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Principais mudanças incorporadas após a primeira submissão 1- O Trabalho foi totalmente reescrito pois a primeira submissão foi com o intuito de demonstrar como o mesmo seria feito, utilizando um artigo de revistas como roteiro, portanto foi classificado como plágio. 2- Foram realizadas simulações utilizando o software Wolfram Mathematica. 3- Foi incluída uma parte de discussão sobre a magnetopausa. 4- Foram revistas as referências utilizadas e incluídas no trabalho. 5- Foi incluída uma seção de Considerações finais. Nome: Livia Maria Tomaz Silva 239596 Nome: Rafael Zamodzki Coelho 190346 Nome: Luiz Fernando 221197 Questão 01: O “Cinturão de Van Allen” é uma região nas proximidades da Terra que concentra uma alta densidade de partículas energéticas. A formação desta região tem origem em um fenômeno chamado de espelho magnético, quando partículas eletricamente carregadas são aprisionadas em uma região de campo magnético variável. Descreva as propriedades desse fenômeno a partir das equações do eletromagnetismo, tomando o “Cinturão de Van Allen” como objeto de estudo. Introdução Sabe-se que este fenômeno se ocasiona por concentrações de partículas no campo magnético da Terra. O cinturão é uma barreira quase impenetrável que impede elétrons ultra-energéticos de atingir o globo terrestre. Por outro lado, essa região de força interfere em satélites de navegação, redes elétricas, na comunicação em órbita e saúde dos astronautas. Formado por um cinturão interno (que fica entre 640 e 9,6 mil km acima da superfície terrestre) e outro externo (que fica entre 13,5 mil e 57 mil km). Observações apontaram que elétrons muito energéticos tinham como padrão manter sempre a uma certa distância da Terra, através de pesquisas por o motivo descobriu-se que a borda interna do cinturão mais externo de Van Allen funciona como uma fronteira que esses elétrons não conseguem penetrar em normais condições . O Campo funciona como um espelho magnético, que reflete partículas para frente e trás e se estende a partir das linhas de força entre os pólos sul e norte. Fenômenos associados: Aurora boreal e a aurora austral estão ligadas ao cinturão pois são cortinas de partículas carregadas que são visíveis na superfície, bem no local do cruzamento com a atmosfera superior. Em determinadas épocas o Sol passa por uma intensa atividade emitindo partículas de altas energias. Muitas partículas rompem a barreira formada pelos cinturões de Van Allen. No momento que atingem a alta atmosfera produzem o fenômeno no pólo norte e austral no pólo sul. Formação dos cinturões O plasma solar oriundo do vento solar é em sua grande parte composto de prótons, elétrons e íons pesados. Uma partícula carregada de carga q e massa mp que ao entrar no campo magnético da Terra passa a sofrer a ação da força de Lorentz que pode ser descrita por: (1) Para simplificar o problema não consideramos a interação entre as cargas e também será usada a mecânica newtoniana para descrever o movimento Será utilizado em nossos cálculos prótons de massa mp= 1,67.10−27 kg e carga q= 1,6.10−19 C com energia inicial E= 1,6.10−12 J, onde o mesmo será conservado devido ao trabalho da força de Lorentz, pois v é perpendicular a força qv × B. (2) Dito isto encontramos o módulo de v, que será constante e expresso por: (3) Portanto, as trajetórias passam a depender do ângulo formado pela velocidade inicial da partícula e do vetor campo magnético. Em nossos cálculos foi utilizado o vetor velocidade inicial como descrito abaixo: (4) Paralelo ao plano xz, formando um ângulo θ com a direção x. (I) Foram selecionadas cargas com velocidades iniciais na direção da linha do equador, ou seja, θ= 0. Após estas cargas interagirem com o campo magnético realizam um movimento circular, combinado com um movimento cicloidal, formando anéis. (II) Foram utilizados dois dipolos separados por uma distância d= 20RT, onde a razão entre os momentos de dipolo é igual a 20, para simular a ação do vento solar. Quando considera-se o modelo de dois dipolos, considerando o vento solar como um segundo dipolo, os anéis mais externos são subjugados restando apenas a existência de dois anéis mais internos em comparação com a simulação (I). Quando θ ≠ 90°, os prótons realizam um movimento diferente em torno da Terra. As cargas geram um movimento em torno das linhas de campo alterando sua trajetória nas regiões onde a força do campo magnético é maior, formando como se fossem cinturões envolvendo a Terra, oque podemos chamar aqui de cinturões de Van Allen. De acordo com M.K. Öztürk, 2012 tal movimento das cargas que originam os cinturões, é compreendido por meio da introdução dos invariantes adiabáticos. Para simular a formação dos cinturões, consideramos θ = 60° com a direção do equador, e acompanhamos a simulação por volta de 200 segundos. (III) Aqui temos os cinturões representados em um sistema de único dipolo, ou seja sem a perturbação dos ventos solares no campo magnético terrestre. Este cenário prevê além dos dois cinturões mais internos (azul e amarelo), outros mais externos (verde e vermelho). Onde consideramos cargas com diferentes posições iniciais ao longo do eixo x com energias cinéticas de 10 MeV, [J. Torsti, A. Anttila,et al.(1998)]. Dando origem aos cinturões representados. (IV) Foi simulado novamente a ação do vento solar utilizando de dois momentos de dipolo com razão igual a 20 e separados por uma distância d = 20RT, onde os dois cinturões mais externos representados em (III) são subjugados pelo intenso vento solar. Todas as simulações mostram a limitada quantidade de partículas carregadas na magnetosfera, oriundas de um vento solar intenso. há uma região responsável por isto a qual é chamada de magnetopausa, uma região em torno da magnetosfera, na qual o vento solar não consegue penetrar. Esta região apresenta uma variação de dimensão que depende da posição relativamente à Terra e ao Sol. Aqui tal efeito é simulado com o enfraquecimento do campo magnético da terra por conta da presença do dipolo magnético externo adicional na região da magnetopausa. O fato da magnetosfera enfraquecer próximo a magnetopausa pode servir para explicar o fato de somente ter sido observados três cinturões até os dias de hoje, sendo que o terceiro e mais externo foi observado a poucos anos atrás pela missão da NASA denominada Van Allen Probes [D. N. Baker, S. G., Kanekal, et al.(2013)]. Considerações finais Neste trabalho realizamos simulações a fim de explicar e entender o funcionamento e a formação dos cinturões de Van Allen assim como o campo magnético terrestre. Onde utilizamos a segunda lei de Newton e a força de Lorentz que atuam em uma partícula carregada em movimento. Realizamos também simulações de dois cenários para a magnetosfera terrestre, na ausência e na presença de um vento solar. Por fim discutimos aspectos relacionados ao cinturão de Van Allen e aos anéis de cargas em movimento que envolvem o globo terrestre, onde mostramos a limitação na quantidade desses anéis e cinturões utilizando o modelo de dois dipolos magnéticos para simular a deformação da magnetosfera terrestre sob ação do vento solar. Argumentamos que essa limitação ocorre pelo processo de subjugamento dos anéis e cinturões mais externos, pelo vento solar intenso, devido ao limite da magnetosfera terrestre imposta pela magnetopausa. Referências [1]M.K. Öztürk, American Journal of Physics80, 420(2012). [2]J. Torsti, A. Anttila, L. Kocharov, P. Mäkelä, E. Riiho-nen, T. Sahla M. Teittinen, E. Valtonen, T. Laitinen e R.Vainio, Energetic Geophysical research letters25, 2525(1998). [3]https://www3.unicentro.br/petfisica/2019/06/13/os-cinturoes-de-van-allen/ [4]https://pt.wikipedia.org/wiki/Magnetopausa [5]D. N. Baker, S. G., Kanekal, V. C. Hoxie, M. G., Li, X. Henderson, H. E. Spence, S. R. Elkington, R. H. W. Friedel, J. Goldstein, M. K. Hudson, G. D. Reeves et al., Science 340 186 (2013). [6]R. S. Dutra, D. S. R. Ferreira , A. S. M. Gonçalves , G. M. Carvalho , Efeitos do vento solar na magnetosfera terrestre:uma abordagem didática dos cinturões de Van Allen(2020) [7] E. Echer, Revista Brasileira de Ensino de Física 32, 1 (2010). [8]https://antonioevandro-amanaiara.blogspot.com/2014/11/ciencia-cientistas-descobr em-barreira.html?m=1
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