais e lacustres não pertencentes à União; • as terras devolutas não compreendidas entre as da União.
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