Buscar

Mercado de Capitais: Funcionamento e Produtos

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 116 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 116 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 116 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

DESCRIÇÃO
Organização e funcionamento do mercado de capitais, os agentes, os produtos
oferecidos e as formas de negociação.
PROPÓSITO
Compreender o funcionamento do mercado de capitais, assim como seus atores e
sua importância como instrumento de desintermediação financeira e de
financiamento de capital das corporações, para uma boa gestão de recursos
financeiros.
PREPARAÇÃO
Antes de iniciar o conteúdo deste tema, tenha em mãos papel, caneta e uma
calculadora científica, ou use a calculadora de seu smartphone ou computador, ou
ainda uma planilha eletrônica.
OBJETIVOS
MÓDULO 1
Descrever o funcionamento, os atores, os produtos e as formas de negociação no
mercado de capitais
MÓDULO 2
Reconhecer as principais características e riscos envolvidos no mercado de títulos
MÓDULO 3
Reconhecer as principais características dos mercados de ações e de derivativos
INTRODUÇÃO
O mercado de capitais é um dos quatro principais mercados financeiros,
juntamente com os mercados monetário, de câmbio e de crédito. Ele é de vital
importância para a economia de um país e, em particular, para viabilizar o
financiamento de longo prazo do governo e das empresas.
Por meio da emissão de dívida ou de instrumentos de participação, como as
ações, os agentes econômicos conseguem levantar os recursos necessários para
viabilizar projetos de longo prazo, otimizando sua estrutura de capital. É nesse
contexto que cresce a importância de instituições como os bancos de
investimento, as bolsas de valores, os mercados de balcão organizados, as
corretoras e as distribuidoras de títulos e valores mobiliários.
Ao longo do tema, você vai entender como funciona o mercado de capitais, quem
são seus principais atores, instrumentos e como são negociados.
Também examinaremos características dos mercados de títulos, de ações e de
derivativos.
MÓDULO 1
 Descrever o funcionamento, os atores, os produtos e as formas de
negociação no mercado de capitais
Neste módulo, vamos analisar o funcionamento do mercado de capitais, o papel
das instituições financeiras e da bolsa de valores nesse mercado, instrumentos
ofertados e sua forma de negociação.
Veremos também o importante papel desempenhado pelos investidores
institucionais e pelos veículos de investimento coletivo, como os fundos de
investimento.
O MERCADO DE CAPITAIS E A
DESINTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
O mercado de crédito é aquele no qual as empresas e as pessoas se financiam
por meio dos empréstimos oferecidos pelas instituições financeiras, que atuam
como intermediários na relação dos agentes deficitários e agentes superavitários,
conforme ilustrado na Figura 1.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 1 – A intermediação financeira no mercado de crédito
Já no mercado de capitais, os agentes superavitários e os agentes deficitários se
conectam diretamente. Nesse caso, o papel das instituições financeiras é o de
facilitador dessa ligação direta entre os agentes poupadores e tomadores, e não
mais de intermediários (a figura 2 ilustra essa situação).
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 2 – A desintermediação financeira no mercado de capitais
Assim, enquanto no mercado de crédito a remuneração das instituições financeiras
se dá pela diferença entre os juros cobrados dos tomadores de recursos e os juros
pagos aos poupadores ― o spread de crédito ― no mercado de capitais, a
remuneração se dá por meio de taxas cobradas pelos serviços prestados aos
agentes.
A desintermediação financeira é particularmente importante quando levamos em
consideração os prazos das operações em cada um desses dois mercados: o
mercado de crédito e o mercado de capitais.
Enquanto no mercado de crédito as operações costumam ser de curto ou médio
prazos, no mercado de capitais, as operações geralmente são de longo prazo, ou
mesmo permanentes.
Assim as empresas conseguem financiar seus projetos emitindo títulos de dívida
ou de participação (ou propriedade). Os investidores que adquirem títulos de
dívida passam a ser credores da empresa emissora e os investidores que
adquirem títulos de participação passam a ser sócios das instituições.
OS PRODUTOS NEGOCIADOS NO
MERCADO DE CAPITAIS
Mercado é onde se negocia um determinado produto. Os produtos negociados no
mercado de capitais são instrumentos de dívida e de participação no capital das
empresas. Essas são justamente as duas formas de financiamento de que as
empresas dispõem para seus projetos: capital de terceiros ou capital próprio,
respectivamente.
 COMENTÁRIO
Os instrumentos de dívida são títulos que conferem aos seus detentores o direito
de recebimento de determinada quantia em determinada data. Quando as
empresas emitem esses títulos, elas se obrigam a pagar aos investidores o
montante acordado, devidamente corrigido, na data de vencimento.
Um exemplo desse tipo de instrumento são as debêntures, cujo nome vem do
termo em inglês debt, que significa dívida. Conforme veremos mais à frente, esse
instrumento é extremamente flexível, permitindo às empresas adequarem o fluxo e
os prazos de pagamento aos fluxos de caixa dos projetos que estão financiando.
 
Fonte: Shutterstock.com
Os investidores desses títulos tornam-se credores da empresa que os emitiu e são
remunerados pelas taxas de juros pactuadas. O risco a que estão sujeitos é o de a
empresa não honrar seu compromisso na data de vencimento, ou seja, correm o
risco de crédito.
Já os adquirentes de títulos de participação tornam-se sócios da empresa e obtêm
o direito de participar nos seus resultados.
 EXEMPLO
O principal exemplo de instrumento de participação são as ações, cuja
remuneração depende do desempenho da empresa que as emitiu.
Os detentores das ações estão sujeitos aos mesmos riscos da empresa, ou seja, o
risco do negócio.
Agora, vamos aprofundar um pouco mais o estudo desses instrumentos de dívida
e de participação.
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
Como vimos, o mercado de capitais engloba instrumentos de participação e de
dívida, sendo os principais exemplos as debêntures e ações respectivamente.
Nesta seção, vamos explorar um pouco mais os instrumentos de dívida.
DEBÊNTURES
As debêntures são títulos de médio e longo prazos extremamente flexíveis,
emitidos pelas empresas para o financiamento de suas operações. Elas podem
prever diversas estruturas de pagamento, como juros e amortizações periódicos,
além do principal.
A Figura 3 ilustra alguns exemplos de estruturas de pagamentos de debêntures.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 3 – Exemplos de estruturas de pagamento de debêntures
Vamos entender melhor cada um dos três casos vistos na figura acima:
1º CASO
2º CASO
3º CASO
1º CASO
A debênture prevê o pagamento de juros periódicos, com a amortização integral
do principal no seu vencimento.
2º CASO
Não há pagamentos intermediários de juros. Tanto o principal quanto os juros são
pagos no vencimento da debênture.
3º CASO
Há previsão de duas amortizações intermediárias do principal, uma no terceiro
período e outra no sexto período.
Como dissemos, as debêntures são instrumentos bastante flexíveis e essas
estruturas podem ser ajustadas livremente pelo emissor, em função de seus
objetivos de captação de recursos.
A remuneração dos investidores pode ocorrer por meio de taxas de juros fixas,
flutuantes ou reais, junto com o correspondente fator de atualização monetária.
 EXEMPLO
Como exemplo, podemos imaginar debêntures que paguem: (i) 120% do CDI
(Certificado de Depósito Interbancário); ou (ii) IPCA (Índice Nacional de Preços ao
Consumidor Amplo) + 3% a.a., ou ainda (iii) 8% a.a. No primeiro caso, temos um
exemplo de taxas de juros flutuantes, expressas como um percentual do CDI. No
segundo caso, temos um exemplo de taxas de juros reais, com fator de
atualização monetária igual ao IPCA. Já no terceiro caso, temos um exemplo de
taxas de juros prefixadas.
As debêntures podem ainda ser formatadas com diversas outras características
como a existência de garantias, cláusulas de resgate antecipado ou
conversibilidadeem ações.
Vamos entendê-las.
GARANTIAS
Funcionam como uma espécie de caução. Os emissores das debêntures podem
apresentar ativos de sua propriedade que, em caso de inadimplência, são
repassados aos investidores das debêntures. Esse é um mecanismo que gera
benefícios tanto para o investidor quanto para o emissor.
Para os investidores, as garantias mitigam o risco de crédito a que estão expostos.
E como o risco de crédito é mitigado, o emissor também se beneficia, pois pode
captar recursos a taxas mais vantajosas.
CLÁUSULAS DE RESGATE ANTECIPADO
Permite ao emissor resgatar antecipadamente os papéis em condições
predeterminadas. Ela é prevista principalmente para permitir ao emissor
reestruturar suas dívidas caso as condições de mercado lhe sejam favoráveis.
Como ela é um benefício dado ao emissor, o investidor acaba exigindo um prêmio
por dar essa opção ao emissor.
CONVERSIBILIDADE EM AÇÕES
É uma opção dada ao investidor, que pode trocar a debênture, um instrumento de
dívida, por ações da empresa emissora, um instrumento de participação.
Novamente, as condições para essa conversão são todas pactuadas previamente
na escritura de emissão.
Apesar de ser um dos mais conhecidos, as debêntures não são os únicos
instrumentos de dívida que podem ser emitidos pelas empresas.
NOTAS PROMISSÓRIAS OU COMMERCIAL
PAPERS
As debêntures são instrumentos bastante adequados para financiamentos de
longo prazo e grandes volumes. Para financiamentos de curto prazo, as empresas
contam também com a possibilidade de emitir as notas promissórias ou
commercial papers.
Esses instrumentos normalmente são utilizados para cobrir despesas eventuais,
como folha de pagamento ou pagamento de fornecedores.
 
Fonte: Shutterstock.com
O PROCESSO DE EMISSÃO DE
INSTRUMENTOS DE DÍVIDA
Como vimos, no mercado de capitais, os agentes tomadores transacionam
diretamente com os agentes poupadores. Para a operacionalização dessas
transações, eles contam com o apoio de instituições financeiras como os bancos
de investimento, as corretoras e as distribuidoras de títulos e valores mobiliários
(DTVM).
Uma vez que os acionistas ou o conselho de administração decidem emitir
debêntures, eles devem escolher entre realizar uma colocação pública ou privada.
A colocação pública é uma emissão destinada a um público amplo e possui
regulamentação mais rígida da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para ser
realizada. Já a colocação privada, é destinada a um grupo pequeno de
investidores profissionais.
javascript:void(0)
CVM
A CVM é o órgão regulador e supervisor dos mercados de capitais,
estabelecendo regras e condições para as emissões públicas e privadas de
ações e debêntures (e valores mobiliários em geral), de forma a proteger os
investidores e garantir isonomia no tratamento dos acionistas minoritários,
como veremos mais à frente.
Além das emissões, a CVM também regula as plataformas de negociação
desses instrumentos, como as bolsas de valores e os mercados de balcão
organizado.
Para realizar uma colocação pública de debêntures, a empresa deve escolher um
banco de investimento, uma corretora ou uma DTVM, que vai planejar todo o
processo de emissão, prospectando o mercado, contatando potenciais
investidores (road show), apresentando a estrutura da emissão e elaborando o
bookbuilding, que é o processo pelo qual se estabelece o preço justo para a
emissão.
Esse processo de colocação inicial das debêntures ocorre no chamado mercado
primário, pois é nesse momento que a empresa está efetivamente se
capitalizando.
 COMENTÁRIO
Uma vez colocadas as debêntures, elas podem ser negociadas no mercado
secundário. Um mercado secundário ativo é muito importante para a liquidez dos
papéis e uma boa formação de preços.
Como o processo de emissão no mercado primário é bastante custoso para a
empresa, ele tende a compensar somente emissões de valores bastante elevados.
É bastante comum emissões de valores na casa dos bilhões de reais.
O PROCESSO DE
DESINTERMEDIAÇÃO FINANCEIRA
Neste vídeo, você entenderá o que é a desintermediação financeira e o papel dos
bancos de investimento, corretoras e distribuidoras de títulos e valores mobiliários
no processo de colocação dos instrumentos de dívida.
INSTRUMENTOS DE PARTICIPAÇÃO
O principal instrumento de participação no mercado de capitais são as ações. As
ações são um título de propriedade de parte da empresa que as emitiu. O nome é
inglês ― shares ― significa justamente isso: partes ou frações.
Quando um investidor adquire ações, sua rentabilidade será função de dois
fatores: a variação do preço dessas ações e os dividendos (participação nos lucros
da empresa) que ela pagará ao longo de sua vida.
Onde:
r – rentabilidade da ação entre t e t+1
r =
( Pt+1−Pt ) + div
Pt
Pt – Preço na ação no instante t
P(t+1) – Preço na ação no instante t+1
div – dividendos pagos entre t e t+1
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Assim, dizemos que é um instrumento de renda variável, pois não se conhece a
priori qual será essa rentabilidade.
Elas podem ser de dois tipos: ações ordinárias ou ações preferenciais. Vamos
entender o que difere uma da outra:
AÇÕES ORDINÁRIAS
São aquelas que dão direito a voto nas decisões da companhia emissora.

AÇÕES PREFERENCIAIS
Não dão direito a voto, mas possuem preferência na distribuição de dividendos e
nos bens da empresa em caso de quebra.
Agora, vamos ver um exemplo de como isso funciona.
 EXEMPLO
As ações da Petrobras negociadas em bolsa são a PETR3 e a PETR4. A PETR3 é
a ação ordinária da empresa, dando direito a voto. Já a PETR4 é a ação
preferencial da empresa.
Quando a Petrobras apresenta lucro líquido, os acionistas preferenciais recebem
uma remuneração mínima garantida. Após pagar esse mínimo, caso ainda haja
lucro a ser distribuído, ele é destinado às ações ordinárias até que se iguale o
valor pago às preferenciais. Qualquer excedente adicional de lucro é distribuído
igualmente entre os dois tipos de ação.
Em 2018, após o pagamento do mínimo aos acionistas preferenciais, a companhia
não tinha recursos suficientes para pagar o mesmo valor aos acionistas ordinários.
Assim, cada ação PETR3 pagou R$ 0,92, contra R$ 0,25 pagos para cada ação
PETR4.
DEPOSITARY RECEIPTS
Os depositary receipts são instrumentos que permitem a uma ação listada na
bolsa brasileira ser negociada em outras bolsas. Os American Depositary Receipts
(ADR) são usados, por exemplo, para que companhias brasileiras tenham suas
ações negociadas na bolsa de Nova Iorque.
 
Fonte: Shutterstock.com
O mercado de ações também pode ser dividido entre mercado primário e
secundário.
No caso das ações, é no mercado primário que é realizado o processo chamado
IPO (do inglês, Initial Public Offer) ou Oferta Pública de Ações (OPA). Uma vez
executada essa etapa, a empresa emissora passa a ser “listada” na bolsa de
valores e as suas ações possam ser negociadas no mercado secundário de bolsa.
No Brasil, a principal bolsa de valores é a Brasil Bolsa Balcão – B3.
BOLSA DE VALORES E MERCADO DE
BALCÃO ORGANIZADO
As negociações no mercado de capitais podem ocorrer de duas formas: em bolsas
de valores ou em mercados de balcão.
BOLSA DE VALORES
Na bolsa de valores, a negociação dos papéis é feita de forma multilateral, em
pregões, com vários compradores e vendedores apresentando suas ordens de
compra e venda. Sempre que os preços convergem, o negócio é celebrado.
 
Fonte: Bart Sadowski/Shutterstock.com
Os pregões possuem horário de abertura e fechamento bem determinados e fases
específicas, como:
PRÉ-ABERTURA
CALL DE FECHAMENTO
AFTER MARKET
LEILÕES
PRÉ-ABERTURA
A pré-abertura funciona como um leilão para determinar o preço de abertura dos
ativos. Durante alguns instantes antes da abertura do pregão, podem ser
registradas ofertas antecipadamente. Os negócios, no entanto, são gerados
apenas na abertura do pregão.
CALL DE FECHAMENTO
Cinco minutos antes do encerramentodo pregão, as ofertas de compra e venda
são recebidas para formar o preço de fechamento das ações.
AFTER MARKET
É uma extensão do horário do pregão para permitir alguns ajustes e negociações
de casos muito específicos.
LEILÕES
Em algumas situações bem específicas, pode haver a chamada de leilões durante
o funcionamento do pregão.
Além de ações, são negociados na bolsa títulos de renda fixa e contratos
derivativos.
MERCADO DE BALCÃO
No mercado de balcão, o detentor de um título negocia livremente com um
comprador interessado e, após a negociação, registram a concretização da
operação.
 
Fonte: Shutterstock.com
Os mercados de balcão organizados são aqueles que dispõem de sistemas
eletrônicos específicos para negociação e registro das transações.
A Figura 4 mostra os ativos negociados na B3 Brasil Bolsa Balcão.
 
Fonte: Comissão de Valores Mobiliários (2019).
 Figura 4 – Exemplos de produtos admitidos na B3
INVESTIDORES INSTITUCIONAIS
Vimos como os tomadores de recursos utilizam o mercado de capitais, ou seja, o
lado da oferta. Mas para que o mercado funcione bem, também precisamos que
haja demanda para os produtos distribuídos. É aí que ganha relevância o papel
dos investidores institucionais.
VEÍCULOS DE INVESTIMENTO COLETIVO
Muitas vezes, um investidor pessoa física não tem capacidade financeira, nem
conhecimento, para investir em alguns produtos diretamente. No entanto, podem
fazê-lo utilizando-se de veículos de investimento coletivos, como os fundos de
investimento ou os planos de previdência.
FUNDOS DE INVESTIMENTO
Os fundos de investimento são veículos de investimento coletivo regulados pela
CVM que permitem aos seus cotistas investirem em produtos financeiros mais
sofisticados.
Eles podem ser abertos ou fechados.
 
Fonte: Shutterstock.com
Vamos entender suas diferenças:
Fundos abertos
São aqueles em que os participantes aportam ou resgatam recursos emitindo
novas cotas. Ou seja, a quantidade de cotas varia conforme os aportes e resgates.

Fundos fechados
São aqueles em que há uma emissão inicial de cotas e não são mais feitos
aportes ou resgates até o vencimento do fundo. Suas cotas podem ser negociadas
no mercado secundário.
PLANOS DE PREVIDÊNCIA
Outro veículo de investimento bastante utilizado pelos investidores são os planos
de previdência complementar aberta ou os seguros de vida com cobertura de
sobrevivência. Os mais conhecidos são o Plano Gerador de Benefícios Livre
(PGBL) e o Vida Gerador de Benefícios Livre (VGBL).
A principal diferença entre eles é no tratamento tributário. O PGBL é um plano de
previdência e o VGBL é um seguro com cobertura de sobrevivência.
Assim, as contribuições ao PGBL podem ser abatidas da base de cálculo do
Imposto de Renda como contribuição previdenciária. O mesmo não ocorre com o
VGBL.
Por outro lado, quando dos recebimentos gerados pelos planos PGBL, resgates ou
pagamentos de renda de aposentadoria, há incidência de imposto de renda. Isso
não ocorre com o VGBL, pois apenas sua rentabilidade é tributada.
Os fundos de pensão, ou entidades de previdência fechadas, são outro tipo muito
relevante de investidor institucional.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE A AFIRMATIVA CORRETA SOBRE O MERCADO DE
CAPITAIS:
A) Os instrumentos de dívida remuneram os investidores de acordo com os
resultados obtidos pela empresa emissora.
B) Os instrumentos de participação são negociados somente em mercados de
balcão organizados.
C) No mercado de capitais, ocorre a desintermediação financeira, com os agentes
poupadores e tomadores se conectando diretamente.
D) No mercado de capitais ocorre a intermediação financeira, com as instituições
financeiras funcionando como elo entre os agentes poupadores e tomadores.
E) Os investidores institucionais não desempenham papel relevante no mercado
de capitais.
2. QUAL DAS OPÇÕES ABAIXO APRESENTA UM
INSTRUMENTO DE PARTICIPAÇÃO?
A) Debênture
B) Commercial paper.
C) Ação
D) CDB
E) Títulos públicos
GABARITO
1. Assinale a afirmativa correta sobre o mercado de capitais:
A alternativa "C " está correta.
 
Trata-se do mercado da desintermediação financeira, em que os agentes
poupadores e tomadores negociam diretamente entre si, sem a intermediação de
uma instituição financeira.
2. Qual das opções abaixo apresenta um instrumento de participação?
A alternativa "C " está correta.
 
A única alternativa cuja remuneração varia de acordo com os resultados da
empresa emissora e que confere aos seus detentores um título de propriedade
sobre essa empresa é a ação.
MÓDULO 2
 Reconhecer as principais características e riscos envolvidos no mercado
de títulos
Neste módulo, vamos analisar mais a fundo o mercado de títulos públicos e
privados. Também veremos o funcionamento do Tesouro Direto e do processo de
securitização de ativos. Por fim, abordaremos o risco de taxas de juros.
MERCADO DE TÍTULOS
O mercado de títulos de dívida, também chamado de mercado de renda fixa, é um
dos mais volumosos no Brasil. Vamos analisar algumas características dos
instrumentos de dívida que são transacionados nesse mercado, começando por
um exemplo.
Imagine que você receba uma oferta para comprar por R$930,23 um título que
promete pagar R$1.000,00 em 1 ano. Podemos representar essa operação
conforme o fluxo da Figura 5.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 5 – Exemplo
Podemos, então, concluir que a taxa de juros anual oferecida nessa operação é
de:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
r = = 8%
1.000−930,23
1.000
Observando as taxas de juros do mercado, você conclui que esse é um preço justo
para esse título e decide comprá-lo. Após a compra, você recebe a informação de
que as taxas de juros devem subir.
O QUE ACONTECE COM O VALOR DO SEU TÍTULO SE
A TAXA DE JUROS SUBIR PARA 10%?
Bom, para descobrir isso, você deve trazer os R$1.000,00 a valor presente por
essa nova taxa. Assim, terá o seguinte resultado:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Ou seja, o seu título, que valia R$930,23 reais, passou a valer R$909,09. Você
teve uma perda de mais de R$20,00.
P = = 909,091.000
1+10%
Por outro lado, se a taxa de juros tivesse caído para 6%, seu título passaria a
valer:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Vale, então, notar duas coisas:
Primeiro, quando você possui um título de renda fixa, está sujeito ao risco de
movimentos indesejáveis na taxa de juros. Sempre que a taxa de juros sobe, o
valor presente do seu título cai, e sempre que a taxa de juros cai, o valor presente
do seu título sobe.
Segundo, apesar dessas alterações no valor presente do seu título, se você não o
negociar até o vencimento, mantendo-o em sua carteira, a taxa de juros que você
contratou será entregue. No nosso exemplo, se você levar o título que comprou
P = = 943,401.000
1+6%
por R$930,23 até o vencimento, receberá os R$1.000,00 reais e terá auferido um
rendimento de 8%, independentemente das variações nas taxas de juros que
ocorrerem no período.
Essa é uma característica que gerou ― e ainda gera ― muita discussão com
relação à forma de contabilização desse tipo de ativo.
A contabilização pode ocorrer de duas formas:
MARCAÇÃO A MERCADO
Na marcação a mercado, os títulos de renda fixa devem ser contabilizados por seu
valor de mercado, ou seja, por quanto valeriam se fossem negociados no
momento da contabilização. Dessa forma, esses títulos ficam sujeitos às
flutuações decorrentes de movimentos nas taxas de juros.
MARCAÇÃO NA CURVA
Quando a contabilização se dá pela curva, os títulos de renda fixa são avaliados
pela taxa de juros contratada no início da operação, com os juros sendo
acumulados conforme o transcurso do tempo.
As regras da CVM obrigam os fundos de investimento a contabilizar os títulos de
renda fixa por seu valor de mercado.
Vejamos um outro exemplo:
Seja um título de renda fixa que promete pagar juros anuaisde 10% e o principal
de R$1.000,00 mais a última parcela de juros no vencimento, conforme a Figura 6:
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 6 – Exemplo
Se esse título estiver sendo negociado por R$1.000,00, dizemos que ele está
sendo negociado “ao par”. Isso significa que o valor do principal é igual ao valor de
mercado do título.
Como consequência, a taxa de juros de 10% será a taxa de mercado.
Aqui vale uma consideração. Os pagamentos periódicos de juros, como no
exemplo anterior, são chamados de “cupons”.
 COMENTÁRIO
Eles recebem esse nome pela forma como eram estruturados no passado. Antes
dos sistemas eletrônicos, os títulos de dívida eram cartulares, ou seja, emitidos em
papel. Cada título possuía uma série de cupons que eram destacados para o
recebimento desses pagamentos intermediários de juros. Por isso, o nome é
utilizado até hoje para se referir a esses pagamentos.
Voltando ao exemplo, vemos, então, que a taxa de juros de um título negociado ao
par é igual ao seu cupom.
Como vimos que um aumento na taxa de juros reduz o valor presente de um título,
se ele estiver sendo negociado abaixo do par, sabemos que a taxa de juros é
maior do que o cupom. Caso contrário, a taxa de juros é menor do que o cupom.
Exemplo: o título está sendo negociado a R$ 1.050 reais. A taxa de juros é maior
ou menor do que 5%?
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 7 – Exemplo
Vemos que o cupom é igual a 
Assim, como o título está sendo negociado a um valor maior do que o principal
(1.050>1.000), concluímos que a taxa de juros é menor do que o cupom, sendo,
portanto, menor do que 5%.
= 5%50
1000
PRECIFICAÇÃO DE TÍTULOS DE
DÍVIDA
Neste vídeo, resolveremos um exercício para que você entenda melhor o
conteúdo.
TÍTULOS PÚBLICOS
Além das instituições financeiras e não financeiras, o governo também capta
recursos no mercado financeiro por meio da emissão de títulos.
Esses títulos representam o principal ativo financeiro em circulação no país e
podem ser adquiridos inclusive diretamente por pessoas físicas através do sistema
Tesouro Direto.
Esses títulos são emitidos pelo Tesouro Nacional e os principais tipos disponíveis
atualmente são:
LETRA DO TESOURO NACIONAL (LTN)
São de mais curto prazo e comercializadas com deságio sobre seu valor de face.
Sua estrutura de pagamentos prevê apenas um fluxo, com o pagamento no
principal (R$1.000,00) no vencimento. No Tesouro Direto, esses títulos são
denominados de “Tesouro prefixado”.
Suponha que um investidor adquira uma LTN por R$800,00 um ano antes de seu
vencimento.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 8 – LTN
A rentabilidade da operação será de:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
LETRA FINANCEIRA DO TESOURO (LFT)
Esse é um título pós-fixado, que acumula a taxa Selic diária. Ao vencimento do
título, será pago ao investidor o valor investido corrigido pela taxa Selic acumulada
no período de investimento. No Tesouro Direto, esses títulos são denominados de
“Tesouro Selic”.
Suponha que um investidor adquire uma LFT por R$10.500,00 um ano antes de
seu vencimento, e que a taxa Selic acumulada nesse período foi de 2,5%.
rentabilidade = = 25%1.000−800
800
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 9 – LFT
No vencimento, o investidor recebe os R$10.500,00 investidos corrigidos pela
Selic acumulada no período (2,5%).
10.500,00 × (1 + 2,5%) = 10.762,50
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
NOTA DO TESOURO NACIONAL – SÉRIE B
(NTN-B)
A rentabilidade desses títulos é dada pela variação da inflação, medida pelo IPCA.
Diferentemente da LTN e da LFT, esse título prevê pagamentos semestrais de
cupons.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 10 – NTN-B
No Tesouro Direto, esses títulos são denominados de “Tesouro IPCA+ com
pagamentos semestrais”.
Há uma modalidade específica de NTN-B no Tesouro Direto que não possui
pagamento de cupons, denominada de “Tesouro IPCA+”, também chamada de
NTN-B Principal.
NOTA DO TESOURO NACIONAL – SÉRIE F
(NTN-F)
A rentabilidade desses títulos é prefixada, mas, à diferença da LTN, esse título
prevê pagamentos de cupons semestrais, sendo denominado “Tesouro Prefixado
com Juros Semestrais” no Tesouro Direto.
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 11 – NTN-F
SECURITIZAÇÃO
Nem todos os ativos podem ser negociados no mercado de capitais. No entanto,
por meio da securitização, é possível transformar créditos a receber em ativos
negociáveis no mercado de capitais.
 EXEMPLO
As companhias securitizadoras podem converter créditos a receber (recebíveis)
em títulos negociáveis no mercado.
Dois dos títulos mais conhecidos sãos os Certificados de Recebíveis
Imobiliários (CRI) e os Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRA).
CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS DO
AGRONEGÓCIO (CRA)
Lastreado em créditos a receber de financiamentos do agronegócio.
javascript:void(0)
javascript:void(0)
CERTIFICADOS DE RECEBÍVEIS
IMOBILIÁRIOS (CRI)
Lastreado em créditos a receber originados de financiamentos imobiliários.
A securitização funciona da seguinte maneira: suponha que uma empresa que
possui créditos a receber em seu balanço deseja antecipar o recebimento deles
para se financiar e investir em novos projetos. Para isso, ela cede esses créditos a
uma companhia securitizadora, que os utiliza como lastro na emissão de títulos no
mercado de capitais.
A remuneração desses títulos é feita conforme o desempenho dos recebíveis.
Dessa forma, a emissão pode ser feita em camadas, de acordo com um grau
crescente de risco de crédito e de remuneração.
 EXEMPLO
Digamos que a emissão contemple duas camadas, sendo a segunda subordinada
à primeira, ou seja, antes de pagar a remuneração da camada subordinada,
primeiro se paga a remuneração devida à camada principal. Dessa forma, o risco
de inadimplência na carteira de recebíveis recai primeiramente sobre a camada
subordinada.
Os títulos de crédito securitizado chamados de CDO (Collateral Debt Obligation)
funcionavam dessa forma, tendo papel relevante na crise de 2008.
FUNDOS DE INVESTIMENTO EM DIREITOS
CREDITÓRIOS – FIDC
Uma outra forma de securitizar recebíveis é por meio de fundos de investimentos
em direitos creditórios. Os FIDCs captam recursos mediante emissão de cotas de
participação e investem na aquisição de direitos creditórios (créditos a receber)
diversos e são regulados pela Instrução CVM nº 356 de 2001.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. UM TÍTULO COM O FLUXO DE PAGAMENTOS DADO PELA
FIGURA ABAIXO ESTÁ SENDO NEGOCIADO AO PAR. QUAL É O
VALOR QUE PRECISA SER DESEMBOLSADO PARA COMPRÁ-
LO? 
 
A) 1.000
B) 1.070
C) 1.100
D) 930
E) 970
2. ASSINALE A AFIRMATIVA QUE APRESENTA O TÍTULO
PÚBLICO PREFIXADO QUE PAGA CUPONS SEMESTRAIS:
A) LTNA
B) LFT
C) NTN-F
D) NTN-B
E) NTN-C
GABARITO
1. Um título com o fluxo de pagamentos dado pela figura abaixo está sendo
negociado ao par. Qual é o valor que precisa ser desembolsado para comprá-
lo? 
 
A alternativa "A " está correta.
 
Dizer que um título está sendo negociado ao par significa dizer que o valor
presente do título é igual ao valor do principal. O último fluxo da figura apresenta o
principal mais o último cupom de juros. Como o cupom é de R$70,00, o principal
será dado por: 
 
PRINCIPAL = 1.070 - 70 = 1.000
2. Assinale a afirmativa que apresenta o título público prefixado que paga
cupons semestrais:
A alternativa "C " está correta.
 
As NTN-F pagam cupons semestrais prefixados. Esses títulos são denominados
“Tesouro Prefixado com Juros Semestrais” no Tesouro Direto.
MÓDULO 3
 Reconhecer as principais características dos mercados de ações e de
derivativos
Neste módulo, analisaremos mais a fundo o mercado de ações e de derivativos,
abordando as análises técnica e fundamentalista, e explorando os direitos dos
acionistas minoritários.
MERCADO DE AÇÕES
Como vimos, as ações são instrumentos de participação nos resultados das
empresas. Assim, sua rentabilidade depende das expectativas de geração de
lucros futuros.
Os analistasde mercado utilizam diversas técnicas para tentar estimar esses
lucros futuros e estabelecer o valor justo de negociação dessas ações.
Imagine que um analista espere que uma determinada empresa vá pagar
dividendos de R$2,00 por ação todos os anos indefinidamente. Assim, o fluxo de
recebimentos esperados pelo analista será dado conforme ilustrado na Figura 12:
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 12 – Fluxo de pagamento de dividendos
Esse fluxo corresponde a uma perpetuidade, pois prevê pagamentos perpétuos.
Suponhamos ainda que a taxa de juros anual é de 8%. Assim, o valor presente
desse fluxo será dado pela seguinte expressão:
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Onde d é o valor de cada dividendo pago e r é a taxa de juros, logo:
VP = d
r
 Atenção! Para visualização completa da equação utilize a rolagem horizontal
Logo, o preço justo dessa ação seria de R$ 25 reais.
ANÁLISE TÉCNICA
A análise técnica é uma ferramenta usada por investidores que busca prever o
movimento dos preços das ações com base nos gráficos dos movimentos
passados. Os analistas técnicos tentam prever o melhor momento para entrar ou
sair de uma determinada posição no mercado de capitais observando as
tendências de movimento dos preços, os volumes de negociações e outras
variáveis.
VP = = R$ 25,002
8%
Alguns conceitos importantes usados nas análises técnicas são os de suporte e
resistência.
 
Fonte: Shutterstock.com
SUPORTE
É definido como um volume de compra suficiente para reverter uma tendência de
baixa.
 
Fonte: Shutterstock.com
RESISTÊNCIA
É um volume de venda suficiente para reverter uma tendência de alta.
Esses conceitos tentam, portanto, replicar movimentos de entusiasmo relativo
entre compradores e vendedores.
Graficamente, podemos ver o suporte e a resistência como linhas horizontais que
mostram as inflexões nas cotações, sendo o suporte um piso e a resistência um
teto, conforme a Figura 14. Nesta figura, também é possível notar que o suporte e
a resistência variam ao longo do tempo, veja a seguir:
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 13 – Suporte e resistência
Um gráfico bastante utilizado pelos analistas técnicos é o gráfico de candlestick,
que recebe esse nome pelo formato, que se assemelha ao de uma vela. Nesse
gráfico, para cada dia, são representados os valores das cotações de abertura,
fechamento, máximo e mínimo. Quando o valor da cotação de abertura é inferior
ao do fechamento, o retângulo recebe a cor verde (mercado em alta). Quando o
valor da cotação de abertura é superior ao de fechamento, ele recebe a cor
vermelha (mercado em baixa). Observe a figura a seguir:
 
Fonte: EnsineMe
 Figura 14 – Gráfico de Candlestick
Os defensores desse tipo de análise argumentam que há diversos fatores a serem
explorados nesses gráficos, de origem psicológica, técnica, econômica e
monetária.
Os críticos defendem que os movimentos passados nos preços não têm poder
preditivo sobre os movimentos futuros.
ANÁLISE FUNDAMENTALISTA
A análise fundamentalista busca avaliar o valor justo de uma ação a partir do
exame dos fundamentos econômico-financeiros da empresa. Ela pode ser do tipo
top-down (de cima para baixo) ou bottom-up (de baixo para cima).
Veja a seguir as características de cada uma:
ANÁLISE TOP-DOWN
Na análise do tipo top-down, o analista inicia sua avaliação a partir de elementos
"macro", ou seja, os fundamentos macroeconômicos e setoriais nos quais a
empresa está inserida, como o risco país, a inflação, as taxas de juros etc.
Somente depois, a análise passa a observar aspectos "micro", relacionados com a
empresa propriamente dita.
ANÁLISE BOTTOM-UP
Já na análise bottom-up, o analista inicia sua avaliação pelos aspectos "micro",
como números do balanço da empresa, passando por sua governança, sua
estrutura, seus controles internos e capacidade dos administradores para
determinar o potencial de geração de valor da empresa.
DIREITOS DOS ACIONISTAS
Um dos principais objetivos da regulamentação da CVM é garantir um tratamento
justo dos investidores do mercado de capitais e, para isso, os acionistas
minoritários são providos de alguns direitos como forma de manter o equilíbrio de
seus interesses e os dos acionistas majoritários.
O primeiro direito sobre o qual já discorremos é o direito a voto nas assembleias
gerais de acionistas. Os detentores de ações ordinárias possuem tal direito, o que
não ocorre com os acionistas preferenciais.
 
Fonte: Shutterstock.com
Outro direito que também já abordamos é o de participar dos resultados com a
distribuição de dividendos. Vimos que os acionistas preferenciais têm prioridade
nesse pagamento.
Além desses dois direitos, há uma série de outros que os acionistas minoritários
de companhias de capital aberto possuem e que vamos abordar aqui.
Quando há mudança no controle da empresa, com um novo controlador
comprando a maior parte do capital, os acionistas minoritários com ações
ordinárias têm o direito de vender suas ações pelo preço pago pelo novo
controlador na aquisição do controle. Esse direito é chamado de tag along (ir junto,
em inglês) e pode ser estendido aos acionistas preferenciais, caso essa previsão
conste do estatuto da empresa.
 
Fonte: Shutterstock.com
Ao contrário do tag along, que é um direito de venda das ações, os acionistas
minoritários também têm o direito de subscrever novas ações quando a empresa
decide aumentar seu capital. Esse é o direito de preferência na subscrição.
Subscrevendo novas ações, o acionista minoritário pode manter sua participação
percentual na empresa.
O direito de tag along, no entanto, pode não ser o de venda das ações pelo preço
cheio pago pelo novo controlador, possivelmente sendo um percentual deste. No
entanto, ele não pode ser inferior a 80% do valor cheio.
Por fim, os acionistas também podem receber bonificações em ações, como forma
de manter sua participação percentual no capital da empresa quando esta
reinveste seus lucros.
NÍVEIS DE GOVERNANÇA
No mercado de capitais brasileiro, as empresas de capital aberto podem aderir a
segmentos de governança especiais, caso atendam a alguns critérios bastante
rigorosos. Esses critérios de governança são estabelecidos pela B3 e classificados
em três níveis: nível 1, nível 2 e novo mercado.
A tabela abaixo resume alguns pontos de distinção entre os três níveis de
governança.
Veja a seguir:
Novo mercado Nível 1 Nível 2
Tipos de ação
Apenas
ordinárias
Ordinárias e
preferenciais
(com mais
direitos)
Ordinárias e
preferenciais
Ações em
circulação
(free float)
25% do total 25% do total 25% do total
Novo mercado Nível 1 Nível 2
Conselho de
administração
> 5 membros
com 20%
independentes
> 5 membros
com 20%
independentes
> 3
membros
Tag along 100% 100% 80%
 Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal
MERCADO DE DERIVATIVOS
Os derivativos são instrumentos financeiros cujo valor depende de outro ativo de
referência. Por exemplo, um derivativo de dólar é um instrumento cujo valor
depende da cotação da moeda norte-americana. Podemos ter os mais variados
tipos de ativos subjacentes, como o preço de commodities agrícolas, como o milho
ou a soja, ações ou taxas de juros.
Há quatro principais instrumentos derivativos: os contratos a termo, os contratos
futuros, os swaps e as opções.
Vejamos cada um deles com mais detalhes.
CONTRATOS A TERMO
Os contratos a termo são acordos de compra e venda futura de ativos com
volumes, prazos e preços predefinidos.
 
Fonte: Shutterstock.com
Por exemplo, poderíamos ter um contrato a termo que prevê a compra/venda
futura de U$50.000.00, em 1 ano, ao preço de 5,30 BRL/USD. Nesse contrato,
uma parte se obriga a comprar 50 mil dólares daqui a um ano, pagando 265 mil
reais (50.000 x 5,30), enquanto a outra parte se obriga a vender aquela quantidade
no mesmo prazo e preço.
No momento da entrada no contrato, não há troca de fluxos financeiros.
Casoa cotação do dólar no vencimento do contrato seja de 6,00 BRL/USD, a parte
compradora irá comprar por 265 mil reais algo que vale 300 mil reais (6,00 x
50.000), auferindo um lucro de 35 mil reais. A parte vendedora terá um prejuízo de
igual valor.
Por outro lado, caso a cotação do dólar no vencimento seja de 4,50 BRL/USD, a
parte compradora irá pagar 265 mil reais por algo que vale 225 mil reais (4,50 x
50.000), auferindo um prejuízo de 40 mil reais. A parte vendedora terá um lucro de
igual valor.
Vejamos, então, como um contrato a termo pode ser utilizado:
Imagine que um exportador tenha uma dívida de U$50.000.00 a ser paga em 1
ano. Para se proteger de uma eventual subida do dólar, ele decide entrar em um
contrato a termo com as características que vimos nos parágrafos anteriores.
Dessa forma, sem nenhum desembolso inicial, ele se protege de subidas na
cotação do dólar que fariam sua dívida aumentar. Entrando no contrato como parte
compradora, ele garantirá que desembolsará exatamente 265 mil reais ao final de
um ano para pagar sua dívida.
 
Fonte: Shutterstock.com
É importante notar que, ao mesmo tempo em que se protege de um aumento do
dólar, o exportador abre mão de ganhos financeiros caso o dólar se desvalorize.
Ele fica, portanto, "travado" em dólar.
Os contratos a termo também são conhecidos como Non Deliverable Forward
(NDF), uma vez que boa parte desses contratos não prevê a entrega física do
ativo subjacente (ou ativo objeto), ou seja, não prevê a entrega dos 50 mil dólares
do nosso exemplo. O encerramento do contrato ocorre com a transferência do
saldo (lucro/prejuízo) de uma parte a outra.
No nosso exemplo, caso a cotação do dólar no vencimento fosse de 6,00
BRL/USD, a parte vendedora pagaria 35 mil reais à parte compradora. Caso a
cotação no vencimento fosse de 4,50 BRL/USD, a parte compradora pagaria 40
mil reais à parte vendedora.
CONTRATOS FUTUROS
Os contratos futuros são muito parecidos com os contratos a termo. Eles também
preveem a compra/venda futura de um ativo objeto no volume, prazo e preço
predefinidos.
A diferença encontra-se na contraparte da negociação e na presença de ajustes
diários, como vamos detalhar agora.
Como vimos, nos contratos a termo, uma parte se obriga com a outra a
comprar/vender um ativo em data futura. No exemplo que estudamos, uma das
partes deveria pagar a outra uma determinada quantia no vencimento do contrato.
E o que acontece se essa parte não honrar seu compromisso? Esse é o chamado
risco de crédito, ou risco de contraparte.
Assim, quanto maiores os volumes e os prazos envolvidos, maior o risco de
contraparte em um desses contratos.
 
Fonte: Shutterstock.com
Os contratos futuros tentam reduzir esse risco de duas formas: utilizando uma
contraparte comum a todos os contratos, a contraparte central, e realizando
ajustes diários nas posições dos contratos.
 COMENTÁRIO
Quando você entra em um contrato futuro, a sua contraparte é a B3, a contraparte
central. Ela, por sua vez, exige de todos os participantes de contratos futuros uma
conta margem, que deve ser constituída com ativos suficientes para fazer face aos
riscos a que cada participante está exposto.
Ao final do dia, ela atualiza as posições e retira dessa conta margem os ajustes
diários. Esses ajustes variam em função das variações no preço do ativo objeto.
Caso o dólar suba de preço, a parte vendedora paga o ajuste referente a esse
aumento. Caso o dólar se desvalorize, é a parte compradora que paga o ajuste.
Após esses ajustes, pode ser necessário que uma das partes recomponha sua
conta margem.
Esse procedimento faz com que todas as posições nos contratos futuros sejam
zeradas diariamente, reduzindo bastante o risco de crédito.
SWAPS
Os swaps são derivativos que envolvem a troca de fluxos de caixa, sem envolver a
troca do principal. Por meio desses contratos, dois agentes acordam trocar
índices.
Um dos swaps mais comuns no mercado brasileiro é o swap DI x Pré. Esse
contrato prevê que umas das partes pague a rentabilidade do CDI sobre um
determinado valor e a outra pague uma taxa prefixada.
 
Fonte: Shutterstock.com
OPÇÕES
Existem dois tipos de opções: de compra e de venda. Vejamos:
OPÇÕES DE COMPRA
Quem adquire uma opção de compra passa a ter o direito de comprar o ativo
objeto por um preço predeterminado (preço de exercício ou strike). O vendedor
dessa opção se obriga a vendê-la por esse preço.
Vejamos um exemplo:
Digamos que você possui uma opção de compra de ação com preço de exercício
de R$50,00. Assim, a opção concede o direito de comprar a ação por esse valor.
Caso o valor da ação seja de R$52,00 na data de vencimento da opção, você
pode exercer seu direito e comprar a ação por R$50,00 e revendê-la no mercado
por R$52,00, auferindo um resultado de dois reais.
O resultado para o vendedor da opção é negativo, pois ele teve que vender por
R$50,00 algo que valia R$52,00.
OPÇÕES DE VENDA
Quem adquire uma opção de venda passa a ter o direito de vender o ativo objeto
por um preço predeterminado (preço de exercício). O vendedor dessa opção se
obriga a comprá-la por esse preço.
Digamos que você possua uma opção de venda de uma ação com preço de
exercício de R$ 50,00. Assim, a opção te dá o direito de vender a ação por esse
valor. Caso o valor da ação seja de R$52,00 na data de vencimento da opção,
você não terá interesse em exercer seu direito, pois pode vender a mesma ação
no mercado por R$52,00. Assim, a opção expira sem ser exercida. Usando o
jargão do mercado, ela "virá pó".
Note que o detentor de uma opção não é obrigado a exercê-la. Ele tem o direito de
exercê-la e só o fará caso seja vantajoso para ele.
Por outro lado, o vendedor da opção é obrigado a comprar/vender a ação, caso ela
seja exercida pelo comprador.
Como o vendedor certamente perderá, caso a opção seja exercida, ele exige uma
remuneração no início do contrato para assumir tal risco. Essa remuneração é
chamada de prêmio da opção.
Ou seja, à diferença dos derivativos anteriores, que não envolviam fluxos de
recursos no instante inicial, isso não acontece nas opções. Quando um investidor
compra uma opção, deve pagar um prêmio ao vendedor. Assim, o comprador tem
um fluxo inicial negativo e o vendedor tem um fluxo inicial positivo.
Resumindo, temos os seguintes elementos definidores de uma opção:
Ativo objeto ou ativo subjacente ― ativo ao qual a opção se refere;
Data de vencimento da opção ― data de expiração do direito adquirido;
Preço de exercício ― preço predeterminado de compra/venda do ativo
objeto;
Tipo: compra ou venda;
Prêmio ― valor pago pelo comprador ao vendedor no início da operação.
Uma última classificação importante sobre as opções é que elas podem ser do tipo
europeia ou americana.
EUROPEIA
Nas opções europeias, o exercício da opção ocorre somente em sua data de
vencimento.
AMERICANA
javascript:void(0)
javascript:void(0)
Já nas opções americanas, o exercício pode ocorrer a qualquer momento,
até o vencimento da opção.
PARTICIPANTES DO MERCADO DE
DERIVATIVOS
Os principais agentes que operam no mercado de derivativos são os hedgers, os
especuladores e os arbitradores.
HEDGERS
Os hedgers são agentes que buscam o mercado de derivativos para reduzir riscos,
assumindo posições contrárias às exposições de suas carteiras.
Por exemplo, um importador que teme uma apreciação do dólar pode usar o
mercado de derivativos para se proteger contra esse aumento.
ESPECULADORES
Os especuladores são investidores que buscam auferir lucros no mercado de
derivativos.
Por exemplo, um investidor que acredita que o preço de uma ação irá cair pode
utilizar o mercado de derivativos para auferir ganhos. Uma das maneiras de fazer
isso seria comprando opções de venda dessa ação. Caso o preço realmente caia,
ele poderá comprar ações mais baratas no mercado à vista e exercer seu direito
de venda por um preço maior.
ARBITRADORES
Os arbitradores são agentes que observam os diferentes mercados paratentar
explorar possibilidades de ganhos sem riscos. Assim, ele consegue montar
operações envolvendo os mercados de crédito, de capitais e de derivativos para
explorar distorções de precificação entre esses mercados.
Por exemplo, imagine que as taxas de juros estão em 10% a.a., o valor de uma
ação à vista está em R$20,00 e o seu valor no mercado a termo para 1 ano está
em R$23,00.
O arbitrador pode tomar R$20,00 emprestados, comprar a ação e vendê-la no
mercado a termo. Ao final do ano, ele entrega a ação, recebendo R$23,00 e paga
o empréstimo de R$22,00 (R$20,00 mais os juros de 10%). Seu lucro total terá
sido de R$1,00, sem correr riscos e sem nenhum desembolso inicial.
Hoje
Recebe R$20,00 do banco;
Paga R$20,00 pela ação;
Vende no mercado a termo por R$23,00.
Não há saldo financeiro neste momento.
Em 1 ano
Encerra o termo e recebe R$23,00.
Paga a dívida de 20x(1+10%) = R$22,00.
Lucro = R$1,00
ATUAÇÃO DO ARBITRADOR
Neste vídeo, vamos resolver um exercício para que você entenda melhor o
conteúdo.
VERIFICANDO O APRENDIZADO
1. ASSINALE O TIPO DE AGENTE NO MERCADO DE
DERIVATIVOS QUE BUSCA PROTEÇÃO CONTRA OS RISCOS A
QUE ESTÁ EXPOSTO:
A) Arbitrador
B) Corretor
C) Especulador
D) Distribuidor
E) hedgers
2. QUAL DAS OPÇÕES ABAIXO NÃO REPRESENTA UM DIREITO
DOS ACIONISTAS ORDINÁRIOS?
A) Tag along.
B) Preferência na subscrição.
C) Negociação preferencial no after Market.
D) Recebimento de dividendos.
E) Voto nas assembleias.
GABARITO
1. Assinale o tipo de agente no mercado de derivativos que busca proteção
contra os riscos a que está exposto:
A alternativa "E " está correta.
 
Os agentes que estão expostos a riscos diversos podem utilizar o mercado de
derivativos para se proteger contra esses riscos, que podem ser cambiais, de
taxas de juros ou outros fatores. Os investidores que buscam essa proteção são
chamados de hedgers.
2. Qual das opções abaixo não representa um direito dos acionistas
ordinários?
A alternativa "C " está correta.
 
A única alternativa que não representa um direito dos acionistas ordinários é a C.
As regras do after market não preveem esse direito.
CONCLUSÃO
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Neste tema, vimos o funcionamento do mercado de capitais e como as empresas
conseguem captar recursos para financiar seus projetos de longo prazo utilizando
os instrumentos de dívida e de participação.
Exploramos também os mercados de títulos, de ações e de derivativos, suas
aplicações e técnicas de análise.
AVALIAÇÃO DO TEMA:
REFERÊNCIAS
ASSAF NETO, A. Mercado financeiro. 9. ed. São Paulo: Atlas, 2009.
BESSADA, O.; BARBEDO, C.; ARAÚJO, G. Mercado de derivativos no Brasil. 5.
ed. Rio de Janeiro: Record, 2013.
BM&FBOVESPA, CVM. Comitê Consultivo de Educação. TOP: Mercado de
derivativos no Brasil: conceitos, produtos e operações. 1. ed. Rio de Janeiro:
BM&FBOVESPA, 2015.
COMISSÃO DE VALORES MOBILIÁRIOS. Comitê Consultivo de Educação. TOP:
Mercado de Valores Mobiliários Brasileiro. 4. ed. Rio de Janeiro: Comissão de
Valores Mobiliários, 2019.
FORTUNA, Eduardo. Mercado financeiro ― produtos e serviços. 18. ed. Rio de
Janeiro: Qualymark, 2011.
PRING, M. J. Technical analysis explained: the successful investor’s guide to
spotting investment trends and turning points. 3. ed. Nova York: Mc-Graw Hill,
1991.
EXPLORE+
Explore mais informações sobre emissões de debêntures por meio dos materiais
divulgados pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e
de Capitais (Anbima).
CONTEUDISTA
Paulo Roberto Miller Fernandes Vianna Junior
 CURRÍCULO LATTES
javascript:void(0);

Continue navegando

Outros materiais