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Espinha bífida e anencefalia Fatores maternos que interferem no desenvolvimento do feto O corpo da mãe é o ambiente pré-natal, praticamente tudo que interfira no bem-estar e na saúde da mãe, pode alterar o bom desenvolvimento fetal e até mesmo o decorrer da vida desse novo ser. Agentes teratógenos podem interferir no desenvolvimento fetal. Esses agentes podem ser vírus, drogas e radiações, mas nem sempre um agente teratógeno irá causar danos ao feto, isso depende da vulnerabilidade genética do feto e da mãe e do tempo de exposição. A nutrição da mãe também é um fator importante. Grávidas saudáveis ganham entre 7 e 18kg na gestação, se a mulher não ganha peso suficiente o bebê pode ter um crescimento retardado no útero e aumenta os riscos para um parto prematuro, o bebê também pode ser um PIG (pequeno para a idade gestacional). A desnutrição da mãe pode resultar em desnutrição fetal, raquitismo e asfixia devido ao baixo suprimento de oxigênio. Por outro lado, se a mãe ganha peso demais na gestação o seu bebê pode ser um GIG (grande para a idade gestacional), e ser recomendado intervenção cirúrgica, cesariana, para o parto. Mulheres obesas antes da gestação tendem a ter gravidezes e partos mais longos. Doença materna Repercurssões no bebê Anemia RCIU, transmissão genética Doença renal Abortamento, RCIU Infecção urinária Prematuridade, desconforto respiratório, sepse e ruptura prematura da placenta Mãe HIV Transmissão vertical do vírus, outras doenças infecciosas associadas, imunodeficiência no RN Fatores de risco p ré, peri e pós natais Riscos na fase pré-natal É verdade que a assistência pré-natal pode reduzir muitos riscos tanto para o bebê quanto para a mãe, mas o ideal seria que o acompanhamento iniciasse no período pré- concepção, para identificar possíveis fatores de riscos e aconselhamentos para essa fase crítica de desenvolvimento tanto da mãe quanto do feto. Essa hipótese se faz valer a partir do fato comprovável que o consumo de ácido fólico 3 meses antes da gravidez e no primeiro trimestre de gestação contribui para o melhor desenvolvimento do tubo neural, formado até a 12° semana de gestação. Entretanto, a assistência pré-concepção não é uma realidade no Brasil devido a uma série de fatores como a cultura e a falta de planejamento familiar. Apesar disso, o pré-natal já é uma realidade para as mães brasileiras, e garantido pelo SUS. Um bom pré-natal deve ter no mínimo 6 consultas. O consumo de ácido fólico é importante para a formação do tubo neural e prevenção de malformações como a espinha bífida, fechamento incorreto da medula espinal, e a anencefalia, ausência de parte do encéfalo. O consumo de álcool na gravidez é um dos principais motivos para o retardo mental, esse quadro é chamado Síndrome Alcoólica Fetal (SAF). Essa síndrome causa o retardo no crescimento intra-uterino (RCIU), além de aumentar os riscos de aborto espontâneo e crises de abstinência. Caso a criança nasça, o álcool pode causar problemas como déficit de atenção e de memória, hiperatividade, distúrbios de aprendizagem e transtornos de humor. Gestantes com Diabetes Melitus tendem a ter bebês GIG que evoluem para hipoglicêmicos após alguns meses, podem ter asfixia perinatal e geralmente são prematuros. Mães que têm eclampsia são graves, os bebês podem ter asfixia e nascem gravemente enfermos. A pré-eclampsia é caracterizada por iniciar na segunda metade da gestação (a partir da 21° semana), hipertensão, edema (inchaço e retenção de líquido) e proteinúria (presença de proteína na urina). A eclampsia é a consequência desse quadro, caracterizada por convulsões no parto ou logo após. Fatores de risco p ré, peri e pós natais Período perinatal Escala APGAR É uma avaliação clínica rápida padronizada mundialmente, ela mede a cor, frequência cardíaca, reflexo, força muscular e frequência respiratória. Após medir esses critérios são atribuídas notas de 0 a 2 para cada um, e a soma é o resultado do APGAR. Apesar do 1° minuto de vida ser o mais importante, chamado minuto de ouro, o APGAR de 5° é o mais importante. Mas porque o segundo? Caso uma criança nasça com alguma alteração, o ideal é que após 5 minutos seja resolvido ou amenizado esse quadro. O APGAR fica registrado na caderneta da criança Contrações regulares que aumentam de frequência, dilatam e alargam o útero; Contrações fortes e pouco intervaladas, aqui nasce o bebê de fato; A placenta e o restante do bebê são retirados do corpo da mãe. O parto é uma brusca transição para o bebê, ele sai de um ambiente quente, confortável, onde não precisa de suas habilidades para viver e sai para o mundo externo. É um trabalho desgastante tanto para a mãe quanto para a criança. A parturição inicia cerca de duas semanas antes do parto propriamente dito, é quando os níveis hormonais de estrogênio se elevam. O trabalho de parto possui 3 etapas 1. 2. 3. Se fez o pré-natal adequadamente; Idade, é considerada gravidez de risco para mulheres menores de 16 e maiores de 35 anos; Síndrome Hipertensiva Específica da Gravidez (SHEG), pode causar pré- eclampsia; Diabetes Mellitus antes ou durante a gravidez; Uso de drogas; Óbito fetal antecedente; Doença materna crônica; Isoimunização Rh; Gestação múltipla, todas são consideradas de risco; Poli ou oligoâmnio (muito ou pouco líquido amniótico); Amniorrexe prematura, é a ruptura da placenta antes de 37 semanas; Malformações fetais; Sangramentos; RCIU Etc. No perinatal a anamnese deve ser muito detalhada, perguntas desde o pré-natal como: Apresentações anômalas Possíveis acontecimentos na hora do parto: Face Fronte Nádegas Ombro Apresentações anômalas Posição fetal apropriada e correta Trabalho de parto prolongado (TPP), é considerado demorado a partir de 24 horas; Considerar o líquido amniótico (LAM); Prolapso de cordão, quando o cordão umbilical vem antes do feto; Corioamnionite ou inflamação da placenta; Profilaxia pós-exposição (PEP) maior que duas horas; Descolamento prematuro da placenta (DPP); Anestesia geral; Uso de opióides (sedativos); Asfixia perinatal. Primeira etapa Segunda etapa Terceira etapa Fatores de risco p ré, peri e pós natais Gastrosquise Onfalocele Onfalocele sendo vista de um ultrassom Normal Hérnia diafragmática Polidrâmnio, excesso de líquido amniótico; Oligoâmnio; Ausência ou mau posicionamento dos orifícios naturais; Distensão abdominal, um abdômen maior do que o normal; Artéria umbilical única, o cordão umbilical possui 3 vasos sanguíneos sendo eles: 1 veia e 2 artérias, cada artéria vai para um rim. Logo, se o cordão umbilical tem somente uma artéria, o bebê tem apenas um rim; Anomalias congênitas O diagnóstico pode ser feito ainda no período neonatal e até mesmo na sala de parto dependendo do caso. Aspirado gástrico, inalar fluidos ou resíduos sólidos para a traqueia ou pulmões, maior do que 40ml; Atresia de esôfago, formação incompleta do órgão Obstrução intestinal: atresia duodenal, pâncreas anular (o pâncreas circunda o duodeno), obstrução jejunal proximal; Gastrosquise é um defeito na parede abdominal do bebê causando a exposição do intestino; Onfalocele, semelhante à gastrosquise porém os órgãos expostos são recobertos por uma membrana; Hérnia diafragmática congênita, é um orifício ou ausência do diafragma, e consequentemente alguns órgãos passam para a cavidade torácica; Meningomielocele ou espinha bífida é um defeito na formação da medula espinal; Síndrome de Prune Belly é a deficiência ou ausência da musculatura abdominal deixando os órgãos desarrumados; Fissura labial ou lábios leporino Fissura palatina Período pós-natal Segundo a Organização Mundial da Saúde, para evitar confusões conceituais a respeito dos termos pós-parto e pós-natal, devemos usar o último tanto para a mãe quanto para o bebê. Fatores de risco p ré, peri e pós natais Teste do olhinho Para identificar alguma obstrução do eixo visual como catarata congênita, glaucoma congênito, retinoblastoma, retinopatia da prematuridadee outros; deve ser realizado ainda no hospital Teste da orelhinha Para identificar alterações auditivas, deve ser feito no 2° ou 3° dia de vida Teste do pezinho Para identificar doenças congênitas e hereditários como anemia falciforme, fenilcetonúria, fibrose cística, hiperplasia adrenal congênita, hipotireoidismo congênito e deficiência de biotinidase; deve ser realizado até a primeira semana de vida Teste da linguinha Para identificar se o bebê têm a língua presa Teste do coraçãozinho Para medir a saturação de oxigênio no sangue e identificar cardiopatias congênitas Termorregulação, os bebês não possuem essa capacidade ao nascerem por isso é necessário mantê-los em ambiente aquecido como envolvê-los em mantas. Eles são vulneiráveis à hipotermia, perdem calor muito fácil; Hipoglicemia, os bebês não podem ficar em jejum prolongado; Anemia; Desnutrição; Falta de aleitamento materno exclusivo (AME); Falta de afeto; Imunização; Teste de triagem neonatal, é um direito e uma conquista de todo o bebê que nasce no Brasil. O período pós-natal equivale as 6 semanas depois desse evento, é um momento crítico para mamães e bebês. Nesse período muitas crianças podem ir à óbito caso não sejam cuidados da maneira correta.
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