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roteir� d� exam� físic� HA����DA��� MÉDI��� �I ect�scopi�/exam� físic� gera� - dados gerais, visão do paciente como um todo, independe de sistemas orgânicos - o posicionamento depende do conforto e situação clínica do paciente, a sugestão é que inicie com o paciente sentado 1. Estado geral ➢ como o paciente aparenta estar ➢ bom estado geral (BEG), regular ESTADO GERAL (REG), mau estado geral (MEG) 2. Nível de consciência ➢ percepção consciente do mundo e de si mesmo ➢ estado de vigília (consciente) a estado comatoso (inconsciente) ➢ lúcido e orientado em tempo e espaço (LOTE), obnubilado, sonolento, confusão mental, torpor, coma 3. Fala e linguagem ➢ prestar atenção a linguagem e sinais de alteração na fala ➢ disfonia ou afonia: alteração no timbre, rouca, fanhosa ou bitonal ➢ dislalia: comum em crianças, troca de letras ➢ disartria: alterações dos músculos da fonação e incoordenação cerebral, Parkinson ➢ disfasia: distúrbio na elaboração da fala 4. Fácies ➢ elementos anatômicos associados a fisionomia do paciente ➢ atípica (normal), típica de alguma situação ou patologia ➢ ex: hipocrática, renal, leonina, cushingóide ou lua cheia, basedowiana (imagem na última página) 5. Biotipo ou tipo morfológico ➢ características morfológicas, diferente de altura ➢ brevilíneo, mediolíneo, longilíneo 6. Postura ou atitude na posição de pé ➢ boa postura, postura sofrível, má postura 7. Atitude e decúbito preferido no leito ➢ atitude voluntária (ortopneia, prece maometana, cócoras, postura parkinsoniana, decúbitos) ➢ atitude involuntária (passiva, ortótono, opistótono, emprostótono, pleurotótono) ➢ posição antálgica (posições de compensação que visam a melhora da dor) 8. Estado nutricional ➢ normal, sobrepeso, obesidade, desnutrição e caquexia 9. Estado de hidratação ➢ hidratado, desidratado 10. Observações pertinentes ➢ colaboração ou não ao exame, situação respiratória (em ventilação espontânea, em uso de VNI, entubado), marcha, eupneico, afebril, anictérico, afebril. Ex.: Sujeito, BEG (bom estado Geral), em ventilação espontânea, consciente, LOTE, colaborativo ao exame, sem sinais de alteração de fala e linguagem, fácies atípica, normocorado, eupneico, afebril, anictérico, acianótico, eutrófico, estatura mediana, desenvolvimento físico normal, normolíneo, aspecto saudável, ativo, estado de higiene satisfatório, com bom condicionamento físico, tranquilo. Apresenta atitude voluntária, sem sinais de posição compensatória ou antálgica. antropometri� - visam identificar estado físico, nutricional e de desenvolvimento, além de identificar possíveis risco de DCV 1. Peso 2. Altura 3. IMC ➢ kg/m² 4. Circunferência da cintura ➢ importante preditor de alteraçẽos cardiacas sinai� vitai� 1. FC : bpm 2. FR: ipm 3. PA: mmhg 4. TEMPERATURA: ºC 5. SATURAÇÃO: % - os parâmetros considerados aqui são para adultos, em crianças e idosos ocorre variação exam� físic� segmenta� 1. PELE, MUCOSA E FÂNEROS PELE 1. Coloração ➢ normocorada, palidez, vermelhidão ou eritrose, cianose, icterícia, albinismo, dermatografismo (linhas vermelhas feitas com unha ou outro instrumento) 2. Continuidade ou integridade ➢ íntegra, com sinais de solução de continuidade 3. Umidade ➢ avalia por sensação tátil, ou seja, tocando na pele ➢ normal, seca, sudorenta 4. Textura ➢ avalia deslizando as polpas digitais na superfície cutânea ➢ normal, lisa ou fina, áspera, enrugada 5. Espessura ➢ avalia por meio de pinçamento da dobra cutânea com o polegar e indicador ➢ normal, atrófica, hipertrófica 6. Temperatura ➢ palpa a pele com o dorso da mão, deve comparar os dois lados ➢ normal, aumentada ou diminuída 7. Elasticidade e mobilidade ➢ avalia por meio de tração da pele (pinçamento) ➢ normal, diminuída ou aumentada (avalia fazendo pinça) 8. Turgor ➢ avalia por meio de pinçamento da pele com o polegar e indicador ➢ hidratada ou desidratada 9. Lesões elementares ➢ lesões não palpáveis (planas): mácula e manchas (podem ser hipo ou hipercrômicas) ➢ lesões palpáveis (elevadas): pápula, placas, pústula, furúnculo, carbúnculo (múltiplos furúnculos juntos), nódulo, cisto, massa, vergão ➢ até 1 cm: mácula (alteração de cor), petéquia (extravasamento de sangue, arroxeado, não desaparece a compressão), pápula (vasodilatação, vermelho), vesícula (com líquido), pústula (com conteúdo purulento) ➢ acima de 1 cm: mancha (alteração de cor), equimose (extravasamento de sangue, arroxeado), placa eritematosa (vasodilatação, vermelho), bolha (com líquido), abscesso (com conteúdo purulento). Ex.: Normocorada, umidade normal, hidratada, íntegra (sem sinais de solução de continuidade), textura e espessura normais, acianótica, anictérica, turgor preservado (elasticidade), com presença de nevos hipercrômicos em dorso de tórax, não apresenta lesões cutâneas elementares, não apresenta perdas teciduais (descamação), sem sinais de edema ou lesões vasculares. MUCOSA - avaliar nas conjuntivas oculares ou mucosa labial bucal, lingual e gengival 1. Coloração: normocorada, cianose, icterícia, palidez ➢ o descoramento pode ser classificado utilizando 1 a 4 cruzes (+), sendo uma cruz leve diminuição, e 4 cruzes desaparecimento da coloração rósea. 2. Umidade: normal, seca Ex.: Mucosa conjuntival normocorada e hidratada. FÂNEROS 1. Cabelos: implantação e quantidade adequadas a idade e sexo, distribuidos, regioes de alopecia 2. Pelos: distribuidos, condizentes com idade e sexo 3. Unhas: íntegras, sem sinais de alteração em formato e coloração Ex.: Cabelos bem implantados e distribuídos, com áreas de alopecia, pelos sem alterações de quantidade e bem distribuídos de acordo com idade e sexo. Unhas íntegras, sem sinais de alteração em formato e coloração. 2. SISTEMA LINFÁTICO LINFONODOS - palpar regiões em busca de alterações de tamanho e volume, consistência, mobilidade, sensibilidade - região retro e pré auriculares, tonsilar, submandibular, mentoniana, cervical anterior, cervical profunda, posterior, occipital, supraclavicular, axilar, epitroclear, inguinal e poplítea Ex.: Não palpo linfonodos em regiões: retro e pré auriculares, tonsilar, submandibular, mentoniana, cervical anterior, cervical profunda, posterior, occipital, supraclavicular, axilar, epitroclear, inguinal e poplítea. 3. CABEÇA E PESCOÇO CABEÇA - verificar o tamanho do perímetro cefálico. (normal, macrocefalia, microcefalia). - cabelo : quantidade, distribuição, textura, padrão de perda (caso haja). obs: fios finos podem ser encontrados em paciente com hipertireoidismo, enquanto fios grossos são encontrados na hipotiroidismo. - couro cabeludo / escalpo: verificar se há descamação, nódulos, nevos ou outras lesões cutâneas. EX: tamanho cefálico normal, crânio arredondado, sem sinais de alopecia e outras alterações em couro cabeludo, sem sinais de tumoração e lesões cutâneas. OLHOS - sempre iniciar da parte mais externa, sem precisar tocar, e seguir para a mais interna e complexa 1. Lentes corretivas (óculos) 2. Globo ocular e cavidade orbitária: afastamento entre as cavidades, simetria, tamanho do globo 3. Pálpebras, cílios e supercílios: cor, textura, posição, movimentos, edema, implantação e distribuição dos pelos, 4. Aparelho lacrimal: aumento do volume, epífora (excesso de lacrimejamento), atresia, tumefação 5. Conjuntiva e esclera: coloração, edema, sinais de hemorragia 6. Córnea 7. Pupila ➢ Reflexo fotomotor: reação direta e indireta; ao estímulo luminoso a pupila se contrai (miose), ao apagar a luz a pupila dilata (midríase). ➢ Teste de convergência ou reflexo para perto: aproxima um objeto do olho, posicionado na direção do nariz, ocorre miose, convergência e acomodação. 8. Teste “H no ar” ➢ avalia os músculos extraoculares ➢ reto superior, reto inferior, reto medial, oblíquo superior, oblíquo inferior 9. Oftalmoscopia ➢ O fundo do olho normal é visto como um reflexo vermelho (fundo RÓSEO). ➢ olho direito no olho direito Ex.: Orbitas simétricas, pálpebras com boa motilidade e sem sinais de alterações, cílios bem distribuídos, ausência de edemae hiperemia em pálpebras, sem sinais de hemorragias, supercílios simétricos e bem distribuídos, escleroticas anictericas, sem hemorragia subconjutival, sem sinasi de hiperemia, iris com coloraçao simetrica, sem halo senil (feixa azul em torno da iris), pupilas isocoricas (fazer exame com a larterna primeiro), fotoreagentes bilaterias (miose e midrise ), movimentos articulares preservados (fazer o exame H), boa convergencia (fazer o teste aproximando um lapis), sem presença de oftalmopatia, fundo do olho róseo. ORELHAS 1. Pavilhão auricular externo: forma, tamanho e cor, observar presença de alterações e malformações (coloboma) 2. Meato acústico externo: pesquisar edema, secreção, sangramento, presença de cerume, corpo estranho, alterações na estrutura 3. Otoscopia: pesquisar se a membrana timpânica esta integra, formato arredondado, coloração perlácea, reflete a luz do otoscópio, cria triângulo luminoso de politzer, é possível ver o cabo do martelo. ➢ deve-se tracionar a orelha para trás e para cima para realizar o exame 4. Teste de Weber ➢ utiliza diapasão, identifica condição auditiva ➢ coloca na linha média do crânio, testa ou glabela ➢ o paciente deve informar se escutou o som ➢ teste sem lateralização (normal) 5. Teste de Rinne ➢ comparar audição por via óssea e aérea ➢ utiliza diapasão próximo ao ouvido e no processo mastóideo ➢ avalia percepção sonora ➢ audição normal a via aérea é mais audível (Rinne Positivo) 6. Romberg ➢ teste de função vestibular, avalia equilíbrio estático ➢ paciente em pé de olhos fechados durante 1 minuto, o avaliador deve ficar próximo para que ele não caia ➢ preservado ou normal: paciente não desequilibra 7. Romberg modificado: coloca um pé na frente do outro Ex.: Pavilhão auricular preservado, com coloboma em região pré auricular esquerda, presença de vibrissas, meato externo sem sinais de alteração. Otoscopia: mucosa normocorada, sem presença de lesões, edemas e corpo estranho, sem obstrução, sem presença de cerume, sem sinais de inflamação no ouvido médio, membrana timpânica preservada, translúcida, refletindo o foco luminoso. Ao teste de diapasão: Rinne e Weber positivo. Romberg preservado. NARIZ E SEIOS PARANASAIS - inicia da parte externa com inspeção 1. Parte externa: avaliar dismorfias, distúrbios de desenvolvimento e desvios, sinais flogísticos sugestivos de processos inflamatórios e infecciosos, verificar presença de Saudação alérgica, avaliar fácies característica do respirador bucal. 2. Rinoscopia anterior: ➢ utiliza lanterna e espéculo para auxiliar na abertura da narina ➢ caso não tenha espéculo deve-se levantar o ápice do nariz ➢ observar septo nasal, assoalho nasal, presença de secreções ou lesões, coloração de mucosa, conchas média e inferior, hipertrofia, pólipos. 3. Rinoscopia posterior: ➢ com auxílio de abaixador de língua e espelho ➢ o espelho deve ser introduzido na orofaringe até ultrapassar o palato mole ➢ avaliar coanas, paredes, mucosa, tonsilas faríngeas, presença de secreção ➢ exame difícil, pode estimular reflexos 4. Seios paranasais: avaliar se há sinais flogísticos, palpar para verificar se há dor. Ex.: Pele íntegra, sem sinais de dismorfia ou artefatos, sem sinais de lesão, narinas simétricas e columela preservada. Após RINOSCOPIA ANTERIOR, narinas pérvias (sem obstrução), pilificação ou vibrissas bem distribuídas, mucosa normocorada e hidratada, sem sinais de edema, hiperemia, lesões, sangramentos, secreções e escarificação, sem desvio de septo nasal, concha nasal preservada. Nos seios paranasais, a palpação não apresenta alterações (edema, rubor, dor), em seios: frontal, maxilar, células etmoidais e esfenóide. BOCA E FARINGE 1. Avaliar lábios, mucosa, dentes, presença de lesões, condições de higiene, halitose, língua, palatos. 2. Orofaringe ou rinoscopia posterior: ➢ lanterna e abaixador de língua, não deve colocar a língua para fora ➢ deve observar úvula, tonsilas, secreção, sinais flogísticos Ex.: Lábios normoaerados, hidratados, ausência de lesões, comissura preservada. Condição de higiene adequada, dentes preservados em número, tamanho e coloração, gengivas hidratadas, sem sinais de halitose, mucosa rósea, sem sinais de hiperemia, língua com motilidade preservada, sem desvio, saburra presente, palato duro, mole e úvula preservados. Orofaringe: tonsilas simétricas, sem sinais de hiperemia, hipertrofia ou plaquetas exsudativas, sem presença de secreção posterior. PESCOÇO - deve ser feito através de inspeção e palpação 1. Pele e sinais visíveis de alteração: edemas, alterações nodulares visíveis, alterações de coloração e estrutura anatômica. 2. Palpar linfonodos das regiões: retro e pré auriculares, tonsilar, submandibular, mentoniana, supraclavicular, cervical anterior, cervical profunda, posterior e occipital. 3. Veia Jugular: ➢ paciente deitado com cabeceira elevada ➢ observar se há estase jugular (indicativo de insuficiência cardíaca) ➢ se a elevação a jugular ficar mais visível, mais grave 4. Pulso carotídeo: ➢ avaliar bilateralmente o pulso ➢ não pode ser os dois ao mesmo tempo, um de cada vez 5. Tireoide: ➢ consistência, edemas, nódulos, tamanho ➢ pedir ao paciente para deglutir, a tireoide se move junto com a cartilagem ➢ pode ser feito com o examinador posterior ao paciente Ex.: Pescoço simétrico, normal, sem sinais de linfonodos palpáveis (retro e pré auriculares, tonsilar, submandibular, mentoniana, supraclavicular, cervical anterior, cervical profunda, posterior e occipital), pulsação da artéria carótida comum normal, sem sinais de estase de veia jugular externa (deitado). Tireóide com consistência normal, sem presença de nodulações, lobos simétricos, tamanho adequado. 4. SISTEMA RESPIRATÓRIO - o tórax deve ser avaliado com o paciente sentado e deitado LINHAS E REGIÕES TRIÂNGULOS E OUTRAS REGIÕES IMPORTANTES INSPEÇà INSPEÇÃO ESTÁTICA - forma do tórax e suas anomalias estruturais, congênitas ou adquiridas, localizadas ou difusas, simétricas ou não - avaliar pele, presença de lesões elementares, pelos e sua distribuição - tipos de tórax: ➢ chato ou plano: redução do diâmetro anteroposterior, aumento da inclinação das costelas, ângulo de Louis mais nítido. ➢ em tonel ou globoso: aumento do diâmetro anteroposterior, tórax mais curto, horizontalização dos arcos costais e abaulamento da coluna dorsal. ➢ Infundibuliforme ou pectus excavatum: depressão da parte inferior do esterno e região epigástrica, de natureza congênita. ➢ Cariniforme ou pectus carinatum: esterno proeminente e costelas horizontalizadas, pode ser origem congênita ou adquirida. ➢ cônico ou em sino: parte inferior alargada, encontrado em hepatoesplenomegalias e ascites volumosas. ➢ cifótico: curvatura da coluna dorsal formando uma gibosidade, congênito ou por postura defeituosa. ➢ cifoescoliótico: cifose e escoliose. INSPEÇÃO DINÂMICA - ritmo, frequência, uso de musculatura acessória e presença de tiragens - movimentos respiratórios torácicos paradoxais: retração de gradil costal durante a inspiração - sinal de Ramond: contratura da musculatura paravertebral torácica unilateral (comprometimento inflamatório pleural homolateral) - sinal de Lemos Torres: abaulamento dos espaços intercostais durante a expiração (derrame pleural) - tipo respiratório ➢ relacionado a movimentação de tórax e abdome ➢ torácica ou costal: movimentação predominante em caixa torácica ➢ diafragmática: movimentação predominante em metade inferior do tórax e superior do abdome - ritmo respiratório: ➢ inspiração dura aproximadamente o mesmo tempo que a expiração e com a mesma amplitude ➢ Cheyne-Stokes: fase de apnéia seguida por incursões inspiratórias cada vez mais profundas até atingir um ponto máximo e decresce até nova apneia, melhor ouvida do que vista. Relacionada às alterações dos níveis de CO2 e H + no sangue. ➢ Biot: períodos de apneia seguidos de movimentos inspiratórios e expiratórios variados quanto ao ritmo e amplitude. Relacionado a comprometimento encefálico. ➢ Kussmaul: inspirações ruidosas amplas alternadascom inspirações rápidas e de pequena amplitude, apnéia em inspiração, expiração ruidosas profundas alternadas com expirações rápidas de pequena amplitude e apnéia em expiração. Relacionada a acidose. ➢ Suspirosa: ritmo normal interrompido por suspiros. - tiragem: aumento da pressão negativa intratorácica, leva a retração dos espaços intercostais, pode ser: supraclavicular, infraclavicular, intercostal ou epigástrica. PALPAÇÃO - avalia mobilidade da caixa torácica, lesões superficiais (forma, volume e consistência), sensibilidade superficial e profunda, dor - deve-se verificar temperatura e sudorese cutanea bilateral com o dorso das mãos - avaliar presença de edema (indicativo de obstrução de veia cava superior) e enfisema subcutâneo (crepitação, indicativo de pneumotórax) - frêmito tóraco vocal (FTV) ➢ transmissões das cordas vocais transmitidas nas paredes torácicas ➢ deve-se palpar a região dorsal da esquerda para a direita e de cima para baixo de forma alternada, solicitando que o paciente fale “trinta e três” ➢ menos intenso nas mulheres, em obesos e pacientes com hipertrofia muscular ➢ mais intenso no ápice direito (vibrações chega com mais facilidade a superfície pois o brônquio direito tem menor comprimento) EXPANSIBILIDADE - médico atrás do paciente que deve respirar profundamente e lentamente - ápices: pesquisada com ambas as mãos espalmadas, bordas internas tocando a base do pescoço, polegares na coluna vertebral e demais dedos nas fossas supraclaviculares - bases: polegares nas linhas paravertebrais e demais dedos nos arcos costais PERCUSSÃO - deve iniciar pela parte posterior e de cima para baixo - som claro pulmonar: área dos pulmões; clavícula até 2,5 a 3 cm acima, à direita na face anterior do tórax até sexta ou sétima costela. - som timpânico: espaço de Traube, localizado abaixo da sexta costela, acima da margem costal e ao lado da linha axilar anterior. - som maciço: região inferior do esterno, macicez hepática, a direita, abaixo do 6/7 EI. - som submaciço: região precordial AUSCULTA - inicia pela parte posterior do tórax, em seguida laterais e anterior de forma simétrica - avalia o fluxo de ar na árvore brônquica - é importante saber em qual região está cada lobo pulmonar para identificar de onde vem as alterações: anterior (lobo superior e médio) e posterior (lobo inferior) - sons normais ➢ murmúrio vesicular: turbulência do ar circulante, na inspiração é mais alto e intenso do que a expiração, ocorre em quase todo o tórax, mais forte nas regiões ântero superiores, axilas e regiões interescapulares ➢ em casos patológicos pode ocorrer MV reduzido ou aumento do tempo expiratório (dificuldade de saída do ar, asma e DPOC) - sons anormais ➢ estertores finos ou crepitantes: final da inspiração, frequência alta, agudos, curta duração, não modificam com a tosse, atrito do cabelo, podem ser ouvidos em base (quando gerados por congestão), presença de líquido ou exsudato. ➢ grasnidos: final da inspiração, som de gaivota. ➢ estertores grossos ou bolhosos: maior frequência e duração, altera com a tosse, pode ser ouvido em qualquer região do tórax, início da inspiração e durante toda expiração, presença de secreção viscosa e espessa. ➢ roncos: sons graves, de baixa frequência, estreitamento do ducto por espasmo, edema ou secreção, ocorrem tanto na inspiração quanto na expiração, mas são mais comuns na expiração, são mutáveis (pede pra respirar com a boca e verificar se não é de transmissão, ausculta traqueia também) ➢ sibilos: sons agudos, de alta frequência, podem ser múltiplos e disseminados por todo tórax, indicam estreitamento e semi obstrução da via aérea, ocorre na inspiração e na expiração, “chiado ou piado no peito” ➢ estridor: semi obstrução da laringe ou da traqueia, mais audível na respiração forçada. ➢ atrito pleural: ruído irregular, descontínuo, mais intenso na inspiração, ranger de couro, produz vibração palpável (diferente de estertores). - sons vocais ➢ broncofonia ➢ ressonância vocal normal ➢ ressonância vocal diminuída ➢ ressonância vocal aumentada ➢ pectorilóquia fônica ➢ pectorilóquia afônica ➢ egofonia DESCRIÇÃO DO EXAME: tórax de conformação normal, sem alterações de partes moles e ósseas, sem abaulamentos e retrações, pele íntegra. Ritmo regular, movimentos torácicos sincrônicos com movimentos abdominais, expansibilidade preservada e simétrica, sem uso de musculatura acessória. MV presentes e bem distribuídos bilateralmente, sem RA. 5. SISTEMA CARDIOVASCULAR - inclui inspeção, palpação e ausculta - paciente deve estar deitado - precórdio é a região atrás do esterno INSPEÇÃO E PALPAÇÃO - devem ser realizadas simultaneamente, pois os sintomas se misturam - deve verificar os pulsos - pesquisar ➢ abaulamentos ➢ batimentos ou movimentos visíveis e palpáveis ➢ frêmito cardiovascular: vibrações produzidas pelo coração ou vasos ➢ ictus cordis: 5 EIE, impulsões, deslocamento indica dilatação e ou hipertrofia de VE (solicita que o paciente fique em DLE, é normal não ser palpável AUSCULTA - focos de ausculta não correspondem às localizações anatômicas - diafragma (maior - B1 e B2) e campânula (menor, sons mais graves - bom para sons de Korotkoff) - avalia presença de B1 (fechamento de valvas mitral e tricúspide, sístole, coincide com ictus e pulso carotídeo), B2 (fechamento de valvas aórtica e pulmonar - semilunares, diástole - melhor audível no foco aórtico e pulmonar), B3 (patológica quando audível - vibrações da parede ventricular subitamente distendida pela corrente sanguínea durante o enchimento ventricular rápido), B4 (relacionado a sístole atrial sem relaxamento adequado do ventrículo, auscultado antes de B1, melhor audível em foco mitral) - podem ser auscultados sopros e outras alteraçẽos - foco mitral ➢ 5 EIE na linha hemiclavicular, corresponde ao ictus cordis ➢ alterações de bulha, estalidos, sopros originados em valva mitral estenótica e/ou insuficiente ➢ melhor ausculta do ventrículo direito - foco pulmonar ➢ 2 EIE, junto ao esterno ➢ acima da valva pulmonar ➢ desdobramento da segunda bulha - foco aórtico ➢ 2 EID, junto ao esterno, deve buscar o ângulo de Louis (do esterno) ➢ acima da valva aórtica ➢ porém as alterações aórticas podem ser melhor ouvidos no 3-4 EID no foco aórtico acessório - foco tricúspide ➢ base do apêndice xifóide, ligeiramente à esquerda ➢ melhor ausculta do ventrículo direito ➢ fenômenos originados da valva tricúspide - sopros podem ser por: obstrução local, aumento abrupto do calibre, obstrução local ➢ situação no ciclo cardíaco (sístole - entre B1 e B2 ou diástole - entre B2 e B1) ➢ localização (qual foco é mais audível) ➢ irradiação ➢ intensidade (grau 4 é intenso e associado a frêmito) ➢ timbre e tonalidade (suave, rude, ruflar, em jato, piante) DESCRIÇÃO DO EXAME: precórdio sem alterações/calmo, sem abaulamentos, retrações ou deformidades. Ictus cordis palpável 1-2 polpas digitais na linha hemiclavicular esquerda no 5°EIC ou ictus cordis não palpável. Bulhas cardíacas rítmicas, normofonéticas em dois tempos, sem sopros ou bulhas extras. 6. ABDOME INSPEÇÃO - pele, musculatura, distribuição de pelos ➢ sinal de Gray Turner: equimose nos flancos (pancreatite necro hemorrágica) ➢ sinal Cullen: equimose periumbilical decorrente de hemorragia retroperitoneal (pancreatite necro hemorrágica, gravidez ectópica) - solução de continuidade, diástase dos retos abdominais (afastamento da musculatura abdominal, comum em grávidas muito magras) - Cicatrizes - abaulamentos e retrações - veias superficiais e circulação colateral (cabeça de medusa e varizes) - tipo de abdome ➢ atípico ➢ avental ➢ pendular ➢ escavado ➢ globoso as custas de algo (panículo adiposo, ascite, gestação) ➢ batráquia - hérnias ➢ elevação da parede intra abdominal ➢ resistência visível da parede - Movimentos ➢ Respiratório ➢ Pulsátil: pulsação de aorta (aneurisma) ➢ Peristáltico: movimentos peristálticos são bem visíveis, ocorrendo com periodicidade constante + dor abdominal em cólica e ruídos hidroaéreos= possibilidade de oclusão ou suboclusão intestinal. AUSCULTA - deve ser feita antes da percussão ou da palpação, para não modificar as características dos sons intestinais - diafragma do estetoscópio deve ser apoiado suavemente sobre o abdome - sons intestinais são amplamente transmitidos pelo abdome, a ausculta em um único ponto, como o QID, é, em geral, suficiente (Battes, propedêutica médica) - deve ouvir: RHA / gorgolejos (ocorrem em uma frequência estimada de 5 a 34 por minuto), e pode ocorrer sopros e atrito - RHA = ruído hidroaéreo, indica que há peristalse (aumentado pode indicar distensão gasosa/ abolidos ou reduzidos pode indicar obstrução) - deve-se pesquisar sopros (aorta abdominal, artérias renais, artérias ilíacas e femorais)  PERCUSSÃO - paciente em DD, dígito digital em sentido horário, em todos os quadrantes ➢ Timpânico: som normal ➢ Hipertimpânico: meteorismo, pneumoperitônio ➢ Submacicez: superposição de uma víscera maciça sobre uma alça intestinal ➢ Macicez: ascite, tumores, hepatomegalia, esplenomegalia, útero gravídico - avaliar o volume e distribuição de gases, massas / líquidos (se houver) - delimitar as dimensões do fígado e baço ➢ Sinal Jobert: hipertimpanismo em região hepática (interposição de alça intestinal ou pneumoperitônio - ar na cavidade abdominal) ➢ Sinal Torres Homem: dor a percussão de área hepática (abscesso hepático) - delimitar o espaço de traube ➢ forma de lua crescente, região da 6° costela - superior, lateralmente ao rebordo costal E - inferior ➢ baço normal não passa da linha axilar média e anterior PALPAÇÃO - paciente em decúbito dorsal, com a cabeça apoiada em travesseiro baixo, com os braços e as pernas estendidos e os músculos abdominais relaxados - examinador ao lado direito, lavas as mãos e aquecer as mãos, pode ser feita com uma mão ou bimanual - avalia resistência / tensão da parede abdominal, sensibilidade (pontos dolorosos), continuidade da parede abdominal, pulsações - palpação de fígado e baço podem ser profundas ou superficiais ➢ método Lemos Torres: examinador coloca a mão esquerda por baixo do paciente, paralela à 11a e à 12a costela e coloca a mão direita no lado direito do abdome do paciente, lateralmente ao músculo reto do abdome, com as pontas de dedos bem abaixo da borda inferior da macicez hepática. Deve-se solicitar ao paciente que inspire profundamente. ➢ técnica da “mão em garra” ou Mathieu: examinador à direita do tórax do paciente, coloca as duas mãos, lado a lado, sobre o lado direito do abdome, logo abaixo da borda da macicez hepática, pressiona com os dedos para dentro e para cima, em direção ao rebordo costal ➢ normalmente o baço não é palpável ➢ posição de Schuster: paciente em decúbito lateral direito, com a perna direita estendida e a esquerda flexionada sobre a perna direita estando o joelho encostado na maca, e a mão esquerda sobre a cabeça, o examinador posiciona-se à esquerda do paciente e palpa. ➢ normalmente a bexiga também não é palpável TESTES ABDOMINAIS PIPAROTE - identificação de ascite - paciente em decúbito dorsal deve colocar a borda cubital da mão sobre a linha mediana do abdome, examinador se coloca a direita do paciente e repousa a mão esquerda no flanco esquerdo do paciente - golpes leves na face lateral do hemiabdome direito - avalia se há movimento que se assemelhe a líquido MACICEZ MÓVEL - avalia ascite, paciente em DL (deve-se avaliar tanto esquerdo quanto direito) - é positivo quando o lado que o paciente deitar for maciço e o contralateral timpânico nos dois decúbitos SINAL DE ROVSING - avalia apendicite - manobra que pode provocar dor na região da fossa ilíaca direita após a palpação profunda da FIE - realiza descompressão brusca, os gases se movem e levam a uma distensão do ceco que gera dor em casos de apendicite SINAL DO PSOAS - paciente em decúbito lateral esquerdo, e o examinador deve realizar a hiperextensão passiva de membro inferior direito (ou flexão ativa contra resistência) - se dor a hiperextensão passiva ou a flexão ativa, o sinal é positivo para apendicite SINAL DO OBTURADOR - paciente em decúbito dorsal, faz-se a flexão passiva da perna sobre a coxa e da coxa sobre a pelve, então procede se com uma rotação interna da coxa - maior sensibilidade nas apendicites com posição retrocecal, aderido ao músculo obturador - positivo quando refere-se dor em região hipogástrica SINAL DE BLUMBERG - caracterizado por dor ou piora da dor à compressão e descompressão súbita do ponto de McBurney - indicativo de apendicite SINAL DE GIORDANO - PUNHO PERCUSSÃO DAS LOJAS RENAIS - percussão com a mão em forma de punho no dorso do paciente no nível da 11° e 12° costela, com uma mão realizando o amortecimento - paciente apresente uma infecção renal, ao ser realizado o teste, ele irá rapidamente se deslocar para frente sentindo muita dor - indicativo de litíase renal ou pielonefrite SINAL DE MURPHY - identifica litíase biliar, colecistite e outra alterações em VB - dor a palpação da VB durante a inspiração profunda - a dor ocorre porque o diafragma “aperta” a VB e o paciente suspende a respiração DESCRIÇÃO DO EXAME: abdome semi globoso às custas de panículo adiposo, sem retrações ou abaulamentos, ruídos hidroaéreos presentes, não ausculto sopros e borborigmos. Traube livre, timpânico a percussão. A palpação não há sinais de dor, não palpo massas ou visceromegalias. Sem sinais de irritação peritoneal. Testes de Murphy, Giordano, Rovsing, Psoas, Obturador e Blumberg negativos. 7. EXAME NEUROLÓGICO - deve-se avaliar: consciência, pupila, marcha, equilíbrio, coordenação, tônus e força motora, coluna cervical e lombossacral, sistema sensorial, reflexos, pares cranianos - avaliar distúrbios de comunicação: disfonia, disartria, dislalia, disritmolalia, dislexia, disgrafia, afasia - deve-se avaliar o nível de consciência, estado mental - a partir do momento que o paciente entra já se observa a marcha e se há movimentos involuntários e/ou repetitivos, tiques COLUNA E PESCOÇO - avaliar alterações e limitações de movimento em cervical e lombosacral - avaliar rigidez de nuca ➢ tenta fletir a cabeça do paciente (meningite ou HSA) ➢ prova de Brudzinski: paciente em DD e MM estendidos, realiza flexão forçada da cabeça, é positiva se o paciente flete os MMII ou os joelhos e a expressão é de dor - avaliar estiramento de raiz nervosa ➢ Lasegue: paciente em DD e MMII estendidos, deve elevar um dos MI, positivo quando há dor na face posterior do membro examinado, espera-se que vá mais de 30 graus sem dor ➢ Kerning: extensão da perna, positivo quando há dor ao longo do nervo ciático (meningite, HSA, radiculopatia) ou leva joelho fletido do paciente até o peito MARCHA E EQUILÍBRIO - deve avaliar logo que o paciente entra - distúrbio de marcha é chamado de disbasia ➢ ceifante ou hemiplégica ➢ anserina ➢ ébria, atáxica ou cerebelar ➢ escarvante ➢ claudicante ➢ tesoura ou espástica - avaliar equilíbrio ➢ Romberg: teste de função vestibular, avalia equilíbrio estático ➔ paciente em pé de olhos fechados durante 1 minuto, o avaliador deve ficar próximo para que ele não caia ➔ preservado ou normal: paciente não desequilibra ➢ Romberg modificado: coloca um pé na frente do outro MOTRICIDADE: TÔNUS E FORÇA MUSCULAR - avaliar motricidade voluntária e espontânea, deve vencer a gravidade e resistência - avaliar se há paresias ou plegias, movimentos involuntários, hipertonias ou hipotonias - a consistência muscular é avaliada pela palpação, em lesões de SNC tende a hipertonia ➢ em via piramidal ocorre hipertonia espástica e elástica ➢ em via extrapiramidal ocorre hipertonia plástica (sinal de roda denteada) - podem ser realizadas manobras deficitárias para verificar se o membro “cai” - avaliar força muscular vai de 0 a 5 (diversos grupos musculares), se vence gravidade já se considera força grau 3 COORDENAÇÃO - avaliação de coordenação está relacionada ao cerebelo (alterada de olho aberto e fechado) e propriocepção (percepção do próprio corpo - preservadade olho aberto e perdida de olho fechado) - iniciar de olhos fechados ➢ index index, index nariz, calcanhar joelho ➢ movimentos alternados (diadococinesia) REFLEXOS MOTORES - exteroceptivos ou superficiais (cutâneo plantar e cutâneo abdominal) e profundos (aquileu, patelar, tricipital, bicipital, flexor dos dedos, pronador, supinador) - superficiais testa com a borda romba do pincel do martelo ➢ abdominal: espera que musculatura abdominal do lado testado contraia, se não ocorrer pode ser alteração de arco reflexo ou via piramidal, obesos perdem esse reflexo ➢ plantar: espera que o paciente realize flexão dos dedos, caso faça extensão considera como Babinski positivo e é indicativo de lesão piramidal, é normal em bebês - profundos testa utilizando o martelo por meio de uma batida, o membro testado deve estar relaxado ➢ arreflexia ou reflexo abolido: 0 ➢ hiporreflexia ou reflexo diminuído: – ➢ normorreflexia ou reflexo normal: + ➢ reflexo vivo: ++ ➢ hiperreflexia ou reflexo exaltado: +++ (adquire o reflexo em area reflexogena maior) CLÔNUS - realiza hiperextensão brusca do pé e o paciente realiza alguns movimentos SENSIBILIDADE - pode ser superficial (térmica, dolorosa, tátil) ou profunda (vibratória, pressão, dolorosa e cinético postural) - pode ser anestesia, hiperestesia, hipoestesia, quando relacionada a dor analgesia, hipoalgesia e hiperalgesia - paciente de olhos fechados, deve-se comparar um lado ao outro e se atentar aos dermátomos - tátil: utiliza-se o pedaço de algodão ou o pequeno pincel macio, os quais são roçados de leve em várias partes do corpo - térmica: requer dois tubos de ensaio, um com água gelada e outro com água quente, com que se tocam pontos diversos do corpo, alternando-se os tubos - dolorosa: pesquisada com o estilete rombo, capaz de provocar dor sem ferir o paciente. - vibratória (palestesia): pesquisada com o diapasão de 128 vibrações por segundo, colocado em saliências ósseas - à pressão (barestesia) é verificada mediante compressão digital ou manual em qualquer parte do corpo, especialmente de massas musculares - cinético postural ou artrocinética (batiestesia): é explorada deslocando-se suavemente qualquer segmento do corpo em várias direções (flexão, extensão). Em dado momento, fixa-se o segmento em uma determinada posição, que deverá ser reconhecida pelo paciente - dolorosa profunda: avaliada mediante compressão moderada de massas musculares e tendões, o que, normalmente, não desperta dor. Se o paciente acusar dor, é sinal de que há neurites e miosites. De modo contrário, os pacientes com tabes dorsalis não sentem dor quando se faz compressão, mesmo forte, de órgãos habitualmente muito dolorosos, como é o caso dos testículos. - estereognosia: capacidade de reconhecer um objeto com a mão sem o auxílio da visão. É função tátil discriminativa ou epicrítica com componente proprioceptivo. Quando se perde essa função, diz se astereognosia ou agnosia tátil, e é indicativa de lesão do lobo parietal contralateral AVALIAÇÃO DOS PARES CRANIANOS - são 12 pares de nervos cranianos - se originam no tronco encefálico, exceto o 11 (acessório) que seu ramo externo se origina na medula  NC I: OLFATÓRIO - avalia o olfato - solicita que o paciente feche os olhos, tampe uma das narinas e peça a ele para cheirar algo de cheiros conhecidos e não irritativos (café, alho, cravo, sabão - repetir o processo em cada narina três vezes) - pode ocorrer: anosmia, parosmia, alucinações olfatórias, cacosmia, hiposmia NC II: ÓPTICO - avalia acuidade visual, campos visuais e fundo de olho - acuidade visual ➢ solicita que o paciente leia, conte os dedos, diga o que tem na sala ➢ examina-se cada olho em separado ➢ diminuição da acuidade visual é chamada de ambliopia; quando abolida, amaurose - campo visual (campimetria) ➢ paciente fixa um ponto na face do examinador, postado à sua frente, examinador desloca um objeto nos sentidos horizontal e vertical, e o paciente dirá até que ponto está "percebendo" o objeto nas várias posições ➢ teste com 2 dedos das mãos, pode solicitar que o paciente feche um olho ou com os dois abertos - pode ser feita fundoscopia (utilizar o oftalmoscópio) ➢ verificar presença de hemorragias ➢ fundo do olho normal é visto como um reflexo vermelho (fundo RÓSEO). ➢ olho direito no olho direito - pode ocorrer: ambliopia, amaurose, hemianopsia NC II E III: ÓPTICO E OCULOMOTOR - avalia motilidade intrínseca - reflexo fotomotor: reação direta e indireta; ao estímulo luminoso a pupila se contrai (miose), ao apagar a luz a pupila dilata (midríase), as duas devem fazer a mesma coisa - teste de convergência ou reflexo para perto: aproxima um objeto do olho, posicionado na direção do nariz, ocorre miose, convergência e acomodação. - pode ocorrer isocoria (pupilas iguais), anisocoria, midríase (dilatação pupilar), miose (contração pupilar), discoria (diferença entre as pupilas NC III, IV, VI: OCULOMOTOR, TROCLEAR, ABDUCENTE - avalia a mobilidade ocular, movimentos dos músculos extraoculares - troclear olha para o nariz | abducente olha para fora | oculomotor faz tudo - Teste “H no ar” ➢ avalia os músculos extraoculares ➢ reto superior (RS), reto inferior (RI), reto medial (RM), oblíquo superior (OS), oblíquo inferior (OI) - teste de convergência ou reflexo para perto ➢ aproxima um objeto do olho, posicionado na direção do nariz, ocorre miose, convergência e acomodação ➢ lápis em direção ao dorso do nariz) - pode ocorrer estrabismo, diplopia, perda do movimento conjugado, nistagmo, ptose NC V: TRIGÊMEO - reflexos corneanos, sensibilidade facial, movimentos mandibulares - possui parte motora (musculatura da mastigação) e sensitiva - a parte motora avalia por meio de movimentação de mandíbula para D e E ou pede para cerrar os dentes - a parte sensorial é dividida em oftálmica, mandibular e maxilar - avalia com ponta fina e romba em todas as regiões (D e E), ou sensibilidade térmica (tubos com água quente e fria) - pode avaliar o tato leve com algodão no canto do olho e o paciente pisca NC VII: FACIAL - mímica e movimentos faciais - deve solicitar que o paciente faça movimentos expressivos com o rosto (elevar sobrancelhas, franzir testa, fechar olhos com força (examinador tenta abrir), mostrar dentes, sorrir, encher bochechas com ar, assobiar - identificar assimetrias, tiques, movimentos anormais - paralisia facial periférica (de Bell): hemiface paralisada (lesão do NC VII) - paralisia facial central: da boca, metade inferior da hemiface (lesão piramidal oposta, contralateral) - possui raiz sensitiva de dois terços anteriores da língua NC VIII: VESTIBULOCOCLEAR - relacionada a audição e equilíbrio - para avaliar audição: diminuição gradativa da intensidade da voz natural, voz alta ou cochichada, uso de relógios, diapasões, atrito suave das polpas digitais próximo ao ouvido - deve pedir para o paciente fechar os olhos e sussurrar algo em seu ouvido - Teste de Weber ➢ utiliza diapasão, identifica condição auditiva ➢ coloca na linha média do crânio, testa ou glabela ➢ o paciente deve informar se escutou o som ➢ teste sem lateralização (normal) - Teste de Rinne ➢ comparar audição por via óssea e aérea ➢ utiliza diapasão próximo ao ouvido (osso temporal) e no processo mastóideo ➢ avalia percepção sonora ➢ audição normal a via aérea é mais audível (Rinne Positivo) ➢ (CA > CO = normal = positivo) - pode detectar: Hipoacusia e hiperacusia - a parte vestibular pode ser avaliada por meio de marcha, Romberg e prova calórica (nistagmo por água quente ou fria no ouvido) - Romberg ➢ teste de função vestibular, avalia equilíbrio estático ➢ paciente em pé de olhos fechados durante 1 minuto, o avaliador deve ficar próximo para que ele não caia ➢ preservado ou normal: paciente não desequilibra ➢ alterado o paciente tende a cair para o lado da lesão - Romberg modificado: coloca um pé na frente do outro NC IX E X: GLOSSOFARÍNGEO E VAGO - deglutição e elevação do palato, reflexo faríngeo - solicite ao seu paciente que diga: AAAAAAH,verifica elevação de palato e lateralização de úvula (desvia para o lado saudável) - voz (rouca, anasalada), dificuldade de deglutição, dizer “ah” (movimento do palato e faringe), reflexo faríngeo (do vômito) NC XI: ACESSÓRIO - movimentos ombros e pescoço - avalia músculos trapézios: observar atrofias ou fasciculações; testar força (ombros para cima → examinador empurra para baixo) - avalia músculo esternocleidomastoideo: gira a cabeça para um lado e outro, examinador empurra NC XII: HIPOGLOSSO - posição e simetria da língua - solicite que seu paciente coloque a língua para fora e movimente-a. - avalia articulação das palavras, língua (posição, atrofia, fasciculações), língua para fora (assimetria, atrofia, desvio linha média), movimentar língua para D e E (simetria)
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