Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
CENTRO UNIVERSITÁRIO NEWTON PAIVA FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA - FACET CURSO ENGENHARIA CIVIL JAILINE MARIA LACERDA DE PAULA JEFERSON REIS DOS SANTOS JULYANA DE OLIVEIRA COSTA LUCAS MENDES DE OLIVEIRA MATHEUS HENRIQUE RODRIGUES OBRAS RODOVIÁRIAS II Concurso CBUQ – Dosagem Marshall BELO HORIZONTE NOVEMBRO/2019 Jailine Maria Lacerda de Paula - 81211487 Jeferson Reis Dos Santos – 11510010 Julyana de Oliveira Costa - 11510585 Lucas Mendes de Oliveira - 11510417 Matheus Henrique Rodrigues - 11411541 OBRAS RODOVIÁRIAS II Concurso CBUQ – Dosagem Marshall Trabalho Prático do Curso de Graduação em Engenharia Civil da Faculdade de Ciências Exatas e de Tecnologia – FACET do Centro Universitário Newton, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Disciplina: Obras Rodoviárias II Orientador: Rodrigo Diogenes Rezende BELO HORIZONTE NOVEMBRO/2019 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ..................................................................................................... 4 2. CARACTERISTICAS DOS MATERIAIS .............................................................. 5 2.1 Cimento asfáltico de petróleo (CAP) .............................................................. 5 2.2 Agregados ........................................................................................................ 5 2.2.1 Agregado graúdo ......................................................................................... 5 2.2.2 Agregado miúdo........................................................................................... 5 3. PROPRIEDADE DOS MATERIAIS ...................................................................... 6 4. CÁLCULO DO ENSAIO MARSHALL .................................................................. 7 4.1 Densidade ......................................................................................................... 8 4.1.1 Densidade Real ........................................................................................... 8 4.1.2 Densidade Aparente .................................................................................... 9 4.1.3 Densidade Teórica ....................................................................................... 9 4.2 Vazios ................................................................................................................ 9 4.2.1 Número de vazios (Vv) ................................................................................ 9 4.2.2 Número de vazios cheios com betume (VCB) ............................................. 9 4.2.3 Número de vazios agregado mineral (VAM) ................................................ 9 4.2.4 Relação de betume vazios (RBV) ................................................................ 9 4.3 Estabilidade (Kg) ............................................................................................ 10 4.4 Fluência (Kg) .................................................................................................. 10 REFERÊNCIAS ......................................................................................................... 11 ANEXO I.................................................................................................................... 12 1. INTRODUÇÃO O transporte rodoviário é determinante para o desenvolvimento econômico, político e social do país. No Brasil, o meio de transporte mais utilizado é o rodoviário, a malha rodoviária é utilizada para a transição de 75% de sua produção. No país, há cerca de 1,7 milhão km de estradas, dentre elas 12,9% são pavimentadas e 79,5% não são pavimentadas. A fim de apresentar melhores condições operacionais para o tráfego, a pavimentação garante uma superfície mais regular e aderente, com uma vida útil avançada e recurso de manutenção adequado, proporcionando níveis satisfatórios de segurança, conforto, velocidade e economia. O sistema de pavimentação de uma rodovia é formado por uma estrutura construída em camadas sobrepostas de materiais compactados diferentes, sendo elas a base asfáltica, base, sub-base e reforço do subleito, dimensionados de tal maneira que seja capaz de atender as necessidades estruturais e operacionais da via, para melhor acessibilidade de rodagem dos veículos. O revestimento mais comum em rodovias é o de mistura asfáltica, que pode ser fabricado tanto em usina específica ou preparado na própria pista de rolamento. Além da diversificada forma de produção, os revestimentos também são classificados quanto ao tipo de ligante aplicado: a quente com utilização de concreto asfáltico (CBUQ) – Concreto Betuminoso Usinado a Quente, ou a frio com utilização de emulsão asfáltica (EAP). O Concreto Betuminoso Usinado a Quente é um produto feito pela mistura dos agregados de várias faixas granulométricas predefinidas e cimento asfáltico, ambos aquecidos em temperaturas determinadas, buscando uma característica viscosa do ligante. A partir dos dados coletados, foi realizado neste trabalho prático uma dosagem de mistura asfáltica a quente (CBUQ), determinando em laboratório um teor de ligante asfáltico, granulometria, compactação e temperatura com o propósito de buscar parâmetros para o seu melhor desempenho. 2. CARACTERISTICAS DOS MATERIAIS 2.1 Cimento asfáltico de petróleo (CAP) O Cimento Asfáltico de Petróleo – CAP, é definido como um líquido viscoso, semissólido, em temperatura ambiente, que proporciona comportamento termoplástico, transformando-se em líquido se aquecido e revertendo para o estado inicial após ser resfriado. Segundo a ANP – Agência Nacional do Petróleo, Gás e Biocombustíveis os asfaltos para pavimentação são classificados por: - CAP 30/45, - CAP 50/70, - CAP 85/100, - CAP 150/200. 2.2 Agregados Agregados para a construção civil são materiais rochosos variados, sólidos ou granulares, fragmentados naturalmente ou por processos industrializados. Desta forma, existem dois tipos de agregados para concreto: o graúdo (britas), e o miúdo (areia), cada qual definidos com funções e propriedades específicas. 2.2.1 Agregado graúdo Agregado graúdo é definido pela ABNT NBR 7211:2005 define agregado graúdo como “agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 4,75 mm” em ensaios e com peneira definidos por norma. 2.2.2 Agregado miúdo Agregado miúdo é definido pela ABNT NBR 7211:2005 define agregado miúdo como “agregado cujos grãos passam pela peneira com abertura de malha de 4,75 mm e ficam retidos na peneira com abertura de malha de 150 μm” em ensaios e com peneira definidos por norma. 3. PROPRIEDADE DOS MATERIAIS • Cimento: - Marca: Montes Claros - Tipo: CPII e 32 - Massa Específica: 3.000 kg/m³ • Agregado Graúdo: o Brita 0: - Diâmetro Máximo Característico (Dmáx): 12,5mm - Massa Unitária Compactada (MUc): 1.600 kg/m³ - Massa Específica: 2620 kg/m³ o Brita 1: - Diâmetro Máximo Característico (Dmáx): 19,0mm - Massa Unitária Compactada (MUc): 1.613 kg/m³ - Massa Específica: 2620 kg/m³ • Agregado Miúdo: o Areia: - Módulo de finura (MF): 1,76 - Massa Específica: 2590 kg/m³ 4. CÁLCULO DO ENSAIO MARSHALL Todos os resultados alcançados através de amostras no laboratório do ensaio de Concreto Betuminoso Usinado a Quente (CBUQ), dosado na faixa “C” escolhida, da especificação DNIT 031/2004 – ES, estão dispostos no Anexo I, apenas os agregados logo abaixo na Tabela 1: Tabela 1 – Definição da faixa “C” especificação DNIT 031/2004 – ES Peneiras Brita 1 0% Brita 0 45% Areia 25% Pó de Pedra 30% Mistura Faixa C3/4" 0,83 0% 1,00 45% 1,00 25% 1,00 30% 100 100 1/2" 0,12 0% 0,85 38% 1,00 25% 1,00 30% 93 80 -100 3/8" 0,02 0% 0,34 15% 1,00 25% 1,00 30% 70 70 - 90 Nº 4 0% 0,00 0% 0,996 25% 1,00 30% 55 44 - 72 Nº 10 0% 0% 0,766 19% 0,98195 29% 49 22 - 50 Nº 40 0% 0% 0,158 4% 0,29007 9% 13 8 - 26 Nº 80 0% 0% 0,002 0% 0,01959 1% 0,64 4 - 16 Nº 200 0% 0% - 0% 0,00062 0,02% 0,02 2 - 10 Densidade Aparente (g/cm³) 1,63 1,64 1,83 1,41 Densidade Real (g/cm³) 2,62 2,62 2,62 2,62 O ensaio de dosagem teve como início a separação dos agregados retidos nas peneiras separadas em: Brita 0 – 45% = 516g Areia – 25% = 288g Pó de Pedra – 30% = 336g Após descobrirmos a granulometria média da faixa “C”, calcula-se o Teor Teórico de ligante (L): 𝐸= (25+2𝑥55)+6𝑥(13)+125𝑥0,02 100 = 𝟐, 𝟏𝟓𝟓 𝐿 = 3,75𝑥 √𝐸 5 ∴ 3,75𝑥 √2,155 5 = 𝟒, 𝟑𝟕% Feito isso, relacionamos o percentual dos agregados para definirmos a faixa adotada: Tabela 2 – Definição do traço em peso de 1200g Traço em Peso Material % ÷ 105,37 Brita 0 45 43% Areia 25 24% Pó 30 28% CAP 5,37 5% TOTAL 105,37 100% Tabela 3 – Definição do traço em volume de 1200g Traço em Volume Brita 0 45% ÷ 1,64 27,44 ÷ 66,14 41,49% Areia 25% ÷ 1,83 13,66 ÷ 66,14 20,65% Pó 30% ÷ 1,41 21,28 ÷ 66,14 32,18% CAP 5,37% ÷ 1,43 3,76 ÷ 66,14 5,68% 4.1 Densidade 4.1.1 Densidade Real Para descobrirmos a densidade real da mistura dos agregados (Dag) é necessário utilizarmos a fórmula abaixo: Dag = 100 % 𝑎𝑔𝑟 𝐴 𝑑𝑟 𝑎𝑔𝑟 𝐴 + % 𝑎𝑔𝑟 𝐵 𝑑𝑟 𝑎𝑔𝑟 𝐵 + % 𝑎𝑔𝑟 𝐶 𝑑𝑟 𝑎𝑔𝑟 𝐶 +… = 100 45 2,62 + 25 2,62 + 30 2,62 +… = 2,62 g/cm³ ∑ = 66,14 4.1.2 Densidade Aparente A densidade aparente é encontrada através da associação entre a massa seca do agregado pela diferença entre a massa seca e a massa saturada: d 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒= 𝑀𝑠 𝑀𝑠−𝑀𝑠𝑎𝑡 = 1114 1114−655 = 2,43 g/cm³ 4.1.3 Densidade Teórica A densidade teórica é encontrada através da fórmula abaixo: d 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 = 4.2 Vazios 4.2.1 Número de vazios (Vv) A definição do número de vazios foi calculada através da fórmula: Vazios % = [1 − 𝑑 𝑎𝑝𝑎𝑟𝑒𝑛𝑡𝑒 𝑑 𝑡𝑒ó𝑟𝑖𝑐𝑎 ] 𝑥 100 = [1 − 2,43 2,43 ] 𝑥 100 = 𝟎% 4.2.2 Número de vazios cheios com betume (VCB) O percentual do volume de vazios cheios de betume foi encontrado utilizado a fórmula: VCB = ( 𝑏 𝑏𝑑 ) 𝑥 𝑐 = ( 5,10 5,10𝑥 2,43 ) 𝑥 2,43 = 12,09% 4.2.3 Número de vazios agregado mineral (VAM) O percentual de vazios de agregado mineral foi encontrado através da fórmula: VAM = Vv + VCB = 0 + 12,09 = 12,09% 4.2.4 Relação de betume vazios (RBV) A relação entre betume vazios, foi calculado utilizado a fórmula: RBV = ( 𝑉𝐶𝐵 𝑉𝐴𝑀 ) 𝑥 100 = ( 12,09 12,09 ) 𝑥 100 = 100% 100 %𝑐𝑎𝑝 𝑑𝑏 + 100−𝑏 𝑑𝑎𝑔 = 100 5,37 1,025 + 100−5,10 2,62 = 2,43 g/cm³ 4.3 Estabilidade (Kg) Segundo o DNER – ME 043/95, define-se a Estabilidade Marshall como a resistência máxima a compressão radial, apresentada pelo corpo-de-prova, quando moldado e ensaiado de acordo com os processos estabelecido neste método, expressa em N (Kgf). A estabilidade do corpo de prova ensaiado foi obtida conforme as orientações fornecidas pela norma. 4.4 Fluência (Kg) De acordo com o DNER – ME 043/95, define-se a Fluência Marshall como a deformação total apresentada pelo corpo de prova, desde a aplicação da carga inicial nula até a aplicação da carga máxima, expressa em décimos de milímetro (centésimo de polegada). A fluência do corpo de prova ensaiado foi obtida conforme as orientações fornecidas pela norma. REFERÊNCIAS CONCRETO POR MARKETING TECNOSIL.Tecnosilbr.com.br. Disponível em: <https://www.tecnosilbr.com.br/agregados-para-concreto-o-que-sao-e-para-que- servem/>. Acesso: 23 maio 2018 DEPARTAMENTO NACIONAL DE INFRAESTRUTURA DE TRANSPORTES DNIT – Diretoria de planejamento e pesquisa. NORMA ABNT - ABNT NBR 7211:2005 NORMA DNIT 031/2006 – ES: Pavimentos flexíveis, concreto asfáltico, especificação de serviço. Rio de janeiro 2004. ANEXO I Tabela 4 – Característica dos agregados Tabela 5 – Características do corpo de prova Tabela 6 – Características do traço indicado Gráfico 1 – Relação de Vazios e CAP Gráfico 2 – Relação de Betumes Vazios e CAP 5,62 6,07 8,16 4,51 0 0 1 2 3 4 5 6 7 8 9 0 1 2 3 4 5 6 V v( e) % CAP Corpo de Prova 57,07 58,17 52,94 70,05 100 0 20 40 60 80 100 120 0 1 2 3 4 5 6 R B V ( h ) % de CAP Corpo de Prova
Compartilhar